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Quarta-feira, 8 de Julho de 2020 I Série – N.

º 100

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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SUMÁRIO MEDIDAS EXCEPCIONAIS


E TEMPORÁRIAS A VIGORAR EM CASOS
Presidente da República DE DECLARAÇÃO DE CERCA SANITÁRIA
PROVINCIAL OU MUNICIPAL
Decreto Presidencial n.º 184/20:
Fixa as medidas excepcionais e temporárias que vigoram nos casos em
que seja declarada cerca sanitária provincial ou municipal. CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Ministério da Administração do Território
Decreto Executivo n.º 200/20: ARTIGO 1.º
Aprova o Estatuto Orgânico da Administração Municipal de Belas. (Objecto)
— Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente
O presente Diploma fixa as medidas excepcionais e tem-
Diploma.
porárias que vigoram nos casos em que seja declarada cerca
sanitária provincial ou municipal.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ARTIGO 2.º
(Âmbito)

As medidas decretadas ao abrigo do presente Diploma


Decreto Presidencial n.º 184/20 são aplicáveis às províncias e municípios sob cerca sanitária,
de 8 de Julho
podendo ser modificadas ou suprimidas em função da evolu-
Tendo sido declarada a Situação de Calamidade Pública
ção da situação epidemiológica.
em decorrência da pandemia de alto contágio, causada pela
ARTIGO 3.º
COVID-19; (Medidas de protecção individual)
Considerando que o Diploma que declarou a Situação de
1. Sem prejuízo dos demais casos previstos no presente
Calamidade Pública estabeleceu que o combate à pandemia
Diploma, é obrigatório o uso de máscara facial nos seguin-
implica a fixação de cercas e cordões sanitários;
tes casos:
Convindo clarificar as regras excepcionais e temporárias
a que ficam sujeitas as circunscrições territoriais sob cerca a) Mercados;
sanitária, indispensáveis para salvaguarda da saúde e segu- b) Venda ambulante;
rança das populações; c) Estabelecimentos comerciais, cantinas e similares;
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- d) Recintos fechados de acesso ao público;
nea l) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da e) Locais de culto;
Constituição da República de Angola, conjugados com f) Estabelecimentos de ensino;
os artigos 5.º e 19.º da Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, g) Transportes colectivos;
a alínea c) do n.º 2 do artigo 11.º da Lei n.º 28/03, de 7 h) Salões de cabeleireiro, barbeiros e institutos de
de Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei beleza.
n.º 14/20, de 22 de Maio, e os artigos 4.º, 10.º e 11.º da Lei 2. É igualmente obrigatório o uso de máscara facial na
n.º 12/11, de 16 de Fevereiro, o seguinte: via pública.
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3. A não utilização de máscara facial nos casos referidos CAPÍTULO II


nos números anteriores impossibilita o acesso ao respectivo Medidas Especiais
local ou meio de transporte, dando lugar à aplicação de multa ARTIGO 6.º
(Serviços públicos)
que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil kwanzas) e os
Kz: 10.000,00 (dez mil kwanzas). 1. Em caso de cerca sanitária provincial ou municipal, os
4. Os responsáveis das instituições previstas no n.º 1 do serviços públicos funcionam no período das 8h00 às 15h00,
presente artigo devem tomar todas as medidas necessárias com até 50% da força de trabalho, podendo, em função da
com vista a impedir o acesso de cidadãos sem máscara facial. natureza do trabalho, ser reduzido até ao limite de 30%.
5. As instituições públicas e privadas devem garantir as 2. Os serviços públicos devem criar as condições neces-
condições essenciais de protecção individual dos funcio- sárias para:
a) Assegurar a rotatividade do pessoal, adequada a
nários e respeitar as orientações das autoridades sanitárias,
garantir a continuidade das actividades;
designadamente em matéria de higiene e biossegurança.
b) Garantir o uso obrigatório de máscara facial, a
6. O atendimento ao público deve observar as orienta-
observância do distanciamento físico obrigató-
ções sobre o distanciamento entre as pessoas.
rio, o controlo de temperatura dos funcionários
ARTIGO 4.º
e utentes, a instalação de pontos de higienização
(Dever cívico de recolhimento domiciliar)
das mãos à entrada e no interior das instalações,
Nas situações em que sejam fixadas cercas sanitárias,
bem como as restantes medidas de biossegu-
recomenda-se a todos os cidadãos: rança.
a) Abster-se de circular em espaços e vias públicas; 3. Excepcionam-se do previsto no n.º 1 do presente artigo
b) Permanecer no respectivo domicílio, excepto em os serviços portuários, aeroportuários e conexos, as delega-
caso de deslocações necessárias e inadiáveis. ções aduaneiras, os órgãos de defesa e segurança, serviços
ARTIGO 5.º de saúde, serviços de comunicações electrónicas, comunica-
(Protecção especial de cidadãos vulneráveis)
ção social, energia e águas e recolha de resíduos, que podem
1. Nas áreas nas quais tenha sido estabelecida cerca ou operar com a totalidade da força de trabalho.
cordão sanitário, estão sujeitos à protecção especial os cida- 4. Os funcionários dispensados do serviço nos termos do
dãos vulneráveis à infecção por COVID-19, nomeadamente: presente artigo devem-se manter disponíveis, abstendo-se de
a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos; circular por motivos não essenciais, estando vinculados ao
b) Pessoas com doença crónica considerada de risco, dever cívico de recolhimento domiciliar, nos termos defini-
de acordo com as orientações das autoridades dos no artigo 4.º do presente Diploma.
sanitárias, designadamente os imuno-compro- ARTIGO 7.º
(Competições e treinos desportivos)
metidos, os doentes renais, os hipertensos, os
diabéticos, os doentes cardiovasculares, doentes 1. É proibida a realização de treinos e actividades des-
respiratórios crónicos e doentes oncológicos; portivas federadas enquanto durar a cerca sanitária.
c) Gestantes; 2. A prática desportiva individual e de lazer em espa-
ços abertos é feita com distanciamento físico, todos os dias,
d) Crianças menores de 12 anos.
entre as 5h30 e as 7h30 e entre as 17h00 e as 19h00.
2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número ante-
3. Em caso algum a prática desportiva individual poderá
rior, incluindo os que tenham a sua guarda crianças menores
agrupar mais do que 5 (cinco) pessoas.
de 12 anos, quando detentores de vínculo laboral com enti-
4. Na realização de prática desportiva individual, pre-
dade pública ou privada, que deve prestar serviço no período
vista no presente artigo, não é obrigatório o uso de máscara
de vigência da Situação de Calamidade Pública, estão dis-
facial.
pensados da actividade laboral presencial enquanto vigorar
5. A violação do disposto nos n.os 2 e 3 dá lugar a apli-
a cerca ou cordão sanitário, devendo estar submetidos ao cação de multa que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil
regime de trabalho em domicílio. kwanzas) e os Kz: 10.000,00 (dez mil kwanzas).
3. O benefício de dispensa à prestação presencial de tra- ARTIGO 8.º
balho em relação às pessoas com menores a seu cuidado, nos (Comércio de bens e serviços)
termos da alínea d) do n.º 1, apenas aproveita a uma pessoa, 1. O exercício da actividade comercial de bens e serviços
independentemente do número de menores a seu cuidado, em geral, incluindo nas cantinas e similares, é feito das 7h00
não podendo mais de um adulto do mesmo agregado benefi- às 16h00, observado o limite de presença de 50% de força
ciar da referida dispensa. de trabalho, as regras de biossegurança e de distanciamento
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físico, devendo ainda ser adoptada a regra de controlo da 5. É obrigatório o uso de máscara facial por parte dos
temperatura no acesso e a instalação de pontos de higieniza- vendedores ambulantes.
ção das mãos à entrada e no interior das instalações. 6. São proibidos os mercados informais de rua que impli-
2. A presença de clientes no interior do estabelecimento quem a concentração de pessoas.
obedece ao limite de 50% da sua capacidade. 7. Os órgãos gestores dos mercados devem criar as
3. Para efeitos do disposto no n.º 1 do presente artigo, condições para a observância do distanciamento físico reco-
o limite da força de trabalho observa os princípios da rota- mendável entre os vendedores e entre estes e os compradores.
tividade do pessoal, de modo a garantir a continuidade dos 8. Os órgãos competentes da administração local devem
serviços. criar as condições para a higienização regular dos mercados,
4. A violação do disposto nos números anteriores deter- nomeadamente nos dias de encerramento.
mina o encerramento temporário do estabelecimento e a 9. A venda ambulante, realizada fora dos dias e horas
aplicação de multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem
permitidas, dá lugar à aplicação de multa que varia entre os
mil kwanzas) e os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
Kz: 5.000,00 (cinco mil kwanzas) e os Kz: 10.000, 00 (dez
kwanzas), sem prejuízo da determinação do encerramento
mil kwanzas).
temporário do estabelecimento.
10. É proibida a aquisição de produtos em venda ambu-
ARTIGO 9.º
(Restaurantes e similares) lante fora dos dias e horas permitidos, estando o infractor
sujeito à multa que varia entre os Kz: 10.000,00 (dez mil
1. Os restaurantes e similares funcionam todos os dias
entre as 6 horas e as 16 horas para atendimento no local. kwanzas) e os Kz: 25.000,00 (vinte e cinco mil kwanzas).
2. A ocupação dos estabelecimentos não deve exceder ARTIGO 11.º
(Actividades e reuniões)
50% da sua capacidade, devendo ser asseguradas as regras
de biossegurança e de distanciamento físico entre os clien- 1. As actividades e reuniões realizadas em espaço
tes, sendo permitido apenas serviços de atendimento à mesa. fechado não devem exceder a lotação de 50% da capacidade
3. Não são permitidos serviços de alimentação em regime da sala, nem o número máximo de 50 (cinquenta) pessoas,
self-service e de atendimento ao balcão. sendo obrigatório o uso de máscara facial e a observância
4. Os serviços de take away e de entregas ao domicílio das regras de biossegurança e de distanciamento físico.
funcionam todos os dias entre as 6 horas e as 22 horas. 2. As actividades com mais de 50 (cinquenta) pessoas
5. A violação do disposto nos números anteriores deter- estão sujeitas à autorização prévia das autoridades sanitárias.
mina o encerramento temporário do estabelecimento e a 3. As actividades, reuniões e manifestações realizadas
aplicação de multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem em espaço aberto devem observar o distanciamento físico
mil kwanzas) e os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil mínimo de 2 (dois) metros entre os participantes, devendo os
kwanzas), sem prejuízo da determinação do encerramento organizadores assegurar a disponibilidade de máscara facial
temporário do estabelecimento.
e o cumprimento das medidas de biossegurança.
6. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo
4. A violação do disposto no presente artigo é punida nos
é recomendado aos cidadãos e aos restaurantes priorizar a
termos do artigo 22.º do presente Diploma.
opção de serviço de take away.
ARTIGO 12.º
ARTIGO 10.º (Ajuntamentos)
(Mercados e venda ambulante e de artesanato)
1. São permitidos ajuntamentos domiciliares até ao
1. Os mercados públicos e de artesanato funcionam às
terças-feiras, quintas-feiras e aos sábados, no período com- máximo de 15 (quinze) pessoas.
preendido entre as 6 horas e as 15 horas. 2. Não são permitidos ajuntamentos superiores a
2. Para os vendedores e compradores dos mercados é 10 (dez) pessoas na via pública, exceptuando-se nas para-
obrigatório o uso de máscara facial e a observância do dis- gens de transportes colectivos, devendo observar-se o
tanciamento físico. distanciamento físico.
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo, 3. Para efeitos do número anterior, as forças de segurança
por recomendação das autoridades sanitárias competentes, e ordem pública asseguram a circulação dos cidadãos, inter-
podem ser encerrados os mercados formais ou informais, vindo sobre os aglomerados de mais de 10 (dez) pessoas,
sempre que se esteja em presença comprovada de alto risco
sendo que a resistência às ordens directas das autoridades é
de transmissão do vírus.
sancionada nos termos do artigo 22.º do presente Diploma.
4. É permitida a venda ambulante individual às terças-fei-
ras, quintas-feiras e aos sábados, no período compreendido ARTIGO 13.º
(Bebidas alcoólicas)
entre as 6 horas e as 15 horas, devendo ser observado o dis-
tanciamento mínimo recomendado entre o vendedor e o 1. Enquanto vigorar a cerca sanitária, é interdita a comer-
comprador no acto da compra. cialização e o consumo de bebidas alcoólicas na via pública.
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2. A infracção ao disposto no presente é sancionada nos CAPÍTULO III


termos do artigo 22.º do presente Diploma. Infracções
ARTIGO 14.º ARTIGO 18.º
(Actividades recreativas, culturais e de lazer (Transgressões)
na via pública ou em espaço público)
1. Nos casos especificamente indicados no presente
1. As mediatecas e bibliotecas funcionam com 50% da Diploma, o respectivo incumprimento constitui transgressão
sua capacidade de lotação, devendo ser obedecidas as medi- nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
das de protecção individual previstas no presente Diploma 2. A determinação do valor da multa aplicável varia con-
e em especial o uso de máscara facial e o distanciamento soante o tipo de infracção, a culpa, o benefício e capacidade
físico. económica do agente.
2. Os museus, teatros, monumentos e similares mantêm- 3. O disposto no presente Diploma não prejudica a res-
-se em funcionamento, sendo obrigatório o uso de máscara ponsabilidade civil do infractor.
facial e a observância das regras de biossegurança e de ARTIGO 19.º
distanciamento físico, não devendo exceder 50% da sua (Violação de cerca, cordão e isolamento compulsivo)
capacidade. 1. A violação da cerca sanitária, do cordão sanitário ou
3. É permitida a realização de feiras de cultura e arte, do isolamento compulsivo imposto pelas autoridades é puní-
bem como de exposições, em espaços públicos ou privados, vel com multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem mil
sendo obrigatório o uso de máscara facial e a observância kwanzas) e os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
das regras de biossegurança e de distanciamento físico, não kwanzas) acrescida da obrigação de realização de teste com-
devendo exceder 50% da capacidade do local. participado pelo infractor.
4. Enquanto vigorar a cerca sanitária provincial ou muni- 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a viola-
cipal, é suspenso o funcionamento dos cinemas. ção de cerca sanitária, de cordão sanitário ou do isolamento
ARTIGO 15.º compulsivo obriga os infractores a comparticipar das despe-
(Actividades religiosas) sas efectuadas peias autoridades sanitárias.
1. Durante o período de duração da cerca sanitária pro- 3. As pessoas, singulares ou colectivas, que auxiliem no
vincial ou municipal, são suspensas as actividades religiosas. cometimento das infracções previstas no presente artigo, são
2. A violação do disposto no número anterior pode dar sancionadas nos termos dos números anteriores.
lugar à suspensão das actividades, nos termos do artigo 52.º 4. A sanção por transgressão fixada no presente artigo
da Lei n.º 12/19, de 14 de Maio, e a aplicação de multa nos é aplicada sem prejuízo das sanções penais eventualmente
termos previstos no presente Diploma. aplicáveis, nos termos do n.º 2 do artigo 11.º da Lei n.º 12/11,
ARTIGO 16.º de 16 de Fevereiro.
(Cerimónias fúnebres) ARTIGO 20.º
(Processamento das multas)
1. São permitidas cerimónias fúnebres com até 10 (dez)
participantes, devendo os funerais realizar-se no período A aplicação de multas decorrentes de penalização por
compreendido entre as 8 horas e as 13 horas. violação das medidas no presente Diploma podem ser pro-
cessadas e cobradas por qualquer instrumento destinado a
2. Nos funerais de pessoas que tenham como causa de
possibilitar a sua recolha para a Conta Única do Tesouro
morte a COVID-19 são permitidos até 5 (cinco) participan-
Nacional.
tes, sem prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades
ARTIGO 21.º
sanitárias. (Fiscalização)
3. Nas cerimónias fúnebres realizadas nos termos do A fiscalização do cumprimento dos deveres previstos
disposto nos números anteriores, é obrigatório o uso de más- no presente Diploma, incluindo a aplicação de multas, é da
cara facial e a observância do distanciamento físico. responsabilidade das autoridades de ordem pública, de ins-
ARTIGO 17.º pecção e fiscalização legalmente competentes.
(Transportes colectivos de pessoas e bens)
ARTIGO 22.º
1. Os transportes colectivos urbanos e interurbanos de (Desobediência)
passageiros, públicos e privados, funcionam entre as 5 horas O incumprimento das medidas previstas no presente
e as 18 horas, não podendo exceder 50% da sua lotação. Decreto Presidencial constitui crime de desobediência nos
2. As empresas que prestem os serviços previstos no termos do artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro,
número anterior devem adequar a sua força de trabalho, de com a redacção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, sem
forma a garantir a continuidade dos serviços. prejuízo das sanções administrativas aplicáveis.
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CAPÍTULO IV ARTIGO 26.º


Disposições Finais e Transitórias (Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


ARTIGO 23.º
(Cerca sanitária) aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
pelo Presidente da República.
1. Mantém-se a cerca sanitária na Província de Luanda
até as 23h59 do dia 9 de Agosto de 2020. ARTIGO 27.º
(Entrada em vigor)
2. É definida a cerca sanitária no Município do Cazengo
(Província do Cuanza-Norte) a partir da meia-noite (0h00) O presente Diploma entra em vigor às 00h00 do dia 9 de
do dia 9 de Julho de 2020 até às 23h59 do dia 9 de Agosto Julho de 2020.
de 2020. Publique-se.
3. Enquanto vigorar a cerca sanitária, as fronteiras das Luanda, aos 7 de Julho de 2020.
Províncias de Luanda e Cuanza-Norte estão sujeitas a con-
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
trolo sanitário, nos termos definidos pelas autoridades
Lourenço.
competentes, devendo salvaguardar-se:
a) A entrada e saída de bens e serviços essenciais;
b) As ajudas humanitárias;
c) As entradas e saídas de doentes;
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO
d) Outras a determinar pelas autoridades competen- DO TERRITÓRIO
tes.
4. Enquanto vigorar a cerca sanitária, constitui obrigação Decreto Executivo n.º 200/20
das forças de defesa e segurança e das autoridades sanitárias de 8 de Julho

o reforço da vigilância sanitária nas províncias ou municí- Considerando que o Decreto Presidencial n.º 202/19,
pios limítrofes. de 25 de Junho, regulamenta os princípios e as normas de
5. É proibida a transladação interprovincial de cadáveres organização e funcionamento dos órgãos da Administração
cuja causa da morte seja a COVID-19. Local do Estado, fixando as respectivas estruturas organi-
zacionais, bem como os mecanismos de operacionalização
6. É permitida a transladação interprovincial de cadáve-
dos entes Administrativos Municipais, de modo a permitir
res, fora dos casos de falecimento por COVID-19, ficando
uma maior participação dos munícipes na gestão da coisa
no entanto condicionada ao limite de dois acompanhantes
pública, maior racionalidade orgânico-funcional e de recur-
sujeitos à realização prévia de teste do SARS-COV-2. sos humanos neles integrados;
7. As saídas autorizadas, das zonas sujeitas à cerca sani- Havendo necessidade de se adequar o regime de orga-
tária, estão condicionadas à realização prévia do teste do nização e de funcionamento dos órgãos e serviços da
SARS-COV-2. Administração Municipal de Belas à luz do actual para-
8. Tratando-se de delegações oficiais de trabalho, a digma definido;
autorização de saída deve ser condicionada ao número de Em conformidade com os poderes delegados pelo
membros necessários ao cumprimento das tarefas, devendo Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
ser o mais reduzido possível. Constituição da República de Angola, em conjugação com
9. A cerca sanitária definida no presente artigo poderá ser o disposto no n.º 1 do artigo 129.º do Decreto Presidencial
n.º 202/19, de 25 de Junho, determino:
prorrogada mediante acto conjunto dos Ministros da Saúde
ARTIGO 1.º
e do Interior.
(Aprovação)
ARTIGO 24.º
(Controlo de aplicação das medidas) É aprovado o Estatuto Orgânico da Administração
Municipal de Belas, anexo ao presente Decreto Executivo,
A entidade coordenadora do programa de prevenção e
que dele é parte integrante.
combate à COVID-19 é competente para autorizar as entra-
ARTIGO 2.º
das e saídas das zonas sob cerca sanitária, incluindo as (Dúvidas e omissões)
deslocações oficiais. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
ARTIGO 25.º aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo
(Aplicação subsidiária)
Ministro da Administração do Território.
Nos casos em que seja definida cerca ou cordão sanitá- ARTIGO 3.º
rio, são aplicáveis subsidiariamente as normas do Decreto (Revogação)
Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, que não contrariem É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
o disposto no presente Diploma. presente Diploma.
3748 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 4.º submetê-los ao Governador Provincial, para


(Entrada em vigor)
efeitos de monitorização e avaliação;
O presente Decreto Executivo entra em vigor à data da e) Administrar e conservar o património do Municí-
sua publicação. pio.
Publique-se. 3. À Administração Municipal, no domínio de Desen-
volvimento Urbano e do Ordenamento do Território,
Luanda, aos 19 de Maio de 2020.
incumbe:
O Ministro, Marcy Cláudio Lopes. a) Elaborar o projecto de Plano Urbanístico e Ordena-
mento do Território do Município e submetê-lo
ESTATUTO ORGÂNICO ao Governador Provincial, para apreciação e
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE BELAS aprovação dos órgãos competentes;
b) Promover o ordenamento e a sinalização do trân-
CAPÍTULO I sito e estacionamento de veículos automóveis
Definição, Natureza e Atribuições nos aglomerados populacionais;
ARTIGO 1.º
c) Promover a iluminação, sinalização rodoviária,
(Natureza) toponímia e cadastros, nos termos da lei;
A Administração Municipal de Belas é o órgão des- d) Apreciar, analisar e decidir sobre os projectos de
concentrado da Administração Local, que visa assegurar a construção e de manutenção dos edifícios, nos
realização de funções executivas do Estado no Município, termos da legislação aplicável;
com base em instrumentos e acções de orientação e pro- e) Dinamizar, acompanhar e apoiar genericamente a
moção do desenvolvimento harmonioso e moderno do habitação social e, particularmente, a autocons-
respectivo território, da sociedade e da economia, cabendo- trução dirigida;
-lhe garantir a prestação dos serviços públicos necessários à f) Autorizar a concessão de direitos fundiários até
segurança, bem-estar e progresso sustentado do Município. ao limite previsto por lei, bem como observar e
fiscalizar o cumprimento das disposições legais
ARTIGO 2.º
(Atribuições e competências) sobre esta matéria.
4. À Administração Municipal, no domínio do Apoio ao
1. À Administração Municipal cabe, em geral, promo-
Desenvolvimento Económico e Social, incumbe:
ver o desenvolvimento económico e social do Município, a
a) Estimular o aumento e a melhoria da produção e da
qualidade de vida dos cidadãos, os serviços públicos bási-
produtividade de bens nas empresas localizadas
cos, como a educação, a saúde, a cultura, os desportos, a
no Município;
recreação e o turismo, o abastecimento de água e de ener-
b) Promover e organizar feiras e mercados munici-
gia, o saneamento básico e a gestão dos resíduos, bem como
pais;
a rede rodoviária, a rede energética e a iluminação pública,
c) Promover e apoiar acções e programas de inte-
a manutenção dos edifícios e a gestão das águas residuais,
gração comunitária, de combate à pobreza e de
a educação cívica e comunitária dos munícipes, os serviços
promoção do desenvolvimento económico local;
de assistência social, o parqueamento, o tráfego e os trans-
d) Regulamentar, licenciar e fiscalizar a actividade
portes públicos.
comercial e de vendedores de mercados munici-
2. À Administração Municipal, no domínio do Planea-
pais, nos termos da lei e promover a formalização
mento, Orçamento e Finanças, incumbe:
da economia;
a) Apreciar e aprovar a proposta o orçamento do
e) Assegurar a assistência e a reinserção social,
Município, nos termos da legislação em vigor;
educacional e sanitária, contribuindo para a
b) Apreciar e aprovar a proposta de Plano de
melhoria das condições de vida dos munícipes e
Desenvolvimento do Município e remetê-lo ao da mobilidade social;
Governo Provincial para integração no Plano de f) Promover e apoiar o desenvolvimento da educa-
Desenvolvimento Provincial, nos termos da lei; ção, da saúde, do turismo e lazer, da indústria,
c) Supervisionar e coordenar a arrecadação de recur- da cultura, do desporto e das artes e incentivar
sos financeiros provenientes de impostos, taxas o surgimento de novos agentes de promoção
e de outras receitas devidas ao Estado, nos ter- de espectáculos e de actividades recreativas de
mos da lei; iniciativa pública;
d) Analisar e garantir a execução do Plano de Desen- g) Promover e apoiar as empresas e actividades
volvimento do Município e dos Planos Anuais económicas que fomentem o desenvolvimento
de Actividades da Administração Municipal e económico e social do Município;
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3749

h) Promover a criação de casas de cultura, lares de c) Colaborar na distribuição de energia, em coordena-


terceira idade e bibliotecas municipais, bem ção com os órgãos competentes;
como garantir o seu apetrechamento em material d) Assegurar a distribuição de água e dos sistemas de
bibliográfico; saneamento e de drenagem pluvial;
i) Preservar os edifícios, monumentos e sítios clas- e) Articular com as empresas públicas a distribuição,
sificados como património histórico e os locais manutenção e gestão de energia e águas na sua
históricos situados no território do Município; área de jurisdição;
j) Promover o desenvolvimento e acesso universal f) Promover a construção, reparação, manutenção e
à Educação Pré-Escolar e Ensino Primário, gestão de mercados, feiras e outros serviços do
assegurando os instrumentos e condições orga- Município;
nizativas, materiais e financeiras para o efeito; g) Fomentar a criação e o serviço de espaços verdes e
k) Gerir as escolas da Educação Pré-Escolar e Ensino pedonais, jardins e parques, equipamentos des-
Primário; portivos, de recreio e de manutenção;
l) Planear, gerir e realizar acções de construção, ape- h) Assegurar a adequação da mobilidade, circulação
trechamento e manutenção dos estabelecimentos urbana e qualidade do ambiente;
de Educação Pré-Escolar e do Ensino Primário; i) Realizar o registo do parque automóvel na sua área
m) Apoiar à educação extra-curricular e o desporto de jurisdição, nos termos da lei;
escolar, bem como o desenvolvimento de acti- j) Construir, manter, e gerir os cemitérios municipais.
6. À Administração Municipal, no domínio da Coor-
vidades complementares da acção educativa
denação Institucional, incumbe:
Pré-Escolar e no Ensino Primário;
a) Executar as decisões do Poder Executivo, em
n) Promover a construção e a manutenção de estabe-
matéria de incidência local;
lecimentos de Educação Pré-Escolar e do Ensino
b) Assegurar a protecção das pessoas e da proprie-
Primário, nas áreas rurais, bem como garantir o
dade pública e privada;
transporte escolar nestas áreas;
c) Adoptar medidas de protecção ao consumidor;
o) Implementar a merenda escolar, privilegiando
d) Velar pelo cumprimento da legislação sobre as
os produtos localmente produzidos, e gerir os
transgressões administrativas;
refeitórios dos estabelecimentos de educação
e) Assegurar a orientação, o acompanhamento e a
Pré-Escolar e do Ensino Primário;
monitorização das Unidades Territoriais depen-
p) Promover e licenciar o exercício de actividades dentes e superintender os institutos públicos e
ligadas a aviários, pocilgas, granjas, carpintarias, empresas públicas de âmbito municipal;
marcenarias, serralharias, oficinas de reparações, f) Acompanhar e cooperar com os institutos públicos
de costura e lavores femininos, de canalizações e e empresas públicas nacionais, com representa-
de electricidade e afins; ção local, nos respectivos programas e planos
q) Superintender as Estações de Desenvolvimento de desenvolvimento, com a harmonização das
Agrário (EDA’s), bem como fomentar a produ- respectivas intervenções;
ção agrícola e pecuária; g) Assegurar, em coordenação com os órgãos compe-
r) Superintender as actividades no domínio de desen- tentes, a realização de operação de Censo, bem
volvimento pesqueiro e aquicultura; como do processo de registo eleitoral oficioso e
s) Fomentar a produção pesqueira, assegurando os demais operações legais inerentes às Eleições
instrumentos e incentivos necessários à aquisi- Gerais e Autárquicas, nos termos das indicações
ção e distribuição de meios específicos; dos correspondentes órgãos responsáveis;
t) Licenciar e fiscalizar as unidades pesqueiras artesa- h) Realizar, em coordenação com órgãos compe-
nais e industriais. tentes, o recenseamento militar dos cidadãos
5. À Administração Municipal, nos domínios da Limpeza, residentes na sua área de jurisdição;
Energia, Transportes, Abastecimento de Água, Saneamento i) Colaborar com os Órgãos de Defesa, Segurança e
e do Equipamento Urbano incumbe: Ordem Interna, na defesa da integridade de todo
a) Assegurar a varredura, recolha e tratamento do o espaço territorial, no combate à imigração
lixo, bem como o embelezamento dos núcleos ilegal e ao tráfico de drogas e de seres humanos,
populacionais; focos de terrorismo, na preservação da ordem
b) Assegurar a gestão, limpeza e manutenção de rios pública e de riscos e catástrofes, nos termos da
e zonas balneares e turísticas; lei;
3750 DIÁRIO DA REPÚBLICA

j) Acompanhar a realização do registo civil dos 6. Serviços Executivos Desconcentrados:


cidadãos da respectiva área de jurisdição sob a) Direcção Municipal da Educação;
supervisão dos serviços competentes do Depar- b) Direcção Municipal da Saúde;
tamento Ministerial responsável pelo Sector da c) Direcção Municipal de Promoção do Desenvolvi-
Justiça, enquanto não houver Conservatórias de mento Económico Integrado;
Registos Civis ou Postos de Registos; d) Direcção Municipal do Ambiente e Saneamento
k) Comunicar em tempo oportuno ao Governador Básico;
Provincial quaisquer ocorrências relevantes que e) Direcção Municipal dos Transportes, Tráfego e
exijam o conhecimento urgente das autoridades Mobilidade;
provinciais e nacionais competentes, nomeada- f) Direcção Municipal de Acção Social, Antigos
mente nos domínios da vigilância comunitária e Combatentes e Veteranos da Pátria;
sanitária e da protecção civil; g) Direcção Municipal do Turismo, Cultura, Tempos
l) Promover condições de habitabilidade básicas, ade- Livros, Juventude e Desportos;
quadas à qualidade, boa aparência e à imagem h) Direcção Municipal de Energia e Águas;
do Município; i) Direcção Municipal de Infra-Estruturas, Ordena-
m) Promover o sentido de vizinhança, comunidade e mento do Território e Habitação;
responsabilidade entre vizinhos; j) Direcção Municipal de Agricultura, Pecuária e
n) Colaborar com as autoridades competentes nas Pescas;
matérias relacionadas com a toponímia, número k) Direcção Municipal dos Registos e Modernização
de polícia e identificação das ruas, edifícios Administrativa;
e habitações, bem como registos e censo, nos l) Direcção Municipal de Fiscalização.
termos da lei;
CAPÍTULO III
o) Realizar, em coordenação com os órgãos compe-
Organização em Especial
tentes, o registo e acompanhamento dos militares
reservistas, residentes na sua área de jurisdição. SECÇÃO I
Órgãos de Direcção
CAPÍTULO II ARTIGO 4.º
Organização em Geral (Direcção)
ARTIGO 3.º 1. A Administração Municipal de Belas é dirigida por um
(Estrutura orgânica) Administrador Municipal.
1. A estrutura orgânica da Administração Municipal de 2. No exercício das suas funções, o Administrador
Belas compreende os seguintes órgãos e serviços: Municipal é coadjuvado por dois Administradores Municipais-
2. Órgãos de Direcção: -Adjuntos, nomeadamente:
a) Administrador Municipal; a) Administrador Municipal-Adjunto para a Área
b) Administração Municipal; Económica e Financeira;
c) Administradores Municipais-Adjuntos. b) Administrador Municipal-Adjunto para a Área
3. Órgãos de Apoio Consultivo: Técnica, Infra-Estruturas e Serviços Comunitá-
a) Conselho Municipal de Auscultação da Comuni- rios.
dade; ARTIGO 5.º
b) Conselho Municipal de Concertação Social; (Composição e reunião)
c) Conselho Municipal de Vigilância Comunitária. 1. A Administração Municipal é composta pelo
4. Serviços de Apoio Técnico: Administrador, Administradores Municipais-Adjuntos,
a) Secretaria Geral; Administradores Comunais e ou dos Distritos Urbanos e
b) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística; Directores Municipais.
c) Gabinete Jurídico, Intercâmbio e Apoio às Comis- 2. A Administração Municipal reúne-se mensalmente em
sões de Moradores; sessão ordinária e, extraordinariamente sempre que convo-
d) Gabinete de Recursos Humanos; cada pelo Administrador Municipal.
e) Gabinete de Comunicação Social. 3. O Administrador Municipal pode, quando julgar neces-
5. Serviços de Apoio Instrumental: sário, convidar pessoas singulares ou colectivas a participar
a) Gabinete do Administrador Municipal e dos Admi- das reuniões da Administração Municipal, nomeadamente
nistradores Municipais-Adjuntos; representantes dos órgãos e serviços desconcentrados do
b) Comissão Municipal de Protecção Civil. poder central existentes no Município.
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3751

ARTIGO 6.º m) Promover iniciativas visando a conclusão de acor-


(Competências e forma dos actos do Administrador Municipal)
dos ou protocolos de geminação e cooperação
1. O Administrador Municipal de Belas é o órgão descon- entre Municípios, Cidades e ou Região Metro-
centrado da Administração Local, a quem incumbe dirigir a politana;
Administração Municipal de Belas, assegurar o normal fun- n) Construir e gerir os cemitérios municipais;
cionamento dos seus Órgãos e Serviços, respondendo pela o) Dinamizar a distribuição de água e energia nas
sua actividade perante o Governador Provincial. áreas sob sua jurisdição;
2. O Administrador Municipal tem as seguintes compe- p) Emitir alvarás de transladação de restos mortais;
tências: q) Comunicar em tempo oportuno ao Governador
a) Garantir o cumprimento da Constituição e da lei; Provincial quaisquer ocorrências relevantes que
b) Dirigir, orientar e controlar a actividade dos exijam o conhecimento urgente das competentes
membros da Administração Municipal, nomea- Autoridades Provinciais e Nacionais, nomeada-
damente dos Administradores Comunais, dos mente nos domínios da vigilância comunitária e
distritos urbanos e dos Directores Municipais; sanitária e da protecção civil;
c) Informar regularmente o Governador Provincial r) Nomear e exonerar os titulares de cargo de direc-
sobre a realização das tarefas e o funcionamento ção e chefia das escolas sob sua dependência,
da Administração Municipal; nos termos do presente Estatuto;
d) Articular permanentemente com o Governador s) Exercer as demais competências estabelecidas por
Provincial, os assuntos transversais e de inte- lei ou determinadas superiormente.
resse comum, incluindo as questões relacionadas 3. Os actos do Administrador Municipal, quando indivi-
com a transferência gradual de responsabilida- duais e concretos, revestem a forma de Despachos, e quando
des e recursos, devendo, para o efeito, rubricar genéricos e abstractos, revestem a forma de Postura.
Memorandos; ARTIGO 7.º
(Provimento e responsabilidade)
e) Nomear, empossar e exonerar os titulares de car-
gos de direcção e chefia dos diferentes serviços 1. O Administrador Municipal é nomeado por Despacho
sob sua dependência e decidir sobre as demais do Governador Provincial.
questões de recursos humanos da Administração 2. O Administrador Municipal responde pela sua activi-
Municipal; dade perante o Governador Provincial.
f) Convocar as reuniões da Administração Municipal, 3. Para o efeito do disposto no número anterior, o
do Conselho de Auscultação da Comunidade e Administrador Municipal apresenta relatórios trimestrais
do Conselho de Vigilância Comunitária e propor sobre a realização das tarefas e observa despachos periódi-
a respectiva ordem de trabalhos; cos com o Governador Provincial, conforme o calendário
g) Auscultar e coordenar com as Autoridades Tradi- estabelecido.
cionais a realização das acções administrativas e 4. Devem ser aprovados e visados pelo Governador
sociais junto das populações; Provincial antes da sua execução, os programas de inves-
h) Cumprir e fazer cumprir as normas que regulam timento público do Município, sob pena de irregularidade e
questões ligadas ao trânsito, ao saneamento ilegalidade.
básico, à energia e águas; 5. Compete ao Administrador Municipal aprovar os pla-
i) Aprovar os projectos de construção particular de nos de actividades e a programação financeira, devendo dar
pequena dimensão e fiscalizar a sua execução, conhecimento ao Governador Provincial.
de acordo com as competências definidas por ARTIGO 8.º
diploma próprio; (Posse)

j) Aplicar multas, depois do levantamento do res- O Administrador Municipal inicia as suas funções com a
pectivo auto, nos termos dos regulamentos tomada de posse perante o Governador Provincial.
administrativos; ARTIGO 9.º
(Audição prévia)
k) Licenciar e exercer o controlo sobre o uso das
licenças passadas aos comerciantes, aos indus- O Administrador Municipal deve ser previamente ouvido
triais e outros, cuja actividade se justifique; ou informado, tanto pelo Governador Provincial como pelos
l) Realizar acções que impeçam a destruição da flora órgão da Administração Central, sempre que estes preten-
e da fauna e que contribuam para a defesa e pre- dam adoptar medidas de política ou programas, projectos e
servação do ambiente; empreendimentos com incidência no território do Município.
3752 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 10.º ARTIGO 13.°


(Provimento e competências dos Administradores Municipais-Adjuntos) (Conselho Municipal de Vigilância Comunitária)

1. Os Administradores Municipais-Adjuntos são nomea- 1. O Conselho Municipal de Vigilância Comunitária


dos por Despacho do Governador Provincial, perante quem (CMVC) é o órgão de apoio consultivo do Administrador
tomam posse, ouvido o Administrador Municipal. Municipal em matéria de segurança pública e integra todos
2. O Administrador Municipal-Adjunto exerce competên- os órgãos que intervêm na implementação das políticas rela-
cias delegadas pelo Administrador Municipal, nomeadamente: cionadas com a ordem pública, protecção civil, segurança,
a) Coordenar o sector específico da sua responsabi- migração e estrangeiros.
lidade; 2. A organização, o funcionamento e as competências do
b) Propor, ao Administrador Municipal, medidas que Conselho Municipal de Vigilância Comunitária são defini-
visem melhorar o desempenho da Administra- dos por diploma próprio.
ção Municipal; SECÇÃO III
Serviços de Apoio Técnico
c) Substituir o Administrador Municipal nas suas
ausências ou impedimentos; ARTIGO 14.º
(Secretaria Geral)
d) Exercer as demais competências estabelecidas por
lei ou determinadas superiormente. 1. A Secretaria Geral é o serviço que se ocupa da gene-
ralidade das questões administrativas, do orçamento, do
SECÇÃO II
Órgãos de Apoio Consultivo património, das relações públicas e dos transportes.
2. A Secretaria Geral tem as seguintes competências:
ARTIGO 11.º
(Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade)
a) Zelar pela gestão do orçamento da Administração
Municipal;
1. O Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade
b) Executar o orçamento do Município;
(CMAC) tem por objectivo apoiar a Administração
c) Coordenar e executar, ao nível da Administra-
Municipal na apreciação e na tomada de medidas de natu- ção Municipal, em articulação com os órgãos
reza política, económica e social no território do respectivo centrais, as políticas de contratação pública no
Município. âmbito da gestão orçamental;
2. Para efeitos de aplicação do disposto no número ante- d) Garantir e controlar a obtenção das receitas arreca-
rior, o Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade dadas localmente;
é ouvido antes da aprovação da proposta do Orçamento, da e) Elaborar o mapa mensal das receitas arrecadadas e
proposta do Plano de Desenvolvimento Municipal, do Plano das despesas efectuadas ocorridas no Município;
Anual de Actividades e dos relatórios de execução dos refe- f) Proceder à recepção, registo de entrada e saída da
ridos instrumentos. documentação, bem como a sua digitalização e
3. O Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade gestão documental;
é presidido pelo Administrador Municipal. g) Secretariar, organizar e preparar, as reuniões da
4. As competências, a organização e o funcionamento Administração Municipal e do Conselho Muni-
do Conselho Municipal de Auscultação da Comunidade são cipal de Auscultação da Comunidade;
definidos por diploma próprio. h) Promover a publicação de informações, ordens de
serviço, editais, avisos e anúncios;
ARTIGO 12.º
(Conselho Municipal de Concertação Social) i) Criar as condições necessárias para que as relações
institucionais com outros órgãos decorram com
1. O Conselho Municipal de Concertação Social (CMCS)
eficácia;
é o órgão de apoio consultivo do Administrador Municipal
j) Assegurar o protocolo da Administração Municipal;
que assegura, ao nível do Município, as tarefas do Conselho
k) Elaborar e manter actualizados os ficheiros relativos
Provincial de Concertação Social, em assuntos de âmbito
ao Arquivo Geral da Administração Municipal;
municipal, respeitando estritamente as disposições legais
l) Administrar e conservar o património da Adminis-
relativas à competência material e hierárquica sobre as ques- tração Municipal;
tões a apreciar. m) Manter actualizado um mapa de consumo por
2. As reuniões do Conselho Municipal de Concertação serviço ao longo do ano;
Social são convocadas e presididas pelo Administrador n) Gerir o parque automóvel da Administração Muni-
Municipal. cipal;
3. As competências, a organização, o funcionamento e a o) Garantir a alocação de viaturas aos serviços;
composição do Conselho Municipal de Concertação Social p) Participar na implementação de informatização, ao
são definidos por diploma próprio. nível da Administração Municipal;
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3753

q) Garantir a disponibilização de informação de b) Elaborar a programação e controlar a execução


gestão, actualizada e fidedigna, aos órgãos direc- dos recursos financeiros do Orçamento Geral do
tivos da Administração Municipal; Estado, em articulação com a Secretaria Geral
r) Garantir a segurança dos sistemas de informação da Administração Municipal;
da Administração Municipal; c) Elaborar as estatísticas de interesse para o desen-
s) Garantir as comunicações e segurança de voz e volvimento económico e social do Município, de
dados da Administração Municipal; acordo com as normas legalmente estabelecidas;
t) Garantir o pagamento pontual dos salários dos d) Garantir a execução do Plano de Desenvolvimento
funcionários da Administração Municipal e de Municipal e dos Planos Anuais de Actividades
todos os serviços; da Administração Municipal e submeter os res-
u) Implementar iniciativas e ou programas que pectivos relatórios de execução à apreciação do
tenham como objectivo a modernização da Administrador Municipal;
Administração, nas vertentes organizacionais, e) Promover e realizar estudos, projectos e programas
de processos e de recursos humanos; sobre investimentos públicos;
v) Criar mecanismo de automatização dos processos f) Articular com a Secretaria Geral da Administração
da Administração, através da introdução de fer- Municipal o processo de elaboração da proposta
ramentas informáticas; de orçamento da Administração Municipal, nos
w) Elaborar a programação e controlar a execução termos da legislação competente;
dos recursos financeiros do Orçamento Geral do g) Organizar uma base de dados com informações
Estado, em articulação com o GEPE; referentes à área de estudos e planeamento;
x) Elaborar as estatísticas de interesse para o desen- h) Acompanhar a execução do programa de investi-
volvimento económico e social do Município, de mentos públicos ao nível do Município
acordo com as normas legalmente estabelecidas; i) Exercer as demais competências estabelecidas por
y) Articular com o GEPE a elaboração da proposta lei ou determinadas superiormente.
de Orçamento da Administração Municipal, nos 3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística
termos da lei; estrutura-se em:
z) Regulamentar as regras de comunicação internas e a) Secção de Estudo e Estatística;
externas da Administração Municipal; b) Secção de Planeamento;
aa) Exercer as demais competências estabelecidas c) Secção de Monitorização e Controlo.
por lei ou determinadas superiormente. ARTIGO 16.º
3. A Secretaria Geral estrutura-se em: (Gabinete Jurídico, Intercâmbio e Apoio às Comissões de Moradores)
a) Secção de Orçamento, Finanças e Contratação 1. O Gabinete Jurídico, Intercâmbio e Apoio às Comissões
Pública; de Moradores é o serviço de apoio técnico do Administrador
b) Secção de Património, Logística e Protocolo; Municipal incumbido de assegurar a execução de tarefas nos
c) Secção de Expediente. domínios de assessoria jurídica, contencioso administrativo
4. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral e estudos técnico-jurídicos inerentes aos Órgãos e Serviços
com a categoria de Director Municipal. da Administração Municipal, cooperação e geminação
5. Os candidatos ao cargo de Secretário Geral da com congéneres de outros Estados e acompanhamento das
Administração Municipal devem obedecer ao perfil funcio- Comissões de Moradores.
nal estabelecido por diploma próprio. 2. O Gabinete Jurídico, Intercâmbio e Apoio às Comis-
ARTIGO 15.º sões de Moradores tem as seguintes competências:
(Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)
a) Analisar e emitir pareceres sobre os contratos e actos
1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística administrativos dos Órgãos da Administração
(GEPE) é o serviço de assessoria multidisciplinar, que tem Municipal;
por objectivo elaborar estudos e análises sobre matérias com- b) Proceder ao estudo, análise e elaboração de projectos
preendidas nas competências da Administração Municipal de Diplomas e demais instrumentos jurídicos da
de Belas, bem como planificar, programar e coordenar a rea- Administração Municipal;
lização de actividades globais do Município. c) Apoiar os diversos Serviços da Administração
2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística tem Municipal na preparação de projectos de carácter
as seguintes competências: jurídico, posturas, despachos e demais instrumen-
a) Elaborar a proposta de Plano de Desenvolvimento tos legais;
Municipal e remetê-la ao Administrador Muni- d) Assessorar a Administração Municipal na tramitação
cipal para a aprovação e integração no Plano de de processos Judiciais e de contencioso administra-
Desenvolvimento Provincial; tivo em que a Administração Municipal seja parte;
3754 DIÁRIO DA REPÚBLICA

e) Instruir e acompanhar os processos de declaração s) Definir o espaço territorial de implantação das


de utilidade pública e expropriação, bem como Comissões de Moradores;
todos que se refiram à gestão dos bens do domí- t) Acompanhar e apoiar as Comissões de Moradores;
nio público a cargo do Município e, ainda, do u) Emitir o Certificado de Registo das Comissões de
património que integre o seu domínio privado; Moradores;
f) Coligir, ajustar e manter actualizada a legislação v) Exercer as demais competências estabelecidas por
respeitante às matérias afectas à Administração lei ou determinadas superiormente.
Municipal, bem como actualizar o arquivo dos 3. O Gabinete Jurídico, Intercâmbio e Apoio às
regulamentos, despachos e ordens de serviço Comissões de Moradores estrutura-se em:
dimanados dos Órgãos e Repartição neles inte- a) Secção dos Assuntos Jurídicos e Intercâmbio;
grados; b) Secção de Acompanhamento e Apoio às Comis-
g) Elaborar, fiscalizar e garantir o cumprimento dos sões de Moradores.
contratos em que a Administração Municipal ARTIGO 17.º
(Gabinete de Recursos Humanos)
seja parte;
h) Organizar uma base de dados com informações 1. O Gabinete Municipal de Recursos Humanos é um
referentes à Área Jurídica e do Contencioso serviço desconcentrado do Administrador Municipal incum-
Administrativo; bido de apoiar a Administração Municipal nas questões
i) Encarregar-se dos inquéritos que ocorram por relacionadas com a gestão administrativa e técnica do capi-
determinação da entidade competente; tal humano.
2. O Gabinete Municipal de Recursos Humanos tem as
j) Fiscalizar o cumprimento dos diplomas legais e
seguintes competências:
regulamentos administrativos;
a) Elaborar mapas estatísticos sobre assiduidade,
k) Efectuar sindicâncias, inquéritos e inspecções em
horas extraordinárias, absentismo, doenças e
articulação com os órgãos centrais competentes,
outros processos sobre o desempenho laboral
de acordo com a legislação aplicável;
dos funcionários da Administração do Municí-
l) Acompanhar e controlar a execução das delibera-
pio;
ções e decisões da Administração Municipal
b) Realizar a avaliação do desempenho e gerir as car-
para os diferentes serviços;
reiras para os funcionários de todos os órgãos e
m) Estudar e propor com base nos programas exe-
serviços da Administração Municipal;
cutivos da Administração Municipal e em
c) Assegurar a gestão técnica e administrativa dos
consonância com a legislação em vigor, os
recursos humanos de todos os órgãos e serviços
parâmetros fundamentais em que devem incidir
da Administração Municipal;
as relações de cooperação com as demais insti-
d) Definir prioridades e assegurar a formação e o
tuições e organismos nacionais e internacionais;
aperfeiçoamento profissional do pessoal da
n) Participar da preparação dos acordos e protocolos
Administração Municipal;
a serem firmados pela Administração Municipal,
3. O Gabinete Municipal de Recursos Humanos estru-
no âmbito das relações de cooperações e gemi-
tura-se em:
nação; a) Secção de Gestão Administrativa;
o) Proceder à gestão de protocolo assinados no âmbito b) Secção de Gestão de Carreiras e Capacitação Téc-
da geminação com outros municípios; nica.
p) Proceder à recolha de documentação sobre a temá-
ARTIGO 18.º
tica governativa e comunitária que permitam (Gabinete de Comunicação Social)
um estudo comparativo dos métodos utilizados 1. O Gabinete de Comunicação Social é o serviço de
nos diversos países, divulgando os que objec- apoio técnico que assegura a elaboração, implementação,
tivamente possam concorrer para uma melhor coordenação e monitorização das políticas de comunica-
governação local; ção institucional e imprensa e, em especial, da selecção,
q) Preparar e acompanhar as deslocações ao exte- elaboração e difusão de informação sobre a actividade da
rior das distintas delegações da Administração Administração Municipal.
Municipal, em missão oficial de serviço, no 2. O Gabinete de Comunicação Social tem as seguintes
âmbito das relações de cooperação e geminação; competências:
r) Preparar e acompanhar as actividades das distin- a) Velar pelo cumprimento das regras de comuni-
tas delegações estrangeiras que se deslocam ao cação, internas e externas, da Administração
Município; Municipal;
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3755

b) Uniformizar a mensagem a transmitir para o exte- b) Assessorar o Administrador Municipal e os


rior; Administradores Municipais-Adjuntos, no
c) Gerir a relação com os Meios de Comunicação atendimento ao público e marcação de contactos
Social; com entidades externas;
d) Preparar e difundir a informação interna; c) Preparar os contactos exteriores dos Adminis-
e) Coordenar a distribuição do boletim de informação tradores Municipais e dos Administradores
municipal, quando exista; Municipais-Adjuntos, fornecendo elementos
f) Zelar pela boa imagem da Administração Munici- que permitam a sua documentação prévia;
pal e dos seus serviços e funcionários; d) Recolher os elementos necessários à realização
g) Organizar a preparação de exposições, videogra- das reuniões da Administração Municipal e do
mas, diagramas, projecção de diapositivos ou
Conselho Municipal de Auscultação da Comu-
outros meios audiovisuais, relativos à actividade
nidade;
municipal;
e) Elaborar e encaminhar o expediente, bem como
h) Proceder à aquisição e divulgação, nos serviços
organizar o arquivo do Gabinete;
municipais e posterior arquivo, de publicações
f) Organizar a agenda e as audiências públicas e inter-
com interesse para a actividade da Administra-
nas;
ção Municipal ou para o desenvolvimento do
g) Desempenhar outras tarefas que lhe sejam determi-
Município;
i) Analisar a actividade da imprensa nacional e local, nadas por lei e superiormente.
assim como a generalidade da Comunicação 2. O Gabinete do Administrador Municipal é com-
Social, no que diz respeito à actuação dos órgãos posto pelo pessoal provido e exonerado pelo Administrador
do Município; Municipal, findando as suas funções com a cessação de fun-
j) Velar pela actualização do portal da Administração ções do Administrador Municipal, nos termos lei.
Municipal; 3. O Gabinete dos Administradores Municipais-
k) Contribuir para o enriquecimento do acervo biblio- -Adjuntos é composto pelo pessoal provido e exonerado pelo
gráfico e consolidar formas de colaboração com Administrador Municipal, sob proposta do Administrador
entidades editoras; Municipal-Adjunto, findando as suas funções com a cessa-
l) Efectuar os trabalhos de reprografia que lhe forem ção de funções do Administrador Municipal-Adjunto, nos
solicitados, quer pelos serviços municipais quer termos da lei.
por outra entidade do Município, após autoriza- ARTIGO 20.º
(Comissão Municipal de Protecção Civil)
ção do Administrador Municipal;
m) Gerir a relação com os meios de comunicação 1. A Comissão Municipal de Protecção Civil é o serviço
social; de apoio ao Administrador Municipal em matéria de protec-
n) Preparar, uniformizar e difundir a informação ção civil.
interna que se deseja transmitir para o exterior; 2. A organização e o funcionamento da Comissão
o) Exercer as demais funções determinadas superior- Municipal de Protecção Civil são definidos por diploma
mente, nos termos da lei. próprio.
3. O Gabinete de Comunicação Social estrutura-se em: SECÇÃO V
Serviços Executivos Desconcentrados
a) Secção de Comunicação Institucional e Imprensa;
b) Secção para Documentação e Informação. ARTIGO 21.º
(Direcção Municipal da Educação)
SECÇÃO IV
Serviços de Apoio Instrumental 1. A Direcção Municipal da Educação é o serviço des-
ARTIGO 19.º concentrado da Administração Municipal, incumbido de
(Gabinete do Administrador Municipal assegurar a execução das acções, actividade, programas,
e dos Administradores Municipais-Adjuntos) projectos e medidas de política, no domínio da educação,
1. O Gabinete do Administrador Municipal e dos do ensino e alfabetização, ao nível do Município, bem como
Administradores Municipais-Adjuntos são serviços de coordenar programas municipais que visem o desenvol-
apoio instrumental afectos ao Administrador Municipal e vimento científico e tecnológico e a inovação ao nível do
aos Administradores Municipais-Adjuntos no desempenho Município.
das suas funções e têm as seguintes competências: 2. A Direcção Municipal da Educação tem as seguintes
a) Assegurar o apoio técnico-administrativo competências:
necessário ao desempenho da actividade do a) Promover, controlar e coordenar a capacitação de
Administrador e dos Administradores Munici- funcionários ligados ao Sector, em estreita cola-
pais-Adjuntos; boração com o Gabinete de Recursos Humanos;
3756 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Gerir estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e do 2. A Direcção Municipal da Saúde tem as seguintes


Ensino Primário; competências:
c) Programar a construção, apetrechamento e a manuten- a) Assumir a planificação, gestão e execução da
ção dos estabelecimentos de Educação Pré-Escolar Política Nacional de Saúde e dos instrumentos
e Ensino Primário em estreita colaboração com o normativos do Sector da Saúde, a nível Muni-
GEPE; cipal;
d) Colaborar na gestão da carreira do pessoal docente e b) Assegurar a integração das prioridades sanitárias
administrativo dos estabelecimentos de ensino; no Plano de Desenvolvimento Municipal, com
e) Promover o apetrechamento em mobiliário, material base no diagnóstico da situação, nomeadamente
didáctico e manuais escolares, nos estabelecimentos das acções de funcionamento do Sistema de
de Ensino Pré-Escolar e Primário;
Saúde Pública e das acções da atenção primária
f) Comparticipar no apoio às crianças da Educação Pré-
de saúde, incluindo a promoção, a prevenção, o
-Escolar e do Ensino primário no domínio da acção
tratamento e o restauro da saúde;
social escolar;
c) Planificar, gerir e supervisionar adequadamente os
g) Apoiar a educação extra-escolar e o desporto escolar,
recursos humanos, os financeiros e patrimoniais
bem como o desenvolvimento de actividades com-
em coordenação com o Gabinete Provincial cor-
plementares da acção educativa Pré-Escolar e no
Ensino Primário; respondente;
h) Promover a construção e a manutenção de estabeleci- d) Garantir o normal funcionamento do Sistema de
mentos de Educação Pré-Escolar e Ensino Primário, Informação Sanitária (SIS), incluindo a vigilân-
bem como promover o transporte escolar; cia epidemiológica;
i) Implementar a merenda escolar e gerir os refeitórios e) Organizar uma base de dados e estatísticas com
dos estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e do informações referentes à Área da Saúde;
Ensino Primário, preferencialmente com produtos f) Planificar e executar acções de formação perma-
locais; nente e de supervisão técnica do pessoal das
j) Controlar as actividades dos institutos públicos do unidades sanitárias periféricas;
ramo, sob a orientação metodológica da estrutura g) Controlar as actividades dos hospitais, centros e
competente ao nível central; postos de saúde do Município, sob orientação
k) Promover actividades de educação da juventude e de metodológica dos órgãos provinciais e Centrais;
desportos escolares, bem como dinamizar o desen- h) Participar das pré-vistorias e vistorias dos novos
volvimento da cultura e da recreação juvenil, ao estabelecimentos hospitalares, farmácias e simi-
nível do Município; lares de âmbito Municipal;
l) Promover actividade de desenvolvimento científico e i) Estruturar e gerir adequadamente o Sistema Logís-
tecnológico, bem como iniciativas que promovam tico, incluindo a manutenção do património e
a inovação; dos meios logísticos;
m) Comparticipar no apoio às crianças da Educação Pré-
j) Assegurar a boa conservação dos hospitais muni-
-Escolar e os alunos do Ensino Primário no domínio
cipais, centros e postos de saúde, bem como das
da acção social e escolar;
infra-estruturas ligadas ao desenvolvimento dos
n) Exercer as demais competências estabelecidas por lei
cuidados primários de saúde, nos bairros, nas
ou determinadas superiormente.
aldeias e nas povoações;
3. A Direcção Municipal da Educação estrutura-se em:
k) Velar pelo pagamento pontual da remuneração
a) Secção de Educação e Ensino;
b) Secção de Planeamento, Estatística e Recursos Huma- do pessoal médico e paramédico dos estabele-
nos; cimentos hospitalares e dos órgãos e Secções
c) Secção de Inspecção Escolar; adstritas à Direcção Municipal;
d) Secção de Ciências, Tecnologia e Inovação. l) Exercer o controlo sobre o uso das licenças pas-
ARTIGO 22.º
sadas no âmbito da saúde, cuja actividade se
(Direcção Municipal da Saúde) justifique;
1. A Direcção Municipal da Saúde é um serviço des- m) Cooperar com as demais Direcções Municipais
concentrado da Administração Municipal incumbido de na execução dos programas de municipalização
assegurar a gestão da rede dos serviços de saúde, a presta- da saúde e dos Agentes de Desenvolvimento
ção de cuidados de saúde e a vigilância epidemiológica, com Comunitário e Sanitário (ADECOS);
base nas realidades demográficas, económicas, geográficas e n) Exercer as demais competências estabelecidas por
sociais para promover a saúde e o bem-estar das populações. lei ou determinadas superiormente.
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3757

3. A Direcção Municipal da Saúde estrutura-se em: k) Emitir pareceres sobre os processos de abertura de
a) Secção de Logística Hospitalar e Depósito de estabelecimentos comerciais e industriais, para
Medicamentos; os processos de concessão de áreas para a explo-
b) Secção de Estatística, Planeamento e Recursos ração dos recursos geológicos e minerais e para
Humanos; as empresas de prestação de serviços;
c) Secção de Saúde Pública; l) Propor a regulamentação dos mercados, feiras e
d) Secção de Inspecção de Saúde. promover medidas com vista à formalização da
ARTIGO 23.º actividade económica informal;
(Direcção Municipal de Promoção m) Realizar a actualização do cadastro da rede de
do Desenvolvimento Económico Integrado)
indústrias e de serviços existentes no Município;
1. A Direcção Municipal de Promoção do n) Contribuir para a defesa dos direitos dos consu-
Desenvolvimento Económico Integrado é o serviço des- midores, nomeadamente através do controlo da
concentrado da Administração Municipal incumbido de qualidade dos serviços prestados pelas empre-
assegurar a execução das acções, actividades, programas, sas, nos termos da lei;
projectos e medidas de política no domínio do fomento o) Exercer as demais competências estabelecidas por
empresarial, dos mercados, feiras e da formalização da eco-
lei ou determinadas superiormente.
nomia, bem como licenciamento das actividades comerciais
3. A Direcção Municipal de Promoção do
e industriais.
Desenvolvimento Económico Integrado estrutura-se em:
2. A Direcção Municipal de Promoção do Desenvol-
a) Secção de Promoção do Desenvolvimento Econó-
vimento Económico Integrado tem as seguintes competências:
mico Integrado;
a) Assegurar a execução das acções, actividades,
b) Secção de Administração Pública e Trabalho;
programas projectos e medidas de política no
c) Secção de Licenciamento das Actividades Econó-
domínio das actividades industriais, de geologia
micas e Serviços.
e minas e das empresas prestadoras de serviço;
ARTIGO 24.º
b) Colaborar no apoio às iniciativas locais de emprego (Direcção Municipal do Ambiente e Saneamento Básico)
e ao desenvolvimento de actividades de forma-
1. A Direcção Municipal do Ambiente e Saneamento
ção profissional; Básico é o serviço desconcentrado da Administração
c) Proceder ao registo da força de trabalho nacional e Municipal, incumbido de assegurar a execução de tarefas
estrangeira ao nível do Município; nos domínios da limpeza, recolha dos resíduos e promo-
d) Promover e apoiar o desenvolvimento de activi- ção do saneamento, bem como da melhoria do ambiente no
dades de formação profissional e de actividades Município.
artesanais; 2. A Direcção Municipal do Ambiente e Saneamento
e) Executar as tarefas relacionadas com o licencia- Básico tem as seguintes competências:
mento do exercício da actividade industrial, a) Promover e controlar a realização de estudos,
comercial, de geologia e minas e das empresas projectos e empreendimentos no domínio do
prestadoras de serviços; ambiente;
f) Instruir os processos de licenciamento da activi- b) Promover a arborização das áreas urbanas e do
dade industrial, hoteleira, de geologia e minas e território em geral, bem como o combate à
dos prestadores de serviços; desertificação;
g) Promover projectos e programas de incentivo ao c) Fomentar e promover o saneamento básico;
relançamento das micros, pequenas e médias d) Promover a educação ambiental;
indústrias; e) Proceder ao estudo de métodos, práticas e técnicas
h) Estimular o aumento da produção e da produti- tendentes ao melhoramento do ambiente;
vidade nas empresas de produção de bens e de f) Estruturar o sistema de recolha de resíduos sólidos;
prestação de serviços, ao nível Municipal; g) Elaborar e executar o programa de gestão de esgo-
i) Promover o investimento e apoiar as empresas e as tos, águas pluviais e residuais, em articulação
actividades económicas que fomentem o desen- com os órgãos competentes;
volvimento económico e social do Município; h) Dinamizar e garantir a limpeza, o embelezamento
j) Realizar pré-vistorias e participar na realização e a conservação de avenidas, ruas, passeios,
de vistorias aos estabelecimentos comerciais jardins e outros espaços públicos do Município;
e industriais, às áreas para a exploração dos i) Articular, com as operadoras, a recolha, tratamento
recursos geológicos e minerais e às empresas do lixo e embelezamento dos núcleos populacio-
prestadoras de serviços; nais;
3758 DIÁRIO DA REPÚBLICA

j) Assegurar a gestão, limpeza e manutenção de zonas i) Coordenar, com as autoridades reguladoras do trân-
balneares; sito no Município, as operações necessárias para
k) Elaborar, coordenar e executar o programa de arbo- a fluidez do tráfego;
rização em avenidas, ruas, bairros e povoações; j) Disponibilizar aos cidadãos em coordenação com
l) Organizar uma base de dados com informações as entidades centrais, a informação que possi-
referentes à Área de Saneamento Básico e de bilite uma melhor utilização e circulação da via
Limpeza Pública; pública e dos transportes públicos urbanos;
m) Acompanhar e monitorizar a prestação de serviços k) Exercer as demais competências estabelecidas por
de saneamento básico, de limpeza e de gestão lei ou determinadas superiormente.
dos espaços verdes, realizados por empresas 3. A Direcção Municipal dos Transportes, Tráfego e
públicas, concessionários ou por parcerias Mobilidade estrutura-se em:
público-privadas; a) Secção de Transportes;
n) Fomentar a conservação e manutenção de parques, b) Secção de Tráfego e Mobilidade.
jardins e zonas verdes; ARTIGO 26.º
(Direcção Municipal da Acção Social,
o) Exercer as demais competências estabelecidas por Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria)
lei ou determinadas superiormente.
1. A Direcção Municipal da Acção Social, Antigos
3. A Direcção Municipal do Ambiente e Saneamento
Combatentes e Veteranos da Pátria é o serviço desconcen-
Básico estrutura-se em:
trado da Administração Municipal incumbido de assegurar
a) Secção do Ambiente;
a execução das acções, actividades, programas, projectos
b) Secção do Saneamento Básico. e medidas de política, no domínio social e da assistência e
ARTIGO 25.º reinserção social dos antigos combatentes e veteranos da
(Direcção Municipal dos Transportes, Tráfego e Mobilidade)
pátria.
1. A Direcção Municipal dos Transportes, Tráfego e 2. A Direcção Municipal da Acção Social, Antigos
Mobilidade é o serviço desconcentrado da Administração Combatentes e Veteranos da Pátria tem as seguintes
Municipal incumbido de assegurar a execução das acções, competências:
actividades, programas, projectos e medidas de política no a) Materializar as orientações, instruções e as
domínio dos transportes e do tráfego, bem como das ques- medidas de política, definidas nos domínios da
tões relacionadas com a mobilidade de pessoas e bens. assistência social;
2. A Direcção Municipal dos Transportes, Tráfego e b) Cooperar com outras instituições de solidariedade
Mobilidade tem as seguintes competências: social e, em parceria com a Administração Cen-
a) Assegurar a execução das acções, actividades, tral, em programas e projectos de acção social de
programas, projectos e medidas de política, no âmbito municipal, designadamente no combate
domínio das actividades de transportes e comu- à pobreza e à exclusão social;
nicações; c) Colaborar e cooperar com o órgão provincial do
b) Desenvolver iniciativas municipais relativas ao Instituto Nacional da Criança na execução de
ordenamento do tráfego e comunicações no acções e medidas de política no domínio da
perímetro do Município; criança e da adolescência;
c) Promover e apoiar as empresas e as actividades d) Criar e gerir os centros comunitários de aconse-
económicas, no domínio dos transportes; lhamento das famílias em matérias de combate à
d) Promover e dinamizar estudos e projectos de violência doméstica;
investimentos nos domínios dos transportes e e) Promover em coordenação com outros órgãos a
comunicações; construção de creches, jardins-de-infância, lares
e) Executar as tarefas relacionadas com o licencia- ou centros para idosos e pessoas com deficiên-
mento do exercício da actividade das empresas cia;
de transportes; f) Promover a efectivação e divulgação das políticas
f) Emitir licenças da actividade das empresas de de protecção da criança em estreita articulação
transportes, nos termos da lei; com Direcção Municipal da Educação;
g) Emitir licença de exercício de actividade de táxi, g) Participar na concepção e execução de programas e
nos termos da lei; projectos sectoriais sobre a assistência e reinser-
h) Organizar os transportes urbanos e suburbanos ção social dos antigos combatentes e veteranos
intermunicipais de passageiros e carga; da pátria;
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3759

h) Assegurar a assistência social, contribuindo para eventos festivos e culturais que se promovam no
melhorias da aplicação das políticas assistenciais Município;
dos antigos combatentes e veteranos da pátria; j) Acompanhar as actividades promovidas pelas
i) Apoiar as entidades competentes na actualização organizações da sociedade civil, nomeadamente
dos registos e cadastro dos antigos combatentes igrejas, organizações não governamentais, asso-
e veteranos da pátria; ciações cívicas, culturais e recreativas;
j) Promover o acompanhamento social periódico dos k) Propor a classificação de imóveis, monumentos e
antigos combatentes e veteranos da pátria, resi- sítios, nos termos da legislação aplicável;
dentes no Município; l) Gerir os museus, monumentos e sítios classifica-
k) Orientar e coordenar a fiscalização e inspecção dos, nos termos definidos por lei;
das actividades das creches, infantários, lares de m) Promover, no Município, a organização de cam-
idosos e outras instituições de cariz social; peonatos inter-bairros e municipais, nas várias
l) Exercer as demais competências estabelecidas por modalidades desportivas, sobretudo olímpicas,
lei ou determinadas superiormente. nas categorias infanto-juvenis e juniores;
3. A Direcção Municipal da Acção Social, Antigos n) Proceder ao controlo e acompanhamento dos clu-
Combatentes e Veteranos da Pátria estrutura-se em: bes e associações sedeadas no Município;
a) Secção de Acção Social, Família e Igualdade do o) Criar e gerir infra-estruturas desportivas e sócio-
Género; -culturais de âmbito nacional;
b) Secção de Inspecção; p) Promover acções com vista à ocupação positiva da
c) Secção dos Antigos Combatentes e Veteranos da juventude;
Pátria. q) Promover políticas de apoio a juventude e ao des-
ARTIGO 27.º porto;
(Direcção Municipal do Turismo, Cultura, Tempos Livres, r) Exercer as demais funções determinadas superior-
Juventude e Desportos)
mente, nos termos da lei.
1. A Direcção Municipal do Turismo, Cultura, Tempos 3. A Direcção Municipal do Turismo, Cultura, Tempos
Livres, Juventude e Desportos é o serviço desconcentrado Livres, Juventude e Desportos estruturar-se em:
da Administração Municipal, incumbido de assegurar a a) Secção de Turismo;
execução das acções, actividades, programas, projectos e b) Secção de Promoção da Cultura;
medidas de política, nos domínios do turismo, cultura, tem- c) Secção de Tempos Livres, Juventude e Desportos.
pos livres e desportos.
ARTIGO 28.º
2. A Direcção Municipal do Turismo, Cultura, (Direcção Municipal de Energia e Águas)
Tempos Livres, Juventude e Desportos tem as seguintes 1. A Direcção Municipal de Energia e Águas é o serviço
competências: desconcentrado da Administração Municipal, incumbido de
a) Desenvolver acções com vista à promoção do assegurar a execução das acções, actividades, programas,
turismo; projectos e medidas de política no domínio da distribuição
b) Instruir processos de licenciamento de agências e de energia eléctrica, tratamento e abastecimento de água
empresas de turismo; potável.
c) Desenvolver, preservar e massificar as actividades 2. A Direcção Municipal de Energia e Águas tem as
culturais e artísticas no Município; seguintes competências:
d) Planear e gerir centros de cultura e teatros muni- a) Promover, em articulação com as entidades
cipais; competentes, a materialização das políticas de
e) Propor a classificação de imóveis, monumentos e distribuição de energia e de água;
sítios, nos termos da legislação aplicável; b) Estabelecer mecanismos que assegurem a melho-
f) Gerir os museus, monumentos e sítios classificados ria continuada do abastecimento de energia e de
nos termos definidos por lei; água, ao nível do Município;
g) Promover a preservação dos edifícios, monumentos c) Implementar políticas de sensibilização dos muní-
e sítios classificados como património histórico, cipes sobre a racionalização e poupança do
nacional e local, localizados no território do consumo de energia e de água e sobre o paga-
Município; mento do produto consumido;
h) Instruir os processos de licenciamento de fotógra- d) Dirigir e controlar as actividades e o desenvolvi-
fos, artesãos, artífices e outros agentes culturais; mento dos sectores da energia e da água;
i) Promover e emitir autorizações para a realização e) Exercer as demais competências estabelecidas por
de actividades culturais, recreativas e outros lei ou determinadas superiormente.
3760 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. A Direcção Municipal de Energia e Águas pode, em j) Promover programas de habitação e de renovação


momento oportuno, ser substituída por um instituto ou urbana;
empresa pública municipal ou terceirizada a gestão dos ser- k) Conservar e manter o parque habitacional e coope-
viços que presta. rativo, através da concessão de incentivos e da
4. Direcção Municipal de Energia e Águas estrutura-se realização de obras de recuperação dos edifícios;
em: l) Fomentar e gerir o parque habitacional no Muni-
a) Secção de Serviços Municipalizados de Energia; cípio;
b) Secção de Serviços Municipalizados das Águas. m) Promover a realização de obras públicas de
ARTIGO 29.º construção e manutenção de infra-estruturas em
(Direcção Municipal de Infra-Estruturas,
matéria de sua competência;
Ordenamento do Território e Habitação)
n) Propor e participar na viabilização de programas
1. A Direcção Municipal de Infra-Estruturas,
de recuperação ou substituição das habitações
Ordenamento do Território e Habitação é o serviço des-
degradadas, habitadas pelos arrendatários ou
concentrado da Administração Municipal incumbido de
pelos proprietários;
assegurar a execução das acções, actividades, programas,
o) Apoiar a implementação de projectos e programas
projectos e medidas de política nos domínios das obras e
construção locais, infra-estruturas, equipamentos urbanos sobre a execução e gestão do sistema de ilumi-
e organização do funcionamento do parque oficinal e das nação pública;
tarefas nos domínios do planeamento urbanístico e do orde- p) Cumprir e fazer cumprir as normas que regulam
namento territorial, instrução dos processos e licenciamento questões ligadas à estética do traçado geral e ao
das operações urbanísticas no Município. rigor dos alinhamentos;
2. A Direcção Municipal de Infra-Estruturas, q) Executar os projectos e programas de obras sobre
Ordenamento do Território e Habitação tem as seguintes planos de pormenor, loteamentos e urbaniza-
competências: ções, para novas zonas residenciais, industriais,
a) Promover, elaborar e executar os instrumentos académicas, desportivas e lazer;
de gestão territorial, designadamente o Plano r) Conceber e executar programas e projectos das
Director Municipal, o Plano de Urbanização e infra-estruturas e equipamento colectivo, urbano
os Planos de Pormenor; e rural, no Município, nomeadamente avenidas,
b) Acompanhar a execução dos projectos de ilumina- ruas, parques, jardins, passeios, iluminação
ção pública, sinalização rodoviária, toponímia e pública, edifícios e outros espaços públicos
cadastro; similares;
c) Apreciar, analisar e decidir sobre os projectos de s) Promover o ordenamento, a sinalização de trânsito
construção unifamiliar e outros de pequena e o estacionamento de veículos automóveis nos
dimensão, nos termos da lei; aglomerados populacionais;
d) Licenciar terrenos, nos termos da lei, e terras para t) Promover estudos, projectos e programas que
os diversos fins; visem assegurar a construção e ampliação das
e) Elaborar e apresentar propostas de projectos e redes viárias municipais e infra municipais;
programas para a realização de investimento do u) Promover estudos, projectos e programas sobre
ordenamento territorial urbano e rural; a modernização, ampliação ou construção dos
f) Orientar e executar a urbanização e o ordenamento equipamentos colectivos urbanos;
territorial do Município e contribuir para o v) Organizar o funcionamento do parque oficinal
desenvolvimento planeado e ordenado dos aglo- municipal;
merados populacionais; w) Organizar uma base de dados com informações e
g) Promover a projecção, execução, manutenção e estatísticas referentes à área de actuação;
conservação das infra-estruturas; x) Actualizar e gerir o cadastro municipal;
h) Instruir, emitir pareceres e ou decidir sobre os pro- y) Assegurar a manutenção e gestão dos cemitérios
cessos de pedido de terrenos para construção, municipais;
bem como sobre os processos de construção, z) Apoiar a implementação de projectos e programas
reabilitação e alteração de edificações urbanas sobre a manutenção do sistema de iluminação
até aos limites definidos na lei; pública;
i) Promover projectos e programas específicos de aa) Promover projectos e programas sobre a manu-
auto-construção dirigida; tenção dos equipamentos colectivos urbanos;
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3761

bb) Elaborar e executar o programa de criação e ARTIGO 31.º


(Direcção Municipal dos Registos e Modernização Administrativa)
ampliação de parques, jardins e zonas verdes
públicas; 1. A Direcção Municipal dos Registos e Modernização
cc) Fomentar a criação, ampliação e cultivo de par- Administrativa é o serviço desconcentrado da Administração
ques, jardins e zonas verdes de recreio; Municipal incumbido de assegurar a execução das acções,
actividades, programas projectos e medidas de política no
dd) Exercer as demais competências estabelecidas
domínio da realização dos registos, censos, recenseamento
por lei ou determinadas superiormente.
militar e eleitoral, promovendo a dinamização e moderniza-
3. A Direcção Municipal de Infra-Estruturas, Ordena-
ção dos meios técnicos e tecnológicos do Município e gerir o
mento do Território e Habitação estrutura-se em:
Balcão Único de Atendimento ao Público (BUAP).
a) Secção do Ordenamento do Território;
2. A Direcção Municipal dos Registos e Modernização
b) Secção de Habitação;
Administrativa tem as seguintes competências:
c) Secção de Infra-Estruturas.
a) Realizar e acompanhar o Processo de Registo
ARTIGO 30.º Eleitoral Oficioso e cooperar com os órgãos da
(Direcção Municipal de Agricultura, Pecuária e Pescas)
Comissão Nacional Eleitoral nas tarefas eleito-
1. A Direcção Municipal de Agricultura, Pecuária rais;
e Pescas é o serviço desconcentrado da Administração
b) Realizar o Recenseamento Militar em cooperação
Municipal incumbido de assegurar a execução das acções,
com os serviços competentes do Ministério da
actividades, programas, projectos e medidas de política nos
Defesa Nacional;
domínios de agricultura, pecuária e pescas.
c) Assegurar as condições de apoio à realização do
2. A Direcção Municipal de Agricultura, Pecuária e
registo cidadãos com capacidade eleitoral activa;
Pescas tem as seguintes competências:
d) Coordenar todas as iniciativas no domínio da
a) Assegurar a execução de acções, actividades,
administração do território;
programas, projectos e medidas de política,
e) Apoiar técnica, logística e administrativamente a
no domínio das actividades agrícolas, de agro-
realização dos actos eleitorais;
-pecuária e das pescas;
f) Apoiar a realização do censo da população, ao nível
b) Licenciar e propor a regulamentação do exercício
Municipal;
da actividade agrícola e piscatória;
g) Coordenar a implementação e a gestão do Balcão
c) Promover projectos e programas municipais de
Único de Atendimento ao Público (BUAP);
incentivo ao desenvolvimento agro-pecuário e
h) Recolher informação, informar, tratar e dar parecer
das pescas, incluindo nos domínios cooperativo
sobre matéria eleitoral;
e familiar;
i) Exercer as demais competências estabelecidas por
d) Estimular o aumento da produção e da produtivi-
lei ou determinadas superiormente.
dade nas empresas agrícolas e piscatórias; 3. A Direcção Municipal dos Registos e Modernização
e) Promover e dinamizar estudos e projectos de Administrativa estrutura-se em:
investimentos nos domínios da agricultura, da a) Secção de Registo Eleitoral, Recenseamento Mili-
pecuária e pescas; tar e Organização do Território;
f) Realizar pré-vistorias e participar na realização de b) Secção de Modernização Administrativa e Gestão
vistorias aos projectos agrícolas e às unidades do Balcão Único de Atendimento ao Público
pecuárias e de pescas; (BUAP).
g) Promover, acompanhar e supervisionar os canis-
ARTIGO 32.º
-gatis; (Direcção Municipal de Fiscalização)
h) Emitir pareceres sobre os processos de abertura de 1. A Direcção Municipal de Fiscalização é o serviço
novas actividades no domínio da agricultura, da desconcentrado da Administração Municipal, incumbido
pecuária e das pescas; de assegurar o acompanhamento e a fiscalização das nor-
i) Criar e conservar os canis/gatis ao nível do Muni- mas e regulamentos relativos à actividade da Administração
cípio; Municipal.
j) Exercer as demais competências estabelecidas por 2. A Direcção Municipal de Fiscalização tem as seguin-
lei ou determinadas superiormente. tes competências:
3. A Direcção Municipal de Agricultura, Pecuária e a) Velar pelo cumprimento da lei sobre as transgres-
Pescas estrutura-se em: sões administrativas, os regulamentos e posturas
a) Secção de Agricultura; dimanadas do Governo Provincial e da Adminis-
b) Secção de Pecuária e Pescas. tração Municipal;
3762 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Colaborar e coordenar com órgãos policiais para 2. Os Gabinetes de Apoio e as Direcções Municipais são
a manutenção da ordem e protecção dos bens dirigidas por Directores Municipais nomeados por Despacho
públicos; do Administrador Municipal.
c) Realizar operações que visem prevenir e reprimir 3. Os Gabinetes de Apoio e as Direcções Municipais
as transgressões administrativas e repor a lega- dependem orgânica, administrativa e funcionalmente do
lidade; Administrador Municipal.
d) Instruir os processos de transgressão administra- 4. A organização e o funcionamento das Direcções
Municipais regem-se por regulamento interno, aprovado por
tiva;
acto do Administrador Municipal.
e) Participar, em articulação com outros órgãos
competentes, na fiscalização das actividades das CAPÍTULO IV
empresas agrícolas, industriais, de turismo e de Disposições Finais e Transitórias
prestação de serviços; ARTIGO 34.º
f) Coordenar as brigadas de demolição de construções (Quadro de pessoal)
em transgressão, depois de devidamente ordena- 1. O quadro de pessoal da Administração Municipal
das pelas entidades competentes para o efeito, de Belas é o constante do Anexo I do presente Estatuto
nos termos da legislação em vigor; Orgânico, sendo dele parte integrante.
g) Exercer as demais competências estabelecidas por 2. A admissão do pessoal dos serviços específicos que
lei ou determinadas superiormente. não impliquem ingresso no quadro efectivo de pessoal é
3. A organização e o funcionamento da Direcção feita nos termos da lei.
Municipal de Fiscalização são definidos por diploma próprio. ARTIGO 35.º
(Organigrama)
ARTIGO 33.º
(Direcções Municipais) O organigrama da Administração Municipal de Belas é
1. As Direcções Municipais são unidades orgânicas de o constante do Anexo II do presente Diploma, sendo dele
gestão de áreas específicas de actividade da Administração parte integrante.
Municipal. O Ministro, Marcy Cláudio Lopes.
I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3763

ANEXO I
Quadro de Pessoal do Regime Geral
3764 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Quadro de Pessoal da Carreira Inpesctiva


I SÉRIE – N.º 100 – DE 8 DE JULHO DE 2020 3765

Quadro de Pessoal da Carreira do Assistente Social


3766 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO II
Organograma

ADMINISTRADOR
MUNICIPAL

ADMINISTRADOR CMAC CMCS CMVC


ADMINISTRADOR
MUNICIPAL-ADJUNTO
MUNICIPAL-ADJUNTO
PARA A ÁERA TÉCNICA,
PARA A ÁERA
INFRA-ESTRUTURAS
ECONÓMICA GABINETE
E SERVIÇOS COMISSÃO
E FINANCEIRA DO ADMINISTRADOR
COMUNITÁRIOS MUNICIPAL
E DOS ADMINISTRADORES
DE PROTECÇÃO CIVIL
MUNICIPAIS-ADJUNTOS

SERVIÇOS
SERVIÇO
EXECUTIVOS
DE APOIO TÉCNICO
DESCONCENTRADOS

DIRECÇÃO DIRECÇÃO
SECRETARIA GERAL
MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DA SAÚDE

DIRECÇÃO
GABINETE DE ESTUDOS, DIRECÇÃO
MUNICIPAL
PLANEAMENTO MUNICIPAL DOS
DE PROMOÇÃO
E ESTATÍSTICA TRANSPORTES, TRÁFEGO
DO DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO INTEGRADO E MOBILIDADE
GABINETE JURÍDICO,
INTERCÂMBIO E APOIO DIRECÇÃO
DIRECÇÃO
ÀS COMISSÕES MUNICIPAL DE ACÇÃO
MUNICIPAL DE ENERGIA
DE MORADORES SOCIAL, ANTIGOS
E ÁGUAS
COMBATENTES
GABINETE E VETERANOS DA PÁTRIA
DOS RECURSOS DIRECÇÃO
DIRECÇÃO
HUMANOS MUNICIPAL DO AMBIENTE E
MUNICIPAL DOS REGISTOS
SANEAMENTO BÁSICO
E MODERNIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
GABINETE DIRECÇÃO
DE COMUNICAÇÃO DIRECÇÃO MUNICIPAL DE INFRA-ESTRUTURAS,
SOCIAL MUNICIPAL ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
DA AGRICULTURA, E HABITAÇÃO
PECUÁRIA E PESCAS
DIRECÇÃO
DIRECÇÃO
MUNICIPAL
MUNICIPAL DO TURISMO,
DE FISCALIZAÇÃO
CULTURA, TEMPOS LIVRES,
JUVENTUDE
E DESPORTOS

O Ministro, Marcy Cláudio Lopes.

O. E. 0904 - 7/100 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2020

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