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Comitê Moa do Katendê - ZL/SP

Marcha Nacional da Periferia (11) 9.8218-9196

Marcha da Periferia na Cidade Tiradentes - ZL


REPARAÇÕES JÁ, DITADURA NUNCA MAIS!
I
magine a seguinte si- grupos de extermínio e do
tuação: trabalhar por tráfico. Toda essa repressão
40 anos de sol a sol, no serve para fazer um contro-
trabalho pesado. Trabalhar le social dos nossos corpos
sob chibata e castigos que e vidas, como o exército faz
terminam em morte. Nesse no Haiti e na ocupação mi-
trabalho, você é menos que litar do RJ. Bolsonaro quer
um animal, as mulheres so- transformar nossa resistên-
frem estupros e todo tipo cia em crime com uma di-
de violência. Seus pais e tadura. E contra isso, tam-
avós foram sequestrados e bém devemos lutar.
vendidos e seus filhos tam- Queremos Liberdade
bém serão. 400 anos de- A l iberdade está no
pois, esse tipo de trabalho cent ro da nossa luta.
foi abolido sem nenhum Queremos ser livres para
tipo de indenização a es- não ser comprados nem
ses trabalhadores. A escra- vendidos, para não ser
vidão é um dos maiores cri- a carne mais barata do
mes do capitalismo contra lhar, nem empregos. Isso os mitês de luta. Resistimos mercado. Não queremos ser
o povo preto. obrigou a construir e morar também quando mantemos a carne mais marcada pela
Antes e Hoje em favelas e nas periferias, vivas nossas tradições, cul- violência dos governos,
No passado, o trabalho sem dignidade. Você que tura e religiosidade. Quan- de direita e de esquerda.
forçado de africanos escra- está lendo esse texto pro- do temos orgulho da nossa Queremos justiça para
vizados em todo mundo se vavelmente também já pas- pele, do nosso nariz e boca nossos mortos, Marielle
transformou em fortunas sou pelos desesperos de es- e do volume de nossos ca- e A nderson, Cláud ia,
que sustentaram impérios tar desempregado, do medo belos crespos e tranças. Amarildo, DG, Italo, Biel
europeus e o luxo dos se- de perder o emprego ou de O medo de nossa resistên- e Mestre Moa. Queremos
nhores da Casa Grande. 130 ficar horas no ônibus lo- cia está estampado na bur- resgatar a tradição de
anos depois, os ricos con- tado ou numa fila de hos- guesia e no imperialismo. Zumbi, Dandara, Luiza
tinuam tendo os melhores pital. Eles temem nossos rolezi- Mahin.
hospitais, colégios e mora- Resistência nhos e nossa organização. Convidamos todos os lu-
dias, pagos com o dinheiro Frente a isso, nosso povo Os governos nos tratavam tadores e lutadoras para es-
de nossa exploração. sempre resistiu. Antes com e nos tratam até hoje com tar do nosso lado contra
Os negros e negras após a quilombos e revoltas, hoje violência, seja nas mãos da o racismo, o machismo, a
abolição de escravidão não com greves e marchas, e polícia, do encarceramen- lgbtfobia e todos os ataques
tinham terras para traba- organizando coletivos e co- to, dos manicômios ou dos ao nosso povo.

Novembro Negro Marcha na CT


Reivindicamos o dia camos neste mesmo dia • Concentração no Campo do MEC no Setor G
20 de Novembro como 20, o Dia internacional da • Rua Dante Alderigo, 97 - Cidade Tiradentes - São
dia Nacional da Consci- Memória Trans e dia 24 de paulo - CEP: 08470-795
ência Negra e de luta con- Novembro, Dia internacio- • Dia e Hora: 24/11/18 (sáb) às 14:00
tra o racismo e por repa- nal de Luta contra a vio- • Fechamento com atividades culturais no Centro
rações. Também reivindi- lência a mulher. Cultural Arte em Construção

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