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- INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
Para se ter uma idéia melhor sobre interpretação constitucional, mister se faz que
haja uma explanação sobre conhecimento, interpretação e hermenêutica.
1.1.- CONHECIMENTO,
INTERPRETAÇÃO E
HERMENÊUTICA
Quando a interpretação tem por objeto não o homem, enquanto ser que interpreta,
mas o sentido do que ele realiza no mundo, a hermenêutica assume um caráter
científico, é hermenêutica científica.
Não há, é certo, entre umas e outras, hierarquia em sentido normativo, por isso,
que, pelo princípio da unidade da Constituição, todas as normas constitucionais
encontram-se no mesmo plano. Isso não impede, todavia, que normas de mesma
hierarquia tenha funções distintas dentro do ordenamento. De fato aos princípios
cabe, além de uma ação imediata, quando diretamente aplicáveis a determinada
relação jurídica, uma outra, de natureza mediata que é a de funcionar como
critério de interpretação e integração do texto constitucional.
À vista das dimensões diversas que sua formulação comporta, é possível e
conveniente decompor didaticamente o processo de interpretação conforme a
Constituição nos elementos seguintes:
Sendo assim, a de se analisar que o juiz tem que interpretar a lei, almejando que
com a sua aplicação de sua interpretação chegue a justiça, de forma que não
contrarie a lei e sempre tendo a Constituição como a lei maior.
Nos Estados Unidos tem-se travado, nos últimos anos, uma ampla discussão
sobre o controle de constitucionalidade pelo Judiciário e seus limites. Sustenta-se
que os agentes do Executivo e do Legislativo, além de ungidos pela vontade
popular sujeitam-se a um tipo de controle e responsabilização política que os
juizes estão isentos. Daí afirma-se que o controle judicial da atuação dos outros
poderes da lugar. Notadamente os seguimentos conservadores tem questionado o
avanço dos tribunais sobre espaços que, segundo crêem, deveriam ficar
reservados ao processo político. Em livre clássico Alexander Bickel abordou o
tema, procurando definir o espaço de atuação do judiciário, em passagem que
ficou célebre:
Em suma, pode concluir do que fora acima exposto sobre a relação de juiz com
interpretação e juiz com Constituição, o entendimento de que toda interpretação é
condicionada pelas mutações históricas do sistema, implicando tanto a
intencionalidade originária do legislador, quanto as exigência fáticas e
axiológicas supervenientes, numa compreensão global, ao mesmo tempo
retrospectiva e prospectiva e que a interpretação do juiz sempre é de natureza
axiológica, pressupondo a valoração objetivada nas proposições normativas,
salientando a supremacia d da Constituição.