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BENEVAL DE OLIVEIRA
Associação dos Ge6grafos Brasüeiros (Secçõo Regional D. F.)
CONTRIBUIÇÃO
PARA A DIV.ISÃO REGIONAL
DO ESTADO DO PARANÁ
RIO DE IANEIRO
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA
CONSELHO NACIONAL DE GEOGRAFIA
1950
CONTRIBUIÇÃO PARA A DIVISÃO REGIONAL
DO ESTADO DO PARANA
,
Prof. BENEVALDE OLIVEIRA
Associação dos Ge6grafos Brasileiros (Secção Regional DF)
I
tratando de localizar, descrever e explicar unidades fisiográficas contidas em
territórios de vastas dimensões em que os acidentes da paisagem de permeio com
tantos fenômenos a ela inerentes, variam e se diferenciam a cada passo.
1\1uita razão reconhecemos no magnífico relatório apresentado à Assem-
bléia Geral da Associação dos Geógrafos Brasileiros pelo ilustre professor PIERRE
MONBEIGreunida em Lorena, em 1946, sôbre a divisão regional do Estado de
São Paulo. Reportando-se ao Brasil, assim se manifestou o eminente geógrafo:
"A tarefa não é simples; e logo se é levado a verificar, uma vez mais que a
I
crítica é fácil, mas a arte é difícil. Quando se critica a divisão regional brasi-
leira e quando se procura oferecer sugestões positivas, "choca-se" logo com as
próprias condições do país. Estou quase a dizer que a essência mesma do
Brasil é um obstáculo à sua divisão geográfica precisa. Por exemplo, as di-
I
f
mensões do país são gigantescas e neste pedaço de continente americano tudo
é vasto. O geógrafo, aqui, parece forçado a reconhecer a existência de uni-
dades fisiográficas que ocupam superfícies enormes. Em seguida, se se pro-
curam elementos na paisagem, depois na ocupação do solo e nas relações entre
os grupos humanos, um outro obstáculo surge: a posse do solo pelo homem
é ainda recente".
O presente trabalho constitui urna tentativa, ou mesmo um esfôrço nO
sentido da divisão regional do Estado do Paraná, unidade federativa que temos
perIustrado em vários sentidos e direções, através de nossas excursões de pes-
quisas geográficas, principalmente, no que tange a investigações ligadas à
Geografia Física.
Para dar corpo às nossas idéias, estamos sentindo, preliminarmente a ne-
cessidade de entrarmos no terreno da conceituação, isto porque, impossível a
caminhada, se não nos detivermos em certos princípios de terminologia, indis-
pensáveis para o esclarecimento do leitor.
Isto pôsto, declaramos aceitar integralmente os princípios assentados pelo
professor MONBEIG, no seu memorável relatório sôbre a divisão regional de São
Paulo, que são os seguintes:
"1.0 - as "regiões" correspondem a vastas unidades fisiográficas;
2.o - As "sub-regiões" são delimitadas levando-se em conta, essencialmente,
a paisagem geográfica; por isso mesmo, sua nomenclatura deverá, tanto quanto
possível, fazer ressaltar o traço dominante dessa paisagem;
Pago 55 - Janeiro-~larco de 1950
56 REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA
Fig. 2 ~ R.elê1)~:;:'~~~~c~o~~
~(~~.a:;;IG~::z~:ana sub-região Na sub-região serra-
na do Hibeira o clima se
diversifica Cfb e Cfa (KOPPEK) em virtude dos grandes desníveis provocados
pela dissecação enérgica do rio Hibeira e seus tributários; a vegetação por
sua vez se transforma de acôrdo com as altitudes, nas encostas ou nos fundos
dos vales há sempre matas tropicais mais ou menos semelhantes às que ocorrem
na baixada litorânea. No planalto de Curitiba o clima é uniforme Cfb e a
vegetaçflO também não sofre variações, exceção em pequenas áreas onde surgem
alguns campos próximos da capital e em que geralmente ocorrem depósitos de
sedimentos pleistocênicos.
Vig-. E; - V'Ísta parcial da localidade rir Rio Azu.l obscn;ando-sc a t:crff:tação de arall('drias
da SUb~}Trliii() do médio l!11laç/1. Foto A. \Vl!3C'HRAL
sobressaem aos olhos do geógrafo; a primeira é, sem dÚvida, a dos Campos Ge-
rais, que, aliás eonstitui o prolongamento da idêntica sub-região paulista pro-
posta no esquema MONBEIG: a segunda é a do médio Iguaçn constituída prin-
eipalmente, de grandes matas de araucariáceas c aquifoliáceas (ilex mate); a
terceira é a do alto Ivaí, ele maior extensão, porém, constituída, da mesma
forma, de matas de araucariáceas e aqnifoliáceas e a quarta a de Cinzas também
Fig. ·1 ~ Aspecto típico da sub-re!lião dos Campos Gerais 1-1endo-se bancos de arenUas
vaa Velha. Foto A. WISCHRAL
Fig, 5 - Uma maciça formaçÜo de Ilex mate ?la 8ub-re9icio do médio 1.0 llQ-f u , 1Jlunicipio
d(' São Matcus do 81l1. Fotp du autor.
lrati pode ser considerada uma sub-região à parte. Situada num grande
divisor de três importantes rios do Paraná (Iguaçu, Tibaji e I vaí) em magnífica
posição, tem êsse município conseguido impor-se na paisagem econômica do
Estado, graças ao abandono da indústria extrativa pelo aproveitamento de seus
solos em grandes plantaçÜes de batatas, milho, centeio e outros cereais. Ligada,
recentemente, por um ramal ferroviário ao terceiro planalto e por estrada de ro-
dagem a Prudentópolis, lrati está realizando verdadeira captura a oeste (Guara-
puava) em prejuízo de Ponta Grossa que até há bem pouco, comandava tôda a
economia do centro-sul do Estado,
A snb-região do alto Ivaí, mais a oeste e limitada parcialmente pcla ClIesta
da Boa Esperança abrange alguns municípios como os de PrudentÓpolis, parcial-
mente 1mbituva e Heserva, esbatendo-se para nordeste nos espigões divisores
que drenam para o Tibaji, Apresenta variaç,ões locais não só no que coneeme
ao clima como também ao revestimento vegetal. No município de Prudentópolis
e parcialmente no de Heserva ocorrem ainda matas de araucariáceas e aquifo-
liáceas. o clima é Cfb típico; nas proximidades do lvaí (Teresa Cristina, Cân-
dido de Abreu), a vegetação se modifica, tomando o aspecto de matas tropicais,
o clima cai dentro do grupo Cfa.
Do ponto de vista da Geografia Humana, a sub-região do alto h'a; se
oblitera totalmente, tendo-se em vista quc a economia regional é bastante inci-
piente e snbsidiária. achando-se, portanto dentro da órbita econômica de Ponta
Grossa.
típico Cfa l' seu revestimento vegetal é de matas sub-tropicais com alguns
pinheiros; em Jacarêzinho e municípios adjacentes, porém, a vegetação toma
aspectos de matas tropicais, confundindo-se com a sub-região das matas tro-
picais, aproximando-se o clima para o grupo Cwa, com invernos mais secos. No
que tange à Geografia Humana podemos distinguir a zona de Jacarezinho. a
mais antiga zona cafeeira do Estado, e que, pela sua esfera de ação exerce sen-
sivel inflnência sôbre os demais municípios adjacentes. Figura, ainda, nesta
sub-região, de acôrdo com o nosso esquema, a zona de Tomasina, ou ramal do
Hio do Peixe, ou ainda, zona do carvão que, entretanto, não adquiriu autonomia
a ponto de constituir-se em zona de atração. Até, certo ponto, em virtude do
sistema ferroviário, está subordinada à zona de Jaguariaiva e também à zona
de Jacarezinho. Podíamos figurar. ainda, a zona de Araiporanga, mas esta é
dominada pela zona de Londrina.
Fig. 9 ~ V'ista parcial da ddade de Ponta 01'08S0, a scpunda do Estado pela sua situação
demográ/ica e econômica. Foto D.E .E.P.
Por ora, apenas duas "zonas" merecem destaque aos olhos do geógrafo:
a zona de Cornélio Procopio mais antiga e a zona de Londrina comandando o
deslocamento pioneiro na direção das barrancas do Paraná, do Paranapanema
e do Ivaí. Como a atuação do agente humano nessa zona é bastante Yigorosa,
propriamente, no sentido do adensamento é proYável que, dentro de poucos anos,
nova zona possa ser introduzi da nesta sub-l'egião com o ineyitável desenvolvi-
mento de :\!aringá. ~Iaringá, por certo, terá posição pri\'ilegiada, tendo-se em
vista que a ocupação humana também se vai processando para o sul na direção
de Campo \Iourão, ou melhor, na direção do Ivaí. A propósito, já se cogita
de prolongar o ramal ferro\'iário de Apucarana passando por Campo \Iourão
para atingir Gllaíra. no baixo Pequiri.
A segunda snb-região i, a de matas entremeadas de campos de Palmas
Gllarapuava cnjos limitcs setentrionais podem ser localizados nOs divisores elo
haí com o Peqniri. É uma "asta área muito retalhada pelos rios que drenam
para o Pequiri e 19uaçu. Apresenta. tan:bém, variações Jocais como nO médio
CONTRIBUICÃO PARA A DIVISÃO REGIONAL DO ESTADO DO PARANA 63
AS REGIÕES PARANAENSES EM SI
a) - Baixada Litorânea
Igualmente. do pon-
to de vista da Geo-
grafia Humana. podia-
Inos criar trt·s zonas. to-
davia, tanto Guaratu ba
como Gl1araql1eçaba nÜo
têm econon1ia fonnada
e estão inteiramente \'oJ-
tadas para o seu centro
de atraç,ão qU(' é Para na-
guá, Donde, apenas, Fig-. 13 - DfTrubQflo da mata para planta(:õe.'1 de café. pü-
dendo-.<;c. ainda. ob~;('rl'(l'l' nmwnescrnte.'i de hc:lus CXem1J[a-
uma zona a de Parana- tC!) di 1Wr()(}(~i1'O (A8pidosper'Y/'lU pO!Vlle//1'()ll L S'lIh-re.l1iâ.o de
1JHlta,> tropif.'ai.'), um pouco (10 sul de Londrina. Fow J ,J
guá, BIGARr:LL'
b) Primeiro Planalto
?ll(lfw ..· du
!i'ellP .lI..
\:, E. G. - 0
66 REVISTA BHASILEIRA DE GEOGRAFIA,
d) Terceiro Planalto
Fig". 15. - A<>pcctos da localidade de Guuira. ?lO rjo Parando nas 11To.1:imidacles dos saltos
das Setl Quedas Arrimado comércio com (l sul de Mato Grosso por interméd.io dn Companhia
Matl' Laranjeim. Fato A. "\\'I8CHRAL
o Curitibn ('ont~ ahlalmenk cerca dv 150 mil hahitantes, talvez. ak.'lnt·(· .200 mil no prÚximo
rect.'n$c.unento, .
pela ciência. Não pode haver neste terreno concepções fantasmagórícas nem
criações fictícias ou artificiais, pois a natureza não é obra de ficção.
Quanto às divisões municipais sempre haveremos de enfrentar dificuldades
tendo-se em vista que as divisõe~ político-administrativas, na maioria dos casos,
nâo querem nada com a Geografia ...
No Paraná a questão não foge à regra. Vejamos. O município da Lapa
abranje duas áreas: uma pode figurar nos Campos Gerais, a outra no Médio
Iguaçu; o município de Castro possui uma pequena área nos Campos Gerais e
a maior na sub-região Serrana; o de Ponta Grossa, idem; o município de Campo
Largo é tripártite. abrange áreas na sub-região do Planalto de Curitiba, idem
na sub-região Serrana (Três Córregos) e ainda na sub-região dos Campos Ge-
rais (São Luís de Purunã) .
.cONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
:\'ÍONBEIG, PIEHHE - "DivísÜo Regional do Estado de São Paulo" - Anais da AGB - Volume
I - 1945;'46. São Paulo 1949.
1L1.ACK, REINHARD - "Notas preliminares sobre clima e vegetação do estado do. Paraná".
Arquivos de Biologia c Tecnologia - Volume lU - 1948. Curitiba.
OLIVEIRA, BENEYAL DE - "A Lavoura_ Cafeeira uas Terras Roxas e o }~robleJnada Degradação
do Solo". Observador EconÔmico e Financeiro. Ano XV - N.o 170 - Março de 1950.
RÉSUMÉ
Dans Ie présel1t arUeIe, l"auteur fait, tout d'abord. quelques considératiol1s sur le critere
adopté pour l'établissement de divisions régionales et passe emmite a l'énumération des
divisions établies pour l'Etat du Paraná: le littoral ou plaine littorale. le premier plateau ou
plateau de Curitiba, le second plateau ou plateau de Ponta Grossa. et le troisieme plateau ou
plateau de Guarapuava. Dans Ia descl'iption de chacune de ees unités, il analyse les conditions
climatiques, l'aspect physique et le genre d'occllpation. pour conclure ~>ar l'établissement de8
divisions suivantes: a) Plaine Littorale, dans Ia parti e Ia plus orientale de l'Etat. avec ]}1
zone de Paranaguá; b) PremieI' Plateau: avee Ia sub-région du Plateau de Curitiba ou Alto
Iguaçu et Ia sub-région Serrana; c) le Second Plateau avec 4 sub-régions: Campos Gerais.
l\Iédio Iguaçu, Alto Ivai et Cinzas; d) le Tl'oisieme Plateau avec 3 sub-régions: Matas
tropicais Matas et Campos de Palmas - Guarapuava et Matas du Rio Paraná, Il fait des
considérations générales SUl' les probH~mesde colonisation, sols. transports etc, .. et conclut que
Ia division régionale a été basée parallêlement en Géographie Physique et en Géographie
Humaine. Il remarque que l'aspect est mobile et tend à être modifié dans un Etat comme le
Parana de formation socialp et 6conomiquf' encore.>jt'une et en rapide évolution.
RESUMEN
Eu el presente estudio el autor trata deI criterio utilizado eu el establecimiento de
divisiones regiones, enumerando todavia Ias divisiones existentes con respecto aI Estado de
Parana: e1 litoral e terreno pantanoso litorâneo. primera meseta (planalto) o "planalto" de
Curitiba, Ia segunda meseta o "planalt(l" df' Ponta Grossa. )" Ia tE'J'C'crameseta (1 planalto de
Guarapuava.
RIASSUNTO
Nel pn~sente la"ol"o rautare íà inizialmentc alcunt! considerazioni sul criterio per Ia
creaziolle delJe divisioni regionali e poi passa ad enumerare le divisioni stabilite per 10
Stato di Paranà: il litOl'ale o terreno pantanoso litoraneo o primo altipiano di CUl"itiba, iI
secando altipiul10 o altipiano di Ponta Grossa, ~d il terzo altipiano o altipiano di Guarapuava,
Nel descri vere ogl1una di queste regioni. analizza le condiziol1i. climatiche. l'aspetto físico ed
il genel'€ di accupazione, per concludere stabilenda le seguenti divisioni: a) Terreno pantanoso
Jitoraneo. nella parte dello stato situata piu ad oriente, con Ia zona di Paranaguà: b) Primo
aItipiano, con Ia sotto-regione deIl'altipiano di Curitiba o Alto Iguaçu e Ia sotto-regione
Serrana: c) il secando altipiano con quattro sotta-regioni: Campos Gerais, Media Iguaçu. Alto
Ivai e Cinzas; d) il terzo altipiaIlo con tre sotto-regioni: Matas Tropicais, Matas e Campos
de Palmas. Gual'apuaya c Matas do Rio Paranà. Fà considerazioni generali sui problemi delJa
colonizzazione, deI suolo, dei trasporti, ecc. e conclude dieendo che Ia di\'isione regional e e
stata basata parallelamente neUa Geografia Fisica ed Umana, considerand(J che Ia forma e
mobile f! tende ad essere modificata in uno Stato come queIjo dI ParanÜ dalla fOl'mazione
~ociale ed economica ancora gi(H"an~ ed iu rapida evoluzione.
SUMMARY
lu the present al'ticle the authar makes preliminarl:,>' a few considerations about the
procedure followed in the e8tablishment af regional divisions and ennumerates the di'fisions
established for the State of Paraná: the coast or' coastal low countD', the first plateau 01'
Curitiba plateau, the second plateau ar Ponta Grossa plateau, and the third plateau or
Guarapuava pIateau, ln his àescription of each Ol1e of these regians, the author analyzes the
conditians of the clima te, the physical aspect and the kind af population to decide on the
establishment ai the falJowing divisions: a) Coastal low country, in the easternmost part
of the State. with the Paranaguá zone; b) Fi1'st Plateau, with the. sub-reg-iol1 of the Curitiba
Plateau 01' Alto Iguaçu and the Serrana sub-region; c) Second Plateau with four sub-reg-ions:
Campos Gerais, Médio Iguaçu, Alto Ivaí and Cinzas: d) Third Plateau with three sub-regions:
~'latas Tropicais, Matas e Campos de Palmas - Guarapuava e Matas do Rio Paraná. After
general observations OIl the problems af colonization, soils, transports, ete" the author comes
to the conclusion that the regional division was based on the geography of both land and
populatiol1 and he pondera that in a State like that af Paraná. which social and economic
formation ia still in its initiaI phase, but is developing rapidly, this feature is unsteady and
shows a tendenc;\'of being altcred.
ZUSAMMENF ASSUNG
Der Verfasser díeses Artikels beginnt mit einigen Bemel'kungen ueber das Kriterium zur
Festsetzung Yon Gebieten und nennt alsdann die fuer den Staat Paranâ angegebenen Gegellden:
die Rueste oder Kuestenebene. dic erste Hochebene oder Curitiba-Hochebene. die zweite
Hochebene ode!' Ponta Grossa-Hochebenc und die dritte Hochebene oder Guarapum·a-Hochebene.
Er anal"siert das Klima. die Landbeschaffenhei-t und die Art der Bewohllerschaft der
rerschiedenen Gegellrlen, UITI zu der Festsetzung der folgenden Gebieten zu gelangen;
a) Kuestenebene, im o€stlicheren Teile des Staates, mit der Paranaguá-Zone: b) Erste
Hochebene, mit dE:Ul L~ntergebiet der Curltiba-Hochebene oder Alto Iguaçu und dem Serrana-
Untergebiet: c) Zweite Hochebene mit der Untergebieten: Campos Gerais, ]I,f(~dio Iguaçu,
Alto h'aí unct Cinzas; d) Dritte Hochebene mit drei Untergebieten: Matas Tropicais, 1\1ata8
und Campos de Palma.!:" ~ Guarapua"3 und Matas do Rio Paraná. Nach allgemeinen
Betrachtungell U('bel' rti.;· Pl'ohleme deI" I{olonization. des Bodens, der Transportmittel. U.S.W.,
kommt der VerfassE'l' zu de!' Folgerung, dass die Eil1teilung in Gebieten paral1el auf die
Landesgeographie unrt auf der Bevoelkerung bt>ruht unà en\'aeg:t. das8- in einf',m Staate wie
Paranã, wo dje sozialt' und v:irtschaftliche BHdnng nnch im Anfal1g'sstadium besteht aber sich
rasch entwickelt. (ile~er Zug H'raenderlich ist.
HESUMO
En éi tiu artikoln Ia aütoro faras antaü€' keIlrajn konsiderojn pl'i Ia kritel'in por Ia starigo
ne regionaj diddasjof. kaj tuj poste elnomas Ia diYidajojn starigitajn por Ia stato Paraná:
Ia marbordn aÚ marbnrda ebenajo, Ia ununa platajo au plata]0 de Curitiba. Ia dua platajo au
platajn de Púl:.ta Grossa, ka.i Ia tria platajo aü platajo de Gllal'apUava. Eu Ia prJskribo de
éiu eJ tiuj unuoj li analizas Ia kJimatajn kondiêojn, Ia fizikan aspekton kaj la speconde
okupado, por konkludj pET la starig-o de Ia jenaj di'\"idajoj: a) l\1aJ'boràa Ebenajo, en Ia pIej
orienta partn de Ia StatfJ. uno Ia zona de Paranag-uá; b) Unua Platajo. kun Ia subregiono de
Ia Plataja de CuritilJa aü Alto IguaGu kaj Ia subregionn monta: c) Ia Dua Platajo kun 4
subregionoj: Campos Gerais. Médio Igua(:u, Alto Ií"aí kaj Cinzas: d) la Tria Platajo kun 3
.subregionoj: Matas Tropicais, :i11atas kaj Campo~ de Palmas - GuarapUaY8 kaj 1\Iatas do
Rio Paraná. Li fara::- generalajn kansiderojll pri Ia problemoj de koloniigü, grunndjn,
transportoj, }:. t.p., kaj konkluda.s, ke Ia J·egiona dií"ido estis bazita paralele SUl' Ia Fizika kaj
Roma Geografioj kUl1 atento aI tio, ke Ia trajitr> estas moyigema kaj ema~ esti modifata ell
stato. k:(,1 statn PUl'ana j(. formado ~()eia kaj ekOll(lmia 311kl):'[l1l junt3 kaj kun l'apida 0\-01uo,