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Prof.

Weverton Gleison Mendes Costa


O QUE É HOMILÉTICA?
É A ARTE DA PREGAÇÃO BÍBLICA
É a “disciplina que aplica os princípios hermenêuticos da
interpretação , na explanação da Palavra de Deus visando
uma comunicação da mensagem bíblica compreensível,
aceitável e proveitosa na evangelização em forma de
discurso público”. (grifo meu)
Homilética é a ciência que se ocupa a pregação cristã, com a
pregação proferida no culto, no seio da comunidade reunida.

ETIMOLOGIA: Gr. OMILETIKÓS, “sociável”.


OMILEEIN, verbo - estar em companhia de;
OMILOS, subst. - assembleia.

Homilética trata da composição e entrega de sermões.


UNIDADE I
O DOMÍNIO DA EXPRESSÃO VERBAL

I – A ARTE DE FALAR BEM

O domínio da fala, que possibilitou ao homem primitivo seu


desenvolvimento sócio-cultural-religioso, transformou-se,
com o aparecimento da filosofia grega, não só em arte
como também em uma poderosa arma de dominação.

Os sofistas eram pessoas muito conceituadas na civilização


grega, tinham status social e político, eram os mestres dos
filhos dos aristocratas.
1.1. A RETÓRICA

“orador numa assembléia”. É a arte de falar bem. Muito


utilizada por reis e líderes como forma de dominação. Ex:
Alexandre, o Grande, cujo mentor fora Aristóteles, um dos
maiores gênios da humanidade. Com eloquência convencia
seus soldados a irem as batalhas em condições adversas.

ESTRUTURAÇÃO PRIMÁRIA DA RETÓRICA


 Proêmio – (Introdução) introdução do discurso
 Narrativa – (Conteúdo) conteúdo da mensagem
 Argumentação – (Tese) argumentos utilizados ara o
convencimento
 Observação – (Aplicação) o instante da reflexão do ouvinte
para uma tomada de decisão
 Sumário – (Conclusão ou Apelo) conclusão do discurso
1.2 – A ORATÓRIA

Aperfeiçoamento da retórica.
Os líderes romanos deram uma nova visão para a retórica, que
passou a ser vista como uma estratégia de conquista e
dominação.
Por muito tempo a oratória sofreu preconceitos por parte dos
primeiros cristãos que viam-na como uma ferramenta pagã
sinônimo de submissão intelectual política profana.

1.3 – A HOMILÉTICA
A priori, a pregação, visava somente à conquista de adeptos,
não tinha preocupação da crença religiosa. O Evangelho era
anunciado através do improviso. Aqui o que vigorava era o
testemunho pessoal de vida e as experiências cristãs. Não
havia a sistematização do discurso bíblico.
Ex: o evangelista Filipe (AT 8.26-40), pregava a Palavra por onde
passava, uma condição de vida que não permitia maior organização
para a pregação.

Agostinho, teólogo e filósofo, foi o primeiro a transpor a barreira


do preconceito e a utilizar a oratória como instrumento auxiliar
para a comunicação do Evangelho. Seguiu-se após ele: Basílio,
Crisóstomo e Ambrósio

Importante: o artista maior não é o pregador, mas o ESPÍRITO


SANTO que o capacita e aprimora seus dons naturais para
transmitir, com maestria a Palavra de Deus.
1.3 – A DINÂMICA DA PREGAÇÃO CRISTÃ

Para surtir efeito no coração das pessoas deve ser Objetiva, Incisiva,
Coerente, Atraente e Iluminada por Deus.

Eficiência: requer conhecimento bíblico, unção de Deus,


aprimoramento da eloquência e postura.

Eloquência: arte de convencer e persuadir por meio de palavras.


Trabalhar o texto bíblico de modo a provar a tese defendida. Ex:
Apolo, At.18.24-28

Postura: maneira de se apresentar perante o público. Reflete o


caráter espiritual do indivíduo.
II – A ELOQUÊNCIA

Lat. “Eloquentia”, no âmbito da oratória, significa ato ou efeito de


falar, de modo a dominar, por meio de palavras, o ânimo de quem
ouve.

O orador deve ser entusiasta e sua fascinação deve ser nítida por
aquilo que transmite, convencerá os outros se demonstrar que ele
mesmo está convencido daquilo que crê.

FATORES IMPORTANTES PARA A ELOQUÊNCIA

O preparo da homilia: tempo, dedicação, paciência,


conhecimento do público; domínio das técnicas; estudo da Palavra
observando técnicas hermenêuticas; comunhão com Deus.
Domínio do assunto: Os ouvintes percebem a falta de preparo e
domínio do assunto apresentado pelo orador.

Convicção: Certeza absoluta de que es está transmitindo a


verdade. Crer no Evangelho de poder e vivê-lo. Não se pode
pregar sobre o batismo no Espírito Santo sem ser batizado ainda.

Estilo próprio: o mensageiro deve procurar ser ele mesmo e não


um eco.

Conhecimento das técnicas: a falta traz, geralmente, diversos


prejuízos à eficácia da pregação bíblica

Iluminação divina: unção de Deus, graça de Deus. A mensagem


não surte o efeito desejado sem esses ingredientes no orador.
III – O DISCURSO EM PÚBLICO

O exercício da leitura constante de qualquer tipo de texto é o


primeiro passo para o desenvolvimento da oratória.

A leitura em público não é tão simples assim, pois ler é viver a


leitura e se permitir envolver por ela

Observar os seguintes cuidados:

Controle da voz: a modulação da voz. Falar de maneira firme


e convincente não significa falar em alto tom de voz

Controle do ritmo: sem rapidez e nem lentamente, mas


moderadamente
Controle emocional: deixar a timidez de lado, não ser
exagerado emocionalmente também. Muitos na ânsia da
animação chegam a quebrar os púlpitos com seus tapas e
socos...

Controle das ações: o pregador deve usar uma postura


moderada no púlpito; não ser uma estátua e nem se
movimentar freneticamente diante da platéia. As expressões
gestuais e faciais devem ser observadas

Segurança do discurso: enfoque nos seus objetivos e elabore


estratégias para atingi-los. Isto é clareza no que será dito e
domínio do assunto a ser transmitido.
UNIDADE II
A MENSAGEM BÍBLICA
A pregação bíblica se ocupa da transmissão da mensagem
divina, daí a sua importância.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” Jo 8.32

A MENSAGEM DE SALVAÇÃO

A palavra de Deus deve ser pregada em todo lugar e para


todas as classes de pessoas, porque ela é o único meio pelo
qual se toma conhecimento da verdade que liberta e que
salva.

Este ensino do Evangelho tem quatro objetivos: salvação,


instrução, correção e doutrina. (II Tm 3.14 a 17)
SALVAÇÃO
• O homem busca salvação em caminhos errados. Há
dificuldades em encontrá-la porque quer obtê-la da
maneira errada.
• A paz começa de dentro para fora
• Todos pecaram Rm 3.23 - Somente Jesus é a solução para a
paz interior e a Salvação, a qual deve ser anunciada a
todos.

INSTRUÇÃO
• A palavra de Deus é proveitosa para instruir em justiça.
Deve ser pregada aos homens para que haja mais justiça e
paz na terra (II Tm 3.16)

CORREÇÃO
• A Bíblia não encobre os erros humanos, ela os expõe; tais
erros servem de lição para aqueles que lerem a Palavra e
não incorrerem nos mesmos ilícitos.
DOUTRINA

• A falta de um ensinamento verdadeiro conduz as pessoas a


acreditarem em heresias extraídas de textos bíblicos fora
de contexto.

• A doutrina de Deus nos ensina a viver de acordo com a


vontade de Deus e torna-nos conhecedores de que há algo
maior nos esperando na eternidade.
UNIDADE III
ELEMENTOS ESSENCIAIS AO BOM PREGADOR

I – ELEMENTOS ESTRITAMENTE NATURAIS


Coragem – Jesus não temeu nem Pilatos, nem Herodes e,
muito menos, o Sinédrio. Suas mensagens desafiavam os
homens a um padrão elevado de vida e, mesmo sabendo que
isso custaria sua própria vida, anunciou o reino dos céus com
intrepidez, audácia e coragem. Ex2: João Batista

Diligencia – resume-se em cuidado ativo e zelo pela tarefa a ele


confiada.

Pontualidade – chegar atrasado é falta de ética e reverência ao


culto a Deus. O pregador não é a estrela da noite. Quem tem
que brilhar é JESUS CRISTO
Cultura – conhecimento intelectual, principalmente o
conhecimento teológico. É inadmissível um pregador do
evangelho não ter a mínima noção dos assuntos teológicos
fundamentais para o exercício de sua missão.

II – ELEMENTOS ESTRITAMENTE ESPIRITUAIS


Amor – Constitui em característica fundamental na vida do
pregador do Evangelho, dando-lhe condições de ministrar
eficazmente ao povo.
Humildade – não a exterior, mas à capacidade de reconhecer
seus limites e imperfeições.
Fé – fé e amor estão diretamente no mesmo pé de igualdade
em se tratando de elementos essenciais. (Rm 10.17)
Piedade – a vida de íntima comunhão com Deus no cultivo do
amor a Jesus e às almas carentes de salvação.

Santidade – como pode uma pessoa pregar a santidade e levar


outras pessoas a uma vida santa se ela própria não tem uma
vida pura?

Paciência – “pregar não é dar show de uma hora, mas o fluir


de uma vida. Leva vinte anos para se fazer um sermão, porque
leva vinte anos para se fazer um homem.” (E. M. Bounds)

Ética – a sua postura pode ajudar ou atrapalhar a sua


exposição. A fisionomia é muito importante pois transmite os
nossos sentimentos: ficar em posição de nobre atitude; olhar
para os ouvintes; não demonstrar rigidez e nervosismo; evitar
exageros nos gestos; não demonstrar indisposição; evitar
leituras prolongadas; assentar-se adequadamente.
Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador
deve ser:

Aquele que esteve com Jesus – At 4.13


Aquele que fala como Jesus – Mt. 26.73
Aquele que fala de Jesus – At 40.10
A proclamação do Evangelho é trazer as Boas Novas da
Salvação.

Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu


propósito, para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma
identificação completa com Cristo.

Por isso não importa a temática sermonária, nem o tipo, o quer


importa é que TODO SERMÃO DEVE SER CRISTOCÊNTRICO.
III – CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR

SOB O PONTO DE VISTA SOB O PONTO DE VISTA


ESPIRITUAL TÉCNICO

Chamado para a obra Dom da Palavra – Rm 12.6-8


(ordenança) Mt. 28.19
Conhecer a Deus – Atos 4.13 Conhecimento da Palavra – II
Tm 2.15
Ter uma mensagem – Atos 5.20 Manejo da Palavra – II Tm 2.15
Unção – II Rs 2.9 Guardar a Palavra no coração –
Sl 119
Autoridade/ousadia – Mc 1.21, Instrumento – II Tm 2.15
Rm 1.16
IV – O PREGADOR E O TEXTO

TEXTOS INSPIRADOS – não é aconselhável usarmos como


texto base palavras proferidas por homens ímpios ou por
Satanás (Ex: Gn 3.4-5; Is 14.13,14; Mt. 4.3,6,9)

TEXTO QUE ESCLAREÇA – escolha um texto que lance luz


sobre o que você quer dizer, assim obterá êxito nos objetivos
alcançados.

TEXTO CURTO – sermões baseados em capítulos inteiros da


Bíblia tornam a leitura cansativa. Utilize esse tempo para
expor as verdades na mensagem.
TEXTO NÃO-EXTRAVAGANTE – seja criterioso na escolha
de textos para temas como moralidade, ética, sexualidade,
etc. deve-se escolher textos que não despertem repugnância
física ou moral, ou ainda que provoquem gracejos e hilaridade
nos ouvintes.

TEXTO QUE COADUNE COM A REALIDADE DO


PÚBLICO – texto que traga estímulo, lições e resoluções aos
problemas espirituais dos ouvintes.

TEXTO QUE INDIQUE O SEU OBJETIVO – muitos


pregadores utilizam textos que não têm nenhuma ligação
com o objetivo de sua homilia. Ex: tema: O amor que vence o
medo – texto: I Jo 4.18 “(...) o perfeito amor lança fora o
medo”
V – O PREGADOR E A INTERPRETAÇÃO DO
TEXTO
IDENTIFIQUE OS TERMOS DESCONHECIDOS - nomes de
lugares, pessoas ou objetos desconhecidos. Utilize para isso
dicionários da língua portuguesa e bíblico, chave linguística,
chave bíblica, etc.

OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU CONTEXTO – apela-


se aqui a regra fundamental da hermenêutica, “A Bíblia interpreta
a própria Bíblia”. Isolar um texto pode ocasionar interpolações

OBSERVE LOGICAMENTE O TEXTO – categoria gramatical


das palavras que formam o texto, etimologia e definição léxica.
Analise a relação entre o texto e as passagens imediatas, se
possível todo o capítulo ou livro onde está inserido. Assim se
chega ao assunto ou doutrina central do livro.
OBSERVE O TEXTO DENTRO DO SEU PANO DE
FUNDO HISTÓRICO – existe uma vasta gama de textos que
só podem ser interpretados fielmente à luz dos fatos,
costumes, geografia e ética do seu momento histórico. Ex: o
uso do véu na igreja de Corinto

SE NECESSÁRIO, OBSERVE O TEXTO


FIGURADAMENTE – qual é a significação primária e literal
do texto, para só então partir para o sentido figurado.

EM CASOS ESPECIAIS, OBSERVE O TEXTO


ALEGORICAMENTE – a alegoria é uma figura de
linguagem que expressa uma idéia em forma de figura. Nem
todas as passagens bíblicas possuem um sentido alegórico. E
nem todas as personagens da história bíblica são tipos de
Jesus, e nem Jesus pode ser tomado como antítipo de todos os
acontecimentos e personagens da Bíblia.
VI – ASPECTOS ERRADOS A SEREM EVITADOS

 Fazer uma segunda e auto-apresentação;


 Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
 Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia;
 Limpar as narinas, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo
ou a roupa;
 Usar roupas extravagantes;
 Apertar a mão de todos (basta um leve aceno);
 Fazer gestos impróprios;
 Usar esboços de outros pregadores, e sem fontes;
 Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar;
 Evitar desculpas, você começa derrotado (diferente de
humildade);
 Chegar atrasado.
Quando convidado para pregar em outras igrejas, o
pregador deve considerar as normas doutrinárias,
litúrgicas e teológicas da igreja em questão

 Evite abordar questões teológicas muito complexas;

 Não peça que a congregação faça algo que não esteja de


acordo com os preceitos;

 Procure estar dentro dos padrões da denominação;

 Procure dar conotações evangelísticas à mensagem;

 Respeitem o horário (mesmo que seja pouco tempo);

 Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.


UNIDADE IV
O SERMÃO BÍBLICO

OBJETIVOS DO SERMÃO

1.1 – FINALIDADE DA PREGAÇÃO

A prédica pode ser: interpretativa, devocional, de eventos


sociais, de assuntos de conduta moral e social, doutrinária,
apologética ou evangelística

Interpretativa – apresenta uma porção do texto sagrado,


buscando o seu significado nos seus pormenores: história,
geografia, cultura, críticas de texto;
Devocional – preparado para um grupo de pessoas que
mantém um momento de reflexão bíblica diária;

Eventos sociais – para acontecimentos ou situações especiais,


envolve um número maior de pessoas. Sermão cerimonial

Assuntos de conduta moral e social – relacionado à vida


particular ou em sociedade: drogas, aborto, divórcio, política,
etc.
Doutrinária – é o ensino sistemático da Palavra de Deus. Trata-
se da exposição de um tema doutrinário religioso

Apologética – a finalidade é a defesa da fé cristã, pois desafia


as heresias que se levantam e combate tudo aquilo que é
contrário ao ensino bíblico

Evangelística – seu objetivo principal é alcançar o coração dos


pecadores.
II – VARIEDADES DE SERMÕES

Congregacionais – para congressos e convenções

Nupciais – expõem princípios do evangelho sobre a vida


conjugal a um público que, de outro modo, jamais ouviria o
evangelho. Deve ser curto e objetivo

Infantil– vocabulário simples, ilustrações, brevidade na


mensagem

Fúnebres – para um público heterogêneo. Atentar para a


importância da solenidade.
Gratulatórios – Ações de Graça. Saber os pormenores da
dádiva e utilizar textos adequados

Consagratórios – consagração de pastores, evangelistas,


presbíteros, etc. enfatiza a vocação, chamada e
responsabilidades ministeriais

Dedicatórios – ministrados durante a dedicação de templos,


seminários, creches, orfanatos, lar de idosos, etc

Pastorais – ministrados especificamente a pastores e líderes


religiosos (Timóteo e Tito)
III – A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO

TÍTULO
Revela a noção do conteúdo a ser exposto como também visa
buscar o interesse do mesmo ao que será dito pelo orador.

Hb 12.1 – Os Salvos estão preparados para vencer a


maratona celestial
II Co 2.14 – Triunfando na Batalha pela fé em Jesus Cristo!
I Tm 2.5 – Jesus Cristo é Senhor, Salvador e único
mediador entre Deus e os homens
II Pe 3.18 – O que fazer para obter o crescimento
espiritual?
TEXTO
É a porção da Palavra de Deus, da qual será extraída a
mensagem, que é a base do sermão.

Pode ser uma palavra, uma frase, uma oração, um versículo


inteiro, uma passagem bíblica, ou mesmo um livro da Bíblia.

O texto é a chave para a fundamentação do discurso, a partir


deste se formará a mensagem.

Ao ter o texto escolhido: leia-o várias vezes, ore, interprete-o,


argumente-o e aplique-o para a realidade de vida presente.
TEMA
“aquilo que está dentro”, “guardado” ou “depositado”
Se encontra no assunto. É a base sólida do discurso. É a tese a
ser defendida pelo mensageiro.

O título apresenta o que será falado de uma maneira geral,


assim, é maior
O tema é a síntese do assunto, assim, é menor, mais direto

 Evite temas frívolos; esdrúxulos


 Evite temas que não despertem o interesse do público;
 Escolha temas que tenham simetria com a realidade vivida
pelos ouvintes;
 Escolha temas apropriados à ocasião
TEXTO TÍTULO TEMA
II TM 1.6-14 Apóstolo Paulo; exemplo de fé Palavras de fé de um
e dedicação ao evangelho de homem de fé
Cristo
Mt. 14.22-33 Com Jesus o crente vive a Paz na tormenta
verdadeira paz em qualquer
circunstância
Hb 2.14,15 O império de Satanás e a Onde está oh morte, a
morte foram derrotados por tua vitória?
Jesus na cruz
Dt 30.11-19 Na encruzilhada da vida qual Escolhendo o
caminho deve ser seguido caminho certo
Lc 18.35-43 Grandes desafios surgem pelo Vença os desafios!
caminho quando buscamos
nossa vitória
II Rs 13.14-19 O Senhor coloca nas mãos do Tomando posse da
crente a flecha do livramento vitória
INTRODUÇÃO
É a parte introdutória do conteúdo. É o momento crucial de
cativar e prender a atenção dos ouvintes – através da
curiosidade

Se não for bem trabalhado poderá por tudo a perder

 Prelúdio ou exórdio é o início da introdução. É o primeiro


momento do discurso, o terreno está sendo preparado
 Parte Central é a base da introdução, o que dará
sustentação, é a progressão
 Intróito é a entrada, a parte final da introdução, ela esboça
os pontos que serão trabalhados no decorrer do discurso.
TÍTULO: Em tempos difíceis, de guerras e de sofrimentos Deus
sempre trouxe libertação para seu povo
TEXTO: ISAÍAS 51.14
TEMA: ELE VEIO PARA LIBERTAR OS CATIVOS

INTRODUÇÃO

1 - A história do povo Hebreu é uma história fascinante, em muitos de


seus aspectos e pormenores; cheia de passagens bíblicas
extraordinárias; cheia de altos e baixos.

2- O povo da bênção nasce de uma chamada especial no escuro. Uma


cena que se descortina a partir de Genesis 12. Abrão recebe a promessa
de ser grande nação, de receber grandes bênçãos, de ter um nome
ilustríssimo na historia humana, e ele ser um personagem da bênção:
Ser a causa da bênção ou maldição sobre quaisquer famílias da Terra.
3 - O povo hebreu nasce no deserto... Multiplica-se como a areia da
terra... E por vontade explícita divina chega a fixar residência
temporária no Egito por 430 anos. Era um período de aprendizagem,
de esquecimento e de esperança

4 - Novamente, vivendo um novo pesadelo, o povo hebreu se acha


agora, cativo nas terras da Babilônia e da Assíria, mas como outrora
Deus tem uma mensagem de esperança, de livramento e de
restauração para o seu povo. Vê-se aqui um Período de reflexão,
período de dependência, período de sofrimento, período de
arrependimento, período do de perseverança, período de esperança.

OS CATIVOS DE DEUS PRECISAM APRENDER O VALOR DA


LIBERDADE; PRECISAM APRENDER O VALOR DO
PERDÃO; PRECISAM VIVER NA DEPENDÊNCIA DE DEUS
ILUSTRAÇÃO
É a parte do sermão que lança luz sobre o discurso.
É ferramenta tão poderosa que ficará guardada na memória
das pessoas. O ouvinte pode esquecer-se da mensagem, mas
jamais se esquecerá da ilustração.

Sua posição no discurso é variável, contudo deve se encaixar


bem na homilia.
É o chamariz, o ímã para atrair as pessoas à verdadeira
mensagem bíblica

Tema: Os grandes toques de Deus


Ilustração: O leilão e o violino velho
CONTEÚDO
É a principal parte do corpo do sermão, nele será feito a
exposição da idéia do pregador

a) Desenvolvimento do Assunto – está baseado em um bloco


escriturístico sagrado. Se busca a palavra-chave, os pontos
altos, as idéias fortes do texto, o tema central. A tese deve
estar munida de artigos convincentes que venham a
persuadir a todos. Para tanto, usará provas e argumentos
preparados para dar sustentação à sua tese.

b) Divisão do Conteúdo – divisão por tópicos, por ordem


alfabética ou numérica. Com o sem subpontos.
c) A Composição dos Tópicos – deve ser bem organizado, para
facilitar a compreensão por parte do ouvinte e minimizar o seu
esforço em entender o que será ministrado

d) A Aplicação – é trazer para a atualidade as lições espirituais


aprendidas em cada enunciado do sermão. Como os
ensinamentos e as experiências do passado podem ajudar o
crente da atualidade, na sua vida cristã prática. O ouvinte deve
interpretar a mensagem e aplicá-la na sua vida diária

CONCLUSÃO
É o momento de colher os frutos de todo um trabalho. É a
hora do convite ao ouvinte para aceitar a Cristo e mudar sua
trajetória na vida.
Para isso esteja atento para o tempo, para a síntese geral e
para a aplicação final.
IV – CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O SERMÃO TEMÁTICO
Denominado também de “sermão tópico”, por derivar de um
tópico tirado da Bíblia. A divisão do sermão temático é
extraída do tema, independentemente do texto. Trata-se de
uma peregrinação bíblica

Vantagens:
 Maior flexibilidade e liberdade de assunto
 Maior lógica entre suas divisões
 Melhor unidade entre os subpontos
 Maior amplitude de desenvolvimento
Exigências:
 Maior imaginação e vigor intelectual
 Maior conhecimento teológico e secular
 Maior controle do pregador
 Maior atenção para não negligenciar textos bíblicos
TEXTO Lc 9.7-9
TEMA QUEM É JESUS?

O cordeiro de Deus (Jo 1.29)


A água da vida (Jo 4)
DIVISÕES O pão da vida (Jo 6)
A videira verdadeira (Jo 15)
O bom pastor (Jo 10)
O SERMÃO TEXTUAL

O sermão textual é aquele cujas divisões principais são


derivadas de um texto constituído de um breve trecho da
Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como linha de
sugestão, e o texto fornece o tema do sermão

Exige maior conhecimento da Palavra e capacidade de extrair


do texto as divisões do sermão.
A mensagem do sermão textual é restrita ao texto escolhido;
pode-se transitar por outros textos bíblicos, desde que sirvam
de base argumentativa para o texto principal
Qualidades: facilidade de elaboração; melhor captação; unidade
textual; boa receptividade; maior aprendizagem
Desvantagens: poucos recursos; explosão de idéias; redundância;
dificuldade de aplicação
TEMA O CEGO DE BETSAIDA
TEXTO Mc 8.22-26
INTRODUÇÃO: O homem, criação de Deus, foi dotado de vontade livre. É
imagem e semelhança do Altíssimo. O processo de redenção possui dois
aspectos inseparáveis: 1 – A ação de Deus, salvando o homem, e 2 – A ação do
homem, aceitando essa salvação
I
1.1 – Levaram o cego a Jesus (v.22)
A ATITUDE DO
1.2 – Rogaram que o tocasse (v.22)
POVO
2.1 – Tomou o cego pela mão (v.23)
2.2 – Levou-o para fora da aldeia (v.23)
II 2.3 – Cuspiu-lhe nos olhos (v.23)
A ATITUDE DE 2.4 – Impôs-lhe as mãos (v.23)
JESUS 2.5 – Lhe fez uma pergunta: Vês alguma coisa?
2.6 – Impôs pela segunda vez as mãos
2.7 – Fez-lhe um pedido (v.26)
III 3.1 – Levantou os olhos (v.25)
A ATITUDE DO 3.2 – A resposta do cego a Jesus
CEGO 3.3 – Olhou firmemente
O SERMÃO EXPOSITIVO

É o mais difícil de preparar, porque possui maior volume de


conteúdo bíblico. Porém, o sermão expositivo é o método por
excelência para a comunicação da Palavra. Ele traz a luz o que
já existe.

Exposição deriva do lat. expositio – divulgar, publicar ou


tornar acessível

O sermão expositivo é fiel à passagem bíblica. Ele interpreta,


explica e aplica o texto à vida cristã
Ele tem o poder de ampliar o conhecimento bíblico tanto do
orador quanto do ouvinte, haja vista que, toda estrutura e
conteúdo serão extraídos diretamente do parágrafo a ser
pregado.

Este sermão exige análise histórica, geográfica, cultural,


teológica e literária. Seu discurso baseia-se na apresentação
e sustentação no texto bíblico e no seu contexto. É Deus
falando através do homem
TEMA O GLORIOSO PROPÓSITO DA SALVAÇÃO
TEXTO EFÉSIOS 1.1-14
INTRODUÇÃO:
• A carta aos Efésios é uma das mais ricas na explanação sobre a
doutrina da salvação. Envolve passado, presente e o futuro em
Cristo. Trata de aspectos morais, sociais e espirituais da vida
cotidiana
• Neste texto, Paulo apresenta nos três primeiros versículos: a) sua
identificação pessoal e ministerial à igreja de Éfeso (vv.1,2); b) as
bênçãos espirituais em Cristo (v.3)
1) A fonte das bênçãos: “O Deus bendito e Pai” (v.3)
2) Bênçãos Cristocêntricas: “com todas as bênçãos espirituais em
Cristo (v.3)
3) A sublimidade das bênçãos espirituais: “nos lugares celestiais”
(v.3)
4) “Lugares celestiais em Cristo” indica o nível mais elevado no
qual o crente foi colocado (v.3)
DESENVOLVIMENTO:
I – Escolhidos Pelo PAI (1.4-6)
1.1 – O sentido das palavras eleger e escolher (v.4)
1.2 – A questão do ato soberano de Deus (v.4)
1.3 – O destino dos crentes decidido na eternidade (v.5)
1.4 – Escolhidos para filhos de Deus (v.5)
1.5 – Escolhidos por causa do Amado Filho (V.6)
II – Remidos Pelo Filho (1.7-12)
2.1 – Jesus efetuou a redenção (v.7)
2.2 – O efeito da redenção – “Ele fez abundar as riquezas da graça”
2.3 – A revelação do mistério da redenção (v.9)
2.4 – A dispensação da obra redentora (v.10)
2.5 – A plenitude dos tempos da redenção – “plenitude dos tempos”
refere-se a complementação do tempo da graça (v.10)
2.6 – A grande bênção da redenção – “nele fomos feito herança” (v.11)
2.7 – A redenção resulta da soberania do conselho divino (vv.11,12)
2.8 – A redenção é para os judeus e gentios, sem discriminação (v.12)
III – Selados Com o Espírito Santo (1.13,14)
3.1 – O ministério do Espírito Santo na obra da redenção (v.13)
a) O Espírito Santo promove a fé em Cristo (Jo 16.8-10)
b) O Pai planejou-a, o Filho providenciou-a e o E. S. aplicou-a
3.2 – O Selo da redenção (v.13)
a) Não é batismo no Espírito Santo (At 2.1-4)
b) É um sinal ou marca da propriedade de Deus
3.3 – O Selo é o Espírito Santo como promessa na vida do remido (v.13)
a) O fruto do Espírito é o resultado vibrante e visível do selo do
Espírito Santo no crente (Gl 5.22)
3.4 – O Penhor da redenção (v.14)
a) “Penhor” indica alguma coisa de valor para assegurar o direito
de posse;
b) A posse tem um sentido duplo: somos posse do Senhor e o
Espírito Santo é posse interior do crente ( I Co 1.30)
CONCLUSÃO: Neste estudo percebemos que os Conselhos Divinos
constituídos pela Santíssima Trindade estabelecem o glorioso
propósito da salvação. Cada qual teve a sua participação o processo da
salvação.

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