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Carlos Feijó
D o u t o r a nd
nd o e M e s t r e e m D i r e i t o P ú b l i c o
Email: carlosfeijo@ebonet.net
A t u t e l a A d m i n i s t r a t i v a s o b r e a s a u t a r q u i a s
locais em Angol a.
( Pe
P e rsp e ctiv as futur as )
Conferência realizada
rea lizada na univ ersid ade católi ca
de Ango la a con vit e da Fundação ale
alemã
mã
F riedrich Ebert
Ebert S tiftun g
Luanda
A b r i l / 2 0 0 1
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Carlos Feijó
D o u t o r a nd
nd o e M e s t r e e m D i r e i t o P ú b l i c o
Email: carlosfeijo@ebonet.net
“ A a u s ê n c i a d e t u t e l a ad
ad m i n i s t r a t i v a d o E s t a d o , n o â m b i t o
de um estudo unitário, sobre poder local autónomo é um
meio - caminho para a f ederalização do paí s. Por, isso,
apesar da tutela administrativa não constituir um
elemento constitutivo do poder local autónomo não deixa
de ser no plano das relações inter-subjectivas um
elemento axiológico- valorativo do Estado unitário
angolano”
Carlo
Ca rlo s Feijó
I n “ P l an
a n o d e i n v e s t i g a ç ão
ã o d a d i s s e r t a ç ão
ão
de Dout
Dout orament o em Direit o
a p r es
es e n t a d o a o C o n s e l h o C i e n t i f i c o d a
Faculd
Fa culd ade de Direit o da Universi dade
Nova de Lisboa
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Carlos Feijó
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nd o e M e s t r e e m D i r e i t o P ú b l i c o
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Introdução:
A ababord
ordag
agem
em deste
deste tema
tema pode
pode en
enfrenta
frentar,
r, desd
desde
e logo,
logo, uma
uma
dificuldade: O poder local autónomo e autárquico não está
institucionalizado; É, ainda, um desejo, um fim e um
propósito.
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1- E n q u a d r am
am e n t o t e ó r i c o
A exexpre
press
ssão
ão tutela ad
adm
ministrativa nã
nãoo é utilizad
utilizada
a na
linguagem comum, e mesmo pelo legislador, com o rigor que
um conceito, eminentemente, jurídico merece.
1.1- D el
el i m i t a ç ã o c o n c e p t u a l .
A
“notute
tutela
la ad
adm
ministrativa
conjunto co
cons
dos poderes nsiste,
iste, segu
segund
ndoo Freitas
de intervençãoFrede
itasuma
do Apessoa
maral,
aral,
colectiva pública na gestão de outra pessoa colectiva, a fim
de assegurar a legalidade ou o mérito da sua actuação”.
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A tutela ad adm
ministrativa tal com
como a de definim
finimos
os pode
pode ser,
ser,
entretanto, configurada em vários espécies em função de dois
critérios: quanto ao fim e quanto ao objecto.
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1.2- F i g u r a s p r ó x i m a s
A tutela ad
adm
ministrativa nã
não
o se co
confu
nfund
nde
e co
com
m outras
outras figura
figurass
próximas.
A tute
tutela
la ad
adm ministrativa nã
não
o se co
confu
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nde
e com
com o controlo
controlo
jurisdiciona
jurisdicio nall da Administraç
dministração
ão Púb
ública
lica nem
nem com os contro
controlos
los
internos da Administração Pública, como a sujeição a
autorização ou aprovação.
1.3- Na
Natt ur eza
ez a jurí dica da t ut ela admi
a dmi nis t rat iv a.
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2- A t u t e l a a d m i n i s t r a t i v a n a l e i c o n s t i t u c i o n a l a n g o l a n a .
A ún
única
ica refe
referên
rência
cia co
cons
nstitucion
titucional
al à tutela
tutela ad
adm
ministrativa
encontra-se na alínea e) do art.º 112º nos termos da qual, no
exercício dasa tutela
(...) exercer funções administrativas
sobre compete
a administração local ao Governo”e
autárquica
demais instituições públicas autárquicas”.
A prim
primeira
eira q
que
uestã
stão
oq que
ue aqui
aqui se ccolo
oloca
ca é ssab
aber
er com
como disting
distinguir
uir
a administração local autárquica e as demais instituições
públicas autárquicas, até porque a formulação da LC
angolana se afasta da sua congénere portuguesa que fala em
“Tutela sobre a administração autónoma” (alínea d) do art.º
199º). Não existindo qualquer outra referência, na LC, às
instituições públicas
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A tutela
tutela san
sancion
cionató
atória
ria e revog
revogató
atória
ria é de se
se aceitar
aceitar qu
quan
ando
do sse
e
pratiquem actos que afectem gravemente o interesse
nacional.
A interpreta
interpretaçã
ção
o feita é fund
fundad
ada
a no facto da actua
actuall L.C.
L.C. ser
ser de
transição e se exigir um certo gradualismo na passagem de
um modelo centralizado para um modelo de descentralização
e de autonomia local.
10
Acresc
Acresce,
e, ain
ainda
da,, a rea
realidad
lidade
e adadm
ministrativa ango
angolana
lana
caracterizada por uma ausência de tradição autárquica e que
aconselha ponderação na transição.
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Assim
Assim,, nu
num
ma prim
primeira
eira ffas
ase,
e, a tute
t utela
la ad
adm
ministrativa pode
poderá
rá ser
mais intensa para assegurar e proteger melhor bens como a
unidade nacional e o desenvolvimento harmonioso do País.
Na verdade um país que sai de um sistema centralizado e
sem tradição municipalista para um sistema descentralizado e
autónomo não deve seguir outra opção.
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A co
com
munica
unicaçã
ção
o e a ev even
entua
tuall rem
remes
essa
sa do tribun
tribunal
al pe
pelo
lo
representante do Estado pode ou não, consoante a natureza
do acto, ter efeito suspensivo ou meramente devolutivo de
acordo
francês.com a lei. É um regime idêntico ao “deferé prefectoral”
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à certeza da sua evolução em Angola. Contributos para a hipótese
de um modelo.
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Local , in Polis.
A descentralização das funções do estado nas províncias
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