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Autor
Emilio Simplício
Capa
Marcus Arboés
Sumário
1. HIERARQUIA DA TÁTICA ....................................................................................................................................................................................................................................................................................5
Conceitos e Definições ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................5
O Jogo de Futebol...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................6
2. SISTEMAS E ESQUEMAS TÁTICOS ........................................................................................................................................................................................... 8
Evolução e Sistemas Táticos................................................................................................................................................................................................................ 8
Linha Temporal dos Sistemas Táticos: ...................................................................................................................................................................................10
Conceitos de Treinadores Vencedores do Século XXI ......................................................................................................................................16
Seleções Européias Vencedoras e seus legados táticos ................................................................................................................................ 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................................................................................................19
AUTOR .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................21
TELA CHEIA SUMÁRIO
HIERARQUIA DA TÁTICA
EMILIO SIMPLÍCIO
1. HIERARQUIA DA TÁTICA
Conceitos e Definições
O futebol desde sua origem ultrapassa várias evoluções e revoluções, os
campeonatos mundiais acabam por indicar tendências após cada evento,
fazendo uma trilogia entre as copas do mundo de futebol, vimos em um
primeiro momento, um futebol mais voltado para componente técnica do
jogo, onde os atletas tinham mais espaços para executar seus movimentos
finais, com o passar dos anos, mais precisamente na copa do mundo de 1966
na Inglaterra veio o desenvolvimento da capacidade física, onde a neces-
sidade de o atleta deveria suportar o jogo utilizando todo o seu acervo de
capacidades aeróbias e anaeróbias tendo influência dos esportes individuais,
como o atletismo que serviu de base física para os esportes coletivos, tendo
a antiga união soviética como precursora desse momento.
atacante com a equipe de posse de bola e meia sem a bola. Pensando nos
conceitos e evoluções da tática, seria esse futebolista que além de com-
binar ações técnicas do jogo, deve suportar enquanto exigências físicas e
tomar decisões, ocupar espaços de maneira correta, sejam elas defensivas
ou ofensivas.
Psicológico
para
concentração
na ação
Técnica
do Chute
Físico para
controlar o
movimento
Figura 1 – Ações do Atleta Cristiano Ronaldo na execução do movimento em jogo das eliminatórias da
Eurocopa
Frade (2003) discute a componente tática que não é física, técnica nem
psicológica, mas precisa de todas essas ações para se manifestar. Assim en-
tendemos que o atleta necessita estar preparado em todas essas valências
do jogo para executar seus movimentos táticos de defesa e ataque, sejam
eles individual ou coletivo.
Segundo Greco (2000), tática é uma capacidade senso-cognitiva que
se baseia em processos psicofisiológicos, ou seja, captação e transmissão
das informações providas pelo meio, interpretação destas, elaboração de
respostas tendo como base conhecimentos pré-adquiridos e execução da
resposta mais adequada encontrada. A tática também indica aos jogadores
as formas de organização, preparação e finalização das ações de ataque e
defesa (Antón, 1998).
O Jogo de Futebol
Primeiro conceituamos o que é jogo, que necessita de uma intenção (ob-
jetivo), adversário, momentos de ataque e defesa, possuir regras e espaços
definidos. O jogo de futebol necessita de inúmeras situações de tomadas de
decisão e situações-problemas por ser complexo e ter a imprevisibilidade
como característica determinante (GARGANTA, 1997). Mas será que temos
formado o jovem atleta e treinador o atleta adulto para essas complexidades
do jogo? Ou treinamos apenas para ele saltar mais, chegar primeiro, acertar
Jogador – Objeto;
Jogador – Objeto – Alvo;
Jogador – Objeto - Adversário;
Jogador – Objeto – Colega - Adversário;
Jogador – Objeto – Colegas - Adversário;
Jogador – Objeto – Equipe – Adversário.
Sistema WM
Figura 3 – Sistema Tático conhecido por “WM” por formar essas letras em sua disposição no
campo, são 1x3x4x3.
Figura 4 – Exemplo da seleção brasileira de 1958 na conquista do seu primeiro título mundial,
1-4-2-4.
Sistema 1x4x4x2
Sistema 1-4-3-3
Hoje ele conta com dois desenhos básicos: um volante e dois meias (um
triângulo com a base alta no meio-campo), ou dois volantes e um meia (tri-
ângulo de base baixa), que por vezes é confundido com o 4-2-3-1, sistema
do qual falaremos depois.
Nos anos 70 ele foi a principal fonte de inspiração dos treinadores, be-
neficiando no Brasil a qualidade individual dos pontas na velocidade e no
drible, dos meias na articulação das jogadas, dos centroavantes na definição
dentro da área e dos laterais no apoio ofensivo. E que percorre até hoje com
todas as suas variações, alternando para o (1-4-5-1), e para o (1-4-2-3-1),
dentre tantas possibilidades.
Holanda de 1974
Sistema 1-3-5-2
campo se tornando meias pelos lados, também conhecidos por alas. Com a
aplicação desse sistema, existe um grande ocupação de espaços dos atletas,
principalmente na zona de meio campo.
Figura 7 – Sistema Tático com linha de 3 na defesa, 5 no meio de campo e 2 no ataque (1-3-
5-2).
Itália e França em 2006, Sistema 1-4-4-1-1
Defesa Adiantada
Linhas Próximas
Espaços Diminuídos
Figura 8 – Posicionamento da Equipe de vermelho com duas linhas de quatro e dois atacantes
na frente, alternando o que volta no lado em que estiver acontecendo a jogada.
Carlo Ancelotti
Diego Simeone
Adversários poderosos;
Reconhecimento;
Consciência Coletiva;
Talento no ataque;
Full Attention;
Sampaoli
Filosofia de jogo;
Respeito ao modelo;
Zidane
Rápido e vertical;
Guardiola
Protagonista do jogo;
Posse de bola;
Pressionar no ataque;
Mobilidade;
Funções;
José Mourinho
Todos defendem;
Metodologia no jogo;
Jurgen Klopp
Ofensividade;
Verticalização;
Mobilidade;
Protagonismo no jogo;
Posse e Infiltração;
Ocupação de espaços;
Geração talentosa;
Rejuvenescimento da equipe;
Jogo coletivo;
Defesa forte;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, vimos a grande transformação que aconteceu ao longo dos anos
no posicionamento dos atletas, tomando como base os campeonatos mun-
diais, grandes equipes e treinadores, que trouxeram novas ideias para a evo-
lução do jogo. Essa mudança de para, sempre temos treinadores inventivos
Dica
de
Livro
A pirâmide invertida
de Jonathan Wilson é
um excelente livro para
conhecer mais sobre
a história da tática no
futebol. A obra perpassa
desde a sua concepção
até os novos conceitos.
O Autor
Emilio Simplício, Natural de Natal/RN, graduado em Educação Física
pela UFRN, especialista em futebol pela UNIRN, mestre em Educação
Física pela UFRN, co-autor dos livros “Ciências no Futebol Potiguar”
e “Adeus,Copa!”, experiências como treinador em escolas de futebol e
equipes de base (ABC FC), universitárias (IFRN, UFRN E UERN) e pro-
fissionais (Fujian Broncos-China). Atualmente, pesquisador e professor
universitário da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
um F U T E B O L
ainda melhor!
CAPA