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Arte e história possuem relação profunda há muito tempo no caminhar da humanidade.

Os desenhos representativos nas cavernas da história antes da escrita, as pinturas do


Antigo Egito, as obras de diversas sociedades africanas eu evocam a relação entre o ser
natureza e o ser social. Os ameríndios e sua produção vasta, desde Tupinambás até os
Maias. As civilizações humanas produzem arte e ela está na vida!

As relações entre a produção científica e a cultura artística vêm sendo debatidas já há


algum tempo. As resistências por parte da Academia em receber a Arte como uma
possibilidade de conhecimento válido vêm diminuindo bastante e – graças a muitos
artistas e pesquisadores sérios - temos visto muito material surgindo e iluminando esses
caminhos de tangenciamento entre a arte e a ciência.

No caso da Educação, os trabalhos de Ana Mae Barbosa, desde os anos setenta, são uma
fonte importante para uma base teórica que aponte caminhos desse encontro de
conhecimentos necessários para a nossa existência.

No caso da História, enquanto campo de produção e na Educação, a arte é mais que um


vetor para atingir objetos históricos, sendo uma fonte e em si mesma, conteúdo que nos
leva à busca desses processos aos quais chamamos História. Muitas professoras de
História vêm trazendo a Arte como expressão e representação da sociedade no jogo
educativo cotidiano. Música, Artes Plásticas, Dança, Teatro são tão importantes para o
conhecimento da trajetória humana no planeta quanto as cartas trocadas entre
presidentes e ministros, ou os artigos de jornais abolicionistas ou cinservadores no
Brasil do século XIX.

Na Bahia, muitos estudos nas Universidades vêm trazendo a relação entre o


conhecimento sócio-histórico e as artes. Basta procurarmos nos bancos de dados
disponíveis nos sites d Instituições como UNEB, UFBA,UEFS, UESB, entre outras.

Nossa produção de conhecimento é vasta e é pública. A despeito das campanhas


reiteradas, parciais e vazias contra os servidores públicos Brasil afora, falar da relação
entre Arte e Educação vem sendo uma tarefa majoritariamente encampada pelas
pesquisas em instituições públicas, que mostrar como o dinheiro do erário é utilizado
beneficamente e com intenções que se direcionam para o coletivo. Quem estuda e
pratica a relação entre História e Arte, por exemplo, está longe, bem longe do mal
servidor (que não é somente público, diga-se de passagem) que pesa o orçamento...

E como os professores nunca páram, convido vocês a se conectarem hoje, às 19h, no


Instagram dialogosinterdisciplinares2020 numa conversa entre a Doutora em Educação
Sigmar Passos e a professora especialista de História Daniela Ribeiro, que irão tratar
exatamente desse tema que eu arrisco prosear aqui.

As professoras possuem vasta experiência com Educação e com a relação entre


Edycação e ouyros campos de saberes e conhecimentos. Vale muito a pena!

Para concluir, uma breve citação de Nietzche:

Toda arte, toda filosofia pode ser vista como remédio e socorro da vida em crescimento
ou em declínio: elas pressupõem sempre sofrimento e sofredores. Mas existem dois
tipos de sofredores, os que sofrem de superabundância de vida, que querem uma arte
dionisíaca, e desse modo uma perspectiva trágica da vida – e depois os que sofrem de
empobrecimento de vida, que requerem da arte e da filosofia silêncio, quietude, mar
liso, ou embriaguez entorpecimento, convulsão. Vingança sobre a vida mesma – a mais
voluptuosa espécie de embriaguez para aqueles assim empobrecidos!
Friedrich Nietzsche (1844-1900) (In Nietzsche contra Wagner)

Sigamos e saibamos que professores e artistas são necessários para combater


embrutecimentos demasiados. Nós buscamos luzes.

Boa tarde!

A Arte é uma expressão e representação da sociedade. Quais as possibilidades de


inserção das linguagens artísticas (Dança, Teatro, Imagem) na Educação Básica e
Ensino de História? Vamos dialogar sobre o tema com a Profa. Esp. Daniela Ribeiro
(SEC/BA). 14/9 às 19h

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