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Universidade Federal do Paraná

Aline dos Santos Bianna

Apresentação da Filosofia

André Comte Sponville

Curitiba

2014
Aline dos Santos Bianna

Resumo do livro “Apresentação da Filosofia”,

  autoria de André Comte Sponville.

Trabalho apresentado a disciplina

de Filosofia da Educação l, ministrada 

pelo docente  Dr° Gelson J.Tesser

com requisito a obtenção parcial de nota.

Curitiba

2014
Sumário
Introdução……………………………………………………………………………………04

Desenvolvimento…………………………………………………………………….….05 a 09

1. A moral…………………………………………………………………………….........05

2. A política………………………………………………………………………….........05

3. O amor…………………………………………………………………………….........05 e 06

4. A morte……………………………………………………………………………........06

5. O conhecimento…………………………………………….…………………..…..06

6. A liberdade……………………………………………….…………………………....06 e07

7. Deus…………………………………………………….…………………………........07

8. O ateísmo……………………………………………….……………………….…....07

9. A arte…………………………………………………………..…………………........07 e 08

 10. O tempo………………………………………………………….….………………...08

11. O homem……………………………………………………….….………………....09

12. A sabedoria…………………………………………………….….………………...09

13. Conclusão…………………………………………………………………..………... 10

14.Referências……………………….......................................................11
Introdução

Filosofia é um combate. Sua arma? A razão. Seus inimigos? A tolice, o fanatismo, o


obscurantismo. Seus aliados? As ciências. Seu objeto? O todo, com o homem dentro. Ou o
homem, mas no todo. Sua finalidade? A sabedoria. Este livro é uma porta de entrada para a
filosofia, permitindo ao leitor descobrir as obras para constituir futuramente sua própria
antologia.
1. A MORAL.

Para André, a moral parte daquilo que você exige de você mesmo, não em função do
olhar alheio ou de determinada ameaça exterior, mas por certa concepção do bem e do mal,
do dever e do proibido, do admissível e do inadmissível, enfim da humanidade e de você
mesmo. A moral difere do medo e da precaução, a moral é o mal que você mesmo se proíbe
fazer sem visar nenhum beneficio, que você faz mesmo que ninguém venha a saber.

A moral sempre é usada em primeira pessoa, caso contrario trata-se de moralismo. Ao


mesmo tempo ela é universal, valida para todo ser humano. É fazer o bem, “você vale o bem
que você faz”.

2. A POLITICA.

“A politica começa aonde terminam as guerras”, ao usar essa frase o autor define a
politica como a arte da convivência em sociedade. Quando todos estão de comum acordo ou
quando não há oposições de interesse, então não se trata de politica, antes a politica reúne
opondo . Esta se faz necessária devido ao egoísmo humano. Ela existe para manter a sociedade
mais humana, resolvendo os conflitos sem violência.

O autor também fala a respeito da diferença entre moral e politica, sendo a politica
particular, coletiva e que age contra o que esta “errado”, enquanto que a moral é universal,
valida somente em primeira pessoa e apenas nos mostra o erro. A politica parte também de
um ponto mais realista e eficaz, ou seja, defender o interesse do próximo porque ele é meu
também, já a moral prega exatamente o contrario. Apesar das diferenças moral e politica
podem e devem coexistir na soberania sobre um estado.

3. O AMOR.

Para André, este é o mais interessante dos assuntos. Segundo ele tudo pelo que você
tem interesse, você só o tem porque ama. Seja amor pelos esportes, pelo dinheiro, por
objetos, por comida você só se interessa por estas coisas porque as ama! O amor é a essência,
é o que faz viver e o que torna a vida amável, sendo assim a falta deste ou a falta da
capacidade de amara tem por consequência o suicídio, tornando o amor um “problema
verdadeiramente filosófico”.
A palavra amor em si é muito abrangente, por isso o autor cita três nomes gregos mais
esclarecedores para formas de amor: a primeira seria eros, significando paixão amorosa, amor
ao que não temos ou não somos, amor ao que nos falta ou a objetos de desejo do amor. Um
amor que toma que possui, um amor violento e que só dura na carência, na frustação e na
infelicidade. “Não existe amor eros feliz”. A segunda seria o amor philia, este baseado na
amizade, na alegria e no regozijo. Amor ao que se faz e ao que se é, amor ao que se
compartilha. “Não há amor philia infeliz. E a terceira e ultima o amor ágape, o amor de Deus, o
amor ao próximo e aos inimigos, o amor segundo Jesus Cristo, o amor que liberta!

E estes três que são polos de um mesmo campo, o campo de amar ou três momentos
de um mesmo processo que é o de viver!

4. A MORTE

“O que é a morte?” André parte do principio de que a morte pode ser duas coisas: ou o
nada ou outra vida. Para os que acreditam no nada, ateus e filósofos materialistas, esta seria o
fim. Para os que acreditam em outra vida, religiosos e filósofos espiritualistas e idealistas, esta
é apenas um momento de transição e de passagem para uma nova vida. Independente da
vertente escolhida a morte é sempre necessária, temos que enfrentá-la.

O autor particularmente acredita que a morte é o nada, e que aprender a morrer é


aprender a viver, que aceitar a morte é se despreocupar, sendo assim é preciso pensar na
morte para amar melhor a vida!

5. O CONHECIMENTO

“Não há conhecimento perfeito, não há conhecimento infinito”. Para o autor nunca


poderemos conhecer nada verdadeiramente, absolutamente ou totalmente, isso foge da
capacidade humana. André ainda diz que tudo o que conhecemos , só conhecermos a partir de
nossos sentido, experiências e teorias. Conhecimento e verdade são conceitos diferentes mas
solidários. E por isso é necessário buscar a verdade, nunca acabaremos de buscar, e nunca
conheceremos tudo.

6. A LIBERDADE

Ser livre é principio é fazer o que se quer, mas a liberdade nunca é absoluta. Para
explicar melhor o autor divide em: liberdade politica e liberdade da vontade. A primeira que é
dada pelo Estado, em que ao mesmo tempo nos limita e nos garante a liberdade, “onde não há
leis, também não há a liberdade!”. E segunda nos remete ao nosso querer de fato, nossas
escolhas e se realmente queremos querer algo. Há ainda a liberdade do espirito que é a
liberdade da razão, da verdade é a liberdade como necessidade. A liberdade é um objetivo e
um ideal.

7. Deus

“Não sabemos se Deus existe”. André começa dizendo que uma questão de acreditar,
de fé. Há vários questionamentos que rondam a existência de fato de Deus, assim como a não
existência do mesmo. O que é Deus? Ele existe? Como definir Deus?

O criador, o absoluto, o Ser dos seres, o que não depende de nada, o ser perfeito, infinito? A
existência não pode ser separada da essência de Deus. A existência de Deus não pode ser
provada, é acreditar, é fé e ano um saber, é uma esperança e não uma teoria.

8. O ATEISMO

Definida por crença mais negativa, pensamento que se alimenta do vazio do seu objeto
por André Comte, o ateísmo tem duas vertentes: o que não crê em Deus e o que crê que Deus
não existe. O autor também define o agnóstico, que por sua vez é aquele se recusa a escolher,
ele não é crente nem descrente. Suas razões para isso partem do momento em que não se
sabe se Deus existe, porque então decidir sobre isso? O agnóstico ignora a existência ou não
de Deus e diz que os ateus e crentes são exagerados ao dizerem mais do que sabem.

Por ser ateu o autor exibe alguns argumentos pra tal escolha: o primeiro é a falta de
provas, se Deus existe deveria se ver mais Ele ou senti-lo mais, todos deveriam saber que Ele
existe. O segundo argumento é como explicar a vida, ou o próprio pensamento através de
Deus, se Deus é inexplicável?! Além desses o autor ainda diz que como poderia existir um
Deus bom, com tanta maldade no mundo? Ele defende que o ateísmo é uma forma de
humildade, mas também uma crença e não uma certeza, apenas uma aposta.

9. A ARTE.

A arte é exclusivamente feita pelo homem, a natureza não a produz. O homem é o

artista  aqui,  porque  a  arte  necessita  da  própria  humanidade  na  medida  que  se em

questionada sobre o mundo a sua volta. Em que dá sentido e reflexões a ele. Artista qual

nunca cria algo igual, afinal, o mundo não se imita.

“A humanidade se contempla contemplando”, escreve o autor, vendo a si próprio e
se reconhecendo nisso, isso é a própria arte, não passando de um reflexo de mundo que

não se repete, afinal, qual seria o valor da imitação? O que seria novo nisso?

Na  arte,  podemos  observar um  paradoxo: Alguém  considerado  um gênio  neste

campo, que ao mesmo tempo é original e exemplo. Mestres não imitam, mas tem suas

obras colocadas a disposição alheia, como diz Kant “para servir de medida de juízo.” Ao

mesmo tempo, vemos a comparação de artistas a cientistas. Sponville fala sobre como a

ciência, composta de fatos, teria se desenvolvido da mesma maneira mesmo sem Newton

ou Einstein,  por  exemplo, diferentemente de Shakespeare, Michelangelo ou Beethoven.

Na ciência temos os fatos a serem descobertos, nas artes, as criações que não poderia
mser  feitos por outras pessoas, e por consequência, alterado nossa maneira de ver as

artes, as músicas ou mesmo a filosofia. Por isso, considerase a arte insubstituível.

10. O TEMPO.

Tempo: Sucessão do passado, presente e futuro, apesar do passado já não ser e

o futuro ainda não o ser. Para os seres humanos, uma linha no horizonte. Uma linha no

passado que só existe no instante que alguém no presente, lembra. Lembrança qual, não

é  o  passado  em  si,  e  sim  uma  evocação  vaga  dele.  “Um  passado  que  ninguém  se

lembrasse não seria nada, então?” questiona o autor, a resposta: Não é simples. Mesmo

um  passado  que  ninguém  recordasse,  não  deixaria  de  existir  ou  ser  verdade,

independendo do tempo decorrido ou de sua presença na mente dos indivíduos atuais. Ou

seja, não é o passado que aqui permanece, e sim a verdade contida nele.

Sobre o presente, Sponville fala como o tudo só é possível nele, já que não há nada

além, e o que sucede é outro presente. Temos que viver nele, pois nada diferente nos é

dado.  Existe  o  instante,  mas  aderir  a  ele,  seria renunciar  a  nossa  memória,  a  nossa

imaginação do espírito e de si.
11. O HOMEM.

A varias formas e palavras para tentar definir o homem: um animal politico, um ser
que pensa, que fala, que sente, que pode sorrir, que julga, que trabalha, que cria, mas
nenhuma delas define de fato o homem. O autor usa de exemplo um débil mental, que apesar
de ser homem lhe faltam algumas dessas aquisições que antes usamos. A humanidade não se
define pelo o que faz ou pelo o que sabe fazer. A definição usada por André parte da biologia:
“é um ser humano, aquele nascido de dois seres humanos.”

Do conceito de homem surge humanismo. Que no texto é dividida em humanismo


pratico ou moral, ou seja, os direitos e deveres humanos, agir humanamente pela humanidade
e humanismo teórico ou transcendental que é o que saberíamos ou deveríamos crer do
homem e do seu valor.

12. A SABEDORIA.

A filosofia é o amor a sabedoria, ou a busca da mesma. A sabedoria por sua vez tem a
ver com o pensar, o refletir e o conhecer. Não se trata de teoria nem de provas ou de ciências,
mas sim de praticas, exercícios e de vida! A sabedoria é o alvo, o objetivo e a filosofia é o
caminho. E a filosofia deve ser praticada por cada um, individualmente, porque ninguém pode
pensar por outrem e vice-versa. A sabedoria se dá ao encontro da felicidade, da serenidade e
da paz interna e é isso que torna a sabedoria necessária. A sabedoria é “a vida boa”,
responsável e digna.
Conclusão

André Comte Sponville retrata em seu livro a filosofia como a doutrina e exercício da
sabedoria, além de reflexão sobre que já se “sabe”. Para ele filosofar é pensar por conta
própria apoiando-se no pensamento dos outros, mas como filosofar? Simples! Se interrogando
sobre o seu pensamento e o pensamento dos outro a cerca de todos os assuntos. É pensar na
vida, na sociedade e até no próprio pensamento. Dividido em doze capítulos, este livro filosofa
sobre esses assuntos, como a moral, politica, amor, conhecimento, e o próprio homem, entre
outros.

A filosofia é a busca da verdade, da sabedoria, que tem por “recompensa” a felicidade!


Por isso a tolice o obscurantismo e o fanatismo são inimigos da filosofia. Ela nos ensina a viver
e a pensar e a pensar melhor para viver melhor!
Referencias bibliográficas

Sponville,  André Comte. Apresentação da Filosofia, 1° ed. São Paulo: Fontes,

2002.

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