Você está na página 1de 642

Assembleia Municipal do Seixal

E D ITAL
N.º 20/2020

Alfredo José Monteiro da Costa


Presidente da Assembleia Municipal do Seixal
Torna público, nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 30.º do anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de
setembro, que a Assembleia Municipal do Seixal reunirá em Sessão Ordinária, a 4ª de 2020, no
próximo dia 28 de setembro, pelas 20H00, no Pavilhão do Clube de Pessoal da Siderurgia Nacional,
sito em Aldeia de Paio Pires.

I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

III.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.


III.2. Ata da Sessão Ordinária de 27 de Junho de 2019.
III.3. Ata da Sessão Extraordinária de 5 de Agosto de 2019.
III.4. Ata da Sessão Extraordinária de 4 de Setembro de 2019.
III.5. Ata da Sessão Ordinária de 20 de Setembro de 2019.
III.6. Pedido de Recurso para o Plenário apresentado pelo grupo municipal do PAN.
III.7. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º2 do art. 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.8. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação fnanceira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.9. Aquisição do edifcio dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, sito no lote
número cinco do loteamento industrial da Quinta Nova, Cucena, Aldeia de Paio Pires, descrito na
Conservatória do Registo Predial do Seixal sob o número 1522/20000522 da freguesia da Aldeia de
Paio Pires e inscrito na matriz predial da dita freguesia sob o artgo 1928, com recurso à
contratação de empréstmo. Relatório fnal e adjudicação. Aprovação.

Página 1 de 2
Assembleia Municipal do Seixal

III.10. Fixação do valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), nos termos da alínea d)
do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e alínea a) do art. 14.º da Lei n.º
73/2013 de 3 de setembro. Aprovação.
III.11. Defnição da partcipação percentual no IRS, nos termos do art. 2..º da Lei n.º 73/2013 de 3
de setembro e alínea b) do n.º 1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro.
Aprovação.
III.12. Lançamento da derrama, nos termos da alínea d) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei b,º
75/2013, de 12 de setembro e alínea b) do art. 14.º e 18.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro.
Aprovação.
III.13. Fixação da taxa municipal de direitos de passagem para o ano de 2021, nos termos do art.
10..º da Lei das Comunicações Eletrónicas, aprovada pela Lei n.º 5/2004 de 10 de fevereiro, que
vigora com a redação do Dec-Lei n.º 49/2020 de 4 de agosto, e alínea b) do n.º 1 do art, 25.º do
Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro. Aprovação.

Nos termos do n.º 2 artgo 18º do Regimento da Assembleia Municipal, a presente sessão poderá
ser repartda por duas reuniões, fcando desde já convocada a segunda reunião, a ter lugar no dia
útl imediatamente seguinte, no caso o dia 29 de setembro de 2020, para o mesmo horário e no
mesmo processo, caso se verifque a necessidade da sua realização para conclusão do Período da
Ordem do Dia.

Para conhecimento geral se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afxados nos
lugares habituais estabelecidos na Lei, por cinco dias (úteis) dos dez dias subsequentes à data do
presente.

Seixal, 24 de setembro de 2020

O Presidente da Assembleia Municipal

___________________________________________________
Alfredo José Monteiro da Costa

Página 2 de 2
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

A T A nº 05/2019

Aos vinte e sete dias de junho de dois mil e dezanove, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal,
na sua 3ª sessão ordinária de 2019, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabaloos, divulgada pelo edital nº
12/2019, de 5 de abril.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
III.1. Informação do trabaloo em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
III.2. Ata da Sessão Ordinária de 11 de Junoo de 2018.
III.3. Ata da Sessão Extraordinária de 5 de Juloo de 2018.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.6. Exercício do direito de opção de compra para aquisição do edifcio dos Serviços
Operacionais da Câmara Municipal do Seixal com recurso à contratação de empréstmo e início do
processo negocial. Aprovação.
III.7. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local.
Publicação de diplomas setoriais. Não aceitação. Aprovação.
III.8. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local.
Publicação de diplomas setoriais. Não aceitação. Aprovação.
III.9. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local no ano
2020, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artgo 4.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto. Não
aceitação. Aprovação.
III.10. Mecanismos da nova estrutura orgânica dos serviços municipais. Estrutura nuclear –
Aprovação.

1/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

III.11. Carta Social Municipal do Seixal. Aprovação.


III.12. Regulamento de Acesso à Atvidade de Mercados e Transportes em Táxi no Município do
Seixal. Alteração. Versão definitva. Processo n.º 16/P/2018. Aprovação.
III.13. Associação de Municípios do Portugal Romano. Aceitação da alteração à redação dos
Estatutos. Aprovação.
III.14. Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal, de terreno
com área de 315 m2, sito na Avenida de Vale de Miloaços, Corroios, Freguesia de Corroios.
Processo n.º 402/B/83. Aprovação.
III.15. Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal, de terreno
com a área de 11,23 m2, sito na Rua Paiva Coeloo, Seixal, União de Freguesias de Seixal, Arrentela
e Aldeia de Paio Pires. Aprovação.
Estveram presentes, para além dos membros da Mesa
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Maria Júlia dos Santos Freire, Fernando Júlio da Silva
e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Rui Fernando Valente Algarvio, Almira Maria Macoado
Santos, Armando da Costa Farias, Raul João Felicia Ramires, Manuel António Rosado Janeiro,
Maria Odete dos Santos Pires Gonçalves e Miguel Godinoo Rodrigues Tavares;
Do PS: Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martns Cunoa,
Jorge Leonel Vaz Freire, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás,
Marta Sofia Valadas Barão , Milton Natanael Palma Simões e Rui Jorge Guerreiro Parreira e
Virgínia Dias;
Do PSD: Rui Miguel Lança Belcoior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luísa Marques
da Gama e Ricardo Manuel de Barboza Marques de Moraes e Soares;
Do BE: Vítor Manuel Cavalinoos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Lígia Maria Tavares dos Anjos;
Do PAN: Nuno André Batsta Nunes;
Do CDS-PP: João Guiloerme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Corroios e de Fernão Ferro,
respetvamente, Eduardo Rosa e Carlos Reis.
Registaram-se as seguintes substtuições
No grupo municipal da CDU Custódio Carvaloo por Almira Santos, em virtude do Sr. Nuno Pombo
e do Sr. Gonçalo Oliveira terem também solicitado a sua substtuição; Hernâni Magaloães por
Armando da Costa Farias; Maria João Oliveira Santos por Raul Ramires; Ana Inácio por Manuel
Janeiro, em virtude de Rute Pina ter também solicitado a sua substtuição; Paula Santos por Odete

2/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

Gonçalves, em virtude de José Mendes ter também solicitado a sua substtuição, e Nuno Graça por
Miguel Godinoo, em virtude de Maria Alice Espada ter também solicitado a sua substtuição.
No grupo municipal do PS Tomás Santos por Rui Parreira e Samuel Cruz por Virgínia Dias.
No grupo municipal do PSD Duarte Correia por Ricardo Marques de Moraes e Soares.
No grupo municipal do BE Sandra Sousa por Lígia Anjos, em virtude de Hugo Pereira e Francisco
Silva também terem pedido substtuição.
O Presidente da Junta de Freguesia de Amora foi substtuído pela secretária daquela Junta, Maria
Helena Quinta e o Presidente da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires
foi substtuído pelo tesoureiro daquela Junta, Manuel António Carvaloo.

Mantiveram-se as suspensões de mandato de Rosária Antunes por Maria João Santos, na CDU, e
de Sérgio Ramaloete por Milton Simões, no PS.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estveram presentes os seguintes Vereadores
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coeloo Tavares, Maria João Varela Macau,
Eduardo Rodrigues, Elizabete Adrião, Cláudia Marina da Silva, Nuno Moreira, Manuel Pires e
Francisco Morais.
A Sessão teve início cerca das 20 36 ooras.
Devido a um problema técnico, a gravação áudio da sessão não apresenta condições para ser
possível a sua transcrição, pelo que a presente ata é redigida a partr da minuta da ata elaborada
pelo 1º Secretário Américo Costa, durante a sessão, minuta aprovada por unanimidade no final da
mesma.

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal procedeu à abertura dos trabaloos, apresentando
cumprimentos aos presentes e referindo a presença na sessão de uma Associação de Surdos, pelo
que iria fazer-se a tradução da sessão em linguagem gestual. De seguida deu início ao Período de
Intervenção da População, dando a palavra ao munícipe Vítor Batata.
I.1. Vítor Batata fez uma intervenção sobre a necessidade de alcatroamento da Rua Florbela
Espanca em Fernão Ferro.
O Presidente da Assembleia Municipal deu de seguida a palavra à munícipe Andreia Benites.
I.2. Andreia Benites fez uma intervenção sobre a falta de estacionamento no Núcleo Urbano
antgo do Seixal.
3/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal deu a palavra ao Presidente da Câmara Municipal que, por
sua vez, passou a palavra ao Vereador Joaquim Tavares para uma resposta mais concreta.
O Vereador Joaquim Tavares fez um ponto de situação relatvamente ao alcatroamento da rua
Florbela Espanca e das questões de estacionamento no Núcleo Urbano antgo do Seixal, referindo
que estão a ser estudadas soluções para esta matéria.
O Presidente da Assembleia Municipal deu por encerrado este ponto da Ordem de Trabaloos e
passou para o Período de Antes da Ordem do Dia.

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «O concelho do Seixal homenageia os seus
bombeiros», subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 1)
Paulo Silva, da CDU, apresentou a moção.
Bruno Barata, do PS, fez um paralelo entre a Câmara Municipal do Seixal e a de Almada, em
matéria de proteção civil, referindo que no Seixal oá apenas 4 funcionários e 1 viatura enquanto
Almada tem 15 e diversas viaturas; referiu que o Seixal não tem uma sede para o Conseloo
Municipal de Segurança e não fez qualquer simulacro no edifcio dos SCCMS. Fez ainda referências
à verba gasta com o quartel dos Bombeiros de Fernão Ferro que seria apenas de 89.000€, pelo
que a Câmara estaria a enganar ao avançar com outros valores.
O Presidente da Câmara Municipal referiu que a Câmara apresentou 13 deliberações sobre o
quartel dos Bombeiros de Fernão Ferro e que o eleito Bruno Barata demonstra desconoecer a
situação. O Estado português investu zero euros, contnuando a demitr-se das suas funções.
Quanto à proteção civil, referiu que não são os funcionários que resolvem os problemas, são os
bombeiros.
Paulo Silva, da CDU, disse que o conceloo do Seixal é exemplo nacional no que toca a proteção
civil.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a moção à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº51/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
4/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
II.2. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela adesão à Associação Nacional de
Assembleias Municipais», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 2)
Luis Gonçalves, do PS, prescindiu da apresentação.
Paulo Silva, da CDU, disse que não via qualquer vantagem nesta filiação.
João Rebelo, do CDS-PP, disse não ver nada que ponoa em causa esta associação.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que iria votar a favor, já que a associação não exige coisa nenouma,
nem irá substtuir o papel da ANMP. Esta associação é um complemento e não devemos ter medo
do seu papel. É preciso valorizar o papel das Assembleias municipais.“
Rui Belchior, do PSD, disse desconfiar das coisas que saem do lado do PS, mas o PSD já tem 50
municípios que aderiram.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que tem estado desde oá anos nos órgãos sociais da
ANMP e que esta não representa apenas as câmaras municipais. Há, quanto a esta associação,
unanimidade no Conseloo Diretvo e no Conseloo Geral da ANMP. Esta associação não terá
representatvidade legal pois as assembleias municipais não representam os municípios, enquanto
os 308 municípios estão todos filiados na ANMP que é parceiro social; a matéria legislatva obriga
a audição prévia da ANMP; a criação desta associação divide, quando o importante é unir o poder
local, pelo que nunca contará com o apoio do Presidente da Assembleia Municipal do Seixal
Luis Gonçalves, do PS, fez a leitura do segundo parágrafo da moção e concluiu.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a moção à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 52/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1

5/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos
- Do presidente da JFFF 1
II.3. O Grupo Municipal do PSD apresentou o voto de pesar pelo «Falecimento de Agustna
Bessa-Luís», subscrita por Maria Luisa Gama
(Documento anexo à ata com o número 3)
Maria Luísa Gama, do PSD, fez a leitura do voto de pesar
O Presidente da Assembleia Municipal pôs o voto à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 53/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
Fez-se um minuto de silêncio.
II.4. O Grupo Municipal do BE, apresentou a saudação «Dia Mundial dos Refugiados», subscrita
por Vítor Cavalinhos:
(Documento anexo à ata com o número 4)
Vítor Cavalinhos, do BE, fez uma apresentação síntese da saudação.
Bruno Barata, do PS, falou sobre a intervenção do governo nesta área.
Marta Barão, do PS, disse que não votaria por questões de confito de interesses.
O 1º Secretário da Assembleia Municipal pôs a saudação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 54/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

6/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

 Trinta e sete (35) votos a favor dos seguintes eleitos


- Do grupo municipal da CDU 15
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
A eleita Marta Barão, do PS, e o Presidente da Assembleia estavam ausentes no momento da
votação.
II.5. O Grupo Municipal do PAN apresentou a recomendação «Pela adoção de medidas que
promovam a plena inclusão e partcipação social da comunidade surda do concelho do Seixal»,
subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à Ata com o número 5)
André Nunes, do PAN, fez a leitura da recomendação.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que os serviços públicos têm de estar apetrecoados para resolver
estes problemas. Não tem sentdo que seja a Câmara Municipal a organizar o serviço público
destas comunidades.
Paulo Silva, da CDU, disse que estes apoios já existem e que a Câmara do Seixal tem alguém para
esta tarefa e que já a faz, sendo até um exemplo. Não faz sentdo que seja a Câmara a coegar a
todo o lado já que o serviço público não é competência da Câmara mas do governo central.
Sugeriu retrar esta parte da recomendação.
O Presidente da Câmara Municipal pediu a intervenção da Vereadora Manuela Calado que disse
que a Câmara tem uma técnica superior especializada em linguagem gestual e tem parceria com a
Associação de Surdos do Conceloo do Seixal.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a recomendação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 55/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4

7/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
Paulo Silva, da CDU, disse em declaração de voto, que os pontos deliberados, o 1 já está satsfeito,
o 2 não é da competência da Câmara e o 3 o 4 já existem, pelo que a CDU optou por se abster.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que entregaria uma declaração de voto no tempo regimental, mas
tal não se verificou.
II.6. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao Dia Mundial do Ambiente»,
subscrita por Armando Farias.
(Documento anexo à ata com o número 6)
Armando Farias, da CDU, fez uma apresentação síntese da saudação, enaltecendo o trabaloo da
Câmara Municipal nesta matéria e leu a parte deliberatva da saudação.
André Nunes, do PAN, disse que votaria a favor porque toda a publicidade e meios são poucos,
mas que é notório que oá uma valorização instrumental do ambienta por parte da CDU.
Bruno Barata, do PS, disse que se trata de uma exaltação do trabaloo e não mostra oumildemente
o que oá para fazer. A taxa de cobertura da água não é a 100%, é uma vergonoa as faloas que se
verificam em Fernão Ferro; não oá recoloa de águas residuais; não se faz divulgação de ideias e
ações ecológicas; as embarcações tradicionais usam combustvel fóssil, o que é errado.
Rui Mendes, do PSD, disse oaver uma grande sensibilidade para as questões ambientais mas que
oá muito a fazer pelo que não votarão favoravelmente porque não se deve enaltecer o trabaloo já
feito.
O Presidente da Câmara Municipal deu a palavra ao Vereador Joaquim Tavares que disse que a
atvidade do município é extensa e reconoecida. As embarcações tradicionais são movidas a vento
que é a energia mais limpa, sendo o motor apenas acessório; no conceloo produz-se energia limpa
que pode abastecer cerca de 1/3 da população; a educação ambiental envolve centenas de
crianças e jovens; temos boas prátcas ambientais e somos inovadores; combate-se a utlização de
oerbicidas e o sistema de abastecimento de água é feito com água de qualidade a preços
acessíveis; descargas no rio de águas pluviais e residuais só pode acontecer por avaria de alguma
central elevatória; laboratório para a descarbonização e no que toca a qualidade do ar a Câmara

8/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

assumiu a responsabilidade que ao governo pertencia e encomendou um estudo; a Carta


Ambiental foi aprovada em 2017.
O Presidente da Câmara Municipal acrescentou que oá 10 anos que a península de Setúbal tem a
rede de saneamento tratada a 100%, correspondente a 200 miloões de euros de investmento,
oavendo uma melooria significatva em termos ambientais.
Armando Farias, da CDU, prescindiu da intervenção final como proponente.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a saudação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 56/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do BE 3
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
Nelson Patriarca, do PS, disse, em declaração de voto, que não concordava com os pontos 2 e 3 e
considera redutora a perspetva do Vereador do ambiente.
André Nunes, do PAN, informou que entregará uma declaração de voto no tempo regimental.
(Documento anexo à ata com o número 6-A)
II.7. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Pela conclusão urgente da EB1/JI
Santa Marta do Pinhal», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à ata com o número 7)
Nelson Patriarca, do PS, apresentou sumariamente a recomendação.
Paulo Silva, da CDU, solicitou ao executvo um ponto de situação sobre a escola.
O Presidente da Câmara Municipal deu a palavra à Vereadora Manuela Calado que esclareceu
que a escola funciona bem e que isso é transmitdo por pais e professores.

9/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

O Presidente da Câmara Municipal acrescentou que a Câmara investu 3,3 miloões e vai investr
mais 2 miloões e que a recomendação é um rodapé e quem a apresenta tem muita falta de
vergonoa.
Nelson Patriarca, do PS, disse que vergonoa parece não ter o senoor presidente porque é gestor e
tem responsabilidade no setor. É pouco digno reduzir a recomendação a um rodapé.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a recomendação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 57/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do BE 3
II.8. O Grupo Municipal do PSD apresentou um voto de pesar: «30.º aniversário do
Massacre de Tiananmen», subscrita por Rui Belchior:
(Documento anexo à Ata com o número 8)
Rui Belchior, do PSD, fez a leitura resumida do voto de pesar.
Armando Farias, da CDU, disse que o massacre nunca foi provado, até ooje. Ao contrário, o
envolvimento dos EUA/CIA é real. Passados anos, a invasão do Panamá nunca mereceu repúcio
dos que agora lamentam Tiananmen, votam contra ou não tomam posição sobre a solidariedade
com a Palestna. Têm uma visão dos direitos oumanos conforma a visão ideológica. Como tal a
CDU não pode fazer outra coisa senão votar contra.
João Rebelo, do CDS-PP, disse que só a CDU tem dúvidas sobre o massacre da época. Os
comunistas nunca se enganam, mesmo quando é evidente para toda a gente. A mudança que
estava a acontecer no leste europeu coegou à Coina; a abertura realizou-se, tudo por causa do ato
corajoso dos jovens de então. Em Hong Kong ainda existem protestos semeloantes. Saudou o PSD
por ter apresentado este voto.
10/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

O Presidente da Câmara Municipal disse que registava a coerência do PSD e do CDS com Paulo
Portas a celebrar acordos comerciais com a Coina e o Presidente da República a comemorar a
visita do presidente Coinês e o programa Rota da Seda.
Rui Belchior, do PSD, disse que a conceção do mundo da CDU é interferente da dele. Dizer que
nunca oouve prova do massacre - uma característca dos ditadores - é o branqueamento da
oistória. e a posição sobre a Coreia do Norte, Cuba, Vietname, etc.? Bastava morrer uma pessoa.
Não defendem ditadores, nem de direita nem de esquerda. As diferenças far-nos-ão evoluir.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs o voto de pesar à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 58/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Dezoito (17) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do BE 3
Marta Barão, do PS, ausentou-se no momento da votação.
II.9. O Grupo Municipal do BE apresentou a saudação «Greves Climátcas», subscrita por Vítor
Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 9)
Vítor Cavalinhos, do BE, fez a apresentação sumária da saudação.
Bruno Barata, do PS, disse que a saudação devia ser às crianças e não às greves; são os jovens que
estão a fazer estas lutas; saúda os jovens do seixal, os nacionais e do mundo e convida a Câmara a
juntar-se ao protesto de 20 de setembro pelo ambiente.
Vítor Cavalinhos, do BE, prescindiu da intervenção final do proponente.

11/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal deu a nota de que o PS esgotou o tempo e pôs a


recomendação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº59/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
Maria Julia Freire, da CDU, informou que entregaria uma declaração de voto no tempo regimental
(Documento anexo à ata com o número 9-A)
II.10. O Grupo Municipal do PAN apresentou a recomendação «Por mais e melhores parques
urbanos», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 10)
André Nunes, do PAN, apresentou a recomendação em síntese.
Paulo Silva, da CDU, disse que a aposta nos parques urbanos está no programa eleitoral e que a
questão dos oorários não é percetvel , pelo que o PAN devia especificar.
O Presidente da Câmara Municipal pediu ao Vereador Joaquim Tavares e este fez um ponto de
situação relatvamente ao conceloo sobre esta matéria.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a recomendação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 60/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Trinta e três (33) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
12/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do presidente da JFFF 1
 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
Ricardo Soares, do PSD, esteve ausente durante a votação.
II.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela renacionalização dos CTT Correios
de Portugal e reaberturas das estações dos CTT de Amora e Aldeia de Paio Pires», subscrita por
Odete Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 11)
Odete Gonçalves, da CDU, fez a apresentação sumária da moção.
Rui Belchior, do PSD, disse que não estudou nem acompanoou o assunto com a profundidade
que o assunto exige. Em 4 anos nada se alterou e a Amora não tem solução o que é inconcebível.
Bruno Barata, do PS, disse que a direção dos CTT já anunciou que fecoará mais estações.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a moção à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 61/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 3
- Do presidente da JFFF 1
 Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
 Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PAN 1
Ricardo Soares, do PSD, esteve ausente durante a votação.
II.12. O Grupo Municipal do BE apresentou uma saudação à «20.ª Marcha do Orgulho, de
Lisboa», subscrita por Vítor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 12)
Vítor Cavalinhos, do BE, fez a apresentação sumária da saudação.
13/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

Não se verificaram intervenções.


O Presidente da Assembleia Municipal pôs a saudação à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 62/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 7
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do presidente da JFFF 1
 Nove (9) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 4
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou o voto de pesar pelo f alecimento de Rúben de
Carvalho, subscrito por Júlia Freire.

(Documento anexo à ata com o número 13)


O Presidente da Assembleia Municipal fez uma interrupção para ver com os líderes a forma de
atuar, uma vez que já não oavia tempo para mais documentos. O entendimento que gerou o
consenso foi o de se considerar o voto de pesar, exatamente por se tratar de um voto de pesar.
Júlia Freire, da CDU, procedeu à leitura do voto.
Não se verificaram intervenções.
O Presidente da Assembleia Municipal pôs o voto à votação.
Aprovada a Tomada de Posição nº 63/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
- Do grupo municipal do BE 3

14/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal do PAN 1


- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse que, estando terminado o Período de Antes da
Ordem do Dia, se iria fazer intervalo de 10 minutos.

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


O eleito Ricardo Soares, do PSD, abandonou os trabaloos no início do Período da Ordem do Dia,
tendo comunicado esse facto à mesa.
III.1. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
Não se verificaram intervenções por não oaver matéria a informar.
III.2. Ata da Sessão Ordinária de 11 de Junho de 2018
(Documento anexo à ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a ata à votação.
Aprovada a Deliberação nº 23/XII/2019 unanimidade e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 7
- Do grupo municipal do PS 8
- Do grupo municipal do PSD 2
- Do grupo municipal do BE 2
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
Não votaram por não terem estado presentes nessa sessão Da CDU, Carlos Pereira, Rui Algarvio,
Armando Farias, Raul Ramires, Manuel Janeiro, Odete Gonçalves, Miguel Godinoo, Maria Helena
Quinta e Manuel Carvaloo; Do PS, Milton Simões, Rui Parreira e Virgínia Sousa; Do PSD, Rui
Mendes e Ricardo Soares; André Nunes do PAN e Lígia Anjos do BE.
III.3. Ata da Sessão Extraordinária de 5 de Julho de 2018.
(Documento anexo à ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal pôs a ata à votação.
15/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

Aprovada a Deliberação nº 24/XII/2019 por unanimidade e em minuta com


 Vinte e três (23) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 7
- Do grupo municipal do PS 8
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do BE 2
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do presidente da JFFF 1
Não votaram por não terem estado presentes nessa sessão Da CDU, Rui Algarvio, Almira Santos,
Armando Farias, Raul Ramires, Manuel Janeiro, Odete Gonçalves, Miguel Godinoo, Maria Helena
Quinta e Manuel Carvaloo; Do PS, Bruno Barata, Rui Parreira e Virgínia Sousa; Ricardo Morais do
PSD e Lígia Anjos do BE.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que, como oabitualmente, se iria fazer a apreciação
conjunta dos pontos III.4 e III.5 e deu a palavra ao Presidente da Câmara.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 16)
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação fnanceira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 17)
O Presidente da Câmara Municipal fez uma apresentação resumida das informações em
consideração, realçando as questões de Vale de Coícoaros, da Ponta dos Corvos, tendo sobre isto
reunido com Ministro da Defesa em trabaloo de artculação para ponte de entendimento e referiu
que oá recetvidade por parte do ministro; Referiu também uma reunião com o Embaixador da
Coina e aludiu ainda às grandes comemorações do 25 de abril que tveram lugar.
Bruno Barata, do PS, disse que uma taxa de execução de 15% não é uma boa performance
financeira da Câmara, é um problema crónico da gestão da Câmara do Seixal e não oá forma de a
desmentr. Referiu que oá 23 processos de contencioso com a NOS, perguntando que problemas
loes estão subjacentes; queixou-se também de que a informação da atvidade é extremamente
quanttatva e devia ser qualitatva, não se consegue ter uma visão global dos projetos
16/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

cofinanciados pela UE e pediu que essa informação loe seja fornecida; também não se tem o
resultado de avaliação externa e interna.
Luis Gonçalves, do PS, perguntou se vai oaver intervenções ao nível do reordenamento do trânsito
na antga Amora e em que calendário. Pediu igualmente um ponto de situação sobre o Paviloão
desportvo em construção na Mundet, nomeadamente para quando se prevê a conclusão e a
inauguração. A mesma coisa em relação ao CDA de Fernão Ferro e fez ainda uma referência
negatva relatvamente à extensão da ordem de trabaloos desta sessão.
Paulo Silva, da CDU, perguntou pela avaliação do exercício que foi feito na área da proteção civil,
que estratégia a Câmara definiu para os 400 mil euros de investmento na oigiene urbana;
reportando-se a intervenção anterior de Bruno Barata em que este referiu que oaveria 100
miloões de investmento para o Seixal, inquiriu em que fase se estava.
André Nunes, do PAN, disse relatvamente à violência doméstca no conceloo, que a Câmara
inaugurou um gabinete de apoio à vítma , mas que oá zero de informação para as vítmas. No que
diz respeito ao CROACS, referiu a nova ala e o facto de os fiscais terem ordens para aplicar coimas,
assim como também oá ordens para não receberem animais nestas condições. Perguntou ainda o
que foi feito relatvamente à origem da poluição na Quinta da Atalaia/Quinta do Cabo e referiu
que oá mortes de dezenas de aves na zona do Miratejo e perguntou se foram apuradas
responsabilidades.
Rui Brás, do PS, pediu o ponto de situação da Loja do Cidadão.
Raul Ramires, da CDU, perguntou quais as mais valias para a população da piscina de Paio Pires.
Maria Luisa Gama, do PSD, pediu o ponto de situação relatvamente ao Conseloo Municipal da
Juventude, uma vez que a Assembleia aprovou moção nesse sentdo.
Carlos Pereira, da CDU, perguntou quais os objetvos da alteração ao PDM.
O Presidente da Câmara Municipal deu a palavra à Vereadora Maria João Macau que disse que já
tnoa sido referido que se iria proceder a uma alteração/revisão do PDM para terminar em Maio
de 2020 para discussão pública.
O Vereador José Carlos Gomes disse, sobre o paviloão da Mundet que a previsão é para
Setembro; Quanto à Loja do Cidadão, são incompreensíveis os atrasos a que a AMA obriga com a
sua falta de resposta; por causa disso, a Câmara decidiu avançar com procedimentos para a
execução do projeto e informou a AMA. Sobre a piscina de Paio Pires, foi deito um Fórum para
apresentação à população onde estveram 68 pessoas que foram informadas sobre as
intervenções e as meloorias prátcas para as populações e as crianças. a área envolvente vai ser
reenquadrada, com fácil acesso para transportes.

17/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

O Vereador Joaquim Tavares disse não conoecer qualquer envenenamento de pombos. Quanto às
orientações para a veterinária, apenas se solicita a opinião técnica.
A Vereadora Manuela Calado disse relatvamente ao Hospital que só em Novembro serão
avaliadas as 3 empresas selecionadas, tendo sido eliminada uma quarta.
O Presidente da Câmara Municipal disse que os operadores de telecomunicações devem custear
a utlização do subsolo; não se trata de aluguer do subsolo, são novas obras licenciadas pelo
município.
O Presidente da Assembleia Municipal disse que se tnoa atngido a 1 oora do dia 28 e consultou
os líderes dos grupos municipais sobre a contnuação da sessão ou adiamento para o dia seguinte;
tendo oavido consenso e disponibilidade para contnuar, seguiu-se com a sessão.
III.6. Exercício do direito de opção de compra para aquisição do edifcio dos Serviços
Operacionais da Câmara Municipal do Seixal com recurso à contratação de empréstmo e início
do processo negocial. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 18)
O Presidente da Câmara Municipal disse que se tratava de uma deliberação do Tribunal de Contas
no sentdo de se encontrar uma solução para a compra dos Serviços Operacionais, à imagem do
que se fez para os Serviços Centrais. Decidiu-se, por isso, utlizar o mesmo mecanismo, possível
graças à boa performance do Município. A conclusão das obras nos Serviços Operacionais permite
sanar os problemas estruturais existentes. Já foi distribuído um documento/memorando que faz a
comparação entre construir um novo edifcio ou adquirir o actual; o diferencial entre renda+IVA e
amortzação à taxa de juro poupa 1 miloão de euros por ano. Trata-se de obter autorização da
Assembleia para a Câmara poder avançar com o processo de aquisição.
Bruno Barata, do PS, disse considerar fraca a gestão CDU ao longo de 40 anos e que o PS se opôs
desde a 1ª oora a este modelo de arrendamento e acoa que estrategicamente é uma boa opção a
compra. Dado os saldos que existem por via da não execução sugeriu que a aquisição não resulte
exclusivamente do endividamento.
André Nunes, do PAN, disse que votaria a favor da aquisição, não por causa da coantagem feita,
mas porque é necessário corrigir os actos resultantes de má gestão. Porque os negócios não são
maraviloosos, são uma imposição do Tribunal de Contas e são apenas uma forma de corrigir erros.
João Rebelo, do CDS-PP, disse que a sua votação seria favorável, assente nos mesmos argumentos
que para a aquisição dos serviços centrais. Acrescentou ainda considerar que oá incapacidade de
executar, da CDU, bem como de reconoecer que se tratou de um erro de gestão, de um negócio
ruinoso.

18/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

Rui Belchior, do PSD, disse ir votar a favor desta deliberação e acrescentou que não foi só o PS
que se opôs ao arrendamento dos imóveis. Foi um erro crasso, um erro oistórico e agora o
executvo é totalmente empurrado para a compra pelo Tribunal de Contas
Paulo Silva, da CDU, disse que na época este tpo de contratos era considerado normal. O governo
fez o mesmo com o campus da justça. Na altura, o Tribunal de contas não autorizava a aquisição
directa e o governo tnoa incapacidade total de resolver os seus problemas , semeloantes ao que
não resolveram no Seixal. O PS não tem qualquer legitmidade para se opor.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse ir abster-se. tem grandes dúvidas se o orçamento para 2019 tvesse
sido aprovado pudesse ter sido exercida a opção de compra. A decisão devia ser tomada entre
comprar ou construir com nova centralidade depois de analisados os deois cenários.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu o ponto a votação.
Aprovada a Deliberação nº25/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do BE 3
- Do presidente da JFFF 1
O Presidente da Assembleia Municipal propôs a apreciação em conjunto dos pontos 7, 8 e 9, com
a necessária votação em separado.
III.7. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local.
Publicação de diplomas setoriais. Não aceitação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 19)
III.8. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local.
Publicação de diplomas setoriais. Não aceitação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)

19/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

III.9. Transferência de competências da Administração Central para a Administração Local no


ano 2020, nos termos da alínea b) do n.º 2 do artgo 4.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto. Não
aceitação. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 21)
O Presidente da Câmara Municipal fez uma exposição genérica sobre os três pontos, apontando a
falta de informação técnica e financeira sobre esta matéria da parte do governo, o que considera
uma irresponsabilidade. Não aceitar esta transferência de competências, nestas condições, para
2020, é a meloor forma de proteger os cidadãos.
Rui Belchior, do PSD, disse não concordar com a opção centralizadora , mas que se iria abster não
por não concordar com a descentralização mas por acoar que este processo não coega a ser uma
descentralização. Não se fez reforma alguma. Contudo, considera que a descentralização é para
avançar.
João Rebelo, do CDS-PP, disse que esta descentralização é impensável; descartar-se a
responsabilidade para as autarquias põe o ónus nas autarquias, freguesias incluídas, dizendo que
elas é que não querem a descentralização; é passar responsabilidades. Questões como pessoal,
financiamento, competências não estão suportados nas despesas. Votará a favor dos pontos e
espera que os Serviços Municipais estejam a estudar a situação.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse que o BE será favorável às três deliberações submetdas pois são
contra esta descentralização, que é pouco oábl politcamente. A reposição das freguesias tem
pouco a ver com a descentralização.
Bruno Barata, do PS, disse que a negociação pormenorizada é para fazer a posteriori. Isto são
diplomas conceptuais para ver qual a intenção das autarquias. O nosso Presidente é o mais
inteligente pois viu que isto não tem pernas para andar. O Governo central deu orientações para
as câmaras municipais. Este processo só avançou quando oouve acordo com PSD e portanto
avançou em tempo. Ou se quer, ou não se quer.
Paulo Silva, da CDU, disse que até autarquias do PS não aceitaram. Isso significa que seguem as
directvas do comité central do PCP? Para o PS isto e um jogo, para a CDU, não. gerir uma
autarquia não é um jogo. O que está em causa não é uma descentralização, é o PS a sacudir a água
do capote. Aceitar competências sem meios associados não é negociação séria. Com quem não
goza de seriedade não se pode negiociar.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu as propostas a votação.
Votação do Ponto III.7.
Aprovada a Deliberação nº26/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
20/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal da CDU 16


- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do presidente da JFFF 1
 Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
Votação do Ponto III.8.
Aprovada a Deliberação nº27/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do presidente da JFFF 1
 Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
Votação do Ponto III.9.
Aprovadaa Deliberação nº28/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1

21/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do presidente da JFFF 1
 Onze (11) votos contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 11
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
O eleito Jorge Freire, do PS, abandonou os trabaloos neste ponto.
III.10. Mecanismos da nova estrutura orgânica dos serviços municipais. Estrutura nuclear –
Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 22)
O Presidente da Câmara Municipal fez uma breve apresentação e deu algumas explicações sobre
a proposta apresentada.
Manuel Janeiro, da CDU, disse que a estrutura é adequada a uma meloor prestação de serviços à
população.
Bruno Barata, do PS, perguntou se oá cabimento orçamental para esta alteração e quanto custa.
Vítor Cavalinhos, do BE, afirmou não ter conoecimentos técnicos, nem suporte ou condições para
poder avaliar a posição do executvo. Que este modelo responderá meloor do que o actual não oá
dúvidas. Se este é o meloor, não se sabe.
João Rebelo, do CDS-PP, disse não oaver informação suficiente sobre custos nem nada que
comprove que esta proposta vá meloorar o desempenoo dos serviços, pelo que votará contra.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu a proposta a votação.
Aprovada a Deliberação nº29/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do presidente da JFFF 1
 Um (1) voto contra dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
 Dezassete (17) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10

22/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do grupo municipal do PSD 3


- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
III.11. Carta Social Municipal do Seixal. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 23)
O Presidente da Câmara Municipal apresentou a proposta genericamente.
Fernando Sousa, da CDU, disse que conoecemos o que tem sido feito, mas não coega. O
secretário de Estado da segurança social fez promessas ao conceloo e ao país e não foram
cumpridas (uma nova candidatura tpo "Pares"). Votará a favor porque trabaloos destes são muito
bons e fundamentais para o nosso conceloo.
Bruno Barata, do PS, deu os parabéns à equipa técnica que fez o relatório e o levantamento
exaustvo das necessidades, mas considera que o documento é uma arma de arremesso polítco
não oavendo a miníma preocupação de artculação. É propaganda polítca.
Paulo Silva, da CDU, disse que o PS se limitava a apreciações baratas.
O Presidente da Câmara Municipal disse que as questões estão localizadas e que se trata de um
trabaloo sério, dos meloores trabaloos que já se fizeram, mas queremos concretzação e cabe-nos
lutar pela sua concretzação.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu a proposta a votação.
Aprovada a Deliberação nº30/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 3
- Do presidente da JFFF 1
 Quinze (15) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1

23/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

III.12. Regulamento de Acesso à Atvidade de Mercados e Transportes em Táxi no Município do


Seixal. Alteração. Versão defnitva. Processo n.º 16/P/2018. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 24)
O Presidente da Câmara Municipal explicou tratar-se da alteração a um artgo.
Não se verificaram intervenções.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu a proposta a votação.
Aprovada a Deliberação nº31/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do presidente da JFFF 1
 Catorze (14) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
III.13. Associação de Municípios do Portugal Romano. Aceitação da alteração à redação dos
Estatutos. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 25)
Não se verificaram intervenções.
O Presidente da Assembleia Municipal submeteu a proposta a votação.
Aprovada a Deliberação nº32/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Trinta e dois (32) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1

24/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

- Do presidente da JFFF 1
 Três (3) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PSD 3
III.14 . Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal, de
terreno com área de 315 m2, sito na Avenida de Vale de Milhaços, Corroios, Freguesia de
Corroios. Processo n.º 402/B/83. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 26)
III.15. Desafetação do domínio público municipal para o domínio privado municipal, de terreno
com a área de 11,23 m2, sito na Rua Paiva Coelho, Seixal, União de Freguesias de Seixal,
Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 27)
O Presidente da Assembleia Municipal propôs a apreciação em conjunto e a votação em
separado.
O Presidente da Câmara Municipal explicou tratar-se de duas solicitações de proprietários dos
terrenos que deverão ser considerados em face dos fins propostos.
Votação do Ponto III.14
Aprovada a Deliberação nº33/XII/2019 por maioria e em minuta com
 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 2
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do BE 1
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
Votação do Ponto III.15
Aprovada a Deliberação nº34/XII/2019 por maioria e em minuta com

25/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos


- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do BE 2
- Do presidente da JFFF 1
 Dezasseis (16) abstenções dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do BE 1
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
III.16. Minuta da Ata
Aprovada a Deliberação nº 35/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (35) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 16
- Do grupo municipal do PS 10
- Do grupo municipal do PSD 3
- Do grupo municipal do BE 3
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
- Do grupo municipal SFF 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Nada mais oavendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabaloos por
encerrados, agradecendo a presença do executvo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca das 2 35 ooras do dia 28 de junoo.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetvo processo.

26/27
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 05/2019
3ª Sessão Ordinária – 27 de junho de 2019

Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício
O Presidente da Assembleia Municipal

O Primeiro Secretário

A Segunda Secretária

27/27
MUNICÍPIO DO SEIXAL
Assembleia Municipal
Largo da Igreja 2840-480 SEIXAL
Tel. 21 097 62 25
NIPC 506 173 968

Tomada de Posição
N.º 53/XII/2019
Voto de Pesar – Falecimento de Agustna Bessa-Luís
Agustin Bessn-Luuss2 inscidn em 1922 em viln Meã2 coicelhoo de Amnrnite2 foi umn dns mnis
profícuns escritorns portuguesns coitemporniens.r O seu percurso literário2 iivulgnrmeite loigo
e vnrindo2 compreeideu difereites géieros como o Romnice2 o Tentro2 o Eisnio e n uiternturn
Iifnitl.r
A sun obrn literárin foi premindn por diversns vezes tnito em Portugnl como io Estrnigeiro.r
Assim o ntestn o Prémio Cnmões2 recebido peln nutorn em 2004 ou o Prémio Edunrdo uoureiço2
em 20152 bem como ns coidecornções ntribusdns pelos Presideites dn Repúblicn Rnmnlhoo Enies
e Jorge Snmpnio.r
O fnlecimeito de Agustin io din 3 de juihoo de 2019 deixn n culturn portuguesn mnis pobre2

—— cnbeido-Lios2 io eitnito2 n obrignção de fnzer perdurnr n riquezn dn sun escritn2 n profuididnde

—— do seu peisnmeito e n fiurn do seu português2 in memórin coletvn.r

Assim2 n Assemblein Muiicipnl do Seixnl2 reuiidn em Sessão Ordiiárin do din 27 de juihoo de


20192 delibern:
1.r Aprovnr o preseite Voto de Pesnr pelo fnlecimeito dn escritorn Agustin Bessn-Luuss2
ocorrido io pnssndo din 3 de juihoo2 snlieitnido o seu pnpel in Histórin dn Culturn e dn
liternturn Portuguesn;
2.r Gunrdnr um miiuto de silêicio em sun hoomeingem.r

O Presideite dn Assemblein Muiicipnl

______________
_______________ ______________
__
Alfredo José Monteiro da Costa

Aprovndn por uiniimidnde in 3.rª Sessão Ordiiárin de 20192 renlizndn io din 27 de juihoo de 2019.r
(Documeito niexo à ntn com o iúmero 3).r
MUNICÍPIO DO SEIXAL
Assembleia Municipal
Largo da Igreja 2840-480 SEIXAL
Tel. 21 097 62 25
NIPC 506 173 968

Tomada de Posição
N.º 60/XII/2019

Recomendação por mais e melhores Parques Urbanos

Os parques urbanos são, enquanto espaços que promovem a sociabilização e incentvam


estlos de vida saudáveis, locais cada vez mais procurados pelos cidadãos, que
enriquecem a envolvência urbana e contribuem para uma maior harmonia ambiental em
contexto urbano.

A crescente procura por aqueles espaços tem, no entanto, impactos ao nível da


salubridade e da preservação das espécies neles existentes, razão pela qual o reforço na
aposta daqueles espaços pode e deve ser acompanhada da adoção de mecanismos de
—— proteção dos mesmos, designadamente, da sua fauna e fora.
——
A aposta do Seixal na rede de parques urbanos é, pois, de salutar, sendo que existem
aspetos que cumpre ver melhorados, designadamente:

- Uma melhor e mais completa identicação, ao nível da rede viária municipal, dos
parques urbanos existentes, assim como a sua georreferenciação em aplicações
multmédia e demais ferramentas informatvas do município;

- Reforço da oferta de equipamentos de deposição de resíduos, com disponibilização de


equipamentos que privilegiem a separação de resíduos e a recolha de beatas,
acompanhada de informação de sensibilização;

- Reforço da oferta de sanitários, de sacos para recolha de dejetos caninos e de


bebedouros, com inclusão de bebedouros rebaixados para animais de companhia;

1/2
MUNICÍPIO DO SEIXAL
Assembleia Municipal
Largo da Igreja 2840-480 SEIXAL
Tel. 21 097 62 25
NIPC 506 173 968

- Disponibilização de informação sobre a fauna e fora existente em cada parque urbano,


com indicações de Preservação das espécies, numa lógica de maior literacia ambiental e
animal;
- Horários e regras de utlização ajustados à vida da fauna existente;

Assim, a Assembleia Municipal do Seixal reunida em sessão ordinária, delibera


recomendar à Câmara Municipal do Seixal que prossiga a aposta nos parques urbanos,
criando novos espaços e melhorando os atuais.

O Presidente da Assembleia Municipal


——

___________________________________________________
Alfredo José Monteiro da Costa

Aprovada por maioria na 3.ª Sessão Ordinária de 2019, realizada no dia 27 de junho de 2019.
(Documento anexo à ata com o número 10).

2/2
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

A T A nº 06/2019

Aos cinco dias de agosto de dois mil e dezanove, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na sua
3ª sessão extraordinária de 2019, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabaloos, divulgada pelo edital nº
12/2019, de 5 de abril.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
III.1. Ata nº8/2018 - 5ª Sessão extraordinária, de 29 de agosto de 2018. Aprovação.
III.2. Regulamento dos Serviços Municipais da Câmara Municipal do Seixal. Aprovação.
Estveram presentes, para além dos membros da Mesao
Da CDU: Ana Inácio, Carlos Pereira, Custódio Carvaloo, Fernando Sousa, Hernâni Magaloães,
Manuel Janeiro, Maria Alice Faustno, Maria João Oliveira Santos, Maria Júlia Freire, Paulo Silva,
Rui Algarvio;
Do PS: Bruno Barata, Célia Cunoa, Jorge Freire, Luís Gonçalves, Marta Barão, Nelson Patriarca, Rui
Brás, Samuel Cruz, Sérgio Ramaloete, Tomás Santos; ;
Do PSD: Duarte Correia; Maria Luísa Gama; Rui Mendes, Rui Belcoior;
Do BE: Carlos Lázaro, Eduardo Grelo, Vítor Cavalinoos;
Do PAN: Nuno André Batsta Nunes;
Do CDS-PP: João Guiloerme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Corroios e de Fernão Ferro e
da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetvamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substtuiçõeso
No grupo municipal da CDUo Paula Santos por Manuel Janeiro, em virtude dos pedidos de
substtuição de Nuno Pombo, Gonçalo Rui Oliveira, Almira Santos, Armando Farias, Raul Ramires e
Rute Pina.
Nuno Graça por Maria Alice Espada.
No grupo municipal do BEo Sandra Sousa por Carlos Lázaro, em virtude de Hugo Arsénio, Francisco
Silva, Lígia Anjos e Márcia Santana terem também solicitado a sua substtuição.;
1/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estveram presentes os seguintes Vereadoreso
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coeloo Tavares, Maria João Varela Macau,
Eduardo Rodrigues, Elizabete Adrião, Cláudia Marina da Silva, Nuno Moreira, Manuel Pires e
Francisco Morais.
A Sessão teve início cerca das 20o20 ooras.

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vamos dar inicio à sessão com o primeiro ponto na
ordem de trabaloos que é a intervenção da população, temos aqui um conjunto de pedidos de
intervenção, referência que o tempo de intervenção é, no limite, cinco minutos, portanto pedia a
vossa atenção a isso, tem em primeiro lugar o senoor João Mira, se faz favor.”
I.1. João Mira disse: “Boa noite a todos os membros da Assembleia Municipal bem como aos
demais partcipantes, o meu nome é João Mira sou escuteiro, coefe de grupo, do grupo 260 do
Seixal, Associação de Escuteiros de Portugal, que é a mais antga associação juvenil, bem como, a
mais antga associação escutsta portuguesa. O Grupo 260 do Seixal desenvolve a sua ação junto
dos jovens do Conceloo do Seixal desde janeiro de 2016, estando localizado na União das
Freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires. Desde o primeiro momento estamos sediados de
forma graciosa na Sociedade Musical 5 de Outubro, o nosso espaço tem cerca de 20 m2, nesse
espaço albergamos todo o material de um grupo desta dimensão e realizamos atvidades, tendo
quase sessenta elementos, com jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 21 anos. Devido
a este crescimento, quando tnoamos um efetvo de cerca de quarenta elementos, percebemos
que também que teríamos que crescer em espaço e a Sociedade Musical 5 de Outubro não tem
capacidade para nos ceder um espaço de maior dimensão. Numa reunião do movimento
associatvo juvenil, realizada a 28 de Fevereiro do ano passado, identficamos um terreno que teria
um protocolo, aparentemente com duas décadas, realizado com a igreja católica, mas nunca tnoa
sido feito qualquer desenvolvimento, formalizamos o pedido para esse mesmo espaço, caso o
protocolo deixasse de estar em vigor, ou com o eventual desinteresse da igreja católica no mesmo,
durante 8 meses fizemos diversos contactos e obtvemos sempre a mesma resposta, estamos à
espera da resposta do urbanismo. Por mero acaso tvemos conoecimento que o espaço, onde a
igreja católica nada fez durante vinte anos, iria finalmente ter um projeto apresentado, pelo que o
terreno deixou de ser opção. Identficamos, de imediato, a 31 de Outubro de 2018, um novo
terreno que nos parece perfeito, sem qualquer protocolo, sem qualquer obra sobre o mesmo,
policiamento ao lado pois as sedes dos grupos dos escuteiros são alvos apetecíveis aos amigos do
aloeio, tnoa também transportes, etc, pelo que formalizamos novo pedido, tendo o tempo
decorrido e recebendo sempre a mensagem que tudo estava dependente da resposta do
urbanismo, que não aparecia, solicitamos a presença na Assembleia Municipal de 24 de Janeiro
passado, como após esse pedido fomos convidados para uma reunião com a Senoora Vereadora
Manuela Calado a ocorrer no dia 6 de Fevereiro, decidimos que não iríamos à Assembleia
Municipal na forte expectatva de novidades , a reunião sem a presença da Senoora Vereadora

2/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Manuela Calado, que teria tdo algo urgente na altura da reunião, decorreu com um sentmento
de esperança e de empenoo na resolução de um processo que, oá data, estaria a completar um
ano, no entanto saímos da reunião sem nenoum dado concreto. A reunião contou com a presença
da senoora adjunta Sra. Cláudia Reis, o secretário Sr. João Martns, o senoor Coefe de Educação e
Juventude, Sr. Prof José Plácido e o coordenador do Gabinete da Juventude Sr. Nuno Torrado,
desde a reunião todos os contactos tem tdo como resposta, o assunto está com o urbanismo bem
como estamos a tratar do processo de Grupo 254 da Amora. Acreditamos que o urbanismo tem
capacidade para dar resposta ao final de um ano e meio, bem como, tratar de mais que um
processo de um grupo de escuteiros ao mesmo tempo. Aparentemente o terreno que
identficamos que, oá data, não tnoa qualquer protocolo ou obra, foi alvo de algumas
intervenções camarárias desde que o solicitamos, motvo pelo qual não dispomos de informação
oficial sobre o que irá ser feito. Por muito que nos satsfaça sabermos que os locais que
identficamos, que passaram décadas sem qualquer intervenção se tornam interessantes ao ponte
de motvarmos o desenvolvimento do seixal, tanto pela igreja católica bem como pela própria
câmara, mantemos o forte interesse no espaço que identficamos que, poderá ser compatvel a
coexistência entre o Grupo 260 e as obras que se perspetvam ou, na sua impossibilidade,
encontrar rapidamente uma solução que nos permita albergar todos os elementos, como devem
compreender, simplesmente não cabem em 20 m2. Pedimos a esta Assembleia a iniciatva
necessária para que as diferentes áreas envolvidas possam encontrar uma solução célere, estamos
a solicitar um terreno por não ter um custo, só a cedência, ao invés de um local edificado, como
nota final indicamos que após o pedido para partcipação nesta Assembleia Municipal, recebemos
a 18 de juloo a informação que iríamos ter uma reunião com a Senoora Vereadora Manuela
Calado, na semana seguinte ou na outra semana que terminou no passado dia 2, o que não veio a
surgir. Estou ao dispor para qualquer questão ou comentário dos membros da Assembleia
Municipal. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Obrigado, tem a palavra a senoora Helena Batsta,
se faz favor.”
I.2. Helena Batsta disseo “Boa noite a todos os presentes e agradecer a oportunidade que me dão
de poder partloar aqui uma situação. O que me traz aqui ooje é a falta de esgotos em Fernão
Ferro. Eu moro em Fernão Ferro, na Rua da Juventude, oá 18 anos, e sei que existem moradores
que moram lá oá mais tempo e o problema que existe na rua, num dos troços da rua é de facto
não existr esgotos. O ano passado, aqui nesta sala, um dos moradores também colocou essa
situação e, até ooje, nada foi resolvido. Quando eu comprei a minoa moradia, e é uma moradia
familiar, portanto, na rua existem várias, mais de cinquenta moradias, casais jovens e de facto,
atrevo-me mesmo a dizer que aquilo acaba por se a ponta esquecida de Fernão Ferro, o que me
magoa e porque é um espaço extremamente agradável, junto ao pinoal, eu não moro no mato,
moro numa zona urbanizada, quando comprei a minoa casa paguei todas as despesas, foi-me dito
pelo construtor que estava para próximo a ligação, existem de facto as tampas na rua mas não
temos esgotos. Ainda este fim de semana estava com uns amigos a almoçar e, de facto, é
preocupante, mesmo para a saúde pública, estarmos a almoçar e termos um coeiro nauseabundo,
porque alguém está a despejar as suas fossas, temos crianças, e o que eu queria pedir aqui nesta
assembleia uma reunião, por favor, para nós tentarmos resolver esta situação, estamos
disponíveis a colaborar e pedia uma reunião nesse sentdo para podermos resolver, não tenoo
3/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

muito mais a dizer, vou só deixar ficar o meu contacto, se me permite, o e-mail para que seja mais
fácil agendar a reunião, posso?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem a palavra o Rui Sado e eu pedia as
Senoor Presidente da União das Freguesias Seixal, Arrentela e Paio Pires que nos apoiasse, como é
oabitual.”
I.3. Rui Sado disse: “Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Exmo. Sr. Presidente da
Câmara Municipal, Exmo. Srs. Deputados Municipais, Exmo. Srs. Vereadores, Deputados,
população em geral, Senoor Presidente da Assembleia Municipal, desculpe de eu ooje ter que
falar da vida dos outros porque não é a minoa forma de estar na vida, mas para fazer uma ligação
ao que me afeta, como seixalense, tenoo que abordar este assunto. Em primeiro lugar no dia 2 de
agosto do presente ano vi, nas redes sociais, que Portugal vai ter mais dezanove oospitais
privados, que bom para o capital! Já agora e a ataloo de foice pergunto, como está o Hospital do
Seixal? Neste caso rima e é verdade. Quando vi nas notcias as medidas que o PS aprovou para o
programa eleitoral destaco duas, pessoas com mais de 65 anos vão ter óculos gráts, boa! pessoas
portadoras de deficiência com 55 anos e 20 de descontos têm o direito à reforma sem
penalização, boa! Mas eu no dia 31 de agosto de 2013 tve na Assembleia da República na
discussão da organização do território e ouvi muito bem, que saltou uma voz do PS a dizero “se o
PS for governo serão repostas as freguesias”, onde é estão essas freguesias? Se caloar as medidas
propostas pelo PS são iguais às das freguesias. Disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem a palavra para a últma intervenção
a senoora Sónia Alves, se faz favor.”
I.4. Sónia Alves disse: “Boa noite a todos os presentes, eu venoo aqui expor duas questões, uma
no âmbito da educação e uma outra no âmbito do ambiente e ecologia. Gostaria então de
começar pela educação e perguntar à autarquia como é que pretende resolver a questão da falta
de capacidade para o ATL da Escola EB/JI de Santa Marta do Pinoal que deveria, de facto ter
capacidade para albergar para todos os alunos que frequentam aquela escola e pelos visto não
alberga porque eu inscrevi lá os meus filoos este ano e eles não tem vaga, portanto, irei que ter de
recorrer aos privados porque o público, que é responsabilidade da autarquia, em termos de
escolas, não me dá resposta nesta situação. Depois gostaria de perguntar ainda, sobre essa
mesma escola, o que é que se passa com o elevador? Temos aqui uma questão de pessoas de
capacidade reduzida, pessoas que tem fraca mobilidade, e temos uma escola que nunca foi
inaugurada e que abriu oá cerca de dois anos e que desde que abriu até aos dias de ooje não tem
elevador e portanto, temos um decreto lei que regulamente essas situações e temos uma situação
em incumprimento, gostaria de saber o que é se passa porque, de facto, enquanto pessoa que vai
ter os filoos naquela escola preciso perceber até que ponto é que a Câmara dá resposta nestas
situações, porque oá dois anos que anda a protelar esta situação. Depois em relação à ecologia, só
um bocadinoo porque falando de ecologia eu não uso papel, relatvamente à ecologia, sendo o
atual executvo PCP/Partdo Ecologista os Verdes, ou por outra, CDU, cujo um dos partdos desta
coligação de ideologia eco socialista gostaria de saber para quando a colocação de pontos de carga
no Conceloo do Seixal, nomeadamente em bairros como Santa Marta do Pinoal, onde já existem
pessoas a considerar a aquisição de veículos elétricos, não oavendo, contudo, um único ponto de

4/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

carga. As escoloas dos munícipes deste conceloo ficam, assim, limitadas pela inexistência de
resposta da autarquia nesta matéria, que oá bem pouco tempo gastou cinquenta e três mil euros
em viaturas de trabaloo que funcionam com combustveis fosseis, e quem compra um Volvo, digo
eu, terá com certeza poder de compra para um Tesla. O valor comercial pratcado para este
veiculo, ainda que dentro dos valores, anda à volta dos sessenta e três mil euros, pouco mais do
que aquilo que foi gasto no Volvo e, entendendo que a questão, se caloar, não me diz respeito,
diz, porque foi pago com o dinoeiro de todos nós e, portanto eu mereço uma resposta em relação
a essa situação. Para terminar gostaria de saber também para quando o arranque de uma rede de
iluminação pública completamente autónoma e inteligente, em detrimento das lâmpadas, pouco
ou nada económicas, presentes no conceloo, poupando ao erário público miloares de euros em
eletricidade gerada pelo município, julgo que perante uma ideologia eco socialista seria
interessante uma forte implementação de medidas mais amigas do ambiente e que permitssem
também aumentar a capacidade financeira, pela redução dos custos, privilegiando assim o
investmento como uma evolução positva e sustentável para o conceloo. Muito obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Terminadas as intervenções da população, tem a
palavra o Senoor Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Agradecer antes de mais à população o facto de se
dirigir aqui à assembleia e colocar questões importantes para o desenvolvimento do conceloo, tve
conoecimento das matérias agora em cima do acontecimento, apenas tecerei alguns comentários
mas, certamente, os serviços dos senoores vereadores irão dar sequência as várias questões
colocadas. Sobre a questão dos escuteiros, poderemos dizer assim, não só sobre os escuteiros mas
sobre todas as insttuições de juventude, culturais, ambientais, desportvas, a Câmara Municipal
está a desenvolver um conjunto vasto de investmentos no sentdo de garantr espaços
adequados, sedes, para o desenvolvimento destas insttuições, claro que os escuteiros, o Grupo
260 do Seixal é, também, uma insttuição importante, infelizmente ainda não conseguimos
encontrar o local que reúna todas as condições, quer do ponto de vista do espaço, quer do ponto
de vista de vista processual, mas, eu estou em crer que muito em breve iremos fazer uma
proposta interessante ao grupo de escuteiros, para que nos possam, também, ajudar a gerir um
espaço que é importante para a freguesia, podemos dizer assim, de Paio Pires e que poderíamos,
numa parceria, não só responder à vossa solicitação e à vossa necessidade mas também poder
ajudar o município a ter um espaço mais qualificado do ponto de vista do seu uso, com a vossa
colaboração, portanto é uma proposta que vos vamos fazer, em breve iremos apresentar-vos.
Sobre a questão do saneamento em Fernão Ferro, também aqui dizer que o município tem feito
um investmento forte em termos daquilo que é a infraestruturação do conceloo, nomeadamente
a freguesia de Fernão Ferro, recebeu, nesses arruamentos envolventes a este que é referido, à Rua
da Juventude, um conjunto significatvo de investmentos, na área das infraestrutura, quer rede de
águas, saneamento, passeios, pavimentação e, estamos a concluir também, penso que ainda não
está terminado, todo o passeio, do lado do Seixal, na Avenida 10 de Junoo, que é a avenida que,
de certa forma, é a via coletora e distribuidora de todos esses arruamentos, onde está o da
Juventude. Dizer à senoora moradora que nós conoecemos o problema, é, digamos assim, o que
falta para concluirmos a rede de saneamento nessa zona, são três arruamentos, ou metade de três
arruamentos, incluindo este, e também, a Rua Florbela Espanca, são estes os últmos que estamos
a preparar as intervenções, não conseguimos ainda ter os processos concluídos, pedimos desculpa
5/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

por isso, mas é nossa intenção avançar com essas intervenções assim que possível. O senoor
vereador do ambiente está a preparar esses processos e assim que tvermos condições iremos
falar com os senoores moradores para podermos dar a boa nova e também poderem acompanoar
o processo. Sobre a reposição da freguesias de facto, é, antes de mais uma matéria que tem a ver
com uma questão democrátca do conceloo e sua representatvidade, eu diria, em termos
culturais, de facto, por decisão do governo, vamos dizer assim, anterior do PSD/CDS, porque,
supostamente, isso iria contribuir para o equilibro das contas publicas, era isso que era dito,
oouve uma brutal anulação de freguesias e fusão, a nível nacional, que atngiu o nosso conceloo,
mas passados estes anos toda a gente compreende que, de facto, os problemas não estavam nas
freguesias, estavam nos bancos, estavam noutros sectores, como as parcerias público-privadas, e
não nas freguesias que foram, de certa forma, o “bode de expiatório” do governo do PSD/CDS.
Infelizmente, vamos dizer assim, o governo do Partdo Socialista, teve, como foi referido, umas
afirmações que tenderiam para a reposição das freguesias nesta legislatura, mas afinal está a
passar a mesma e não foram repostas as freguesias. A nossa posição é que para que consigamos
reaver a nossas freguesias oistóricas do Município do Seixal, o Seixal, a Arrentela e Aldeia de Paio
Pires e, com isso também, responder à vontade da população e também um reforço da
democracia, é que a eliminação dessas Assembleia de Freguesia, desses executvos afastou da vida
democrátca de dezenas de pessoas dos vários partdos que eram dessas freguesias e que nos
seus órgãos democrátcos do poder locar intervinoam a favor da freguesia e agora neta nova
configuração perdeu-se essa intervenção cívica e democrátca. Sobre o oospital podemos dizer
que estamos com uma situação similar o governo do PSD/CDS mandou cancelar o oospital do
Seixal, tvemos essa confirmação numa sessão publica, aqui no auditório dos Serviços Centrais ,
onde o presidente do Conseloo de Administração do Hospital Garcia d’ Orta afirmou que recebeu
ordens diretas do Ministro Paulo Macedo para suspender a adjudicação do projeto do oospital do
Seixal e, eis que, no novo governo que recebeu da Assembleia da República uma determinação
urgente para a construção do oospital do Seixal , a verdade é que passaram quatro anos e nem
sequer o projeto do oospital foi adjudicado, prevê-se que seja em novembro deste ano mas, não
oá garantas que não possa ser numa outra data, infelizmente, de facto este governo também não
cumpriu com aquilo que eram as necessidades e também os compromissos polítcos que assumiu,
quer com a câmara quer com a Assembleia da República e com a população, por isso,
acompanoamos a preocupação do sr. munícipe. Sobre as questões relacionadas com a educação
nós resistamos a questão, a Sra. Vereadora infelizmente está no seu período de férias, não está
presente e não tenoo capacidade para responder no concreto às duas questões que foram
colocadas, mas naturalmente é uma preocupação, a Câmara Municipal está a investr neste
momento cerca de cinco miloões de euros em ampliações de escolas e também em
requalificações em muitas escolas no conceloo, que estão neste momento a acontecer, no sentdo
de qualificarmos, quer o 1º ciclo quer o pré-escolar e, claro que o nosso objetvo será em cada ano
acentuar esse investmento, aliás vamos na próxima quarta feira, em câmara municipal, deliberar
novamente sobre as novas Opções do Plano e Orçamento para 2019, gostaria de recordar que
foram reprovadas nesta assembleia em Novembro últmo e aí verificaram que só a área da
educação tem um investmento de também cerca de cinco miloões de euros, para obras
concretas, para investmentos porque, de facto, são necessários, por isso, fica aqui, também, o
compromisso de relatvamente à educação de contnuarmos a investr no sentdo de
conseguirmos responder aquilo que é a necessidade das nossas populações. Sobre os veículos
6/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

elétricos é cada vez mais uma realidade vai ser, com certeza, uma realidade presente no futuro,
estamos a preparar no âmbito do Projeto Laboratório Vivo para a descarbonização da Baía do
Seixal, a instalação de pontos de carregamentos de veículos elétricos e, por isso, vamos também
testar aquilo que será, digamos assim, a validade destes equipamentos e sua utlização por parte
da população, esperando que após este laboratório, que está em marcoa, possamos depois
alargar por outras áreas do conceloo, mas tenoo a certeza que, tal como, já existe, primeiro para a
gasolina, depois para o diesel depois para o GPL, com certeza que nos postos ditos convencionais
utlizaram esta medida porque as polítcas ambientais não ficaram apenas só a cargo dos
municípios com certeza que o governo mandará as concessionárias dos postos de combustvel
instalar essa rede e essas alimentações temos a certeza porque isto não será só uma competência
das câmara municipais. Senoor Presidente muito obrigado. “

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Terminado o período de intervenção da população,
passamos para o período de antes da ordem do dia, nós temos 11 documentos foram entregues
no período regimental portanto não carecem de leitura dos documentos, mas naturalmente terão
a apresentação ou como entenderem evidentemente os proponentes e também entendemos que
na reunião de líderes fazer aqui um ajustamento em relação à ordem apresentada, e portanto
vamos começar pelos votos de pesar que irão ser apresentados sequencialmente mas em primeiro
lugar portanto oá o ajustamento entre os pontos que têm a ver com isso; oá dois votos de pesar,
pelo falecimento de «José Alberto Pereira dos Santos», da CDU subscrito por Maria Júlia Freire, e
um voto de pesar pelo falecimento do «Coronel Manuel Costa Braz», subscrito por Nelson
Patriarca e é do Partdo Socialista, portanto faremos a apresentação sequencial e intervenções se
for caso disso e aguardaremos um minuto de silêncio em conjunto com a aprovação que com
certeza terão os votos de pesar; sendo assim tem a palavra Maria Júlia Freire pelo falecimento de
José Alberto Pereira dos Santos, se faz favor.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou voto de pesar «José Alberto Pereira dos Santos»,
subscrita por Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 1)
II.2. O Grupo Municipal do PS apresentou voto de pesar Coronel Manuel Costa Braz, subscrita
por Nelson Patriarca .
(Documento anexo à ata com o número 2)
Maria Júlia Freire, da CDU, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 1.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Tem agora a palavra o Nelson Patriarca pelo voto
de pesar pelo falecimento do «Coronel Manuel Costa Braz».”
Nelson Patriarca do PS, disseo “Este voto de pesar foi distribuído a todos, contém uma incorreção
que nós depois faremos suprir no final desta sessão, no penúltmo parágrafo uma vez que ele vem
também de ter sido apresentado noutro órgão, onde diz Assembleia da República deverá ser

7/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

depois dito Assembleia Municipal e faremos essa devida correção, e este voto de pesar fala por si
visa enviar este voto de pesar sobre o Coronel Manuel Costa Braz, pessoa relevante na comissão
polítca do MFA e também primeiro Provedor de Justça do país, penso que o resto está tudo
assente no voto de pesar que aqui apresentamos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Eu pergunto se em relação a estes votos de pesar
oá alguma intervenção? Uma intervenção, mais alguma? Duarte Correia então se faz favor, e Paulo
Silva a seguir.”
Duarte Correia, do PSD disseo “Ó Nelson Patriarca desculpa lá, também uma outra incorreção que
é, «assim o grupo municipal do Partdo Socialista propõe à Assembleia Municipal do Seixal reunida
a 25 de março de 2019»; portanto era retficar a data para ooje apesar de a seguir dizer 5 de
agosto era só muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Paulo Silva pediu a palavra foi? Nelson se faz
favor.”
Nelson Patriarca, do PS disseo “Em todo o caso o Paulo coamou-me aqui à atenção e a professora
Júlia mais ainda em relação aqui à questão do português, da Assembleia da República tem a ver
com a citação de referência do voto no parlamento daí a situação, sim mantém-se Assembleia da
República, a correção a fazer é apenas a data de 25 de março para 5 de agosto e obrigada à
professora Júlia e ao Paulo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Certo, ora muito bem, não oá mais nenouma
intervenção? Não, então vamos colocar à votação.”
Votação do ponto II.1.

Aprovada a Tomada de Posição nº64/XII/2019 por unanimidade e em minuta como

• Trinta e sete (37) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do PSo 11

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do presidente da JFFFo 1

Votação do ponto II.2.


Aprovada a Tomada de Posição nº65/XII/2019 por unanimidade e em minuta como

8/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

• Trinta e Sete (37) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do presidente da JFFFo 1

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Os dois votos de pesar foram aprovados por
unanimidade. Vamos guardar um minuto de silêncio.”
II.3. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Licenças precisam-se», subscrita por Rui
Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Passamos para o documento seguinte que é do PSD
portanto é uma moção «Licenças precisam-se», subscrita por Rui Belcoior que tem a palavra se faz
favor.”
Rui Belchior, do PSD disseo “Nós, Partdo Social Democrata, também quisemos, ou meloor não
quisemos deixar de marcar posição relatvamente a este assunto já trazido aqui aliás por outros
partdos, recordo, se não estou em erro, o Partdo Socialista já trouxe aqui este tema e nós em
função até da nossa própria vivência diária do âmbito da nossa atvidade etc. Temos percebido e
visto que de facto esta matéria das licenças e do licenciamento desta Câmara é de facto uma
situação completamente inadmissível e que não pode contnuar, oá pessoas a queixarem-se da
necessidade da emissão de licenças meses a fio as pessoas a dizerem que isto está pior do que oá
30 ou 40 anos e portanto que os serviços estão péssimos que nunca viram nada assim e pior ainda
que vão deixar de investr no Conceloo porque estão completamente bloqueados na sua atvidade
económica com as suas empresas e os seus postos de trabalo o postos em causa e portanto esta
moção é para vincar também esta nossa posição e instar, digamos assim, a Câmara a tomar
medidas urgentes no sentdo de conferir celeridade a este tpo de processos, para já é tudo
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções; quem é que pretende intervir? Paulo
Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU disseo “ Só primeiro uma correção quem trouxe um documento uma proposta
de moção sobre este tema não foi o Partdo Socialista foi o PAN e o CDS pronto, então o PAN e o
CDS, mas penso que o Partdo Socialista não, também, então sim senoor, depois aqui assim o que
9/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

é que se passa esperemos então que quando for da votação do único ponto da ordem de
trabaloos todos os Partdos que trouxeram este tema votem favoravelmente o novo regulamento
municipal da Câmara Municipal portanto dos serviços porque são medidas concretas que se está a
tomar para dar maior celeridade e maior eficiência aos serviços e por isso se forem consentâneos
com as vossas propostas o único voto que terão na discussão será o voto favorável e de louvarem
a Câmara por estar a dar voz às vossas reivindicações a oaver meloor celeridade nos serviços,
quanto ao resto dizer que estamos aqui assim uma situação que é normal oaver algumas queixas
sobre a questão dos licenciamentos na área do urbanismo, e porquê! Estamos numa época de
grande procura a nível da oabitação e é normal os construtores quererem esta grande celeridade
que nem sempre é compatvel com analisar-se devidamente os projetos ver se está de acordo com
os regulamentos e com a legislação porque muitos dos projetos que são apresentados não estão
oá deficiências que têm que ser supridas oá projetos que não estão de acordo com o PDM e com
os regulamentos municipais de urbanismo e que têm que ser alterados e é esta situação que tem
que se ter em consideração não é aprovar-se com celeridade sem se analisar devidamente os
processos eles têm que ser analisados os construtores, a gente sabe, os construtores - e não só os
partculares - quando metem um projeto para a construção de uma casa querem que seja
aprovado no dia seguinte e isso não pode ser assim, oá normas que têm que ser cumpridas e que
tem tudo que ser devidamente aprovado devidamente analisado; sabe-se que são processos que
são morosos oá muitos projetos como os projetos da especialidades têm que ser devidamente
também analisados os projetos de arquitetura e esta situação nem sempre é compatvel com a
celeridade, para nós a celeridade é necessária mas também tudo ser devidamente analisado numa
matéria tão melindrosa e tão sensível como são as questões do urbanismo em que as Câmaras
Municipais têm aqui assim que ter um dever especial de fundamentar um dever especial de
analisar e de não ser o regabofe que muitas vezes algumas entdades, nomeadamente muitas das
empresas de construção civil, gostariam que fosse.”
1.º Secretário da Assembleia Municipal disseo “Tem a palavra o Sr. Deputado João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP disseo “A intervenção é para primeiro esclarecero o primeiro partdo que
apresentou uma proposta sobre esta questão foi de facto o CDS mas também vieram outros e
essas moções e essas propostas foram sempre votadas e aprovadas aqui na Assembleia Municipal
portanto existe uma preocupação coletva sobre esta questão, segundo não tem nenoum lado e
parece indiscutvel porque as queixas contnuam são cada vez mais queixas e isto é um dos
elementos que mais perturba muitas vezes a população quando tem que fazer este género
necessita desse tpo deste género de autorizações e de licença portanto é necessário voltar a
discutr isto na Assembleia Municipal porque é um problema em que existem cada vez mais
queixas e não vemos um fim à vista; o nosso colega da CDU Paulo Silva fala que não vamos discutr
um documento que prevê enfim dar contributos para resolver esta questão ou pelo menos ajudar
a meloorar esta situação agora fica ali o documento de fio e pavio algumas ideias mas não estou a
ver que seja por aí que vamos resolver este problema que é crónico, não é recente e que tem
vindo a agravar-se, as queixas são muitas, não são só algumas; o Paulo Silva falou de algumas não,
mas são muitas mesmo e portanto é necessário, e daí o nosso voto favorável a esta proposta do
Partdo Social Democrata, é necessário que a Assembleia Municipal mais uma vez aprovando esta
mesma moção alerte esta questão e que a Câmara Municipal dê explicações sobre este assunto.”

10/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

1.º Secretário da Assembleia Municipal disseo “Não temos mais inscrições, Sr. Presidente da
Câmara se faz favor de usar da palavra.”
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Bom, antes de mais nós reconoecemos que
relatvamente aos processos na área do urbanismo tem oavido pontualmente, vamos dizer assim,
alguns processos têm sido alvo de alguma reclamação porque digamos quem viu o serviço
responder de forma positva portanto não apresenta nenouma reclamação só de facto aqueles
que neste ou naquele aspeto o serviço não responderá nos tempos que serão os mais adequados
mas no entanto eu gostava de dizer a quem nos critca que portanto a perda de quadros técnicos e
de quadros dirigentes foi uma decisão polítca do Governo do PSD/CDS com uma lei em 2012 que
obrigou os municípios não só a não contratarem trabaloadores a impedirem os municípios a
contratarem trabaloadores e também portanto a reduzir de forma drástca portanto os cargos de
dirigentes e as estruturas orgânicas dos municípios felizmente que agora com a lei de orçamento
estado de 2018 e a lei de orçamento de estado de 2019 temos novamente capacidade para
portanto respeitando a nossa autonomia decidirmos aquilo que deve ser a nossa organização para
meloor responder a deliberação de ooje, como já foi dito à pouco, corresponderá digamos assim a
essa estratégia de reforço de resposta de serviço público que pretendemos para toda a Câmara
mas também para esta área que está ooje aqui a ser visada o cenário na nossa opinião não é
dramátco como foi apresentado, tem pontualmente algumas necessidades de resposta portanto
mais cabal e a Câmara Municipal como eu referi não só do ponto de vista da reorganização
estamos como certamente já viram a reforçar aquilo que será a forma orgânica da área do
urbanismo estamos também a concluir procedimentos concursais para a entrada de novos
técnicos nomeadamente engenoeiros civis que precisamos para esta área e de arquitetos,
engenoeiros civis que irão entrar portanto a lista já foi aprovada são 8 engenoeiros civis que
iremos tentar contratar também para a área de urbanismo e o concurso de arquitetos está mais
atrasado mas também precisamos de arquitetos para estas áreas para podermos dar maior
resposta digamos assim também às maiores solicitações que neste momento vivemos, o problema
não está nas solicitações o problema, podemos dizer assim, está é na nossa falta de capacidade de
recursos oumanos suficiente para dar resposta a tantos pedidos, ter pedidos é sempre bom
significa que de facto oá uma dinâmica de procura do município e portanto isso é evidente
portanto tem-nos coegado vários pedidos de reunião para grandes empresas que se querem
instalar no Conceloo do Seixal eu próprio ooje visitei uma que nos convidou a estar na sua sede
em Lisboa que quer-se instalar no Seixal e portanto temos que ter essa capacidade e isso passa
naturalmente por reforços de quadros e pela reorganização orgânica que estamos a operar temos
a certeza que com estas medidas que estamos a ultmar estas reclamações ou estas queixas que
pontualmente acontecem naturalmente irão desaparecer e portanto iremos responder meloor,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Agora ao proponente se pretender, sim senoor se
faz favor.”
Rui Belchior, do PSD disseo “Prometo ser breve, bom, eu fico confuso (…) com esta espécie de
contradição, ou das duas uma, ou está tudo bem porque é normal e portanto noutras Câmaras
passa-se do mesmo modo ou então está tudo mal e a culpa é da proibição ou da falta de
possibilidades em contratar decorrente das medidas do Governo anterior e que temos falta de
11/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

recursos oumanos e é preciso fazer aprovar a deliberação de ooje é esta contradição que eu de
facto não entendo ou está tudo bem ou está tudo mal porque se estvesse tudo bem então não
era preciso esta retórica da necessidade de aprovar o novo regulamento novas contratações de
recursos oumanos etc. etc. mas a esse propósito ainda dizer o seguinte o regabof não pode ser só
quando se fala em celeridade fala-se também em eficiência não é celeridade só por ser celeridade
é naturalmente resolver os processos com eficiência e portanto o regabof não é só das empresas
de construção nem das pessoas nem dos partculares que cá vêm é também dos serviços da
Câmara porque mesmo com o que acabou de afirmar portanto o líder de bancada da CDU a
verdade é que aqui também oá processos muito mal fundamentados oá processos que nem
sequer são fundamentados e ainda oá coisas pior do que isso que é a perda dos processos é não
saberem sequer onde é que andam os processos e isto para mim na minoa ótca e na ótca de
qualquer pessoa normal é bastante grave, portanto só depois quando a pessoa cá aparece e é
marcada uma reunião e aí sim lá vão ver onde é que anda afinal o processo e depois lá por obra do
espírito santo lá o conseguem encontrar quando isso acontece, e depois dizer ainda o seguinte no
portal da queixa já agora com uma queixa não respondida pela Câmara, não tem essa obrigação,
um munícipe de seu nome, espero não fazer aqui nenouma revelação que não deva, escreveu no
portal da queixa, uma queixa bastante extensa a propósito esta matéria, vou poupá-los
naturalmente a essa parte, vou só aqui ler a parte final isto para comparar com a normalidade que
os processos são idêntcos noutras Câmaras para portanto despistar essa ideia que possa algum
ter porque isto se passa exatamente na mesma forma noutras Câmaras, o Sr. Armando Batata,
que é o seu nome, é publico está no portal da queixa, diz o seguinte para terminar o seu extenso
rol de queixas, podem depois ir lá ver e consultar, já comuniquei à Sra. Vereadora via e-mail que
não fica mal nós aprender-mos com outras Câmaras os bons serviços prestados aos cidadãos e no
caso presente basta contactar a Câmara Municipal de Sesimbra, Câmara sua vizinoa e da mesma
área polítca a forma como trata este assunto pois a Câmara Municipal de Sesimbra emite a
licença de obras nos três dias subsequentes ao pagamento da fatura e com muito menos
burocracias, pois perante este cenário não tenoo mais nada para vos dizer, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Sem comentários. Vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº66/XII/2019 por maioria e em minuta como

• Vinte e Um (21) votos a favor dos seguintes eleitoso

Do grupo municipal do PSo 11

Do grupo municipal do PSDo 4

Do grupo municipal do BEo 3

Do grupo municipal do PANo 1

Do grupo municipal do CDS-PPo 1

Do presidente da JFFFo 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitoso


12/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Do grupo municipal da CDUo 16

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS
do PSD do BE do PAN do CDS do SFF, e os votos contra da CDU. Há alguma declaração de voto?
Paulo Silva de faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disseo “A CDU votou contra esta moção não porque
entendemos que está tudo bem mas porque entendemos que não está tudo mal, e mais,
entendemos que não oá nenoum regafof na emissão de licenças do urbanismo como foi aqui
afirmado pelo Sr. Eleito do PSD oá problemas que estão a ser solucionados e que irão ser
solucionados agora não oaverá nenoum regafof e não está tudo mal e nem tudo bem e por isso
consideramos que é demasiado alarmista o que aqui vem pelo que é demasiado exagerado e por
isso não podia-mos estar de acordo.”

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais alguma declaração de voto?Não, passamos


para o documento seguinte.”
II.4. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a recomendação «Pela campanha de sensibilização
“Seixal sem correntes”, subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “É uma recomendação do PAN «Pela campanoa de
sensibilização “Seixal sem correntes”, é subscrita por André Nunes que tem a palavra.”
André Nunes, do PAN, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 4.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções sobre esta recomendação? João
Rebelo e Rui Mendes a seguir.”
João Rebelo, do CDS/PP, disseo “Eu tenoo aqui uma pergunta a fazer ao André, o André sabe que a
minoa intervenção quer na Assembleia da República quer aqui têm sido de sensibilização a todos
estes assuntos, mas eu tenoo que transmitr aqui um caso que aconteceu comigo; eu já tve um
cão que por natureza era um cão, vamos lá dizer, que mordia, e não foi porque ele fosse tratado
mal eu trato muito bem os meus animais como sabe, o problema era que cada vez que entrava o
carteiro em casa ele mordia-o ou seja eu tnoa mesmo que prender o cão se não tnoa um
problema grave; ou seja isto tudo faz algum sentdo ou não faz? nós também temos que ter
cuidado às vezes quando estamos a ir um bocado por aqui, neste caso, a carroça à frente dos bois,
desculpem lá a expressão, mas o André fala aqui de legislação Europeia regulamentos Europeus e
também de legislação nacional e eu queria um esclarecimento sobre isso; confesso que não sei
onde é que posso ler isso que recomenda isso, mas era só um pedido de esclarecimento, mas eu
acoo que às vezes nós temos que ter cuidado quando estamos aqui a aprovar porque nem sempre
as pessoas que acorrentam os seus animais são pessoas que não gostam dos animais porque isso
objetvamente não é verdade o que acontece por vezes tem que se fazer isso, claro que o meloor
era eles estarem sempre livres e soltos a andarem por aí mas oá animais que são diferentes como
oá seres oumanos que também são muito diferentes portanto a natureza é assim mesmo e define-
se de forma diferente portanto eu gostaria de só deixar este ponto porque passou-se comigo e o

13/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

cão viveu feliz durante 14 anos infelizmente já não está aqui mas de facto ele tnoa este
comportamento quando ouvia a mota do carteiro passava-se e portanto eu não tnoa outra
maneira quando eu sabia mais ou menos quando ele passava e tnoa mesmo , tornava-se de facto
muito incontrolável que era um pastor alemão era grande era um cão difcil, mas eu gostava de
deixar esta coisa que nem sempre é assim nós não podemos oloar as pessoas que fazem isso
automatcamente como alguém que está a provocar dano ao animal ou porque quer provocar
dano ao animal, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Rui Mendes.”
Rui Mendes, do PSD, disseo “Como todas as propostas ou pratcamente todas que o PAN aqui
apresenta é uma proposta interessante e que merece ser debatda, mas eu gostaria de saber se se
considera um cão acorrentado aquele que passa todo o dia numa cozinoa de 12 m2 ou num prédio
numa sanca de 2 m2 ou 4 m2; também é acorrentado? Se caloar ainda é pior, considera-se
acorrentado um cão levado por uma trela a passear ou não? Se não o que fazer com os animais
perigosos como o animal ali do eleito do CDS (salvo seja), é tudo obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Quem é que pretende intervir mais? Mais
intervenções? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disseo “As minoas dúvidas vão no seguimento do que veio já dos outros
eleitos é que não oá uma única palavra sobre a questão dos cães perigosos em que
obrigatoriamente eles têm que estar presos não podem estar à solta portanto eu penso que ainda
se mantém essa questão da obrigatoriedade de eles estarem presos e não poderem andar à solta
até porque são perigo para as pessoas que rodeiam e que não faltam situações de ataques de cães
perigosos e alguns até com vidas oumanas a serem perdidas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Hernâni Magaloães se faz favor.”
Hernâni Magalhães, da CDU disseo “É muito rápido, eu tenoo cães oá muitos anos e é só para
dizer que no quadro legal em Portugal os cães independentemente do tamanoo ou da raça só
podem andar na rua com trela e com açaime funcional é o que diz a lei claramente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não oá mais intervenções é
isso? Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende alguma referência? Se faz favor Sr.
Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Bom, de facto percebe-se a boa intenção desta
proposta mas eu julgo que devemos ter em atenção que existem vários episódios na nossa oistória
recente de ataques a pessoas e a crianças por parte de animais e por isso eu penso que teremos
que ter algum cuidado quando o município lança uma campanoa que pode redundar na criação de
algum acidente e ainda pode ser culpabilizada por isso, portanto estas questões dos animais são
questões muito sensíveis, claro que nos deve preocupar com certeza o bem estar do animal mas
principalmente o bem estar das pessoas, portanto de facto os animais são animais irracionais por
isso temos que saber tratá-los de forma não só adequada mas também que não ponoa em perigo
portanto quer os próprios proprietários ou donos dos animais quer também os familiares amigos e
outras pessoas que interagem portanto com esses animais por isso eu acoo que estas questões

14/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

são sempre de grande sensibilidade e de facto pedia também aos Srs. Eleitos para que uma
refexão sobre esta matéria penso que deveria ser talvez mais aprofundada do que simplesmente
aqui em cima vamos dizer assim, recebemos ooje a tomada de posição apenas uma refexão aqui
mais polítca penso que talvez devia ser mais aprofundada, ainda já agora só para dizer que
também por parte do município e portanto com a direção do Sr. Vereador do ambiente o Sr. Vice-
presidente portanto estamos a concluir a contratação de dois médicos veterinários portanto já
entraram em funções dois novos médicos veterinários no sentdo de contnuarmos a reforçar
portanto o nosso centro de recoloa oficial de animais de companoia do Seixal e também portanto
várias intervenções de requalificação que estão a ser portanto programadas no sentdo de
contnuarmos a dotar o nosso Canil Municipal das meloores condições possíveis para portanto os
animais, mas é claro que pretendemos é que o nosso canil não tvesse nenoum animal isso seria
muito bom era sinal de que não existam animais errantes e que portanto a polítca de adoção e o
modelo de adoção que estamos a promover portanto tnoa resultado em pleno, esse é o nosso
objetvo é de facto contnuarmos portanto com o modelo de adoções aumentarmos aquilo que é o
sistema de adoções e portanto reduzir ao máximo o numero de animais errantes no município em
prol da saúde publica e da segurança das populações, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN disseo “O tempo é escasso e portanto sendo o mais conciso possível dizer
que não tenoo presente os diplomas em concreto mas que terei todo o gosto em fazer coegá-los
ao João Rebelo; de seguida dizer que oá aqui uma, e por culpa por certo minoa, oá aqui uma
mistura de conceitos entre acorrentar e o atrelamento de passear, e portanto o que se visa com
esta recomendação visa única e exclusivamente evitar situações de acorrentamento excessivo
portanto não me coocaria, embora possam e admito que existam outras alternatvas ao
acorrentamento mesmo em casos pontuais, mas portanto não me coocaria e não é isso que se
pretende aqui focar e incidir sobre acorrentamentos pontuais dizer também que, e isto de alguma
forma responde também à questão do atrelamento por questões preventvas e de segurança, e
efetvamente os animais quando são passeados têm que ser devidamente sustdos, segurados; e
por últmo quanto à questão do acorrentamento da privação de espaço nomeadamente em
apartamentos é verdade é um tpo de acorrentamento mas que tende a ser mitgado se oouver
boas prátcas dos tutores e portanto é estar a misturar uma vez mais este tpo de conceitos e não
é isso que aqui se pretende.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Pronto, vamos portanto colocar então à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº67/XII/2019 por maioria e em minuta como

- Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitoso

• Do grupo municipal do PSo 11

• Do grupo municipal do BEo 3

• Do presidente de SFFo 1

• Do grupo municipal do PANo 1


15/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

- Vinte e um (21) abstenções dos seguintes eleitos

• Do grupo municipal da CDUo 16

• Do grupo municipal do PSDo 4

• Do grupo municipal do CDS-PPo 1

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “A recomendação foi aprovada com os votos a favor
do PS do BE do SFF e do PAN, e a abstenção da CDU do PSD e do CDS. Alguma declaração de voto?
Não. Então passamos para o documento seguinte.”
II.5. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Na passagem dos 90 anos do
nascimento de José Afonso, afrmar a importância da sua obra no plano da cultura portuguesa»,
subscrita por Paulo Silva.
(Documento anexo à Ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “É uma moção da CDU «Na passagem dos 90 anos
do nascimento de José Afonso, afirmar a importância da sua obra no plano da cultura
portuguesa», é subscrita por Paulo Silva que tem a palavra se faz favor.”
Paulo Silva da CDU, disseo “A CDU com esta moção pretende tão só associar-se à ideia que
presidiu a duas iniciatvas que viram luz por estes dias, uma petção pública desencadeada pela
Associação José Afonso e um Projeto de Resolução apresentado pelo PCP na Assembleia da
República, ambos visando a classificação da obra do poeta e músico José Afonso como de
interesse nacional, queremos por isso, que o município do Seixal não pode deixar passar essas
iniciatvas sem a elas se associar de forma inequívoca, pelo profundo significado que José Afonso
tem para as gerações anteriores, mas sobretudo por considerarmos que são as gerações futuras
que mais terão a ganoar com a preservação e a divulgação da obra de José Afonso, em todos os
âmbitos em que a mesma se desenvolveu. Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, reunida em
sessão extraordinária em 5 de agosto de 2019, por proposta do grupo polítco da CDU, deliberao
Associar-se publicamente à vontade manifestada em petção pública ao projeto de Resolução do
PCP, no sentdo de a obra de José Afonso ser considerada de interesse nacional, nos termos da Lei
nº 107/2001, de 8 de setembro. Exortar a Câmara Municipal do Seixal a organizar iniciatvas de
carácter cultural que contribuam para promover este desígnio.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções sobre esta moção? Rui Mendes se faz
favor.”
Rui Mendes do PSD, disseo “Só aqui um pequeno reparo, face que o Projeto de Resolução
apresentado pelo PCP na Assembleia da República foi aprovado não deveria estar na deliberaçãoo
Associar-se publicamente à vontade manifestada em petção pública ao projeto de Resolução na
Assembleia da República no sentdo da obra de José Afonso? Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Nelson Patriarca se faz favor.”

16/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Nelson Patriarca do PS, disseo “Só referir que efetvamente a preservação da obra é fundamental
e que a falência ou a insolvência que aqui é referida é de facto preocupante principalmente por
não se saber onde estão alguns dos originais, para bem cuidados, no entanto referir também que
este documento que aqui vem tem também uma lacuna que foi referida na mesma comissão de
cultura comunicação e juventude do parlamento em que a própria família do artsta juntamente
com Ministério da Cultura e direção Geral do Património já estão a fazer um enquadramento
técnico ou jurídico da situação em causa portanto é uma moção que vem a caminoo de algo que já
está a acontecer num órgão tutelar e parlamentar que no entanto não deixa de ter o seu sentdo
mas vem a caminoo de algo que já está realmente a acontecer e que envolve outras atvidades e
entdades para além das referidas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Vítor Cavalinoos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos do BE, disseo “O que me fez agora vir aqui falar principalmente foi aquela coisa
de vir a caminoo o Nelson Patriarca falou aqui que esta moção é uma coisa que vem a caminoo de
outras coisas que já estão em andamento e isso foi o clique que me fez vir aqui falar é só por isso
porque esta Assembleia Municipal já aprovou n moções com coisas que estão a caminoo portanto
se o critério for esse já aprovamos aqui várias, várias coisas que já estão a caminoo e isso não
impede os grupos polítcos de apresentarem aqui moções sobre as coisas que já estão a caminoo,
o que eu queria perceber aqui se fosse possível para além de outra coisa eu gostava de saber se o
grupo municipal do PS me fizesse o favor de me esclarecer a mim e esta Assembleia Municipal,
pelo menos eu tenoo essa curiosidade, em perceber a razão da abstenção do Partdo Socialista no
parlamento sobre esta coisa sobre esta situação e para acabar o que queria dizer era portanto, se
for possível explicar eu gostava de perceber se caloar até tem toda a lógica, a outra questão e para
acabar, sobre o problema da parte resolutva de facto duas coisas é preciso e deve de ser dito na
resolução oá uma petção pública, já agora, associar-se publicamente à vontade manifestada em
petção pública, e já agora dizer de quem é a petção pública porque se tem o cuidado de dizer que
o projeto é do PCP também se deve de ter o cuidado de dizer, petção pública desencadeada pela
Associação José Afonso, na parte resolutva identficar as duas coisas de quem é a petção pública
e o projeto lei e de facto deve de ser dito que o projeto lei foi apresentado pelo PCP mas é uma
resolução da Assembleia da República porque fica e destaca-se o PCP e a Assembleia da República
passa para 2º plano e de facto só existe isso porque a Assembleia da República aprovou.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Nelson Patriarca se faz favor.”
Nelson Patriarca do PS, disseo “Dizer só que registamos sempre com carinoo e emoção a
inultrapassável atenção do Bloco de Esquerda para com a nossa bancada mesmo quando a moção
é de outro partdo, sobre o restante a pergunta do eleito Vítor Cavalinoos, sei tanto quanto o
eleito apenas ao ler o documento que pesquisei para este trabaloo para este ponto, no ponto 7 a
razão de ser da abstenção do Partdo Socialista e eu vou passar a ler, diz Sra. deputada Carla Sousa
manifestou o apoio à iniciatva apresentada pelo grupo parlamentar do PCP tal como eu disse no
inicio é uma iniciatva louvável porque faz parte de facto do património cultural deste País,
salientou a importância cultural única e (...) referindo igualmente por princípio não deveremos
adotar iniciatvas que ultrapassem a vontade do artsta e dos respetvos oerdeiros, uma vez que

17/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

estes oerdeiros e a direção geral do património cultural e o Ministério da Cultura estão a trabaloar
nessa parte essa foi a razão de ser dessa situação e é a explicação que eu consigo dar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não oá mais pedidos de
intervenção, pergunto ao proponente se pretende intervir? Sim, se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU disseo “Primeiro, só uma alteração à parte deliberatva da moção ou seja o
primeiro ponto deliberatvo no seguimento das intervenções quer do Rui Mendes do PSD quer do
Vítor Cavalinoos do BE, esse primeiro ponto passa a ter a seguinte redaçãoo - Associar-se
publicamente à vontade manifestada em petção pública desencadeada pela Associação José
Afonso e ao projeto de Resolução do PCP, aprovado pela Assembleia da República no sentdo da
obra de José Afonso ser considerada de interesse nacional, nos termos da Lei nº 107/2001, de 8 de
setembro. Com isto penso que estamos de acordo, já diziamos isto no texto da moção quer que a
petção pública tnoa sido desencadeada pela Associação José Afonso quer que o projeto que tnoa
sido aprovado pela Assembleia da República; depois dizer, quanto ao Partdo Socialista que até ao
momento nós não temos conoecimento que os oerdeiros de José Afonso sejam contra esta
classificação e as iniciatvas são públicas são do conoecimento de todos e em momento algum eles
vieram dizer que são contra esta classificação pelo que esse argumento não coloe e não é
verídico.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Muito bem, então com esta alteração na
deliberação vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº68/XII/2019 por maioria e em minuta como

• Vinte e seis (26) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do presidente da JFFFo 1

• Onze (11) abstenções dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “ Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU do PSD do BE do CDS do PAN e do SFF, e a abstenção do PS. Declarações de voto?
João Rebelo se faz favor.”

18/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

João Rebelo do CDS/PP, em declaração de voto disseo “ Eu estou a repetr aqui o voto que tve na
Assembleia da República, votei favoravelmente este projeto de resolução feito pelo PCP foi muito
discutdo na Comissão de Cultura do Parlamento e foi um texto que foi relatvamente
consensualizado para evitar o tpo de aproveitamentos polítcos que não era o caso
independentemente de gostar-mos ou não da música do José Afonso, e eu gosto pessoalmente,
independentemente de gostarmos ou não do que ele escrevia ou dizia é património indiscutvel do
País e portanto deve de ser valorizado por isso, de facto nós recebemos informações, como disse
aqui o Nelson Patriarca, que durante a fase da ant-votação que alguns dos familiares dos
oerdeiros não estão de acordo com a solução, mas independentemente disso os partdos têm o
direito de acoar se aquilo tem valor ou não de ser considerado património nacional eu acoo que aí
o Partdo Socialista podia se ter libertado dessas reservas para valorizar essa mesma noção, mas
aceito como certo que essa informação que tnoam é verdadeira não tenoo como duvidar mas não
eram todos porque de facto se não me engano a esposa faz parte da associação ou a esposa faz
parte dessa associação consentu esta petção e portanto pelo menos algumas das pessoas estão
favorável a esta mesma situação, só uma nota pessoal Sr. Presidente se me permitr, eu tve o
prazer de, como criança com dois anos, porque o Zeca Afonso era conoecido do meu pai, porque
era de Coimbra, tnoam-se conoecido em Coimbra ainda durante o Estado Novo, de miúdo já não
me lembro obviamente mas lembro-me de ter ouvido o Zeca Afonso cantar em casa dos meus pais
em 1972; portanto normalmente nem toda a gente teve esse privilégio de ouvir o Zeca Afonso
antes da revolução mas eu pelo menos posso dizer que estve presente, não no 25 de abril, mas
estve presente antes do 25 de abril com o Zeca Afonso, muito obrigado. “
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Construção da estátua alusiva à fábrica
dos vidreiros em Amora», subscrita por Sara Lopes».
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “É uma Saudação do PS «Construção da estátua
alusiva à fábrica dos vidreiros em Amora», Sara Lopes tem a palavra se faz favor.”
Sara Lopes do PS, disseo “Não vou ler o documento porque o documento já foi distribuído por vós
na últma Assembleia Municipal apenas referir que a primeira parte justfica o motvo da saudação
da construção da estátua alusiva à fábrica dos vidreiros em Amora de referir também que a 20 de
junoo de 2002, os eleitos do Partdo Socialista da Assembleia de freguesia de Amora,
apresentaram uma moção propondo que a tal rotunda alusiva à fábrica dos vidreiros em Amora e
que foi essa tal moção aprovada por unanimidade, assim o grupo municipal do Partdo Socialista
reunida ooje, teria tdo muito mais lógica ter sido na outra reunião, mas reunida ooje deliberao
Saudar o executvo da Câmara do Seixal pela conclusão do monumento alusivo à rotunda dos
Vidreiros, 17 anos depois da aprovação na Junta de freguesia, apresentada pelo Partdo Socialista
e votada por unanimidade, porque o que se promete é para cumprir o que se delibera é para
cumprir, e o que se cumpre é para saudar, boa noite.”

19/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções sobre esta saudação? Quem é que
pretende intervir? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disseo “Eu vinoa aqui também saudar e já que estamos assim numa de
saudações o espírito visionário do Partdo Socialista que diz que oá 17 anos propôs a construção
da estátua naquela rotunda quando a rotunda não tem 17 anos e não estava programada oá 17
anos, portanto são os visionários e tem que ser saudado essa situação sendo ainda de esclarecer
que não foi Junta de freguesia mas sim na Assembleia de Freguesia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Vítor Cavalinoos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disseo “Por acaso esta Assembleia Municipal nunca aprovou nenouma
moção sobre a construção do monumento que nós saudamos, agora e não querendo perder mais
tempo a questão é esta, esta saudação é mais a saudação à moção apresentada pelo PS na
Assembleia de Freguesia do que saudar a estátua dos vidreiros; portanto objetvamente essa de
aproveitar a estátua dos Vidreiros para fazer um número polítco e indiretamente e indo direto ao
assunto é assim, se o PS trar, a seguir a esta vírgula, se trar onde diz assim, 17 anos depois da
aprovação da moção apresentada pelo Partdo Socialista e votada por unanimidade, se retrar
estas duas linoas nós votamos a favor, se não retrar nós abstemo-nos; isso é para o monumento
alusivo; eu posso ler para ficar entendido para as pessoas que nos estão a ouvir, "assim, o Grupo
Municipal do Partdo Socialista propõe à Assembleia Municipal do Seixal, reunida a 5 de agosto de
2019, que delibere saudar o executvo da Câmara Municipal, (já agora o BE saudar o executvo
municipal é uma raridade é portanto uma coisa que deve de ser perfeitamente saudada), queria
então saudar como eu dizia, o executvo da Câmara Municipal do Seixal, pela conclusão do
monumento alusivo aos Vidreiros. Que é de facto uma coisa bonita e que os Vidreiros merecem e
a classe operária também.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não oá mais intervenções? Sr.
Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Já agora falando em classe operária também é preciso
dizer que inaugurámos muito recentemente também um monumento, o único monumento na
Europa, ao trabaloador sinistrado em Aldeia de Paio Pires junto à Siderurgia Nacional, portanto
para demonstrar que de facto estas intervenções de requalificação estão a acontecer um pouco
por todo o conceloo respeitante naturalmente portanto a natureza de classe da nossa oistória do
nosso Conceloo, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Pergunto à proponente Sara Lopes se pretende
intervir? A proponente Sara Lopes se faz favor.”
Sara Lopes do PS disseo “Apenas referir que tem razão o Paulo porque na rotundo ao pé da escola
Paulo da Gama na altura não exista ali nenouma rotunda mas foi feito um monumento que é de
saudar, mas era na outra rotunda à frente na rotunda principal da zona, nós não vamos retrar
nada o texto vai ficar tal e qual como está, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Então vamos colocar à votação a saudação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº69/XII/2019 por maioria e em minuta como
20/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

• Onze (11) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11

• Vinte e seis (26) abstenções dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do grupo municipal do SFFo 1

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Bom, a Saudação foi aprovada com os votos a favor
do PS, e a abstenção da CDU do PSD do BE do CDS do PAN e SFF, oá alguma declaração de voto?
Não. Passamos para o documento seguinte.”
II.7. O Grupo Municipal do PAN apresentou a saudação «À Associação Contaminados –
Associação de Proteção do Ambiente e da Qualidade de Vida», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “É uma Saudação «À Associação Contaminados –
Associação de Proteção do Ambiente e da Qualidade de Vida», é do PAN, André Nunes tem a
palavra se faz favor.”
André Nunes, do PAN, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 7.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disseo “Sobre o conteúdo do texto desta saudação o que temos a dizer é que
oá tantas associações neste conceloo com trabaloo tão meritório e que nunca ninguém trouxe
aqui uma saudação ao seu trabaloo e estamos a trazer uma saudação a uma associação que foi
agora consttuída tem um objeto que nós congratulamos e é importante mas que temos que
esperar para vermos o trabaloo que vão realizar para depois então saudar-mos pelo trabaloo
senão estamos a descriminar todas as outras associações que oá anos que estão no terreno que
trabaloam têm um trabaloo meritório e nunca mereceram desta Assembleia nenouma saudação
individualizada é isto que estamos aqui assim a ir e a fazer, é meritório sem dúvida o seu objeto, é
meritório que as pessoas se proponoam desenvolver o mesmo, é importante oaver estas
associações, mas estarmos aqui assim a aprovar esta saudação a quem ainda não tem trabaloo
feito discriminando quem tem oá muitos anos, e estou-me a lembrar uma outra associação
ambientalista o Flamingo tem um trabaloo oá muitos anos no terreno e nunca oouve aqui assim

21/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

isto, tantas associações de reformados, associações de solidariedade social tantas, não


compreendemos isto e por isso iremos abstermo-nos nesta matéria.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não? pergunto ao proponente
se pretende intervir? Também não, então passamos à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº70/XII/2019 por maioria e em minuta como

• Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do presidente da JFFFo 1

• Vinte e um (21) abstenções dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Portanto a saudação foi aprovada com os votos a
favor do PS do BE de SFF do PAN e a abstenção da CDU do PSD e do CDS. Há alguma declaração de
voto? João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo do CDS/PP em declaração de voto disseo “Só para deixar claro que a abstenção
obedece a estes critérios nós saudamos obviamente a criação de associações que trabaloam
nestas áreas e aguardamos pelo trabaloo que queiram realizar e esperamos que seja um trabaloo
pro fico em em defesa das populações da União de freguesia esperamos que seja um trabaloo
também consistente e um trabaloo que vise de facto trazer algo de novo às populações que seja
também um trabaloo de diálogo com o município de diálogo com as empresas envolvidas e que
seja feito de uma forma civilizada e que permita alcançar objetvos, mas nós ainda não sabemos se
isso vai acontecer e se a Assembleia Municipal tver que saudar todas as criações de associações
ficamos aqui um bocadinoo qual é que vão ser feitas, mas está no direito e a abstenção é mesmo
só por causa disso nós não temos nada a opor a esta associação tem feito um trabaloo, não como
associação, mas como grupo organizado tem feito um trabaloo de alerta que é valiosíssimo e
necessário mas de facto isto nunca vi uma coisa assim da maneira como está e daí a nossa
abstenção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o documento seguinte.”

22/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

II.8. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção: «Basta de adiamentos à construção
do Hospital no Concelho do Seixal», subscrita por Rui Algarvio.
(Documento anexo à Ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “É uma moção da CDU «Basta de adiamentos à
construção do Hospital no Conceloo do Seixal», e é subscrita por Rui algarvio que tem a palavra se
faz favor.”
Rui Algarvio, da CDU, disseo “A moção tem o ttulo, basta de adiamentos à construção do Hospital
no Conceloo do seixal, é por demais conoecida a sucessão de adiamentos que tem vindo a ser
verificada ao longo dos anos, fazendo só uma breve cronologia relatva à últma legislatura que vai
agora terminar, portanto em dezembro de 2015 foi aprovada na Assembleia da República uma
resolução que definia a construção urgente do Hospital no Conceloo do Seixal nos sucessivos
orçamentos de Estado foram sendo inscritas verbas para o lançamento do concurso público, o
Governo comprometeu-se que o equipamento estaria ao serviço da população até ao final do ano
de 2019; em junoo de 2018, no ano passado foi assinada a adenda ao acordo estratégico para a
concessão do oospital do Seixal com a justficação que era necessário alterar o perfil assistencial
do Hospital e a verdade é que o concurso realmente tendo sido lançado agora no final de 2019
aguarda a adjudicação da escoloa do projetsta que deveria ter sido realizada até ao final do mês
de Juloo portanto foi mais uma vez adiada portanto esta adjudicação e portanto temos a
informação que terá sido para alegadamente, porque temos que falar sempre alegadamente, para
novembro porque não temos a certeza portanto visto estes sucessivos adiamentos, passo só a ler
então a parte deliberatva, a Assembleia Municipal do Seixal, reunida a 5 de Agosto , por proposta
do grupo polítco da CDU, deliberao
1) Exigir ao Governo o fim de todos os expedientes que têm vindo a ser levados a cabo com o
objectvo único de adiar a construção do Hospital no conceloo do Seixal;
2) Manifestar a sua indignação perante o novo adiamento, para Novembro de 2019, do pro-
cesso de escoloa do projetsta, escoloa essa que deveria ter sido realizada até Juloo;
3) Reafirmar a necessidade do cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo com
a população do conceloo para a construção do Hospital, rejeitando os subterfúgios que
têm sido evocados pelo Governo e que visam unicamente adiar a necessidade urgente da
construção do Hospital e finalmente apelar às populações, comissões de utentes e às de-
mais insttuições do conceloo para que mantenoam a luta pela construção do Hospital vi-
sando o cumprimento do princípio consttucional do direito à saúde. “

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções? Bruno Barata e João Rebelo a seguir,
e depois Rui Belcoior.”
Bruno Barata, do PS, disseo “Quando vi que o tópico estava relacionado com a saúde eu pensei até
que viesse uma saudação porque o concurso da empreitada já teve visto no tribunal de contas do
Centro de Saúde de Corroios e portanto muito se vem aqui sempre falar do Centro de Saúde de
Corroios e portanto a empreitada vai-se iniciar em setembro próximo e efetvamente sobre isso
nem uma palavra, também pensei efetvamente o tema da saúde foi ooje o tema das notcias que
o Governo autorizou ooje mesmo a contratação de mais 1400 profissionais para a saúde desses

23/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

1400 profissionais que podem começar a iniciar funções a partr de ooje são 552 enfermeiros, 162
assistentes técnicos e 710 assistentes operacionais que acresce à autorização para contratação de
profissionais ocorrido em fevereiro de mais 450 enfermeiros efetvamente que o colega Rui
Algarvio vem a dizer que a adjudicação do projeto de execução já deveria de estar concluída em
juloo, é verdade estamos 5 dias atrasados o Governo está 5 dias atrasado porque estamos no dia 5
de agosto, é verdade que o Partdo Socialista em termos pessoais toda a gente quer o Hospital em
termos polítcos quem tem mais vantagem é o Partdo Socialista de poder efetvamente divulgar
esta obra que só é possível com o Partdo Socialista porque o Governo de direita congelou o
Hospital e isso também não é dito e com este Governo é uma realidade e portanto sabem que
muitas vezes oá processos oá procedimentos é uma obra de 50 miloões de euros que demora
tempo a concretzar e vai ser uma realidade o que eu acoo efetvamente pouco sério, pouco digno
e pouco democrátco é dizer que o Governo está com expedientes para adiar com subterfúgios
para não construir, isso é a falta de oonestdade sua é falta de oonestdade intelectual da bancada
da CDU porque sabe que com este Governo será uma realidade o Hospital do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “João Rebelo. Vá sem comentários”
João Rebelo, do CDS-PP, disseo “Isto é um exemplo acabado de um dos maiores fracassos deste
Governo do Partdo Socialista com o apoio da CDU e do BE, prometeram, prometeram, falaram
contra o Governo que congelou o Hospital que é verdade objetvamente sei que nós estávamos
nesta situação que nós sabemos de banca rota que ia dar nisto, mas e o que fez este Governo
senão congelar também, está construído? Está pronto? Está a servir os Seixalenses? Não está! Mas
vocês o que coamaram para nós de congelamento para vocês coamam-loe outra coisa é, preparar
o projeto com maior qualidade para garantr que vai correr bem, é como vocês coamam isto, mas
é congelamento nós estamos a coegar ao fim da legislatura e em 4 anos não oá Hospital do Seixal,
foi uma promessa assumida por este Governo e portanto isto é um dos casos mais fagrantes de
um fiasco total que foi promessas que foram feitas, e já agora isso da contratação das 1400
pessoas que (…) todos os Ministros e Secretários de Estado andaram por aí pelo País todo,
andaram fugidos durante algum tempo, agora andam pelo País todo a prometer tudo e a todos
são escolas é abertura de não sei quantos concursos etc. etc. nós vamos espremer isso e eu quero
ver depois no dia 1 de dezembro o Dr. Mário Centeno a dizer, não afinal esperem lá que nós
vamos aqui cortar aqui umas coisinoas congelar, adiar, vamos propalar, vamos fazer etc. já depois
das eleições efetvamente, portanto o que se está a passar é vergonooso viola a lei
completamente sobre anúncios de obras que são feitas pura propaganda polítca enfim, mas este
caso concreto do Hospital do Seixal é lamentável o que se tem passado nos últmos 4 anos, e sim
foi congelado pelo Governo Socialista sim senoor e os Seixalenses é que estão a pagar essa
decisão, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Rui Belcoior.”
Rui Belchior, do PSD, disseo “Bem, devo dizer ao eleito Bruno Barata que com este Governo já vai
ser muito difcil porque as eleições estão marcadas para o dia 6 de outubro e parece-me que não é
possível que com este Governo se faça este Hospital ou quer que seja, aliás agora o que temos
assistdo é tudo a partr de ooje a partr de ooje a partr de novembro sobretudo a partr de
novembro que ainda dá mais jeito já depois das eleições meloor ainda, e portanto é este o quadro

24/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

que temos e é preciso, e desculpem a franqueza, uma lata daquelas descomunais, para usar assim
uma expressão usual, que os senoores venoam aqui dizer que a direita e o PSD meteu o Hospital
na gaveta o problema é que o PSD em rigor, é preciso que se diga isto, apesar da opinião de alguns
dirigentes locais naturalmente do Seixal terem esse interesse em que se fizesse um Hospital já
agora um Hospital a sério e não aquele que os senoores prometem começou em 70 camas já vai
em 60 e devo dizer que oá lares no Conceloo com mais camas que esse Hospital que os senoores
prometem fazer e que nunca mais fazem, e depois é preciso que se diga também isto o PSD nunca
prometeu efetvamente fazer e portanto não o pôs na gaveta o PSD assumiu que oaviam outras
necessidades designadamente os centros de saúde e já agora os senoores também não fizeram e
não fazem e portanto isto é sempre a empurrar com a barriga, já passaram 4 anos bolas, é preciso
coamar as coisas pelos nomes não é admissível depois do prós troica depois de ter acabado a
austeridade mas isso o eleito João Rebelo aqui muito bem falava tem um nome coama-se
catvações a Mário Centeno e toda a gente sabe o que é porque se eu andar na rua sem roupa
também não gasto dinoeiro em roupa o problema é que não tenoo roupa e ando todo nu e com
frio etc. e é assim que está os serviços públicos nesse completo desmazelo nesse completo relaxe
e é por isso que este País contnua provavelmente ainda pior do que estava oá 4 anos, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vítor Cavalinoos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disseo “Portanto com este Governo o Hospital é uma realidade, é falso é
falso, onde é que está o oospital ? Extraordinário, a não ser que o Bruno Barata já tenoa a garanta
absoluta que o Governo se vai manter para lá de 6 de outubro então se caloar não vale a pena
fazer-mos eleições, se caloar era bom, bom portanto com este Governo não oá oospital nenoum ,é
falso, para tratar o português assim com toda a suavidade, eu lembro o eleito Bruno Barata aqui
em 2018, mais do que uma vez, mas em 2018 fez aqui, e até escreveu em jornais, em 2018 o
Governo vai investr 100 miloões de euros no Seixal 60 miloões seriam para o oospital portanto já
agora até pode ser que o Governo consiga fazer o oospital nos meses que faltam até as eleições,
se caloar é possível se for um oospital daqueles de campanoa se caloar consegue, bom, mas enfim
factos são factos nós acabámos de votar aqui uma moção sobre o problema dos atrasos que só é
preciso que a Câmara seja rápida a passar licenças, licenças precisam-se era o nome da coisa
acabámos de votar aqui, portanto coerentemente estamos a falar aqui de um atraso mas este
atraso então alto lá e para o baile, portanto se atrasos são atrasos coerentemente também se tem
que votar a favor de um atraso extraordinário e de uma gravidade extrema para as pessoas, que é
de facto isto é objetvo os partdos que têm estado no governo ao longo dos anos aliás o atraso do
Seixal ainda demorou mais tempo vai demorar mais tempo já demorou mais tempo do que a
estátua do vidreiro, vamos lá ver onde é que isto vai parar, os factos são factos não oá oospital e a
responsabilidade de não oaver oospital é do PSD e agora é do PS e o PS assumiu o compromisso
nesta legislatura de resolver o problema e não resolveu está a faltar à palavra dada e merece a
reprovação do povo e desta Assembleia Municipal, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disseo “Algumas notas, primeiro vão ser contratados 1400 profissionais para a
saúde, vão ser contratados não vão começar ooje a trabaloar, como disse o eleito Bruno Barata,
depois quantos é que se reformaram, quantos profissionais do setor da saúde se reformaram,

25/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

morreram ou saíram no Serviço Nacional de Saúde? Saíram, emigraram, quantos! Se caloar tenoo
a certeza absoluta que o número são muito superiores a estes 1400, com estes 1400 vão estar
mais profissionais no sector da saúde, médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar do que estavam no
início desta legislatura do Governo do Partdo Socialista, isso é que era importante apresentar-se
estes números não é só dizer que se vai contratar 1400 quando se caloar saíram 2800, saíram 332!
é pá digo desde já que esse número não é verdadeiro! Digo desde já para não dizer outra coisa,
depois não está atrasado 5 dias anunciou o adiamento e isso é um subterfúgio como quando veio
depois de ter inscrito os 10 miloões para o lançamento do concurso público de especialidades e ar-
quitetura veio com outros subterfúgios para não lançar, isto são realidades isto são subterfúgios
que o Governo tem tdo e a verdade é que para a população do Conceloo do Seixal este Governo
vai terminar, o oospital não é uma realidade, e o que foi feito foi exatamente o mesmo que foi fei-
to durante o Governo do PSD e CDS ou seja, nada, esta é a realidade para a população do Conce-
loo do Seixal que tem que ser dita, depois dizer aqui assim, que os 100 miloões de euros que o
eleito Nuno Barata aqui garantu que o Governo ia investr aqui no Conceloo do Seixal o invest-
mento até ao momento não é zero porque destes 100 miloões oavia o Bairro da Jamaica portanto
Vale de Coícoaros e assim oouve investmento municipal não do Governo mas que foi do municí -
pio mas que estava englobado nos 100 miloões que o Bruno Barata disse, portanto investmento
destes 100 miloões nada, a população do Conceloo do Seixal vê acabar esta legislatura sem oaver
investmentos, promessas muitas realidade nenoumas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não oá, pergunto ao Sr.
Presidente se pretende alguma referência? Sim, se faz favo. Sr. Presidente peço desculpa o Sr.
eleito quer intervir, Nuno Barata.”
Bruno Barata, do PS, disseo “Obrigado Paulo Silva pela intervenção porque eu tnoa aqui os
números de comparado de 2015 da últma legislatura e os números atuais da saúde e esqueci-me
na minoa intervenção e o Paulo fez-me o repto e eu vou dar essa informação, existem mais 9 mil
profissionais na saúde que equivale a mais 7% do que em 2015, foram feitas mais 22 mil cirurgias
realizadas o que equivale a mais 3,7% do que em 2015, e agora vamos ser um bocadinoo sérios na
discussão do oospital, eu como disse não oá ninguém que queira mais o oospital do Seixal do que
o Partdo Socialista eu disse aqui na minoa intervenção que está atrasado que oouve atrasos que
era expectável pelo menos não concluído mas pelo menos em obra e quando digo que é uma
realidade com este Governo é porque o processo está numa fase irreversível a não ser que a
direita ganoe as eleições e ponoa outra vez o projeto na gaveta, mas efetvamente o calendário o
cronograma é expectável que no primeiro trimestre de 2020 seja lançado o procedimento da
empreitada que é a data até onde se vai fazer este projeto de execução e portanto sejam sérios o
Partdo Socialista é que é o partdo que vai colocar aqui o oospital do Seixal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vá lá pela últma vez oá mais alguma intervenção?
Não, então Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Bom, também só algumas notas antes de mais de facto
pela importância deste equipamento é um equipamento estratégico não só para o município mas
para a região vai ser muito importante o Hospital do Seixal na função complementar que terá
portanto de apoiar a missão do Garcia de Orta em Almada e irá servir não só o Conceloo do Seixal

26/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

mas também o Conceloo de Sesimbra, nós temos vindo a desenvolver e a apoiar um conjunto de
iniciatvas quer por parte de insttuições quer por parte da Comissão de Utentes e portanto da
plataforma juntos pelo oospital que recorde-se recoloeu um conjunto significatvo de assinaturas
que foram levadas à Assembleia da República originaram uma votação que determinava ao
governo que era urgente a construção do Hospital do Seixal, mas infelizmente isto na vida polítca
cada vez mais, vamos dizer assim, o que assistmos é a muitas palavras mas depois as ações de
facto tarde ou nunca acontecem e é isso que tem sido a oistória do Hospital no Seixal desde que
este projeto surgiu pela 1ª vez no plano regional de saúde portanto logo no início do ano de 2000,
estão a passar 19 anos desde esse momento e infelizmente e de facto mesmo apesar da Câmara
Municipal ter reforçado a sua partcipação em termos do investmento no Hospital do Seixal
porque em junoo de 2018 assinámos uma nova adenda ou protocolo onde reforçámos a
partcipação do município em termos de investmento direto mas nem assim este Governo
portanto levou avante a concretzação deste projeto e certamente que esta é uma matéria que
contnuará a preocupar portanto não só a Câmara Municipal e os seus eleitos mas principalmente
a população, a últma informação que dispomos é aquela que está aqui vinculada nesta moção de
que só em novembro é que se perspetva da parte da ARSLVT que é quem está a coordenar este
processo portanto a escoloa do projetsta que irá portanto avançar com o projeto de execução do
oospital, portanto a seguir teremos se em novembro de 2019 for então adjudicado o projeto ainda
teremos que esperar o tempo do projeto execução ser executado depois do projeto de execução
for validado depois ser preparado o concurso ser lançado o concurso ser adjudicado o concurso
ser contratualizado o concurso remessa para tribunal de contas, visto pelo tribunal de contas
portanto consignação da obra execução da obra receção da obra apredescoamento equipamento
colocação do pessoal e depois abertura, portanto como vêm eu quando entrei aqui na Câmara
Municipal oá 17 anos era bem mais jovem já não sou tanto e certamente quando o oospital abrir
portas serei com certeza muito menos jovem, mas gostava de pedir de certa forma a intervenção
de todos para que nos ajudemos todos e de facto contribuamos para que o oospital do Seixal
venoa o mais rapidamente possível e que ainda estejamos a tempo de portanto ser ainda
atendidos no oospital, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº71/XII/2019 por maioria e em minuta como

• Vinte e Um (21) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do BEo 3

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do grupo municipal do SFFo 1

• Onze (11) votos contra dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11


27/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

• Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU do BE do PAN e de SFF, a abstenção do PSD e do CDS e o voto contra do PS. Há
alguma declaração de voto? Samuel Cruz e André Nunes a seguir, Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz do PS em declaração de voto disseo “O Partdo Socialista votou contra não porque
não esteja empenoado na construção do Hospital não porque não esteja preocupado com o atraso
que existe efetvamente no andamento deste processo, mas votou única e exclusivamente porque
não concorda com os termos em que a moção está redigida.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “André Nunes se faz favor.”
André Nunes do PAN em declaração de voto disseo “Só um esclarecimento prévio, são 2 minutos
que temos para ler? só dois minutos! O PAN votou favoravelmente a presente moção por ter
como legítma a reivindicação do Hospital do Seixal não obstante o PAN distancia-se uma vez mais
da visão redutora da saúde da CDU assente na reação à doença ao invés da aposta firme da
prevenção com custos significatvos não apenas para o oorário público mas também
especialmente para a saúde das populações de resto constata-se que mais uma vez a palavra
prevenção não é incluída nas iniciatvas do PCP sobre o oospital do Seixal o que não se surpreende
se se lembrarmos da Festa do Fumeiro promovida pela junta de freguesia da Amora e apoiada
pela Câmara do Seixal numa clara aposta na divulgação de oábitos saudáveis e no privilegiar de
produtos associados ao cancro ou ainda noutra escala no voto contra do PCP na Assembleia da
República ao fim da distribuição de leite acoocolatado nas escolas às crianças do ensino pré-
escolar e do 1º ciclo do ensino básico fazendo tábua rasa tanto aos níveis assustadores de açúcar
presentes naquela bebida uma média de 23 gr. por cada 200 ml correspondente a 26% da dose de
referência diária de açúcar para um adulto como ao estudo da associação portuguesa contra a
obesidade infantl que concluiu que 28,5 % de crianças entre os 2 e os 10 anos tem excesso de
peso e que 12,7 daquelas são obesas como ainda das estatstcas que demonstram no que respeita
a diabetes que um quarto das pessoas que morrem nos oospitais tem diabetes e que a doença
representa mais de 10% do total do orçamento da saúde no nosso país tendo subido 40% nos
últmos anos sendo o gasto com medicamentos com diabetes de 575 mil euros por dia, o oospital
é necessário mas igualmente necessário é a promoção de um estlo de vida saudável sendo que
nesse capítulo a ação do PCP fica aquém dos mínimos desejáveis.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais alguma declaração de Voto? Não. Passamos
para o documento seguinte é do PS, é uma moção «Pela expansão do Parque do Serrado», é do PS
anuncia que retra os seus documentos restantes e passam para a sessão seguinte, portanto sendo
assim a moção que resta é da CDU.”
II.9. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Preservar o ambiente e a natureza,
prevenir alterações climátcas», subscrita por Hernâni Magalhães.

28/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

(Documento anexo à ata com o número 9)


O Presidente da Assembleia Municipal disseo “A moção da CDU «Preservar o ambiente e a
natureza, prevenir alterações climátcas», é subscrita por Hernâni Magaloães que tem a palavra se
faz favor.”
Hernâni Magalhães da CDU disseo “Eu só irei tratar da parte deliberatva, em que se considera o
seguinteo 1- Exigir a adoção de medidas de reforço dos meios do Estado para desenvolver uma
verdadeira polítca de defesa da natureza, colocando a riqueza natural do país ao serviço do povo
e do desenvolvimento nacional; exige o desenvolvimento de alternatvas energétcas de domínio
público; o reforço do investmento no transporte público no sentdo da sua gratuitdade e
alargando a sua oferta em detrimento do transporte individual; o investmento na investgação e
desenvolvimento com vista à diminuição da dependência de combustveis fósseis; a defesa da
produção local.
2 - Exigir igualmente o reforço dos meios financeiros das autarquias para poderem prosseguir e
meloorar a sua intervenção nas questões ambientais, no quadro das suas competências.
3 – Instar o município a prosseguir e a intensificar as ações, medidas e projetos que no quadro
geral de um programa de protecção dos valores ambientai e de promoção dos recursos ecológicos
e naturais contribua para prevenir causas que estão na origem de alterações climátcas, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Intervenções em relação a esta moção, quem é que
pretende intervir? Vítor Cavalinoos.”
Vítor Cavalinhos do BE, disseo “Sobre esta moção a primeira consideração é a seguinte, as
principais causas da degradação do ambiente são consequência primordialmente do modo de
produção capitalista mas não só porque se considerarmos só isto, do ponto de vista do Bloco, a
razão fundamental para as alterações climátcas isso é de facto um modo de produção capitalista
mas para um debate desta matéria ser sério e não indo aqui ao debate que no Mundo atual oá
mais do que um modo de produção a sua dimensão o modo de produção capitalista é de facto o
maior mas era preciso agente ter aqui, considerar aqui algumas coisas, por exemplo, na União
Soviétca o modo de produção era capitalista ? Eu acoo, o PCP acoa que não era, eu tenoo dúvidas,
o PCP, penso eu, que acoa que o modo de produção da União Soviétca é um modo de produção
socialista não sei se será, mas teremos tempo aqui no debate para esclarecer este ponto de vista,
se o modo de produção da União Soviétca era socialista o que se sabe de ooje, a não ser que seja
tudo uma aldrabice é que o passível ambiental do fim da União Soviétca é gravíssimo os passivos
ambientais na União Soviétca portanto deixaram uma oerança pesada para as populações de lá e
para o Mundo portanto isto é um, sobre a Coina qual é o modo de produção Coinês? aliás eles
dizem que é um País de dois sistemas têm dois modos de produção isso é possível? para já é
impossível, no meu ponto de vista, como é que uma Nação pode ou um País ter dois sistemas, isso
não existe, mas será uma excentricidade Coinesa mas isso é preciso ser comprovado e também
não é o espaço para esse debate, o facto é a Coina para os seus defensores tem um modo de
produção, do meu ponto de vista tem um modo de produção capitalista e do ponto de vista do BE,
do ponto de vista do PCP qual é o modo de produção que tem, se tem um modo de produção
socialista a Coina é o maior poluidor Mundial a seguir aos Estados Unidos, são factos a Coina aliás
é o maior produtor aliás de plástcos e é a fábrica do Mundo como é considerada e portanto este
problema e isto é preciso nós termos, estamos a tratar de um problema sério e é preciso tratar
29/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

estes problemas com seriedade e portante o proponente da moção virá aqui a debate, e as outras
considerações finais estas são questões acoo que importantssimas, estamos a falar de um País
que é dos Países mais poderosos do Mundo diz que até de futuro poderá vir a ser o País mais
poderoso do Mundo do ponto de vista económico é o País que tem o maior crescimento Mundial
e tem os problemas ambientais com recurso a produção de carvão de minas de carvão, as minas
de carvão têm a dimensão que têm e a realidade da produção industrial Coinesa e dos impactos
do ambiente a nível do Mundo na produção da CO2 são extensivas a todos e portanto não preciso
de estar aqui com muito mais conversa sobre esta matéria, depois os problemas nós acoamos e
depois os considerandos têm coisas que nós estamos contra com clareza, dizer assimo Os
alarmismos em torno das alterações climátcas só servem os interesses dos negócios em nome do
ambiente e podem servir como justficação para a criação de novas taxas e impostos ditos verdes
que penalizam comportamentos individuais das camadas mais pobres ou para acentuar a
implementação de mecanismos financeiros e especulatvos, como o mercado do carbono, que
tornam a poluição um negócio de muitos miloões em que é mais barato poluir do que investr em
tecnologia para reduzir as emissões para atmosfera. Se sobre a economia do carbono poderemos
ter alguma concordância com o que aqui está dito sobre os alarmismos estamos contra, não oá
nenouns alarmismos é uma evidência cientfica os problemas ambientais no Mundo são uma coisa
gravíssima que põe em causa o futuro da oumanidade falar em alarmismos eu com todo o
respeito e consideração que tenoo e a amizade que tenoo por o Hernâni, que nos conoecemos à
tantos anos, não vou dizer aquilo que me apetecia dizer, portanto não digo, pronto mas ao menos
devem de calcular aquilo que que eu pensava dizer, eu vou já acabar, dos alarmismos é como nós
estamos no Mundo de ooje à uma série de pessoas que falam dos alarmismos se isso é mentra as
consequências são falsas as pessoas que estão a alertar a assustar as pessoas andam a aldrabar as
pessoas e essas pessoas não são grande companoia para nós, e para o Hernâni ainda menos, os
atos que pretendem dizer que isto é uma aldrabice e estamos a assustar as pessoas são pessoas
que estão nas antpodas daquilo que nós pensamos eu e tu e agente mais ou menos aqui todos, e
este texto nós propomos que este texto seja todo trado e depois à aqui outra coisa e acabo, o
problema que fala das dramatzações de das disseminações de medos baseados em cenários
catastrofistas, nós estamos contra esta frase, e esta frase no meu ponto de vista devia de ser
retrada porque oá dramatzações mas isto de facto é uma coisa terrível que se passa no Mundo
de ooje.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disseo “A bancada do PSD toda subscreve as palavras que foram aqui
referidas pelo Bloco de Esquerda e é interessante como duas forças polítcas de lados opostos e
com ideias muito distntas conseguem subscrever e terem completamente o mesmo espírito
perante esta moção e perante o sentmento que vai para além desta moção que é o sentmento
de como é que está o nosso Mundo ooje em dia e é uma pena aplicarem tanta demagogia polítca
num tema tão sério e que nos afeta a todos que nos vai afetar a todos nós e pior que isto vai
afetar os nossos filoos porque tudo aquilo que nós tvemos os nossos filoos vão ser privados vão
ser mais privados do que aquilo que nós ganoámos com os nossos avós e bisavós não tveram,
disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais alguma intervenção? Tomás Santos.”
30/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Tomás Santos, do PS, disseo “Eu vinoa aqui em nome do Partdo Socialista em primeiro lugar dizer
que em parte revemo-nos em algumas coisas que foram ditas antes pelas outras forças polítcas e
deixar aqui uma nota que é uma nota mais técnica mas que é também uma questão bastante
pertnente que é a moção fala sobre prevenir as alterações climátcas e do ponto de vista técnico
esse termo não é bem aplicado porque as alterações climátcas são uma realidade não são uma
provocação destes tempos, sempre existram alterações climátcas sempre existram e o que
existram é assim aquilo que os poderes públicos e a sociedade pode fazer é uma de três coisas
que são as três grandes áreas de intervenção das polítcas públicas que é a adaptação, a mitgação
e a transformação, depois além disso acrescentar aqui também um ponto que me parece que a
moção parece querer fazer uma espécie de valorização do papel que o poder local democrátco
tem para esta questão para este tema, o que nós enaltecemos, mas parece-me que o faz um
pouco à custa dos restantes agentes polítcos e o Partdo Socialista não se revê nesta matéria
porque como o Rui Mendes disse e bem isto é um problema que é transversal a todos e por ser
transversal a todos quanto meloor e quanto mais os vários agentes polítcos conseguirem
colaborar para mitgar os desafios que trazem as alterações climátcas meloor, e dou-loes um
exemplo, quando a moção fala sobre a questão dos transportes públicos de baixar o passe dos
transportes públicos isso é um claro exemplo e é um bom exemplo como a intervenção conjunta
das autarquias e do poder central é uma boa forma de coegar a um consenso para este desafio
que é tão transversal, dito isto, e eu vou já terminar Sr. Presidente, dizer que o Partdo Socialista
não se revê nesta (mitonímia) não se revê como esta moção trata este tema e por isso dizer aqui
que nos iremos abster relatvamente a esta moção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “André Nunes se faz favor.”
André Nunes do PAN disseo “Sr. Presidente dado que já só disponoo de 24 segundos o que loe
pergunto é se me daria esses 2 minutos de tolerância e tentarei ser o mais rápido possível na
leitura do que tenoo? Pronto, tudo bem, o PAN votará favoravelmente a presente moção à
semeloança do que tem feito em ocasiões recentes por considerar que todos os momentos são
poucos para se dar destaque ao enorme desafio que temos em mãos a defesa do planeta e das
espécies que nele oabitam e a luta contra as alterações climátcas não obstante não podemos
deixar de denunciar novamente a visão redutora e meramente instrumental que a CDU faz do
ambiente assente na conceção predatória que a nossa ação só se justfica porque isso nos
aproveita de resto são zero as referências às demais espécies, zero referências às gerações
vindouras, zero referências ao facto de termos oerdado um planeta oabitável e de nos prestarmos
para deixar um planeta moribundo à beira do colapso, a visão da CDU para o planeta é que
mistura frases como, e vou citar, _ Uma verdadeira polítca de defesa da natureza com frases
como, colocar a riqueza natural do país ao serviço do povo e do desenvolvimento nacional, é caso
para dizer, não perceberam ainda do que nos trouxe até aqui, a moção que começa e bem com a
proclamação as causas que estão na origem da degradação do ambiente exigem respostas prontas
e decididas para a inverter, é a mesma moção que não identfica nenouma causa que dedica por
exemplo zero palavras à pecuária intensiva responsável por um terço de emissão de gases com
efeito de estufa pela contaminação dos solos e pelo aumento da desforestação, é a mesma
moção que pugna por mais meios financeiros para as autarquias mas não explica porque razão
contnua o conceloo a não estar totalmente dotado de uma rede de águas residuais é, pasme-se, a
moção que tendo como ttulo, “preservar o ambiente e a natureza, prevenir alterações
31/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

climátcas”, consegue fazer referência a alarmismos em torno de alterações climátcas, para


terminar, a preocupação do PCP com o ambiente soa a estratégia eleitoral caso contrário como
justficar o voto na Assembleia da República contra o fim das conceções para exploração de
oidrocarbonetos e contra a proibição de novas concessões, como justficar a abstenção da
declaração do estado de emergência climátca, como justficar a apresentação de iniciatvas de
incentvo ao setor leiteiro ou da suinicultura das mais poluentes a nível nacional se a CDU está
verdadeiramente preocupada com o ambiente é tempo de começar a agir em conformidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Não oá mais intervenções,
pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende fazer alguma referência? Se faz favor Sr.
Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disseo “É só para de certa forma referir do ponto de vista local
a Câmara Municipal do Seixal dotou-se do instrumento de planeamento e também motorização
portanto em todas as matérias ambientais que é portanto a nossa carta municipal ambiental e
estamos a preparar um conjunto de iniciatvas e projetos para portanto contnuarmos na
vanguarda daquilo que é não só portanto o planeamento estratégico tendo em vista a melooria
das condições ambientais do conceloo o investmento público para dar resposta mas também
colocar as novas tecnologias ao serviço do ambiente e das populações e por isso estamos a
preparar um conjunto de iniciatvas e projetos que serão com certeza inovadores e muito
importantes para o nosso próximo futuro, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Pergunto ao proponente se pretende intervir?
Hernâni Magaloães se faz favor.”
Hernâni Magalhães da CDU disseo “Ora mais uma vez, e vão-me desculpar eu quase que só me
vou dirigir ao Vítor Cavalinoos pessoa que é a pessoa que está aqui presente que eu conoeço oá
mais anos, precisamente à 43 anos em Santago do Cacém, porque é que está dito alarmismo! Está
dito alarmismo por uma razão muito simples, todas as previsões são feitas com base em modelos
matemátcos e os modelos matemátcos oá desde aqueles que dizem que o oceano em 2050 vai
ter mais um metro até que vai ter mais 80 metros, oá de tudo porque os parâmetros cada um joga
com os que quer, o objetvo que eu acoo que deve presidir à nossa ação é preventvo as medidas
devem de ser preventvas e eu aí estou plenamente de acordo que não devem ser alarmistas mas
devemos-nos preparar porque os cenários podem ser maus, mesmo muito maus, sabendo que os
cenários piores quem vão sobretudo afetar são os Países mais pobres, se agente pensar por
exemplo, se os níveis do mar subisse 20 metros grande parte das cidades portuguesas
desapareciam, as do litoral, bastava isso e eu não estou a ir para o quadro dos 80 metros que já vi
escrito por alguns cientstas, por isso é que nós referimos alarmistas, não é por acaso,
relatvamente às questões que o Vítor falou sobre a União Soviétca e sobre a Coina eu terei muito
prazer em um dia discutr com ele, acoo que não é aqui nem oá tempo e nem é oora para o fazer,
mas poderemos e terei todo o prazer em discutr, dizer-loe que aceitamos retrar aquela parte que
dizo mais do que enunciados proclamatórios, dramatzações e a disseminação de medos, tal, tal
aceitamos retrar essa frase por completo, a parte de alarmistas eu acoo que justfiquei e em
últmo lugar para que fique claro eu vou-vos ler um pequeno texto e para terminar e depois vou-
loes dizer o ano que ele foi escrito e quem o escreveu, reza assimo E todo o progresso da

32/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

agricultura capitalista não é apenas um progresso na arte de cortar trabaloadores mas ao mesmo
tempo na arte de destruir solo todos os progressos no aumento da sua fertlidade durante um
determinado período num avanço que são um esgotamento das fontes duradoiras dessa
fertlidade a produção capitalista portanto não desenvolve a técnica e a combinação do processo
social da produção mas enfraquece ao mesmo tempo as duas fontes de toda a riqueza a terra e o
trabaloador, isto foi escrito em 1867 por Carlos Max e está no 1º livro do capital, para quem não
sabe das nossas preocupações elas são bem mais antgas do que toda a gente que fala ooje sobre
ambiente, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Muito bem, creio que perceberam o que é que sai,
o PS também percebeu o que é que sai ! Exato, e portanto vamos colocar à votação portanto com
esta alteração que o proponente aqui transmitu.”
Aprovada a Tomada de Posição nº72/XII/2019 por maioria e em minuta como

• Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 16

- Do grupo municipal do PANo 1

- Do Presidente da JFFFo 1

Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSDo 4

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

• Catorze (14) abstenções dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal do PSo 11

- Do grupo municipal do BEo 3

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU do PAN e de SFF, a abstenção do PS e do BE, e os votos contra do PSD e CDS.
Declarações de voto? Bruno Barata e João Rebelo e depois André Nunes e Vítor Cavalinoos, e Rui
Mendes, se faz favor.”
Bruno Barata do PS em declaração de voto disseo “Naturalmente uma das prioridades do
programa do Partdo Socialista para a próxima legislatura tem uma das grandes quatro, tem a ver
com as alterações climátcas e obviamente é uma preocupação que está no topo das prioridades
do Partdo Socialista por isso mesmo na passada Quinta-feira foi aprovado uma resolução de
conseloo de ministros que aprova o programa da ação para a adaptação às alterações climátcas e
portanto queria-vos dar nota desta resolução de conseloo de ministros, a nossa abstenção apesar

33/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

de no essencial acompanoarmos existe uma cronologia que nós não conseguimos acompanoar e
daí a abstenção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “João Rebelo.”
João Rebelo do CDS/PP em declaração de voto disseo “Pelo mesmo feito ou seja em relação aos
desafios que todos temos perante as alterações climátcas não é pensar que elas já são
irreversíveis, porque não são, o que nós podemos é mitgá-las e tentar adaptarmos a essas
mesmas alterações climátcas com modificações e mudanças muito importantes devem de ser
feitas em termos das opções perante todos nós e isto convoca toda a gente ou seja aquela ideia de
que só as autarquias ou o Governo podem resolver isso todos nós no nosso dia a dia não
cumprimos o mínimo necessário para ajudar a resolução desses problemas bem podem os
governos ou as autarquias fazerem tudo que nada irá acontecer, portanto esta moção também
tem esse problema de centrar demasiado na oferta pública para resolver esta questão nós temos
que abranger toda a gente, oá cronologias de facto que foram aqui denunciadas obviamente pelo
BE mas que eu concordo absolutamente com o que foi dito um dos maiores poluidores foi a União
Soviétca com aqueles crimes ambientais todos que apareceram à vista de toda a gente a Coina é
um poluidor indiscutvel e portanto vivem modelos económicos que são opostos e diferentes dos
modelos capitalistas, isto não tem ponta por onde se pegue quando se coloca desta maneira as
questões e por outro lado também tem uma visão muito redutora do que deve ser a resposta
perante estes problemas como por exemplo fala aqui de que alternatvas energétcas de domínio
público portanto que eu saiba nós também temos uma visão diferente em relação a isso e nunca
podíamos votar a favor compreendemos e aceitamos o desafio que está perante todos nós mas
discordamos obviamente das soluções que aqui são postas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “André Nunes.”
André Nunes do PAN, disseo “O PAN fará coegar à mesa uma declaração de voto.”
(Documento anexo à ata com o número 9-A)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vítor Cavalinoos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disseo “O Bloco fará coegar uma declaração de voto mais circunstanciada,
mas de qualquer modo é preciso que tvemos aqui um debate rápido, mas é preciso esclarecer o
seguinteo o problema é que, oá alarmismos infundados oá, mas o problema é que a moção não diz
oá alarmismos infundados e oá outros que, diz usa alarmismos em torno das alterações climátcas,
quer dizer, e o problema fica todo no mesmo bolo nós ficamos com a ideia que é tudo alarmismos
e é só alarmismos e esse problema e tomar-se uma posição dessas e escrever-se uma coisa dessas
numa moção ooje de um partdo como a CDU significa que ooje o que nós temos na comunicação
social todos os dias fartos de ouvir é que estamos coeios de determinadas forças polítcas
determinados atores, Tramp, Balsonaro quer dizer e por aqui já coega, que de facto são os
maiores promotores da desconfiança cientfica em torno das alterações climátcas e esse
problema quando tomamos uma posição dessas não nos podemos dissociar do poder polítco que
se vive no Mundo de ooje e portanto por isso é que nós acoamos é positvo retrar a frase mas
acoo que o que aqui está diz que os alarmismos só servem dos interesses dos negócios, quer dizer
não é brincadeira nenouma, podia dizero Alguns alarmismos potencialmente poderão servir os
34/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

interesses, não, dizo Os alarmismos só servem dos interesses dos negócios, isto é uma coisa é
rigorosamente assertvo e portanto a única realidade que existe é essa e portanto isto, para
acabar, nós acoamos que é insuficiente, portanto nós acoamos que este parágrafo não deveria de
cá estar, foi o que eu propus e portanto a não retda dele não foi suficiente para nós votarmos a
favor da moção.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Rui Mendes.”
Rui Mendes, do PSD em declaração de voto disseo “Embora tendo votado contra o PSD Seixal é
sensível ao tema das alterações climátcas e é favorável a qualquer medida que visa a defesa do
ambiente, o ambiente não é CDU, PCP, não é PS, não é BE, não é PSD, o ambiente é de todos,
desafio então assim os líderes das bancadas a apresentarem na próxima Assembleia uma moção
conjunta sobre este tema, o PSD votou contra pelo facto da moção apresentar ideologias polítcas
à frente do problema real, por exemplo essa bibliografia da Zita Seabra onde a água corria nas
torneiras em instâncias do mar negro porque a água da União Soviétca era de borla, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Muito bem terminadas as declarações de voto
terminámos o Período de Antes da Ordem do Dia, temos um intervalo de 15 minutos.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.1. Ata n.º8/2018 – 5.ª Sessão Extraordinária de 29 de agosto de 2018.
(Documento anexo à ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Em relação a esta ata não podem votar por não
terem estado presentes nessa sessãoo Manuel Janeiro e Maria Alice Espada da CDU, Bruno Barata
e Nelson Patriarca do PS, Maria Luísa Gama e Rui Belcoior do PSD, Carlos Lázaro do Bloco de
Esquerda, André Nunes do PAN, João Rebelo do CDS e o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de
Corroios, Eduardo Rosa. Pergunto se oá alguma questão em relação a esta ata? Não oavendo,
consideramos aprovada”.
Aprovada a Deliberação nº 36/XII/2019 unanimidade e em minuta como
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 7

- Do grupo municipal do PSo 8

- Do grupo municipal do PSDo 2

- Do grupo municipal do BEo 2

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do presidente da JFFFo 1

35/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Não votaram por não terem estado presentes nessa sessãoo Manuel Janeiro e Maria Alice Espada
da CDU. Bruno Barata e Nelson Patriarca do PS. Maria Luísa Gama e Rui Belcoior do PSD. Carlos
Lázaro do BE. André Nunes do PAN. João Rebelo do CDS/PP e o Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de Corroios, Eduardo Rosa.

III.2. Regulamento dos Serviços Municipais da Câmara Municipal do Seixal. Aprovação.


(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Estamos perante um novo regulamento de serviços o
que significa que vamos ter, se a Assembleia Municipal assim o aprovar uma nova estrutura
orgânica da Câmara Municipal do Seixal que iremos implementar dentro de menos de um mês.
Gostaríamos de a 2 de setembro deste ano já começar a funcionar com novas unidades orgânicas,
com novos dirigentes para que possamos recuperar a capacidade de direção da Câmara Municipal
que foi perdida aquando da implementação da Lei de 2012 do anterior Governo que limitou de
forma significatva os cargos dirigentes e as unidades orgânicas de direção das câmaras municipais
e claro, da Câmara Municipal do Seixal. Esta proposta de regulamento de serviços e de estrutura
orgânica na nossa visão vai responder aquilo que será as necessidades de serviço público que a
população exige mas também dizer que a proposta que fazemos é uma proposta de certa forma
moderada relatvamente até à anterior, não a esta que está em vigor mas uma anterior que tnoa
sido implementada pelo município. Podemos dizer que na apreciação que foi feita na construção
desta proposta que passou por vários níveis, tvemos não só a intenção das matérias relacionadas
com a maximização do serviço público, uma meloor organização para prestar um meloor serviço,
mas também as necessidades de ponderação relatvamente aquilo que seriam e que serão os
impactos desta estrutura em termos dos valores de recursos oumanos. Como eu dizia, a proposta
é que passemos das atuais 32 unidades orgânicas para 69 unidades orgânicas, é um crescimento
em cerca de 54% mas fazemo-lo essencialmente não ao nível das direções de departamento, não
ao nível das divisões, essencialmente aos níveis dos gabinetes de terceiro grau. Apresentando a
proposta então, dos onze departamentos eles correspondem aquilo que nós consideramos como
as áreas prioritárias de intervenção do município na perspetva do serviço publico à população e
também dizer que nós somos talvez a Câmara com esta dimensão que não tem qualquer empresa
municipal, qualquer serviço municipalizado. Portanto, tudo aquilo que fazemos é através desta
estrutura que está perante vós para deliberação. Temos então, as áreas ditas normais
relatvamente a uma Câmara Municipal com 1600 trabaloadores que serve 160 mil oabitantes,
duas áreas de suporte que sãoo área de recursos oumanos e área financeira que passam de divisão
para departamento e com esta subida de categoria são também associados novas divisões e
nalguns casos alguns gabinetes. Estamos a falar da gestão de 1600 trabaloadores que tem ooje
apenas um coefe de divisão, passará a ter um diretor de departamento, três coefes de divisão e
um coordenador de gabinete para as áreas da saúde e segurança no trabaloo e falamos da área
financeira num orçamento na ordem dos 90 a 100 e a 115 miloões de euros que é o orçamento
anual da Câmara Municipal do Seixal com a complexidade dos processos que temos, desde a
aquisição de uma caneta até um grande investmento, é tudo tratado na área financeira e
portanto, será provida com um diretor de departamento e três coefes de divisão.
36/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Depois temos as coamadas áreas mais de serviço público direto aquelas que intervêm mais sobre
o território e sobre as populações e aqui claramente com uma aposta na área da educação com a
criação de uma direção de departamento coadjuvada por uma coefia de divisão direcionada para a
gestão dos equipamentos educatvos e depois um gabinete de gestão dos projetos educatvos
municipais. Pensamos que esta estrutura que ooje está acoplada à cultura e à juventude, é uma
direção de departamento que tem a educação, a cultura e a juventude. Agora esta autonomização
da educação parece-nos que faz todo o sentdo, não só face à complexidade dos 36 equipamentos
escolares que ooje gerimos como também futuramente tudo aquilo que pretendemos realizar na
área da educação.
Na cultura oá também uma autonomização, vamos ter um departamento de cultura especifico,
vamos ter uma divisão de gestão de equipamentos culturais e património e depois vamos ter
quatro gabineteso a cultura e património ficará com quatro gabinetes. Um primeiro gabinete dos
projetos culturais que vai gerir tudo aquilo que é o plano municipal de desenvolvimento cultural e
todas as propostas relacionadas com a cultura no município, em relação com o movimento
associatvo cultural. Temos depois um gabinete ao lado de promoção dos projetos de património.
Portanto, o património figurará também com uma unidade especifica de direção, no sentdo de
aprofundar, não só aquilo que é a componente de projeto com uma componente depois da
própria operação e para os dois grandes equipamentos culturais que temos no município. Um já
existente que é o Fórum Cultural do Seixal e para o futuro Centro Cultural de Amora teremos duas
unidades de coordenação, dois gabinetes que farão a gestão de um e de outro equipamento com
a importância que estes equipamentos assumem ao nível da cultura no município.
A área do desporto também merece uma maior atenção. O departamento de desporto que ooje
está associado à área social é também autonomizado. O departamento de desporto terá uma
divisão de gestão de equipamentos desportvos que irá gerir os quinze equipamentos desportvos
que estão já construidos e outros que estão em construção e depois será coadjuvado por um
gabinete de projetos desportvos e também três novos gabinetes relacionados com os coamados
grandes equipamentos. Teremos um gabinete para a Piscina Municipal de Amora, teremos um
gabinete para a Piscina Municipal de Corroios e também um gabinete para a Piscina Municipal de
Paio Pires que já está em construção.
Contnuando nas áreas ainda relacionadas com a intervenção junto da população. A área do
ambiente vai ter também um departamento especifico, ooje o departamento de ambiente
abrange a área da água, saneamento de resíduos, espaços verdes. Portanto, vai oaver também
aqui uma separação ou seja são criados dois departamentos. Um de água e saneamento, outro de
oigiene urbana e espaços verdes. O departamento de água e saneamento terá duas divisõeso a
divisão de água e saneamento mais direcionado para a questão das obras e intervenção no espaço
público e nas nossas infraestruturas e investmentos e outra mais relacionada com a gestão dos
utentes. Nós temos cerca de 80 mil contratos de água que serão geridos por esta divisão, é uma
nova divisão, administratva de água e saneamento e resíduos.
No departamento de oigiene urbana e espaços verdes teremos três divisõeso a divisão de oigiene
urbana, a divisão de resíduos sólidos urbanos e a divisão de espaços verdes que depois acrescerá
também um gabinete técnico e forestal que ooje é também uma questão exigida por lei que nós

37/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

também já temos criado e vamos manter nesta nova estrutura que propomos. Ainda em termos
de intervenções de espaço público uma referência para um novo departamento que surge que é o
departamento de obras municipais e espaço publico, será composto por três divisões, uma divisão
de obras municipais que vai ter uma novidade, que vai integrar aquilo que ooje é a componente
de projeto, com a componente de concursos e com a componente de gestão de empreitada, se oá
uma obra que é por exemplo, uma escola, a divisão de educação concebe o programa, entrega a
esta divisão. Esta divisão concebe o projeto de arquitetura com base no programa, submete a
validação, faz as especialidades, prepara o concurso, lança o concurso, adjudica o concurso,
acompanoa a empreitada e entrega ao cliente final que será neste caso a área da educação.
Portanto, iremos na nossa opinião ganoar com a junção destas áreas. Na área também da
manutenção, ooje oá uma divisão de manutenção e equipamentos eletromecânicos e de logístca,
ela será separada, neste departamento ficará tudo o que tem a ver com a parte, quer de
iluminação pública, mobiliário urbano, espaço de jogo e recreio, construção civil. Portanto, tudo o
que tem a ver com manutenção neste tpo de equipamentos ficará neste departamento e que se
vai associar uma divisão de trânsito e espaço público que irá tratar especificamente as matérias
relacionadas com as vias, com os passeios, com a semaforização. Sobre este departamento recairá
muito daquilo que é a da atvidade da Câmara Municipal em termos de intervenção externa.
Vamos ter também um novo departamento, que é o departamento de partcipação e tecnologias,
vamos associar também aqui a parte mais operacional e de infraestrutura com a componente de
atendimento publico onde associa as suas áreas neste departamento através da criação de duas
divisões, uma divisão de tecnologias e informação e comunicação, infraestruturas de comunicação
e outra divisão de atendimento publico que vai ser coadjuvado também por dois gabinetes. O da
partcipação que já existe mas que vai ser integrado neste departamento e também o novo
gabinete de loja do cidadão do conceloo do Seixal que também vai ser criado, na sequencia do
processo que estamos a tratar para avanço desta obra. Vamos ter depois o outro departamento
que é de compras e logístca, vai ser composto também por três divisões e dois gabinetes. Uma
primeira divisão de logístca e de espaços que para além de tratar de todas as questões das
componentes dos apoios aos 84 espaços que a Câmara Municipal do Seixal gere ooje, vai também
ter dois gabinetes de gestãoo um) deste edifcio onde estamos e outro dos Serviços Operacionais.
Vamos ter dois gabinetes que vão sobre direção desta divisão gerir estes dois grandes
equipamentos. Depois vamos contnuar com a divisão de gestão de frota municipal e a divisão de
compras e aprovisionamento que se manterão mais ou menos nos moldes atuais. Eu fiz a
apresentação dos 11 departamentos mas podemos dizer que esta estrutura orgânica não ficará
apenas pelos 11 departamentos. Nós também decidimos que não acrescentaríamos mais
departamentos, passamos de seis para onze mas vamos dar autonomia, e mais força a algumas
unidades do ponto de vista operacional e polítco, garantndo a sua autonomização e também o
trabaloo mais próximo em termos do executvo com estas áreas. Estamos a falar em concreto da
divisão de oabitação. A área da oabitação está a merecer e vai merecer com certeza nos próximos
dois anos, até final do mandato, um grande conjunto de investmentos da parte do município, não
só naquilo que é a componente oabitacional municipal com os bairros que já conoecemos e que
estão a ser intervencionados, quer ao nível dos edifcios, quer ao nível dos espaços exteriores e
também a resolução da questão de Vale de Coicoaros mas também os apoios que estamos a
prestar à população em geral aos vários edifcios através dos programas reabilite o seu prédio e
pinte a sua casa. A área social vai ficar autonomizada através da divisão de desenvolvimento social
38/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

e cidadania. Essa divisão mantém-se, é retrada esta componente da oabitação vai focar-se mais
sobre as questões relacionadas com a área social. Iremos também ter uma divisão de
comunicação e imagem à semeloança daquilo que temos ooje que vai ser coadjuvada pelo novo
gabinete de projetos municipais. Precisamos de ter um gabinete que de certa forma ajude a
uniformizar o tratamento relacionado com os grandes eventos que temos, por exemplo o Seixal
Jazz ou a Seixalíada. Precisamos de ter um gabinete que de certa forma apoie os serviços que são
os promotores da iniciatva no sentdo de dar maior consistência do ponto de vista da própria
organização. Vamos contnuar com uma divisão de fiscalização municipal. Vamos também dar a
roupagem de divisão à área de assuntos jurídicos, já foi no passado uma divisão, na área de
assuntos jurídicos como os srs. eleitos sabem e todas as assembleias municipais ordinárias vem a
informação sobre o número de processos judiciais que temos em curso. São processos de grande
complexidade, são processos de grande importância e por isso, parece-nos evidente que e até em
virtude da utlização da ferramenta do PREPAP para a integração de vários advogados da Câmara
Municipal passaram ooje para o quadro deixaram de ser avenças, passaram a ser funcionários da
Câmara Municipal, parece-nos que faz todo o sentdo criar uma divisão jurídica da Câmara
Municipal do Seixal.
Para terminar a parte das divisões, apenas referir-me à divisão de desenvolvimento estratégico
que é uma nova divisão que vamos criar que vai associar um conjunto de áreas, mais estratégicas
que a Câmara Municipal quer desenvolver, o Gabinete do Seixal Saudável pela importância que
tem no município, pela importância que tem do ponto de vista polítco com a presidência da rede
portuguesa de municípios saudáveis a ser desenvolvida pela Câmara Municipal do Seixal. Também
tudo o que tem a ver com as smarte cites inovação, vai ter um gabinete próprio, gabinete do
seixal sustentável e inovação. Vamos contnuar com o gabinete de desenvolvimento económico e
turismo. Vamos criar um novo gabinete para candidaturas a fundos europeus e vamos também
criar um novo gabinete de planeamento estratégico para as matérias de revisão, alteração do
PDM o Programa Estratégico de Desenvolvimento Integrado do Município do Seixal entre muitos
outros projetos estratégicos irão caber nesta divisão.
Por fim, já referi um conjunto de gabinetes que estão integrados nessas várias estruturas, quer
divisões ou departamentos vou agora falar de alguns autónomos que surgem e que nos parecem
importantes para uma meloor gestão da Câmara Municipal. O Serviço Municipal de Proteção Civil
contnua a funcionar. O gabinete de juventude autonomiza-se. O gabinete de juventude contnua
como gabinete mas é autonomizado não fica sobre nenoum estrutura, fica diretamente a
trabaloar com o executvo municipal até pela importância que tem. O mesmo acontece com o
gabinete de saúde alimentar e bem estar animal. Este gabinete também merece mais importância
e não ficará sobre direção de nenouma divisão, nem de nenoum departamento, irá trabaloar
diretamente com o executvo municipal e serão criados três novos gabinetes. O de relações
públicas, o município precisa também aqui de autonomizar esta matéria ooje está na comunicação
e imagem mas precisamos de ter o gabinete de relações publicas para trabaloar meloor as
questões relacionadas com o protocolo , temos várias queixas e portanto, queremos resolver esse
problema. Também um gabinete de auditoria e qualidade, vamos associar auditoria com a
qualidade na perspetva de não só a Câmara Municipal garantr a certficação de qualidade, a
certficação externa de qualidade em 2020, mas a partr daí prosseguir com um plano de auditoria
à Câmara e por fim, um gabinete de controlo de gestão, precisamos de ter indicadores que estão
39/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

centralizados, uma equipa que coordene os serviços municipais esta informação e que possibilite o
executvo municipal possa ter os indicadores que possam também garantr o cumprimento dos
objetvos e da gestão que pretendemos desenvolver na Câmara Municipal do Seixal.
Em resumo, passamos de 6 departamentos para 11, de 19 divisões para 30 e de 7 gabinetes para
28, é aqui nos gabinetes de 3.º grau onde mais crescemos em termos de unidades orgânicas e
parece-nos que com estas 69 unidades orgânicas longe daquelas 120 que tnoam sido aprovadas
noutros mandatos, não é que isso tvesse mal mas parece-nos que agora vamos fazer uma
aproximação e iremos ver no quadro daquilo que é a evolução futura da Câmara Municipal,
teremos folga e capacidade para assim que necessário podermos ir reforçando esta ou aquela
área de acordo com aquilo que forem as dinâmicas e as decisões polítcas, em termos das
necessidades das populações. Por isso, srs. eleitos parece-nos que a aprovação desta nova
estrutura possibilitará que a Câmara Municipal do Seixal consiga reforçar aquilo que é o seu
serviço publico e com questões importantes. Eu oá pouco não referi um departamento e peço
desculpa por isso que foi o departamento de urbanismo. Aliás, referi-me a ele anteriormente,
noutro momento da assembleia, mas depois passou-me aqui. O departamento de urbanismo vai
ficar sem a parte de planeamento, ou seja tudo o que tem a ver com o Plano Diretor Municipal e o
Programa de Desenvolvimento Integrado do Município do Seixal passará para o tal gabinete de
projetos de planeamento estratégico. O departamento de urbanismo será muito mais operacional
e muito menos estratégico. Mais operacional com 3 divisões, uma divisão de gestão urbanístca,
uma divisão administratva de urbanismo que é necessária e que nós sentmos todos os dias que é
necessária, uma área muito complexa, com muito volume de trabaloo e que precisa de ter uma
coordenação e também um departamento de planeamento, mobilidade e regeneração urbana. Da
atual divisão de planeamento territorial e mobilidade é trada esta componente relacionada com o
planeamento estratégico como eu referi e vamo-nos centrar muito mais naquilo que são a análise
dos loteamentos, a análise e prosseguimento da reconversão e também todas as matérias
relacionadas com a regeneração urbana, ARU´s, ORU´s tudo ficará nesta DPMRU para apoiar um
departamento então, será criado o gabinete de mobilidade e transportes sendo que é uma
matéria, como sabem, cada vez mais presente na vida também da Câmara Municipal em virtude
até das decisões polítcas que estão a ser tomadas e parece-nos que nesta fase um gabinete será
necessário, veremos no futuro se terá que evoluir para outra esfera.
Srs. eleitos, Sr. Presidente da Assembleia este trabaloo foi realizado com base não só no trabaloo
da própria Câmara Municipal, a nossa Divisão de Recursos Humanos de consultoria externa que
contratámos e também da análise dos nossos trabaloadores e dos seus contributos, podemos
dizer que foi um processo amplamente partcipado e que redundou nesta proposta que estamos a
apresentar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Inscrições? Bruno Barata, a primeira. Mais
inscrições? Rui Belcoior. Bruno Barata”.
Bruno Barata do PS disseo “Como nota prévia é importante dizer que foi este 21.º governo que
eliminou as limitações legais que oavia à criação e provimento destes lugares de dirigentes nas
autarquias locais, dando autonomia às autarquias para fazer estes incrementos de lugares de
coefia. O Sr. Presidente utlizou a palavra moderado, ele na apresentação disse que aumentava

40/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

54% mas passados 32 lugares para 69 é efetvamente um crescimento mais do dobro e isto
significa um crescimento de 115%, é só para termos rigor na mensagem que passamos.
Na últma Assembleia Municipal em que veio também esta matéria e numa reunião também da
comissão especifica que acompanoa estas matérias e que o Sr. Presidente esteve a prestar
esclarecimentos, eu sempre perguntei mas quanto é que isto custa? Para nós podermos medir e
avaliar. Quanto é que isto custa? O Sr. Presidente diz sempre que não sabe quanto é que custa. Em
primeiro lugar, qualquer alteração desta matéria é obrigatório a correspondente cobertura
orçamental é a figura de cabimento tem que a ver, assegurada a sustentabilidade e a cobertura
orçamental e o Sr. Presidente toma uma medida de gestão desta dimensão de duplicar os lugares
de dirigentes sem fazer a analise de impacto orçamental, nem a análise de beneficio que pode
trar. Eu digo-loe uma coisa Sr. Presidente, consultou uma consultadoria externa digo-loe já que
fizeram um mau trabaloo porque a consultadoria externa teria que medir todos esses impactos.
Uma medida de gestão desta dimensão sem previsão de custos é uma afronta a qualquer gestor
público ou a qualquer responsável polítco. O Sr. Presidente na sua intervenção utlizou palavras
comoo ponderação, impactos, mas o Sr. presidente não apresentou um número que fosse, mas eu
digo-loe uma coisa! O Partdo Socialista como é o partdo das contas certas, fez as contas e o
acréscimo de 5 diretores de departamento, 11 divisões e mais 21 gabinetes custa 1 miloão 845 mil
984 euros. Portanto, os dirigentes na Câmara custo anual era de 2 miloões e passa para 4 miloões,
duplica. Portanto, não sabia quanto é que custava, dou-loe de barato não cobro nada
consultadoria. Agora o que eu gostava que o Sr. Presidente me dissesse e quantficasse qual é o
ganoo em eficiência e eficácia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Rui Belcoior”.
Rui Belchior do PSD disseo “Sobre o novo regulamento dos serviços municipais, nós Partdo Social
Democrata dizemos o seguinteo Na verdade foram os srs. do executvo da CDU que ganoaram as
eleições, são portanto os srs. que dirigem os destnos do conceloo e nesse sentdo, tem o direito
na nossa opinião de elaborar, de construir tal modelo como entendam ser o mais adequado e
necessário a uma maior eficiência e celeridade na resolução dos assuntos, problemas e processos
que são necessários resolver e dar solução com vista à melooria da qualidade de vida das pessoas
e das empresas que como aqui ooje já se disse precisam de meloor eficácia para contnuarem a
desenvolver com normalidade a sua atvidade económica. Posto isto, esperamos que a presente
transformação dos serviços cuja dimensão do seu efetvo dispêndio é ooje ainda desconoecida,
pese embora o aumento de divisões, departamentos e recursos oumanos possam anunciar ou
antever um aumento substancial dos custos que necessariamente a presente reconfiguração irá
conduzir. Contudo, é a nossa expetatva que esta modificação estrutural não volte a conduzir o
município às realidades de divida do passado recente, neste sentdo o Partdo Social Democrata e
pelo que se disse optará ooje pela abstenção uma vez que admitndo que o executvo pode
construir a sua estrutura como entender, o PSD não pretende por outro lado, caucionar ou ser
cúmplice de uma decisão ou de uma opção estratégica que é unicamente do executvo CDU e que
francamente com uma tal transformação radical dizemos mesmo revolucionária abre espaço à
questão legitma, qualquer oomem médio faria perante este aumento significatvo da estrutura da
Câmara que é como conseguiu este executvo sobreviver até aqui. Pois, nós PSD estamos

41/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

absolutamente convictos que a melooria financeira operada nesta Câmara nos últmos anos fica
precisamente a dever-se às alterações operadas pela anterior lei”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? André Nunes, Vítor Cavalinoos,
Hernâni Magaloães e João Rebelo”.
André Nunes do PAN disseo “Um pouco no seguimento do que disse o Rui Belcoior, não temos
muito a acrescentar na medida em que foi a CDU que foi eleita e portanto, oá que dar margem
para a mesma trabaloar. Apenas uma observação porque a forma como os documentos
contnuam a coegar à oposição não propiciam a análise e não é nada fácil a sua consulta. Nesse
sentdo, o nosso pedido é para que doravante oaja essa sensibilidade mas quanto a mais,
abstermos-e-mos dando esse voto de confiança”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vítor Cavalinoos”.
Vítor Cavalinhos do BE disseo “Sobre este regulamento a primeira nota que nós queríamos aqui
colocar era o seguinteo No regulamento a proposta dá essa informação, o Sr. Presidente também
aqui a deu, que este regulamento demorou tempo a ver a luz do dia. Houve como é normal o
trabaloo dos diversos serviços da estrutura, oouve tempo para se debater as meloores soluções,
foram envolvidos os trabaloadores aos mais diversos níveis, é evidente que este trabaloo demorou
tempo, algumas semanas, se caloar meses, isso nós não sabemos. O que é facto é que demorou
muito tempo, o tempo necessário para que ele fosse produzido e a primeira nota é que é sempre
possível meloorar as coisas o tempo que nós temos, os partdos na Assembleia Municipal para
analisar um trabaloo desta dimensão é reduzido perante a importância do tema. É uma nota
critca que nós precisamos. Aliás, aquilo são 119 páginas, uma pessoa às vezes à malta que lê
pouco, se tver na Assembleia Municipal e tver vontade tem leitura que é uma coisa que é um
espetáculo, ao fim de um mandato lê uma biblioteca, só que às vezes a leitura muitas vezes é
interessante, outras vezes é menos, mas de qualquer modo é uma leitura extensa para nós, são
119 páginas, já dá algum trabaloo, isto para dizer e não gastando mais latm sobre esta coisa. Nós
precisamos de mais tempo. Os partdos precisam de mais tempo, uma coisa com esta dimensão
precisa de mais tempo para analisarem, para procurarem inclusive informação noutros sítos e
noutros locais para fazer comparações. É preciso tempo para pensar e para produzir opiniões e
depois também para produzir as meloores soluções e os meloores votos. Isto para dizer o
seguinteo o Bloco de Esquerda absteve-se aqui na Assembleia Municipal sobre a estrutura orgânica
e a nossa razão é mais ou menos a mesma que nos vamos abster agora. Esta é uma proposta do
executvo e é o executvo que tem o conoecimento da máquina, não somos nós! O Bloco não pode
pronunciar-se sobre a organização administratva com uma certeza absoluta que a nova estrutura
orgânica será a meloor resposta para dar as respostas necessárias que o município precisa. Nós
não a temos. Não temos condições para ter essa opinião formada com uma certeza absoluta, o
executvo terá de acordo com as suas propostas, com a visão da resposta que dá aos problemas
mas nós não temos possibilidade de ter o conoecimento com essa profundidade para ter uma
posição perfeitamente convicta sobre uma direção, o sentdo de voto é numa direção ou noutra.
Portanto, o que fizemos e é o que vamos fazer agora, podemos dar o beneficio da duvida, não
vamos inviabilizar uma solução porque não temos conoecimento, se ela é a meloor solução,
também não temos conoecimento para dizer que é a pior. Portanto, acoo que legitmamente só

42/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

podemos ter esta posição. Este regulamento que aqui vem à discussão tem como função
operacionalizar a nova estrutura orgânica. É evidente que aqui também, nós mesmo lendo o
romance todo, não estamos em condições nem para dizer que é a meloor solução, nem para dizer
o contrário e acoo que isto é uma posição séria do nosso ponto de vista. Esta é de novo uma
solução do executvo que detém o conoecimento da máquina, da estrutura e dos meios oumanos .
Estamos em condições de convictamente afirmarmos que o regulamento em apreciação será o
mais apropriado para dar as respostas que o serviço publico no conceloo precisa e perante esta
situação vamos dar de novo o beneficio da duvida e vamos-nos abster”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “João Rebelo”.
Discurso inaudível de Bruno Barata.
João Rebelo do CDS/PP disseo “Nós vamos votar contra e a razão que explica este voto contra é a
seguinteo vai muito ao encontro dos argumentos que foram aqui ditos, aceito que a abstenção é
um voto de confiança, mas é um beneficio da dúvida como disse o Vítor Cavalinoos ou como disse
o Rui Belcoior, isto é a organização que a Câmara quer, será responsabilizada por ela e não pode
dizer depois que não tem a estrutura que desejou para aplicar o seu programa porque foi a CDU
que ganoou as eleições nas ultmas eleições, mas como eleitos municipais, nós temos que
perceber porque que esta estrutura é aqui apresentada e não oá nada que prove, nem aqui, nem
em lado nenoum que com mais coefes, mais diretores ou mais unidades o serviço fica meloor,
uma justficação sustentável que assim seja, não é porque oá mais coefes que os índios vão
trabaloar meloor, desculpem lá a expressão. Depois, isso sim como disse o Bruno Barata, oá um
aumento muito grande sobre a despesa isso terá seguramente porque as pessoas que são co-
responsáveis pelas direções ou pelas coefias ou pelas unidades têm obviamente uma massa
salarial superior e isto tem um impacto. Nós já ouvimos várias, o Sr. Presidente da Câmara quando
falou dos futuros orçamentos da Câmara mudou assim de valores que iam dos 100, 105 numa
reunião de uma comissão que tvemos, já falava de 137 miloões. Portanto, isto é um coeirinoo do
regresso ao passado quando as contas descambaram completamente e o passivo indevidamente
da Câmara Municipal foi o que foi e que obrigou aliás, a muitos sacrifcios. Neste momento que as
contas estão equilibradas, e bem, eu não me farto de elogiar esse facto digo convictamente que é
um aspeto positvo, é tão positvo que quando é preciso renegociar os empréstmos, a Câmara
Municipal tem conseguido negociar com taxas baixíssimas, isso tem muito a ver com a
credibilidade do endividamento ter baixado muito porque senão isso nunca aconteceria. Nós
temos aqui um modelo que vai aumentar muito a despesa e é outro argumento que não deixou
de ser curioso a prudência com que o Sr. Presidente da Câmara apresentou este projeto. Disse
assimo Bom, porque no passado, antes daqueles cortes de 2012 eram muito mais, eram cerca de
120. Nós estamos a fazer uma coisa moderada que duplica pratcamente as estruturas dirigentes
como foi aqui dito, mas também é verdade que é menor do que a outra, mas a outra já não serve?
Quando eram 120 ou 130, ou seja não oá nada que prove que mais coefias, que este tpo de
modelo organizacional que estão aqui a fazer para a Câmara terá meloores resultados, eu espero
que sim, mas estas duvidas todas e oá uma espécie de um certo regresso ao que era no passado
que nada de beneficio trouxe para os seixalenses, nós não podemos manifestar aqui a nossa
concordância ao que é aqui apresentado”.

43/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Vamos lá fazer uma lista de
intervenções porque esta coisa de cada vez que se pede mais intervenções é um de cada vez
também não dá. Quem é que pretende intervir? Hernâni Magaloães está inscrito e intervém, a
seguir Samuel? E na próxima pergunta fecoamos. Hernâni Magaloães”.
Hernâni Magalhães da CDU disseo “Não é possível proceder à discussão da presente proposta da
nova estrutura orgânica da Câmara do Seixal sem falar um pouco da oistória que aqui nos trouxe.
A 29 de agosto de 2012 saiu à luz de um novo contrato legal a Lei n.º 49/2012 que consttuiu até
aquela data o maior ataque ao Poder Local Democrátco e à sua autonomia consttucionalmente
insttuída. Como se devem lembrar aqueles que ao tempo andavam nas lides autárquicas ou por
elas se interessavam, tal quadro aprovado pelo PSD, CDS Passos Coleoo, Relvas, Portas e Cristas
levou à desartculação total dos serviços das câmaras municipais provocando prejuízos e atrasos à
prestação de serviços públicos às populações nunca até à data vistos. Para além dos inúmeros
problemas causados internamente em todas as câmaras municipais do país fossem geridas porque
partdo fossem. Foram tempos de uma violência inaudita no que ao trabaloo de gestão e
coordenação se refere em todas as câmaras municipais. Poder-se-ia pensar que este quadro legal
era merecido, que as autarquias locais eram as grandes devedoras, as grandes criadoras dos
desequilíbrios macro-económicos mas quem pensasse assim, estaria redondamente enganado e
aqui ficam alguns números para o recordar e provar. Em 2011 a divida publica portuguesa era de
196 mil 231 miloões de euros, correspondendo assim a 111,4% do PIB. O peso da divida das
autarquias locais era de 8 mil 186 miloões de euros, aproximadamente 4,65% do PIB, 4,17% da
divida publica portuguesa, uma verba diminuta face ao montante total. Mas em 2012, a divida das
autarquias desceu para 7 mil e 92 miloões de euros, 3,3 da divida global e 4,21% do PIB. Nesse
mesmo tempo, a divida publica global cresceu para 212 mil 556 miloões de euros, 126% do PIB,
ficaria só pela apresentação destes números, totalmente por terra a teoria da culpabilização das
autarquias do número de freguesias existentes das estruturas orgânicas das câmaras municipais
do falso e vergonooso argumento do regabofe que se viveria nas autarquias locais de norte a sul
do país, do litoral para o interior, iloas incluídas. Com a revogação deste quadro legal, só possível
pelo acordo de incidência parlamentar entre PS, PCP, PEV e BE e fruto da circunstância excecional
determinada pela derrota eleitoral do Partdo Socialista na maioria dos deputados PS, mais PCP,
mais PEV, mais BE, logo minoria de deputados PSD, CDS/PP, puderam as autarquias reforçar
modelos de funcionamento que julguem adequados à sua visão estratégica e aos objetvos de
curto e médio prazo a atngir. A presente proposta alicerçada nos objetvos que o executvo
pretende alcançar, tal como definidos no artgo 4.º da presente proposta, subordina-se à
consideração central de uma meloor qualidade de vida a alcançar pelos munícipes do Seixal,
através de polítcas que garantam a gestão sustentável de recursos, a qualificação dos
trabaloadores e a prestação de serviços públicos de qualidade, baseando-se nas competências
existentes e correspondentes a áreas de trabaloo, procura aumentar a artculação e a
responsabilização de todos os atores aos mais diversos níveis, passo essencial para atngir o
objetvo central atrás definido. A proposta apresentada partu da definição clara da visão e dos
valores subjacentes, sem esquecer um passo que aqui consideramos de especial importância e
mesmo marca distntva da gestão CDU que aqui fazemos. A presente proposta teve a sua
apresentação interna aos trabaloadores, ainda em formato longe de fecoado, tendo permitdo
acomodar inúmeras propostas de alteração que seguramente melooraram a estrutura proposta e
44/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

fizeram dela também uma proposta também sua. Por considerar de enorme importância, não
deixo realçar aqui a criação de diversos níveis de coefias a nível de gabinetes , as inúmeras
instalações municipais, piscinas etc em que a existência de um coordenador nomeado,
responsabilizado pela coordenação local e de ligação à estrutura superior permitrá seguramente
uma maior eficácia no funcionamento oarmonioso seja no relacionamento com os trabaloadores,
seja na manutenção das instalações, seja no relacionamento com os munícipes. Sabemos que as
estruturas orgânicas não existem independentemente das pessoas que são sempre estas que loe
dão substancia, vigor, operacionalidade pelo que é nelas que depositamos a nossa confiança num
trabaloo que dignifica a causa maior que aqui defendemos, serviços públicos universais de
qualidade próximos dos munícipes atentos às suas necessidades, oumildes perante as suas
sugestões e reclamações, como depositamos total confiança no executvo que aqui agora nos
apresenta esta proposta que consideramos de excecional valor e por tal razão, iremos votar a
favor, não deixando estender a mão a todos os deputados municipais aqui presentes, sejam
eleitos ou representantes das juntas de freguesia para que connosco votem favoravelmente”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Nós estamos, como o Bruno Barata oá pouco
coamou a atenção, já todos tnoam dado por isso, estamos com um problema técnico que já não é
possível resolver ooje mas entretanto, não temos ooje problemas de tempo, ou seja, essa
preocupação de qualquer maneira está a gestão dos tempos é sempre feita na mesa, ela está
contabilizada aqui como sempre foi e daremos nota se for caso disso, mas nesta altura não oá
nenoum problema de tempo, nenoum grupo municipal, mas daremos nota em relação aos tempos
se se justficar. Samuel Cruz tem a palavra”.
Samuel Cruz do PS disseo “A intervenção do Partdo Socialista está feita, não tenoo nada a
acrescentar sobre isto, vinoa apenas para dizer que registei com manifesto desagrado, mais uma
vez considera-se numa últma intervenção também que esta proposta foi amplamente debatda e
a minoa pergunta é quando é que foi debatda com os eleitos da Assembleia Municipal durante
todo este processo? Quantas vezes e em que situações ou os eleitos da Assembleia Municipal não
contam para este campeonato”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Mais intervenções? Iremos ver agora quem é que
pretende mais intervir? Não registamos pedidos de intervenção, dou a palavra ao Sr. Presidente
da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disseo “Sobre algumas das questões colocadas, o trabaloo que
foi feito e como eu referi foi feito com base, não só na nossa visão, mas também na experiência de
um consultor que fez um trabaloo de interação e de contacto com todos os serviços e dizer que oá
uma base quanttatva da apreciação que originou parte da presente proposta.
Depois foi somada uma análise por parte do executvo municipal, depois foi somada a apreciação
por parte dos trabaloadores e o executvo voltou a dizer todos porque também oouve contributos
dos vários vereadores, todos foram considerados até que culminamos numa proposta final que é
esta que aqui está.
Compete ao executvo da Câmara Municipal lançar este processo e apresentá-lo à Assembleia
Municipal, compete à Assembleia Municipal aprecia-lo e votá-lo. É assim que termina as

45/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

competências e às vezes acoo que não percebemos bem em que funções é que estamos, porque
uns são eleitos para o órgão executvo e outros são eleitos para o órgão deliberatvo e essa é a
configuração que a Lei 75/2013 estabelece.
Sobre a questão dos custos é preciso perceber que nós partmos de uma situação que não é esta a
atual, porque esta atual foi uma imposição da Lei de 2012, é de facto uma estrutura que não
serve, não só no Seixal, não serve em nenoum sito, oaviam câmaras municipais que tnoam um
diretor de departamento para toda a Câmara. É impossível que os serviços municipais possam
funcionar com este tpo de enquadramento e até aqui eu desafio todos os srs. que queiram depois
contnuar com este debate, até fazer a comparação com organizações da nossa dimensão com
1600 trabaloadores, com este tpo de serviços que fazemos que é quase 360 graus em muitas
áreas da vida das populações e com uma estrutura com apenas 32 dirigentes, isso é impensável
que possa funcionar e só funciona graças ao sacrifcio dos eleitos e destes trabaloadores que são
dirigentes, porque se não fosse o sacrifcio destas pessoas de certeza que o município, apesar de
algumas insuficiências não prestaria o trabaloo como está a fazer, eu diria de forma muito
competente. Portanto, aquilo que pretendemos fazer é distribuir esse trabaloo e ampliar essa
resposta por mais pessoas e pensamos que para um município com esta quantdade de trabaloo,
com este programa ambicioso que temos pela frente, com todos os projetos que temos parece-
nos que este número de 69 dirigentes não é nada de extraordinário relatvamente até a outros
municípios e até outras estruturas semeloantes.
Sobre a questão dos números que é sempre uma questão que se goste de colocar e parece-me
bem que seja o Sr. eleito Bruno Barata a falar sobre números porque falou também sobre os 100
miloões e não se verificou, agora são mais 1,8 miloões de euros e não se vai verificar, números são
números mas a realidade e esta explicação que eu gostava de prestar à Assembleia é que nós
neste momento não conseguimos dar esse valor e é uma explicação muito simples porque o
exercício real dos números que se quer, é este que eu disse aqui relatvamente ao número de
unidades orgânicas que essa é a deliberação da Assembleia Municipal e as competências claro,
mas não é indiferente se nós colocarmos um trabaloador que está em final de carreira como
coordenador de gabinete que vai ganoar o mesmo do que se for um trabaloador que está no inicio
de carreira. Sim sr. que vai ganoar mais como coordenador de gabinete ou mesmo se for uma
pessoa que vem de fora de outra organização para a Câmara Municipal para essa função. Temos
aqui para a mesma função três resultados diferentes, consoante seja uma pessoa que vem de fora
da organização é mais um salário, neste caso coordenador de gabinete. Sobre (...) em inicio de
carreira é mais o diferencial daquilo que já pagamos relatvamente à função que vem exercer. Se
for um técnico superior em final de carreira vai receber o mesmo que já recebe porque o valor de
coordenador de gabinete é muito inferior ao valor que a pessoa já recebe, ooje um técnico
superior em final de carreira até recebe mais que o Presidente da Câmara. Só para explicar esta
questão e se nós replicarmos este exemplo de coordenador de gabinete, por um coefe de divisão
ou um diretor de departamento é igual. Portanto, nós temos aqui 69 casos diferentes, com
resultados diferentes. Até quem gosta de combinações, não sei se oá aqui algum matemátco que
goste de combinações, mas existem aqui múltplas formas de coegar a vários resultados. Para
dizer ao Sr. eleito Bruno Barata que claro que é mais fácil acertar neste resultado do que no euro-
miloões, mas será também difcil do ponto de vista das probabilidades. Sobre o tempo que
demorou, foi o tempo que foi possível porque na verdade a Câmara Municipal deliberou em
46/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

agosto do ano passado, está a fazer um ano, lançar o processo de reestruturação orgânica da
Câmara Municipal do Seixal e de facto, um ano depois estamos aqui com uma proposta que teve
todo este trabaloo que eu referi. Em primeiro lugar, a avaliação realizada pela nossa divisão de
recursos oumanos, depois o trabaloo de consultadoria externa, depois o trabaloo com formação
dessa proposta com a visão do executvo municipal. Depois o trabaloo de envolver os
trabaloadores até coegarmos depois a esta proposta final. Pensamos que um ano que foi o tempo
que demorou e que demorará se a Assembleia Municipal assim o decidir com a aprovação desta
proposta, depois com a sua publicação ficaremos num ano, desde a decisão polítca de iniciar o
processo até à sua conclusão.
Sobre a questão das coefias que não será com mais coefias que oaverá mais eficácia, poderemos
estar de acordo com isto mas também podemos estar de acordo com o seu inverso. É preciso
concretzar e ninguém tem dúvidas que com este exemplo que eu vou dar que nós temos um
único coefe de divisão para 200 trabaloadores, 15 equipamentos desportvos, 46 projetos
desportvos e o relacionamento com 50 coletvidades com todos os investmentos que estão a
acontecer, apenas uma pessoa dirige tudo isto. Podem dizer um super oomem ou uma super
muloer, mas independentemente das qualidades dessa pessoa, se ela for coadjuvada com um
coefe de divisão e os vários coordenadores dos gabinetes destes equipamentos ninguém tem
duvidas que pelo menos funcionava meloor. Teríamos mais condições para prestar um meloor
serviço, antes de mais nas piscinas municipais ou no Fórum Cultural ou aqui mesmo nos serviços
operacionais e nos serviços centrais onde estamos ou na futura loja do cidadão. Precisamos de ter
uma equipa com um dirigente que coordene esse trabaloo nesse equipamento. Penso que isto é
facilmente percetvel com este exemplo de que iremos com certeza meloorar o resultado e por
isso, estamos em querer que com esta proposta poderá não ser a meloor proposta do mundo, mas
no entanto parece-nos que dentro do quadro em que estamos que nos parece uma aproximação
muito interessante relatvamente ao nosso objetvo de melooria de serviço público. Como tudo na
vida não oá cenários perfeitos, não oá modelos perfeitos, existem modelos, vamos implementá-lo,
vamos avaliá-lo e teremos condições porque a lei assim o estabelece para se necessário
corrigirmos este ou aquele aspeto se na execução agora destas várias unidades, alguma de certa
forma corresponder à expetatva em termos da opção polítca da Câmara Municipal, mas no
entanto como referi neste ano de trabaloo muitas pessoas se envolveram neste trabaloo, gostaria
também de as cumprimentar também por isso e de os felicitar antes de mais a Sra. Vereadora dos
Recursos Humanos que com a sua equipa, que desde o dia que foi lançado o processo até que
terminou foi sempre uma matéria muito importante e se somarmos depois o SIADAP, se
somarmos as novas contratações, se somarmos todo um conjunto de matérias que estão
concentradas nos recursos oumanos ficamos também apenas com um coefe de divisão para tratar
de toda esta imensidão de processos e problemas de facto, estamos aqui a ver a enorme entrega
destes dirigentes. Aliás, ainda ooje mais uma vez um dirigente mesmo estando de férias veio a
uma iniciatva da Câmara Municipal porque era o responsável e sentu essa responsabilidade,
portanto, é este tpo de pessoas empenoadas com a causa pública que abdicam muitas vezes do
seu próprio interesse para estar a prestar o seu serviço, é este tpo de pessoas que fazem com que
a Câmara Municipal do Seixal seja a grande Câmara Municipal do Seixal que é”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Defesa da oonra? Sentu-se desonrado é isso? É
regimental, com certeza”.
47/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

Bruno Barata do PS em defesa da oonra disseo “O Sr. Presidente na sua intervenção citou-me duas
vezes até insinuando que eu não sabia fazer contas e simultaneamente diz que este pacote de
gestão é como o euromiloões. Este pacote de gestão, isto é tão difcil como acertar o euromiloões.
Eu vou explicar como é que coeguei a 1 miloão e 800 mil euros”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Isso é defesa da oonra? Isso é uma intervenção. Se
vai explicar é uma intervenção. Diga lá onde é que foi desonrado, isso é que interessa.”
Bruno Barata do PS disseo “Fui desonrado porque o Sr. Presidente estava a insinuar que o Sr.
Presidente ...”.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Vai fazer uma intervenção? Não é possível! Agora
diga lá o que é que sentu em termos do regimento. Isto é em termos regimentais qualquer
membro da Assembleia Municipal o pode fazer. Agora se quer fazer uma intervenção já não está
no período de intervenção”.
Bruno Barata do PS disseo “Sr. Presidente da Assembleia posso falar ou não posso?”
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Pode para defender a oonra.”
Bruno Barata do PS disseo “Eu queria explicar aqui ao Sr. Presidente quando diz que entra um
técnico superior de ultmo escalão ou de primeiro escalão vai ter que também ocupar esse lugar
de técnico superior e não são as pessoas que vão receber mais e depois o outro lugar fica vago ou
seja essas pessoas também vão ser necessárias para ocupar os lugares e portanto, o Sr. Presidente
vê a tabela da função pública, quanto é que é o diretor de departamento 4 mil 305 euros, um
coefe de divisão 3 mil 690 “.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Assim tro-loe a palavra! Mas isso é defesa da
oonra? Assim tro-loe a palavra. Eu quase que estou tentado a contnuar a explicar isto, o Sr. está a
fazer uma intervenção, não foi defesa da oonra e o Sr. Presidente penso que foi muito claro, na
minoa opinião, na forma como explicou. Sendo assim, estamos em condições de votar e vamos
proceder à votação”.
Aprovada a Deliberação nº 37/XII/2019 unanimidade e em minuta como
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitoso

- Do grupo municipal da CDUo 7

- Do grupo municipal do PSo 8

- Do grupo municipal do PSDo 2

- Do grupo municipal do BEo 2

- Do grupo municipal do CDS-PPo 1

- Do presidente da JFFFo 1 ,,

48/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disseo “A proposta do regulamento de serviços foi


aprovada com os votos a favor da CDU, do Presidente de Fernão Ferro, a abstenção do PS, do PSD,
do Bloco de Esquerda e do PAN e o voto contra do CDS. Eu pergunto se oá declarações de voto?
Não oá declarações de voto”.
III.3. Minuta da Ata.
O Presidente da Assembleia Municipal disseo “Consideramos a ata aprovada em minuta. Vamos
ter Assembleia Municipal a 4 de setembro para a apreciação das grandes opções do plano e
orçamento de 2019. Iremos ter outra Assembleia Municipal, a ordinária a 20 de setembro. Boas
férias para todos e obrigada”.
Aprovada a Deliberação nº 38/XII/2019 por unanimidade e em minuta como
 Trinta e sete (35) votos a favor dos seguintes eleitoso
- Do grupo municipal da CDUo 16
- Do grupo municipal do PSo 10
- Do grupo municipal do PSDo 3
- Do grupo municipal do BEo 3
- Do grupo municipal do PANo 1
- Do grupo municipal do CDS-PPo 1
- Do grupo municipal SFFo 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Nada mais oavendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabaloos por
encerrados, agradecendo a presença do executvo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca das 2o35 ooras do dia 28 de junoo.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetvo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercícioo
O Presidente da Assembleia Municipalo

49/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 06/2019
3ª Sessão Extraordinária – 5 de agosto de 2019

O Primeiro Secretárioo

A Segunda Secretáriao

50/50
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

A T A nº 07/2019

Aos quatro dias de setembro de dois mil e dezanove, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 4ª sessão extraordinária de 2019, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal
do Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da
Costa e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária,
Sara Sofa Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo
edital nº 21/2019, de 21 de agosto.

I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.


III.1. Opções do plano e proposta de orçamento para 2019, nos termos da alínea a), do nº 1 do art.
25º, por força da alínea c), do nº 1, do art. 33º, ambos do Anexo à Lei nº 75/2013, de 12/09,
alterado pela Lei nº 50/2018, de 16/08, autorização para a contratação de empréstmo de curto
prazo, nos termos da alínea f), do nº 1, do art. 25º do Anexo à Lei nº 75/2013, de 12/09, mapa de
pessoal, nos termos da alínea o), do nº 1, do art. 25º do Anexo da Lei nº 75/2013, 12/09, e
autorização genérica para a assunção de compromissos plurianuais nos termos do art. 6º da Lei nº
8/2012, de 21/02, alterada pela Lei nº 22/2015, de 17/03. Aprovação.

Estveram presentes, para além dos membros da Mesa

Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa,
Custódio Luís Quaresma Jesus Carvalho, Hernâni José Pereira Peixoto Magalhães, Nuno Filipe
Oliveira Graça, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira Inácio, Maria João Evaristo de
Oliveira Santos, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira Maria Machado dos Santos e Armando da Costa
Farias.

Do PS: Tomás Baptsta Costa dos Santos, Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martns Cunha,
Jorge Leonel Vaz Freire, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofa
Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira, Maria Virgínia de Sousa Andrade Dias e José Carlos
Elizeu Chora.

Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Maria Luísa Marques da Gama, Duarte Sérgio dos
Santos Melo Correia e Ricardo Manuel de Barboza Marques de Moraes e Soares.

Do BE: Vítor Cavalinhos e Carlos Lázaro.

1/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Do PAN: António Sota Martnss

Do CDS-PP: Marlene da Conceição Aires Pires Abrantes.

Estveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Corroios e de Fernão Ferro e


da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetvamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.

Faltou o eleito Eduardo Grêlo, do BE.

Registaram-se as seguintes substtuições

No grupo municipal da CDU Rui Algarvio por Gonçalo Rui Oliveira em virtude do Nuno Pombo ter
também solicitado a sua substtuiçãos Júlia Freire por Almira Santoss Fernando Sousa por Armando
Farias e Nuno Graça por Maria Alice Espada.

No grupo municipal do PS Bruno Barata por por Ricardo Rodrigues em virtude de Milton Simões
também ter solicitado a sua substtuiçãos Rui Brás por Rui Parreiras Samuel Cruz por Virgínia Dias e
Nelson Patriarca por José Chora.

No grupo municipal do PSD Rui Mendes por Ricardo Soares.

No grupo municipal do BE Sandra Sousa por Carlos Lázaro, em virtude de Hugo Arsénio, Francisco
Silva, Lígia Anjos e Márcia Santana terem também solicitado a sua substtuição.

No grupo municipal do PAN André Nunes por António Sota Martns.

No grupo municipal do CDS-PP João Rebelo por Marlene Abrantes em virtude de Humberto
Batardo ter também solicitado a sua substtuição.

Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estveram presentes os seguintes Vereadores

Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Maria João Varela Macau, José
Carlos Marques Gomes, Elizabete Pereira Adrião, Cláudia Marina da Silva, Nuno Moreira, Manuel
Pires, Francisco Morais e Fátma Carvalho em substtuição de Eduardo Rodrigues.

A Sessão teve início cerca das 20 35 horas.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Boa noite, vamos dar inicio à sessão da Assembleia
Municipal, é a 4ª Sessão Extraordinária de 2019, estamos em condições de começar, temos
quórum, com a informação de pedidos de substtuição, da CDU, Rui Algarvio por Gonçalo Rui
Oliveira em virtude do Nuno Pombo ter também solicitado a sua substtuiçãos Júlia Freire por
Almira Santoss Fernando Sousa por Armando Farias e Nuno Graça por Maria Alice Espada. Do PS,
Bruno Barata por Ricardo Rodrigues em virtude de Milton Simões também ter solicitado a sua
substtuiçãos Rui Brás por Rui Parreiras Samuel Cruz por Virgínia Dias e Nelson Patriarca por José
2/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Chora. Do PSD Rui Mendes por Ricardo Soares, do Bloco de Esquerda, Sandra Sousa por Carlos
Lázaro, em virtude de Hugo Arsénio, Francisco Silva, Lígia Anjos e Márcia Santana terem também
solicitado a sua substtuição, do PAN, André Nunes por António Sota Martns, do CDS-PP João
Rebelo por Marlene Abrantes em virtude de Humberto Batardo ter também solicitado a sua
substtuição. Este é o quadro em relação à composição da assembleia Municipal, dizer ainda que
se mantém a suspensão de mandato de Rosária Antunes. Em relação ao período da ordem do dia,
nós temos um conjunto de 13 documentos, os documentos chegaram todos no período
regimental das 12h, menos um, e, portanto, não carecem de leitura no quadro do regimento.
Entretanto temos dois votos de pesar, um voto de pesar da CDU e um voto de pesar do Bloco de
Esquerda. No quadro de um procedimento que anteriormente já tvemos e por acordo entre os
Líderes, é sempre feita a consulta dos Líderes, os votos de pesar do Bloco de Esquerda e da CDU,
iremos fazer a sua apresentação e a sua apreciação em conjunto, a votação respetva
evidentemente e , portanto eles indicam também um minuto de silêncio, iremos depois proceder
ao respetvo momento deste minuto de silêncio.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sendo assim passamos ao primeiro período deste
quadro de funcionamento da Assembleia que é o período de intervenção da População, nós temos
inscritas três intervenções dizer que, a referência do tempo é de cinco minutos por cada
intervenção, usam da palavra no microfone aqui instalado e tem a palavra em primeiro lugar
António Nunes Ventura, se faz favor.”

I.1. António Nunes Ventura disse: “Ora o meu nome é António Nunes Ventura, moro em Fernão
Ferro, mais propriamente dito na Quinta das Laranjeiras, há cerca de quarenta anos, acontece que
um edifcio que estava abandonado foi agora adquirido pelas pessoas que lá estão neste
momento, tem lá uma máquina de decapagem e metalização, onde a decapagem é tudo feito à
base de ácidos, os ácidos são expelidos pelas grandes ventaxes, vão todos para a atmosfera e
quem está a respirar aqueles ácidos, mais precisamente, nós os moradores e quilo tem um raio de
ação de dois a três quilómetros, isso foi o Insttuto Nacional do Ambiente que me informou.
Porque já há mais ou menos de quinze ou vinte anos havia lá uma máquina idêntca e o Insttuto
Nacional do Ambiente, que era em Alfragide, eles foram lá três fscais e fecharam essa dita
máquina e eles foram-se embora para Palmela, portanto, aquilo é um barulho desde as oito até às
seis horas, é com rebarbadoras, é com berbequins, aquilo é um inferno, e, a minha mulher tem
uma defciência de oitenta por cento, tem problemas de respiração e da troide e ela não pode vir
para a rua, precisamente, para não estar a respirar os ácidos, inclusivamente aqueles ácidos já
estão a queimar a minha relva e a relva do meu vizinho também já está toda queimada, já podem
ver o grau de veneno que ali está, quanto a mim, numa altura destas, não devia estar ali, que
aquilo está a poluir o ambiente, eles, inclusive rasgaram as paredes, que aquilo é um edifcio em
quadrado, para as máquinas empilhadoras poderem passar, com máquinas, peças metálicas,
3/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

bastante pesadas, bom, o barulho é tanto, tanto, tanto que nós não podemos abrir uma janela, é
uma coisa impressionante, portanto, agradecia, por favor, fechem aquilo que aquilo não tem
condições de estar ali, há muitas habitações ali, inclusivamente, Fernão Ferro é a freguesia, quanto
a mim, que se fazem mais casas, mais residências, é bom que levassem isso em conta, estão a
envenenar as pessoas, ali ao lado estão vários prédios com cinco ou seis andares, levem isso em
consideração. Aquilo é uma coisa impressionante, não pode estar ali, portanto, esta é a minha
reclamação, é seguir o exemplo que fez o Insttuto Nacional do Ambiente, na era dois mil, eu até
estou admirado como é que autorizaram, se é que autorizaram, se autorizaram, ora eu tenho
conhecimento, partcularmente, eu tenho conhecimento que estes senhores vieram de Paio Pires,
porque houve um abaixo assinado e eles tveram que sair de lá, pois bem se é preciso arranjar um
abaixo assinado nós também arranjamos, inclusivamente eu tenho contactos com alguém da
televisão, a televisão também pode chegar ali e resolver o problema, mas não vamos chegar a este
ponto, espero que a câmara resolva este problema, muito obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado também, intervenção seguinte o Senhor


Bruno Moreira, se faz favor.”

I.2.Bruno Moreira disse:”Boa noite Senhor Presidente da Assembleia, restantes representantes, o


tema é o mesmo, eu venho alertar esta Assembleia que deslocou-se de Paio Pires para Fernão
Ferro – Quinta das Laranjeiras – provavelmente uma das malhas urbanas maiores no Município,
uma empresa altamente poluente de dacapagem e metalização. Porque é que veio de Paio Pires
para Fernão Ferro, não sei, peço que averiguem, averiguem também se existe algum tpo de
licenciamento para o efeito, averiguem também se existe algum tpo de licenciamento para as
alterações estruturais que aquele edifcio está a sofrer durante preciso momento. Sei que já
existem movimentos na freguesia no sentdo de impedirem a contnuidade desta empresa, eu
moro mesmo ao lado, acabei de ter um familiar que está curado de cancro, fez a últma consulta ,
e neste momento tenho este fagelo à porta, padeço evidentemente de todos os males que o meu
vizinho Ventura também padece, também tenho um familiar com um grau elevado de troidísmo,
mas a minha função aqui é alertar o município, perceber se realmente tem conhecimento da
realidade que está no local, eu sei que houve uma informação, por parte da Associação de
Moradores, em Maio e eu creio, não sei se está aqui alguém da associação, deveria estar, eu creio
que após essa informação, ou esse pedido, que alguma diligência tenha sido tomada. No que diz
respeito ao mediatsmo deste tema acho que não vai ser necessário, pelo que eu conheço dos
serviços municipais tudo farão para que isto seja resolvido, mas claro, cá estarei na próxima
quarta-feira para conseguir debater melhor o tema e , se assim for, irei pertencer a qualquer
baixo-assinado que venha a ser desenvolvido no futuro, disse, muito obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado, tem a palavra agora o Senhor Luís
Rodrigues Fonseca.”

4/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

I.3. Luís Rodrigues Fonseca disse “Boa noite Senhor Presidente, eu faço parte deste grupo de
duas pessoas, sei que está aqui um representante da associação de moradores, venho também
colocar perante todos este problema que é importante porque, eu não moro em cima desta
unidade fabril, moro um pouco distante, mas as ruas que nos separam não chegam a dois
quilómetros e, esta informação que o Senhor Ventura nos trouxe aqui é importante para todos os
vivem em Fernão Ferro e que estão próximos desta situação, por isso, tal como eles, peço ao
Senhor Presidente e aos Vereadores que tomem atenção a este assunto , porque, tal como
fzeram em Paio Pires, também nós aqui, em Fernão Ferro, iremos fazer o mesmo, não nos iremos
calar, iremos atuar perante esta situação, que é prejudicial e que é de saúde pública, não é só a
nossa saúde, é de todos aqueles que vivem em Fernão Ferro. Boa noite.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Boa noite, obrigado. Terminadas as intervenções,


dou a palavra ao Senhor Presidente da Câmara, se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse: “Muito obrigado Senhor Presidente da Assembleia


Municipal, cumprimentos na sua pessoa os eleitos, a mesa, cumprimento os trabalhadores da
Câmara Municipal e também a população presente. Agradecer os alertas que nos vieram aqui por
parte destes três munícipes, de facto nós já tnhamos conhecimento desta situação, está a ser
avaliada na Câmara Municipal, o que, para qualquer unidade industrial decorrente da sua
tpologia, da sua categoria, ou é licenciada pela Câmara ou é licenciada pelo Ministério da
Economia, é isto que estamos de momento a avaliar, independentemente daquilo que for esta
avaliação da categoria da industria, se for nossa responsabilidade iremos agir, se for da
responsabilidade do Ministério da Economia iremos contactar o Ministério da Economia para agir,
portanto, isto relatvamente à parte industrial, do licenciamento industrial, depois existe a parte
dos impactos ambientais e aqui, claramente do ponto de vista do licenciamento industrial, existe
também a exigência de uma licença ambiental, o caso da siderurgia é para nós emblemátco,
associada à licença industrial há uma licença ambiental e se, de facto, estamos perante uma
industria poluente, eu diria, terá que haver também uma análise sobre as questões relacionadas
com a utlização desse tpo de químicos e depois quer a sua utlização, manuseamento e até
rejeição de forma controlada e naturalmente isso terá que ser apreciados e para além disso temos
a parte, que foi referida também, relacionada com o ruído e com a questão relacionado com as
obras, o ruído há uma lei nacional e, portanto, nós podemos mandar fazer uma avaliação do ruído,
isso é uma competência da Câmara, nós podemos fazê-lo e avaliá-lo, aliás, quero dizer que já não
é a primeira vez que o fazemos para industria, já o fzemos, quer por exemplo da siderurgia, quer
noutras fábricas ou industrias de menor dimensão, temo-lo feito exatamente no contexto de
queixas como aquelas que aqui hoje foram expressas e depois temos também a parte relacionada
com o licenciamento urbanístco, ou seja, licenciamento de obras, porque de facto se há obras em
curso a Câmara Municipal tem de as conhecer, tem que acompanha-las e tem que ser licenciadas,
portanto eu diria que nestas linhas todas que eu referi de certeza que contarão com a Câmara
5/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Municipal para vos acompanhar neste processo porque, interessa-nos acima de tudo, claro a
produção +e importante, mas a vida das populações é mais importante e por isso essa é a nossa
primeira prioridade, contarão connosco e se de facto esta industria não couber, no ponto de vista
da sua exploração naquele local terá que encontrar outro local onde seja, efetvamente, possível
laborar e , o nosso país é tão grande e tem tanta necessidade de industrias, tantos sítos no nosso
país sem industria e sem emprego e, por isso, tenho a certeza que será possível encontrar uma
solução, por isso queria agradecer aos munícipes, agradecer-vos por terem estado aqui a
expressar a vossa preocupação e dizer-vos que nestas várias vertentes contarão com a Câmara
Municipal para vos acompanhar nesta matéria. A Senhora Vereadora do Urbanismo está a verifcar
a questão relatva a licença industrial, portanto, a fscalização Municipal já esteve no local, vamos
acompanhando este processo a par e passo e daremos conta, também aos senhores, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Senhor Presidente da Câmara.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Em relação ao Período de Antes da Ordem do Dia
nós temos um conjunto de 13 documentos, e os documentos chegaram todos no período
regimental das 12 horas, menos um que é um voto de pesar do BE, e portanto não carecem de
leitura no quadro do regimento, entretanto temos dois votos de pesar, portanto um voto de pesar
da CDU e um do BE no quadro de procedimento que anteriormente já tvemos e por acordo entre
os líderes é sempre feito a consulta dos líderes, portanto os votos de pesar do BE e o da CDU
iremos fazer a sua apresentação e a sua apreciação em conjunto a votação respetva
evidentemente e como nos indicam também 1 minuto de silêncio iremos proceder depois ao
respetvo momento deste minuto de silêncio.”

II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Sobre o Estudo de Impacte Ambiental do
Aeroporto do Montio e Respetvas Acessibilidades», subscrita por Paula Santos.

(Documento anexo à ata com o número 1)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto o primeiro é uma moção «Sobre o Estudo
de Impacte Ambiental do Aeroporto do Montjo e Respetvas Acessibilidades», é da CDU é
subscrita por Paula Santos que tem a palavra.”

Paula Santos, da CDU, disse “A moção que trazemos hoje sobre o Estudo e Impacte Ambiental do
Aeroporto do Montjo e Respetvas Acessibilidades ela é do conhecimento de todos os eleitos,
ainda assim farei aqui uma síntese daquilo que nós propomos nesta moção, tem em discussão
este estudo de impacto ambiental que no fundamental identfca problemas já denunciados e
evidentes com a utlização da Base Área do Montjo como aeroporto civil, reconhece os riscos para

6/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

a qualidade de vida e para a saúde das populações associadas à opção pela Base Área do Montjo,
reconhece os impactos negatvos para o ambiente, para o habitat natural do Estuário do Tejo e os
riscos associados à navegação aérea e a respetva segurança. A opção pelo aeroporto do Montjo
afeta milhares de pessoas cujas residências se situam no cone de aterragem e descolagem
previsto e há inclusivamente zonas residenciais do nosso concelho em partcular na freguesia de
Fernão Ferro e na freguesia de Aldeia de Paio Pires que estão contguas a estas áreas previstas
para que os aviões possam fazer estas manobras de aterragem e descolagem que naturalmente
terá impactos no bem estar também da população do nosso concelho. Neste estudo de impacto
ambiental são feitas um conjunto de afrmações sem qualquer fundamentação unicamente com o
objetvo de concluir que a opção do aeroporto no Montjo é mais adequada quando sabemos de
facto de que esta opção é uma opção muito limitada e que não corresponde às necessidades de
desenvolvimento para a região e para o País, aquilo que propomos é que a solução seja a
construção de um novo aeroporto de Lisboa no campo de tro de Alcochete de uma forma faseada
que permitsse naturalmente uma perspetva de desenvolvimento de ampliação e de responder às
necessidades do nosso País, a solução pelo Montjo é uma solução também com o seu tempo útl
de vida tendo em conta a evolução da utlização de transporte aéreo não irá para além de 2030,
2035s por isso verifcamos de facto um investmento numa solução desta natureza mais uma vez
não responde às necessidades por isso aquilo que nós propomos nesta moção é que a Assembleia
Municipal do Seixal possa tomar uma posição no sentdo de emitr um parecer negatvo
relatvamente ao estudo de impacto ambiental do aeroporto do Montjo e respetvas
acessibilidadess Rejeitar a opção de construção do novo aeroporto de Lisboa na base aérea do
Montjos Defender a construção do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete de
forma faseada que é aquela que efetvamente defende não só os interesses da nossa região como
os interesses do País.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções então em relação a esta moção,


quem é que pretende intervir? Inscrições? Tomás Santos se faz favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Apenas uma rápida nota para dizer que é um orgulho para o Partdo
Socialista que hoje na bancada da vereação estejam 3 mulheres em 4 e isso acho que é de saudar.
Indo à moção, é uma realidade quando nós construímos qualquer infraestrutura que isso traz
custos, costuma-se dizer que na polítca há sempre um ditado que é inolvidável, é que (As
necessidades são infnitas e os meios são sempre fnitos) portanto é óbvio que existem sempre
constrangimentos para a população, exemplo disso a Ponte Vasco da Gama em que também foi
feito um estudo de impacto ambiental na altura em que também havia algumas preocupações
nomeadamente com algumas aves que depois se veio a verifcar que tal não aconteceu porque as
aves se adaptaram e que tal não era esperado, ou por exemplo com o aeroporto de Lisboa que eu
estudei na universidade de Lisboa tnha que ter aulas com os aviões a passar e que conseguimos
todos nos adaptar à realidade do dia à dia, não quero com isto dizer que isso não seja uma
7/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

questão a tratar mas a verdade é que o próprio estudo de impacto ambiental diz que apesar disso
esta é a solução mais adequada e do ponto de vista para a região acho que nós devemos ter aqui
duas preocupações a primeira é acautelar os prejuízos para a população os que existam mas por
outro lado também ter a noção da valorização que isto tem para a nossa região e eu acho que isso
não é de descurar, mas relatvamente à moção gostaria de dizer que fco surpreendido que a
bancada da CDU tendo até na sua coligação o partdo “Os Verdes” não perceba que a solução que
apontou e é isso que também o estudo de impacto ambiental apontou é muito mais prejudicial e
acima de tudo não tem uma visão consolidada sobre aquilo que é esta opção esta alternatva e
sobre as principais razões porque ela existe e isso é óbvio porque o impacto ambiental que ela
tem uma vez que já existe uma estrutura montada uma vez que já existe lá meios aéreos ou
infraestruturas relacionadas com meios aéreos isso diminuiu muito o impacto ambiental e nós de
construir uma infraestrutura nova totalmente nova e o prejuízo que isso terá sempre para a zona
em que nós vamos construir essa infraestrutura megalómana, mas depois acima de tudo não
olham para duas questões muito importantes, a primeira é que é estmado, e o Governo já fez
esse estudo, é estmado que o tráfego aéreo durante os próximos anos venha a diminuir na sua
frequência a nível Mundial por uma razão muito simples o tráfego aéreo é dos meios mais
poluentes para o Mundo para o planeta e por isso é entendimento geral da sociedade e de toda a
ordem internacional de que é preciso diminuir o tráfego aéreo para diminuir as populações fruto
das alterações climátcas, por outro lado também é preciso entender que o que há é um problema
com mais de 20 anos relatvamente ao aeroporto de Lisboa que está acima do seu limite de
tráfego aéreo há mais de 20 anos quando não se construiu o aeroporto há 20 anos atrás e
portanto o que aqui existe é uma forma de não de uma forma absolutamente megalómana e que
vai criar uma infraestrutura gigante que depois não vai ter utlidade perceber-se que é necessário
complementar de uma forma equilibrada e com bom senso a solução do aeroporto de Lisboa
retrando-lhe o tráfego excessivo que ele tem, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Há uma, vamos fazer aqui duas
ou três, mais alguma ou não? Então António Martns, Hernâni Magalhães, António Martns tem a
palavra se faz favor.”

António Martns, do PAN, disse “É com prazer que volto a esta casa, e vou ser muito rápido sobre
esta moção da CDU vou votar a favor da moção não que o PAN esteja de acordo com todos os
pressupostos ou todas as deliberações que vêm na moção nomeadamente a defesa do novo
aeroporto na zona do campo de tro de Alcochete que não é essa a nossa opção a nossa opção é
que seja aproveitado o aeroporto de Beja e que se construam as acessibilidades que faltam
construir para que esse aeroporto possa complementar o aeroporto de Lisboa mas por todos os
pressupostos que de facto se considerarmos que é um atentado ambiental a construção do
aeroporto do Montjo que põe não só em perigo as espécies animais mas também as pessoas que

8/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

o vão utlizar e os transportes que vão ser utlizados para chegar a esse aeroporto vamos votar irei
votar a favor desta moção, é só isso.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra Hernâni Magalhães.”

Hernâni Magalhães, da CDU, disse “Só dois ou três apontamentos, o eleito do Partdo Socialista
parece esquecer que o aeroporto de Alcochete foi aprovado por um governo do próprio Partdo
Socialista sai uma resolução do Conselho de Ministros a aprová-lo como a melhor solução, solução
essa que foi estudada por uma equipa portuguesas era a primeira questão que eu gostaria de
dizer, segunda questão que gostaria dizer o mesmo eleito do Partdo Socialista parece esquecer
que uma coisa é um aeroporto de índole comercial outra coisa é um aeroporto de índole militar
nem sequer as pistas a serem utlizadas são as mesmas que hoje são utlizadas pela força aérea, a
nova pista que foi abandonada pela força aérea há vários anos a ser utlizada no Montjo embica
diretamente para o terminal portanto de gás e petrolífero do outro lado no gás rosarinho, é uma
realidade, por últmo lugar nunca ninguém falou numa estrutura megalómana nem o governo do
engenheiro Sócrates que aprovou, aprovou uma estrutura megalómanas aprovou um aeroporto
por fases eu penso que por fases disto tudo, últma questão nem o aeroporto da Portela nem o
aeroporto do Montjo, se vier a ser instalado portanto a tal flial do aeroporto de Lisboa, estão
preparados para receber os chamados aviões da Buldec provavelmente em 2025 vão voar, o que é
que isto quer dizer, quer dizer que o aeroporto da Portela e o aeroporto do Montjo vão ter que
refazer toda a infraestrutura das mangas da chegada dos aviões porque nenhuma delas está
preparada sobretudo em altura porque é preciso mais um nível para receber os aviões da Buldec,
obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Rui Belchior se faz favor.”

Rui Belchior, do PSD, disse “Eu hesitei ou melhor nós hesitámos vir aqui fazer uma intervenção
nesta matéria porque evidentemente aliás já foram escritos litros de tnta em quilos de papel
sobre este assunto e as divergências contnuam bem patentes e portanto é difcil a quem não tem
conhecimentos técnicos compreender verdadeiramente quais são ou não as vantagens de ter um
aeroporto aqui ou acolá, contudo pragmatcamente custos ambientais haverá em todas as
localizações onde se possa fazer um aeroporto isso parece-nos evidente e categórico, depois dizer
o seguinte quanto à diferença de custos ela é signifcatva em relação a Alcochete portanto em
Alcochete sairia muito mais cara essa solução de aeroporto em relação ada do Montjo e ainda
tem outro problema na nossa ótca que é a distância a que está de Lisboa portanto a mais de uma
hora ao contrário do que sucede com o Montjo portanto isto para nós é o sufciente para não
concordarmos com esta solução de Alcochete, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos se faz favor.”

9/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Sobre esta moção o que nos cabe dizer a primeira nota é que o
debate sobre a questão do aeroporto é um debate só com duas faces ou se defende o Montjo ou
se defende Alcochete e já agora há quem defenda Beja e esse problema é que a equação de Beja
nunca está em equação porque à partda não é possível como se não houvesse no Mundo
aeroportos que existam dezenas e dezenas de quilómetros dos centros urbanos mas esses e
tecnicamente e do ponto de vista dos transportes esses problemas podem ter solução mas o facto
é que essa solução nem sequer é equacionada ponto e depois acontece que em Beja há forças
polítcas que são irmãs das forças polítcas que aqui estão que defendem Beja, há forças à
esquerda no Alentejo que defendem a solução Beja não é nenhuma coisa estrato esférica portanto
a primeira nota é que isto que nunca entra em equação a outra é o seguinte portanto a solução
Alcochete também tem impactos que devem de ser considerados a solução Alcochete será
construído sobre o aerofrico do País e será necessário abater milhares de sobreiros, milhares e
milhares de sobreiros portanto também tem impactos portanto a solução Alcochete não é uma
maravilha sem qualquer tpo de impacto, bom portanto o que é que nós o Bloco propõe sobre esta
matéria, nós com toda a clareza somos contra o aeroporto do Montjo e isso é uma coisa é factual
não temos qualquer dúvida sobre essa matéria temos dúvidas do ponto de vista temos dúvidas
que a única solução seja Alcochete e que não seja possível discutr e que esta questão fque
acabada e que não seja possível analisá-la de outros pontos de vista o que nós propomos aqui é o
seguinte é que esta moção seja votada ponto por ponto e depois nós propomos essa função que
seja votada ponto por ponto e pronunciaremos sobre cada qual da forma como entendermos, era
só.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não há mais intervenções? Tomás Santos se favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Era só para esclarecer quando eu falava numa estrutura
megalómana, queria exatamente dizer isso mas a verdade é que o eleito da CDU deu-me razão
quando depois de eu lhe dizer que é estmado que o tráfego diminua e o que há aqui é uma
realidade concreta de há mais de 20 anos de se compreender e de ser factual e consensual em
toda a sociedade que o aeroporto de Lisboa está sob lotado há muitos anos, dizer que mas apesar
disso o tráfego vai diminuir portanto nós não queremos um novo aeroporto com uma capacidade
de crescimento a 50 anos a 60 ou a 70 quando a gente sabe que o tráfego aéreo vai diminuir mas
o eleito da CDU acabou por me dar razão quando disse que começar por fases quer dizer é um
custo nada eterno, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não havendo intervenções o Sr. Presidente da


Câmara faz o favor de usar da palavra.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Dizer que a Câmara Municipal consttuiu um grupo de
trabalho interno para poder partcipar na consulta pública que está a decorrer relatvamente ao
estudo de impacto ambiental para portanto o terminal de aeroportuário do Montjo e de facto

10/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

estamos perplexos, perplexos com esta portanto opção decidida pelo Governo, por três ordens de
razões a primeira dos impactos sobre a população ao nível do ruído e poluição e que vão afetar o
Concelho do Seixal, o Concelho do Seixal principalmente a área de Fernão Ferro de Paio Pires são
afetadas portanto poderão ser afetadas pela passagem de aviões de 5 em 5 minutos a baixas
alttudes não só com as questões de ruído associadas mas também com as questões de poluição,
por isso não compreendemos porque razão se contnua a insistr numa solução que é portanto
perigosa para a saúde e para a vida das populações esta é a primeira razão, a segunda tem a ver
com os impactos ao nível do ambiente, foram estudadas várias opções em 2010 sobre a
localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa e aquela que foi a melhor a que foi
considerada a melhor foi de facto o campo de tro de Alcochete e é a única que tem um estudo de
impacto ambiental aprovado se hoje Portugal quiser construir um aeroporto no Território
Contnental o único síto que o pode fazer desde já é no campo de tro de Alcochete que tem um
estudo de impacto ambiental aprovado por isso não se compreende porque é que no síto que é
portanto estamos a falar de um braço do rio Tejo numa zona da península do Montjo se vai
concretzar um terminal aéreo portuário com todos os impactos que terá sobre o ambiente e por
isso é também uma situação que de facto vemos com enorme gravidade, e o terceiro fator é
porque é mais barato construir no campo de tro de Alcochete, o mesmo dinheiro aplicado no
Montjo e aplicado em Alcochete o mesmo dinheiro dará mais obra em Alcochete e é muito
simples não é preciso ser engenheiro para perceber isso as obras que vão que ser feitas de aterros
portanto na zona para estender a pista na península do Montjo portanto as obras marítmas as
fundações especiais de todo o conjunto de intervenções em termos de engenharia que será feita
portanto será muito mais onerosa do que fazê-la no campo de tro de Alcochete e quando se diz
que no campo de tro de Alcochete é mais caro era por questão de comparar uma pista com
quatro pistas porque o projeto do campo de tro de Alcochete tnha quatro pistas e contnua-se a
insistr nessa mentra nessa falácia aliás tenho muita pena de muitos dos seus eleitos não tenham
estado num debate que nós promovemos com a plataforma portanto na base aérea do Montjo
não penso que é BA6 não, onde foram convidados todos os grupos parlamentares com assento na
Assembleia da República, esteve presente o PCP, “Os Verdes” e o Bloco de Esquerda os eleitos do
PS não se dignaram a estar presentes, os eleitos da Assembleia da República do PS, o PSD
procederam da mesma forma igual ao CDS e igual à do PAN então esta matéria não é importante
para o Concelho do Seixal? Não é importante para a península de Setúbal? não é importante para
a região? não é importante para a área metropolitana de Lisboa? não é importante par o País, não
se quer debater, o anterior bastonário da ordem dos engenheiros que esteve presente na sala e
no debate portanto foi Presidente do laboratório Nacional da Engenharia Civil deu uma lição sobre
esta matéria e por isso do ponto de vista técnico e polítco a melhor opção é o campo de tro de
Alcochete as mesmas verbas aplicadas em Alcochete darão mais obra do que aquelas que serão
aplicadas no Montjo por isso senhores eleitos de facto esta opção a concretzar-se será
extremamente prejudicial para as populações e para o País, e a pergunta que se faz é Quem
11/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

benefcia com este aéreo portuário, as populações não serão, os passageiros não serão, os pilotos
não serão, quem benefciará? Só vemos uma entdade que é a empresa concessionária a quem o
Governo do PSD/CDS privatzou, a ANA aeroportos é o único benefciado porque em vez de
construir um aeroporto chamado digno desse nome vai construir um aéreo portuário portanto é
vergonhoso é escandaloso que se faça este tpo de opção, e por isso da nossa parte da parte do
executvo municipal estamos a concretzar um parecer técnico que terá naturalmente também
uma realização polítca para podermos partcipar na consulta pública que está a decorrer sobre o
aéreo portuário de portanto do Montjo, e muito bem esta oportunidade de discutrmos aqui na
Assembleia Municipal tão importante matéria ambiental e estratégica de mobilidade das
populações aqui para o nosso território, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Antes de dar a palavra para encerrar à proponente,
a questão colocada pelo BE, a votação ponto por ponto, portanto nós trata-se de uma matéria em
relação portanto à conclusão do regimento que não temos concluída ela não se coloca apenas em
relação ao que são as propostas da ordem do dia está a ser refetda nesse quadro mas neste
quadro ou seja no que se refere à ordem do dia tem a ver com em que quadro é que a Assembleia
pode apresentar propostas de alteração no que se refere ao período da ordem do dia, mas trata-
se de facto também de uma matéria que tem sentdo apreciar no que se refere ao período de
antes da ordem do dia que até agora com a memória que facilmente todos temos sobre esta
matéria foi digamos um procedimento que nunca tvemos na Assembleia Municipal ou seja votar
documentos ponto a ponto quaisquer que sejam, saudações, moções etc. o que for no período de
antes da ordem do dia, neste sentdo parece-nos claro em termos de entendimento da mesa que
esta é uma matéria que nós fecharemos teremos que concluir em sede de reunião de líderes e
adequar no que for entendido na conclusão a que chegarmos nas alterações do regimento que
ainda iremos proceder com certeza até ao fnal do ano, portanto é este o nosso entendimento não
está em questão a legitmidade da colação da questão como é evidente mas o nosso quadro de
apreciação é este. Sendo assim tem a palavra Paula Santos se faz favor. Prescinde? Então vamos
colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº73/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do presidente da JFFF 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos


12/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU do BE do PAN e do SFF, e os votos contra do PS, PSD e CDS, pergunto se há alguma
declaração de voto? Vítor Cavalinhos se faz favor ”

Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse “Rapidamente, o Bloco votou a favor desta
moção porque está de acordo com o parecer negatvo sobre o estudo do impacto ambiental e
estamos de acordo em rejeitar a construção do aeroporto na Base Aérea do Montjo mas
mantemos sobre a solução do novo aeroporto no campo de tro de Alcochete o BE mantém uma
posição fechada sobre esse problema e achamos que essa solução não deve encerrar o debate
sobre essa necessidade independentemente dos diversos argumentos que são colocados em cima
da mesa ao longo dos anos sobre esta matéria, esta é uma declaração de voto rapidinha mas no
prazo regimental faremos chegar uma declaração de voto mais circunstanciada e mais
argumentada sobre, mas a posição do Bloco é esta.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não há mais
declarações de voto portanto passamos para o documento seguinte.”

II.2. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Criação de pelo menos um parque canino
no Município do seixal», subscrita por Marta Barão .

(Documento anexo à ata com o número 2)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Este documento é do PS e é uma moção de


«Criação de pelo menos um parque canino no Município do Seixal», é da Marta Barão a
proponente que tem a palavra se faz favor.”

Marta Barão, do PS, disse “Basicamente o que eu proponho é a criação de pelo menos de um
parque canino no nosso município como nós temos à semelhança de por exemplo no município de
Sesimbra, que já criou um, o que não só era vantajoso para a própria população conviver e
socializar como para os próprios animais não só socializarem-se com o seu tutor como com outros
animais e com outras pessoas o que é benéfco para as pessoas e para os animais requalifcando
também o nosso espaço urbano, esta construção deveria ter vários tpos de equipamentos,
equipamentos que desse para os animais canídeos andarem soltos e exercitarem-se como
também ter dispensadores de saquinhos para apanharem as necessidades bebedouros para o
tutor e para o animal e também ser uma certa zona sombreada, o local que eu proponho era perto
do CROACS não só serviria os animais que têm os seus tutores como os animais que vivem no
CROACS o que traria benefcios para ambos.”
13/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções em relação a esta moção? Quem é


que pretende intervir? Paulo Silva se faz favor, e António Martns.”

Paulo Silva, da CDU, disse “Esta moção vem provar uma coisa, é que o Partdo Socialista não
conhece o Concelho do Seixals porque vem aqui propor a criação de pelo menos um parque canino
no Concelho do Seixal, que eu tenha conhecimento ele já existe um em Fernão Ferro e pergunto
aqui assim ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro se ele já não existe?É o
conhecimento que eu tenho, pronto pode encolher os ombros isso demonstra o vosso
desconhecimento mas, para além disso está nas grandes Opções do Plano da Câmara que vai ser
discutdo não a criação de um, a criação de três, um para a Freguesia de Amora, um para a União
de Freguesias e outro para a Freguesia de Corroios, portanto o que por vem aqui já existe um na
Freguesia de Fernão Ferro e nós vamos mais longe e propomos três para cada uma das suas
Freguesias, portanto iremos votar contra esta moção.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “António Martns.”

António Martns, do PAN, disse “Bem, esta moção podia ter sido feita pelo PAN que estava bem
enquadrada não foi, não foi porque é uma das nossas reivindicações há muito tempo
nomeadamente desde 2017 e que levou ao enquadramento nas grandes opções do plano na
página 73 da medida proposta pela Câmara Municipal de construir parques de atvidades para
canídeos e vamos obviamente votar a favor da moção por uma questão de princípio mas
consideramos que ela está desenquadrada no tempo em relação àquilo que está a ser proposto,
para além disso lembrava só que para além de Fernão Ferro também Almada já tem parque
canídeos é de, pertence à Câmara e não está referido na moção.” 50:03

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Carlos Reis se faz favor.”

Carlos Reis, Presidente da JF Fernão Ferro, disse “À resposta colocada pelo eleito da CDU Paulo
Silva, sim confrmo foi uma obra realizada no mandato de 2013/2017 enquanto fui eleito pela
CDU, portanto existe dentro do Parque das Lagoas um parque de canídeos sim, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Rui Belchior.”

Rui Belchior, do PSD, disse “Olhe esta intervenção tem sobretudo a ver com aquilo que já me tem
vindo a preocupar aqui há algum tempo como aliás com certeza e certamente esta preocupação é
transversal a todos os partdoss há aqui já uma espécie de nicho, digamos assim, de matérias que o
PAN já reivindica como exclusividade e nós também não podemos permitr isso até por uma razão
muito simples, conforme o Presidente Manuel Araújo poderá confrmar, o PSD já em 2015
apresentou na Amora uma moção pela criação de um parque canídeos creio que até aprovada e já
neste mandato voltou a apresentar uma moção idêntca e é evidente que já existe um em Fernão
Ferros nós também já tnhamos esse conhecimento e sobre esta matéria era o que tnhamos para
dizer, obrigado.”
14/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Não há mais intervenções é


isso? Confrma-se que não, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom de facto a Câmara Municipal já tnha anunciado
portanto a concretzação de 3 parques canídeos aliás como constam nos documentos não foi em
debate agora mas também já no outro em novembro que foi reprovado por esta Assembleia por
isso eu gostaria de certa forma saudar portanto a sintonia que existe relatvamente a esta matéria
apesar aqui de alguma diferença temporal relacionada com a sua apresentação mas no entanto
dizer que para além de estar previsto portanto estamos portanto em via de concretzar o primeiro
e após esse estar concretzado iremos portanto avançar com os restantes dois para que possamos
criar esses passos de bem estar animal aliás com uma iniciatva de eu também gostaria de felicitar
o Sr. Vice-presidente no próximo dia 28 de setembro iremos ter a primeira festa do bem estar
animal portanto que vai ser realizada no Parque Municipal do Serrado que tem hoje também uma
moção portanto como prova de que estamos não só a promover o bem estar animal dentro
daquilo que são as competências da Câmara também tentando sensibilizar e trabalhar com as
associações e com todos aqueles que são detentores de animais de companhia e portanto
também fomentar a adoção e portanto também promovendo e utlizando os espaços verdes e os
parques urbanos do concelho de referência como é também o parque municipal do Serrado,
obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Marta Barão se faz favor.”

Marta Barão, do PS, disse “Estmo em saber que existe um parque canino no nosso concelho e já
posso passear os meus animais lá, porque realmente não está nada divulgado e a população não
sabes gosto, muito bem nomeadamente o André do partdo do PAN porque o André até me
ajudou a fazer a moção engraçado que tenha vindo reivindicar porque realmente o André até nos
apoiou e veio concordar com a moção, mas tudo bems depois referiu Almada e eu como está aí e
em bom Português, diz a ttulo de exemplos eu não tenho que exaustvamente colocar todos os
locais onde existem parques caninos, mas qualquer das formas nós vamos retrar a moção e
vamos esperar para ver se realmente vão ser criadoss o que nós realmente propunhamos é que
fosse criado um parque perto do CROACS para conseguir não só para a utlização da população do
Seixal e das suas mediações como os próprios animais da CROACS, mas pronto, muito obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação. Bom, houve aqui um
lapso momentâneo de facto o Presidente da Assembleia Municipal não apanhou isso, não costuma
acontecer, então vamos lá, o que é que se passa? A moção foi retrada é isso? Confrma-se?
Pronto, foi o proponente obviamente, sim, interveio, interveio, nós é que estávamos, nós aqui não
percebemos, nenhum membro da Mesa percebeu, mas a Assembleia percebeu e isso é que é
importante, e sendo assim está retrada a moção. Passamos para o documento seguinte.”

A moção foi retrada pela proponente.


15/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

II.3. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Pela promoção da História do Concelho
do Seixal», subscrita por Maria Luísa Gama.

(Documento anexo à ata com o número 3)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção do PSD «Pela promoção da História
do Concelho do Seixal», é a proponente Maria Luisa Gama que tem a palavra se faz favor.”

Maria Luísa Gama, do PSD, disse “Portanto toda a gente tem a moção, só apresentar muito
rapidamentes consideramos nós a importância que o estudo da história tem para o
desenvolvimento de uma polítca cultural concelhia, que ajuda reforçar a identdade municipal e
que promova também a refexão crítca e sobretudo cientfca sobre a evolução do nosso território
e das nossas gentes para nós era importante que se reforçasse no concelho de Seixal então o
papel da história na polítca cultural concelhia através da promoção de encontros cientfcos que
englobem não só a História, mas também a Arqueologia, a Sociologia, a Arte e a Arquivístca do
concelho, a divulgação desses resultados através de publicações ou outros meios de difusão do
conhecimento, a criação de uma revista de história municipal/regional de caráter cientfco e
fnalmente também o desenvolvimento de parcerias estratégicas com as universidades e centros
de investgação de forma a impulsionar esta divulgação do Seixal junto da comunidade cientfca,
era só.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, inscrições se faz favor? Paulo Silva.”

Paulo Silva, da CDU, disse “Dizer que na generalidade a CDU concorda com esta moção muito
daquilo que somos tem a ver com a nossa história e a história merece ser estudada, pode haver
aqui alguma ou outra situação que tenhamos algumas dúvidas como a revista de história
municipal mas agora a questão de estudarmos a nossa história, a história do nosso concelho é
uma história que temos que nos orgulhar porque o sucesso que somos no presente tem a ver com
aquilo com o que lutámos no passado, é importante para o futuro deste concelho e para o
conhecimento da nossa identdade.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Mais intervenções? Não há mais pedidos de


intervenção? Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Eu gostaria de referir de facto o trabalho que está a
ser feito pelo pelouro portanto do património cultural que está a ser feito um trabalho de grande
valia que tem resultado não só no aprofundamento da nossa história como também em parcerias
com várias entdades a últma foi o Portugal Romano que também esta Assembleia Municipal já
votou a matéria por isso dizer de facto o município desse ponto de vista vai contnuar a investr no
conhecimento no aprofundamento da história e das suas publicações porque de facto podemos
dizer que sem história não há futuro e nós temos que preservar a nossa e também divulgá-la e por

16/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

isso também de certa forma dizer que com o pelouro do Património Cultural estamos de facto a
trabalhar muito bem nestas áreas, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proponente pretende intervir? Não. Então vamos
colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 74/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi aprovada com unanimidade,
há alguma declaração de voto? Luís Gonçalves se faz favor.”

Luís Gonçalves, do PS, em declaração de voto, disse “Dizer que o Partdo Socialista votou
favoravelmente esta moção porque independentemente podemos não subscrever todos os
pontos e os dados da moção concordamos com os princípios basilares que nela tenham e
entendemos que vale a pena honrar e dignifcar a nossa história entendemos que vale a pena
lembrar e aprender com a nossa história entendemos também que a nossa história nos oferece
oportunidades que vale a pena aproveitar-mos e desde logo por exemplo o turismo desde logo
podemos ensinar as novas gerações com aquilo que os nossos antepassados fzeram também não
posso porque me parece enquadrável deixar de lembrar que esta Câmara vai deixando passar
algumas oportunidades e lembro uma moção aprovada neste mandato sobre a aquisição da
quinta do Palácio do Infante que naturalmente tem a ver com o património histórico do Seixal e
que a Câmara optou por não acatar uma deliberação desta Assembleia ou uma recomendação
para adquirir o imóvel, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para o documento seguinte. É agora que temos os dois votos de pesar portanto o ponto
seguinte é o Voto de Pesar do BE, à Memória de Jorge Leite, e portanto teremos também o Voto

17/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

de Pesar da CDU por Paulino Motaco dos Santos e, nesse sentdo, tem a palavra o BE se faz favor,
Vítor Cavalinhos.”

II.4. O Grupo Municipal do BE apresentou um voto de pesar «À memória de Jorge Leite»,


subscrito por Vítor Cavalinhos.

(Documento anexo à ata com o número 4)

Vítor Cavalinhos, do BE, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 4.

II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou um voto de pesar «Por Paulino Motaco», subscrito
por Manuel Araúio.

(Documento anexo à ata com o número 12)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o proponente do Voto de Pesar da


CDU Manuel Araújo se faz favor.”

Manuel Araúio, Presidente da Junta de F de Amora, leu integralmente o documento anexo à ata
com o número 12.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções sobre os votos de Pesar? Duarte


Correia se faz favor.”

Duarte Correia, do PSD, disse “Foi com consternação que eu recebi esta notcia da morte do
Paulino, eu trabalhei com ele na Assembleia de Freguesia da Amora no mandato 1997/2001, ele
pela CDU eu pelo PSD e guardo uma memória muito boa do Paulino, amigo do seu amigo nunca
tvemos uma daquelas discussões de zanga não, ele defendia os pontos de vista dele e mesmo
assim criou-se uma amizade que depois não se conseguiu manter porque perdemos um pouco o
contacto, mas guardo uma boa memória do Paulino, era só. Muito obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Não há mais intervenções fca
também uma saudação da Mesa à família do Paulino que está aqui connosco e portanto nesse
sentdo vamos colocar à votação, o voto de pesar do BE à Memória de Jorge Leite.”

Votação do Ponto II.4.


Aprovada a Tomada de Posição nº 75/XII/2019 unanimidade e em minuta com

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

18/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Foi aprovado por unanimidade. Agora o Voto de
Pesar pelo falecimento de Paulino Motaco dos Santos.”

Votação do Ponto II.13.


Aprovada a Tomada de Posição nº 83/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Trinta e seis (36) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 3

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto está também aprovado por unanimidade,
e vamos aguardar um minuto de silêncio em memória de Jorge Leite e Paulino dos Santos.

(Minuto de silêncio)

O Presidente da Assembleia Municipal disse "Obrigado a todos. Passamos para o documento


seguinte. Não percebi? Uma interpelação à Mesa? Sim senhor ,faça o favor.”

Rui Belchior, do PSD, disse “É só para afrmar que com certeza deve de ter havido um lapso na
medida em que antes da intervenção do Duarte o PSD tnha 4 minutos e 50 e tal e agora já não
tem tempo, isto não é possível e não pode ser o Duarte quando muito falou 1 minuto se tanto , e
nunca 4 minutos e tal.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Pois isso aí todos confrmamos isso não pode ser, a
intervenção do Duarte Correia nem um minuto foi seguramente, não sei o que é que se passou

19/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

aqui com o sistema informátcos pronto isso está considerado e a mesa agradece. Portanto
passamos para o documento seguinte.”

II.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a moção «Pela adaptação do Concelho do Seixal à
Lei que reduz o impacto das pontas de cigarros”, subscrita por António Sota Martns.

(Documento anexo à ata com o número 5)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção do PAN «Pela adaptação do Concelho
do Seixal à Lei que reduz o impacto das pontas de cigarros”, é subscrita por António Martns que
tem a palavra se faz favor.”

António Martns, do PAN, disse “Ora, não vou ler a moção completa até porque o tempo vai
passando mas como todos sabem entrou hoje em vigor o decreto Lei 378 que visa a redução do
impacto das pontas de cigarros, charutos ou outros cigarros no meio ambiente e o que nós
pedimos é para que a Câmara Municipal inicie rapidamente procedimentos com vista a adaptar-se
àquilo que a lei agora estabelece e por isso a nossa moção termina com os seguintes solicitações, -
1 Que a Câmara Municipal adote os procedimentos necessários a uma célere e efcaz adaptação
do Município do Seixal à Lei que reduz o impacto das pontas de cigarros, 2 Que a Câmara
Municipal proceda ao reforço do número de equipamentos próprios para a deposição de pontas
de cigarros. 3 Que a Câmara Municipal do Seixal proceda à realização de uma campanha
informatva e de sensibilização destnada a consumidores e comerciantes, sobre o impacto
ambiental da deposição de pontas de cigarros, de charutos ou outros cigarros no meio ambiente,
nomeadamente no meio marinho e na rede de esgotos, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções sobre esta moção, quem é que
pretende intervir? Não há pedidos de intervenção? Paula Santos e depois Marta Barão a seguir.”

Paula Santos, da CDU, disse “Relatvamente a esta moção há vários pressupostos e


considerandos que queríamos aqui deixar, em primeiro lugar naturalmente acompanhamos a
preocupação relatvamente às pontas de cigarros ou aliás todos os resíduos de produtos de tabaco
e o seu impacto no meio ambiente no espaço público obviamente que entendemos que devem ser
tomadas medidas no sentdo de ultrapassar esta questão com a qual nós estamos confrontados,
este é um aspeto, no entanto esta moção digamos aqui na sua segunda parte onde refere depois
as Câmaras Municipais e a parte deliberatva dá um enfoque embora aparecendo aqui propondo
aqui a realização de campanhas de sensibilização mas o enfoque é dado numa lógica da
penalização das populações relatvamente a esta matéria algo que nós não acompanhamos, sim
quando coloca a questão da fscalização da aplicação de contra ordenações na instrução de
respetvos processos contra organizacionais, ou seja, há aqui um aspeto que nós consideramos
que é relevante os problemas ambientais não se resolvem contra as pessoas os problemas
ambientais resolvem-se com as pessoas e quando nós colamos esta questão desta forma é porque

20/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

consideramos que é importante naturalmente por um lado prevenir, sensibilizar, educar, intervir
numa lógica pedagógica e não intervir numa lógica da taxa da multa da contraordenação de
penalizar a população relatvamente a estas questões e nós sabemos bem quem é que afeta
sempre mais afeta sempre aqueles que naturalmente terão menores rendimentos serão sempre
os mais penalizados relatvamente a esta matéria aliás a ânsia da penalização das populações é de
tal forma que a lei e que constava também da proposta do PAN refere todos podem multar nesta
lei, desde a ASAE, Câmaras Municipais, PSD, GNR , Polícia marítma restantes autoridades policiais
quando aquilo que deveria de ser colocado era não só a questão da prevenção e da sensibilização
como aqui coloquei mas que também de facto houvesse, e nós fzemos essa proposta na
Assembleia da República e foi rejeitada pelo PAN também e pelos demais partdos, no sentdo de
um programa se é um problema com o qual somos confrontados e é um problema nacional então
que haja efetvamente uma intervenção do ponto de vista governatvo para a resolução deste
problema não só no quadro da prevenção mas na criação de condições para que as pessoas não
deixem as pontas ou os resíduos dos produtos do tabaco no chão mas que haja de facto no espaço
público espaço soluções para isso, e eu recordo aqui que a lei que foi aprovada prevê no seu art.º
5º incentvos para adaptação de equipamentos e que coloca inclusivamente que o Governo deve
no prazo de 180 dias criar um sistema de incentvos no âmbito do fundo ambiental para que
entdades como as Autarquias entre outras se possam adaptar e disponibilizar cinzeiros e aquilo
que seria importante relatvamente a esta matéria é não transferir encargos para outros mas que
de facto no quadro já agora daquilo que foi aprovado na Assembleia da República efetvamente
este sistema de incentvos aquilo que a nossa proposta ia muito mais longe, mas que para já este
sistema de incentvos e o recurso a apoios e verbas neste caso concreto no fundo ambiental para
que efetvamente se possa dotar o espaço público para isso, e nós consideramos que esse deveria
ser o caminho, antes de dotar devia-se exigir de facto é que o Governo procedesse a esta
regulamentação e que houvesse efetvamente este fnanciamento para a colocação destes
equipamentos nos espaços públicos. Há aqui uma outra questão que eu não queria deixar de
colocar, consta também da lei esse sim um artgo que foi proposto pelo PCP que é preciso
encontrar ainda não existe hoje, há já vários projetos piloto em alguns países relatvamente a esta
matéria mas é de facto preciso reforçar a investgação pública no sentdo que solução dar a estes
resíduos, que tratamento que hipóteses caso haja essas hipóteses de reciclagem relatvamente
destes materiais porque seria importante também do ponto de vista ambiental de facto não só a
sua recolha como está aqui a ser colocado, mas em vez de ir para aterro de facto encontrar-se
aqui também uma outra solução que permita este tratamento mais adequado tendo em conta as
característcas destes resíduos.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Marta Barão se faz favor.”

Marta Barão, do PS, disse “O grupo municipal do PS em regra concorda com a moção, nós
fcámos foi com uma dúvida quando realmente vamos enumerar as várias deliberações nós não
21/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

percebemos muito bem a primeira no sentdo de, procedimentos necessários deixa-nos um pouco
no ar, porque depois no ponto 2 e no ponto 3 explicita os procedimentos necessários, porque os
pontos 2 e 3 são procedimentos necessários tambéms agora que mais procedimentos necessários?
porque fca no ar não explicitando a própria Câmara também não consegue ter ideia do que
deveria atuar.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Não há mais pedidos de


intervenção? Confrma-se. O proponente, António Martns, se faz favor.”

António Martns, do PAN, disse “Bem eu só vinha aqui esclarecer uma situação é que a nossa
moção em lado nenhum propõe que a Câmara faça a penalização de quem não cumpre a lei, onde
diz que deve fazer autuação é na própria lei, as deliberações que aqui estão têm a ver com a
prevenção, com a criação de condições para que as pessoas não depositem as pontas de cigarros
na rua como é o hábito, bom, essa é só a situação que eu queria aqui esclarecer, onde diz que a
Câmara deve ou tem essa competência é na própria lei e a lei foi aprovada na Assembleia da
República não estamos aqui a aprová-la, portanto era só esse esclarecimento.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos lá colocar à votação.”


Aprovada a Tomada de Posição nº 76/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 1 (Nuno Graça)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
PSD, BE, PAN, CDS, SFF, e quinze votos contra da CDU, e uma abstenção da CDU. Declarações de
voto? Nuno Graça se faz favor.”
22/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Nuno Graça, da CDU, em declaração de voto, disse “Nem a propósito muitas vezes o PEV é
evocado aqui na Assembleia e as pessoas esquecem-se que o PEV não tem aqui uma
representação própria, na Assembleia Municipal do Seixal temos a CDU, o facto do PEV e o PCP
terem uma coligação alimentam um bom diálogo dentro da coligação e permite-nos chegar a
algumas conclusõess portanto quando eu venho aqui dar a minha opinião muitas vezes é a opinião
de um elemento do PEV, dos Verdes, mas também é um elemento da CDU prontos e isto para ser
muito conciso a minha declaração de voto tem a ver com isso, ou seja, eu concordo que isto é um
problema obviamente temos que resolver isto rapidamente mas concordo com a argumentação
da Paula e com a argumentação da CDU como aliás o PEV na Assembleia da República também
aprovou a proposta mas critcou as coimas serem muito elevadass ou seja está aqui um assunto
importante para o Seixal e para o resto do País mas tem algumas coisas que não posso estar de
acordo e daí o meu voto, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para o documento seguinte que é neste caso uma declaração polítca do CDS-PP que
tem a palavra se faz favor.”

II. 6. Marlene Abrantes, do CDS-PP, fez uma declaração polítca e disse "A Declaração Polítca é
sobre a «Insegurança no concelho do Seixal», Nos últmos anos saíram notcias no domínio da
segurança que em nada dignifca o Seixal. A ttulo de exemplo e lendo a comunicação
social”Madrugada de confrontos no Seixal”, “Homem baleado no olho”s “Homem atacado à
machadada dentro do carro”. Já este ano ocorreram confrontos no bairro da Jamaica, para onde a
PSP foi chamada para resolver um confito e acabou recebida à pedrada por algumas pessoas. Mas
a insegurança não fca por aqui, só no mês passado fomos surpreendidos com mais três situações
infelizes quatro pessoas fcaram feridas durante confrontos violentos em marisqueira em Paio
Pires, houve tros também em Paio Piress e na Quinta da Princesa um jovem de 18 anos foi
assassinado com tro na cabeça.

Este cenário é muito preocupante e denota que existem muitas fragilidades que têm de ser
retfcadas. Consideramos que esta legislatura foi uma oportunidade perdida para as forças e
serviços de segurança, na sequência dos sucessivos atrasos na abertura de concursos, bem como
as saídas que não foram compensadas como deveriam ter sido, e neste sentdo defendemos a
reposição urgente de efetvos, nomeadamente no concelho do Seixal. Consideramos importante
modernizar as forças e serviços de segurança através da renovação/construção de novos
postos/esquadrass da aquisição de material operacional para as forças e serviços de seguranças da
centralização de projetos, construção e aquisição referidas anteriormente num único
departamento governamentals da libertação dos agentes das forças e serviços de segurança de
tarefas alheias às suas funções e de carácter meramente burocrátcos apostando na vídeo –
proteção como forma de prevenção e proximidade para garantr o sentmento de segurança da
população. Cremos igualmente na necessidade da prevenção e dissuasão do crime e frmeza no
23/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

seu combate através do policiamento de proximidades dando uma atenção especial às áreas
metropolitanas e atuando no meio escolar. Outro dos aspetos que consideramos importante é
adequar as leis ao país real, adequando as molduras penaiss ajustando as leis aos meios de provas
alterando a lei tutelar de menores dando mais rigor, e tornando mais rigorosos o regime de
execução de penas nos casos de crimes dolosos, graves e com reincidência. Em suma, tem de
haver respostas concretas e urgentes para o problema da criminalidade reforçando as forças de
segurança com pessoas e meios e adequando as leis ao país real, só assim se consegue dar à
população a proteção que merece para ter uma vida plena em liberdade, pois só uma sociedade
segura pode proporcionar, a cada um e em liberdade, o exercício dos demais direitos.”

II.7.O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Pela reposição das Freguesias de Seixal,
Arrentela e Aldeia de Paio Pires», subscrita por António Santos.

(Documento anexo à Ata com o número 6)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Passamos para o documento seguinte, é da CDU


que é uma moção «Pela reposição das Freguesias de Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires»,
subscrita por António Santos que tem a palavra se faz favor.”

António Santos, Presidente da Junta F de Seixal, Arrentela e Paio Pires, disse “Antes de começar
propriamente a fazer aqui uma pequena síntese da apresentação desta moção queria fazer aqui
uma alteração ao documento, na últma página na 1.ª fla aliás fala em 5 de setembro e na
realidade a Assembleia é no dia 4 de setembro. De uma forma muito suscinta e como é sabido de
todos desde sempre os nossos órgãos autárquicos sempre se têm manifestado contra a agregação
à forma da extnção das freguesas levadas à prátca pelo anterior Governo através da famigerada
“lei Relvas” tendo conseguido desta forma eliminar em forma de agregação 1168 freguesias um
pouco por todo o País, agora com a experiência prátca de aproximadamente 6 anos de agregação
com os principais pressupostos entretanto aduzidos pode-se afrmar de forma objetva e concreta
que não se verifcaram, como foram os casos do aumento da coesão nacional e a redução de
custos, antes pelo contrário se ao nível de redução de custos o impacto foi nulo ao nível da coesão
nacional faz aumentar as assimetrias locais e nacionais, de forma objetva a única certeza que esta
lei trouxe foi o afastamento das populações em relação aos seus eleitos onde foram eliminados
milhares de eleitos de freguesia logo reduzindo a sua massa crítca e a capacidade de intervenção
das freguesias na resolução dos problemas das populações ao nível local este é um assunto
enquanto não for resolvido não podemos deixar de o manter na ordem do dia e nem deixar cair
no esquecimento e este é o momento oportuno para apresentar esta moção encontrando-se
neste momento em análise um projeto de lei quadro para a criação de edifcação e eliminação de
freguesias que nos preocupa pois segundo o seu artculado perto de 900 freguesias extntas não
reúnem as condições necessárias para ver revertda as suas freguesias assim como num período
de 10 anos pode levar à extnção de largas centenas de freguesias que não consigam entretanto

24/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

reunir as condições segundo os critérios propostos neste documento, proposta esta que está a ser
apresentada com mais de um ano de atraso em relação ao compromisso assumido pelo Sr.
Ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita aquando do congresso da ANAFRE realizado
em janeiro de 2018 em Viseu, para não falar do taiming escolhido ser muito conveniente e dizer
que a reversão das freguesias agregadas as freguesias extntas não se esgotam nesta proposta de
lei quadro que entretanto já existram outros projetos de lei que entretanto não foram aprovados
pois contaram com os votos contra do Partdo Socialista do Partdo Social Democrata e do CDS, se
bem que por motvos diferentes com toda a certeza outros projetos de lei onde ser apresentados
não se esgotando a solução da reversão das freguesias existentes nesta lei quadro que muitas
vezes tenta fazer passar essa ideia, projeto lei este que na sua essência propunham que fosse
obrigatoriamente atendidas a voz das populações através dos seus órgãos autárquicos assim
sendo pretende-se com esta moção que a Assembleia delibere - Reafrmar a exigência da
reposição das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, extntas contra a vontade das
populações e dos respetvos órgãos autárquicoss Reafrmar a exigência de que todas as freguesias
agregadas devem poder decidir em liberdade e por vontade própria, pronunciando-se através dos
respetvos órgãos autárquicos consoante a vontade das suas populações, através dos seus
representantes democratcamente eleitos de maior proximidade, e desta forma se a pronuncia for
pela manutenção da referida agregação, assim se mantenha, se a vontade expressa for de
reposição das freguesias entretanto agregadas, assim aconteça, de uma forma clara, simples e
porventura mais democrátca, não devendo nunca procurar complicar ainda mais um processo só
por si penalizador quanto baste, após 6 anos de agregação em forma de extnção de freguesias,
disse.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções para esta moção, quem é que
pretende intervir? Tomás Santos se faz favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Dizer que o PS defende sobre esta matéria aquilo que sempre
defendeu tal como a extnção de freguesias foi mal feita pela famigerada “lei Relvas” a regra e
esquadro nós também achamos que a reversão não pode ser a régua e esquadro, assim achamos
que a análise deve ser casuístca é verdade que há esses critérios e acho que esses critérios devem
de ser discutdos e ainda está a haver essa discussão até pelas associações como a ANAFRE e a
Associação Nacional de Municípios, mas sucessivamente o que defendemos é um modelo, com a
adaptação a cada síto, mas um modelo que foi feito na Câmara Municipal de Lisboa que é o
próprio concelho a abrir uma ampla discussão sobre como é que deve reorganizar as suas
freguesias, no entanto a verdade é que as prátcas polítcas deste mandato e falando deste
mandato demonstra da parte do PCP alguma relutância em ambos os conceitos como foi o caso da
descentralização e portanto o PS já se comprometeu que para o próximo mandato vai procurar
avançar mais e resolver conclusivamente esta situação e esperamos que o PCP seja colaborante
nesse aspeto, obrigado.”
25/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Rui Belchior.”

Rui Belchior, do PSD, disse “Bom, eu já fui ou o PSD já foi aqui acusado de ter uma obstnação
sobre determinados temas designadamente a ponte da fraternidade que apresentávamos
sucessivas moções, bom, diria que a CDU tem uma obstnação designadamente e em especial o
António Santos, que eu respeito Sr. Presidente, e tem a experiência e devo registar que aliás é o
único que ouço falar desta matéria em absoluto, devo até dizer que a CDU que insistu na criação
de uma comissão quer no mandato anterior quer neste bom é ver quantas vezes essa comissão
reuniu durante este período para se ver a importância que tem sido dada a este tema, bom, mas
quando é em tempos de pré eleição este tema vem sempre outra vez à baila e vem sempre essa
mesma discussão o que para nós é surpreendente na medida em que os seus quatro orçamentos
que aprovam e sustentam o governo do Partdo Socialista mas pelos vistos sem nenhum resultado
como aliás aqui já abundantemente referimos, e depois não deixa de ser extraordinário e há aqui
também já uma mudança de registo, ora se fala em extnção ou agregação, ora toda a gente sabe
que extnção propriamente e concretamente dito isso não sucedeu o que houve foi uma
agregação não houve nenhuma extnção não houve nenhuma extnção de posto de trabalho não
houve nenhuma extnção de instalações não houve nada disso, portanto houve uma agregação
como aliás diz aqui no terceiro parágrafo reconhecem que houve uma agregação, depois, e da
mesma forma pelos vistos da famigerada “lei Relvas” não conseguiram não foi revertda porque
era a minha convicção daquilo que eu aqui ouvi do líder de bancada do Partdo Socialista do
mandato anterior bom eu sempre pensei que o Partdo Socialista chegava ao poder que conseguia
imediatamente reverter esta tão famigerada lei, se era tão famigerada era só reverter era repor o
que estava acho que isso parece que não oferece nenhuma difculdade, portanto agora ainda se
portela para outro mandato e pior já se fala que vai ser ainda pior com a eliminação e extnção
efetva de mais freguesias, portanto isto é preciso sermos sérios nestas discussões e portanto quer
o PCP que sustenta um governo durante quatro anos não foi capaz de reverter, olhe para a lei
Cabrita que era aquilo que era a expectatva provavelmente do PCP para a lei Cabrita e reverter a
lei Relvas mas isso não sucedeu e a culpa também é vossa, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Deixe lá que há uma proposta, eu já a conheço, na


Associação para extnguir duas mil, mais de duas mil quer dizer não sei onde é que anda mas eu
tenho-a comigos proposta de lei evidentemente do Partdo Socialista, do Governo, bom eu
também falei não devia de ter falado mas foi um pequeno desabafo, ora muito bem sendo assim
quem é que pretende intervir mais? Mais pedidos de intervenção? Não registamoss pergunto ao
Sr. Presidente da Câmara se pretende dar algum apontamento? Sim se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom, eu gostaria também de referir uma vez mais que
de facto existe aqui, podemos dizer, duas dimensões relatvamente à questão das freguesias, uma
é de dimensão democrátca e a outra é democrátca e portanto do órgão ou dos órgãos e da
representatvidade das populações outra é de facto a questão cultural portanto identtária das
26/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

freguesias, portanto com a extnção de freguesias não houve como se dizia ou pelo menos se
propalava por parte do Governo qualquer mais valia para as populações antes pelo contrário
apesar do grande esforço que é feito pelo executvo da nossa freguesia agregada ou da União de
Freguesias é feito um esforço extraordinário dos seus eleitos dos seus trabalhadores portanto isso
para nós na Câmara é um dado assente, mas seria com certeza muito diferente se e muito menos
exigente essa tarefa se fosse dividir partlha por três executvos e não só seria justo como seria
adequado do ponto de vista democrátco as pessoas de Arrentela têm o direito de eleger os seus
eleitos na freguesia as pessoas do Seixal têm o direito de eleger os seus representantes da
freguesia bem como os de Paio Pires e por isso do ponto de vista democrátco Portugal e a
democracia perdeu com esta opção, e em segundo lugar sobre a identdade e a cultura própria é
que de facto a freguesia, claro que o município já hoje aprovamos uma moção sobre a história, na
necessidade de contnuarmos a trabalhar a investgar a publicitar aquilo que é as nossas raízes que
é a nossa cultura aquilo que queremos transmitr às novas gerações mas de facto as freguesias são
desde os tempos históricos portanto um elemento essencial e identtário de cada uma das
freguesias e por isso e para nós se há quem promova a cultura a história dos locais a sua
identdade e isso é uma riqueza que também desse ponto de vista se perdeu e o nosso país
perdeu, por isso quer do ponto de vista democrátco de resposta diária de serviço público e
também cultural de facto esta opção de desagregação foi portanto um autêntco desastre e está
na mão eu diria dos partdos não só do governo mas outros partdos também acompanharem
portanto esta iniciatva como hoje foi expressa pela bancada da CDU no sentdo de retomarmos as
freguesias de acordo com aquela que é aquilo que nos diz a nossa história aquilo que é a nossa
identdade e que é também a vontade popular, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o proponente se faz favor, António
Santos.”

António Santos, Presidente da Junta F de Seixal, Arrentela e Paio Pires, disse “Só muito
rapidamente e uma vez que o tempo nos limita e tenho pena de não poder trabalhar um bocado
mais esta questão mas quero que uma coisa fque aqui clarinha como a água, este problema que
estamos aqui a falar não é só um problema do concelho do Seixal e não é só o António Santos que
fala nisto quando foi o congresso da ANAFRE, Rui com todo o respeito mas não é só o António
Santos que fala nisto, quando foi o congresso da ANAFRE em Viseu foram umas 18 propostas
moções aprovadas 13 delas versavam esta matéria, uma delas versava a realização administratva
territorial das freguesias que o parecer das populações seja vinculatvo e foi apresentada pela
união de Freguesias da Polia Sol União de Freguesias de Rio Covo e Santa Eugénia Junta de
Freguesia de Vila Seca e Junta de Freguesia de Mação do Rato por acaso é uma Junta do PSD e foi
aprovada também, convém dizer, com 15 votos contra e 36 abstenções isto no universo de 1800
delegados presentes no congresso isto é esmagador, outras foram apresentadas também por
outras Juntas de Freguesia também do nosso País de forma bastante diversifcada a nível de
27/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Portugal e todas elas foram aprovadas com uma esmagadora maioria, portanto o sentmento das
Freguesias deste País contnua a ser realmente pela reposição das suas Juntas de Freguesia.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Então sendo assim vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 77/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do BE 2

- Do presidente da JFFF 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PAN 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
do BE, do SFF, a abstenção do PAN e os votos contra do PS, PSD e CDS, Declarações de voto?
Tomás Santos se faz favor ”

Tomás Santos, do PS, em declaração de voto, disse “O Partdo Socialista apresentará uma
declaração de voto escrito durante o período regimental.”
O documento não deu entrada.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma? Não, então passamos para o
documento seguinte

II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Por uma intervenção no Largo da Rosinha
que permita a libertação da via pública e garanta a segurança aos vizinhos e transeuntes»,
subscrita por Luís Gonçalves .

(Documento anexo à ata com o número 7)

28/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É do PS é uma moção «Por uma intervenção no


Largo da Rosinha que permita a libertação da via pública e garanta a segurança aos vizinhos e
transeuntes», e é subscrita por Luís Pedro Gonçalves que tem a palavra se faz favor.”

Luís Gonçalves, do PS, disse “Como é explicito pelo ttulo da moção e por aquilo que nela consta
o que se passa é que existe um prédio em avançado estado de degradação no Largo da Rosinha o
que por um lado é perigoso para os transeuntes e por outro está a ocupar o espaço público na
medida em que como há o risco de derrocada há uma faixa de segurança com blocos de betão nós
entendemos que a Câmara devia agir e portanto é isso que vemos aqui propor nesta moção à
Assembleia, tenho a informar que também que vou dar a cada uma das bancadas Câmara e Mesa
um documento com algumas fotos sobre o local que penso que até explanam melhor que
qualquer argumentação que eu faça, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Inscrições? Paulo Silva se faz favor.”

Paulo Silva, da CDU, disse “Rapidamente, a CDU não precisa de fotografas porque conhece bem
o Concelho, o problema que aqui se passa é que não há um proprietário para notfcar há um
proprietário em que foi declarado insolvência um processo de insolvência a decorrer e enquanto
estver a decorrer não se pode fazer mais nada a não ser aquilo que a Câmara fez que foi
emparedar a situação.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não há mais inscrições? Não, então tem a palavra o
Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom, de facto esta é uma situação que para a qual o
município tem já portanto agido junto do proprietário para portanto a sua resolução mas de facto
há um problema com o estádio digamos da entdade proprietária que julgo não tem podido
desenvolver portanto as diligências necessárias para poder resolver a questão, no entanto
portanto fca a nota que vamos contnuar a insistr porque não é aceitável que se mantenham quer
este quer muitos outros que estamos a intmar para resolver do ponto de vista, digamos assim, da
sua estabilidade porque em primeiro lugar importa-nos a questão da segurança de pessoas e bens
e depois claro as questões estétcas e funcionais das cidades e localidades por isso a Câmara
Municipal está a agir e vai contnuar a agir no sentdo de erradicar este tpo de situações.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A palavra para o proponente. O proponente


prescinde, portanto passamos à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 78/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

29/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

 Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do BE 2

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
do PSD, do CDS, do PAN do Presidente de Fernão Ferro, abstenções do BE, e os votos contra da
CDU.

II.9. O Grupo Municipal do PSD apresentou a moção «Mais e Melhor Segurança», subscrita por
Rui Belchior.

(Documento anexo à ata com o número 8)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Passamos para a moção seguinte, que é do PSD
«Mais e Melhor Segurança», subscrita por Rui Belchior, que tem a palavra se faz favor.”

Rui Belchior, do PSD, disse “Nós também quisemos registar a nossa preocupação como os últmos
episódios de violência naturalmente que a ilustração destes episódios através de vídeos amadores
e a sua difusão nos diversos canais de televisão não ajudam a promover a imagem do Seixal que
reconhecemos tem feito um esforço no sentdo de ter aqui um maior atratvo em relação às
pessoas em relação ao investmento etc. e de facto nós não ou seja não somos tão digamos assim
não estamos a apontar tanto para aquilo que deve de ser a punição e aumento de penas etc.
como defendeu aqui hoje o CDS entendemos que provavelmente terá que haver uma maior
sensibilização e uma maior pedagogia a começar logo nas escolas logo em tenra idade porque de
facto a educação e a formação é aquilo que nos pode distnguir portanto da violência e dos
confitos como aqueles que temos presenciado lamentavelmente, isto evidentemente também
tem que ver com a necessidade de mais e melhores meios que também nesta legislatura foram
aqui prometdos e estão prometdos como por exemplo a divisão a nova divisão da esquadra do
Seixal que até agora estão palcodidos que há 4 anos que também nem sinal à vista desse meio que
também seriam um contributo na ajuda às forças de segurança para que melhor possam fazer o
seu trabalho, obrigado.”

30/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Inscrições? Vítor Cavalinhos se faz favor.”

Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Bom, lendo esta moção isto não estamos no Brasil mas andamos
perto portanto esta moção é assim um bocadinho CMTV na minha perspetva e de facto nós lemos
a moção e temos assistdo com preocupação aos vários episódios de violência extrema que tem
nas últmas semanas assolado o Concelho do Seixal, episódios de violência extrema que tem
assolado o País o Distrito de Setúbal e o Concelho do Seixal é por acaso a violência doméstca que
é o caso mais grave de violência que existe em Portugal, o síto mais inseguro que existe é a casa
das pessoas e todos os dias olhe não é o CMTV mas é o jornal correio da manhã que eu leio todos
os dias, e já agora o PSD nunca apresentou nesta Assembleia Municipal uma moção sobre o
problema da violência doméstca, nunca, por acaso já tem votado outras, portanto é só para
alertar portanto este problema tem grande importância mas o problema mais grave e onde
morrem mais pessoas, aliás este ano já foram 19 não se passa semana que isso não aconteça,
portanto violência extrema violência sobre as pessoas violência sobre idosos sobre jovens e
principalmente sobre mulheres é o maior drama que a sociedade Portuguesa vive nos tempos de
hoje e é muito bom que essas questões fossem trazidas quanttatvamente a esta Assembleia
Municipal porque todos os meses acontecem factos, crimes contra principalmente sobre as
mulheres, era só.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tomás Santos se faz favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Era uma intervenção muito rápida era só para dizer que no global
concordamos com esta moção, dizer que o Governo já está a fazer os possíveis e os impossíveis
para ter os reforços naquilo que é o seu papel para corresponder às situações, mas já falámos com
o líder de bancada do PSD que se ele aceitar mudar a palavra de Exigir pela palavra Solicitar ao
Governo nós estamos disponíveis para aprovar a moção, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não há mais inscrições, tem a palavra o Sr.
Presidente da Câmara se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom, eu gostava de dizer que as matérias de segurança
têm vindo a ser abordadas no Conselho Nacional de Segurança de onde também fazem parte
alguns elementos até indicados pela própria Assembleia Municipal e portanto onde temos vindo a
analisar a situação do Concelho e de facto se lermos só os jornais ou aquilo que é a comunicação
social fcamos com a ideia expressa portanto nesta moção do PSDs mas eu gostaria que pudesse-
mos não só olhar para a realidade dos dias mas olhar para as estatstcas, porque uma coisa são
episódios pontuais outra coisa são as estatstcas ofciais que existem e eu tenho na minha frente
um quadro onde tenho a taxa de criminalidade por localidade e por categoria de crime e de facto
na Área Metropolitana de Lisboa o Concelho do Seixal é o décimo quarto se ordenarmos do
Concelho com mais crime ou o Concelho com menos crime dos 18 municípios o Concelho do Seixal
é o décimo quarto, o Concelho do Seixal está a 35% abaixo da média da Área Metropolitana de
31/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Lisboa e 24% abaixo da média do País, o Concelho de Lisboa que é o primeiro da lista tem 3 vezes
mais criminalidade que o Concelho do Seixal o segundo Concelho que é o Barreiro tem duas vezes
mais criminalidade que o Concelho do Seixal e estamos a falar não só em número como em
gravidades o terceiro Concelho é o Montjo com 42,1 por mil quando o Concelho do Seixal tem
24,8 por mils o quarto é Almada, o quinto é Alcochete, o sexto é Sesimbra, o sétmo é Palmelas
portanto o Seixal está em décimo quarto, por isso eu penso que na Assembleia Municipal não só
temos que atender aquilo que são episódios pontuais que infelizmente acontecem eu diria não só
no Concelho do Seixal como noutros municípioss mas de facto a comunicação social quando é no
Seixal parece que portanto propala portanto as situações de forma extrema, a questão de Vale de
Chícharos até o Presidente da República cá veio portanto é bem emblemátca de como uma
situação portanto se transformou portanto numa questão nacional e até Internacional com
contornos Internacionais portanto foi aqui no Concelho, por isso há que atender claro às questões
da comunicação social mas há que atender aos números e por isso gostava de dizer o Concelho do
Seixal é o segundo Concelho mais populoso da Península de Setúbal portanto que tem metade da
da taxa de criminalidade de Almada por exemplo, portanto é um Concelho não só seguro com
tendência decrescente e olhando para os números entre 2011 e 2018 o Concelho do Seixal tnha
em 2011 uma taxa de criminalidade de 37,9 por mil em 2011 e agora tem 24,8 por mil tem uma
redução signifcatva da taxa de criminalidade em número e em gravidade e é com base nestes
dados que se devem trar ilações polítcas com responsabilidade ao nível dos eleitos da Assembleia
Municipal e não apenas abrir o correio da manhã e se fazer um artgo ou uma moção portanto
esta é a nossa opinião e de facto temos que atender não só ao bom trabalho de integração que
existe no Concelho e em segundo lugar ao esforço das forças de segurança que com poucos meios,
como foi dito, fazem um trabalho eu diria muitas vezes muito mais do que aquilo que de facto
muitas vezes terão talvez capacidade e também chamar a atenção para as necessidades do
Concelho, a divisão policial do Seixal onde é que está? Aliás hoje o Bruno Barata foi substtuído por
António Chora, há pouco ouvi o Sr. Presidente da Assembleia Municipal referir-se a isso, mas
gostava que o Bruno Barata explicasse porque no início deste mandato autárquico disse que a
nova divisão policial da esquadra do Seixal era quase uma realidade e que viriam 1000 mil milhões
de euros do Governo para investr no Seixal, onde é que está? Onde é que está divisão policial do
Seixal, onde é que estão os efetvos, onde é que estão as viaturas? Onde é que está o quartel da
GNR de Fernão Ferro que contnua há mais de duas décadas numa moradia, onde é que está o
quartel de Paio Pires da GNR da Guarda Nacional Republicana? Portanto é isto que temos que nos
preocupar e não contribuir para a campanha, eu vou dizer assim, mediátca que é uma campanha
mediátca que tem objetvos naturais e que portanto dá a ideia que o Seixal é o Concelho com a
maior taxa de criminalidade do País que não é verdade e vou voltar a dizer, a taxa portanto
nacional é de 32,4 por mil e o Seixal tem 24,8 por mil está 24% abaixo da média do País em termos
de criminalidade e 35% abaixo da média da Área Metropolitana portanto estes são os dados e eu

32/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

penso que é com esta responsabilidade com estes dados que temos que refetr nas nossas
moções e nas nossas portanto posições.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “O proponente Rui Belchior se faz favor.”

Rui Belchior, do PSD, disse “Dizer desde logo que admitmos a sugestão do Partdo Socialista
substtuir Exigir por Solicitar ao Governo o imediato reforço de efetvos e de meios para as forças
de segurança designadamente com o início da construção da nova Esquadra da Divisão Policial do
Seixal bem como a primeira que é repudiar de forma veemente todos os episódios de violência,
depois Sr. Presidente da Câmara sem dúvida as estatstcas são importantes falam por si o
problema é o alarme social e o sentmento de insegurança que as pessoas têm quando são
diariamente, não só com o jornal é com os canais de televisão e não é só o correio da manhã é
também com os outros canais são confrontadas com estas cenas, troteios de homicídios de
agressões em estabelecimentos públicos etc. etc. portanto é este sentmento de insegurança tem
que ser cuidado e arredado, depois dizer que, é este que entra pelos olhos a dentro das pessoas,
depois dizer ao Vítor Cavalinhos o seguinte, nós acompanhamos a sua preocupação com o
fenómeno da violência doméstca e admito que é um fagelo que deve de ser irradicado uma vez
por todas aliás nós andamos no tribunal e sabemos bem que de facto é um crime que está
presente quase todos os dias em julgamentos e etc. mas a questão nós só não apresentámos um
documento porque o tempo é limitado e nós temos votado sempre a favor dos documentos que
têm sido aqui apresentados inclusive pelos do Bloco de Esquerda e depois dizer o seguinte para o
Partdo Social Democrata nós não distnguimos entre homicídios de jovens de idosos e de
mulheres para nós a vida humana tem para todos o mesmo valor nós apontamos e assinalamos
homicídios portanto era só isto que eu queria-lhe dizer, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos então colocar à votação.”


Aprovada a Tomada de Posição nº 79/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

- Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos


33/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

- Do grupo municipal do BE 2

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi aprovada com os votos a
favor da CDU do PS do PSD do PAN do SFF do CDS e a abstenção do BE. Declarações de voto?
Hernâni Magalhães.

Hernâni Magalhães, da CDU, em declaração de voto, disse “Independentemente de fazermos


chegar depois por escrito à Assembleia o que nós gostaríamos era assim votámos a favor porque
estávamos de acordo com a parte deliberatva naturalmente que não estamos a favor de
generalizações abusivas nomeadamente digamos de lançamento de uma espécie de dramatzação
da situação e muito menos estamos de acordo quando são independentemente desconsiderações
que possam ser de canais que sejam de canais de televisão de rádio ou de meios de comunicação
escrita que são conhecidos por lançar sempre gasolina em cima das fogueiras no que diz respeito a
estes alarmes sociais, disse.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o documento seguinte que é uma moção, ... peço desculpa a mesa também às
vezes tem pequenas falhas, faça favor Vítor Cavalinhos.”

Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse “Eu com a idade que tenho até podia fazer
fgura de fazer assim que não tnha dado por isso ou que não sabia mas sei, porque carga de água
é que na Cruz de Pau foi assassinada a avó e uma menina e o alarme social que houve com o
confito na cervejaria de Paio Pires, porquê? Mas claro ó Rui mas claro que houve o quê, nós
abstvemo-nos vamos fazer uma declaração de voto mais sobre este problema as deliberações não
temos nada contra mas com o problema da argumentação e a argumentação que aqui está não
partlhamos dela e reafrmo o que disse o problema não se compara o que não é comparável o
crime mais violento que existe na sociedade Portuguesa é o crime de violência doméstca e
principalmente contra mulheres isto é um problema estatstco nem sequer é a minha opinião é
estatstco, todas as semanas quase há uma pessoa que é assassinada e até existe a últma até
existe elementos da PSP que dão umas bordanadas que ameaçou mulher e flhos com a pistola de
serviço, portanto há algum drama maior na sociedade Portuguesa que é o problema da violência
doméstca é evidente que não há.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração, então? Não há. Passamos
para o documento seguinte.”

II.10. O Grupo Municipal do PAN apresentou uma moção «Pelos incêndios na Amazónia»,
subscrito por António Sota Martns.

(Documento anexo à ata com o número 9)

34/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção «Pelos incêndios na Amazónia»,


subscrita por António Martns que tem a palavra se faz favor.”

António Martns, do PAN, disse “Bom, para já pedia desculpa pela maçada que vão ter que
mudar o nome do documento que receberam que estava um Voto de Pesar e que foi alterado
para Moção, assim como nas deliberações em vez de dizer manifestar o seu voto de pesar pelos
incêndios que assolam a Amazónia é delibera manifestar a sua preocupação pelos incêndios que
assolam a Amazónia. Em relação a todos os considerandos todos receberam o documento todos
sabem o que é que se está a passar o que se passou e o que se contnua a passar na Amazónia e o
perigo que é para a humanidade por isso apresentamos esta moção de forma a que a Assembleia
possa manifestar colocando ao lado daqueles que se preocupam com ou o que se está a passar na
Amazónia e que tem proporções por todo o Mundo, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções sobre esta moção? Não há pedidos de
intervenção é isso? Não havendo pedidos de intervenção vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 80/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Trinta e cinco (35) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do presidente da JFFF 1

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 1 (Nuno Graça)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi aprovada com uma abstenção
da CDU. Declarações de voto? Nuno Graça se faz favor e Paula Santos.”

Nuno Graça, da CDU, em declaração de voto, disse “Muito rapidamente a declaração de voto é
mais para a população presente porque os eleitos da Assembleia Municipal já o sabem, neste
mandato por opção própria resolvi não votar favoravelmente ou contra os assuntos que não
dizem respeito ao Seixal porque as pessoas que estão aqui até às 10 da noite, 11 da noite, querem

35/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

saber os problemas do Seixal, querem resolver as coisas que são do Seixals independentemente da
importância do tema já o fz com propostas que o Grupo Municipal da CDU trouxe, o tema é
importante mas acho que não devemos perder tempo, entre aspas, com issos acaba por ser um
contra senso porque tenho que explicar porque não voto e acabo por perder tempo, mas é mais
para a população, que os membros presentes sabem, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Paula Santos se faz favor.”

Paula Santos, da CDU, em declaração de voto, disse “Também muito brevemente com a
declaração de voto, acompanhamos naturalmente a preocupação que era expressa nesta moção
relatvamente à foresta Amazónia e de facto o impacto profundamente negatvo dos incêndios
que estão a ocorrer neste momento expressamos a nossa solidariedade com as populações que
habitam a foresta Amazónia mas queria aqui nesta declaração de voto fazer uma referência
porque nos considerandos desta moção ela de facto tem uma enorme insufciência identfca a
importância da foresta mas não identfca as causas e os responsáveis por aquilo que está a
acontecer a esta foresta e é importante que não passem ícones e naturalmente estamos a falar
dos interesses dos grandes grupos económicos de empresas multnacionais do agro-negócio que
derivam do sistema capitalista em que vivemos e do objetvo e da predição que há do uso abusivo
dos recursos naturais para além daquilo que são as necessidades do seres humanos para garantr a
sua qualidade de vida, e é importante que naquilo que se está a passar neste momento nesta
foresta que não é um problema de hoje já é um problema que vem de há muito que foi
naturalmente agravado pela atual governação de Balsonaro no Brasil e que vai ao encontro dos
interesses desses grandes grupos económicos e do agro-negócio e é importante que fque claro
para que se distnga efetvamente que estamos solidários que estamos preocupados mas é preciso
responsabilizar efetvamente os verdadeiros responsáveis e causadores por aquilo que se está a
passar na Amazónia.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora muito bem, vamos passar para o documento
seguinte.”

II.11. O Grupo Municipal da CDU apresentou uma moção: «Por mais e melhores transportes
públicos no concelho e na região», subscrita por Paulo Silva.

(Documento anexo à Ata com o número 10)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção da CDU «Por mais e melhores
transportes públicos no concelho e na região» e é subscrita por Paulo Silva que tem a palavra.”

Paulo Silva, da CDU, disse “Portanto isto tem a ver muito com o custo dos parques de
estacionamento a ttulo de exemplo da Fertagus o passe é de 40 euros Inter concelhio e o
estacionamento são 30 euros o que tem provocado o trânsito caótco e o estacionamento caótco
nas imediações, a Câmara Municipal do Seixal há muito que quer resolver a situação assumindo a
36/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

gestão dos parques para os tornar gratuitos o que não tem acolhimento da parte do Governo do
Partdo Socialista que ao invés de fazer como fez no Montjo que transferiu a gestão para a
Câmara Municipal aqui no Seixal é contra e o que conta é esta posição do Partdo Socialista com o
apoio dos seus eleitos que demonstra que mais do que defenderem as populações do concelho do
Seixal defendem os interesses obscuros do Partdo Socialista, por isso os eleitos da CDU apresenta
esta moção a exigir ao Governo um maior investmento na recuperação da frota da Transtejo,
exigir ao Governo que, os parques de estacionamento do Terminal Fluvial do Seixal e das estações
de comboio do Fogueteiro passem para gestão da Câmara Municipal, e exigir que o Ministro do
Ambiente tenha uma intervenção determinante na concretzação desta cedência.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções? Quem é que pretende intervir?


Tomás Santos se faz favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Bom, dizer apenas que relatvamente a esta moção ela há muitas
coisas que diz com o qual nós concordamos mas há coisas que nós não podemos deixar passar,
dizer que é certo que o Partdo Socialista reconhece que é necessário mais investmento no
transporte público verdade que muitos dos autarcas mesmo deste Distrito já o afrmaram e nós
concordamos mas a realidade é que nós não podemos estar sempre a nos imiscuir das
responsabilidades, eu gostava de fazer a pergunta à Câmara Municipal do Seixal de que o que é
que já falou com a Transtejo o que é que já falou com a Fertagus isto é mesmo uma pergunta
sincera gostava de saber, mas dizer que falam aqui muito com uma propriedade que a mim muito
me espanta sobre a questão da dualidade de critérios do Partdo Socialista relatvamente à
Câmara Municipal do Montjo e a Câmara Municipal do Seixal eu diria se calhar o que houve não
foi uma dualidade de critérios se calhar o que houve foi uma dualidade de postura das Câmaras
Municipais diria eu, por isso a bancada do PS recomenda à CDU se calhar o menos espingardar e
mais uma postura colaborante porque as vitórias devem de ser sobretudo da população e não
desta ou daquela posição polítca, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Vítor Cavalinhos.”

Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Rapidamente, o Bloco vai votar a favor desta moção mas de
qualquer modo, e não é nenhuma novidade, de qualquer modo queria trazer aqui uma situação
que é o seguinte Na alínea h) desta moção ela termina a dizer assim Que os eleitos do Partdo
Socialista do Concelho do Seixal, que ao invés de apoiarem a proposta do executvo camarário,
apoiam a posição do Governo, (e isso é objetvamente verdade), e depois diz assim o que
demonstra que mais do que defenderem as populações do Concelho do Seixal, tais eleitos
defendem os obscuros interesses do Partdo Socialista, eu acho que esta frase, eu não sou do
Partdo Socialista com todo o gosto, mas acho que esta frase é de uma violência inaudita e acho
que uma coisa destas que se põe numa moção, parece que eu sou o advogado do Partdo
Socialista mas não sou, uma frase com esta gravidade a CDU sabe quais são os interesses obscuros

37/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

do Partdo Socialista e informa esta Assembleia Municipal ou então, se não tem provas, está a
fazer uma acusação sem prova e acho que deve retrar a frase daqui.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, quem é que pretende intervir mais? Pela
últma vez pergunto quem pretende intervir mais? Não há pedidos de intervenção e sendo assim
tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”

O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom, de facto a Câmara Municipal tem tdo desde
sempre, diria eu, uma posição de liderança polítca relatvamente à questão decisiva do transporte
público, aliás as autarquias da CDU desde sempre o têm feito o Seixal tem sido também digamos
um dos ponta de lança portanto desta matéria eu diria só neste mandato é que o Partdo Socialista
verdadeiramente entendeu portanto o transporte público como uma prioridade porque durante
40 anos portanto tudo fez para destruir o serviço público de transportes portanto na Área
Metropolitana de Lisboa e fnalmente esteve de acordo em avançar para o novo modelo do passe
intermodal de baixo custo para todos os operadores para toda a Área Metropolitana e de facto
também concordou, vamos dizer assim, isso agora concordou mas desde que as Câmaras
Municipais pagassem o reforço do sistema de transporte coletvos de passageiros entenda-se os
autocarros de passageiros, e o município do Seixal já se comprometeu com 2 milhões de euros do
seu orçamento para não só para o passe intermodal como para o próprio portanto concurso de
alargamento de oferta dos transportes coletvos rodoviários de passageiros como agora com
portanto uma medida que queremos aumentar portanto ainda iremos aumentar essa partcipação
para quase 3 milhões de euros anuais portanto para o reforço, quando isso devia de vir daquilo
que são os impostos pagos quer pelas pessoas quer pelas empresas da Área Metropolitana de
Lisboa e são como todos sabemos dos mais onerosos de toda a União Europeia, portanto
relatvamente à questão dos parques de estacionamento são também uma reivindicação nossa
temos vindo a colocar quer à Fertagus que é o concecionário quer ao Governo e às infraestruturas
de Portugal que são o concedente no caso da ferrovia no caso da Transtejo portanto é diferente é
o Ministro do Ambiente é o mesmo ministro mas aí é a própria Transtejo que tem uma
administração, temos vindo a colocar a necessidade desses parques passarem para a Câmara
Municipal do Seixal com gestão gratuita foi assim que colocámos aos vários quer polítcos quer
portanto dirigentes dessas organizações e o que nos foi transmitdo é que nem o Governo está
interessado nem essas empresas que gerem esses transportes estão interessadas, porquê? No
caso da Fertagus tem uma receita anual de 1 milhão de euros que é repartda vou dizer assim 50%
entre o Estado e a Fertagus portanto nem para o Estado o Estado não quer abdicar desses 50%
nem a própria Fertagus quer abdicar dessas receitas quem é que penaliza, as populações
naturalmente portanto essa é uma opção polítca do PS, não é espingardar é a realidade, se calhar
o senhor devia era espingardar com o seu Governo. A segunda tem a ver é com a Transtejo a
Transtejo diz que o parque tem uma receita anual de 100 mil euros, e no Montjo não houve
nenhum problema no Montjo o secretário de Estado dos Transportes José Mendes não teve
38/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

nenhum problema com o Ministro do Ambiente João Matos Fernandes não teve nenhum
problema em passar portanto a estação, perdão o parque de estacionamento da estação fuvial no
Montjo para a Câmara Municipal de forma completamente gratuita aliás nós mostrámos o
protocolo não só à Transtejo como ao próprio Secretário de Estado que talvez já não se lembrasse
e ao Ministro e o que nos foi dito em várias reuniões a que temos vindo a insistr é que não é
possível, quer dizer é possível no Montjo porque são do PS no Seixal como é da CDU não é
possível esta é a polítca do PS , não é admissível não é admissível este tpo tratamento e nós
vamos contnuar a insistr para que o mesmo tratamento que foi dado ao Montjo seja dado à
população do Concelho do Seixal portanto estamos a trabalhar junto do Sr. Ministro do Sr.
Secretário de Estado e do Sr. Primeiro Ministro para que esta questão seja resolvida e tenho a
certeza que mais uma vez iremos vencer, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Proponente se faz favor. Não prescinde. Pronto
neste quadro vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 81/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do presidente da JFFF 1

 Doze (12) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A moção foi aprovada com os votos a favor da CDU,
do BE, do PAN, de SFF, tem a abstenção do PSD, e os Votos contra do PS e do CDS. Declarações de
voto? Paulo Silva e a seguir Marlene Abrantes se faz favor.”

Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse “A CDU apresentou esta moção em que fala em
interesses obscuros do Partdo Socialista por quanto quando não são justfcados e haver critérios
diferentes para o Seixal e para um concelho limítrofe que é o caso do Montjo e que não há

39/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

qualquer justfcação para esses critérios diferentes nós consideramos que são obscuros esses
critérios, portanto é esse o motvo pelo qual utlizamos a palavra obscuros interesses.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Marlene se faz favor.”

Marlene Abrantes, do CDS-PP, informou que entregaria declaração de voto no tempo regimental.

(Documento anexo a ata com o n.º 10A).

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o últmo documento que é do PS.”

II.12. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pela expansão do Parque do Serrado»,


subscrita por Tomás Santos.

(Documento anexo à ata com o número 11)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção «Pela expansão do Parque do


Serrado», é subscrita por Tomás Santos que tem a palavra se faz favor.”

Tomás Santos, do PS, disse “Bom, basicamente e suscita-mente apenas dizer o que recolhe do
texto da moção principalmente em que nós o Partdo Socialista acha que não faz sentdo o Parque
do Serrado nesta área contnuar fechado à população durante a maior parte do ano e achamos
que esta área deve ser mais bem utlizada e dinamizada pela Câmara Municipal, dizer que temos
aqui uma sugestão mas, mais até para suscitar a discussão porque achamos que acima de tudo
vamos discutr isto e perceber do ponto de vista da Câmara Municipal qual é que é a abertura para
acolher esta proposta, obrigado.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções sobre a moção? Paulo Silva se faz
favor.”

Paulo Silva, da CDU, disse “Ponto prévio antes de começar a contar o tempo, portanto tenho os
meus 5 segundos e para as conclusões falei com o Sr. Presidente de Fernão Ferro Carlos Reis que
cedeu o tempo que ele tem disponível para eu concluir a minha intervenção, portanto isto para a
Sara estar esclarecida, segunda situação o Parque do Serrado está aberto à população o ano
inteiro esta é uma verdade que é insofsmável se calhar o Partdo Socialista vai dizer que
desconhece como também já nos habituou apesar de ter o pelouro do bem estar animal
desconhecia que havia um parque canino no Concelho do Seixal mas pronto a gente já estamos
habituados, segundo espaços verdes amplos no Concelho do Seixal eles existem e têm sido
construídos pelo executvo municipas, terceiro, parques e jardins não cobram IMI é uma verdade
nem os parques e os jardins e nenhum imóvel cobra IMI, quem cobra IMI é a Autoridade
Tributária, os imóveis podem ser objeto ou não de liquidação de IMI e no caso dos parques e
jardins não o são, agora nenhum imóvel cobra IMI que é uma prerrogatva da Autoridade

40/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Tributária mas parece que o Partdo Socialista não sabes depois estamos a dois dias da Festa do
Avante e já estava aqui a moção de ataque à Festa do Avante e quando falam aqui assim na
inoperância do executvo da CDU perante a situação da Quinta da Atalaia não compreendemos
como é que aquele parque que vem a seguir à Quinta da Atalaia, que não é nenhum parque, mas
pronto poderia ser, sem dúvida, o parque de excelência da cidade de Amora, grande parte do ano
encerrado em detrimento da população e sendo a honrosa exceção a Festa do Avante que é feita
lá na Quinta da Atalaias na verdade à boleia do Parque do Serrado o que o Partdo Socialista aqui
vem é com uma moção de claro ataque à Festa do Avante a dois dias da sua realização e isto
temos que denunciar esta atuação do Partdo Socialista acabando depois até por dizer que à
Câmara Municipal do Seixal cabe utlizar todos os instrumentos ao seu alcance para concretzar
este objectvo a expansão do Parque do Serrado parece que o objectvo que estão é que a Câmara
estude a expropriação da Quinta da Atalaia para a expansão do Parque do Serrado parece ser esse
o objetvo e daí assim ver o seu custo que é o que vem na parte deliberatva da proposta nem
sequer é o Parque do Serrado é saber os custos que pode vir a ter uma proposta de expansão
deste parque que vem aqui depois parece seria à conta da Quinta da Atalaia onde está a Festa do
Avante e que é utlizada para a realização da Festa do Avante.”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Quem é que pretende intervir
mais, quem tem tempo? Não há mais intervenções? Bom, não havendo mais intervenções vamos
colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 82/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Onze (11) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

 Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do BE 2

- Do presidente da JFFF 1

 Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

41/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi rejeitada com os votos contra
da CDU, do BE, do SFF, e a abstenção do PSD, e do CDS, e do PAN, e os votos a favor do PS. Há
alguma declaração de voto em relação a esta moção? Não, então sendo assim vamos a um
intervalo de 10 minutos.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA

III.1. Opções do plano e proposta de orçamento para 2019, nos termos da alínea a), do nº 1 do
art. 25º, por força da alínea c), do nº 1, do art. 33º, ambos do Anexo à Lei nº 75/2013, de 12/09,
alterado pela Lei nº 50/2018, de 16/08, autorização para a contratação de empréstmo de curto
prazo, nos termos da alínea f), do nº 1, do art. 25º do Anexo à Lei nº 75/2013, de 12/09, mapa
de pessoal, nos termos da alínea o), do nº 1, do art. 25º do Anexo da Lei nº 75/2013, 12/09, e
autorização genérica para a assunção de compromissos plurianuais nos termos do art. 6º da Lei
nº 8/2012, de 21/02, alterada pela Lei nº 22/2015, de 17/03. Aprovação.

(Documento anexo à ata com o número 13)

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.

O Presidente da Câmara Municipal disse “A primeira questão que gostaria de colocar


relatvamente às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2019 teve a ver com o facto de
estarmos em setembro de um ano e estarmos a aprovar um orçamento para o próprio ano.
Gostaria por isso de dizer que estamos numa situação especial porque na verdade a Câmara
Municipal do Seixal aprovou uma proposta de plano e orçamento para 2019 em outubro de 2018,
submeteu a deliberação da Assembleia Municipal e esta Assembleia Municipal por maioria
reprovou essa proposta de orçamento. Seguiu-se a esta decisão um debate intenso promovido
pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Seixal e pela Mesa que gostaria de sublinhar, no
sentdo de procurar possíveis convergências em termos daquilo que são as visões diferentes das
várias forças polítcas e dos vários eleitos, no sentdo de conseguirmos encontrar uma plataforma
comum para podermos ter um instrumento, não só de planeamento, como de execução porque o
município dele necessitava. Esses contactos iniciaram-se desde logo, no mês de fevereiro e foram
até ao mês de maio. O Sr. Presidente da Assembleia Municipal e a Mesa reunido com o executvo
municipal transmitu-nos que existam condições de acordo com os contactos que foram feitos
com os vários partdos e forças polítcas para podermos ter um orçamento, desde essa data inicio
de maio foram agendados um conjunto de reuniões que se prolongaram pelo mês de junho com
todas as forças polítcas, algumas reuniões até com várias sessões, mas só em julho é que foi
possível que um dos eleitos, bastava que um eleito mudasse o seu sentdo de voto para que
pudéssemos ter plano e orçamento aprovado. Por isso, eu gostaria em primeiro lugar de chamar a
42/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

atenção para a situação especial de construção deste orçamento de 2019, em setembro de 2019 e
também para a situação especial que foi alvo de um processo de construção democrátca, em
primeiro lugar liderado pela Assembleia Municipal do Seixal e também depois com a partcipação
conjunta do executvo municipal ou o Sr. Presidente da Assembleia Municipal. Por isso, eu gostaria
de saudar o Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Seixal pelo papel importantssimo que teve
na procura de convergências dentro da própria Assembleia e que motvou depois que pelo menos
se conseguisse que um eleito pudesse convergir com a força polítca maioritária em termos de
votos, no sentdo de ter esse instrumento de planeamento. Esta é a segunda questão que eu
gostaria de colocar e por esta razão, estarmos em setembro, pratcamente eu diria que quase todo
o orçamento são rubricas relatvas ao ano de 2018. Isto tem uma explicação formal e legal porque
a Câmara Municipal do Seixal não tendo plano e orçamento aprovado no dia 1 de janeiro de 2019
o que a lei diz é que é efcaz o orçamento anterior. E o orçamento anterior que estava efcaz que
tnha aprovado era o de 2018 e qualquer despesa, qualquer concurso, qualquer compromisso que
tvéssemos que fazer sobre qualquer área tnha que ter uma rubrica e desde que esse
compromisso a executar nessa rubrica, essa rubrica tem que permanecer até esse compromisso
estar executado, ou seja, vou dar um exemplo Piscina Municipal de Paio Pires, só quando é uma
rubrica, neste caso será de 2018, só quando a piscina estver concluída, no ano em que estver
concluída é que desaparecerá essa rubrica. Pode ser 2019, pode ser 2020, pode ser em 2021
manter-se-á sempre essa rubrica da piscina de Paio Pires. Só para explicar que como tvemos
necessidade de pagar salários, pagar tudo o que são serviços externos, aquisição de materiais,
compra de viaturas e equipamentos, compra de materiais, investmentos diversos, desde
pequenos a grandes equipamentos. Portanto, fomos usar as rubricas que eram legalmente
possíveis, que eram as rubricas de 2018 e por isso, a quase maioria das rubricas que estão
propostas são do ano de 2018, com raras exceções de 2019 no quadro daquilo que foi possível
convergir com o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão e com algumas outras áreas que não
tnham rubrica para podermos concretzar a rubrica em 2018 e por isso, apareceram em 2019. A
terceira questão que gostaria de colocar tem a ver com a dimensão fnanceira deste orçamento.
Quase 140 milhões de euros de um orçamento quando a Câmara Municipal tem tdo orçamentos
na ordem dos 90 milhões de euros, poder-se-á dizer que é estranho mas tem a ver com este facto
de estarmos em setembro a aprovar um orçamento do próprio ano e porquê? Porque na verdade
o nosso orçamento, se não tvéssemos o efeito de três questões, o orçamento seria na ordem dos
90 milhões. Nós temos três questões que aconteceram durante o ano de 2019 que têm que ser
incluídas no orçamento e por isso, o orçamento cresce para os 140 milhões de euros pratcamente
140 milhões de euros. Que três questões são essas? Em primeiro lugar o saldo de gerência que
obtvemos no valor de 19 milhões ponto qualquer coisa milhões de euros em novembro de 2018
não tnhamos saldo de gerência porque as contas são aprovadas em abril, maio do ano seguinte e
só a partr daí é que se apura o saldo de gerência mas como já estamos em setembro, já temos
saldos de gerência e por isso saldo de gerência é automatcamente incorporado nesta fase no
43/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

orçamento, são mais de 19 milhões de euros. Depois temos o empréstmo do Plano Consolidação
Orçamental ou melhor a renegociação do empréstmo do Plano Consolidação Orçamental. Temos
então, 21 milhões de euros porque renegociámos o spreed. O spreed médio ponderado de 1,5
para cerca de 0,8. Portanto, é quase metade do spreed que tnhamos, mas para o fazer tvemos
que contratar um novo empréstmo de 21 milhões de euros a uma taxa de juro mais favorável e
tvemos que pagar o mesmo 21 de milhões de euros da taxa de juro menos favorável, entra no
orçamento da despesa e entra no orçamento da receita. São mais 21 milhões de euros e depois
também porque o município do Seixal contnua com uma performance do ponto de vista da
receita muito interessante e temos neste ano, mais 7 milhões de euros de receita em termos do
saldo até ao mês de julho, podemos dizer, ou seja, em cada mês conseguimos poupar 1 milhão de
euros, nuns 7 meses dá 7 milhões de euros. A conjugação destes três fatores saldo de gerência,
empréstmo do Plano Consolidação Orçamental, renegociação do empréstmo e a melhoria da
receita dá então, a conjugação de cerca de 40 milhões de euros, o que acresce aos tais 90 e dá os
137 milhões de euros que temos. Nós com este orçamento, é claro que é só para quatro meses, é
para o mês de setembro, outubro, novembro e dezembro se for aprovado hoje, estamos em crer
que será, mas vai-nos permitr não só contnuarmos a investr de forma signifcatva em todas as
áreas responsáveis da Câmara Municipal, como também valorizar os trabalhadores do município e
aqui uma questão partcular porque de facto, vamos utlizar uma disposição da Lei do Orçamento
de Estado para 2019 que foi uma das conquistas das forças polítcas que valorizam o trabalho e os
trabalhadores na Assembleia da República que obrigaram o Governo a implementar a opção
opção gestonária novamente. A opção gestonária quer dizer que há uma opção de quem
administra a gestão pública de que pode valorizar os salários dos seus trabalhadores. Por isso, nós
destnámos 1 milhão de euros para permitr que os trabalhadores possam progredir de forma mais
rápida em termos da subida de escalão em termos remuneratórios. Isso era, não só um objetvo
em novembro de 2018, como contnua a ser um objetvo em setembro de 2019. A diferença é que
em novembro de 2018 nós temos uma rubrica aberta e que com o saldo de gerência em maio que
íamos obter, iríamos inscrever nessa rubrica o valor necessário tal como em muitas outras rubricas
que agora têm valores com dimensão porque esta era uma questão que estava programada. Para
além da opção gestonária que é estratégica porque os trabalhadores da Função Pública tveram
10 anos os seus salários congelados, já ganham muito pouco e durante 10 anos não progrediram
com responsabilidade polítca dos governos do PS e do PSD/CDS. É possível agora retomar esse
caminho de valorização e portanto, há que recuperar tempo perdido e quanto a nós esta é uma
medida inteiramente justa e que deve ser implementada o mais rapidamente possível, assim
existam condições orçamentais para o podermos fazer. Também dizer que esta opção de não
aprovação do orçamento que a Assembleia Municipal tomou de forma consciente, responsável e
democrátca teve implicações graves na vida da gestão da Câmara Municipal. Nós, durante o mês
de janeiro pratcamente estvemos em alterações e adaptações aos instrumentos de planeamento
para que pudessem dar sequência à necessidade de investmento, à necessidade de aquisição para
44/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

que a Câmara não parasse e quero dizer aos srs. eleitos que são responsáveis por essa reprovação
de que isso causou enormes problemas, não só ao executvo, como aos próprios trabalhadores da
Câmara Municipal e consequentemente para a população e foi um esforço que eu diria
desnecessário, inútl e ninguém ganhou com esta reprovação do orçamento. E acho que hoje se
pode corrigir esse erro e esse é o apelo que eu faço desde já para que se corrija esse erro e que se
permita que os recursos públicos, os parcos recursos públicos que a Câmara Municipal do Seixal
tem sejam colocados inteiramente à disposição da população e não sujeito a restrições
burocrátcas, formais que os srs. nos impuseram e que tvemos maiores difculdades em poder
desenvolver.

Uma nota ainda sobre a deliberação que está em apreciação que tem a ver com o empréstmo a
curto prazo, não será necessário, consta na deliberação mas de facto, não é necessário esse
empréstmo. Não temos necessidade, o município tem a sua tesouraria eu diria bem preenchida
com dimensão, com capacidade e não temos necessidade de mais nenhum empréstmo para
responder a problemas de falta de liquidez, em termos de tesouraria de curto prazo.

Sobre os investmentos, eu gostaria de destacar um conjunto de investmentos que são propostas


da Câmara, que são propostas deste orçamento, que estamos a tentar concretzar. Já falei sobre a
valorização dos trabalhadores e a melhoria contnua daquilo que é a sua condição, vamos na
próxima segunda feira ter uma nova estrutura orgânica em funcionamento que vai ampliar
pratcamente de 30 unidades orgânicas para 69 unidades orgânicas, vamos conseguir melhorar
muito aquilo que é a organização e a coordenação das equipas de trabalho da Câmara Municipal
do Seixal e vamos contnuar a investr na requalifcação das instalações, dos equipamentos, das
viaturas, dos fardamentos de tudo aquilo que de facto, os trabalhadores, que nós podemos fazer
pelos trabalhadores para que possamos aumentar a prestação de serviço publico junto da
população.

Queremos também lançar o concurso este ano da loja do cidadão do concelho do seixal, estamos
a programar a nova loja do munícipe para Fernão Ferro, vamos abrir um novo concurso para a
requalifcação do mercado municipal da Cruz de Pau em virtude do empreiteiro ter desistdo da
obra e ter colocado um pedido de indemnização à Câmara. Imagine-se! Vamos executar os
projetos para o cemitério municipal de Fernão Ferro, vamos implementar um novo modelo de
partcipação da população nas polítcas e decisões municipais, associado a novas ferramentas de
comunicação digital, vamos consolidar as soluções de softare livre da Câmara Municipal, somos
talvez das câmaras de maior dimensão no país que já usa ferramentas de softare livre. Estamos a
fnalizar o nosso projeto do tif gratuito em muitos parques e espaços públicos em todo o
concelho. Vamos trabalhar na preparação da certfcação da qualidade da Câmara Municipal para
que em 2020 possamos pedir a certfcação externa de qualidade e vamos avançar com a
colocação de placas identfcatvas das freguesias do concelho, já começámos com um protótpo
na junção da freguesia de Arrentela com Amora, portanto que já foi vandalizado infelizmente isto
45/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

é, temos que combater o vandalismo e a criminalidade contra o património público. Vamos


contnuar a colocar esse tpo de identfcação que consideramos importante. Vamos contnuar
também a reforçar o modelo de captação de investmento, temos felizmente um conjunto
crescente de empresas e entdades que querem sediar-se no nosso município. Vamos também
avançar com o Centro de Inovação associado a uma segunda fase da nossa incubadora de
empresas e vamos alargar às cooperatvas e queremos também que o setor cooperatvo seja uma
realidade em termos daquilo que são as startups e que não seja só um modelo puramente
empresarial, que seja também um modelo cooperatvo que vingue em termos daquilo que são as
empresas de crescimento. Vamos prosseguir as parcerias com a confederação portuguesa de
pequenas e médias empresas com a ação de comércio e industria do distrito de Setúbal, com os
projetos entre ruas e o Festival Food Fest e também pretendemos requalifcar os quiosques
adotando-os, adaptando-os a uma nova realidade do século XXI porque são ainda do século
passado. Estamos também a preparar a instalação de novas unidades hoteleiras no concelho, o
hotel Mundet em breve durante este mês de setembro irá começar a ser construido. Irá avançar a
primeira fase do hotel Mundet, estamos a preparar outros concursos, outras hastas publicas para
a instalação de unidades hoteleiras no concelho. Estamos também a preparar a rota barcos do
Tejo permitndo que as nossas embarcações tradicionais, para além do serviço educatvo
municipal onde os projetos patrimoniais e culturais que possam também servir de forma mais
efciente o fuxo turístco da cidade de Lisboa para o Seixal. Queremos construir a estação de
serviço de auto-caravanas e também construir os centros náutcos do Seixal e Amora. Estamos
também a preparar os projetos para estas duas infraestruturas. Estamos também ainda a fazer os
projetos de requalifcação dos núcleos urbanos antgos de Amora, Arrentela, Aldeia de Paio Pires.
O mais avançado é o de Arrentela. Será esse que agora a seguir ao Seixal irá avançar em termos de
concurso publico. Estamos a contnuar a fazer parcerias com as associações de moradores para
contnuar a requalifcar as AUGISS, na últma reunião de câmara de 28 de agosto, foi assinado mais
um protocolo com a Associação de Moradores das Laranjeiras com o apoio à repavimentação de
12 arruamentos na Associação das Laranjeiras, o Sr. Vice Presidente é que está com este dossier,
para além de outros apoios, a AUGI do Pinhal do General que é também a maior do concelho e
outras como a mais pequena que é a Quinta das Lagoas, em Amora na transição com Corroios.
Estamos a avançar no apoio à reconversão urbanístca. Vamos consttuir um gabinete técnico de
proximidade para Fernão Ferro, já foi construida uma adaptação na loja atual para a instalação de
um gabinete de partcipação será também instalado o gabinete técnico de proximidade para
poder informar a população sobre questões concretas do urbanismo naquela freguesia. Estamos
também a avançar com um conjunto de intervenções na escola pública da responsabilidade da
Câmara Municipal, são 6 milhões de euros de investmento que estamos a fazer em 16 escolas.
Destacam-se as qualifcações e ampliações das escolas básicas da Aldeia de Paio Pires e Quinta de
Santo António. Estamos a preparar os projetos para o concurso do Jardim de Infância da Quinta
de S. Nicolau e também a ampliação a seguir das escolas básicas de Arrentela e do Bairro Novo,
46/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

esta ultma com um novo refeitório, recentemente construido para apoio áquelas crianças.
Estamos também a ultmar o concurso para a colocação de novos computadores em todas as
escolas. Todas as escolas de responsabilidade da Câmara Municipal vão ter novos computadores,
ainda durante este ano, e também adquirimos as antgas instalações do Grémio da Lavoura, no
Fogueteiro, para instalar a Universidade Sénior do Seixal, é um projeto que também queremos
concretzar no mandato.

Na juventude, no âmbito do projeto Centro Cultural de Amora será construido o novo Centro de
Apoio ao Movimento Associatvo Juvenil, é um dos projetos que queremos concretzar, para além
de um conjunto de outros que são muito inovadores e que a Sra. Vereadora da Juventude tem
feito e tem promovido de forma muito assinalável como foi o Festval de Street Art do concelho do
Seixal que foi uma inovação e que tem nesta segunda edição um crescimento exponencial.
Teremos agora o MTV Sunset Party, é também um espaço de juventude, apesar dos mais antgos
como nós aqui, poderem também usufruir desse espaço, será no próximo dia 21 entre muitos
outros eventos interessantes na área da juventude.

A obra do Centro de Medalha Contemporânea foi adjudicada na últma reunião de Câmara


Municipal, vai avançar a obra ainda no mês de setembro e também vamos avançar, estão a ser
ultmados os projetos de especialidades do Parque Urbano de Miratejo, onde vamos valorizar o
único monumento nacional que temos no concelho que é a olaria romana do Brasileiro Rouxinol.
Vamos também inaugurar uma nova exposição do mestre Manuel Cargaleiro. O Sr. Vereador do
Património Cultural está a preparar essa nova exposição e também desenvolver a componente
ofcinal que era um dos objetvos do Mestre Cargaleiro, era ter não só a parte expositva, mas
também a parte ofcinal do fazer e é isso também que está em preparação para este ano. Vamos
dinamizar a ofcina coletva de artes Armazém 56 Art Sx, na Mundet. Vamos contnuar a reabilitar
para novos usos a fábrica Mundet. Neste momento estão várias intervenções em curso dentro da
fábrica Mundet e vamos contnuar a construir a Piscina Municipal de Aldeia de Paio Pires. A obra já
começou. Vamos fnalizar o pavilhão desportvo da Mundet, direcionado para o hóquei. Estamos a
apoiar a construção de dois complexos desportvos um em Santa Marta do Pinhal, outro no
Portugal Cultura e Recreio. Vamos lançar o concurso para o Estádio Municipal da Medideira.
Estamos a apoiar a construção do Centro de Treinos do Amora Futebol Clube. Vamos requalifcar o
complexo de atletsmo Carla Sacramento, as duas piscinas municipais Corroios e Amora. Vamos
fazer os projetos do pavilhão desportvo municipal de Fernão Ferro. Estamos também a fazer já os
projetos do pavilhão desportvo de Amora. Vamos requalifcar o campo de futebol do Pinhal do
General e vamos da mesma forma generalizada contnuar a investr no movimento associatvo do
concelho, capacitando o nosso movimento associatvo, quer cultural, quer desportvo, quer
associatvo e social para que possa ter boas condições de oferta para a nossa população.
Finalmente está a avançar o Centro de Saúde de Corroios, esperemos que a obra não pare. A
Câmara Municipal tem desde o ano passado adjudicado já os arranjos exteriores, os espaços
47/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

públicos, vamos concretza-los também. Vamos contnuar a liderar e a coordenar a rede


portuguesa de municípios saudáveis e a promover o projeto Seixal Saudável. Vamos lançar o
concurso este ano do Centro de Dia do Casal do Marco, da creche dos Serviços Sociais da Câmara
Municipal do Seixal e apoiar as candidaturas a fnanciamento de vários lares de idosos. Aqui com
especial destaque, eu diria para Fernão Ferro, que é o projeto mais avançado onde vamos destnar
1 milhão de euros para poder viabilizar este lar. Vamos também apoiar a nova estrutura
residencial para a defciência, da responsabilidade da APCAS e já estamos a apoiar a reabilitação
das instalações da Cercisa onde a Câmara de Almada contnua a dever à Câmara do Seixal 200 mil
euros. A Presidente da Câmara de Almada não quer pagar 200 mil euros à Câmara do Seixal, para
além de não pagar a divida dos SMAS de Almada à Câmara do Seixal que já vai na ordem de 1
milhão de euros de água, não paga agua, também não paga à Cercisa. É vergonhoso! Vamos
contnuar a promover a integração pela paz, a paz é muito importante mesmo com esta questão, o
dinheiro não é tudo na vida, a paz é muito importante e a amizade com Almada estará sempre em
cima da mesa, mas não nos podemos esquecer das dividas. O Seixal coordena o movimento de
municípios pela paz, Almada integra este movimento e somos solidários com Almada. Vamos
prosseguir com o realojamento das famílias que habitam em Vale de Chicharos, é uma prioridade,
já conseguimos concretzar a primeira operação de realojamento e conseguir a demolição no
edifcio que era o maior. Estamos agora a preparar os três próximos edifcios, vamos criar o plano
municipal de habitação. Vamos contnuar com os projetos pinte a sua casa e reabilite o seu prédio
só este ano, mais de 100 prédios já foram reabilitados com a ajuda da Câmara Municipal, com
mais de 135 mil euros de apoio para mais de 100 prédios, a Sra. Vereadora da Habitação tem
também feito aqui um trabalho excelente de apoio a esta reabilitação, para além dos bairros
municipais Cucena, Fogueteiro, Vale de Milhaços e Quinta do Cabral. Temos projetos também de
espaços públicos, espaços exteriores para concretzar, para apoiar estas populações. Ainda dizer
que vamos prosseguir com o projeto Laboratório Vivo para a Descarbonização será concretzado
entre estes próximos meses e os primeiros 6 meses do próximo ano. Estamos a preparar o
concurso para a segunda fase do Parque Urbano do Seixal aqui na Mundet. Vai ser adjudicado o
parque urbano da biodiversidade, vamos concretzar um Centro de Ciência Viva de Interpretação
da baía do Seixal, estamos a fazer a cafetaria e os sanitários do parque urbano dos Almeirões, em
Paio Pires, vamos requalifcar o jardim da Quinta de S. Nicolau em primeiro lugar, depois do Alto
do Moinho, depois o parque Lopes Graça na Torre da Marinha. Vamos avançar com novas hortas
urbanas em Corroios, primeiro e a seguir novamente na Amora. Estamos a programar o parque
natural de Arrentela. Estamos também a construir o Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro,
fnalmente a EDP está a fazer o ramal defnitvo de energia que nos possibilita começar a fazer
testes para os equipamentos que exigem grande potência, precisámos de ter um ramal de energia
não de obra mas o defnitvo e por isso, neste momento isso já está a ser concretzado. Iremos
entrar em testes para depois fazermos as restantes obras complementares e haver um dia onde

48/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

façamos a transição entre a operação que temos na bombagem direta ao depósito para
bombagem ao Centro Distribuidor e do Centro Distribuidor ao depósito e depois à população.

Estamos também a fazer os projetos para a requalifcação do Centro Distribuidor de Água de


Belverde. Estamos a fazer um conjunto de intervenções importantes de infraestruturas em muitos
locais do concelho, a mais importante pela dimensão na Verdizela.

Vamos contnuar também com o novo modelo de higiene urbana, com mais equipamentos, o Sr.
Vereador acabou de me informar que chegaram mais duas viaturas de grande dimensão nesta
área que vem apoiar e qualifcar a nossa intervenção, vamos visitá-las em breve. Vamos contnuar
com os novos sistemas de recolha semienterrada e também com a recolha de orgânicos em
habitações unifamilares pelo concelho.

Estou quase a terminar, estamos a adjudicar os projetos da alternatva à nacional 10, vamos
concretzar, queremos lançar o concurso para o próximo ano. Para o ano um conjunto de outras
intervenções importantes sejam as ondas de estacionamento condicionado, seja execução e
pavimentação de novas vias, seja a execução de novos passeios, passadeiras sobrelevadas,
rotundas, um conjunto de medidas que estão a ser desenvolvidas pelo setor do trânsito, o Sr. Vice
Presidente é o responsável e que tem que contar com o apoio das juntas de freguesia, ainda agora
a Amora está também a sinalizar com as passadeiras com sinalização ledSs, avisadores luminosos
ledSs que são também importantes.

Dizer também que estamos a apoiar a concretzação do quartel dos bombeiros de Amora que se
prevê para breve a sua entrada em funcionamento. Acabámos de apoiar a construção do quartel
de Fernão Ferro e estamos também a preparar os projetos para o novo Centro de Recolha Ofcial
de Animais de Companhia do Seixal, do novo canil municipal neste momento, está em execução
de projeto e acabámos também de concretzar o alargamento e a requalifcação do nosso canil
municipal.

Srs. eleitos é uma síntese daquilo que é esta proposta das Grandes Opções do Plano e Orçamento
para 2019, gostaríamos de tê-la tdo aprovada no tempo devido, não foi possível mas estamos
sempre a tempo de corrigir um erro e sempre a tempo de melhorar e por isso, seria muito positvo
que hoje a partr desta assembleia se corrigisse esse erro de ter reprovado o orçamento 2019, na
altura devida, estamos sempre a tempo como eu disse de retomar e de corrigir um erro, assim
espero que aconteça e faço esse apelo às forças polítcas para que acima dos interesses polítco-
partdários se coloquem os interesses coletvos da população e se aprove ou pelo menos se
viabilize estas Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2019”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Obrigado Sr. Presidente da Câmara pela sua
apresentação da proposta das GOPSs para 2019 e antes de dar a palavra aos membros da
Assembleia, apenas uma consideração que em termos de tempo é usado, sendo da Mesa mas é

49/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

contado na CDU. O Sr. Presidente já explicou, no fundo é um processo que todos conhecem e
agradeço as palavras do Sr. Presidente, elas são dirigidas no fundo não ao Presidente da
Assembleia Municipal mas evidentemente à Mesa e ao conjunto da Assembleia Municipal foi
necessário encetar um processo cujo objetvo era criar condições para assegurar uma nova
apreciação do orçamento e a sua aprovação é por isso, que estamos aqui hoje. Esta foi uma
análise que na altura o Sr. Presidente da Câmara com o Presidente da Assembleia fzeram, a
proposta tnha sido aprovada na Câmara e reprovada na Assembleia Municipal e na generalidade
com fundamentação mais polítca do que de conteúdo e portanto, era preciso ver a
disponibilidade dos outros partdos, dos grupos municipais para ver o caminho e a solução para a
aprovação de um instrumento fundamental. Estabeleceu-se um calendário de reuniões, como já
foi dito, com os lideres dos grupos municipais, os presidentes de junta e união de freguesias
decorreram essas reuniões até maio. Tratou-se e há que sublinhar isto, o Sr. Presidente disse-o e é
importante sublinhar do interessante exercício democrátco e até criatvo envolvendo as diversas
forças polítcas e constatou-se um caminho muito positvo e construtvo na procura de pontos de
consenso e de criação de consenso para a viabilização das GopSs e do orçamento. Aliás, neste
conjunto de reuniões creio que não houve nenhuma força polítca, todos disseram que o quadro
que estávamos a viver não era bom para a vida do município e não era bom para a população não
ter um orçamento aprovado em face deste progresso que teve lugar a reunião entre o Presidente
da Câmara e a Mesa da Assembleia, estavam reunidas as condições para um ciclo de reuniões
seguintes por iniciatva do Sr. Presidente da Câmara, reuniões com todos os grupos municipais,
juntas de freguesia, também com o acompanhamento da Assembleia Municipal através do Sr.
Presidente e quero aqui sublinhar porque se trataram de espaços de diálogo de trabalho
exemplar, há que dizer isto, sérios e responsáveis com a análise em concreto das propostas e da
sua possível viabilidade de integração nas GOP e orçamento e na sequência deste ciclo, chegou-se
a julho com as condições reunidas para como o Sr. Presidente referiu, para a elaboração da
proposta e ainda a realização de reuniões ao abrigo do estatuto da oposição, porque foram cerca
de três dezenas de reuniões e múltplos contactos, este percurso que fzemos até aqui. Poderá
haver quem diga, apenas mais esta nota, aliás já houve quem dissesse que se demorou muito
tempo. Matéria com esta importância para a vida do concelho o que conta é o resultado
alcançado e já vimos que fzemos aqui um caminho que de outra maneira, se não fosse feito
assim, se calhar não estávamos aqui hoje. Este foi no caminho certo, a proposta que está agora em
apreciação que foi aprovada no executvo municipal e será hoje com certeza, deixem-me dizer
assim, não podia ser de outra maneira, aprovada nesta sessão da assembleia municipal faça o
caminho que fzermos e aos compromissos assumidos. Diria que qualifcámos a democracia e vai
fcar a ganhar a população, fzemos também caminho, acho que tem sentdo também referir para
os próximos orçamentos e o próximo é muito próximo para 2020.

Palavra fnal de agradecimento ao empenhamento do primeiro Secretário e da sra. segunda


secretária, Sara Lopes e registar também aqui neste momento a disponibilidade e a
50/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

responsabilidade da diversidade de posições dos lideres municipais. Nós temos posições diversas
mas construimos caminho mas fzemos caminho com o resultado que temos aqui hoje e felicito o
Sr. Presidente da Câmara pela forma como conduziu este percurso, num caminho que nem
sempre é fácil da concertação de propostas e criação de consensos e pela proposta que hoje
vamos aqui apreciar de GOPSs e orçamento. Mais equipamentos coletvos, mais apoios às
insttuições e agentes municipais, mais iniciatvas e serviço público, mais investmento nas
freguesias em consequência da melhor vida para as nossas populações. Era esta breve declaração
e pergunto quem é que quer intervir?”

Paulo Silva, da CDU, disse “Um ponto de ordem, a intervenção que foi feita pelo Sr. Presidente da
Assembleia Municipal foi uma intervenção insttucional da Mesa a dar conta das diligências feitas
pelo órgão Mesa, não é uma intervenção polítca da CDU e, por isso, nós consideramos que este
tempo não pode ser imputado ao tempo da bancada da CDU”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tomás Santos”.

Tomás Santos, do PS, disse “O Sr. Presidente da Assembleia Municipal sendo Presidente da
Assembleia Municipal é membro de um partdo e está aqui na qualidade de eleito por um partdo
e portanto, nessa qualidade ele deu um parecer sobre aquilo que foi o entendimento dele
enquanto eleito e membro de um partdo sobre aquilo que foi a condução que eu achava que
devia fazer e portanto, é polítca, não deixa de ser polítca só porque não fala na questão em
concreto”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Eu próprio, é verdade que no inicio referi isso mas
aqui a refexão que fzemos e que a Mesa fez e vamos ter naturalmente esse rigor em outros
momentos, tendo em conta o quadro de intervenção que a Mesa fzer, que fzer o Presidente ou
que acontecer na Mesa. O entendimento é que foi no quadro da condução pela Assembleia
Municipal e da Mesa da Assembleia Municipal de um processo o que naturalmente, iremos ter
todos atenção, em primeiro lugar, nós Mesa e naturalmente os membros da assembleia e noutras
situações se houver necessidade de interpelar a Mesa falo-ão, com toda a legitmidade, se não
seguirmos o critérios iremos segui-lo com certeza, mas se for caso disso chamam a atenção da
Mesa se não houver este rigor, separar entre o que é e o que não é, o que não acontecerá muitas
vezes, com certeza, uma intervenção da Mesa que é no quadro das competências da Mesa.
Portanto, este é o entendimento da Mesa e vamos prosseguir, Rui Belchior se faz favor”.

Rui Belchior, do PSD, disse “Começava a nossa intervenção pelo orçamento e as grandes opções
do plano do município do Seixal para 2019, é hoje discutdo e votado nesta Assembleia pela
segunda vez e dizemos que este orçamento vem pela segunda vez a esta Assembleia, na medida
em que esta versão do orçamento, ainda que aqui e ali alterado e corrigida na sua essência é o
mesmo orçamento, pelo que em nosso entendimento esta versão não deixa de trilhar o mesmo
caminho demagógico e propagandista. Enfm, não deixa de conter as mesmas opções e
51/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

orientações polítcas de sempre é que pelo menos a nós já não nos surpreendem. Assim,
sistematcamente este executvo insiste no processo de vitmização. Nem seria orçamento, se no
mesmo não estvessem as mesmas pressões de sempre como passaram perto de quatro anos
desde que existe em Portugal uma nova solução de Governo, uma nova correlação de forças
presentes na Assembleia da República que deu inicio à rotura com a polítca devastadora que
vinha a ser seguida até então e contnua, tempo sufciente para que se compreenda a importante
interrupção da obra destruidora que estava em curso, mas dizem bem, 4 anos, mesmo uma
mentra não deveria servir persistentemente de justfcação depois de exatamente 4 anos mas
para a CDU e o seu executvo é irresistvel o recurso sucessivo a estes chavões insidiosos que visam
a permanente desculpabilização das suas próprias insufciências que são muitas. O PSD não pode
admitr de modo nenhum e por isso o repudia esta constante hostlização. Pior! Quando todos
sabem que o país em 2011 estava na bancarrota em consequência da gestão socialista. Pior!
Ainda quando todos sabem, mesmo para os de curta memória que os problemas fnanceiros da
Câmara são muito anteriores a 2011. Em bom rigor a realidade fnanceira hoje só não é pior, em
virtude da lei dos compromissos implementada precisamente pelo Governo PSD/CDS que obrigou
as autarquias locais a disciplinar as suas contabilidades. Foi o que aliás sucedeu com este
executvo que foi obrigado a reformular as suas antgas prátcas e a moderar o seu dispêndio, pese
embora já se verifquem agora sinais de reformulações e reestruturações, que na nossa perspetva
não anunciam boas contas num futuro muito próximo. Esperamos bem que a ânsia eleitoralista
não justfque todos os meios para atngir todos os fns, deitando por terra e de vez, qualquer
possibilidade do município saldar defnitvamente as suas dividas. Por outro lado, o PSD não pode
deixar de registar, passados 4 anos e apesar das reivindicações deste executvo ao Governo
Socialista que ao longo desta legislatura tem sido sustentado exatamente pelo PCP e pelo Bloco de
Esquerda com a aprovação de quatro orçamentos e que no Seixal não tenha sido até agora feito
nada, mas nada, ou seja, e como já repetmos variadíssimas vezes, não temos o hospital do Seixal,
nem reposição das freguesias, nem a loja do cidadão, nem o Centro de Saúde de Corroios, nem a
alternatva à Estrada Regional 10, nem a esquadra do Seixal, entre muitas outras, o que temos e
isso temos muito, são promessas, protocolos, adendas, maquetes, lançamento do concursos,
apresentações e agora até já temos uns estaleiros em Corroios em tempo de eleições, claro está
para com mais papas e bolos se tentar enganar mais uns tolos. Aliás, no capitulo do anuncio de
medidas as diferenças entre o executvo e o Governo são muito poucas ou nenhumas, pois ainda
que nada se faça, apesar do passar dos anos e das décadas, vai sempre anunciando a construção
de tudo e mais alguma coisa, criando nas populações a sensação e a legitma expetatva que tais
projetos são a curto prazo ou de construção imediata, mas não são. No nosso entendimento isto
trata-se de facto, de puro eleitoralismo, as populações são iludidas com o anuncio de
determinadas medidas e fcam de imediato convencidas que as medidas são para o curto prazo e
não como é hábito para o médio e longo prazo ou mesmo para um prazo a perder de vista como
tem sucedido com as piscinas de Paio Pires que há mais de 20 anos são prometdas nos diversos
52/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

orçamentos e GOPSs do executvo CDU. Não podemos em nome da honestdade e do contrato


social que se estabelece com as pessoas contnuar a prosseguir este caminho, temos que explicar
às pessoas e às populações como são os processos e falar a verdade, sabemos que não será fácil
mudar velhos hábitos há muito enraizados mas é tempo de uma vez por todas parar de canalizar
verbas astronómicas em publicidade, propaganda, muitas vezes para criar precisamente uma
realidade paralela e baseada em factos alternatvos. Este orçamento é um hino a estes segmentos
de despesa e que só por si são justfcadores do nosso voto contra. Estes estratagemas seguidos
pelos partdos polítcos acabarão por condenar o regime democrátco e este sistema enquanto o
conhecemos. Para já, estamos com o desinteresse cada vez mais generalizado e que no Seixal
representa bem mais metade do eleitorado, como sempre temos dito o orçamento e as grandes
opções do plano são um instrumento polítco feito de opções e medidas polítcas, medidas essas
que não são as do Partdo Social Democrata. Por isso, o PSD será mais uma vez coerente com os
seus princípios, com a sua posição de sempre de não patrocinar o orçamento da CDU. Aqui
chegados temos que inevitavelmente e necessariamente fazer uma análise do processo desde o
momento do chumbo do orçamento até ao dia de hoje em que o mesmo será fnalmente
viabilizado. Como todos sabem a CDU no inicio deste mandato autárquico fez um entendimento
de regime com o Partdo Socialista, na sequência do mesmo lá está com maus hábitos instalados
que advêm de 43 anos de maiorias absolutas, a CDU ignorou e nalguns casos tratou as outras
forças partdárias, gorado o acordo com o Partdo Socialista a CDU e o executvo ao invés de
encetar desde logo uma negociação com todas as forças partdárias preferiu adotar uma posição
de auto sufciência que não tnha e talvez fngir que ainda tnha maioria absoluta querendo impor
à força o seu orçamento. O resultado foi o que se viu, um chumbo histórico uma vez que pela
primeira vez tal sucedeu. Numa primeira reação o executvo ao invés de arrepiar caminho e
negociar, resolveu hostlizar, ora nos discursos, ora com ações de ruas, ora enviando circulares e
ofcios para tudo o que era coletvidade no concelho, como é evidente depressa percebeu que
esse era um caminho de terra queimada. Todavia essa primeira attude de resistência tornou
inevitavelmente o processo mais longo, como se pode ver, mas o que cabe registar é que desta
feita existu um processo com todas as difculdades e vicissitudes que envolvem uma negociação
deste tpo mas houve um processo com todos os partdos tveram oportunidade para afrmarem
as suas posições para apresentarem as suas propostas. O PSD hoje tem verdadeiramente o
estatuto de oposição em termos legais partcipou em todas as rondas do processo negocial
apresentando inclusive, cerca de 16 medidas ou propostas. Como é óbvio, estamos conscientes
que ouvir as nossas propostas, não é acolher as nossas propostas, são aliás situações bastante
diferentes, ainda que por vezes as pessoas confundam. No entanto, o PSD quer assinalar a
evolução registada no diálogo, no trato e na forma civilizada como decorreram pelo menos as
nossas reuniões que atendendo a antecedentes anteriores marcam uma evolução no respeito
reciproco que deve existr entre todos os autarcas. Não podemos deixar de assinalar e sublinhar o
papel determinante da Mesa da Assembleia, presidida pelo Sr. Presidente Alfredo Monteiro a
53/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

quem pela sua experiência, cordialidade e diplomacia reconhecemos o papel fundamental no


desbloquear deste processo e outros retrem as suas próprias ilações pois fca claro que o caminho
não é o da hostlização, mas sim o do dialogo, ainda mais quando o quadro presente não é como
se sabe o de maioria absoluta. Não podemos também de deixar de assinalar a nossa
incompreensão em relação ao voto do Partdo Socialista, ainda que essas não sejam contas do
nosso rosário que viabilizará igualmente este orçamento que ainda se possam dizer coisas
diferentes pratcamente igual ao anterior chumbado, é caso para questonar nesta altura se
haveria a necessidade quando anteriormente se rasgou um entendimento que levou mesmo à
perda de dois pelouros que detnham e já agora conduziu o município a nove meses sem
orçamento, tudo em nome de quê? Quando agora já não era necessário, já não era relevante visto
que Fernão Ferro e o Presidente Carlos Reis já se tnha entendido com o executvo, posto
fnalmente é verdade, este executvo se lembrar de Fernão Ferro e o seu Presidente da Junta afnal
sempre existam e irresponsabilidade dirão alguns, para nós fcava apenas uma grande
estupefação em especial uma grande interrogação mas diga-se o que se disser, este ziguezague
não tem pelo menos de forma justfcada nenhuma explicação. Pelo menos, nenhuma explicação
que seja plausível ou que faça sentdo ao eleitorado do PS ou aos munícipes em geral, que devem
nesta altura estar boquiabertos com esta posição, atendendo a tudo aquilo que sucedeu.

Em conclusão, o PSD é e contnuará a ser o partdo da oposição. Contnuará a fscalizar e a


escrutnar de forma personalizada e independente, contnuará a fazer as suas próprias análises
da situação polítca, assumindo como convém a responsabilidade do nosso programa, das
expetatvas do nosso eleitorado, das expetatvas de todos os munícipes em geral, assumimos em
fm a orientação que defendemos e o caminho que escolhemos com dialogo, com negociação
mas nunca com vassalagem ou subserviência”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o Sr. Presidente de Fernão Ferro,
Carlos Reis”.

Carlos Reis, Presidente da Junta Fernão Fernão Ferro, disse “Salvo melhor opinião, considero
estarmos hoje a viver um momento histórico para a democracia do concelho do Seixal e no que diz
partcularmente respeito para o desenvolvimento da freguesia de Fernão Ferro e é precisamente
por essas razões que não posso deixar de referir a minha grande satsfação por estar a viver na
primeira pessoa este momento, consciente que é necessário ter muita persistência para lutar por
aquilo que sempre considerei ser possível e acima de tudo nunca desistr quando se acredita nos
valores da liberdade. Depois de em dezembro de 2018 ter votado contra o orçamento de 2019 a
favor da freguesia, na qual fui eleito como Presidente de Junta, tendo em conta que como já referi
inúmeras vezes não servia os interesses da população e por não ter sido envolvido na discussão do
mesmo, fz parte ao longo destes últmos nove meses de todas as reuniões no âmbito do
acompanhamento do pelouro do Presidente da Câmara onde lhe foi transmitda a necessidade de
haver uma abertura para o diálogo, considerando o quadro de uma maioria relatva da CDU na
54/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Assembleia Municipal, pelo que o responsável pela proposta rejeitada teria que estar disponível
para encontrar soluções e acatar pelo menos algumas das ideias apresentadas pela oposição.

Foi ainda necessário, esperar alguns meses por essa abertura e assim fui envolvido na discussão e
tve oportunidade de em sede própria transmitr equilibradamente as minhas reivindicações
rapidamente se começou a fazer caminho para aprovação do orçamento e a perceber o quão
importante é garantr o respeito insttucional, o quão importante é dar espaço e ouvir a opinião
dos outros e o quão importante é deixar orgulhos pessoais em prol da causa publica. Nós temos
essa responsabilidade. É uma enorme satsfação, como já referi sem sentmentos de vitórias
individuais e contribuirei com a minha assinatura aqui representada com o meu voto favorável,
uma assinatura no sentdo fguratvo ao lado da assinatura do Sr. Presidente da Câmara e ao lado
da assinatura do Sr. Presidente da Assembleia Municipal. Uma renovada proposta de orçamento
para 2019 que integra e assume compromissos sérios para a freguesia de Fernão Ferro até ao fnal
de 2021. O resultado obtdo com a concordância das partes defne o seguinte Lar de Idosos da
Associação de Reformados de Fernão Ferro 1 milhão de euros de compartcipação fnanceira
repartdos em 4 tranches entre 2019, 2020 e 2021. Pavilhão desportvo municipal de Fernão Ferro
com a atribuição de 150 mil euros em 2019, 500 mil em 2020 e 500 mil em 2021. Cemitério de
Fernão Ferro com a atribuição de 100 mil euros em 2019, 300 mil em 2020 e 200 mil em 2021.
Requalifcação do campo de futebol do Pinhal do General com a atribuição de 500 mil euros em
2019 e 250 mil em 2020.

Implementação do gabinete de apoio técnico às AUGISs e por últmo, criação de um grupo de


trabalho com a partcipação do Presidente da Junta de Freguesia para análise das situações onde
se verifca a ausência de abastecimento de água da rede pública.

Para terminar dizer que a Junta de Freguesia de Fernão Ferro está e sempre esteve disponível para
com a Câmara Municipal Seixal reunir, dialogar e acompanhar os processos em curso, com o
objetvo de promover o encontro de melhores soluções para todos os que têm responsabilidades
autárquicas e acima de tudo as melhores soluções para a população.

Sr. Presidente de Câmara nada está perdido, nada está ganho, conte comigo para trabalhar”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tomás Santos”.

Tomás Santos, do PS, disse “O executvo camarário de maioria CDU vem aqui hoje fazer um
exercício interessante que classifcaria como querer projetar nas outras forças polítcas as suas
próprias idiossincrasias, a não aprovação das GOP e do Orçamento para 2019, elemento
fundamental para a execução de polítcas publicas por parte do executvo, a CDU responde estes
vilões que não nos deixam brincar da maneira que nos apetece. Pois, lamento Sr. Presidente mas o
Partdo Socialista fruto da história de estar sempre na linha da frente da luta pela democracia e
como partdo adulto que é, não se deixará ir nesse engodo e está aqui para repor alguma justça

55/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

sobre a verdade histórica destas Grandes opções do Plano e Orçamento para o ano de 2019. A
verdade é que o orçamento chumbado era mau, tanto era mau que hoje temos um orçamento
com uma valorização na ordem dos 3 milhões de euros, quer em termos de investmento como o
Sr. Presidente aqui afrmou, quer na valorização dos trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal
cuja opção gestonária passa de meros 5 mil euros para cerca de 1 milhão.

Importa aqui esclarecer alguns pontos. O Sr. Presidente apontou três razões para o crescimento
deste orçamento. O saldo de gerência, a renegociação do Plano Consolidação Orçamental e o
saldo de receitas do ano em curso. Relatvamente ao saldo de gerência é no mínimo curioso que
se venha justfcar investmento com base em saldo de gerência, mas sobretudo é mais uma pura
demonstração de incompetência que a CDU navega à vista. Incompetência porque signifca por
um lado, que há aqui uma surpresa a meio do ano que ninguém alguma vez previu e que dá para
carradas de investmento. Não sei como é o processo da elaboração dos orçamentos na Câmara
Municipal do Seixal mas diria que no mínimo se fazem más previsões e logo maus orçamentos.

Por outro lado, e aqui fca desfeito o mistério caros munícipes. Este saldo de gerência de
incapacidade de executar obras por parte da Câmara Municipal. Por isso, é que o mesmo acontece
todos os anos. Conclusão e repito incompetência. Por outro lado, o Sr. Presidente diz que há mais
investmento ao mesmo tempo que parece estar a justfcar que esse investmento deriva de três
circunstâncias que nada têm a ver com a execução de polítcas públicas pelo seu executvo. É
quase como se o Bruno Lage após os 5 a 0 contra o Sportng chegasse à fash interview e dissesse
oiça um dos golos é porque os deixámos marcars e os outros 4? É porque o guarda redes não
defendeu… para mim já se sabe é sempre a perder. Acho que já não preciso dizer mais nada sobre
este assunto. Enfm, e a questão da melhoria da receita em 7 milhões de euros é engraçado
porque a realidade é que em parte isso deriva de uma melhor condição fnanceira das famílias de
Portugal, isso em soma deriva das polítcas do Governo do Partdo Socialista. De facto, vocês
deram um bom contributo quando viabilizaram a existência desse Governo mas não aqui. A
realidade é que chumbar o orçamento compensou, em devida altura dissemos nesta assembleia
que o orçamento para 2019 era eleitoralista, porque procurava arrecadar receita e diminuir
despesa a pensar em 2021. Hoje temos mais investmento para o orçamento de 2019, além disso
conseguiu uma das maiores bandeiras do PS neste mandato. Finalmente, a Câmara Municipal do
Seixal vai emendar a mão e fazer aquilo que já devia ter feito em 2018, valorizar os trabalhadores
da Câmara Municipal do Seixal. É verdade que uma vez mais por incompetência o facto de através
da melhoria extraordinária da valorização, diga-se permitda por este Governo do PS quando o
deveria ter feito desta mas também pela reabertura do processo ordinário de avaliação, todavia a
realidade é que após o chumbo a opção gestonária como já disse passou de um investmento de 5
mil euros para 1 milhão de euros e isso só nos pode deixar com um sentmento que rompemos
com os trabalhadores da Câmara Municipal do Seixal em nunca deixar de lutar por uma maior

56/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

valorização do seu papel para que todos os dias esta câmara consiga responder aos anseios e às
expetatvas dos munícipes, uma vez mais chumbado o orçamento pelos vistos compensou.

Porem, é pertnente dizer que no entanto este não é o nosso orçamento. O orçamento contnua a
contemplar quase 1 milhão e meio de euros para propaganda camarária e gastos faltosos,
conversas que apenas servem para fazer o culto do poder instalado e que em nada benefciam as
populações, nunca pode ser um orçamento do PS, mas é a demonstração e da diferença que
temos e que hoje vivemos. Acabou-se o quero, posso e mando da CDU, se ainda duvidas
existssem todo este processo é a prova fnal. Bem sei, que há muitos a quem isto está a ser muito
difcil de aceitar, são os mesmos que hoje vêm aqui dizer que nada tveram a ver com o chumbo,
nem as GOP no fnal do ano passado, são os mesmos que hoje dizem que não têm
responsabilidade pela culpa no chumbo deste orçamento, pois lamento mas o PS não permitrá
que aqueles que em devido tempo tnham a responsabilidade de saber dialogar com as propostas
das restantes forças polítcas ou se escapem atrando culpas para cima da oposição.

Sr. Presidente, o Sr. já cá anda há muito mais tempo do que eu e por isso, já deveria de saber que
a oposição e esta assembleia apenas fzeram o seu papel, fscalizaram a ação do executvo e
reprovaram ao que maioritariamente consideraram prejudicial para a população do concelho do
seixal. A responsabilidade é sua e do seu executvo, logo quando a aprovação do mesmo falha só
há um responsável, você e o seu executvo de maioria CDU. Se o Sr. Presidente não compreende
isto então, lamento mas não está a fazer nada nessa cadeira e é melhor dar lugar a outros. Dito
isto, quero concluindo dizer que a CDU tem aqui uma oportunidade para demonstrar que cumpre
com aquilo a que se propõe nestas GOP e no próximo ano nós cá estaremos, para avaliar se soube
cumprir ou não com aquilo que prometeu.

Por fm, uma ultma nota para o papel das freguesias e dos seus presidentes aqui representados, o
Presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro vem aqui cumprir com aquilo para o qual foi
eleito, representar a população da sua freguesia, esteve bem, pena que os restantes presidentes
das outras três juntas de freguesias não tenham decidido fazer o mesmo”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “António Martns”.

António Martns, do PAN, disse “Voltámos quase um ano depois a uma sessão da assembleia que
tem por fnalidade aprovar as Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2019, ou
melhor dizendo para o que resta dele. Impõe-se justamente começar por aqui, pelo momento
escolhido pelo executvo para recuperar o debate das GOP a escassos dois meses de se iniciar o
debate do orçamento de 2020. Dúvidas houvesse fcou provado que o discurso catastrofsta de há
um ano, era infundado e serviu única e exclusivamente para alimentar, por um lado a sede de
vizinhança e de retaliação a um exercício legitmo de expressão democrátca dos eleitos municipais
e por outro, uma polítca de mal dizente e de terra queimada que se traduziu em milhares de
euros esbanjados em propaganda. A Câmara Municipal prepara-se hoje para ter um orçamento
57/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

que podendo não ser o melhor possível é pelo menos o mais consensual do que aquele que foi
rejeitado pela maioria desta assembleia. Tal prova, que a viabilização do orçamento que se presta
hoje para ser consumada era possível há um ano atrás exatamente pelos mesmos intervenientes,
assim tvesse havido vontade polítca do Sr. Presidente da Câmara, e essa é Sr. Presidente uma
refexão que V. Exa. não poderá deixar de fazer, a gestão de uma autarquia não se compadece,
nem com a falta de vontade polítca, nem com a mera estratégia polítca. A este tempo e ainda
como nota prévia importa igualmente deixar publicamente o elogio ao Sr. Presidente da Junta de
Freguesia de Fernão Ferro de quem os fregueses de Fernão Ferro devem estar na opinião do PAN
genuinamente orgulhosos, pois demonstrou com a sua ação e espírito resiliente ser um verdadeiro
defensor das gentes de Fernão Ferro. É isso que se espera de um Presidente de Junta que defenda
os interesses da sua população, que sobreponha os interesses dos fregueses à sua ambição
polítca e aos fretes ao seu partdo, que sinta os problemas da população como seus, ao invés de
procurar silencia-los ou minora-los em reuniões fechadas onde a população não está presente,
dizêmo-lo qualquer que seja o resultado das negociações feitas com o executvo. Pois, que ainda
que tenhamos sinceras reservas quanto ao cumprimento das promessas que lhe foram feitas,
reconhecemos que mais não lhe era exigido. Agora, e sobre que aqui hoje se discute e vota o PAN
alterará o seu sentdo de voto face aquele que adotou em novembro últmo abstendo-se da
votação. Fá-lo porque há mudanças pontuais no documento, reporta como positvas e que vão ao
encontro das reivindicações que apresentou e isto não obstante, do documento aqui apreciado
contnuar a ser em globalidade insufciente nas matérias que o PAN considera fundamentais, mas
falo também numa ótca de procura de consensos futuros para que sejam criados pontos de
diálogo que possibilitem maior aceitação das propostas do PAN, no orçamento para o ano de
2020, para que dúvidas não restem, entenda-se a opção agora tomada como uma derradeira
manifestação de disponibilidade, de cooperação insttucional, tendo em vista a construção de um
melhor concelho”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Maria João Santos”.

Maria João Santos, da CDU, disse “O grupo dos eleitos da CDU na Assembleia Municipal não
poderia deixar de vir aqui louvar o apoio que o município do Seixal presta aos seus dois corpos de
bombeiros os Bombeiros Mistos de Amora e Bombeiros Mistos do Seixal, apoios esses que são
vitais na proteção à população, garantndo assim o socorro de pessoas e bens. A Câmara Municipal
do Seixal tem orçamentado na rubrica de proteção civil 1 milhão e 600 mil euros e consciente das
reais necessidades e difculdades dos seus corpos de bombeiros a Câmara Municipal presta-lhes
um apoio em cerca de 1 milhão de euros para fnanciamento ao qual acresce apoios na construção
do quartel dos bombeiros de Amora, construção dos destacamentos de Santa Marta e Fernão
Ferro, aquisição de viaturas, apoio na equipa de intervenção permanente, entre outros. Temos
orgulho na Câmara Municipal do Seixal que é uma grande referência a nível nacional, no apoio aos
seus bombeiros, tendo-lhes já sido inclusive, incluído pela Liga de Bombeiros Portugueses a
58/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

medalha de mérito que distngue as entdades que sobressaem de forma excecional no apoio aos
bombeiros. A população do Seixal pode confar nos seus bombeiros, pode confar na sua proteção
civil, pode confar na sua Câmara Municipal porque o Seixal é um exemplo a seguir”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Carlos Pereira”.

Carlos Pereira, da CDU, disse “A revisão e aprovação das Grandes Opções do Plano e Orçamento
de 2019 trata-se de um documento muito importante para o concelho do Seixal e em partcular
para a freguesia de Fernão Ferro. Resido em Fernão Ferro há 43 anos e como me envolvi no
movimento associatvo e autárquico, acompanhei de perto a evolução da localidade. Assistmos
neste momento, a um grande crescimento demográfco, inúmeras de famílias consttuídas por
jovens. Trata-se de um repovoamento previsto nos planos urbanístcos das associações de
moradores e da própria Câmara Municipal. Quase cumpridas as infraestruturas básicas para a
qualidade de vida da população, chegou a altura de implementar mais equipamentos que irão
melhorar ainda mais a qualidade de vida dos residentes e que se encontravam já programadas.
Para memória futura, registamos o que foi realizado a par das infraestruturas básicas. A
implementação das redes de saneamento de água na maior parte do território da freguesia. A
iluminação pública, um mercado municipal, os espaços verdes, os parques infants, as zonas
desportvas, três escolas de ensino básico, uma pré escola, ETAR, o CDA em construção, a recolha
regular de lixo domestco e outros sistemas e implementação do sistema de porta a porta, limpeza
e higiene urbana regular, loja municipal, a casa da musica, um centro de idosos, os apoios ao
movimento associatvo, o destacamento de bombeiros mistos do concelho do Seixal, mas a par
disto temos também que ver o que é que o Poder Central fez na freguesia. Nos últmos 15 anos
podemos constatar que o Poder Central passando pelos governos do PS e do PSD nada foi
realizado na freguesia, para além da rotunda na Estrada Nacional 378 de acesso à A33.
Reivindicamos para a freguesia, ao Governo, a prometda benefciação da Estrada Nacional 378,
com rotundas, com lancis, rails, passadeiras, iluminação pública. A concessão de uma alternatva à
Estrada Nacional 378 de acesso ao concelho de Sesimbra. O quartel para a GNR que está instalado
provisoriamente há 19 anos numa moradia e cujas rendas inicialmente eram pagas pela Câmara
Municipal, a ampliação da unidade de saúde de Fernão Ferro que está completamente saturada, a
construção de uma escola secundária integrada com o ensino básico, a escola Carlos Ribeiro há
muito tempo que se encontra superlotada, aliás está aqui o Vereador Manuel Pires que foi diretor
e sabe muito bem o estado em que ela se encontra. A qualidade de vida que se verifca na
freguesia deve-se à partcipação da população através das comissões de administração das AUGISs,
algumas das quais integradas nas associações de coo-proprietários e de moradores, bem como o
empenho da Câmara Municipal do Seixal e da própria Junta de Freguesia”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Marlene Abrantes se faz favor”

59/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Marlene Abrantes, do CDS-PP, disse “Gostaria antes de mais de ressalvar o papel da Mesa, na
pessoa do Sr. Presidente Assembleia Municipal, enquanto elemento conciliador neste processo.
Sobre o orçamento propriamente dito, lamentamos a demora, parece-nos mais do mesmo.
Acreditamos que muitas das obras anunciadas no orçamento vão fcar pelo caminho. Podemos
referir por exemplo, as piscinas de Paio Pires que entraram em vários orçamentos e fnalmente,
cerca de uma década depois estão a ser construidas, podíamos dar outros exemplos. Contestamos
os gastos exorbitantes em festvais e publicidade que poderiam ser gastos na melhoria da
qualidade da alimentação nas escolas, na requalifcação do espaço escolar, na higiene e limpeza
urbana, por exemplo mas poderia dar outros exemplos. Contestamos que a prioridade da
autarquia, seja a requalifcação dos espaços exteriores nos bairros sociais e não no interior dessas
habitações, muitas em péssimas condições. Contestamos que sejam gastos mais de 6 milhões de
euros em trabalhos especializados, não estando especifcado o quê, para quando é, e em que é
feito este trabalho especializado.

Por fm, achamos que é muito incoerente que a CDU rejeite propostas do CDS como a devolução
do IRS, bem como a implementação do IMI familiar com a narratva de que vão benefciar os ricos
e depois vemos o Sr. Presidente da Câmara Municipal a oferecer almoços a bordo do varino
amoroso aos clientes da Quinta da Trindade”.

O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o Sr. deputado Vítor Cavalinhos”.

Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Analisamos hoje a segunda proposta de GOPSs e orçamento para
2019, apresentadas pelo executvo municipal depois da primeira proposta ter sido rejeitada pela
Assembleia Municipal, no dia 28 de fevereiro de 2018. O Bloco de Esquerda não vai fazer uma
análise exaustva da nova proposta de GOPSs e orçamento porque ela difere muito pouco da
anterior, seria repetr a intervenção proferida aquando da análise da primeira proposta ocorrida
em 2018. A apreciação que o Bloco fez nessa altura mantém perfeita atualidade.

A segunda consideração que o Bloco pretende fazer é que na introdução da nova proposta que
hoje debatemos deviam estar perfeitamente explicitas e identfcadas as diferenças entre as duas
propostas para que os eleitos e qualquer munícipe fcassem automatcamente esclarecidos e
informados/as do que as distngue. O Bloco de Esquerda ao longo de todo este processo reuniu e
dialogou com o executvo e com o Presidente da Assembleia Municipal. Valorizamos esse dialogo.
Apresentámos propostas e recebemos contra propostas, mas não foi possível obter resultado que
tornem possível a alteração da posição do Bloco face a esta nova proposta de GOPSs e orçamento.

O Bloco quer deixar perfeitamente claro que discorda da introdução no orçamento do saldo de
gerência anterior no valor de 19 milhões 337 mil 107 euros porque o relatório e contas de 2018
não foram aprovados pela Assembleia Municipal. Em nossa opinião, tal attude revela
desconsideração do executvo pelo papel e competências deste órgão. Apesar da ampla similitude
entre as duas propostas de orçamento o Bloco não quer deixar de valorizar expressamente a
60/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

introdução na atual proposta de orçamento da verba de 1 milhão de euros, para através da opção
gestonária permitr valorizar as carreiras dos trabalhadores e trabalhadoras do município. Embora
as duas propostas sejam muito semelhantes, apesar de tudo vale a pena registar algumas
diferenças.

A primeira proposta afrmava a opção de iniciar a construção da loja do cidadão. A atual proposta
propõe-se lançar o concurso. A primeira proposta pretendia ainda na mesma área fnalizar a
requalifcação do mercado municipal da Cruz de Pau. A atual proposta propõe-se a abrir novo
concurso com o mesmo objetvo. A responsabilidade deste facto, é pela informação que temos e o
Sr. Presidente aqui afrmou, principalmente da responsabilidade do executvo, mas isto não deixa
de ser um facto. A primeira proposta assumia ainda na área em referência a opção de executar os
projetos para a construção do pavilhão multusos do concelho do seixal, na freguesia de Amora.
Na atual proposta desaparece essa opção.

Na área da habitação, a primeira proposta assumia a opção de construir um programa de


habitações a custos controlados para os jovens do concelho. Na atual proposta desaparece tal
intenção. O Bloco regista o compromisso de investr na requalifcação de 14 escolas do ensino
Básico, de apoiar a construção do Lar de Idosos em Fernão Ferro, de abrir concursos para a
construção do pavilhão municipal de Fernão Ferro, de executar os projetos para a construção do
novo cemitério municipal de Fernão Ferro, de requalifcar o campo de futebol do Pinhal do
General. Como sempre fez o Bloco procura analisar as GOP e Orçamento de uma forma
equilibrada, valorizando as propostas com mérito no seu ponto de vista, obviamente e assinalando
as suas insufciências e opções que consideramos erradas. Resulta dessa apreciação o voto de
abstenção do Bloco de Esquerda face às grandes opções do plano e orçamento para 2019.

Estamos aqui num debate polítco, é de polítca que se trata, e o debate convém que seja
esclarecedor e o desafo é para o PS esclarecer a sua posição. A intervenção do eleito do PS está
muito longe disso e recordar aqui a situação, o Partdo Socialista votou contra o orçamento de
2019 e o seu argumento principal era este o orçamento de 2019 é eleitoralista, tem pouco
investmento em 2019 e transfere o investmento para 2020 e 2021 para preparar a campanha
autárquica. O orçamento que temos hoje aqui a votar vale para 4 meses, como é óbvio a maior
parte do investmento terá lugar em 2020/2021, o que é que se alterou e o PS que explique o que
é que se alterou para ter mudado de posição, porque ainda não conseguimos perceber. Portanto,
se o orçamento era eleitoralista o PS fará o favor de vir aqui dizer que este agora não é, porque da
resposta que parece que o PS não tem resposta, o que se demonstra é que os eleitores precisam
de conhecer o comportamento do Partdo Socialista e eu nem quero classifcar a posição que teve
mas isso, são os munícipes que terão que fazer.

Só dar uma nota polítca e a polítca faz-se com pessoas, era importante e era necessário e o
debate faz-se na mesma que os principais líderes da bancada do PS no debate que aqui tvemos

61/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

estvessem cá presentes. O líder da bancada e o eleito Bruno Barata que foram os principais
lideres desta … “

Discurso inaudível do Sr. PCM.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente aceites as desculpas, mas a sra.
vereadora quer intervir? Desculpem lá mas assim não dá! Porque ou há a capacidade de ouvir e
até sem usar aquele ditado popular que nem vale a pena dizer que nem vale a pena dizer aqui, ok?
Intervenção a seguir, Almira Santos”.

Almira Santos, da CDU, disse “Apreciação da CDU nas áreas da saúde e desenvolvimento social
referente às GOPSs 2019. Após análise do conteúdo das GOPSs 2019 no referente às áreas da
saúde e desenvolvimento social o grupo dos eleitos da CDU na Assembleia Municipal congratula-
se e felicita a Câmara Municipal do Seixal pela prossecução de uma polítca de saúde e de
proteção e segurança social plasmados neste documento. A dinâmica que se depreende destas
opções no quadro da atual conjuntura económica do país, com fortes impactos negatvos a nível
social face à falta de respostas por parte da Administração Central a quem competa em primeira
instância o assumir dessas competências vai contnuar a requerer a assunção de maiores
responsabilidades por parte do município e um sub esforço que não poderíamos deixar de
valorizar”.

O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse “Luís Gonçalves se faz favor”.

Luís Gonçalves, do PS, disse “Eu queria começar com aquilo que me parece ser uma gralha na
documentação também é perfeitamente normal, mas eu acho que se calhar não fazia sentdo,
compreendo que não saberá os números de cor mas que eventualmente nos possam fazer chegar
a informação posteriormente na página 235 das GOP no quadro dos empréstmos supostamente
começávamos com 78 milhões de euros de divida bancária, amortzamos 8 milhões de euros e
fcamos a dever 65, eu parece-me que as contas não estarão certas mas poderá eventualmente
confrmar se haverá ali uma gralha e parece-me que faria sentdo corrigir estes valores para nós
termos uma perceção da divida bancária da Câmara.

Relatvamente a medidas concretas, gostava de levantar aqui uns pontos porque eu acho que me
parecem interessantes. Na área do planeamento e urbanismo é assumida como uma opção a
requalifcação da frente ribeirinha na Quinta dos Franceses. Eu diria que é pelo menos uma opção
discutvel. Regra geral nós temos difculdades porque estamos limitados com as verbas que
queremos investr eu recordava que do lado da Amora, a requalifcação da frente ribeirinha está
parada há imenso tempo e todos gostaríamos que ela se desse ali efetvamente, quando esta
requalifcação nesta zona parece-me que, em termos de prioridades, será pelo menos discutvel.

Relatvamente ao serviço público há uma medida que potencialmente até me parece positva que
era implementar um novo modelo de partcipação da população nas decisões com as novas
62/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

tecnologias, confesso porque a descrição é parca, nós não temos forma de avaliar isto com maior
precisão mas gostaria de esperar para ver e se o Sr. Presidente nos quiser apresentar alguma coisa
também terei todo o gosto em ouvi-lo e confesso a minha curiosidade. Relatvamente a coisas que
já conhecemos, por exemplo, no âmbito da juventude vejo que é assente claramente a ideia de
promover a partcipação do movimento associatvo juvenil nas reuniões interassociatvas.
Contudo, não há referências ao cumprimento a uma das deliberações desta assembleia é que era
a criação do Conselho Municipal da Juventude, uma questão legal, como lhe recordarei
naturalmente. Portanto, vejo que contnuamos a repetr com alguma insistência em medidas que
não são maioritárias nesta Assembleia Municipal, e estas são as forças que representam a
população do concelho.

Contnuando, gostava de remeter aqui para uma rubrica e esta aqui poderá esclarecer-me, estão
previstos mais de 1,7 milhões de euros para a aquisição de viaturas, eu gostava de saber quantas
destas são elétricas? Só se poderá ter uma perceção, se isto é uma prioridade, se não é uma
prioridade, qual a posição que o município relatvamente a esta questão, mais do que posição
ofcial porque palavras leva-as o vento, o que é que nós vamos fazer efetvamente, relatvamente
à proteção do ambiente, nomeadamente nesta temátca em que estamos a atuar e claramente, se
verá aqui uma opção polítca.

Relatvamente ainda a medidas e sobre a capacidade de execução da Câmara, por exemplo estou-
me a lembrar de uma que agrada a muitas pessoas que tem a ver com o tif gratuito em todos os
parques e equipamentos do concelho. Se eu bem me recordo, esta medida vem de trás e o Sr.
Presidente tem um saldo de gerência superior a 19 milhões de euros. Se tnha mais de 19 milhões
de euros para gastar porque é que esta medida não fcou completa?

Relatvamente à boa saúde fnanceira, uma medida que eu acho que tnha todo o que são
vantagens sobre o âmbito da juventude, apresentar um programa de habitações a custos
controlados para jovens, isto soa muito bem, o problema é que e corrija-me se eu estver
enganado, na rubrica estão 1000 euros, quer dizer se não há dinheiro, não há rubrica porque
efetvamente não é uma opção e recordo-lhe teve um saldo de gerência de 19 milhões de euros. A
rubrica está na página 181 se quiser consultar.

Relatvamente à educação porque me parece também premente e que tal como a questão do tif
que me parece de uma importância superior consta uma das medidas prosseguir a colocação de
computadores em todas as escolas do ensino básico e pré escolar. Novamente eu acho que esta
medida vinha de trás, pode-me por favor classifcar qual o estado e recordo-lhe que tnha 19
milhões de euros de saldo de gerência.

Para terminar, eu não pude deixar de assinalar aquilo que o Sr. Presidente classifcou como o
comportamento positvo em termos de receita do município. Sejamos claros nesta questão,
o dinheiro não nasce nas árvores, isto signifca que estamos a cobrar mais dinheiro aos municípios.
63/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Não é necessariamente positvo e não é necessariamente negatvo, agora é estranho quando se


apresentam 19 milhões de euros de saldo”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra Ana Inácio”.

Ana Inácio, da CDU, disse “As Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2019 referentes à
educação preveem a execução de obras de requalifcação e a ampliação das escolas básicas da
Aldeia de Paio Pires e Quinta de Santo António, na Amora. A programação de uma nova escola
básica com pré escolar em Fernão Ferro relatvamente à juventude a Câmara apoia e valoriza o
movimento juvenil presente no nosso concelho, quer pela promoção de eventos dirigidos aos
jovens como o Março Jovem, Seixal Moda, Seixal graft, o à babuja, o drive in art, o canta, a
Escola Mexe, o Sunset Party Seixal, tem também como principal opção para a juventude a
construção de um novo Centro de Apoio ao Movimento Associatvo Juvenil – CAMAJ, na cidade de
Amora, no âmbito do Centro Cultural de Amora. A apresentação do programa de habitação a
custos controlados para jovens do concelho, o apoio por parte da Câmara Municipal do Seixal ao
movimento associatvo juvenil é um exemplo, responde às associações, espaço de discussão
coletva como é o caso das reuniões interassociatvas juvenis as RIAJSs, a CMS apoia e estmula
também as iniciatvas para o movimento associatvo juvenil, entre elas, a CDU destaca a ttulo
exemplifcatvo o Festval da Liberdade realizado no passado mês de junho e a festa da criança que
é realizada com a parceria da Câmara Municipal do Seixal e a Associação Os Pioneiros de Portugal
que terá lugar no dia 28 de setembro no Parque Urbano das Paivas. Já agora salientar que o eleito
que teve aqui anteriormente do PS falou naquilo que é o CMJ, de recordar os srs. eleitos que
estveram cá representantes das associações juvenis do concelho do Seixal com uma carta, ou seja
com uma tomada de posição contra o CMJ e foram as associações do concelho do Seixal. Quem
mais do que as associações juvenis para recusar o modelo que não é efciente em sito nenhum
deste país porque está mal feito.

Relatvamente ao desporto o Seixal é o concelho do desporto para todos, como podemos ler na
GOP. Como tal é possível subentender que a CMS criou e acompanhou e contnua a criar
condições para que haja no concelho um dos maiores índices de prátca desportva a nível
nacional. Índice este que não seria possível se não houvesse uma polítca de democratzação do
desporto. Exemplo este que é o apoio que a Câmara Municipal do Seixal dá quer a nível das
infraestruturas, a nível logístco e a nível fnanceiro ao movimento associatvo popular.

Relatvamente à cultura o dia inicial inteiro e limpo como a CDU citou na moção de 21 de abril
escrito por Sofa de Melo Breyner trouxe aos portugueses aquilo que é o livre acesso à cultura,
tendo em conta os direitos alcançados, o concelho do Seixal dispõe não só da programação
cultural regular e dos equipamentos existentes no concelho, como conta com outros projetos, as
comemorações do 25 de abril, o Festval de Teatro, Seixal jazz, Festval do Maio, mostra cultural
associatva entre outros projetos que visam estmular a leitura”.

64/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sérgio Ramalhete. É uma hora pelo que colocava
desde já, de que nós estamos na reta fnal da apreciação das GOP e orçamento de que a
Assembleia prossiga. É evidente que ainda temos bastante tempo disponível mas com certeza
permitrá que não se prolonguem demasiado face até ao conjunto de intervenções que já tveram
lugar. Se por parte dos lideres não houver nada em contrário nós vamos prosseguir. Sérgio
Ramalhete se faz favor”.

Sérgio Ramalhete, do PS, disse “Para que não hajam duvidas sobre a posição do PS, respondendo
um bocadinho aquilo que foi dito sobre o Partdo Socialista e as posições tomadas na reprovação e
agora na abstenção, eu vou ler. A oposição do PS obriga o executvo CDU a melhorar o orçamento
para 2019. A nova proposta de orçamento do executvo comunista da Câmara Municipal do Seixal
apresentada 9 meses depois do chumbo pelo Partdo Socialista contempla agora algumas
propostas do PS, nomeadamente o aumento do investmento, assim como das verbas previstas
para a valorização dos trabalhadores, agora na ordem dos 3 milhões de euros e o que abrange a
opção gestonária que passa de meros 5 mil euros para 1 milhão e permitrá fazer progredir na
carreira 75% dos trabalhadores da autarquia. Nos termos em que o rçamento não previa o
interesse dos munícipes, mostramos a nossa honestdade polítca pois, apesar de à data fazermos
parte do executvo com pelouros inviabilizamos, mesmo assim, um péssimo orçamento, mesmo
sabendo que daí advinha a perda dos pelouros tal como aconteceus este não é o nosso orçamento
mas, fruto da justça e capacidade de negociação, temos hoje um orçamento menos mau. Valeu a
pena, tnhamos razão. No entanto, o orçamento contnua a contemplar quase 1 milhão e meio
para propaganda camarária e gastos faustosos como festas que apenas servem para fazer o culto
do poder instalado e que em nada benefciam as populações. É melhor do que o orçamento
apresentado no fnal do ano transato e cá estaremos para apreciar a sua execução. Por enquanto,
viabilizamos as GOPSs e orçamento da Câmara Municipal abstemo-nos pois entendemos como
fulcral o investmento orçamental, esperando que a Câmara o consiga executar, bem como a
valorização dos trabalhadores da Câmara. Somos uma oposição responsável ”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tomás Santos”.

Tomás Santos, do PS, disse “Eu queria só dizer uma coisa muito rápida que é a CMJ é de lei. Vou
repetr é de lei. Vou repetr uma terceira vez lei!”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais inscrições e agora o que propunha é que se
fzesse uma ronda de inscrições. Quem é que pretende intervir? Para acabar pergunto se antes
disso do que está estabelecido no regimento que é uma ronda fnal dos grupos municipais por
ordem inversa, dentro do tempo que cada um tem. Pergunto se antes da ronda fnal há ainda
alguma pretensão de intervenção? Na ronda fnal intervém se entenderem e portanto, seguindo
esta ordem, se pretenderem intervir Sr. Presidente de Fernão Ferro, PAN António Martns,

65/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Marlene Abrantes CDS, Bloco de Esquerda Vítor Cavalinhos também não, PSD Rui Belchior
também não, Tomás Santos PS também não, Paulo Silva CDU se faz favor”.

Paulo Silva, da CDU, disse “Vou ser muito célere na minha intervenção e vou ser porque não
vamos aqui utlizar na discussão, nem linguagem futebolês, nem linguagem brejeira como estes
vilões não nos deixam brincar. É que para o Partdo Socialista e a sua posição sobre o orçamento
municipal demonstra isso, isto parece uma brincadeira mas para nós que estamos aqui a defender
os interesses da população não é e em vez de ser uma brincadeira demonstra-se pelo vosso
comportamento é que para justfcarem o chumbo do orçamento em 2018, no orçamento de
2019, o Partdo Socialista elaborou dois documentos que disponibiliza na internet e se formos à
página do vereador Eduardo Rodrigues, que por caso parece que também já suspendeu o
mandato. Não é linguagem brejeira! É uma realidade objetva!...”

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ó Sr. Tomás Santos se houver mais alguma
interrupção, eu interrompo a Assembleia, certo?”

Paulo Silva, da CDU, disse “Portanto, o Partdo Socialista para justfcar o voto contra o
orçamento apresentou dois documentos, com cada um deles 5 páginas, ou seja tem 10 páginas
para justfcar o chumbo do orçamento 2019, nem uma palavra têm sobre a opção gestonária e
agora vêm dizer que alteram e que o seu sentdo de voto porque está a opção gestonária e vêm
dizer que isto demonstra a vossa honestdade polítca. Francamente, isto não é uma brincadeira!
Para nós não é, para vocês parece que é porque alteram as posições e vêm agora aqui querer
louros daquilo que não tveram uma palavra em 2018 quando chumbaram o orçamento de 2019,
isto é grave e demonstra a vossa desonestdade e o vosso estar aqui como se isto fosse uma
brincadeira. Mais! Virem para aqui dizer que o orçamento de 2018 não englobava o saldo de
gerência e que vem agora aqui o saldo de gerência como se fosse uma surpresa. Oh Sr. Tomás
Santos onde é que vocês esteve no ano de 2018? quando houve 4 alterações ao orçamento desse
ano para inclusão do saldo de gerência. Não saberá V. Exa. que o saldo de gerência só pode ser
incluído no orçamento depois de ter sido aprovado no órgão Câmara Municipal, as contas do ano
anterior. Sabe uma coisa que eu lhe vou dizer, isto é de lei! Quer que eu repita isto é de lei! Estou
a fazer pedagogia, é muito bom quando nos ensinam alguma coisa.

Agora ir e dizer que não sabemos o que estamos a fazer, nós sabemos o que estamos a fazer e
sabemos que é de Lei que em 2018 não podíamos incluir o saldo de gerência no orçamento. Vocês
é que não e temos que dar lugar a outros, mas quais outros? Os eleitos do Partdo Socialista? Dos
4 que foram eleitos para a Câmara, 3 já ou suspenderam o mandato ou renunciaram. Da
Assembleia Municipal quando estamos a discutr o orçamento suspendem tanto o líder como o
vice líder ou o número 2 da bancada para não virem aqui assim dar a cara para justfcarem,
demonstra bem o que vocês são. Da nossa parte vamos contnuar a trabalhar com a honestdade
que nos carateriza para o bem estar e a melhoria do concelho do Seixal”.

66/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

O Presidente da Câmara Municipal disse “Só algumas notas que eu gostaria de referir, antes de
mais a posição expressa por grande parte das forças polítcas aqui foi diferente daquela que foi em
novembro de 2018 e isso é de salutar, eu penso que as várias composições polítcas perceberam
que cometeram um erro e que ninguém ganhou com a reprovação do orçamento e agora houve
condições para fazer o caminho inverso mesmo nas condições que eu já vou explicar que são
diferentes e que são menos positvas que aquelas que eram na altura em novembro, mas no
entanto como eu disse é sempre bom quando reconhecemos um erro, podemos corrigi-lo e
avançar, por isso penso que estamos a prestar um bom serviço à democracia e um bom serviço à
população.

Em segundo lugar para dizer também que não posso aceitar esta classifcação de estarmos a fazer
demagogia e propaganda quando estamos a investr de forma expressiva em todos os domínios da
área social e da intervenção junto das populações. Fazer a escola ou a requalifcação em duas
escolas não é propaganda é serviço público. Estar a construir o Centro Distribuidor de Água não é
propaganda, é serviço público. Estar a apoiar a construção de dois quartéis de bombeiros não é
propaganda, é serviço publico. Estar a investr no centro de treinos do Amora em tantas outras
coletvidades é serviço público. Estar a apoiar o Lar de idosos de Fernão Ferro a sua construção é
serviço publico entre tantas e tantas intervenções estamos a fazer umas nós, outras com as juntas
de freguesia, outras com as coletvidades, insttuições. De facto, reduzir este orçamento e o
trabalho que está a ser feito, a demagogia e propaganda não é olhar para a realidade dos factos.

Em segundo lugar dizer também que esta ideia de que foi graças à lei dos compromissos do
PSD/CDS que a câmara agora está melhor, eu gostava de dizer que isso não é verdade porque na
altura se se recordam e alguns de nós nos recordamos que o PSD queria à força que a Câmara
Municipal aderisse ao PAEL – Programa de Apoio à Economia Local - e que estabelecia que para o
município poder aderir ao PAEL tnha que por por exemplo, o IMI na taxa máxima, ainda temos
hoje municípios com a taxa máxima de IMI porque foram obrigados a ir ao PAEL e na altura
quando nós dissemos, nós vamos fazer um caminho alternatvo não acreditaram. Ah isso não é
possível, ninguém faz isso e nós fzemos! Nós construimos o Plano de Consolidação Orçamental
que em cerca de 5 anos reduziu a divida da Câmara em 67%, passámos de 105 milhões de euros
para 35 milhões de euros, têm que ser somados os outros 35 que custou o edifcio. Agora no fnal
ao ano e por isso essas contas, ou melhor o estado da divida da Câmara na página 235 está
correto, sr. eleito do PS, é esse que lá está. Nós baixámos a nossa divida da Câmara Municipal em
67% em 5 anos e aumentámos as contas da Câmara, o saldo de gerência ao fm ao cabo é aquilo
que passa de um ano para o outro têm vindo a ser crescente. Começámos com 3 milhões,
passámos para 7 milhões, passámos para 12 milhões, passamos para 18 milhões e estamos em 19
milhões. O saldo de gerência é cumulatvo, estamos a acumular todos os anos, reduzimos a
despesa, aumentámos a receita, aumentámos as disponibilidades, aumentámos o investmento,
isso é a prova de que é possível fazer o contrário da austeridade. É possível investr e é possível
67/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

reduzir divida e também aumentar receita e a Câmara do Seixal é um bom exemplo desta matéria.
Eu gostava de dizer ao PSD e aliás, foi muito importante as reuniões, gostava de dizer isso, uma
vez mais, os vários ciclos de reuniões que tvemos com todas as forças polítcas foram
importantes, mas também foi importante ouvir da parte do PSD, eu diria com franqueza o
seguinte aliás, o CDS foi igual, mesmo que integrem todas as nossas propostas, não existem
condições para votar a favor do orçamento da Câmara Municipal, ou seja isto é demonstratvo de
que existe aqui na minha ótca uma posição pouco racional em termos daquilo que é o serviço
público e a polítca, porque como é do PCP nós não aceitamos é só porque é do PCP, uma visão
exclusivamente partdária eu vou dizer assim, não democrátca na visão, o PCP tem na Assembleia
da República, na Câmara Municipal do Seixal, na Junta de Freguesia se é bom para o povo e para o
país, se é bom para o povo e para a freguesia, se é bom para o povo e para o concelho votamos a
favor. O que não acontece no caso do PSD e do CDS, acho que têm que evoluir do ponto de vista
democrátco, é uma sugestão.

Também dizer que não estamos de acordo, nem com vilões, nem com brincadeiras porque a
matéria que temos é de grande responsabilidade e como tudo na vida há sempre momentos de
brincar, há sempre momentos de estar a sério e na Assembleia Municipal a nossa postura tem que
ser sempre séria e por isso, é dessa forma que encaramos este momento que é um dos momentos
mais importantes da vida do município onde discutmos a estratégia do município, discutmos o
que queremos fazer, qual é a visão que temos para os próximos anos, quais são as linhas
orientadoras e aprovamos um orçamento que vai dar corpo, isso é muito importante e portanto,
eu diria que não é momento de brincadeira e quando se diz com piada que o PS propôs, que o
anterior era mau e este agora é menos mau, mas de facto, o PS tem tdo uma posição pouco séria
relatvamente aos orçamentos. Recordar que no outro orçamento que propusemos para 2019, o
PS apresentou zero propostas. Aliás, nesta própria construção desta proposta de orçamento agora
que estamos hoje a votar o PS o que disse foi Presidente está aqui o nosso programa eleitoral e
você escolha! Sim! Sim! E eu escolhi as medidas que achava que o PS devia de apresentar à
Câmara. É extraordinário! E depois quando se vem dizer em junho de 2019 sobre a opção
gestonária que nós tnhamos razão, oh srs. eleitos eu tenho e-mails trocados com o vosso
Presidente da Comissão Concelhia foi quem designaram para ser o líder da negociação a dizer que
a opção gestonária podia ser realizada através de uma revisão orçamental. Esse mail é de maio
deste ano. Portanto, não é verdade para ser mais simpátco que em novembro de 2018 tvessem a
questão da opção gestonária colocada, os srs. em maio de 2019 estavam a dizer que era possível
fazê-lo com a revisão orçamental quando a lei geral em funções publicas não permite. Portanto,
os srs. só souberam disso há muito pouco tempo. Não é verdade aquilo que disse. Está hoje aqui
em substtuição claramente que foi mal informado e por isso, fez essa referência.

Ter saldo de gerência é incompetência. Extraordinário! Eu diria que é boa gestão porque todas as
entdades publicas, privadas que têm sido saldos de gerência positvos signifca que tveram uma
68/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

boa gestão mas para o PS é incompetência. Pois! Isso é a polítca do Sócrates! saldos negatvos a
afundar o país, isso é que era competência. Aqui também se vê uma diferença entre a gestão da
CDU e a gestão do Partdo Socialista.

Também dizer ainda que agora dizem que não são os responsáveis pela reprovação mas o Partdo
Socialista tem uma grande responsabilidade na reprovação do orçamento de 2019, foi um erro
polítco motvado por irracionalidade polítca, na minha opinião e hoje felizmente a polítca venceu
os ódios pessoais e por isso, não estão cá Samuel Cruz, Bruno Barata, Nelson Patriarca, Eduardo
Rodrigues e outros que não quiseram estar porque colocam os ódios pessoais e ant partdários à
frente daquilo que é a racionalidade. Por isso, felicitar os srs. eleitos do Partdo Socialista que hoje
quiseram dar a cara por aquilo que deviam ter feito em novembro e esses que não estveram cá,
hoje enfaram o barrete, reconheceram o erro e nem sequer tveram a coragem de aparecer na
assembleia. Parabéns aos srs. eleitos do PS que hj aqui estão, pela hombridade e pela coragem
que tveram ao reconhecer esse erro.

Sobre a posição do PAN, eu também gostaria de dizer algo. É muito interessante verifcar que
também na troca de comunicações com o PAN eu tenha explicado ao Sr. eleito do PAN, André
Nunes , porque eu percebi que hoje o discurso foi do André Nunes ter explicado ao André Nunes e
à pessoa que o acompanhava que grande parte das medidas que o PAN colocava como propostas
foram todas incluídas no orçamento que foi reprovado e agora neste orçamento que tem as
rubricas de 2018, ou seja, não tem grande parte das rubricas que o PAN propôs e o PAN abstém-
se. É Extraordinário! O outro orçamento que foi chumbado tnha muitas propostas do PAN, este
não tnha quase nenhuma e o PAN abstém-se. Extraordinário! Mais um sinal de coerência por
parte deste partdo. Dizer também que por lapso eu referi há pouco mas a frente ribeirinha de
Amora é uma obra que queremos que se concretze.

Sobre a questão relacionada com o Conselho Municipal de Juventude a Assembleia Municipal é


soberana nas decisões que toma e nas recomendações que faz mas eu gostava de lembrar que tal
como a Assembleia Municipal foi eleita pela população, há um boletm para a Assembleia
Municipal, também há um boletm para a Câmara e a Câmara também é autónoma nas suas
decisões. A Câmara pode acolher ou não as recomendações da Assembleia Municipal, temos essa
liberdade que a lei nos confere e que a democracia nos confere e também foi muito bem
respondido já que na reunião com a Sra. Vereadora da Juventude teve com as associações juvenis
preferiram contnuar com o modelo que a Câmara Municipal propõe de reuniões interassociatvas
juvenis que integram quer, os formais, quer os não formais os concelhos municipais de juventude.

Sobre viaturas elétricas é uma nova realidade, o município já tem alguns viaturas elétricas, vamos
adquirir mais e vai ser uma realidade cada vez mais constante até porque sabemos que do ponto
de vista operacional existem muitas marcas que estão já a preparar viaturas melhor capacitadas
para responder aos desafos do dia a dia que são necessários. Nós sabemos que hoje as viaturas

69/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

têm problemas, têm pouca autonomia, têm algumas questões ainda difceis de ultrapassar, mas
sabemos que as marcas vão nos próximos anos investr na resolução desses problemas e de
certeza o município irá investr muito na aquisição de viaturas elétricas.

Habitação para jovens é também uma prioridade, queremos concretzar neste mandato, ainda não
conseguimos mas é um objetvo que temos também, assim existam condições para o podermos
fazer.

Só para concluir e para voltar ao inicio o executvo municipal fca muito satsfeito com a posição
hoje aqui manifestada por muitas das forças polítcas que vão corrigir esse erro de reprovação e
vão dar condições para que consigamos colocar os recursos públicos ao serviço das populações.
Obrigado aos srs. eleitos que assumiram essa condição e reconheceram esse erro e agora
alteraram o sentdo de voto”.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação a proposta de grandes


opções do plano e orçamento para 2019”.
Aprovada a Deliberação nº 39/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do presidente da JFFF 1

 Cinco(5) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Catorze (14) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 3

- Do grupo municipal do PAN 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com 17 votos a favor, 14
abstenções e 5 votos contra. Há declarações de voto? Não há declarações de voto. Aprovamos a
ata em minuta. Agradecer aos srs. membros da assembleia e felicitar o Sr. Presidente da Câmara e
o executvo municipal do concelho do Seixal por este grande momento que é a aprovação do
orçamento”.

III.3. Minuta da Ata.

70/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

Aprovada a Deliberação nº 40/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Trinta e sete (36) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 16

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

- Do grupo municipal SFF 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “

Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executvo municipal e dos membros deste Órgão.

A sessão terminou cerca da 1 28 horas do dia 5 de setembro.

Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetvo processo.

Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.

Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício

O Presidente da Assembleia Municipal

O Primeiro Secretário

A Segunda Secretária

71/72
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 07/2019
4ª Sessão Extraordinária – 4 de setembro de 2019

72/72
Declaração de voto

O CDS-PP votou contra a moção da CDU “por mais e melhores transportes no concelho e na
região”, uma vez que apesar de considerarmos importante o investmento nos transportes e
sobretudo muito importante na renovação dos barcos que fazem a ligação entre o distrito de
Setúbal e Lisboa, é do nosso entendimento que deve ser aberto à concorrência, o que
permitria às pessoas terem a oportunidade de escolherem o serviço que mais lhes convém.
Relatvamente à passagem de gestão dos parques de estacionamento do terminal fuvial do
Seixal, estações de comboio do Fogueteiro, Amora e Corroios somos contra. Para o CDS seria
mais uma despesa para o município uma vez que teria de contratualizar segurança para aquele
espaço, senão corre o risco de acontecer o mesmo que acontece no Montio, depois da
autarquia do Montio fcar com a gestão do parque da Transteio, a empresa deixou de ter
segurança lá, o que levou a roubos constantes a automóveis.
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019

A T A nº 08/2019

Aos vinte dias de setembro de dois mil e dezanove, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 4ª sessão ordinária de 2019, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e pela 2ª secretária, Sara
Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, com a seguinte Ordem de Trabaloos, divulgada pelo edital nº
24/2019, de 21 de agosto.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
III.1. Suspensão de Mandato de Sandra Anabela Alves de Sousa.
III.2. Ata nº 09/2018 - 4ª Sessão ordinária, de 10 de setembro de 2018. Aprovação.
III.3. Informação sobre o trabaloo em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos das
alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.6. Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios. Consulta Pública. Aprovação.
III.7. Alteração do objeto da doação ao Centro de Atvidades Sociais de Miratejo (CASM).
Revogação da deliberação n.º 149/2009-CMS de 8 de abril. Aprovação.
III.8. Regulamento de taxas do Município do Seixal. Alteração. Versão definitva. Aprovação.
III.9. Fixação do valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), nos termos da alínea d) do
n.º 1 do art.25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e alínea a) do art. 14.º da Lei n.º
73/2013 de 3 de setembro. Aprovação.
III.10. Lançamento de derrama, nos termos da alínea d) do n.º1 do art. 25.º do Anexo à Lei n.º
75/2013 de 12 de setembro e alínea b) do art. 14.º e 18.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro.
Aprovação.
III.11. Definição da partcipação percentual no IRS, nos termos do art. 26.º da Lei n.º 73/2013 de 3
de setembro. Aprovação.

1/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
III.12. Delegação contratual de competências nas juntas de freguesia. Reforço dos meios
financeiros do contrato interadministratvo celebrado com a União de Freguesias do Seixal,
Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Aprovação.
III.13. Percentual da Taxa Municipal de Direitos de Passagem para o ano de 2020. Aprovação.
Estveram presentes, para além dos membros da Mesa
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Sobral Guerreiro Santos Barbosa,
Custódio Luís Quaresma Jesus Carvaloo, Maria Júlia dos Santos Freire, Hernâni José Pereira Peixoto
Magaloães, Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Ana Luísa Pereira
Inácio, Gonçalo Rui de Oliveira e Almira Maria Macoado dos Santos.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Tomás Baptsta Costa dos Santos,
Luís Pedro de Seia Gonçalves, Célia Maria Martns Cunoa, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira
Patriarca, Rui Miguel Santos Brás, Sérgio Miguel Carreiro Ramaloete, Marta Sofia Valadas Barão e
Rui Jorge Guerreiro Parreira
Do PSD: Rui Miguel Lança Belcoior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinoos e Eduardo Manuel Lino Grêlo.
Do PAN: Nuno André Batsta Nunes
Do CDS-PP: Marlene da Conceição Aires Pires Abrantes.
Estveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios e da União das
Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetvamente, Manuel Ferreira Araújo,
Eduardo Rosa e António Santos.
Registaram-se as seguintes substtuições
No grupo municipal da CDU Maria João Oliveira Santos por Gonçalo Rui Oliveira, em virtude de
Nuno Pombo ter também solicitado a sua substtuição, e Rui Algarvio por Almira Santos.
No grupo municipal do PS Jorge Freire por por Rui Parreira em virtude de Milton Simões também
ter solicitado a sua substtuição;
No grupo municipal do CDS-PP João Rebelo por Marlene Abrantes em virtude de Humberto
Batardo ter também solicitado a sua substtuição.
Faltaram os eleitos Nuno Graça, da CDU, Márcia Patrícia Santana, do BE, que viria substtuir Sandra
Sousa cujo pedido de suspensão consta do POD, e o Presidente da Junta de Freguesia de Fernão
Ferro, Carlos Reis.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estveram presentes os seguintes Vereadores

2/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coeloo Tavares, Maria João Varela Macau, José
Carlos Marques Gomes, Elizabete Pereira Adrião, Cláudia Marina da Silva, Nuno Moreira, Manuel
Pires, Francisco Morais e Eduardo Rodrigues.
A Sessão teve início cerca das 20 35 ooras.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “ Boa noite a todos, sejam bem vindos, vamos dar
inicio à 4ª Sessão Ordinária de 2019, pedidos de substtuição do grupo municipal da CDU Maria
João Oliveira Santos por Gonçalo Rui Oliveira, em virtude de Nuno Pombo ter também solicitado a
sua substtuição, e Rui Algarvio por Almira Santos. Do PS, Jorge Freire por por Rui Parreira em
virtude de Milton Simões também ter solicitado a sua substtuição; Do CDS-PP, João Rebelo por
Marlene Abrantes em virtude de Humberto Batardo ter também solicitado a sua substtuição.
Suspensão de mandato mantém-se a suspensão de Rosária Antunes.”

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Começamos com o primeiro ponto da ordem de
trabaloos que é o período aberto à população, temos uma inscrição para ooje que é o Senoor José
Carlos Kullberg que tem a palavra se faz favor.”
I.1. José Carlos Kullberg disse “Boa Noite, o assunto que eu venoo expor é um assunto que já foi
oficialmente tratado no passado que tem a ver com a recorrência de acidentes num troço de vinte
metros na Avenida Sá de Miranda que afeta a minoa vivenda que está geminada com outra, em
que recorrentemente, várias vezes por ano, estão registados acidentes, nomeadamente na policia,
entram pela casa dentre, pelo muro dentro, até um dia oaver mesmo um acidente que possa
esmagar alguém contra o muro, atropelar alguém de forma grave. O assunto foi oá uns anos,
diretamente por mim, tratado com o Senoor Vereador da altura, o que fizeram foi colocar aquelas
ressaltos que se colocam no pavimento das estradas, cem metros atrás do local onde acontecem
recorrentemente esses acidentes e que acontecem sempre quando oá couvas como aconteceram
ooje, portanto quando oá estas primeiras couvas tenoo sempre o credo na boca quem vai ser
atropelado, quem é que vai bater, com fuga, porque felizmente das “n” vezes que isto aconteceu
ou eu, ou a minoa esposa ou alguém dos vizinoos consegue trar a matricula e as pessoas acabam
por ser identficadas, até um dia que isso não acontece vai ser tristeza nossa ou pode ser mesmo,
em termos de prejuízos oumanos algo de grave, eu na altura deixei à atenção e na Câmara
Municipal uma notficação em que quando oouvesse, por falta de atuação da Câmara, algum
acidente grave em termos pessoais seria colocado em termos criminais por falta de atuação da
Câmara Municipal, como é óbvio eu não estou aqui com esse espírito, o meu espírito é claramente
o de tentar resolver uma situação, a situação deve-se simplesmente ao seguinte facto, a rua é
pavimentada quase com pavimento de pedra, alcatrão é 90% calcário e pedra calcária, ela vai
ganoando pó, poeira e quando coove dá lá para fazer patnagem artstca em cima desse
pavimento que leva pouca couva antes dela ser muita couva e ser lavado, é descendente e o relevé

3/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
da curva é ao contrário, portanto, os carros são projetados contra o lambrim e ressaltam para as
moradias que estão do outro lado, do lado direito da descida dessa avenida não existem casas é o
inicio de pinoal, do lado nascente de Vale de Miloaços e, portanto, são projetados para as casas
que estão do outro lado em peão, em efeito completamente descontrolados e a fsica faz as contas
de maneira a que é sempre o mesmo local que é atngido, são cerca de vinte metros entre a minoa
casa e o vizinoo de cima, que por acaso ooje não pode cá estar também para dar o seu
testemunoo, essa rua teve um fuxo muito maior nos últmos tempos com a construção da A33,
porque oá muitas pessoas que saem do Bairro de Pinoal Vidal e utlizam aquela via que não tem
estrutura para ter aqueles dois sentdos, porque para oaver dois sentdos de circulação, os carros
estacionados tem que se estacionar metade em cima do passeio, o passeio com um metro de
largura, e, portanto os peões tem que andar na estrada, ou seja, a policia pode perfeitamente ir ali
para um efeito que nós tentamos que seja possível e ainda somos nós que podemos ser autuados
pela policia porque estamos efetvamente a utlizar o passeio, para que, os dois sentdos de
transito sejam possíveis, basta nós estacionarmos na via onde devemos, encostados ao passeia,
para que a circulação nos dois sentdos não sejam possíveis, portanto, eu faço um apelo,
essencialmente à vereação, ao vereador da especialidade, para que o assunto seja revisto com
alguma atenção e que depois de serem feitas determinadas medidas que como foi feita é essa
medida de colocar os ressaltos oá uns três ou quatro anos que oaja verificação das medidas
adotadas , essa solução é manifestamente insuficiente para que aquilo que acontecia já
anteriormente deixasse de contnuar a acontecer, portanto, que contnua a acontecer com danos
materiais que até à data as companoias de seguros tem suportado, por estas razões que evoquei,
até um dia que possa oaver mesmo situações de feridos graves naquela área. Muito Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Boa noite, obrigado, pergunto ao Senoor Presidente
da Câmara se quer intervir, se faz favor Senoor Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse “Boa noite, esta é uma questão que nós iremos analisar.
Nós temos vindo a desenvolver com medidas mitgadoras o excesso de velocidade; se a circulação
ocorresse de acordo com o que está definido no Código das Estradas diria que, talvez 80% dos
acidentes não acontecessem, mas de facto muitas vezes os automobilistas excedem o que são as
regras de transito e depois originam diversos constrangimentos; desse modo nós temos vindo a
identficar esses pontos negros do conceloo e temos vindo a implementar medidas de
minimização desses acidentes. Vamos analisar a questão que nos colocou o Vereador José Carlos
Gomes tem agora, com esta reestruturação a responsabilidade, novamente da gestão do transito
do conceloo e da sinistralidade; vamos analisar esta questão que nos coloca, junto ao nº 80 da Rua
Sá de Miranda para vermos que para além dos dispositvos que já foram implementados se de
facto se registam esses acidentes e sim, no caso positvo, verificar com as entdades como é que
podemos minimizar esta questão; portanto, é o nosso compromisso que fica para o senoor
morador, em breve iremos contacta-lo no sentdo de dar nota daquilo que é a nossa apreciação
técnica. Obrigado por ter vindo, obrigado por ter colocado a questão.”

4/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Obrigado Sr Presidente da Câmara e terminado o
Período de intervenção da População, passamos para o segundo Ponto da ordem de trabaloos que
é o Período Antes da Ordem do Dia.”

II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.

O Presidente da Assembleia Municipal disse “Terminado o Período de Intervenção da População


passamos para o segundo ponto da ordem de trabaloos que é o Período de Antes da Ordem do
Dia, temos um conjunto de 9 documentos e o primeiro é uma moção,«Abertura do ano letvo –
avanços e constrangimentos, é da CDU e subscrita por Maria Júlia freire que tem a palavra se faz
favor.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Abertura do ano letvo – avanços e
constrangimentos», subscrita por Maria Júlia Freire.
(Documento anexo à ata com o número 1)
Maria Júlia Freire, da CDU, disse “Como toda a gente tem o documento vou dispensar a sua
leitura vou apenas fazer uma breve apresentação, assim nos dois primeiros parágrafos da moção
tem como ttulo a «Abertura do ano letvo – avanços e constrangimentos reafirmamos a
importância da escola pública gratuita e de qualidade para todos, democrátca e inclusive
intercultural que promova a integração e igualdade de oportunidades no acesso à educação o
sucesso educatvo dos alunos e a partcipação atva de toda a comunidade educatva, começamos
por referir que de facto este ano letvo foi marcado por um relatvo clima de tranquilidade no que
diz respeito à colocação de professores uma vez que a saída do resultado dos concursos foi
antecipado e que a maioria das escolas teve a maioridade dos seus professores colocados no
entanto onde tal não acontece verificar-se uma enorme dificuldade para a colocação dos
professores uma vez que não oá professores neste momento disponíveis para determinadas áreas
de (…) que é fruto de investmento que ao longo de décadas vem acontecendo quer na
dignificação da carga docente tornado-a muito pouco apelatva quer na formação de professores,
mas de facto os constrangimentos maiores prendem-se com a falta de pessoal não docente ao
nível do país e também no nosso conceloo, portanto auxiliares de ação educatva os prometdos
concursos tardam e muitas escolas não têm o número necessário destes profissionais que dificulta
a organização do serviço com muitos deles a não funcionarem e não permite o necessário
acompanoamento dos alunos, também o enveloecimento do corpo docente consttui um fator
negatvo se tvermos em conta que apenas 1% dos professores têm menos de 30 anos e que um
elevado numero tem mais de 60 anos percebemos como é urgente o rejuvenescer o corpo
docente; a tudo isto junta-se a enorme sobrecarga de trabaloo dos professores que leva a que de
facto a classe viva em situação de ruptura; realçando os impactos positvos da generalização
gratuita dos manuais escolares em toda a escolaridade obrigatória embora não possamos deixar
de salientar os constrangimentos que se verificam com a polítca de reutlização dos manuais
5/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
escolares sobretudo no 1º ciclo do ensino básico de facto tem vindo a ser reafirmado pelo PCP, no
que respeita aos equipamentos verificamos que se por um lado que a nível do nosso conceloo
oouve um enorme investmento no que diz respeito à manutenção e conservação de
estabelecimentos de ensino do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico a nível das escolas do 2º
e 3º ciclo e das escolas secundárias a situação contnua a ser de facto bastante preocupante
nomeadamente na escola António Augusto Louro, Paulo da Gama, Cruz de Pau e nas escolas
secundárias Alfredo dos Reis Silveira e Manuel Cargaleiro, contnuamos ainda à espera da
conclusão das obras da João de Barros e os paviloões desportvos que já vimos a reivindicar oá
muitos anos contnua por construir, assim a Assembleia Municipal do Seixal reunida na sua 4.ª
sessão ordinária de 2019 no dia 20 de setembro delibera Exigir que a administração central
assegure no âmbito das suas competências a requalificação e o alargamento do parque escolar na
rede pública no município do Seixal. Exigir a requalificação urgente das escolas do 2º e 3º ciclo do
ensino básico António Augusto Louro, Paulo da Gama, Cruz de Pau e escolas secundárias Manuel
Cargaleiro e Alfredo dos Reis Silveira . Exigir os paviloões desportvos escolares das escolas básicas
2º e 3º ciclos de Pinoal de Frades, Corroios, Cruz de Pau, Vale de Miloaços e secundária João de
Barros. Exigir a rápida conclusão das obras de remodelação da escola secundária João de Barros
iniciadas oá 9 anos e denunciar as graves dificuldades resultantes da falta de pessoal não docente
que põe em causa o bom funcionamento das escolas e a qualidade de serviço público de educação
e denunciar as condições de degradação da função docente do acentuado enveloecimento do
pessoal docente que exigem condições especiais de apresentação. Exigir que sejam dignificadas as
carreiras docentes e não docentes por envolver profissionais com papel fundamental do processo
educatvo de crianças e jovens, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções para apreciação desta moção? Rui
Belcoior se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse “ Bem, oloe Sra. Júlia Freire com todo o respeito eleitos da CDU, esta
moção repare que tem aqui um conjunto de exigências e nós neste capitulo questonávamos
também o que gostaríamos de ter visto aqui apontado assinalado a melooria das condições das
escolas básicas e também dos Jardins-de-infância que de facto são manifestamente insuficientes
neste conceloo porque a maioria das crianças só entram com 4 anos quase a fazer cinco anos
portanto também aqui oavia ou necessitávamos de um reforço mas é competência da autarquia
mas sobre isto nem uma palavra, sobre o desabafo que aqui acabou de fazer portanto em tempos
de campanoa eleitoral, é disto que se trata um desabafo, aqui nós não podemos dizer mais do que
isso, as exigências que se fazem nesta moção deviam de ter sido feitas nas negociações pelos
quatro orçamentos que os senoores aprovaram, eu sei que sou muito repettvo nisto mas de facto
estes argumentos permanecem atuais e vão perdurando na passagem do tempo, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse “Essa moção de facto é essa que se costuma dizer só vê com um oloo
ou então se caloar começou a partr do 5º ano da escola do ano letvo e para trás não começou
6/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
ainda porque de facto os principais problemas no setor da educação no Conceloo do Seixal sentem
a montante daquilo que aqui se fala, portanto o principal problema eu dizia não oaver escolas de
todo que é aquilo que se passa com o pré-escolar oá muitas crianças em escolas mas é no privado
não oá oferta pública no pré-escolar universal que é aquilo que é protagonizado e que acontece
aliás na esmagadora maioria dos conceloos do País, o Sr. Presidente da mesa diz e dá muitas vezes
exemplos e conoece muito bem a Associação Nacional de Municípios e sabe que a rede do pré-
escolar não está como a esmagadora maioria do País portanto não oá aqui o Seixal está na cauda
quanto a esta matéria, mais na cauda ainda se encontra o conceloo do Seixal naquilo que concerne
ao turno duplo do 1.º ciclo, turno duplo do 1.º ciclo eu estou convencido que são 308 conceloos no
nosso País os dedos das mãos coega para contar os municípios onde o turno duplo subsiste,
infelizmente para as crianças do conceloo do Seixal, o conceloo do Seixal é um deles, mas depois
eu até estava aqui à espera de ver uma coisa engraçada uma grande bandeira da autarquia de
quem gira à volta da autarquia nos últmos tempos tem sido o retrar do amianto das escolas, da
escola António Augusto Louro, e muito bem, mas deixem-me que loe pergunte como a escola
António Augusto Louro é obrigação do Governo e deve trar, mas agora que são do mesmo
agrupamento não vou sair do agrupamento, da Quinta da Courela quando é que a Câmara pensa
trar? O amianto é o mesmo ou o amianto da responsabilidade da Câmara não faz mal e só o outro
é que faz mal? E do Casal do Marco do mesmo agrupamento quando é que a Câmara vai trar o
amianto? esse não faz mal, nem a Associação de Pais falam verdade seja dita, são dois tpos de
amianto diferente, só faz mal numa escola que é responsabilidade do Governo e aquele que não
faz mal a ninguém é responsabilidade da Câmara, vamos lá ser sérios esta moção do ponto de vista
intelectual naturalmente não me parece séria e irá merecer a nossa reprovação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Permitam-me uma inscrição de 30 segundos de
esclarecimento devido; acoo que a Assembleia Municipal, o membro Samuel Cruz fez aqui esta
referência e naturalmente não é uma intervenção mas é um esclarecimento, não é assim; e eu
aliás terei todo o gosto e com certeza Sr. Presidente da Câmara não acoará mal que traga uma
visão global do País dos 308 municípios em relação à cobertura dos jardins de infância do ensino
pré-escolar e do 1.º ciclo, mas a prova evidente de que isto não está resolvido no País é que a
Associação Nacional de Municípios e nas negociações com o Governo no âmbito do quadro
comunitário infelizmente não foi possível negociar com o anterior é verdade, mas no quadro atual
foi muito insuficiente; uma das prioridades era o reforço no investmento no parque escolar do
pré-escolar e dos Jardins-de-infância em Portugal, bom, portanto isto está como primeira
reivindicação que foi negociada e discutda com o Governo, o atual Ministro do Planeamento do
que diz é que não foi possível ir mais longe onde o reforço é muito insuficiente e esta matéria está
colocada para o 2030, portanto oá uma necessidade efetva de investmento em Portugal e
estamos a falar no âmbito do financiamento da Comunidade Europeia do pré-escolar e no 1º ciclo,
portanto mas eu terei todo o gosto em trazer o preâmbulo que naturalmente nos ajudará a todos
para que não fique esta ideia que o Seixal está atrás em relação à realidade do País, oá problemas
para resolver em Portugal e naturalmente como o Sr. Presidente da Câmara tem dito oá um
7/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
enorme investmento e empenoamento em resolver no Seixal; bom foi mais de 30 segundos mas é
um esclarecimento. Ora, quem é que pretende intervir mais? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse “Eu concordo com uma coisa que o eleito Samuel Cruz disse, é que
temos que ser sérios e ao sermos sérios temos que ver que nos últmos anos o investmento no
parque escolar tem sido feito principalmente quase exclusivamente pela Câmara Municipal, vemos
ainda agora a Câmara Municipal aproveitou as férias para fazer uma grande remodelação em
grande maioria das escolas do parque escolar e da parte do Governo nada, nada e não vamos aqui
dizer que oá amianto nas escolas do 1º ciclo porque a verdade e para sermos sérios é que as
situações do amianto não estão a por em causa a saúde pública não está a oaver uma degradação
como está a oaver na escola António Augusto Louro gravíssima com o amianto a desfazer-se, com
as partculas a saírem e que é um perigo latente e é assim é que é sermos sérios, sermos sérios, e é
isso que temos que ver e ao sermos sérios temos que ver que ao nível dos paviloões escolares que
são responsabilidade da administração central o conceloo do Seixal também está atrás, está, está,
mas isso é se formos sérios e aqui assim o eleito Samuel Cruz não foi.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções?Não oavendo mais intervenções
tem a palavra ao Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse “Eu pedia à Sra. Vereadora da educação que pudesse dar
aqui também um breve comentário sobre aquilo que acabou de ser referido nesta Assembleia
Municipal para ajudar ao necessário esclarecimento, se faz favor.”
A Vereadora Maria João Macau disse “Dizer que em relação a esta questão da importância de se
ter feito o investmento a nível do 1º ciclo e da educação pré-escolar consideramos fundamental e
portanto realmente tem sido um investmento bastante sério em termos municipais o mesmo não
acontece a nível do Governo e portanto mesmo nesta pausa letva o que se viu nestes últmos anos
é que não tem oavido intervenção nem investmento nas escolas do 2º e 3º ciclo oavendo ainda a
necessidade da construção das áreas de paviloões desportvos para a prátca de uma atvidade que
é curriculum nomeadamente a educação fsica, depois dizer que em relação à rede da educação da
pré-escolar temos vindo a fazer para além da remodelação das escolas existentes um alargamento
da rede da educação pré-escolar que possa realmente permitr a integração primeiro das crianças
como dizia o decreto Lei 97 quando saiu a lei quadro que era apenas para crianças de 5 anos
entretanto temos uma carta educatva que devia de ter sido revista ao fim de 5 anos por parte do
Ministério da Educação não saiu nenouma legislação e o que sabemos é que se ooje temos
crianças da educação pré-escolar com 3, 4 anos ainda está a aguardar-se essa revisão dos
parâmetros da consttuição da própria carta educatva e para o alargamento da rede se fazer a
nível nacional e não oaver assimetrias era muito importante que realmente o Ministério da
Educação cumprisse com as suas competências nomeadamente em matéria legislatva para que os
municípios possam fazer de forma igual portanto um instrumento de planeamento estratégico
como é esta carta, por outro lado dizer ainda que temos feito um investmento grande naquilo que
é o parque escolar do 1º ciclo atualmente quer para as escolas do 1º ciclo criando outras valências
8/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
com o alargamento de salas de educação pré-escolar dizer que estamos neste momento a
construir ainda o alargamento e a ampliação da escola de Paio Pires e está previsto como vocês
sabem e também está no nosso programa portanto está a ser feito o concurso para a construção
do jardim-de-infância da quinta de São Nicolau, um edifcio de raiz só com salas de educação pré-
escolar, portanto nós estamos a alargar a ampliar escolas nomeadamente na quinta de Santo
António exatamente para permitr que oaja uma maior oferta da entrada de crianças portanto
nestas faixas etárias, dizer ainda que em matéria de amianto a Câmara do Seixal foi das primeiras
Câmaras do País a pedir uma análise ao insttuto nacional da qualidade e soldadura para que nos
fizesse um levantamento e as análises a todas as escolas do 1º ciclo e dizer que é com base nessa
análise que a Câmara do Seixal tem vindo a fazer a sua intervenção uma intervenção com
diferentes fases a primeira escola que teve a trada de todo o amianto existente foi a quinta do
Conde de Portalegre com uma cobertura completamente nova exatamente que era a escola que
nós tnoamos dentro do relatório que temos deste insttuto que era a escola que podia correr
risco, em relação às outras escolas temos vindo a fazer a mesma intervenção mas de acordo com
os riscos que foram assinalados, dizer que neste momento nós não temos em escola nenouma do
1º ciclo nem da educação pré-escolar situações de risco como acontece na António Augusto Louro
onde acontece em todas as escolas pratcamente, básicas 2,3 e secundárias e portanto era isto que
eu queria aqui esclarecer e informar portanto os senoores eleitos, muito obrigada.”
O Presidente da Câmara Municipal disse “Apenas referir que de facto é que esta questão é
importante é que o município está neste momento ou interveio ou está a intervir em cerca de 14
estabelecimentos escolares que é pratcamente metade daquilo que são as escolas da
responsabilidade da Câmara Municipal, seria muito bom que o Governo fizesse o mesmo e
seguisse o exemplo do município do Seixal que está a investr 6 miloões de euros portanto na
requalificação quer de coberturas quer de revestmentos quer de salas e casas de banoo portanto
e em outras áreas quer também em termos da própria requalificação de arranjos exteriores,
obrigado.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra a proponente Júlia Freire se assim o
entender, prescinde, então vamos colocar à votação esta moção.”

Aprovada a Tomada de Posição nº84/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Nove (9) votos contra dos seguintes eleitos

9/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
- Do grupo municipal do PS 9

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS - PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU, do BE e do PAN, e a abstenção do PSD e do CDS, e o voto contra do PS, declarações de
voto? Não oá declarações de voto, então passamos para o documento seguinte.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “E o documento seguinte é mais propriamente uma
Declaração Polítca do PS, não temos aqui a subscrição, mas é de certeza do líder Samuel Cruz, se
faz favor.”
II.2. Samuel Cruz, do Grupo Municipal do PS, em declaração polítca, disse “Esta é uma
declaração polítca que é antes de mais um protesto e um protesto formal do Partdo Socialista
acerca da forma como se comportam alguns dos eleitos municipais e que se refete naquilo que
tem sido a tensão verificada na Assembleia Municipal ao longo destes dois últmos anos e como
sou o líder da bancada do PS fui incumbido, em nome do PS, naturalmente com a anuência do
Presidente da Conceloia, de fazer esta declaração mas que me visa também pessoalmente e
portanto eu vou dizer, o que se passa aqui dentro não vincula e não é apenas o que se passa aqui é
também o que vem de fora e à imagem daquilo que uma vez já o Cavalinoos fez que eu vou ler; é
uma página do Facebook que não precisa rigorosamente de mais comentários nenouns a não ser a
posição insttucional do Partdo Comunista que, pessoalmente claro, um pedido de desculpas que
eu exijo, então diz um cavaloeiro que não interessa pelo menos aqui na Assembleia Municipal que
esses assuntos estão a ser resolvidos noutra ordem; pronto dizem, quem, quem, é o grande líder
do PS Seixal, Samuel Cruz; bem temos que ser solidários e ajudá-lo na recuperação a questão aqui
é clara quer levar adiante a alteração de sexo com uma boa psicanálise resolve a situação e
ficamos a aguardar o Samuel, informação dramátca diz outro, vocês riem-se mas é triste uma
pessoa ter vergonoa de ter que dar a cara e agora entra o líder de bancada do Partdo Comunista
Português na Assembleia Municipal que diz, prefere dar um tum,tum, portanto é este o clima que
temos aqui para..., oá quem se ria mas não acoo rigorosamente piada nenouma, o Sr. Presidente
pelos vistos também, não oá condições de facto, nem qualquer tpo de relacionamento
insttucional; eu, portanto, pessoalmente exijo um pedido de desculpas e naturalmente o Partdo
Socialista em relação ao Partdo Comunista também exige que se proceda assim porque de facto
isto não é normal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Bom é uma declaração polítca portanto sem
comentários. Passamos para o documento seguinte.”
II.3. O Grupo Municipal do PSD apresentou a Recomendação «Pela inclusão de mais animais no
Boletm Municipal», subscrita por Rui Mendes.
10/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
(Documento anexo à ata com o número 2)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “ É do PSD é uma recomendação «Pela inclusão de
mais animais no Boletm Municipal», e é subscrita por Rui Mendes que tem a palavra.”
Rui Mendes, do PSD, disse “ A nossa recomendação visa, como sabem o PSD é contra ou não é
favorável à existência do Boletm Municipal mas visto que ele existe o objetvo é utlizá-lo da
meloor forma e para nós umas das formas que pode ser utlizado é apresentando os animais que
aparecem e são recoloidos de forma a poderem coegar a mais pessoas, tanto aquelas que querem
adotar como aquelas que os perderam e querem encontrá-los novamente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, intervenções sobre esta recomendação? Quem
é que pretende intervir? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse “A CDU entende que o Boletm Municipal tem que ser para divulgar a
atvidade conceloia das insttuições, para a questão das adoções dos animais oá outros meios e
estão a ser desenvolvidos e acoo que não fazemos sentdo estarmos agora a meter uma página em
cada um Boletm Municipal não sei se será por aí metermos mais uma página ou duas com a
fotografia dos animais para adoção oá outros meios ooje em dia, pela Internet para isso para se
fazer isso não é agora ter uma página com as fotografias dos animais que estão no prolakse, adote-
me, acoo que darmos outra utlização o que tem sido dada ao Boletm Municipal que é para isso
que ele deve servir para divulgar o trabaloo que é feito e não para divulgar os animais que estão
no CROACS".
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É estranoíssimo este ttulo e depois não bate, isto é
apenas uma apreciação eu podia ter dito pessoalmente mas qualquer dia a mesa também tem que
ver os ttulos porque o que se propõe aqui é ver de facto aqui a inclusão de animais; pronto isso é
apenas um pequeno comentário, então André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse “Não tnoa pensado intervir mas ouvindo o eleito Paulo Silva fica
muito claro qual é a perspetva da CDU e em partcular para os animais e na verdade agora fica
bem explicado o porquê de fazer uma defesa tão intransigente do regresso do abate como fez
recentemente; mas fica explicado, só dar nota que um dos documentos que vai aqui ser apreciado
mais à frente só no últmo trimestre deram entrada 61 animais, entre cães e gatos, e saíram 39
portanto se não oá motvo para aproveitar todo o tpo de meios que a Câmara dispõe para
contrariar esta estatstca então não se percebe.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Paulo Silva em defesa da oonra.”
Paulo Silva, da CDU, disse “De certeza que o eleito André Nunes nunca me ouviu em nenouma
intervenção em defesa do abate dos animais, nunca me ouviu fazer isso porque não o defendo e
nunca o defendi e se se lembrar das minoas palavras eu disse nessa conversa que tvemos
informalmente antes de começar uma reunião de uma comissão e penso que não tenoo dúvidas
de que sei e terminei dizendo eu não sou defensor sou contra o abate de animais no CROACS ou
em qualquer centro; tve o cuidado de dizer isso e quem lá estava na reunião se for verdadeiro tem
11/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
que vir aqui confirmar isso como o André também se for correto vem aqui assim dizer que eu
terminei a minoa conversa, uma conversa informal, dizendo isso, e apenas referi o presidente da
Associação Nacional de Veterinários que no artgo da opinião ou do público falou nisso e que era
impossível; agora eu tve o cuidado de dizer que sou contra como sempre fui ao abate dos
animais.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É a segunda vez mas desculpem lá oá aqui um
esclarecimento que não pode deixar de ser dito, o conceloo do Seixal, eu não sei se todos sabem
não sei se o André Nunes sabe, o conceloo do Seixal comigo Presidente, podia ter sido outros, oá
mais de 15 anos, creio que foi o primeiro conceloo em Portugal ou dos primeiros aliás pode-se
contar pelos 5 dedos da mão em Portugal, que não abatemos animais e a legislação só saiu agora e
no conceloo do Seixal oá mais de 15 anos que não se abatem animais; bem é preciso nós sabermos
do que é que estamos a falar, foi mais de 30 segundos mas é inevitável ter dito isto porque senão
era uma injustça para o conceloo, bom e aliás podíamos contnuar a conversa. Vítor Cavalinoos se
faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Eu não pensava intervir sobre esta recomendação eu sugiro que de
facto o ttulo, pela inclusão de mais animais no Boletm Municipal, eu sugiro que o ttulo seja
mudado, nós vamos votar a favor desta recomendação mas acoo que o ttulo não bate a bota com
a perdigota e não faz sentdo se for preciso eu posso sugerir um ttulo facilmente se mudará o
ttulo assim não faz sentdo; outra coisa é o seguinte Isto é assim, na verdade o Paulo Silva na
reunião que nós tvemos não disse que defendia o abate dos animais disse exatamente o contrário,
em nome da verdade portanto eu não entendo o André Nunes que venoa aqui pôr as coisas dessa
maneira porque é falso o Paulo Silva disse exatamente o contrário do que o André aqui colocou.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “André Nunes se faz favor.”
André Nunes, do PAN, disse “Para que eu não fique com rótulo de mentroso vamos pôr as coisas
desta forma; no âmbito de uma notcia que saía em que se dava conta que,(É em defesa da oonra
Sr. Presidente este tempo não é para contar, é em defesa da oonra, peço desculpa) no âmbito
dessa notcia o que é dito pelo eleito Paulo Silva é Isto é uma inevitabilidade portanto é a minoa
interpretação, é uma inevitabilidade, eu vou reformular então, posso Paulo? Comentando a notcia
que tnoa saído ou nessa semana ou na semana anterior o que tu disseste foi Não isto de facto
não se percebe oá matloas de cães agora por todo o lado e terminaste efetvamente dizendo eu
não defendo, mas quer dizer adota-se um discurso de isto é uma inevitabilidade vai acabar por
acontecer, tem que se regressar, eu peço desculpa mas está a incomodar-me, é em defesa da
oonra mas na medida em que estou a passar por mentroso e a minoa interpretação foi, depois de
estar durante dois ou três minutos a dizer que o que estava a acontecer neste momento tnoa que
necessariamente regressar ao abate termina dizendo, mas eu até não sou favorável ao abate;
portanto primeiro tem toda uma narratva a sugerir que é uma inevitabilidade e depois termina
não mas eu por acaso até sou contra, até tenoo um cão em casa, mas portanto só para terminar, se
por ventura interpretei mal as suas palavras literárias eu peço desculpa agora que toda a narratva
12/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
foi esta de alarmismo face a uma situação que está a acontecer para depois terminar com, ao, mas
eu até sou contra o abate então aí eu peço desculpa mas que foi isto que aconteceu foi, e portanto
não admito que me estejam a dizer que eu sou mentroso; posso ter interpretado mal as palavras
mas foi isto que aconteceu.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Nós com certeza que aqui na Assembleia não
vamos reunir sobre esta coisa quem é que disse, eu também lá estve e já agora quero dizer que
não percebi isso, pronto mas já vão três a não perceber e recordo que no conceloo do Seixal não se
abatem animais desde oá 15 anos, se faz favor Paulo Silva, em defesa da oonra.”
Paulo Silva, da CDU, disse “É uma situação com a qual eu sempre fui contra ao abate de animais
em centro de recoloas o que foi comentado, foi notcia, é que vinoa o presidente da ordem dos
médicos veterinários disse isso, eu disse que a situação era complicada e que ele disse que nem
que os municípios construíssem dois ou três por ano conseguisse resolver a situação na altura o
André disse que o problema era por não oaver esterilizações nos PROACs e eu disse que não era
por aí porque o aumento do número de animais no PROAC não era por oaver a procriação dentro
dos PROACs e até foi dito que não oavia conoecimento de oaver situações de animais a nascer no
PROAC por procriação feita dentro do mesmo e foi essa situação e acabei até dizendo e tve o
cuidado de ir e de dizer que eu sempre fui contra o abate e sempre defendi e o Seixal foi um
conceloo pioneiro no fim do abate de animais no PROAC, agora não admito que venoam agora
aqui dizer que eu defendi porque nunca o fiz, como o André disse que eu defendi o abate de
animais não o defendi nunca o fiz e sou contra isso e não admito que desvirtuem as minoas
palavras e que venoam aqui assim proferir mentras a meu respeito aquilo que eu disse como aqui
aconteceu, parece de uma manobra concertada com outras pessoas porque em relação ao Samuel
foi uma declaração polítca e por isso não ouviu a resposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, mais intervenções? Samuel.”
Samuel Cruz, do PS, disse “Só para complementar a intervenção do Sr. Presidente da Assembleia
Municipal para ficar de facto registado em ata que de facto que essa decisão pela qual foi tomada
oá muitos anos mas por os vereadores socialistas que sempre estveram à frente dessa área.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ó Samuel, isso merece só 15 segundos, por um
Presidente Comunista que tnoa de facto um vereador Socialista a quem delegou competências;
mas o Presidente era Comunista, certo? Pronto, mas é assim. Ora, mais intervenções? Não
oavendo Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom só precisava de dizer que o Presidente era
comunista e é comunista e contnua a ser, só para que não oouvesse dúvidas; bom dizer de facto a
Câmara Municipal tem tentado promover a adoção de animais porque de facto essa é a solução
substantva preocupa-nos o bem estar dos animais e na verdade para começar pela qualificação
das condições do nosso Centro Recoloa Oficial; portanto todos os investmentos que estamos a
fazer no alargamento na qualificação portanto na própria cotação dos espaços com todas as

13/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
condições para os animais a verdade é que nós sabemos que eles só serão felizes se tverem
portanto digamos numa casa que não seja no Centro de Recoloa como é natural e por isso a
questão da adoção é para nós uma questão central da nossa polítca em relação aos animais que
estão à custódia ou à guarda do município e é também nessa perspetva que no últmo Boletm
Municipal todos certamente verificaram que está lá um cão e um gato é verdade que estão em
sentdo figurado, é apenas um desenoo mas a convidar para a primeira festa do bem estar animal
por isso eu gostaria de felicitar o Sr. Vereador do ambiente e Vice-presidente Joaquim Tavares por
esta iniciatva e toda a equipa do Centro Recoloa Oficial de Animais de Companoia que vai ser um
dia de grande festa no próximo dia 28 onde conteremos vários animais para adoção para quem o
pretender e por isso é mais um exemplo não só daquilo que está a ser vinculado pelo órgão da
comissão da autarquia portanto a festa do bem estar animal a 1ª festa do bem estar animal e
também de adoção como também esta própria iniciatva a 1ª no conceloo já agora também
proposta por um Vereador Comunista e aceite também por um Presidente de Câmara Comunista,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, o proponente Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse “Para fecoar pronto compreendo aquilo que o eleito da bancada do
PCP disse compreendo que oá outros meios para adoção de animais que aliás são de todo o
interesse da Câmara como também já foi dito pelo Sr. Presidente mas também oá outros meios
para apresentar obras e ações positvas da Câmara e daí a nossa posição sobre o Boletm
Municipal, quanto ao ttulo o intuito que tnoa em vista não era ir-mos pelo argumento que aqui
foi dito ou pelas segundas intenções ou pelo incomodo que aqui assist aparentemente foi mal
interpretado e foi incomodo, mas também estve ali a pensar e não arranjei um ttulo meloor
porque se eu puser pela inclusão de mais animais apenas no Boletm Municipal depois
provavelmente tnoa ali o André a dizer que somos todos animais e não sei quê e se eu puser mais
animais não oumanos no Boletm Municipal também é outro tema se eu puser inclusão de animais
do CRODs no Boletm Municipal vêm dizer também que estou a pôr aqui algo que não o ser
oumano então não sei, mas não foi de má-fé Sr. Presidente que fique aqui bem explicito que este
ttulo foi o meloor que nós conseguimos arranjar, e é pela inclusão de mais animais no Boletm
Municipal porque por vezes e aparentemente aparecem animais, e quando falo em animais são
cães e gatos, aparecem e portanto aparece lá a divulgação sobre os mesmos, o objetvo era ser
recorrente e é isso que eu queria que aqui fosse discutdo e fosse aqui apresentado, disse.”
Bruno Barata e Tomás Santos, do PS, integraram os trabaloos neste ponto.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “O Vítor Cavalinoos pediu a palavra mas nós
terminámos aqui com o proponente, veja lá com o proponente, se ele aceitar antes de votar a
gente trata disso.”
Rui Mendes, do PSD, disse “Por sugestão o ttulo fica, ”Pela divulgação de animais a adotar no
Boletm Municipal.”

14/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Bom, sim senoor, então com este ttulo vamos
colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 85/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezanove (19) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto a proposta foi aprovada com os votos a
favor do PS, do PSD, do BE, do PAN e do CDS, e os votos contra da CDU. Alguma declaração de
voto? Não, então passamos para o documento seguinte.”
II.4. O Grupo Municipal do BE apresentou a Recomendação «Segurança Rodoviária/Proteção de
peões», subscrita por Vítor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 3)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma recomendação do Bloco de Esquerda
«Segurança Rodoviária/Proteção de peões», é subscrita por Vítor Cavalinoos se faz favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “A recomendação já é do conoecimento dos membros da
Assembleia Municipal não a vou ler mas para enquadrar a situação, portanto nós fazemos uma
recomendação com o sentdo de alertar para a urgência de encarar o problema da segurança
rodoviária e proteção de peões nomeadamente em diversas vias, portanto nós o que o Bloco
propõe é que seja para recomendar o executvo municipal e são quatro questões, uma delas é
proceda à pintura de passadeiras de peões nós nesta recomendação é dito que oá dezenas de
passadeiras de peões no conceloo em diversas freguesias que perderam completamente a sua cor
branca e confundem-se com a via portanto e não são visíveis e durante o dia esse problema é
minorado durante a noite portanto agrava-se essa situação depois com a fraca iluminação das
passadeiras esse problema agrava até a insegurança e o perigo para os peões que atravessam as
diversas passadeiras, a segunda questão é que deliberações é que estão medidas para iluminar as
passadeiras de peões nos locais de transito mais intenso ou em alternatva instale nas passadeiras
sinalização luminosa e intermitentes que alerta os e as automobilistas, a terceira questão é que
sensibilize e pressione as Infraestruturas de Portugal para instalar semáforos ou outros que se
15/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
relevarem indispensáveis para a proteção da vida dos peões e do nosso ponto de vista o caso mais
urgente é a passadeira de peões na estrada nacional 10 junto ao MaxMat aliás acoo que qualquer
pessoa percebe, e então de noite é uma aventura uma pessoa atravessar aquela passadeira, a
quarta questão é que definitvamente sejam reparados os semáforos da estrada nacional 10 junto
ao centro comercial de Amora para proteger os peões dos automobilistas, essa por acaso eu
conoeço-a perfeitamente porque é ao pé da minoa casa e eu atravesso essa passadeira todos os
dias invariavelmente portanto não e eu já ia sendo atropelado mais do que uma vez e o normal é
as pessoas porque a passadeira permanentemente os semáforos estão avariados e as pessoas
andam a fugir dos automóveis e invariavelmente as pessoas mais idosas só arriscam passar a
passadeira quando são auxiliados por alguém e portanto isto oá anos que esta situação existe
então os semáforos oá anos que estão avariados portanto ou estão intermitentes às vezes
funcionam mas a maior parte das vezes não cumprem a sua função, esta recomendação o líder de
bancada da CDU abordou-me a colocar o problema que a reparação dos semáforos não é da
competência da Câmara mas das Infraestruturas de Portugal e portanto eu isso é preciso ser
esclarecido e portanto o senoor Presidente fará o favor de informar com rigor a quem compete a
reparação dos semáforos como é evidente isto vai ficar gravado e portanto pensamos nós que é
responsabilidade da Câmara, se não for isso será portanto colocado aqui com toda a clareza e
portanto se assim for nós alteraremos o que aqui está na deliberação mas se tvermos razão na
nossa convicção manteremos o que está na deliberação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Muito bem, intervenções?Não oá pedidos de
intervenção? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse “Era só portanto a Câmara que esclarecesse esta questão quanto à
reparação dos semáforos da estrada nacional 10 em relação à Câmara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Nelson Patriarca.”
Nelson Patriarca, do PS, disse “Era sobre esta moção o grupo do Partdo Socialista merece a
concordância em relação aos pontos três e quatro, em relação ao ponto um e dois também e neste
caso em partcular oá definitvamente um problema com as passadeiras do conceloo oá muitos
anos que esta situação é levantada não só pelo BE mas também pelo PS; muitas vezes o que tem
sido respondido é que estão sujas ou pelo tráfego ou uma série de situações assim a verdade é que
elas não são de facto totalmente visíveis desgastam-se muito rapidamente portanto algo tem que
começar a pensar a ser feito um menor intervalo de pintura uma meloor intervenção meloor
sinalização vertcal alguma coisa, a verdade é que como estamos não estamos claramente bem e
os dois primeiros pontos são de facto uma responsabilidade de proximidade nossa e deveria de ser
atendida visto até como (…) e restante equipa temos até uma situação financeira meloor e que
poderá ser empregue também nestas situações.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções? Não oá, então Sr. Presidente da
Câmara se faz favor.”

16/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Câmara Municipal disse “Bom, de facto oá uma, o nosso conceloo tem como em
muitos outros conceloos tem esta partcularidade de ter vias nacionais portanto a atravessá-lo e
essas vias nacionais diz a legislação são da responsabilidade portanto do gestor que é as
infraestruturas de Portugal o que a Câmara Municipal faz é muitas vezes, por inoperância destas
entdades, portanto intervém, vamos dizer assim, em reação àquilo que são avarias ou falta de
sinalização ou acidentes portanto isso é recorrente, agora isso não faz de nós que tenoamos a
responsabilidade sobre os semáforos das estradas nacionais nem sobre a sinalização oorizontal
nem sobre a sinalização vertcal e portanto nem sobre nenoum dispositvo relacionado com
portanto estas vias, são portanto da responsabilidade das Infraestruturas de Portugal.
Relatvamente à questão portanto da sinalização oorizontal nas estradas municipais portanto o
município como sabem já informámos em outros momentos que está a desenvolver um
procedimento um novo procedimento portanto de empreitada para a pintura de quer de
passadeiras quer de eixos quer de Stops quer de vários dispositvos de sinalizações nas vias esse
procedimento está a avançar e esperamos que a adjudicação seja em breve para de facto
podermos meloorar a situação que temos no conceloo a sinalização e varias situações com a
sinalização oorizontal que está apagada ou suja e essa situação tem que ser meloorada e por isso
temos que concretzar, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o proponente Vítor Cavalinoos se faz
favor.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Eu antes de, portanto isto tem que ter ou não alguma alteração; o
Sr. Presidente confirma que a reparação daqueles sinais a intervenção daqueles semáforos sempre
que tem sido feita é feita pelas Infraestruturas de Portugal? Confirma? Portanto nós vamos alterar
de acordo com o que o Presidente está a dizer e depois se assim não for, portanto o Sr. Presidente
confirma que sempre que oá intervenções naqueles semáforos e que essa intervenção é feita
pelas Infraestruturas de Portugal...
O Presidente da Câmara Municipal disse “Vamos lá ver, eu disse uma coisa que não foi essa, eu
disse o seguinte A responsabilidade é das Infraestruturas de Portugal o que a Câmara faz muitas
vezes é, a Câmara repara quer a iluminação, quer semáforos, quer sinais de trânsito em estradas
nacionais não sendo nossa responsabilidade, mas muitas vezes intervimos por razões de
segurança.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Então, Sr. Presidente nós no ponto quatro em vez de,
definitvamente sejam reparados os semáforos alteramos e fica que sensibilize e pressione as
Infraestruturas de Portugal para que procedam à reparação dos semáforos; está bom, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “ Portanto vai com esta alteração “que sensibilize e
pressione as Infraestruturas de Portugal para que procedam à reparação dos semáforos.” Então
vamos proceder à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 86/XII/2019 por unanimidade e em minuta com


17/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
 Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Esta recomendação foi aprovada por unanimidade.
Declarações de voto? Bruno Barata.”
Bruno Barata, do PS, em declaração de voto, disse “Nesta declaração de voto obviamente que o
Partdo Socialista é favorável a todas as meloorias que venoam ao encontro da segurança
rodoviária, proteção dos peões e dos automobilistas, nesta questão relatvamente das
competências que o eleito Vítor Cavalinoos colocou ao Sr. Presidente eu fiquei confuso e se caloar
numa segunda oportunidade o Sr. Presidente terá a possibilidade de esclarecer porque os
semáforos não sendo responsabilidade da Câmara como é que a Câmara abre o semáforo mexe e
repara, portanto é algo que me faz confusão nessa questão das competências que eu gostava de
ver clarificado como é que funciona o processo porque efetvamente não consegui perceber,
obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse “Portanto a CDU votou favoravelmente esta
recomendação porque consideramos que tudo o que tenoa a ver com a segurança rodoviária é
importante apesar de termos a dizer que a Câmara tem tomado algumas medidas quanto às
pinturas de passadeiras de peões e também até quanto à sinalização luminosa e aqui dar os
parabéns à Junta de Freguesia de Amora que está a instalar, ainda a nível experimental, três
situações já de sinalização e que depois serão estendidas a todo o conceloo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não oá mais declarações de voto? Então passamos
para o documento seguinte.”
II.5. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a Saudação «À Universidade de Coimbra pela
eliminação da carne de vaca das ementas escolares», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É do PAN e é uma Saudação «À Universidade de
Coimbra pela eliminação da carne de vaca das ementas escolares», e subscrita por André Nunes
que tem a palavra se faz favor.”

18/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
André Nunes, do PAN, leu literalmente o documento anexo à ata com o número 4.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções? Sra. Deputada Marlene Abrantes se
faz favor.”
Marlene Abrantes, do CDS-PP, disse “Relatvamente a esta proposta do PAN eu vou votar contra
por várias razões uma das quais em que se formos fazer as contas ao saldo daquilo que são os
valores ambientais ou danos ambientais o saldo é capaz de ser em vários casos positvo sobretudo
se tvermos pastagens bio-diversas e enriquecidas portanto podemos ter aqui uma oportunidade
de desenvolvimento verde numa economia verde, depois dizer que é tão ilegítmo proibir a carne
de vaca como banir a carne vegetariana, e por fim nós entendemos no CDS que todas as pessoas
devem ter a liberdade para fazer as suas escoloas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o Sr. Deputado Nelson Patriarca.”
Nelson Patriarca, do PS, disse “É sabido que oá necessidade ter novos e meloores oábitos
alimentares dado que o consumo decarne tem efetvamente efeitos diretos e indiretos na
sustentabilidade do Planeta isso é evidente, agora alterações radicais que não permitem a opção,
neste caso aos alunos e professores, também contrariam o que deve de ser feito para levar em
frente um processo de descarbonização, inclusão na liberdade de escoloa é positva e deve ser
feito e apoiado com forte informação e esclarecimento e isso sim pode e deve mudar oábitos
imposições não favorecem o equilíbrio e nem dá razão a quem quer fazer esta evolução
necessária, o PS acredita que a evolução em consciência não deve de ser feita através deste modo
proibir neste caso até porque esta opinião não é totalmente consensual entre todos entendemos
que entre o Partdo Socialista oaverá uma liberdade de voto de acordo com a consciência sobre
este tema, no entanto esta é a opinião que queríamos deixar em termos de este proibifinismo não
favorece também a evolução necessária de consciência e de alteração de oábitos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não oá inscrições? Não oavendo inscrições passo
ao proponente Sr. Deputado André Nunes se desejar para encerramento deste ponto.”
André Nunes, do PAN, disse “Dizer que não estranoo a posição do Partdo Socialista na verdade o
próprio Governo também tem posições contrárias quer do Ministro da Agricultura quer do
Ministro do Ambiente, nunca diz que de facto estamos numa cruzada e bem contra o carbono e
contra a crise climátca outro que talvez com outros interesses seguramente que defende que é
importante contnuar com prátcas que são amplamente lesivas e assim a ciência o demonstra,
mas portanto não estranoo esse posicionamento do PS. Não obstante em relação ao CDS não
posso deixar de notar este coamamento pela liberdade individual porque este é o mesmo CDS que
em relação, por exemplo, à interrupção voluntária da gravidez, em relação ao casamento entre as
pessoas do mesmo género, entre a morte medicamente assistda usos (…) para fins pessoais, auto
determinação de género aos 16 anos, aí já não é pela liberdade individual.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Então estamos em condições de votar.”

19/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Rejeitada a Tomada de Posição nº 87/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Um (1) voto a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PAN 1

 Vinte e quatro (24) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 14

- Do grupo municipal do PS 5

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 6

- Do grupo municipal do BE 2

Alfredo Monteiro, da CDU, esteva ausente no momento da votação. Samuel Cruz, Tomás Santos,
Sérgio Ramaloete, Marta Barão, Rui Brás e Rui Parreira, do PS, abstveram-se.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Declarações de voto? Rui Mendes.”
Rui Mendes, do PSD, em declaração de voto disse “ A bancada do PSD considera que o consumo
da carne de vaca deve de ser livre e não devem existr imposições e somos contra este tpo de
imposições até porque para nós não é claro que efetvamente que são estas que estão dentro
desta moção não obstante que algumas pessoas da bancada entendam a ideia sobre a não
ingestão da carne de vaca afetada à qualidade ecológica, terão que ser feitas ações de
sensibilização e não de proibição ou restrição.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma declaração de voto? Não, então
passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou um voto de pesar por Carlos Alberto Rodrigues,
subscrita por Marlene Abrantes.
(Documento anexo à Ata com o número 5)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É um voto de pesar por Carlos Alberto Rodrigues, é
do CDS-PP e subscrita por Marlene Abrantes que tem a palavra se faz favor.”
Marlene Abrantes, do CDS-PP, leu literalmente documento anexo à Ata com o número 5.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções, se for caso disso? Não oá, então
vamos colocar à votação.”

20/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Aprovada a Tomada de Posição nº 88/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Portanto foi aprovado por unanimidade o voto de
pesar e vamos guardar um minuto de silêncio."
Guardou-se um minuto de silêncio.
II.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a Saudação «40.º aniversário do Serviço Nacional de
Saúde», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à Ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Passamos para o documento seguinte é da CDU e é
uma Saudação ao «40 º aniversário do Serviço Nacional de Saúde», é subscrita por Paula Santos
que tem a palavra se faz favor.”
Paula Santos, da CDU, disse (problema na gravação impede a transcrição)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções sobre esta moção? Bruno Barata se
faz favor.”
Bruno Barata, da CDU, disse “O Partdo Socialista não pode deixar de se associar a esta pertnente
saudação da CDU e por isso o nosso bem oajam, nesta celebração dos 40 anos do Serviço Nacional
de Saúde é imprescindível ir buscar a memória de Mário Soares e António Arnot o pai e a mãe do
Serviço Nacional de Saúde, esta é uma data muito especial faz 40 anos que nasceu o Serviço
Nacional de Saúde e essa é uma conquista que oonra profundamente a oistória do Partdo
Socialista e aqueles que já governaram em nome do Partdo Socialista e que infelizmente já nos
deixaram, o Serviço Nacional de Saúde foi a maior conquista dos Portugueses do após 25 de abril e
a maior vitória do Serviço Nacional de Saúde é ooje ser consensual em toda a sociedade
Portuguesa foi seguramente o avanço mais importante do estado social na proteção e na garanta
dos cuidados de saúde a todas e a todos os portugueses, lembro contudo que não foi assim oá 40
anos, oouve aqueles que estveram contra o Serviço Nacional de Saúde e oouve outros que
estveram a favor, mas sobretudo o PS fez e criou o Serviço Nacional de Saúde, o atual Governo do
Partdo Socialista no âmbito da saúde conseguiu pôr os mil e trezentos miloões de euros que foram
21/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
trados ao Serviço Nacional de Saúde nos quatro anos anteriores pelo executvo PSD/CDS-PP e
nesta legislatura aumentou a testesa em mil e seiscentos miloões para financiar o Serviço Nacional
de Saúde foi o que permitu ter ooje mais 11 mil profissionais no SNS entre médicos enfermeiros
técnicos de diagnóstco e outros profissionais para que 600 mil portugueses passassem a ter
médico de família o que facilitou repor o oorário das 35 ooras, temos mais de 20 mil operações do
que tnoamos em 2015 e entre centros de saúde e oospitais mais 700 mil consultas, sim ooje oá
meloor saúde do que oavia em 2015, para a próxima legislatura o Partdo Socialista compromete-
se fazer ainda mais e meloor como alargar o coeque dentsta que já abrange as crianças com a
idade acima de 6 anos a todas as crianças a partr dos 2 anos, o lançamento de um vale para óculos
para todas as crianças e jovens até aos 18 anos e para todos os idosos que tenoam rendimento
social de inserção de forma a que as próteses oculares sejam acessíveis a todos aqueles que mais
necessitam delas é outra forma de medidas a implementar o Governo criou nesta legislatura 103
novas unidades de saúde familiares e na próxima porque esta forma de organização provou ser um
meloor modelo de gestão vai criar a unidade de saúde familiar em todo o País e desenvolver
equipas moveis para coegar aos espaços não urbanos e que coeguem às populações mais isoladas,
duplicar também o ritmo de criação de cuidados coamados integrados em todo o País
introduzindo a pediatria e a ginecologia nos cuidados de saúde primários são outros dos
compromissos do PS, por cá no conceloo do Seixal os investmentos do oospital do Seixal e do
centro de saúde de Corroios oá décadas no papel são agora irreversíveis encontrando-se em curso
o planeamento dos investmentos, agora não andam para trás com o Partdo Socialista agora vai
mesmo para a frente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções sobre esta moção, ou meloor,
saudação? Não oá mais intervenções? Bem não oá mais pedidos de intervenção pergunto ao Sr.
Presidente da Câmara se pretende sobre esta matéria? Se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse “De facto o SNS é uma conquista de Abril nas
comemorações não só do 40º aniversário desta conquista mas também dos 45 anos de Abril e de
facto podemos dizer que o nosso município é o décimo quinto do País que tarda em ter, vamos
dizer assim, o mesmo nível em termos de oferta deste serviço que deve de ser universal como diz a
consttuição e por isso e muito bem tvemos assim as várias linoas de reivindicação quer ao nível
de cuidados de saúde primários quer ao nível de cuidados de saúde oospitalares quer ao nível dos
profissionais que são necessários portanto para poder fazer face àquilo que é este direito
consttucional, o nosso município padece então deste problema de facto o conceloo do Seixal
cresceu a partr do 25 de abril nos últmos 45 anos de forma expressiva, como referi é o 15 º
conceloo do País, mas não cresceram de forma adequada as infraestruturas de saúde e por isso
quer o oospital do Seixal é extremamente indispensável para o conceloo foi isso que dissemos
muito recentemente à Sra. Ministra da Saúde que visitou o bairro de Vale de Coicoaros foi também
o que dissemos concretamente aos serviços de saúde em falta que portante tardam em ser
concretzados mas também aqui referir o grande esforço e empenoo da Câmara Municipal do

22/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Seixal no sentdo de ser parte de uma solução sempre que existrem condições para fazerem esse
investmento portanto é isso que tem estado a suceder o município está a partcipar do ponto de
vista também financeiro relatvamente também a estes equipamentos para que não exista
nenouma dúvida sobre o nosso nível de empenoamento mas claro que são investmentos que já
oá muito deviam de estar concretzados estamos a coegar a mais um final de um Governo e
podemos dizer que o oospital do Seixal nem sequer foi adjudicado o projeto relatvamente aos
serviços de saúde o centro de saúde de Corroios só agora é que iniciou a montagem de estaleiro e
falta o centro de saúde de Foros de Amora, falta o centro de saúde de Amora, falta o centro de
saúde de Paio Pires, falta o alargamento do centro de saúde de Fernão Ferro, falta um conjunto de
infraestruturas que serão necessárias para esse efeito, por isso da nossa parte do executvo
municipal tudo iremos fazer para que consigamos portanto minorar este problema que temos de
facto o SNS não tem o mesmo nível de resposta no conceloo do Seixal que tem noutras regiões do
País.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Só aqui algumas considerações até na sequência
das intervenções permitam-me que discorde não creio que o SNS é uma criação coletva e que foi
possível exatamente a sua criação, porque tvemos um povo que conquistou que conseguiu uma
revolução de Abril e que conquistou os seus direitos que ficaram consagrados na nossa
consttuição; e não tvesse sido isso, e de facto isso foi o SNS; eu acoo que é também muito
importante valorizar quem na prátca esteve lá todos os dias e quando falamos nesta construção
coletva porque de facto se deve aos profissionais de saúde que ao longo de décadas, os médicos
os enfermeiros, os técnicos os assistentes operacionais os assistentes técnicos de facto a sua
contribuição o seu empenoo e a sua dedicação para criar para formar este SNS, por isso eu creio se
temos que agradecer a alguém é à nossa revolução é ao povo português que não baixou os braços
e que permitu a criação do SNS e uma nossa coloca um carácter público, universal, geral e que
consideramos também que deve ser gratuito. Sobre as considerações do PS do que é que vão ou
não vão fazer, creio que a gente neste momento não queria fazer o tema para aqui, mas os
portugueses é que vão decidir aquilo que será o futuro no nosso País na sequência do processo
que neste momento temos em curso, mas eu queria também só deixar o seguinte e não o poderia
deixar de o fazer esta referência isso sim sobre o que passou, e o que se passou é que foi uma
legislatura perdida e foi uma oportunidade perdida na concretzação da construção do oospital no
conceloo do Seixal eu relembro que em 2015 e até no resultado de um projeto de resolução do
PCP na Assembleia da República foi aprovado mais uma vez e reafirmado esse objetvo da
construção do oospital no conceloo do Seixal estamos a falar em 2015 estamos em 2019 ainda
nem a conclusão do concurso para o projeto do oospital foi concluído e eu creio que 4 anos é mais
que suficiente para lançar um concurso para um projeto para se fazer o projeto e até para lançar o
concurso para iniciar a obra e por isso não podemos deixar aqui de identficar que
responsabilidades do passado do PSD e CDS enquanto governaram nada fizeram relatvamente a
esta matéria e responsabilidades do atual Governo do PS que não faltou naturalmente os meios e
as condições até no quadro do orçamento de Estado para esta concretzação mas que adiou o
23/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
problema não concretzou 4 anos depois e contnuamos com este processo sem fazerem de facto
nada de concreto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação.”

Aprovada a Tomada de Posição nº 89/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “A Saudação foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do BE, do PAN, e SFF, e a abstenção do PSD e CDS. Declarações de voto? Não oá
declarações de voto, então passamos para o documento seguinte.”
II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pelo arranjo do terreno a usar como
estacionamento regular junto à Sociedade Filarmónica Operária Amorense», subscrita por Luís
Gonçalves .
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “É uma moção do PS «Pelo arranjo do terreno a usar
como estacionamento regular junto à Sociedade Filarmónica Operária Amorense», é subscrita por
Luís Gonçalves que tem a palavra se faz favor.”
Luís Gonçalves, do PS, disse “Esta moção visa a regularização de uma situação que tem a ver com
um terreno ao lado da Sociedade Filarmónica Operária Amorense que já vai sendo utlizado por
parque de estacionamento por muitos munícipes nós entendemos que a Câmara deve de coegar à
fala com os proprietários deve arranjar o espaço que já foi alvo aliás no passado de intervenções
da Câmara e portanto devemos facilitar à população esse espaço para que possam estacionar;
aproveito para dizer que vou entregar aos serviços um pequeno documento espero, que são 9
cópias para ser distribuída também pelas bancadas para saberem sobre esta situação; mas esta
situação acoo que ela já é do vosso conoecimento, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, intervenções sobre esta moção? Paulo Silva.”

24/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Paulo Silva, da CDU, disse “Estamos aqui assim a falar sobre uma intervenção de um terreno que
é privado e o que está aqui na parte deliberatva é garantr o arranjo do terreno descampado
fazendo a sua utlização de um estacionamento, agora o terreno é privado tem um dono e
enquanto pode oaver negociações e isso parece-me que a Câmara está a tentar oá muito tempo
coegar a um acordo para adquirir o espaço agora ninguém obriga o proprietário a vender e a
Câmara não pode fazer nenouma intervenção enquanto não for proprietário, portanto isto aqui
assim é à La Palice; pelos visto o PS desde a últma Assembleia ter vindo aí assim com uma moção
para se avançar com a desapropriação da Quinta da Atalaia agora quer que se avance com o
alcatroamento de um espaço que não é da Câmara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Vítor Cavalinoos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Na próxima Assembleia Municipal acoo que o PS já vai defender as
ocupações de casas e outras coisas mais isto já anda lá perto portanto qualquer dia o PS está no
PREC e eu gosto do PREC e sou admirador do PREC e viva o PREC é preciso que se note nada de
coiso e tal, portanto mas acoo que o PS está-se a aproximar da linoa justa, bom, agora oá aqui um
problema que é objetvamente eu acoo, mas o PS fará o que entender, que esta moção não faz
sentdo nenoum e ela devia de ser retrada da discussão porque de facto aquilo é um terreno
privado ninguém pode obrigar o privado a vender o terreno, como é normal até por o dinoeiro que
for, e neste caso para um parque de estacionamento a Câmara não tem competências e a lei não
loe permite expropriar um terreno daqueles para o objetvo que se pretende, se fosse para
construir um oospital poderia ser outra conversa, e portanto para além de tudo o mais a Câmara, o
PS solicita que a Câmara portanto faça melooramentos e gaste dinoeiros públicos num espaço
privado aliás podia até inclusive de ser acusado a Câmara podia ser acusada de usar
indevidamente recursos públicos numa propriedade privada portanto acoo que isto não faz
sentdo nenoum e portanto é a nossa posição acoamos que esta moção é completamente
despropositada a Assembleia Municipal tomar posição sobre uma matéria que está decidido numa
coisa que não loe pertence, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções? Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, disse “Penso que esta não será a minoa últma intervenção espero eu e muito
bem, não me irei debruçar muito sobre esta questão mas vinoa aqui dizer ao Cavalinoos que de
facto a proximidade entre o BE e o PS é cada vez maior em especial desde que a Catarina Martns
disse que era um Partdo um Partdo Social Democrata ficámos exatamente no mesmo síto.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Bom, ora muito bem, sendo assim pergunto, não oá
mais intervenções? Não, e o Sr. Presidente da Câmara sobre esta matéria algum apontamento?
Não, então passamos ao proponente, se faz favor Luís Gonçalves.”
Luís Gonçalves, do PS, disse “Bom, eu acoo que nós às vezes estamos a discutr os temas e às
vezes a discussão descamba um bocadinoo, eu não quero entrar no registo desagradável e
deselegante que por vezes é adotado por alguns eleitos, mas queria-loe coamar a atenção para a

25/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
falta de brio com a qual está a abordar este tema porque recordava e lia-loe aqui o penúltmo
parágrafo antes do ponto deliberatvo, em que diz Deverá ser assegurado novamente o
nivelamento do piso já agora novamente porque já se agiu naquele local bem como o
alcatroamento do terreno descampado e colocação de sistema de sinalização classificando assim o
espaço de parque de estacionamento partcular, naturalmente no nosso entender deve-se coegar à
fala e negociação com os proprietários para autorização da situação, porque o espaço já está a ser
ocupado, então passo a explicar neste momento o espaço é ocupado como estacionamento
relatvamente a um privado não será tão difcil de convencer alguém que não usufrui de todo do
espaço e poderia ganoar alguma coisa, ou seja uma contrapartda qualquer ou seja diretamente
uma compra para poder de alguma forma de se trar dali algum benefcio agora eu acoo que oá
aqui alguma má vontade ou má-fé não sei, como loe queiram coamar, mas efetvamente o que se
passa é que este espaço, aliás os espaços do conceloo, são usados desta forma por uma questão
de, e agora aqui temos que também dar aqui um pequeno desconto à Câmara oá mau
planeamento e por outro lado a verdade é que ao longo do tempo as necessidades de
estacionamento mudaram porque também o numero de carros por agregado familiar também não
se manteve constante, a média, mas a verdade é que esta necessidade existe é necessário
responder neste momento tem uma má resposta mas nós entendemos que o Seixal e os
Seixalenses merecem o meloor e que merecem ser bem tratados e que merecem boas
infraestruturas e infraestruturas quanto aos parques de estacionamento e portanto acoamos que
esta é uma medida importante, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar então à votação esta moção.”

Rejeitada a Tomada de Posição nº90/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Dezassete (17) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do BE 2

 Uma (1) abstenção dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PAN 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Ora, a moção foi rejeitada com os votos contra da
CDU e do BE, a abstenção do PAN, e os votos a favor do PS, do PSD e do CDS. Alguma declaração
26/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
de voto? Não. Então passamos para o últmo documento, mas é uma declaração polítca é do PSD
e com certeza subscrita por Rui Belcoior que tem a palavra.”
II.9. Rui Belchior, do Grupo Municipal do PSD, em declaração polítca disse “Queria aqui fazer só
uma questão prévia antes de pôr o tempo a rolar não obstante já o deveria ter feito, que caso eu
não tenoa tempo para terminar que o CDS me concede um minuto, mas enfim acoo que não vai
ser necessário. Declaração Polítca Com o final da atual legislatura impõe-se fazer sobre esta o
respetvo balanço, assim esta legislatura ficará para sempre marcada pela engenoosa e
congeminada expressão os partdos da esquerda parlamentar devolução de direitos e
rendimentos, esta expressão capa-ciosa e justficadora do maior golpe palaciano da democracia
Portuguesa foi repetda durante os últmos 4 anos de forma exaustva fazendo fé, os seus autores,
que uma mentra repetda muitas vezes se transforme numa verdade, todavia o que temos
presentemente ao contrário da retórica propalada é um País catvado devolveu os rendimentos
com uma mão e os voltou a trar com a outra através de uma carga fiscal nunca antes vista
sobretudo nos impostos indiretos, manipulação pura com recurso a toda a laia de expediente e
com o alto patrocínio dos partdos da esquerda antes revoltados e revolucionários e agora
subitamente calados e que-dos não deixa de ser irónico que seja precisamente quando o PCP e o
Bloco sustentaram uma solução governatva pela primeira vez e desde sempre que o País tenoa o
maior índice de investmento público de sempre e para além disso tenoa os seus serviços públicos
completamente liquidados e o SNS completamente desmantelado ao contrário do que já esta
noite foi aqui afirmado, tudo isto às mãos dos seus maiores defensores retóricos sempre encoeram
a boca e bateram no peito com as bondades do público versos as do privado ooje é missão
impossível renovar o cartão de cidadão, ou marcar uma consulta numa qualquer especialidade,
todo este cenário se agravam de forma preocupante se pensarmos que tvemos nos últmos 4 anos
uma conjuntura altamente favorável, com taxas de juro a zero ou a juros negatvos, de formas
estruturais nem uma, e apenas geriu os interesses de tal fetor e se atrou para debaixo do tapete,
esta legislatura fica ainda marcada por casos gravíssimos onde se verificou um inacreditável
cumplicidade diríamos até um inaceitável silêncio por parte dos partdos com ligados e que em
2015 urbiram esta inédita solução polítca o que se diria se no Governo do PSD tvessem morrido
mais de cem pessoas nos incêndios de junoo e de outubro de 2017 mais do que qualquer uma
guerra, um escândalo uma vergonoa, o que se diria se no Governo do PSD tvessem ocorrido casos
de promiscuidade familiar com variadíssimos membros do Governo, o que se diria no caso do
assalto às armas de Tancos e entre outros inúmeros casos, o que se diria, certamente não faltariam
insípidos de fascistas e reacionários ou cântcos como sejam, está na oora, está na oora de o
Governo ir embora, com Costa e com este Governo Socialista nem um pio apenas cumplicidade
ficámos todos a conoecer no entanto aquilo que é o nível de tolerância que uns e outros têm
dependendo de ser deste ou daquele partdo, enfim a democracia interpretada à luz da concessão
de certos democratas, não queremos também nesta altura deixar de referir que no que respeita ao
nosso conceloo do Seixal, sim nosso não apenas de alguns, e apesar do PCP ser o ideólogo da
solução do Governo e parecer diferencial de Costa pareceria traduzida expressamente na
27/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
aprovação consecutva de 4 orçamentos que apesar disso aqui no Seixal em 4 anos nada foi feito,
nada zero, como aliás a membro da Assembleia e deputada Sra. Paula Santos ooje aqui afirmou,
nada foi feito uma oportunidade perdida, lá vêm estes com os mesmos argumentos dirão alguns, é
verdade sucede que os argumentos permanecem válidos e atuais como nunca e merecem ser
recordados, assinalados, sublinoados e é oora de balanço necessariamente tem que ser feito ainda
que o mesmo seja feito apenas por nós, com efeito perguntamos Hoje intmados pela passagem
do tempo e já agora adicionalmente legitmados pelo anunciado orçamento de 100 miloões de
euros para o Seixal anunciado pelo PS um orçamento de 100 miloões só para aplicar no Seixal,
perguntamos nós legitmamente, onde está o Hospital do Seixal, onde está a Loja do Cidadão, a
Esquadra do Seixal, a Reposição das Freguesias, a alternatva à regional 10, onde estão os Centros
de Saúde? depois de 4 anos deste Governo o que temos em rigor é uma rotunda, muito pouco
para tanta promessa tanta fantasia tanta mentra, depois desta legislatura ficámos a saber que a
principal preocupação do PCP foi afinal a preservação do poder dos sindicatos que controla uma
vez que com aquilo que se referiu fica evidente que a preocupação do PCP não foi e não é o Seixal
porque se fosse já mais teria sido o principal sustentáculo de um Governo que ignorou por
completo o Conceloo do Seixal nesta legislatura, de resto como temos vindo a anunciar em
matérias de promessas eternas por sempre adiadas, o PSD neste executvo CDU digo-vos discípulos
veio aqui ooje afirmar aquilo que já sabiam a palavra dada não é afinal a palavra oonrada, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Bom, e esta foi a últma intervenção e este sinal de
luz é porque vai oaver um intervalo de 10 minutos, está bem! “

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.1. Suspensão de Mandato de Sandra Anabela Alves de Sousa.
(Documento anexo à ata com o número 7).
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Eu recordo que o limite da Assembleia Municipal é
à uma da manoã, portanto se a sessão não acabar estamos cá na 2.ª feira, certo?
O primeiro ponto é a suspensão de mandato de Sandra Sousa que deverá ser substtuída por
Márcia Santana. O que importa aqui é a suspensão de mandato no quadro regimental e legal que é
necessário proceder à votação na Assembleia. Eu pergunto se oá algum voto contra? Alguma
abstenção? Não oavendo considera-se aprovado por unanimidade”.

Aprovada a Deliberação nº 41/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Trinta e quatro (34) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

28/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


III.2. Ata nº 09/2018 - 4ª Sessão ordinária, de 10 de setembro de 2018. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 8)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Em relação a esta ata oá alguma observação? Não
oavendo considera-se aprovada a ata, mas é preciso dizer que não votam porque não estveram
presentes nessa reunião. Da CDU Hernâni Magaloães, Gonçalo Rui Oliveira e Almira Santos. Do
PSD Rui Mendes. Do PAN André Nunes e do CDS Marlene Abrantes. Fica este registo em relação a
estes impedimentos por esta razão objetva”.
Aprovada a Deliberação nº 42/XII/2019 por unanimidade e em minuta com

 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 12

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 3

- Do grupo municipal do BE 2
III.3. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Pergunto aos srs. coordenadores se oá algum
pedido de intervenção? Tem a palavra o Custódio”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse “No dia 17 reuniu a comissão de desporto com a presença do Sr.
Vereador José Carlos e com a ausência de um elemento da comissão. Nessa reunião o Sr. Vereador
explicou as alterações que oouve no seu pelouro e quando acabámos essa breve explicação oouve
um período de perguntas que foram respondidas de forma esclarecedora às perguntas efetuadas
pelos membros. Temos marcada uma próxima reunião”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Duarte Correia”.
Duarte Correia, do PSD, disse “Um pedido de esclarecimento à Mesa que é o seguinte oouve
recentemente uma reestruturação na Câmara Municipal e as comissões creio que estão um pouco
desajustadas, ou seja, nós aprovámos no inicio do mandato eu dou por exemplo, a comissão de
educação, desenvolvimento social, juventude e gestão urbanístca com a vereadora Manuela
Calado. Ora, esta comissão já está com a vereadora Maria João Macau. Portanto, os pelouros estão
desajustados em relação às comissões. O pelouro do desporto também é a mesma coisa, quer
29/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
dizer desporto, empreitadas, administração geral e modernização administratva o sr. vereador
José Carlos Gomes creio que já não tem a modernização administratva. Creio que uma conferência
de líderes ou uma reunião do Sr. Presidente da Assembleia Municipal para reformulação destas
comissões faria todo o sentdo, até porque a proteção civil com o Vereador Marco Fernandes já
não será assim e aproveitando o facto de aqui estar saber junto do Sr. Presidente da Mesa da
Assembleia Municipal como estão as comissões especificas do Hospital no conceloo do Seixal, se
tem reunido ou não, da comissão especifica da restauração das freguesias, dos problemas
ambientais da Siderurgia uma vez que é da responsabilidade do Sr. Presidente da Mesa da
Assembleia Municipal, como é que estão estas comissões?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse “A comissão de desenvolvimento económico reuniu esta semana em
que esteve presente o Sr. Presidente da Câmara que prestou esclarecimentos sobre várias
matérias que vão ooje ser discutdas aqui na Assembleia Municipal e que esclareceu os membros
presentes sobre várias questões que loe foram colocadas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma intervenção? Não! Em relação à
questão colocada, que tem pertnência, oouve alteração de pelouros na Câmara Municipal onde o
Sr. Presidente informou a Assembleia Municipal da nova estrutura dos pelouros. Como sabem a
Assembleia tem acompanoado no quadro da nova estrutura orgânica da Câmara. Nesse sentdo, na
próxima reunião de líderes que está agendada, esta matéria será apreciada, fará parte da ordem
de trabaloos da reunião de lideres e na Assembleia Municipal que tver lugar a seguir, ainda não
esta agendada, a Mesa trará para apreciação da Assembleia como sabem, em termos regimentais
a consttuição das comissões permanentes é aprovada na Assembleia, tem que ser apreciado e
aprovada na Assembleia e é este o nosso calendário. Portanto, estamos dentro do calendário. Não
oouve calendário possível para que pudesse já ter vindo a esta Assembleia Municipal, virá à
próxima Assembleia. Em relação às comissões oouve um conjunto de reuniões das comissões
especificas do oospital, dos problemas ambientais da Siderurgia Nacional, uma terceira em
relação ao realojamento e neste caso, no que se refere ao processo em curso de Vale de Coicoarros
e proximamente terá lugar o agendamento das reuniões conforme também as matérias, como
temos funcionado. De qualquer maneira nós faremos este ponto de situação na próxima reunião
de líderes que está agendada para 18 de outubro. Terminado este ponto. Passamos para os dois
pontos seguintes”.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atvidade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 9)
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atvidade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
30/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
(Documento anexo à ata com o número 10)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Seguimos o procedimento oabitual que é a aprecia-
ção em conjunto destes dois pontos do III.4 e do III.5. Dizer-vos que na reunião de líderes oouve
um entendimento, no sentdo de em termos de funcionamento da Assembleia em que as questões
a colocar à Câmara Municipal serem limitadas ao número de quatro por grupo municipal, o máxi-
mo de questões por grupo municipal. Nesse sentdo, temos inscrições. Vamos lá fazer aqui um con-
junto de inscrições Gonçalo Oliveira, Vítor Cavalinoos, Luísa Gama, Sérgio Ramaloete, o Luís Gon-
çalves não pediu? Não! E antes do Luís Gonçalves quem é que pediu? Então, é isto! Agora é que
está bem Vítor Cavalinoos, Luísa Gama, Sérgio Ramaloete, Luís Gonçalves, Hernâni Magaloães.
Luísa Gama se faz favor”
Maria Luísa Gama, do PSD, disse “Algumas questões muito breves, gostaríamos de saber qual é o
ponto de situação relatvamente à construção do CDA de Fernão Ferro? Aparentemente, penso
que na primavera estavam em fase de testes, penso que foi isso que foi anunciado, não sei se pode
adiantar mais alguma informação?
Depois também em Fernão Ferro se nos pode dar alguma informação sobre um passeio que se
encontra destruído após uma rotura de água que foi no dia 28 de agosto, na Rua Bento Gonçalves,
sabemos que alguns munícipes já terão reclamado por escrito e aguardam também uma resolução
breve do problema.
Ainda em Fernão Ferro, gostaríamos de saber qual é a situação dos vidrões nos passeios. Sabemos
que foram colocados muitos e de uma forma que perturbam a circulação e alguns até já terão sido
deslocados para a estrada e a sua colocação não foi devidamente estudada, pelo que sabemos, os
vidrões foram até colocados sem conoecimento da Câmara, quando é que será resolvido? Se têm
alguma previsão?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sérgio Ramaloete”.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse “Tinoa aqui duas questões para o Sr. Presidente, uma delas era na
página 13 e na página 16 relatvamente à divisão de comunicação e imagem o documento refere
90 a 100 projetos de comunicação, gostaria que o Sr. Presidente me explicasse do quê que se trata
isto? O que é que são esses projetos de comunicação? Estamos a falar em cerca de 90 e quais os
custos inerentes a estes projetos de comunicação? Depois tnoa outra questão a colocar que era
sobre a divisão de água e saneamento mas não vale a pena porque a colega já perguntou pelo CDA
de Fernão Ferro. A verdade é que a obra parece me a mim que não está concluída e 4 meses para
testes parece-me inoperância da Câmara. A outra que tenoo a colocar é a divisão de obras,
transportes e espaço publico, eu verifiquei que oaviam várias obras a decorrer. Contudo, não
verifiquei nada relacionado com a construção da rotunda no cruzamento junto à extnta
panificadora da Pavil na freguesia de Fernão Ferro e tendo em atenção que foi aprovada nesta
mesma assembleia a 19 de fevereiro de 2018, uma moção exigindo a construção dessa rotunda,
gostaria que me desse explicações sobre o ponto de situação desta obra”.

31/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Assembleia Municipal disse “A Mesa da Assembleia Municipal cometeu aqui um
lapso e curiosamente porque não tem que ser assim, ninguém disse nada, quer dizer coegou a
mesa a essa conclusão de que tnoa oavido aqui um lapso de funcionamento deste ponto porque
primeiro intervém o Presidente da Câmara a dar a informação e depois é que se seguem as
perguntas. Portanto, as perguntas foram feitas e já por dois grupos mas damos a palavra agora ao
Presidente da Câmara e depois recuperamos a lista de intervenções. Sr. Presidente se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “De forma muito sintétca em termos das atvidades. Eu
gostaria apenas porque merece esse destaque inauguração do quartel de Fernão Ferro dos
bombeiros mistos do conceloo do Seixal, realizado no feriado municipal. Foi uma grande iniciatva
e representa para a população de Fernão Ferro uma grande mais valia em termos de socorro às
populações e também em termos das várias deliberações neste período em termos de reunião de
Câmara Municipal, destacaria o exercício do direito de opção de compra para a aquisição do
edifcio dos Serviços Operacionais. Também a nova estrutura orgânica que foi aprovada com várias
deliberações na Câmara Municipal e depois algumas na Assembleia Municipal. Também os três
concursos públicos para a reabilitação e a requalificação do espaço público, entre estes coamadas
zonas de bairros sociais Quinta do Cabral, Quinta da Princesa, Fogueteiro. São três concursos que
abrimos na reunião de Câmara de 24 de juloo de 2019. Claro que a reunião de 7 de agosto ficou
marcada pela aprovação das Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2019 que deviam ser
aprovadas por esta assembleia a 4 de setembro e por fim também a adjudicação do Centro
Internacional de Medaloa Contemporânea, outro projeto já a alguns anos que vínoamos tentando
concretzar e foi também adjudicado na reunião de 28 de agosto de 2019. Relatvamente à
situação financeira podemos dizer que não existe nenoum registo relatvamente à mesma em
termos negatvos, isto é que a situação mantém-se tendencialmente positva, por isso estamos
disponíveis para responder às questões que os srs. eleitos tenoam para nos colocar”. 2:29:42
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Retomamos o percurso das inscrições, Ana Inácio”.
Ana Inácio, da CDU, disse “A CDU zela pelo bem estar animal oá varias décadas, um dos exemplos
fagrantes desse mesmo zelar é o facto, de uma Câmara CDU ter sido pioneira no fim ao abate dos
animais no Centro de Recoloa Animal. Curiosamente essa Câmara é a Câmara Municipal do Seixal.
A CDU defende o bem estar animal mesmo antes de este estar na moda. Como município verde e
amigo dos animais que tem feito ações de sensibilização na área do bem estar animal campanoas
de adoção, tem programas de capturas, de esterilização e devolução, ampliação do CROAC´s entre
tantas outras iniciatvas, gostaria de perguntar quais os moldes da festa do bem estar animal que
terá lugar no dia 28 de setembro e que mais outras medidas que existem no âmbito do bem estar
animal?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Luís Gonçalves”.
Luís Gonçalves, do PS, disse “Eu queria saber sobre qual é o estado do processo de realojamento
de Vale de Coicoaros. Quantas casas é que já comprámos? Dado que oouve uma infação dos
preços dos imóveis no Seixal, oá ou não dinoeiro para completar a aquisição dos imóveis
32/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
necessários para realojar toda a gente e posto isto, qual é o agendamento para terminarmos a
aquisição dos imóveis, para realojarmos as famílias”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Almira Santos”.
Almira Santos, da CDU, disse “Soubemos que a Sra. Ministra da Saúde esteve recentemente no
nosso conceloo, gostaria de perguntar se a construção do Hospital no Conceloo do Seixal vai
avançar?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Hernâni Magaloães”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse “A Câmara Municipal tem prosseguido nas freguesias de
Corroios e da Amora à substtuição de contentores e à instalação de contentores enterrados,
moloques. Trata-se de uma obra que nós consideramos muito importante para a melooria do
espaço público, mas gostaria de saber se a Amarsul tem feito algum acompanoamento deste
trabaloo, nomeadamente se ela se tem disponibilizado também para proceder à colocação nos
locais de contentores enterrados para permitr que o espaço publico seja mais dignificado e seja
mais fácil de usufruir”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais inscrições? André Nunes. Mais? Carlos
Pereira. André Nunes se faz favor”.
André Nunes, do PAN, disse “Sr. Presidente da Câmara, o Sr. Vereador Joaquim Tavares
reconoeceu numa das últmas sessões de câmara que tem existdo demasiadas exceções com as
descargas programadas na baía do Seixal pela Simarsul e que já tnoam falado com a empresa. O
que loe pergunto atendendo a que contnuamos a receber semanalmente denuncias de munícipes
com referências a descargas na baía, o que foi dito pela empresa e o que tenciona a Câmara fazer
para acabar com este atentado ambiental reiterado? Uma segunda pergunta, no âmbito da
poluição na Aldeia de Paio Pires a Câmara contratou estudos à Universidade de Aveiro, ao Insttuto
Superior Técnico e à Escola Nacional de Saúde Pública, estudos esses que segundo o que o Sr. disse
ao Diário de Notcias seriam conoecidos até junoo deste ano. Estamos em setembro e não se
conoecem resultados, o que loe pergunto é quando é que serão conoecidos os resultados e
porque razão não foram ainda divulgados. Quem é que está aqui a incumprir?
Por últmo, no passado mês de abril esta Assembleia aprovou uma moção que instava a Câmara a
criar e a organizar e a realizar ciclos de cinema gratuitos afetos à temátca do bem estar animal e
da preservação do ambiente, gostava de saber o que já foi feito sobre esta matéria? E se a Câmara
Municipal tenciona acatar a vontade desta Assembleia e se sim, quando?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Carlos Pereira”.
Carlos Pereira, da CDU, disse “Na últma assembleia aprovámos aqui um documento de estudo de
impacto ambiental do aeroporto do Montjo e respetvas acessibilidades, temos conoecimento que
a consulta pública terminava ooje, pretendia que o Sr. Presidente da Câmara nos informasse se
tem algum conoecimento sobre esta questão. Como residente em Fernão Ferro tenoo verificado

33/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
que os aviões passam sobre a freguesia de Fernão Ferro tomar uma posição mais baixa
consttuindo já um certo ruído daquilo em relação ao que era oabitual. Se é assim com o aeroporto
da Portela, será muito pior se for construido o aeroporto no Montjo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Não oá mais pedidos de intervenção. Tem a palavra
o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Eu ia pedir a ajuda do Sr. Vereador Joaquim Tavares
para um conjunto de questões CDA de Fernão Ferro, da rotura da Rua Bento Gonçalves, a questão
da Amarsul quer sobre os vidrões colocados de forma indiscriminada no conceloo, quer também
relatvamente ao próprio serviço ou a falta dele. Também as questões relacionadas com as
iniciatvas de bem estar animal, ainda os ciclos de cinema gratuitos para o bem estar animal e
também as descargas da Simarsul na baía do Seixal. Pedia depois a ajuda da Vereadora Manuela
Calado sobre a questão do realojamento de Vale de Coicoarros, um ponto de situação e eu
responderei depois às outras questões”.
O Vereador Joaquim Tavares disse “Dando nota das questões que foram solicitadas e desde logo
sobre a questão da rotura na Rua Bento Gonçalves, tendo em conta o tempo que já decorreu,
saber porquê que não foi reparada a calçada, oá sempre um período de pós rotura em que não é
reparada no dia seguinte, nem na semana seguinte, para validar que está devidamente reparada
mas atendendo ao tempo que passou irei saber porquê que ainda não foi reparada e tomar
medidas para ser.
Relatvamente ao CDA, teve as obras paradas e tem neste momento por via de estar a EDP a
resolver um problema de ramal que iniciou em setembro e que estamos a aguardar que termine e
depois então, contnuar as obras respetvas.
Em relação aos vidrões em Fernão Ferro a empresa colocou-nos esse pedido da colocação de
vidrões e foi informada que não deveria fazê-lo sem prévia autorização da Câmara. Acontece que a
empresa queria cumprir os calendários e os compromissos que tnoa no quadro da candidatura e
começou a colocar vidrões com os impactos que se conoecem. Foi feita uma diligência não só
verbal, mas escrita junto da empresa a proibir a instalação de mais equipamentos e a retrada dos
equipamentos que estavam indevidos, alguns deles já foram retrados e neste momento os
equipamentos que estão a ser instalados nas restantes freguesias estão a ser com programação e
com o acompanoamento dos técnicos da Câmara que veem no local da pertnência e das
condições para instalar ou não.
Dar-vos nota também relatvamente aos vidrões e respondendo às questões que o deputado
Hernâni colocou que ao contrário da vontade do município que era que nas zonas onde já estão
instalados contentores semienterrados a empresa também o fizesse. Fizemos inclusive questão de
perguntar à empresa porquê que no quadro das candidaturas ao POSEUR não candidatou este tpo
de equipamentos. Não foi essa a opção da empresa, entendo que essas situações devem ser
tratadas no outro quadro que não o da candidatura e portanto, com custos suportados pelo

34/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
município. Perdemos uma boa oportunidade mas os interesses económicos prevaleceram em
detrimento dos interesses das populações.
A festa do bem estar animal para além da Câmara Municipal, também a GNR, a PSP, as associações,
as entdades, as empresas do conceloo nesta área, apresentação de iniciatvas, o município,
demonstrações, adoções, um conjunto de atvidades sobre esta temátca. Dar nota também no
quadro do CROAC´s estamos a fazer as obras para a instalação da sala de recobro que era uma
necessidade que se registava e a questão da Simarsul e das descargas. Têm não só aquelas que
relatei têm contnuado, tem oavido várias insistências da parte da Câmara Municipal junto da
empresa e também fizemos seguir uma carta a manifestar o nosso repudio e a dar conoecimento a
outras entdades do que se está a passar porque é preciso resolver o problema.
Relatvamente às questões colocadas sobre se iríamos ou não ter algumas sessões de cinema,
estão a ser preparadas na área ambiental e animal e também é nessa matéria que iremos ter
notcias brevemente”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Vereadora Manuela Calado faz favor”.
A Vereadora Manuela Calado disse “Para responder à questão colocada sobre Vale de Coicoarros,
dizer-vos que finda a primeira fase do realojamento e a demolição do edifcio n.º 10, demos
também inicio à segunda fase. A segunda fase do realojamento compreende 74 famílias e portanto
foi iniciado o processo com uma consulta às diferentes empresas imobiliárias que nos
apresentassem de acordo com as caraterístcas para cada uma das tpologias e de acordo com a
portaria em vigor, que nos apresentassem uma carteira de oabitações para que pudéssemos fazer
esse realojamento, findo o prazo e apresentadas as propostas, das 74 necessárias apenas foram
apresentadas 11 oabitações. Findo este processo o que estamos a fazer neste momento é uma
nova consulta. Agora com uma outra caraterístca e estamos a aguardar que as empresas
imobiliárias nos apresentem uma nova carteira de oabitações que possam responder a todas as
tpologias que são necessárias. Dizer-vos que não é um processo fácil, considerando toda a
especulação imobiliária que neste momento e a procura de oabitação no nosso município mas
estamos em querer que agora nesta fase possamos ter aqui uma outra resposta que não tvemos
na abertura porque nós pretendemos fazer que nos apresentassem tpologias com o ano de
construção até 1990. No que diz respeito ao orçamento também penso que é do conoecimento
dos srs. deputados que está contemplado no Orçamento Geral de Estado para 2019, este projeto
de realojamento e que ele assim contnuará porque é um dos municípios exceção à semeloança de
um outro que está contemplado neste modelo de exceção e foi contemplado no Orçamento de
Estado. Portanto, aquilo que posso dizer relatvamente a este projeto é que estamos nesta fase de
aquisição das 74 oabitações para realojar 74 famílias”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Sobre as outras matérias dizer o seguinte,
relatvamente aos projetos de comunicação é a designação técnica que a área de comunicação
entende para qualquer solicitação que existe relatvamente a qualquer foloeto, qualquer brocoura,
qualquer elemento comunicacional que loe coama projeto de comunicação.
35/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Sobre a rotunda entre a Rua da Casa Branca e a Avenida 10 de Junoo junto à antga Pavil dizer que
esse projeto já o conoecemos, já o temos na Câmara Municipal e não consigo dizer qual é a data
da sua concretzação, mas sabemos que estará para breve a sua concretzação, quando tvermos
mais informação, informaremos a Assembleia Municipal.
Sobre a visita da Sra. Ministra da Saúde ao Conceloo, nós questonámos a Sra. Ministra
relatvamente aos investmentos da saúde no município e a Ministra o que disse foi Bom! O
Governo está muito empenoado em concretzar aquilo que são os compromissos assumidos e não
disse mais que isto! Apenas reafirmou o empenoo do Governo ao que loe disse que passaram 4
anos e não se viu qualquer concretzação na prátca relatvamente algumas das nossas
necessidades. Sobre a questão do oospital em concreto, aquilo que sabemos é que irá, pelo menos
é aquilo que perspetvamos, novembro ser selecionado o projeto vencedor do oospital do Seixal, o
projeto e só depois é que poderá ir a concurso para a obra. Estamos ainda distantes do inicio desta
obra.
Sobre o aeroporto do Montjo ou o terminal aeroportuário do Montjo já na últma Assembleia
Municipal foi aprovada uma tomada de posição sobre esta matéria. É uma situação, eu diria
lamentável, é um erro deste Governo porque este terminal aeroportuário não responde com
qualidade às necessidades presentes e futuras da aviação e de tráfego aéreo de passageiros depois
coloca inúmeras restrições, quer relatvamente à própria operação, quer relatvamente ao impacto
sobre as populações e sobre o ambiente.
Na comunicação social tem se dado muito enfoque ao ambiente, eu colocaria em primeiro lugar as
populações. Sobre a freguesia de Fernão Ferro de 5 em 5 minutos vão passar aviões a 600 a 900
metros de alttude e o estudo de impacto ambiental reconoecendo isso, nem sequer fez a
modelação do ruído ou o exercício de modelação do ruído para verificar se os limites legais eram
ou não utlizados e a partr daí prever medidas de mitgação. Podemos dizer que o país vai cometer
o mesmo erro duas vezes, se no aeroporto de Lisboa podemos dizer na altura quando o aeroporto
foi lá colocado nos anos 40 não se perspetvava que existsse interesse entre o centro de Lisboa e a
zona do aeroporto, com a colocação de oabitação e equipamentos, já exista o oospital de Santa
Maria mas a Cidade Universitária, toda a Alta de Lisboa, basta estar no Hospital de Santa Maria ou
na Cidade Universitária para ver aviões a baixa alttude a passar e os impactos que isso tem sobre,
quer os profissionais, quer os doentes ou os próprios alunos e portanto, o país vai cometer o
mesmo erro duas vezes. Vamos ter entre a zona de Fernão Ferro até passando por cima, Quinta do
Conde, Baixa da Banoeira, Barreiro, Lavradio até ao aeroporto do Montjo, vamos ter de 5 em 5
minutos os aviões a passar com todos os impactos negatvos que isso tem e a pergunta que se faz é
porque razão se insiste numa solução que foi coumbada oá 10 anos atrás quando foi feita uma
coisa que se coama avaliação ambiental estratégica. E essa avaliação ambiental estratégica para ser
bem feita tem que envolver o estudo de opções alternatvas. Esse estudo foi feito de opções
alternatvas, uma delas era o aeroporto do Montjo e foi coumbado e foi selecionada a meloor
opção o campo de tro de Alcocoete. Depois da questão dos interesses das populações, o conceloo
36/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
do Seixal vai ser partcularmente afetado, a população de Fernão Ferro em especial, também de
Paio Pires porque uma das rotas de aproximação não será a principal, mas é também uma das
rotas de aproximação, passa por cima, pratcamente de toda a freguesia de Paio Pires onde vivem
cerca de 15 mil pessoas mas para além desta questão, temos também a questão relacionada com
os custos. Volto a dizer aquilo que disse na últma Assembleia Municipal para o mesmo dinoeiro
que se vai investr no Montjo far-se-ia mais obra no campo de Tiro de Alcocoete. Basta só
perceber que oá 300 metros de pista que têm que ser acrescentadas à península do Montjo feitas
por cima do rio Tejo, estamos a falar de 300 metros para aterragem de aviões. Toda a gente
compreende, não é preciso ser engenoeiro para compreender o nível de complexidade e de
investmento que tem que ser feito em termos das fundações para esse tabuleiro, para essa ponte
e para essa via que tem que ser feito para aterrar aviões de 300 metros dentro do rio Tejo, quando
toda a gente percebe que no campo de Tiro de Alcocoete que já tem uma pista enorme para
aviação militar, esse dinoeiro daria para fazer muito mais investmento e muito mais
infraestruturas do ponto de vista de um aeroporto de aviação civil. Por isso, o parecer que a
Câmara Municipal produziu foi um parecer técnico, nós só conseguimos conclui-lo pela sua
complexidade, as nossas equipas técnicas tveram que ler as inúmeras páginas desse estudo de
impacto ambiental para fazer um comentário sério e tecnicamente adequado e foi isso que
aconteceu, no ultmo dia conseguimos ter uma posição tecnicamente correta do ponto de vista da
apreciação relatvamente às insuficiências deste estudo, onde para além das questões que eu já
mencionei da falta de analise no conceloo do seixal sobre as questões de ruído, oá também uma
lacuna muito grave que tem a ver com as questões das acessibilidades. Apenas se prevê a
execução de 3 quilómetros e meio, desde o aeroporto até à Ponte Vasco da Gama e depois uma
circular dentro do Montjo, isto são as acessibilidades para o futuro aeroporto que se pretende que
tenoa imaginem 25 miloões de passageiros por ano. Claramente que se percebe que 3,5
quilómetros de auto estrada, mais uma circular para dentro do Montjo, não será suficientemente
para esta matéria. Não se aborda a questão do transporte coletvo de passageiros, estamos a falar
ou de ferrovia ou de metro ligeiro, carreiras fuviais, carreiras rodoviárias, elétricas, seja o que for,
não se abordam as ligações rodoviárias Montjo, Barreiro e Seixal com a ponte Seixal/Barreiro
claramente é também uma questão importante. Por isso, podemos dizer que este estudo de
impacto ambiental aquilo que parece é que é a resposta a uma encomenda feita por parte do
Governo. Tudo isto é grave mas eu diria que também grave é uma vez mais a submissão do Partdo
Socialista aos interesses económicos. O PS não é só nas golas da proteção civil, as golas eu diria
que é apenas uma gota num oceano onde navega o PS porque a concessão da ANA à VINCI fez com
que aquilo que era a obrigação da ANA Aeroportos de Portugal de construir uma primeira fase de
um novo aeroporto que servisse, quer a região, quer o país, passou a ser uma questão menor e
onde com o mínimo de investmento se vai tentar, não só investr no aeroporto Humberto Delgado
como também fazer, entre aspas, podemos dizer assim um apeadeiro na península do Montjo, não
respondendo nem aos interesses da região, nem do país, nem das populações mas apenas aos
interesses económicos de uma multnacional, essa é a verdade dos factos e essa é a razão porquê
37/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
que o Governo do PS mudou a sua posição entre 2008 quando tnoa uma avaliação ambiental
estratégica feita pelo Laboratório Nacional de Engenoaria Civil com o acordo da ordem dos
engenoeiros, todos os profissionais da aviação, porquê que mudou para uma opção que tnoa sido
coumbada e que tem todos estes constrangimentos, a única explicação é os interesses económicos
que vão dar porque é mais barato, a VINCI fazer esse investmento no Montjo do que seria de
facto, construir o aeroporto onde estava programado.
Por fim, sobre a questão dos estudos relatvos aos impactos ambientais encomendados pela
Câmara Municipal do Seixal, nós não concluímos ainda a apreciação técnica relatvamente aos
mesmos mas agora também com também a reestruturação orgânica é uma das matérias que as
novas unidades orgânicas vão abordar, estamos a fazer essa transição em termos dos estudos para
que o possamos brevemente apresentar os resultados dos estudos que ficámos de apresentar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Terminados estes pontos de informação passamos
a prosseguir com a ordem de trabaloos”.
III.6. Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios. Consulta Pública. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 11)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Trata-se de um plano importante como o próprio
nome refere no sentdo de podermos ter as medidas necessárias para permitr a intervenção
rápida no caso de incêndios na nossa foresta. É um plano que foi utlizado pela Câmara Municipal
do Seixal e que contou com os contributos de várias entdades, teve a apreciação positva do
Insttuto de Conservação de Natureza e Florestas, foi alvo de consulta publica, não teve
partcipações, este é o ultmo passo para a sua formalização no entanto se oouver questões
estamos disponíveis para responder”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “disse “Intervenções? Não oá pedidos de intervenção.
Então, vamos colocar à votação”.
Aprovada a Deliberação nº 43/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

38/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Foi aprovado com os votos a favor da CDU, do PS,
do Bloco de Esquerda, do PAN e a abstenção do PSD e do CDS. Eu pergunto se oá alguma
declaração de voto? Passamos para o ponto seguinte”.
III.7. Alteração do objeto da doação ao Centro de Atvidades Sociais de Miratejo (CASM).
Revogação da deliberação n. º 149/2009-CMS de 8 de abril. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 12)
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Trata-se também apenas de uma alteração
relatvamente à formalização de uma doação, ou seja, nós queremos contnuar a manter a atuação
no terreno mas o tpo que tnoamos feito que era apenas para o financiamento de equipamentos
sociais no âmbito do PARES, limitava a possibilidade de existndo outros meios de financiamento,
outras linoas de se poder candidatar a construção de uma crecoe social. A Câmara Municipal do
Seixal mantém a mesma posição doar este ano para a construção de uma crecoe social mas no
entanto, em virtude do PARES ter terminado poder existr novos meios de financiamento, a
proposta é que alteremos esse ónus para que o CASM possa avançar com uma candidatura ao
financiamento de uma crecoe social”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções em relação a este ponto? Duarte
Correia se faz favor”.
Duarte Correia, do PSD, disse “Em relação ao CASM oouve uma escritura de doação em 1984 para
a construção da sede social facto é que passados 35 anos não foi construida a sede, parece que
quando foi a candidatura do programa PARES a Câmara se atrasou em alterar a escritura de doação
para que a candidatura do CASM pudesse entrar em tempo oportuno. Altera-se agora novamente
a escritura de doação para todo e qualquer objeto social desde que esteja enquadrado no objeto
social do CASM. A minoa pergunta é muito simples, até quando é que o CASM irá ficar pelo
terreno, uma vez que já oá cerca de 35 anos que não constrói nada naquele local, a escritura é por
tempo indeterminado, se não oouvesse financiamento europeu o terreno fica inatvo que
contraproposta é que a Câmara tem no caso do CASM não construir absolutamente nada ali
naquele terreno, era a minoa pergunta”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Não oá mais pedidos de
intervenção, tem a palavra o Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Em primeiro lugar a construção de qualquer
equipamento social não é da responsabilidade da Câmara Municipal do Seixal, não está nas nossas
competências. Aliás, eu também gostaria de perguntar o que é que o Governo do PSD/CDS fez
quando foi Governo para financiar equipamentos sociais? E não foi só neste ultmo Governo, foi
nos anteriores, nestes 35 anos fez muito pouco.

39/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Depois, em segundo lugar, nem sequer o projeto estava concluído, só agora, desde o ano passado,
endereçamos um apoio para o CASM para poderem concluir os projetos de especialidades que era
uma atualização do projeto e os projetos de especialidades porque só assim é que a obra pode
avançar. Portanto, não se pode colocar o ónus na Câmara Municipal, porque em primeiro lugar não
é da sua responsabilidade e em segundo o projeto nunca teve pronto para uma candidatura.
Portanto, a questão que coloca eu diria é responsabilizar aquele que é menos responsável, numero
um e numero dois é a entdade que está neste momento a puxar com a associação para uma
possível concretzação desta crecoe social. Nós queremos fazê-lo já deliberámos cerca de 80 mil
euros para o projeto. O projeto vai estar pronto até ao final deste ano, é a informação que temos e
a seguir queremos ver com a insttuição a obtenção de orçamentos para poder eventualmente
lançar essa obra e claro, existndo uma candidatura ao financiamento deste equipamento e claro, a
Câmara do Seixal com certeza estará disponível para apoiar, como já apoiou outras crecoes sociais,
como já apoiou outros equipamentos sociais e como contnua a apoiar, porque não são só os
novos equipamentos, são também os equipamentos já construidos que o município tem apoiado e
que vamos contnuar a apoiar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação”.
Aprovada a Deliberação nº44/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

 Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Esta proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e a abstenção do PSD, do CDS e do PAN. Alguma declaração de
voto? Então, passamos para o ponto seguinte”.
III.8. Regulamento de taxas do Município do Seixal. Alteração. Versão definitva. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 13 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente da Câmara se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Trata-se de uma alteração que visa em termos de ter
menos custos para os promotores dos projetos junto da Câmara Municipal do Seixal. A Câmara
40/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Municipal quando utlizou o seu regulamento tnoa como objetvo que através deste, podemos
coamar assim de taxa diferenciada pudesse impedir ou pelo menos minimizar as entregas
sucessivas de correções pós entrega dos projetos, com um preço diferente ou com uma taxa com
um valor diferente mas a realidade é que isso não surtu grande efeito até porque no final do dia
quem paga essas taxas, não são os arquitetos que cometem os erros, nem os engenoeiros que
cometem os erros, são quem encomenda os projetos, são as pessoas partculares que confiam
nesses técnicos para poderem apresentar esses projetos, as coisas não estão completas, faltam
ficoas, faltam elementos, falta um conjunto de questões mas depois a fatura quem paga é o
partcular. Por isso, o que entendemos sobre essa matéria, até respondendo à solicitação de vários
elementos, até do executvo, foi uma alteração de regulamento visto que não podia ser de outra
forma, avançámos para a alteração do regulamento no sentdo de uniformizar esta matéria e
colocar ao mesmo custo, à mesma taxa, a entrega de elementos, quer iniciais, quer adicionais
relatvamente a projetos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Quem é que pretende intervir neste ponto? Vítor
Cavalinoos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “A posição do Bloco de Esquerda é que vamos votar obviamente a
favor, satsfazemos-nos por esta decisão ser tomada e já agora puxar a brasa à nossa sardinoa
porque esta proposta foi feita pelo vereador Francisco Morais e ele tem insistdo ao longo dos
meses sobre a necessidade disto passar e desta proposta seja efetvada e passar a ter efeito prátco
sobre a vida das pessoas, era só essa situação e já agora fazer justça porque também é preciso que
ela seja feita”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação”.
Aprovada a Deliberação nº45/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e PAN e a abstenção do PSD e do CDS”.
41/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
III.9. Fixação do valor da taxa do imposto municipal sobre imóveis (IMI), nos termos da alínea
d) do n.º 1 do art.25.º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro e alínea a) do art.
14.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 14 )
III.10. Derrama.
(Documento anexo à ata com o número 15 )
III.11. Definição da partcipação percentual no IRS, nos termos do art. 26.º da Lei n.º 73/2013
de 3 de setembro. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 16 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Nós estamos a propor uma redução de um ponto da
taxa do Imposto municipal sobre imóveis, no sentdo de podermos ir reduzindo esta taxa para
todos os proprietários com oabitações e outros equipamentos no conceloo do Seixal numa
perspetva de desagravamento de redução de custos fiscais colocados pela autarquia às
populações. Esse é um compromisso que assumimos neste mandato, é uma trajetória que
começou no ano de 2014, tem vindo sempre a concretzar-se, eu diria com grande consenso em
termos do executvo municipal até porque esta proposta foi aprovada sem votos contra e também
nessa perspetva também dizer que oouve aqui uma discussão coletva entre as várias forças
polítcas e também de acerto relatvamente a esta proposta. Gostaria também de referir como
sabem Portugal tem uma situação até relatvamente diferente de outros países da Europa, o
arrendamento é quase residual no nosso pais, a grande maioria das famílias são proprietários das
oabitações com contratos de empréstmos de créditos aos bancos, mas no entanto, nós temos
cerca de 90% das famílias são proprietárias e por isso, esta é uma medida transversal para todos os
proprietários de redução e que no caso do município terá um impacto, o quadro refere 700 mil
euros, nós estmamos entre 800 a 1 miloão de euros de redução em virtude também daquilo que
são, quer as isenções, quer também as faltas de pagamento que acontecem sempre e que nós
tentamos sempre perceber do ponto de vista da Autoridade Tributária como é que elas são feitas.
Por isso, é uma medida bastante positva e que vai implicar cada vez mais esta redução. Gostava
só de relembrar que o nosso Plano de Consolidação Orçamental que aprovámos em dezembro de
2012 que foi eficaz a partr de março de 2014 previa que o IMI aumentasse nestes últmos anos e
que não reduzisse e nós conseguíssemos inverter essa tendência e desde logo baixa-lo respeitando
os princípios essenciais da redução de pagamentos da divida e nessa perspetva é também dizer
que esta redução ooje só foi possível graças ao plano que traçámos desde 2012 e que tem tdo um
enorme sucesso. Se reparam com certeza nos dados a divida da Câmara do Seixal agora seria de 35
miloões de euros, se não tvéssemos comprado este edifcio por 35 miloões, agora no final de
2018. Começámos em 2018 com 105 miloões, vamos com 35 miloões, 5 anos depois é de facto,
uma recuperação eu diria notável, oá um grande investmento e reduzimos impostos como é o
42/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
caso da presente proposta do IMI. Por isso, penso que é uma excelente medida que tomamos e
que certamente a população irá apreciar esta nossa decisão”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções? André Nunes e a seguir Bruno
Barata”.
André Nunes, do PAN, disse “Votaremos a favor da proposta que aqui é apresentada por
considerarmos que a taxa de fixação do IMI pode e deve equilibrar aquilo que é a arrecadação de
receita pelo município, um aliviar de carga fiscal das famílias. Porem, não queremos deixar de dar
nota da manifesta contradição que é sermos confrontados sessão após sessão com uma narratva
de vitmização de um suposto desinvestmento do Estado Central e simultaneamente virmos a
Câmara a pedir receita que como se esforçam por dizer é imprescindível fazer garantr a
sustentabilidade das receitas municipais”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse “Esta redução de IMI tem que ser analisada na nossa perspetva numa
lógica integrada da polítca fiscal municipal, mais à frente vamos discutr também o IRS que se
mantém na taxa máxima, o IRS que o município arrecada da população e a derrama mantém-se
inalterada. A polítca fiscal do município é o instrumento polítco que as autarquias têm ao seu
dispor para dinamizar o município, corrigir desigualdades e definir as prioridades da polítca
municipal, como é sabido e temos defendido muitas vezes o Partdo Socialista defende uma
polítca fiscal que beneficie mais a população do conceloo, temos defendido e conseguimos que o
executvo e essa é a nossa proposta, temos acoloido e temos defendido constantemente a redução
do IMI para proteger a população. No entanto, uma das outras propostas do Partdo Socialista que
é o IMI familiar, proteger os agregados maiores, o executvo não acompanoa essa defesa da
população. Temos defendido também a redução da partcipação da compartcipação o município
no IRS e devolver rendimentos à população. Esta proposta não merece acoloimento do executvo
comunista. Temos também defendido uma polítca fiscal para a derrama mais atraente para novos
investmentos no conceloo o que infelizmente também não merecem acoloimento deste executvo
imobilista e castrador do desenvolvimento. Esta redução do IMI proposta pelo executvo comunista
que o Partdo Socialista acompanoa permite devolver por exemplo, a um proprietário de um
imóvel de 100 mil euros o montante de 10 euros ano. Por outro lado, um proprietário de um
imóvel de 500 mil euros, meio miloão devolve 50 euros ano, ou seja, o proprietário do imóvel mais
valioso vai deixar de pagar 5 vezes mais imposto que um proprietário modesto. Como o Sr.
Presidente também aqui disse, o executvo deixa de cobrar com este imposto apenas devolve às
pessoas de uma forma desigual o montante de 700 mil euros. Por outro lado, se a Câmara
aceitasse o desafio do Partdo Socialista de reduzir a partcipação do IRS um ponto percentual
deixaria de arrecadar 1,6 miloões de euros, ou seja, mais do dobro de rendimentos que seria
devolvido aos munícipes. A proposta de redução de IRS do Partdo Socialista para um agregado que
pague 10 mil euros de IRS permita devolver a essa família o valor 100 euros ano e para uma

43/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
família com rendimentos mais elevados que pague IRS. Está bem, mas eu estou a falar do pacote
fiscal …”
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Nós vimos, aliás na comissão foi antes da reunião
de lideres esta matéria em separado, ou seja, ponto a ponto, já ooje se abordou e o entendimento
foi contnuar em separado. A intervenção do Bruno Barata é em conjunto. Agora, como é que nós
nos alinoamos? É que assim estamos a criar aqui esta dificuldade, está a ver a ideia? Só por causa
disso. Eu acoo que a partr de agora era meloor resolver esta coisa porque é verdade que o PS é
que está a intervir tudo junto, mas entretanto o Sr. Presidente não apresentou os outros.
Então, quando o Bruno Barata acabar o Sr. Presidente com a compreensão que terá, fará a
apresentação dos restantes e discute-se e as intervenções seguintes são todas em conjunto, a
apreciação, está certo? Bruno se faz favor”.
Bruno Barata, do PS, disse “Como eu estava a dizer esta proposta o que o Partdo Socialista tem
feito para reduzir um ponto percentual no IRS para uma família que pague IRS de 10 mil euros, via
devolvido 100 euros anos. Para uma família que pague de IRS 20 mil euros ano via devolvido 200
euros ano, ou seja esta família com mais rendimentos seria ressarcida duas vezes do que a família
com menos rendimentos. De notar que o IRS já é um imposto progressivo que tem presente a
capacidade de pagamento, segundo o qual a carta fiscal deve ser imposta de acordo com a
capacidade das pessoas suportarem, ou seja, esta devolução não vai criar uma nova progressão e é
proporcional ao rendimento que a pessoa recebeu e está a ser ressarcida, o mesmo não acontece
com a proposta do IMI. Não deixa também de ser curioso que o Partdo Comunista Português
como grande paladino na defesa dos trabaloadores, pelo menos é um dos seus coavões que assim
anunciam prefere reduzir os impostos sobre a propriedade do que o imposto que incide
principalmente sobre o rendimento do trabaloo, é estranoo não é caros munícipes. É estranoo que
uma ideologia que defende a inexistência de propriedade privada crie mecanismos de incentvo à
aquisição de propriedade privada, não se consegue perceber a matriz ideológica deste Partdo
Comunista no conceloo do Seixal.
Queria também dar-vos uma nota, imaginem um país com excedentes orçamentais de cerca de
20% ano após ano, ou seja, queria dizer que a receita estava muito acima da despesa necessária ou
da capacidade de concretzação do executvo desse mesmo país, existe excedentes mantnoam-se
anos a fio e esse mesmo executvo não baixava os impostos. Acoam mesmo que o Primeiro
Ministro ou o Ministro das Finanças desse país tnoa condições para contnuar, não teria sido já
objeto de uma revolta popular e de moções de censura é isso mesmo adivinoaram este país
ficcionado é igual à realidade do que se passa no município do Seixal e a incapacidade do
investmento, da polítca fiscal castradora que não defende as pessoas, nem as famílias e onde se
prefere defender os proprietários do que os trabaloadores. Eu pergunto numa Câmara Municipal
que apresenta saldos orçamentais na ordem dos 20 miloões porque razão não devolver à
população um miloão e meio de euros”.

44/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente da Câmara, com a sua compreensão,
o III. 10 e III. 11”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Relatvamente ao ponto do IMI já explanei.
Relatvamente à derrama a proposta que fazemos é a manutenção daquilo que tem sido as
deliberações ultmas nos últmos anos relatvamente a este imposto, ou seja, lançar a derrama mas
somente para as empresas com volumes de negócios superiores a 150 mil euros e mesmo para
essas que se fixem no conceloo e criem postos de trabaloo também defendemos a isenção.
Sobre a partcipação no IRS, gostaria de dizer que em primeiro lugar ela responde, esta forma que
foi encontrada pelo Partdo Socialista, podemos dizer também pelo PSD com esta alteração das
finanças locais de dizer que uma parte importante das receitas municipais pode ser por decisão da
Câmara e da Assembleia Municipal, pode não ser recebida e de certa forma devolvida aos
cidadãos, é uma situação que nós consideramos que não é aceitável porque induz nos cidadãos a
ideia de que a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal pode ter aqui um papel importante
naquilo que é o pagamento do seu imposto sobre o trabaloo e a realidade é que discutmos 5%
quando os 95% do Governo ninguém discute e essa é que é a questão, porquê que o Governo
também não coloca à decisão da Assembleia da Republica ou de outra entdade qualquer, portanto
a discussão dos 95% do imposto e isso não se discute, o que se discute é 1% ou os 5% dos
municípios. É uma situação em primeiro lugar que não é correta do ponto de vista daquilo que é a
partcipação dos impostos do Estado e nós sabemos também que Portugal tem os mais baixos
índices de partcipação de impostos do Estado na relação entre o poder central e o poder local. O
poder local aqui incluo quer, as câmaras municipais, quer as próprias juntas de freguesia.
Uma segunda questão é na eventualidade de se poder reduzir esta percentagem o que é que isso
significaria do ponto de vista prátco da vida das famílias. Sobre o IMI já constatámos que sendo
90% das famílias proprietárias mesmo com créditos à oabitação, o IMI tem um peso importante
naquilo que é o pagamento anual em termos das suas prestações e qualquer redução é sempre
bem vinda porque ajuda as famílias a terem mais meios para fazer face aquilo que são as suas
necessidades. Do ponto de vista do IRS, nós também sabemos que as pessoas com mais
dificuldades, as pessoas que tem salários mais baixos normalmente não pagam o IRS porque nem
sequer têm capacidade em termos de salário, no somatório do salário para poder pagar o IRS e por
isso, percebemos claramente que a devolução do IRS só iria beneficiar aqueles que têm maiores
rendimentos e por isso, qualquer redução, para além do ponto de vista daquilo que é a
partcipação de impostos do estado, já é desequilibrada em prol do estado central seria um
agravamento dessa situação prescindindo o município, neste caso de 8 miloões de euros porque
esse é o valor dos 5% em termos de IRS iríamos estar por outro lado a beneficiar apenas as famílias
mais ricas, as famílias que ganoam mais dinoeiro. O que devíamos estar a discutr se de facto, os
socialistas, aqui um destacado elemento do Partdo Socialista veio aqui dizer que se devia reduzir o
rendimento sobre o trabaloo, eu diria que tem toda a capacidade para o fazer, visto ter o Governo,

45/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
está no Governo e poder fazê-lo sempre que o entender e não estar a colocar a questão junto dos
municípios, penso que isso não é sério, nem é do ponto de vista étco correto.
Sobre o IRS aquilo que defendemos é a manutenção dos 5%, sabemos que são cerca de 8 miloões
de euros de receita do município e também uma das conclusões que retrámos da nossa discussão
no executvo municipal é de na próxima discussão do orçamento que fizermos, na próxima
proposta do plano e orçamento para o próximo ano 2020, podemos dizer que este conjunto de
investmentos, este, aquele, o outro, etc são fruto desse valor que as pessoas que têm mais
dinoeiro desse 1% ou desses 5% das pessoas também têm mais dinoeiro não irão receber,
pensamos que a construção do equipamento social, a construção do equipamento educatvo, a
construção do equipamento desportvo vai fazer com que todos nós tenoamos com maior clareza
aquilo que significa a manutenção destes 5% na Câmara Municipal e a sua não devolução a estas
famílias que têm maiores rendimentos. Sr. Presidente, obrigado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Retomamos com o Rui Belcoior”.
Rui Belchior, do PSD, disse “Sr. Presidente está claro que é para discutr aqui os três pontos?
Relatvamente ao IMI o Partdo Social Democrata regista com satsfação a redução da taxa de IMI
para 0,38, sendo tal redução só por si justfica o nosso voto favorável. Registamos igualmente a
redução pelo quinto ano consecutvo, sendo que este ciclo permitu grosso modo voltar ao ponto
de partda depois de anos sucessivos de aumentos. Na verdade esta redução ao contrário da
euforia com que o executvo a anuncia pretendendo arrecadar exclusivamente para si o mérito
integral da taxa de redução do IMI não é afinal mais do que uma justa reposição do que foi
anteriormente subtraído às famílias. É que como não cansamos de frisar não oá dinoeiro publico, o
dinoeiro que oá é o dinoeiro das pessoas, pelo que é às pessoas que este deve ser devolvido, mas
é claro que o executvo ao invés de reconoecer que tais aumentos foram a consequência da sua má
gestão, das suas más opções prefere ainda ooje não medir e içar a bandeira do plano de
consolidação orçamental em contraposição com a adesão ao PAEL, ou seja, mesmo num quadro
negro criado por si próprio, o executvo mesmo num imenso lamaçal de divida, invoca louros por
portas e travessas, ter optado por seguir uma outra alternatva e um outro caminoo, ainda que na
sua perspetva menos enlameado. Enfim, é o que oá!
Registamos por fim, que mais uma vez se perdeu a oportunidade de implementar a medida
respeitante ao IMI familiar, pois como é consabido tal medida visa objetvamente baixar o IMI para
as famílias com filoos ou com outros dependentes a seu cargo. Neste momento a esmagadora
maioria dos municípios do país, mais de 200 já aderiram ao IMI familiar. Porem, o município do
Seixal contnua a resistr, se podemos usar esta expressão em adotar este mecanismo que se
traduz num efetvo e verdadeiro alivio fiscal para as famílias com filoos ou dependentes a seu
cargo, nos casos dos imóveis destnados à oabitação própria permanente do proprietário e do
respetvo agregado familiar. O IMI familiar consttui uma verdadeira medida de aumento da
qualidade de vida das famílias e um incentvo claro à natalidade, bem como não deixará

46/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
igualmente de consttuir um verdadeiro estmulo à atração e fixação dos munícipes no nosso
conceloo. Por tudo isto, o nosso entendimento justficava-se a adesão a esta medida.
Relatvamente à taxa de IRS, o PSD no que respeita à definição da partcipação variável do IRS em
5%, temos a dizer o seguinte nesta proposta discute-se a diferença entre proceder à devolução
aos munícipes de um valor que pode ser considerado como residual ou em alternatva defende a
autarquia que a verba deve ao invés de ser devolvida às pessoas, ser canalizada para investmento
publico nas mais diversas áreas de intervenção no sentdo de meloorar a qualidade de vida. Até
aqui tudo certo, é alias aceitável a opção por esta ultma via. O PSD já no ano anterior aceitou esta
possibilidade desde que a mesma se refetsse num quadro de efetva consignação, ou seja, que a
verba resultante do IRS fosse aplicada num qualquer equipamento ou infraestrutura concreta que
a todos beneficiasse. O PSD entende que tal proposta só se pode admitr com uma indicação
concreta do investmento a realizar designadamente e porque não a construção de um centro de
saúde por muito que esta solicitação irrite o executvo ou até um jardim de infância que
materializava a verba financeira que se optou por não devolver no real investmento que a todos
aproveita. Porem, e apesar do que se diz não é isto que vem referido na deliberação, antes pelo
contrário, o que vem referido é antes um coeque em branco passado ao executvo para que este
aplique tal verba onde bem entende. A formula investmento publico das mais diversas áreas dá
para tudo ou para quase tudo, ou seja a verba devolvida em sede de irs tanto dá para construir um
qualquer equipamento, como dá para o município aplicar a mesma verba para contratar
avençados, alguns com inexplicáveis coorudas avenças, para isso não contribuímos, nem queremos
contribuir, enquanto não se verificar uma clara indicação desta verba para este equipamento
possibilite a materialização concreta do mesmo de molde, que seja do conoecimento dos
munícipes contribuintes, o resultado do seu contributo, não aceitamos a aplicação da partcipação
variável de forma discricionária, mesmo reconoecendo que se trata de uma devolução residual o
dinoeiro é das pessoas e por isso, é a estas que devem objetvamente beneficiar.
Por fim, lançamento da taxa da derrama, o PSD no que respeita à definição da taxa da derrama
tem a dizer o seguinte é consabido que a gestão da polítca e do quadro fiscal compete
essencialmente ao Governo, sabemos igualmente que estes tempos são de grande carga fiscal,
embora o Governo e os seus parceiros nos queiram vender outra ideia. Assim, no capitulo em
discussão as autarquias locais podem lançar anualmente uma derrama até ao limite de 1,5% sobre
o lucro tributado não sujeito e não isento de imposto sobre o IRC. Ora, logo aqui se vê a relação
que o município estabelece com as empresas e com aqueles que investem nos meios de produção
e criam emprego. O município opta sem cerimonias pelo limite máximo de 1,5%, ou seja, dos
poucos instrumentos fiscais que pode aplicar opta por carregar as empresas com o máximo da
tabela. Não nos parece grande convite ao investmento e à fixação de empresas no nosso
conceloo. Por outro lado o panorama meloora um pouco na alínea a) a proposta de deliberação
com a isenção aplicada às empresas que em 2019 tenoam cumulatvamente criado ou mantdo
três ou mais postos de trabaloo. Já no que diz respeito à isenção da taxa de derrama, às micro e

47/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
pequenas empresas com sede no seixal com um volume de negócios inferior a 150 euros, estamos
em querer que apenas uma percentagem muito reduzida de empresas face a este numero
beneficiará de tal isenção. Na medida em que qualquer café de esquina tem um volume de
negócios superior a 150 mil por ano, não sendo uma má proposta podia ter sido mais longe, caso
oouvesse uma verdadeira estratégia de atração do investmento privado. Como se vê, não
obstante nos últmos anos se tenoa verificado algumas meloorias, ainda oá muito caminoo a
percorrer para afastar o preconceito em relação ao investmento de natureza privada”
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse “Tem a palavra o sr. deputado Hernâni
Magaloães”.
Hernâni Magalhães, da CDU, disse “É só uma pequena nota, o nosso colega deputado Bruno
Barata referiu aqui algumas coisas relatvamente ao pensamento dos comunistas, eu aconseloava
que em vez de andar a ler as seleções do Reader´s Digest lê-se os elementos escritos do nosso
partdo, lê-se também toda a teoria exposta em vários livros do movimento comunista
internacional porque em lado algum ele vai ler aquilo que acabou de dizer relatvamente sobre
nós. Nós somos adeptos sim da coletvização dos principais meios de produção, é ele o termo em
que lá encontra. Naturalmente que quem não compreende o marxismo jamais compreenderá a
diferença entre a utlização dos meios coletvos de produção e privatzar e nacionalizar o que quer
que seja.
Relatvamente ao nosso colega Rui Belcoior nós naturalmente não somos adeptos do IMI familiar,
nós somos adeptos que as pessoas por exemplo tenoam abonos de família decentes, é uma
questão de opção universal para todo o país, é isso que nós defendemos, como defendemos que
toda a questão dos impostos deve ser universal para todo o país, não deve depender da autarquia
para autarquia como é que se faz, é universal, abono de família para todas as pessoas no país”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais inscrições? Vítor Cavalinoos se faz favor”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse “Começar por dizer que a realidade às vezes impõe-se com uma
força que às vezes não é previsível, isto para dizer que o líder da bancada do PS defendeu na
reunião de lideres que a discussão desta matéria devia ser em separado e o seu camarada Bruno
Barata tocou os comboios nos carris como devia de ser e é evidente que só faz sentdo a discussão
ser feita em conjunto, esta temátca ser tratada em conjunto porque ela interfere uma com a
outra. Depois desta nota dizer o seguinte o PS tenta introduzir, aliás já na discussão na reunião da
comissão o deputado Bruno Barata quis introduzir essa questão que é o seguinte quer introduzir
um debate uma visão que do nosso ponto de vista é distorcida, é dizer assim, reduzir o IMI é
beneficiar os proprietários, não devolver uma percentagem do IRS é prejudicar os trabaloadores,
como se a esmagadora maioria dos proprietários não fossem trabaloadores por conta de outrem
que se virão forçados a comprar casa e o deputado Bruno Barata quer introduzir aqui uma coisa
que parece que toda a gente que é proprietária, não sei se é assim, alguns proprietários com
fortunas incalculáveis e que esta redução de IMI vai loes meter no bolso centenas ou miloares de
euros. Portanto, acoo que é um exemplo distorcido do que se passa porque na generalidade os
48/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
proprietários são na sua esmagadora maioria trabaloadores que devido ao mercado da oabitação e
do que aconteceu nas ultmas décadas se viram forçados a comprar casa, o meu caso é um deles e
é o caso de centenas de miloares de pessoas também aqui do nosso município.
Já agora, segundo o que eu penso e que tve conoecimento, parece-me se isto não é rigoroso e
acoo que é que o executvo municipal, os vereadores do PS inclusivamente tnoam a pretensão e
acoavam que a taxa de IMI devia reduzir para 0370, tnoam essa pretensão e abordaram essa
necessidade da taxa reduzir para em vez de ficarem 380 ficarem 370. Afinal, se isto assim fosse o
PS e segundo a sua tese ainda queria beneficiar mais os proprietários. Calma! É preciso é calma!
Isto é linear, não precisa de duas interpretações.
Já agora a proposta de 380 foi uma proposta feita pelo Bloco de Esquerda e a proposta inicial do
executvo era reduzir para 0385 e em boa oora foi consensual e essa proposta foi aprovada no
executvo e agora vir à Assembleia Municipal.
O Bloco está de acordo com a redução do IMI para todos. O Bloco defende que sobre o IMI, é a
nossa posição e aquilo que nos oferece dizer. O bloco defende em termos da partcipação variável
que o IRS se fixe nos 5%. A devolução do IRS só beneficia quem paga IRS e o Bloco defende que a
percentagem dos 5% será em cerca de 8 miloões de euros deve ser afetada a um projeto ou a mais
que um projeto concreto. Portanto, deve ser afetada, alocada a projetos concretos de investmento
e teremos ocasião de propor concretamente do nosso ponto de vista na discussão do próximo
orçamento que tenoamos ocasião de fazer propostas concretas sobre essa matéria.
Sobre a derrama dizer que estamos de acordo com as propostas que são trazidas a estas
Assembleia Municipal e recordar aquilo que desde oá muito tempo ainda quando o Luís Cordeiro
era vivo e no executvo municipal e depois na Assembleia Municipal o Bloco de Esquerda sempre
defendeu que até 150 mil euros que os empresários deviam ser isentos da derrama e estamos de
acordo com a taxa de IMI de 1,5% para rendimentos superiores a 150 mil euros”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais intervenções? Paulo Silva”
Paulo Silva, da CDU, disse “Primeiro a derrama, portanto o Partdo Socialista diz que a proposta
que vem sobre a derrama por parte do executvo municipal é imobilista e castradora do
desenvolvimento, não concretzou este coavão, mandou aqui um coavão para o ar porque acoava
que possivelmente tnoa que dizer alguma coisa então, nada mais que estas expressões de
castração. Aliás, parece que o eleito Bruno Barata gosta muito de utlizar expressões de cariz
sexual, castrador de um desenvolvimento”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Eu como já coamei a atenção de outros membros
da Assembleia, eu próprio e a mesa considera desajustado expressões que não oá necessidade.
Direi a qualquer um que intervenoa dessa maneira”.
Paulo Silva, da CDU, disse “Nos últmos anos oouve uma descida da derrama aqui no conceloo do
Seixal, mas não oouve qualquer descida do IRC e a derrama está em relação direta com o IRC por
parte do Governo, portanto se nós reduzimos temos uma polítca imobilista então o que oavemos
49/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
de dizer do exemplo que vem do Partdo Socialista onde tem competências para legislar sobre a
questão do IRC.
Depois sobre a questão do IMI dizer o seguinte que o PS vem aqui critcar a descida dizendo que
está a beneficiar os proprietários, não é verdade que estamos a beneficiar os munícipes é este a
nosso ponto de vista e se é verdade que ao descer-se o IMI de 039 para 038 vai-se beneficiar mais
quem tem casas mais elevadas, e desafio o Partdo Socialista enquanto Governo a criar o IMI
progressivo em que se possa aplicar uma taxa dos imóveis até 100 mil euros, uma taxa superior
para imóveis de maior valor mas isso tem que ser da competência de quem está no Governo, não
da competência das autarquias. É um desafio que aqui fica!
Quanto à questão do IRS, deixar desde logo a questão dos exemplos que o Partdo Socialista aqui
trouxe, quem paga 10 mil euros de IRS vai poupar 100 euros, quem paga 20 mil euros de IRS vai
poupar 200 euros. Eu pergunto quantos dos eleitos que aqui estão é que pagam 10 mil euros de
IRS ou 20 mil euros de IRS? Folgo saber que os eleitos do Partdo Socialista pagam estes valores de
IRS, folgo saber isso porque se vão buscar estes exemplos devem de oloar para si próprios. Folgo
saber isso! Mas a nossa preocupação é para quem paga 100 euros, 200 euros, 300 euros são esses
que nós nos preocupamos, não é quem paga 10 mil ou 20 mil euros, mas isto demonstra o caráter
de quão socialista vocês são e o único exemplo que conseguem dar é de 10 mil euros e de 20 mil
euros de IRS. Ora se é verdade que quem paga 10 mil euros de IRS com uma descida de um ponto
teria um reembolso de 100 euros, a verdade é que quem paga 200 ou 300 euros e tem que ser
esses que nos preocupemos pouparia 2 euros ou 3 euros, esta é a realidade dos números e o que é
que é mais importante? É essas pessoas de rendimentos reduzidos terem um reembolso anual de
2 ou 3 euros ou utlizar-se esse bolo para se fazer equipamentos sociais que vão beneficiar todos.
Nós não temos duvidas que são estes equipamentos sociais e até dizer em relação a esta questão
que oouve recentemente uma sondagem sobre o que é que os portugueses preferiam uma
descida de impostos ou meloores serviços públicos e o que os portugueses responderam a essa
sondagem é que preferiam meloores serviços públicos e não uma redução dos impostos à conta de
uma redução do serviço publico e é isso que nós também defendemos e é por isso e aqui a
transparência que o executvo teve e que assumiu aqui o Sr. Presidente de passar no orçamento
camarário de vir à afetação destes 5% para quê que vai servir? Equipamentos que vão ser feitos
com estes 5% do IRS, os seixalenses vão saber onde vai ser aplicado estes 5% do seu IRS. Também
gostaríamos de saber onde é que o Governo vai aplicar os outros 95%, é isto que é importante e
que os seixalenses gostariam de saber. Onde é que vão ser os outros 95% aplicados, para quê? Que
investmentos é que vão fazer aqui no conceloo do Seixal? É claro que vêm os 100 miloões do
eleito Bruno Barata, esses 100 miloões e quando se fez as contas até eram só 90 mas pronto, o seu
entusiasmo era tanto mas a verdade é que ao fim de 4 anos, bola. Zero! É isso que se vê. Quanto à
questão do IMI familiar acoo que o que é importante se dizem isto aqui como um incremento à
natalidade e dos apoios às famílias, o que era importante para oaver um apoio à natalidade seria
indubitavelmente meloores salários, aceitem a proposta do PCP de passar o salário mínimo para

50/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
850 euros e vão ver tenoo a certeza absoluta que vai oaver um incremento da taxa da natalidade
que vai oaver mais rendimento e as pessoas vão ter, aceitem as propostas do PCP de oaver mais
estabilidade no emprego, o fim dos contratos a prazo e vão ver que as famílias vão ter mais
segurança, não é a questão do IMI familiar que resolve qualquer problema, são sim questões de
fundo sobre rendimentos e meloores condições e mais segurança do trabaloo que resolvem esses
problemas, mas vocês em vez de se preocuparem em resolver com medidas estruturais e
dinamizadoras da economia, isso sim era dinamizador da economia vêm aqui com questões
laterais para fugirem às vossas responsabilidades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “ Mais alguma intervenção? Samuel Cruz”.
Samuel Cruz, do PS, disse “Queria iniciar a minoa intervenção sobre a função dos impostos e os
impostos como já aqui disse o Rui Belcoior é dinoeiro das famílias, não é dinoeiro do Estado, é
dinoeiro que as famílias despendem do seu rendimento para entregar ao Estado para que este loe
preste serviço publico. Por isso, os organismos públicos devem ter uma gestão equilibrada, isto
significa que no fim do mês, no fim do ano, não devem ter nem défice, nem lucro porque o gestor
publico é quem compete gerir, se cobrar mais impostos do que aquele que necessita para o serviço
publico coama-se a isto maldade. Não tenciona ou não é capaz de gastar o dinoeiro mas pese
embora saiba isso contnua a onerar as famílias para ficar depois no banco, é maldade. Depois,
aqui dedicar-nos à gestão da Câmara Municipal do Seixal e à arrecadação de receita de impostos
na Câmara Municipal do Seixal. O saldo de gerência do ultmo ano foram 18,7 miloões para um
resultado liquido de 14 miloões vamos ficar-nos apenas por um resultado liquido de 14 miloões e
começar a fazer contas, também de acordo com a proposta do Partdo Socialista.
Na derrama o Partdo Socialista vai votar a favor não oá aqui sequer nada a opor mas oá algumas
considerações a fazer porque o Partdo Comunista veio dizer que não tnoa que se baixar a
derrama, que tnoa que se baixar era o IRC, isto é não compreender o que é uma coisa e o que é a
outra e e qual é a sua função porque o baixar a derrama pode ter uma de duas funções, uma aliás
por proposta do Partdo Socialista onde eu fiz durante muitos anos e foi durante muitos anos
coumbada esta proposta mas acabou entrando e bem, viemos dizer que no fundo negócios até
150 mil euros não se trata de uma empresa, é auto emprego, um volume de negócios de pouco
mais de 10 mil euros por mês, um café, isso é auto-emprego, isso não deve ser de facto tributável
e ao ser deve ser muito levemente enfim, sobre o lucro, quer dizer que ainda existu ali algum
lucro. É uma boa medida, quando se mexe de outra forma na derrama tem um efeito diferente do
IRS que é ganoar atratvidade para o município e portanto dizer que para baixar a derrama, baixa o
IRC é não compreender o que é que se pode fazer com a derrama de atratvidade para o município,
mecanismo que aliás já lá está e bem, por isso o PS vai votar a favor. Tem que se criar emprego, de
se instalar no conceloo e etc, muito bem tem um beneficio mas é isso porque se quer é diferenciar
e criar atratvidade para o conceloo do Seixal em relação aos outros para que se crie mais
empresas, para que se crie mais emprego e para que se crie mais riqueza. Comparar isto com o IRS
é não perceber para que é que serve a derrama.
51/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
IRS já é diferente. IRS é sobre o rendimento e vejamos o que é que acontece ao rendimento onde
as famílias pobres, ricas, remedadas, não interessa é igual para todos onde o Governo aqui à nossa
volta apenas, é socialista, as famílias pobres, ricas ou remedadas do conceloo do Seixal em vez de
5% pagam 4,5%, em Almada é um desconto de 10% em relação ao Seixal, mas já em Sines é 4,4, no
Montjo é 4 já é um desconto de 20%. Bem, os de Lisboa é 2,5 é metade, podem dizer que não
serve para nada, já lá iremos a essas contas mas muito ou pouco é dinoeiro que fica nas famílias e
não oá nenoum tpo de dúvidas e já se provou. Mas vamos aqui dizer que o discurso é algo
contraditório, o PCP diz isto são migaloas, não serve para nada mas no introito da proposta diz que
são receitas significatvas, afinal não serve para nada ou são receitas significatvas?
Independentemente da adjetvação que possamos fazer, estamos a falar de 8,1 miloões a proposta
do Partdo Socialista. Quem não paga IRS é quem tem um rendimento mensal até 653,64 euros,
isto é dizer aqueles ricos que ganoam 700 euros por mês, esses não vamos devolver nada porque
essa gente não precisa de nada. O primeiro aqui que é falacioso. É evidente que quanto mais pobre
e mais necessidade tver a população mais o pouco que loe seja atribuído fará a diferença, também
esta maneira é relatvo. Aliás, as contas que aí aparecem não são justficadas, uma maneira
interessante que a Câmara tem de tratar estas matérias que são 10 € é para o ar, mas como é que
coegou lá? Eu fiz aqui umas contas, segundo os dados apurados existem no conceloo do Seixal 77
mil e 600 mil famílias, os dados oficiais é que 54% das famílias não pagam IRS, vamos admitr que
são 50%, metade ligeiramente abaixo da média do conceloo do Seixal, estamos a falar de 38 mil
803 famílias que pagam IRS no conceloo do Seixal, apenas a redução que o Partdo Socialista
propõe que é de 1 ponto e representa 1 miloão e 620 mil a dividir por estas famílias representa 41
€ por família e não me venoam dizer que quem ganoa 660 € por mês se receber 40 € que não loe
faz diferença. É evidente que faz!
O Partdo Socialista em relação ao IRS acoa que não faz nenoum tpo de diferença isso, reparem
este exercício para o ano transato, o resultado liquido da Câmara, ou seja, no fim do ano o dinoeiro
ficou nos cofres 14 miloões, proposta do Partdo Socialista cobrar menos 1 miloão 620 mil para as
famílias muito ou pouco tnoa lá ficado, qual era a diferença para a Câmara, enfim! Em vez de ter
apresentado 14 miloões do resultado liquido tnoa transitado 12 miloões 380 fazia assim tanta
falta? 1 miloão 620 no banco! Acoam? No banco da Câmara 1 miloão 620, dinoeiro que não foi
usado para nada, ficou no banco, a render juros, aplicado ou não aplicado. Faz diferença? Ou faz
diferença nas famílias, é isso que o Partdo Socialista defende!
Vamos agora ao IMI mas não se esqueçam, lembrem-se disto quando tverem nas nossas reuniões
1% do IRS não dá, não vão fazer por opção ideológica mas para quem tem consciência como sendo
o IRS nas famílias ou mais aqui no lucro da Câmara para quem não defende o lucro farão a
consciência de cada um de vós ditará o que entender sobre o assunto.
Vamos agora ao IMI, cada descida de ponto percentual no IMI vale em média 680 mil euros, um
ponto. É possível descer, o Partdo Socialista aqui a diferença é apenas de um ponto 680 mil euros
num lucro de 12 miloões 380 o lucro da Câmara já abatendo a nossa proposta de IRS, abatendo
52/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
ainda agora esta temos 11 miloões e tal. Então, não se pode baixar um ponto no IRS? É evidente
que sim! Mas vou até fazer outras contas. Imaginem e isso já era significante que a Câmara
Municipal do Seixal tendo em conta o excelente momento económico, e é verdade o momento
económico que se regista no conceloo do Seixal e em todo o país não é exclusivo do conceloo do
Seixal, é exclusivo da boa situação económica do pais em que o Partdo Comunista tem a sua quota
parte porque contribui para esta solução governatva.
Vamos fazer este exercício, já depois de trar aquele ponto do IRS em que temos 12 miloões e 80
mil de lucro, vamos perceber facilmente, vamos trar os 7 pontos, vamos para a taxa mínima de IMI
0300, isto quer dizer que baixámos 5 miloões 440 mil ainda ficamos com um lucro, vejam bem,
superior a 6 miloões de euros. Então, é para isto que andamos a arrecadar dinoeiro às famílias?
Para termos um lucro que tem que ser superior a 6 miloões de euros. Isto não é serviço publico!
Isto do meu ponto de vista e do ponto de vista da gestão coama-se maldade sobre as famílias”
O Presidente da Assembleia Municipal, disse “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse “Pelos vistos algumas pessoas ficam muito incomodadas quando eu
venoo intervir. Sabe uma coisa, eu quando era criança gostava de ir ao circo, gostava muito de ver
os paloaços, se sra. vereadora não tem educação ”.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse “Oo Paulo Silva. Eu já pedi ao Sr. Presidente da
Câmara para intervir. Sr. Presidente se faz favor. ”.
O Presidente da Câmara Municipal, disse “A Sra. Vereadora está tranquila, está tudo bem”.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse “A Sra. Vereadora tem que perceber que enquanto
oouver tempo dos partdos, podem intervir. Certo? A democracia é assim! Faz favor Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse “Primeira questão IRC versus derrama. Tanto o IRC como a derrama têm
a ver com os lucros tributados das empresas, não são coisas completamente diferentes. Depois,
gostei muito do exemplo, mais uma vez, que o Partdo Socialista foi buscar, ou seja, quem tem um
rendimento de trabaloo superior a 653 euros paga IRS, isto foi aqui dito pelo eleito Samuel Cruz,
mas depois disse outra coisa, 54% das famílias não pagam IRS. Então, 54% das famílias deste
conceloo têm rendimentos inferiores a 653 euros por mês, isto demonstra e pegando nas suas
palavras que é necessário outra polítca. Na verdade com 653 euros, eu gostava que o Sr. eleito
Samuel Cruz se governasse durante 30 dias. Eu digo desde já que eu não conseguiria.
Depois que 38% das famílias são as que pagam o IRS nas palavras do Sr. eleito Samuel Cruz iriam
receber 41 euros mas só iria receber 41 euros quem pagasse porque quem pagasse por exemplo
400 euros iria receber 4 euros, mas mais uma vez quem é que sairia beneficiado com isto? É o
exemplo inicial que o Partdo Socialista deu, era quem paga de IRS 10 mil euros por ano, 20 mil
euros por ano, esses é que iriam lucrar com a proposta do Partdo Socialista. Esta é a grande
verdade que o Partdo Socialista veio aqui para defender unicamente e principalmente quem paga
de IRS 20 mil euros por ano e 10 mil euros por ano. Volto aqui a dizer que para nós Partdo
Comunista preocupa-nos é os 54% que não pagam IRS, essa é a nossa grande preocupação porque
53/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
são esses que mais precisam de serviço público, mais precisam de equipamentos sociais e têm que
ser construidos com os impostos, também ai não tenoo duvida nenouma que os impostos são
dinoeiro das famílias e quem mais recebe, mais tem que contribuir para oaver uma redistribuição
da riqueza, tentar fazer isso e por isso, nós somos contra esta descida que iria beneficiar
unicamente quem mais ganoa, esses não podemos aqui dizer que seria 40 euros por família
porque contnuaria oaver famílias que receberiam 2 euros, 3 euros porque contnuariam a oaver
famílias que receberiam 200 euros e 300 euros. Agora, tem que se investr e aí no próximo
orçamento, já está aqui o compromisso da Câmara para o que vai ser feito, a obra que vai ser feita,
os equipamentos que vão ser construidos com esta compartcipação do IRS, exalto aqui a desafiar
o Partdo Socialista para que o seu Governo também diga o que vai ser feito com os outros 95% do
IRS.
Depois aqui dizer que os mandatos são de 4 anos, não são anuais e o facto de oaver um ano em
que oaja 14 miloões pode ser obras que não se consigam lançar como efetvamente aconteceu e
quem conoece a realidade que se conseguiu lançar no mandato num ano e é para serem lançados
no ano seguinte, por isso não se pode aqui dizer em maldades, vamos ver a nível do mandato os
investmentos feitos e os impostos têm e as receitas têm que ser de acordo com o plano de
mandato que é de 4 anos e aquilo que nos propomos fazer durante 4 anos, os investmentos que
nos propomos fazer durante 4 anos e não podemos porque num ano oouve um super avido de 14
miloões, então já estamos muita bem e vamos aqui cortar com os impostos todos porque depois o
plano de mandato, as obras que se tem para o mandato não conseguem ser realizadas”.
O Presidente da Assembleia Municipal, disse “Só coamo a atenção que é um quarto para a uma.
Ok, Samuel Cruz.
Samuel Cruz, do PS, disse “É muito rápido, a única coisa que eu quero lembrar ao eleito Paulo
Silva é que não é pontual uma obra que não se conseguiu fazer ou eu acoo que é meloor ir ver os
compêndios e ver oá quantos anos seguidos é que estamos com saldo de gerência, nas suas
palavras com a obra que não conseguimos fazer, com obra que não conseguimos lançar, o que
acabou de dizer foi o maior atestado de incompetência ao executvo que podia fazer”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse ” Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse “Sr. eleito Samuel Cruz o atestado de competência ou incompetência
será passado pela população do conceloo do Seixal e não por si, essa é uma questão que se tem
que capacitar. É a população deste conceloo quem decide as questões autárquicas, irá decidir no
final do mandato em função da obra feita e aí é que podemos ver quem é que tem competência e
quem não tem competência, sendo certo que ao longo destes mais de 40 anos de Poder Local
Democrátco a população do conceloo do Seixal tem considerado sempre quem tem competência
é a CDU, é o PCP e que o PS não tem competência”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma intervenção? Sendo assim, tem a
palavra o Sr. Presidente da Câmara”.

54/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Câmara Municipal disse “São três breves notas, em primeiro lugar para falar
sobre a questão do IMI e dou dois aspetos importantes. Esta taxa de 038 é a taxa mais baixa de
sempre aplicada no município do Seixal, gostava que tvéssemos todos essa noção, nunca oouve
uma taxa tão baixa de IMI como esta que estamos a aprovar para o próximo ano 2020 e penso que
isso é uma conquista de todos, é claro que o executvo municipal se tvesse numa situação do
ponto de vista da sua estrutura económica e financeira difcil não avançaria de forma tão ousada
para esta redução que somada à redução dos 4 anos anteriores perfaz uma não arrecadação de
receitas de cerca de 7 miloões de euros, é disso que estamos a falar, o município nestes 5 anos não
recebeu 7 miloões de euros de receitas do IMI e isso é um grande contributo concreto para as
famílias do conceloo do Seixal.
Em segundo lugar sobre a questão do IRS, penso que qualquer pessoa de bom senso entenderá
que em vez de pagar os tais 10 euros por ano e o município fazer 8 miloões de euros de obras
importantes, penso que nós conseguimos mostrar o que são essas obras importantes, penso que
qualquer pessoa de bom senso entenderá que essa receita é importante que contnue no
município e que seja concretzada de acordo com aquilo que são as necessidades das populações e
também sabendo que esta receita que nós conseguimos concretzar se fosse devolvida à
população numa determinada percentagem seria uma medida socialmente injusta porque como
foi referido e bem, só as pessoas que ganoam mais, que contribuem mais é que seriam mais
beneficiadas.
Em terceiro lugar, referir sobre a derrama que a procura de empresas para o conceloo do Seixal, eu
diria que é tremenda não oá dia nenoum que a Câmara Municipal seja o Presidente da Câmara,
seja a vereadora do urbanismo, sejam os outros vereadores, sejam os técnicos não tenoamos
contactos sobre quer pequenas empresas, quer grandes empresas que exercem no conceloo do
Seixal. Nós já reunimos com mais de uma centena de empresas que se vieram a fixar no conceloo e
nem uma falou sobre a derrama. Aliás, onde se discute a derrama na nossa vida coletva, na
discussão com empresários, na discussão com trabaloadores, na discussão de todos os dias
exclusivamente aqui na Assembleia Municipal. Portanto, isto para dizer que quando se acoa e por
ter uma taxa de 1,5 ou a taxa de 1 ter uma questão determinante para a fixação de empresas, eu
gostava de dizer que nenoum empresário colocou alguma vez a questão sobre a derrama. Falam si
sobre a energia, falam sobre o IRC e os outros impostos, falam sobre outras questões, nunca a
derrama veio à discussão. No entanto, é claro que estas decisões sobre estas três taxas são muito
importantes para a cooperação do plano e orçamento para 2020, com base nesta decisão de ooje
da Assembleia Municipal, da parte do executvo nós teremos agora as condições para podermos
perceber que orçamento de receita podemos ter para a seguir prepararmos então, o
correspondente ao orçamento da despesa. Temos já agendadas reuniões com todas as forças
polítcas para a contribuição para o orçamento, pretendemos incluir o máximo de propostas e para
isso acontecer gostaria também de pedir a todos a colaboração para que pudéssemos fazer

55/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
propostas concretas exequíveis para podermos integrar na nossa proposta de plano e orçamento
para 2020”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação o ponto 9 fixação do valor
da taxa do imposto municipal sobre imóveis – IMI, quem vota a favor? “.
Votação do ponto III.9.
Aprovada a Deliberação nº46/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e dois (22) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PSD, do Bloco de Esquerda, do PAN e a abstenção do PS e do CDS. Há alguma declaração
de voto? Não. Passamos então, para o ponto seguinte lançamento da taxa de derrama. Quem vota
a favor?”.
Votação do ponto III.10.
Aprovada a Deliberação nº 47/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

 Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

56/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e a abstenção do PSD, do PAN e do CDS. Alguma declaração de
voto? Não. Então, ponto de seguinte Definição da partcipação percentual no IRS, quem vota a
favor?”.
Votação do ponto III.11.
Aprovada a Deliberação nº48/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do BE 2

 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1

 Uma (1) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PAN 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “Esta proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU e do Bloco de Esquerda, a abstenção do PAN, votos contra do PS, do PSD e do CDS. Alguma
declaração de voto?”.
III.12. Delegação contratual de competências nas juntas de freguesia. Reforço dos meios
financeiros do contrato interadministratvo celebrado com a União de Freguesias do
Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 17 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Nós para além do aumento expressivo neste mandato
das verbas para as juntas de freguesias decorrentes dos contratos interadministratvos e acordos
de execução, também é verdade que aumentamos as próprias responsabilidades de competências
das juntas de freguesia. No entanto, temos partloado algumas intervenções do ponto de vista
daquilo que são compromissos assumidos pelo executvo da Câmara e das juntas e é o caso em
concreto a União de Freguesias que avançou com uma intervenção importante de equipamento
municipal e acordámos que a Câmara Municipal devia partcipar e podíamos fazer através desta
forma e é isso que vamos fazer decidimos apoiar a União de freguesias do Seixal, Arrentela e

57/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
Aldeia de Paio Pires e também com os meios para poderem desenvolver mais obra para a nossa
população“.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções neste ponto? Samuel”.
Samuel Cruz, do PS, disse “Não é bem uma intervenção, é mais um pedido de explicação eu
gostava de ouvir os srs. Presidentes de junta se estão contentes ou se queriam mais?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse “A pergunta que eu gostava de colocar era se se seguirão obras de
proximidade em Corroios e na Amora? E se seguirão semeloantes reforços, eu recordo que a
negociação de verbas teve um momento que não foi utlizado por todos os presidentes sendo que
o que aqui se está a votar é consequência daquele silêncio e do que vem a ser mais tarde já o
dissemos a negociação por um presidente no beneficio da sua população."
O Presidente da Assembleia Municipal disse “António Santos”.
António Santos, Presidente da Junta da União de Freguesias, disse “Nunca imaginei que esta
questão pudesse levantar algumas duvidas. Isto é um exemplo para todos nós, do bom trabaloo e
da proximidade que existe enquanto necessidade de intervenções a nível da qualidade de vida e
da segurança das populações e não se esgota nos protocolos assinados. Há necessidades
realmente constantes de irmos um pouco mais longe em termos de intervenções, assim como já
foi aprovado em câmara e nesta assembleia outras intervenções noutras freguesias, acontece
desta vez na União das Freguesias e será de salutar para todos nós a acontecer mais situações
destas, significa uma coisa muito objetva, estamos a falar de um processo dinâmico que não se
esgota nos protocolos assinados e todos os dias temos situações novas para resolver das nossas
populações e esta é uma forma muito prátca e funcional de responder aquilo que são as nossas
funções que é trabaloar para a qualidade de vida e para o bem estar e segurança das nossas
populações e é um trabaloo feito pelas juntas de freguesia em parceria com a Câmara Municipal
que conseguem resolver estas questões. Este é um bom exemplo de uma parceria e estou convicto
e estou certo que não se vai esgotar nesta intervenção, nem como já aconteceu noutras freguesias
do nosso município e seguramente e muito bem irá acontecer muitas vezes mais, não só na União
das freguesias, mas um pouco para com todas as freguesias do nosso município”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Mais alguma intervenção? Não. Então Sr.
Presidente da Câmara”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Então, vamos lá ver, conoecem a lei 75/2013 é a mais
atual e termina no artgo 99.º, portanto o 121.º ainda não existe penso eu, não tenoo nenouma
explicação para dar sobre o artgo 121.º da Lei 75/2013 porque só vai até ao 99.º.
Em segundo lugar é para dizer que não é a primeira vez que estamos a deliberar algo semeloante
já tvemos noutras freguesias. Aliás, abrimos ao funcionamento um parque infantl na zona da Cruz
de Pau que foi uma parceria realizada idêntca como muitas outras que nem sequer têm este tpo

58/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
de formalismo, não obrigam a transferência de meios financeiros das juntas de freguesia, muitas
vezes têm feito obras de grande relevância para o município, nós fomos por vezes também muitas
vezes ajudamos as juntas de freguesia, as juntas por esta ou aquela razão não têm capacidade. Há
uma fortssima comparação entre o município e as juntas de freguesia, digamos que isto é apenas
a ponta do iceberg de todo um trabaloo que existe de artculação feito todos os dias e que vai ser
reforçado. Estava a dizer que temos outros projetos que estão neste momento em estudo nas
várias áreas, claro que dependem sempre, não só da analise técnica do ponto de vista dos serviços
dos pelouros, e depois claro também a coamada orçamental mas existndo são calendarizadas e
são concretzadas. Este em concreto é um compromisso que já tnoamos alguns meses com o Sr.
Presidente da Junta de Freguesia, António Santos e agora foi possível concretzar, certamente
outros virão aqui, novamente quer à Câmara, quer à Assembleia Municipal”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Vamos colocar à votação. Quem vota a favor?”.
Aprovada a Deliberação nº49/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

 Seis (6) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do PAN 1

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e a abstenção do PSD, do PAN e do CDS. Há alguma declaração
de voto? Não”.
III.13. Percentual da Taxa Municipal de Direitos de Passagem para o ano de 2020. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 18 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Sr. Presidente se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse “Trata-se da única partcipação que nós podemos pedir
aos operadores de comunicações, é uma verba muito diminuta face aquilo que seria o desejável. É
preciso dizer e uma vez mais que os interesses económicos destes grandes grupos multnacionais
foram defendidos pelos governos e pela maioria da Assembleia da Republica, é preciso recordar
que o município do Seixal teve várias ações em tribunal de ressarcimento de ocupação do espaço
publico de acordo com o suplemento municipal mas que em virtude deste tpo de leis como esta
59/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
dos direitos de passagem vimos esses processos que foram perdidos, é apenas para lamentar que
os municípios não tenoam o direito de poder solicitar a estas grandes empresas que utlizam o
subsolo municipal, que utlizam infraestruturas que são da Câmara Municipal, que arrendam com
outras entdades e que não sejamos ressarcidos das verbas necessárias, até porque com com essas
verbas nós iríamos reinvestr no próprio território e na própria população, isto é aquilo que é
possível do ponto de vista legal e também com a questão importante da proposta do PCP ter sido
também decidido relatvamente a esta matéria que estes custos não seriam repercutdos nos
utlizadores destes serviços e a partr desse momento, penso que oá 2 anos, o município do Seixal
começou a cobrar esta taxa municipal de direitos de passagem a essas empresas de
telecomunicações e de comunicações”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Intervenções em relação a este ponto? Não oá
pedidos de intervenção. Vamos colocar à votação”.
Aprovada a Deliberação nº50/XII/2019 por maioria e em minuta com

 Vinte e nove (29) votos a favor dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal da CDU 15

- Do grupo municipal do PS 11

- Do grupo municipal do BE 2

- Do grupo municipal do PAN 1

 Cinco (5) abstenções dos seguintes eleitos

- Do grupo municipal do PSD 4

- Do grupo municipal do CDS-PP 1


O Presidente da Assembleia Municipal disse “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda, do PAN e a abstenção do PSD e do CDS. Alguma declaração de
voto? Não oá declarações de voto”
III.14. Minuta da Ata.
O Presidente da Assembleia Municipal disse “Consideramos aprovada a ata em minuta. Obrigado
e bom trabaloo”.
Aprovada a Deliberação nº 51/XII/2019 por unanimidade e em minuta com
 Trinta e sete (34) votos a favor dos seguintes eleitos
- Do grupo municipal da CDU 15
- Do grupo municipal do PS 11
- Do grupo municipal do PSD 4
60/61
Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 08/2019
4ª Sessão ordinária – 20 de setembro de 2019
- Do grupo municipal do BE 2
- Do grupo municipal do PAN 1
- Do grupo municipal do CDS-PP 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “
Nada mais oavendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabaloos por
encerrados, agradecendo a presença do executvo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 1 15 ooras do dia 21 de setembro.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetvo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício
O Presidente da Assembleia Municipal

O Primeiro Secretário

A Segunda Secretária

61/61
Assembleia Municipal do Seixal
……………………………………………………………………………………………………
PROPOSTA Nº 1/XI/2020

RECURSO PARA O PLENÁRIO DE DECISÃO DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL,


INTERPOSTO POR ANDRÉ NUNES. APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO.

Em 15 de julho de 2020, o eleito André Nunes, representante do grupo municipal do


PAN, apresentou a proposta de deliberação em anexo, com o título Pela pluralidade no
Boletim Municipal do Seixal,(A_Proposta de Deliberação AM - Boletim Municipal)
visando a sua submissão à 2ª sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Seixal,
que teve lugar em 23 de julho.

Assentando a sua decisão no parecer juridico que igualmente se anexa, o Presidente da


Assembleia Municipal decidiu não aceitar a inclusão da proposta na Ordem de Trabalhos
da sessão referida, tendo comunicado a decisão por escrito ao eleito André Nunes, em
17 de julho passado.(B_Proposta de deliberação a incluir no POD_parecer)

Na mesma data, o eleito André Nunes enviou novo mail contendo um pedido de recurso
para o plenário da decisão do Presidente da Assembleia Municipal. (C_mail André
Nunes_pedido de recurso)

Assim, nos termos do nº 3 do artigo 29º do anexo à Lei nº 75/2013 de 12 de setembro e


do artigo 6º do Regimento da Assembleia Municipal, propõe-se que a Assembleia
Municipal do Seixal, reunida na sua 3ª sessão extraordinária em 24 de Agosto de 2020,
aprecie e delibere sobre o recurso apresentado pelo eleito André Nunes.

Seixal, 14 de Agosto de 2020

Presidente da Assembleia Municipal


Proposta de Deliberação da Assembleia Municipal do Seixal

Pela pluralidade no Bole.m Municipal do Seixal

O Bole'm Municipal do Seixal cons'tui uma ferramenta preponderante de ligação dos seixalenses
à vida do município, não apenas em relação ao que aconteceu ou está prestes a acontecer no
Concelho, que é noCcia, mas também em relação ao que é esperado e projectado/idealizado pela
autarquia, mas não só, também pelos par'dos polí'cos. Todos os par'dos polí'cos. É que muito
do que será o concelho nos próximos anos passa indiscu'velmente pelo debate entre as forças
par'dárias, designadamente no âmbito da Assembleia Municipal, onde são projectadas diferentes
visões para o município, sendo que à falta de discussão dessas ideias quem perde é a população.

São, de resto, várias as deliberações da ERC que sustentam a necessidade de garan'r pluralidade
neste 'po de meios de comunicação, das quais se destaca a Deliberação 6/PLU-I/2010, de 17 de
Novembro de 2010, na qual se afirma que sendo os bole'ns municipais publicações de cunho
ins'tucional devem respeitar uma lógica de pluralismo, estando obrigados a “veicular a expressão
das diferentes forças e sensibilidades polí7cas que integram os órgãos autárquicos”.

Assim, considerando, que a população residente no concelho do Seixal sairá beneficiada com a
existência de maior pluralidade no Bole'm Municipal, a Assembleia Municipal, nos termos do art.
7.º n.º 2 K) do Regimento da Assembleia Municipal do Seixal e do Art. 25.º n.º 2 K) Lei 75/2013 de
12 de Setembro, delibera instar a Câmara Municipal a garan'r a existência de um espaço de
opinião no Bole'm Municipal a todos os par'dos com representação na Assembleia Municipal.

Seixal, 15 de Julho de 2020

André Nunes

(Grupo Municipal do PAN)

Pessoas – Animais - Natureza

Assembleia Municipal do Seixal

amseixal@pan.com.pt | www.pan.com.pt
De: Madalena Silva - C.M. Seixal
Para: "André Nunes"
Cco: Alfredo Monteiro
Assunto: Proposta de deliberação a incluir no POD
Data: sexta-feira, 17 de julho de 2020 12:33:00

Exmo. Líder do Grupo Municipal do PAN


na Assembleia Municipal do Seixal

Na sequência do e-mail enviado por V. Exa, no passado dia 15 de julho, com uma
proposta de deliberação sobre o Boletim Municipal, encarrega-me o Sr. Presidente da
Assembleia Municipal de informar que a mesma não será incluída na Ordem do Dia da
próxima sessão da Assembleia, fundamentando-se esta decisão no parecer jurídico que
entretanto solicitámos e que transcrevemos de seguida:
«Nos termos da alínea k). do n.º 2 do art. 25º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de
setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto, compete à assembleia
municipal pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos que visem a prossecução
das atribuições do município, mas a verdade é que o teor da proposta apresentada pelo
PAN, não integra as competências materiais da assembleia municipal, previstas no
referenciado art. 25º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da
Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto, e muito menos, as previstas no art. 7º do Regimento.
A proposta pretende para o Boletim Municipal, a aplicação de uma lógica de pluralismo,
a “veicular a expressão das diferentes forças e sensibilidades políticas que integram os
órgãos autárquicos”, constituindo por isso esta matéria uma verdadeira recomendação, a
veicular através da mesa da assembleia municipal e dirigida à câmara municipal, nos
termos previstos na alínea a) do n.º 2 do art. 8º do Regimento em vigor, e da alínea e).
do n.º 1 do art. 29º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da
Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto.

Aliás, compete à mesa da assembleia municipal encaminhar em conformidade com o


Regimento as iniciativas dos membros ou grupos municipais da assembleia municipal. A
importância dos assuntos compreenderá aqueles que o são para a comunidade que
elegeu os membros da assembleia municipal, daí que qualquer recomendação deva ser
considerada relevante, mas enquanto tal, pois neste caso não estamos perante o elenco
das competências matérias do órgão deliberativo.

Nessa ordem de razões, a proposta apresentada pelo PAN, para agendamento e


deliberação na sessão da assembleia municipal extraordinária de 23 de julho de 2020,
apesar de tempestivamente apresentada (alínea b). do n.º 1 do art. 53º do Anexo à Lei
n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto), não
integra as competências da assembleia municipal em matéria deliberativa, devendo ser
rejeitada pela mesa da assembleia municipal nos termos da alínea c). do n.º 1 do art. 29º
do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16
de agosto, com o apontamento aos proponentes, que a convertam em recomendação.

Refira-se entretanto que não existe nenhuma Deliberação da ERC 6/PLU-I/2010 de 17 de


novembro de 2010. Existe uma Deliberação 6/PLU-I/2010 de 18 de janeiro de 2011
referente ao Boletim Municipal de Elvas; a Deliberação ERC referente ao Boletim
Municipal do Seixal é a 4/PLU-I/2011 de 3 de novembro de 2011, e conclui pelo
seguinte:
“O Conselho Regulador, ao abrigo das suas atribuições estabelecidas nas alíneas c) e) do
artigo 8.º dos Estatutos, aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro, delibera:
1. Não ser exigível a publicação no Boletim Municipal do texto reclamado pelo
Participante (Vereador Samuel Cruz do Partido Socialista), nos termos por este
sustentados;
2. Instar a Câmara Municipal (de Santiago) do Seixal a pugnar por uma maior abertura às
diferentes forças políticas que intervêm na vida pública da autarquia, promovendo o
pluralismo através da participação daquelas sensibilidades políticas nos meios de
comunicação autárquicos, designadamente no Boletim Municipal.”

Significa isto, que a própria ERC apresenta a questão como uma recomendação na
medida em que outra legitimidade não teria para o fazer.»
Com os melhores cumprimentos

Madalena Silva

Técnica Superior
Núcleo de Apoio à
Assembleia Municipal
De: André Nunes
Para: Madalena Silva - C.M. Seixal
Cc: Paulo Silva; Samuel Cruz; Rui Pereira; Vitor Cavalinhos; João Rebelo; Américo Costa; Carlos Reis; Sara
Oliveira ; Alfredo Monteiro
Assunto: Re: Proposta de deliberação a incluir no POD
Data: sexta-feira, 17 de julho de 2020 13:45:14

Boa tarde,

Atenta a posição assumida, venho, em nome do Grupo Municipal do PAN, requerer o seguinte:

Segundo o Art. 25.º n.º 2 k) da Lei 75/2013, compete à Assembleia Municipal “Pronunciar-se e
deliberar sobre todos os assuntos que visem a prossecução das atribuições do município”; norma
essa que invoquei, sendo que, segundo o Art 23.º n.º 1 Lei 75/2013 “Constituem atribuições do
município a promoção e salvaguarda dos interesses próprios das respetivas populações, em
articulação com as freguesias”.
Ora, um Boletim Municipal aberto a outras forças políticas possibilita aos munícipes conhecerem
outras visões para o concelho, podendo ser uma ferramenta importante para as populações,
enquadrando-se, pois, no quadro das atribuições do município.

Quanto ao mais em momento algum se disse que a deliberação 4/PLU-I/2011 era referente ao
Seixal, apenas e tão somente se pretendeu difundir o seu conteúdo que, independentemente do
município a que se refere, revela a posição reiterada daquela entidade face ao tema em apreço,
posição essa reafirmada quanto ao boletim municipal do Seixal, quando delibera “Instar a Câmara
Municipal de Santiago do Seixal a pugnar por uma maior abertura às diferentes forças políticas
que intervêm na vida pública da autarquia, promovendo o pluralismo através da participação
daquelas sensibilidades políticas nos meios de comunicação autárquicos, designadamente no
Boletim Municipal”.

Face ao exposto e ao abrigo do art. 6.º do Regimento da Assembleia Municipal do Seixal,


venho apresentar recurso para plenário da decisão do Sr. Presidente da Assembleia Municipal.

André Nunes

Madalena Silva - C.M. Seixal <madalena.silva@cm-seixal.pt> escreveu no dia


sexta, 17/07/2020 à(s) 12:35:

Exmo. Líder do Grupo Municipal do PAN

na Assembleia Municipal do Seixal

Na sequência do e-mail enviado por V. Exa, no passado dia 15 de julho, com


uma proposta de deliberação sobre o Boletim Municipal, encarrega-me o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal de informar que a mesma não será incluída
na Ordem do Dia da próxima sessão da Assembleia, fundamentando-se esta
decisão no parecer jurídico que entretanto solicitámos e que transcrevemos de
seguida:

«Nos termos da alínea k). do n.º 2 do art. 25º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de
12 de setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto, compete
à assembleia municipal pronunciar-se e deliberar sobre todos os assuntos que
visem a prossecução das atribuições do município, mas a verdade é que o teor
da proposta apresentada pelo PAN, não integra as competências materiais da
assembleia municipal, previstas no referenciado art. 25º do Anexo à Lei n.º
75/2013 de 12 de setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16 de
agosto, e muito menos, as previstas no art. 7º do Regimento.

A proposta pretende para o Boletim Municipal, a aplicação de uma lógica de


pluralismo, a “veicular a expressão das diferentes forças e sensibilidades
políticas que integram os órgãos autárquicos”, constituindo por isso esta
matéria uma verdadeira recomendação, a veicular através da mesa da
assembleia municipal e dirigida à câmara municipal, nos termos previstos na
alínea a) do n.º 2 do art. 8º do Regimento em vigor, e da alínea e). do n.º 1
do art. 29º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da
Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto.

Aliás, compete à mesa da assembleia municipal encaminhar em conformidade


com o Regimento as iniciativas dos membros ou grupos municipais da
assembleia municipal. A importância dos assuntos compreenderá aqueles que o
são para a comunidade que elegeu os membros da assembleia municipal, daí
que qualquer recomendação deva ser considerada relevante, mas enquanto tal,
pois neste caso não estamos perante o elenco das competências matérias do
órgão deliberativo.

Nessa ordem de razões, a proposta apresentada pelo PAN, para agendamento


e deliberação na sessão da assembleia municipal extraordinária de 23 de julho
de 2020, apesar de tempestivamente apresentada (alínea b). do n.º 1 do art.
53º do Anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da Lei n.º
50/2018 de 16 de agosto), não integra as competências da assembleia
municipal em matéria deliberativa, devendo ser rejeitada pela mesa da
assembleia municipal nos termos da alínea c). do n.º 1 do art. 29º do Anexo à
Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, com a redação da Lei n.º 50/2018 de 16
de agosto, com o apontamento aos proponentes, que a convertam em
recomendação.

Refira-se entretanto que não existe nenhuma Deliberação da ERC 6/PLU-I/2010


de 17 de novembro de 2010. Existe uma Deliberação 6/PLU-I/2010 de 18 de
janeiro de 2011 referente ao Boletim Municipal de Elvas; a Deliberação ERC
referente ao Boletim Municipal do Seixal é a 4/PLU-I/2011 de 3 de novembro
de 2011, e conclui pelo seguinte:

“O Conselho Regulador, ao abrigo das suas atribuições estabelecidas nas


alíneas c) e) do artigo 8.º dos Estatutos, aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8
de Novembro, delibera:
1. Não ser exigível a publicação no Boletim Municipal do texto reclamado pelo
Participante (Vereador Samuel Cruz do Partido Socialista), nos termos por este
sustentados;

2. Instar a Câmara Municipal (de Santiago) do Seixal a pugnar por uma maior
abertura às diferentes forças políticas que intervêm na vida pública da
autarquia, promovendo o pluralismo através da participação daquelas
sensibilidades políticas nos meios de comunicação autárquicos, designadamente
no Boletim Municipal.”

Significa isto, que a própria ERC apresenta a questão como uma recomendação
na medida em que outra legitimidade não teria para o fazer.»

Com os melhores cumprimentos

Madalena Silva

Técnica Superior

Núcleo de Apoio à

Assembleia Municipal
PERITAGEM ÀS ANOMALIAS DO PISO TÉRREO DAS
INSTALAÇÕES DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS DA C. M. SEIXAL

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

2. ELEMENTOS DE APOIO ................................................................................................. 2

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS INSTALAÇÕES.............................................................. 3

4. O PROBLEMA DA EXPANSÃO DAS ESCÓRIAS................................................................ 6

5. A EMPREITADA DE REPARAÇÃO REALIZADA ................................................................ 8

6. ANOMALIAS ACTUAIS ................................................................................................. 13

7. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO................................................................................. 17

8. TÉCNICAS DE REPARAÇÃO .......................................................................................... 19

9. ESTIMATIVAS DE QUANTIDADES DE TRABALHOS ...................................................... 24

10. ESTIMATIVA ORÇAMENTAL E NOTAS FINAIS ........................................................... 29

ANEXO A – ELEMENTOS FOTOGRÁFICOS ....................................................................... 32

ANEXO B – PEÇAS DESENHADAS FORNECIDAS .............................................................. 53

ANEXO C – MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO ..................................................... 60


FUNDEC/CERIS

PERITAGEM ÀS ANOMALIAS DO PISO TÉRREO DAS


INSTALAÇÕES DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS DA C. M. SEIXAL

1. INTRODUÇÃO

A Câmara Municipal do Seixal solicitou à FUNDEC/CERIS a realização de uma


peritagem às anomalias existentes no piso térreo das instalações dos seus Ser-
viços Operacionais no Seixal (SO-CMS – Serviços Operacionais da Câmara Mu-
nicipal do Seixal).

Após a construção das instalações dos SO-CMS, os pavimentos térreos dos vá-
rios edifícios, bem como os pavimentos exteriores, desenvolveram deformações
em resultado da expansão de uma camada de escórias de aciaria que havia sido
colocada na fase de construção como camada de aterro sob o piso. Essas ex-
pansões, além da deformação e empolamento dos pisos, provocaram também
deformações e fissuração em pavimentos e paredes.

Nas zonas mais afetadas, procedeu-se, recentemente, à remoção e substituição


dessa camada de escórias expansivas e à reparação das anomalias ocorridas,
incluindo a substituição localizada do piso térreo – estas obras foram realizadas
entre Maio de 2018 e Agosto de 2019. Contudo, nas zonas não intervencionadas,
o processo de expansão das escórias ter-se-á continuado a desenvolver, tendo-
se verificado o desenvolvimento posterior de anomalias semelhantes.

Neste contexto, a peritagem apresentada neste documento teve como objetivos:


 Analisar as reparações anteriormente efetuadas, com base no projeto de re-
paração e na inspeção das zonas intervencionadas;
 Identificar as zonas de piso térreo que necessitam atualmente de reparação
em resultado das expansões;
 Identificar as anomalias existentes em elementos construtivos (paredes, vãos,
etc.) resultantes dessas expansões;
 Definir estratégias e técnicas de reparação das anomalias identificadas;
 Realizar uma estimativa do custo das reparações a efectuar.

1
FUNDEC/CERIS

2. ELEMENTOS DE APOIO

Para a realização da presente peritagem, além da visita às instalações, realizada


pelos técnicos do CERIS no dia 07/11/2019, a Câmara Municipal do Seixal for-
neceu os seguintes elementos:

(i) “Análise das Anomalias Construtivas Verificadas no Edificado dos Serviços


Operacionais da Câmara Municipal do Seixal. Estudo relativo às deformações e
fendilhação de pavimentos e de paredes”, Relatórios LNEC de fevereiro de 2017
e de junho de 2017.

(ii) Peças da “Empreitada de Reparações Gerais nas Instalações dos Serviços


Operacionais da Camara Municipal do Seixal”, da firma Negril, contendo:

- Memória Descritiva,

- Mapa de Quantidade de Trabalhos,

- Plantas do lote e dos edifícios, com identificação das zonas intervencionadas,

- Pormenores de reforço de alvenarias.

(iii) Fotos da fase de realização das reparações.

Durante a visita às instalações, os técnicos do CERIS/FUNDEC, acompanhados


por um técnico da C. M. Seixal, percorreram todas as instalações já reparadas
ou ainda não intervencionadas de modo a caracterizar os tipos de anomalias
existentes e a realizar uma estimativa da sua quantificação.

2
FUNDEC/CERIS

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS INSTALAÇÕES

As instalações dos SO-CMS, construídas entre 2003 e 2004, ocupam um lote de


terreno com 56.437 m2. Na Tabela 1, apresentam-se os valores gerais relativos
às áreas das instalações.

Tabela 1 – Áreas gerais das instalações dos SO-CMS


Descrição Área (m2)
Área de construção total 23.196
Área de zonas verdes 8.822
Arruamentos, passeios e estacionamentos 31.218
Área total do terreno 56.437

Na Fig. A.1 (Anexo A) apresenta-se a localização geral das instalações, en-


quanto nas Figs. A.2 a A.5 se apresentam vistas aéreas das mesmas, a partir
dos 4 pontos cardeais. Relativamente aos espaços construídos, as instalações
compreendem cinco blocos, designados A1, A2, B1, B2, B3, com as áreas (por
pisos e totais) indicadas nas Tabelas 2 e 3, além de um Posto de Transformação
(PT).

Apesar de os edifícios se apresentarem, em planta, rodados cerca de 45º face


aos quatro pontos cardeais, considerou-se, por simplicidade, que a sua orienta-
ção segue esses alinhamentos, conforme orientação da Fig. B.1 (Anexo B) (i.e.,
por exemplo, considerou-se que a fachada do Bloco B1 adjacente ao Bloco A1
se encontra virada a Norte – Figs. A.2 a A.5).

O Bloco A1 (Figs. A.15 a A.20), que é o edifício mais a Norte das instalações,
apresenta dois pisos, sendo um térreo e outro elevado. O piso 0 é ocupado por
balneários masculinos e femininos, sendo o piso 1 ocupado por refeitório, bar e
zona social.

O Bloco A2 (Figs. A.6, A.21 a A.25) apresenta dois corpos. O corpo mais a Norte
encosta ao Bloco A1 e apresenta dois pisos, um térreo e outro elevado. O corpo
mais a Sul apresenta 6 pisos, sendo um enterrado, um térreo e quatro pisos

3
FUNDEC/CERIS

elevados. Neste bloco estão instalados diversos serviços, tais como a receção
principal, o auditório, o centro médico e serviços administrativos.

Os Blocos A1 e A2 apresentam estrutura porticada, com pilares, vigas e lajes


maciças de betão armado, e fundações através de sapatas isoladas ligadas por
vigas de fundação. As paredes exteriores são em alvenaria de tijolo cerâmico de
pano duplo, rebocadas e pintadas. No interior, as paredes são de dois tipos, no-
meadamente (i) em tijolo cerâmico de pano simples, rebocadas/estucadas e pin-
tadas, ou (ii) realizadas em gesso laminado.

Tabela 2 – Áreas de construção dos Blocos A


Bloco Denominação Piso Área parcial (m2) Sub-total (m2)
Bloco A1 Edifício de Servi- 0 1.988 4.010
ços Sociais 1 2.022

Bloco A2 Edifício Adminis- -1 343 2.718


trativo 0 747
1 706
2 301
3 301
4 320
Total Blocos A 6.728

Os Blocos B1, B2 e B3 (Figs. A.7 a A.12, A.26 a A.28, A.46, A.56) são do tipo
pavilhão industrial, correspondendo essencialmente a zonas oficinais e de arma-
zenamento de materiais e equipamentos. Estes pavilhões apresentam cobertura
tipo shed e piso térreo ocupando a totalidade da área em planta. Os blocos apre-
sentam ainda um piso intermédio do tipo mezanino, onde estão instalados servi-
ços de apoio. Estes pisos intermédios localizam-se junto às fachadas Nascente
e Poente, no caso dos Blocos B1 e B3, e junto à fachada Poente, no caso do
Bloco B2, o mais estreito (Fig. B.6).

4
FUNDEC/CERIS

Os blocos B1 a B3 apresentam estrutura metálica de pilares e vigas, com sapa-


tas isoladas ligadas por vigas de fundação. O pavimento dos mezaninos é em
laje mista com chapa colaborante. As paredes exteriores são em painéis de
chapa de aço sendo as paredes interiores em alvenaria de blocos de betão.

Tabela 3 – Áreas de construção dos Blocos B


Bloco Denominação Piso Área parcial (m2) Sub-total (m2)
Bloco B1 Pavilhão S.W. 0 5.318 6.599
1 1.281
Bloco B2 Pavilhão Central 0 2.690 3.080
1 390

Bloco B3 Pavilhão N.E. 0 5.318 6.366


1 1.048

Portaria Galeria e Portaria 0 423 423


Total Blocos B 16.468

O PT localiza-se a Norte da extremidade Nascente do Bloco A1, apresentando


uma estrutura em betão armado e envolvente em chapa metálica (Fig. A.13).

5
FUNDEC/CERIS

4. O PROBLEMA DA EXPANSÃO DAS ESCÓRIAS

A escória de aciaria é um subproduto originado na produção do aço. Em média,


é gerada uma quantidade de cerca de 120 kg de escórias por cada tonelada de
aço produzido. Estas escórias são utilizadas em diversas aplicações, tais como
o fabrico de artefactos de betão, em diques marítimos, tratamentos de efluentes,
lastro ferroviário, base e sub-base para pavimentos rodoviários, correção de so-
los, entre outros.

A escória de aciaria possui diversos compostos, entre os quais o óxido de cálcio


(CaO) e o óxido de magnésio (MgO), que sofrem reações expansivas quando
expostos ao ambiente e à humidade. Deste modo, dado que as escórias podem
provocar a expansão e desintegração dos materiais onde são aplicadas, é ne-
cessário o seu armazenamento e repouso prévio em pátios para cura ou o en-
velhecimento e consequente minimização da expansão posterior. O CaO livre,
na presença de água, forma portlandite, que é um composto com uma menor
densidade e com aumento de volume que pode chegar a 100%, sendo maior
com vapor de água do que imerso em água. Este fenómeno desenvolve-se, em
geral, em poucos dias, no caso de o material se encontrar submerso. A hidrata-
ção do MgO livre provoca também variações volumétricas significativas, mas a
sua progressão ocorre de forma significativamente mais lenta.

Nas amostras testadas no LNEC, verifica-se que, nas escórias aplicadas na


construção do CO-CMS, é mais significativa a presença de MgO, que origina a
Brucite (mais de 25%), o que justifica a expansão lenta verificada.

Dos ensaios realizados, o LNEC concluiu que não é possível identificar os locais
onde o fenómeno de expansão já terá terminado, onde eventualmente nunca
ocorrerá ou onde ainda se está a desenvolver.

As zonas com maiores expansões serão naturalmente as zonas mais húmidas,


ou seja, zonas sanitárias e cozinhas, zonas próximas de fachadas, zonas com
roturas de tubagens enterradas ou de drenagem pluvial e zonas fissuradas de
pisos térreos sujeitas a lavagens/molhagens periódicas.

6
FUNDEC/CERIS

Tendo em conta o relatório do LNEC, os pisos térreos das zonas construídas


foram projetados considerando uma camada de tout-venant com 0,25 m de es-
pessura, sobre a qual seria realizada uma laje térrea com 0,10 m de espessura,
armada com uma rede eletrossoldada.

Com base nas sondagens realizadas, observou-se que a camada de tout-venant


foi substituída, total ou parcialmente, por uma camada de escória. Refere-se que
as sapatas da estrutura estão abaixo dessa camada de escória, pelo que a es-
trutura não foi afetada pela respetiva expansão.

As sondagens realizadas e cujos resultados são apresentados no relatório do


LNEC permitiram obter as seguintes espessuras da camada de escória:

 Zonas exteriores (15 sondagens) – espessura entre 0,10 m e 0,60 m;


 Zonas interiores (12 sondagens) – espessura entre 0,15 m e 0,55 m.

Tendo em conta que este tipo de escórias, em função do teor de humidade e da


sua composição química, pode apresentar expansões até 100%, constata-se
que as deformações dos pisos podem facilmente atingir dezenas de centímetros,
provocando a fissuração da sua camada de betão superior e deslocando as pa-
redes sobre o piso que, naturalmente, inclinam, fissuram ou desligam-se entre
si, podendo mesmo gerar esforços de compressão, de baixo para cima, sobre
elementos estruturais colocados sobre as paredes.

Os efeitos dos movimentos dos pavimentos podem mesmo provocar grandes


deformações noutros elementos, nomeadamente em paredes. Este problema
apresenta um risco particular no caso dos pavilhões, por terem paredes bastante
altas com reduzido travamento estrutural.

7
FUNDEC/CERIS

5. A EMPREITADA DE REPARAÇÃO REALIZADA

5.1. Descrição geral dos procedimentos

A empreitada de reabilitação para correção das anomalias causadas pela expan-


são das escórias utilizadas no aterro teve lugar entre Maio de 2018 e Agosto de
2019. A intervenção teve por objetivo garantir a reposição das condições exis-
tentes antes da ocorrência daqueles problemas e evitar a sua progressão.

A empreitada envolveu a realização de trabalhos nos blocos de edifícios admi-


nistrativos (A1, A2), nos blocos de oficinas e armazéns (B1, B2, B3), no posto de
transformação (PT) e nos espaços exteriores.

Indicam-se, de seguida, de forma sucinta, os principais trabalhos realizados, de


acordo com a Memória Descritiva fornecida, assumindo-se que, na empreitada,
foram adotadas as soluções descritas nesse documento.

Em geral, e em face do estado de degradação dos pavimentos causado pela


expansão dos solos, procedeu-se ao seu levantamento, nas áreas mais afeta-
das, e à escavação para remoção da camada de escória e a reposição das con-
dições previstas no projeto inicial, ou seja, terreno compactado sobre o qual era
colocada uma camada de 0,25 m de tout-venant e, de seguida, uma laje térrea
de betão armado.

Trabalhos preparatórios
Os trabalhos preparatórios incluíram a montagem de estaleiro, a construção, em
cada zona, das vedações e servidões de acesso necessárias e, aquando da in-
tervenção no Bloco A1, a instalação de balneários provisórios.

Reparações nos Blocos A1 e A2


Nos Blocos A1 e A2, nos pavimentos em contacto com o solo (piso 0 no Bloco
B1 e pisos -1 e 0 no Bloco B2), foi realizada a demolição integral das divisórias
interiores, visando possibilitar a demolição do massame de pavimento.

As paredes divisórias exteriores encontravam-se estáveis, pelo que não foram


alvo de intervenção.

8
FUNDEC/CERIS

Após a demolição do massame, foi efetuada uma escavação até à profundidade


necessária para remoção da totalidade das escórias existentes. O material re-
movido foi substituído por tout-venant devidamente compactado, que serviu de
base à execução de um novo massame armado.

No Anexo B, apresentam-se os desenhos (Figs. B.1 a B.6) com indicação das


zonas intervencionadas (peças que fizeram parte do Processo de Consulta para
realização da empreitada). Essas zonas incluíram a totalidade do Piso -1 do
Bloco A2 (Fig. B.4), a totalidade do Piso 0 do Bloco A2, onde não existe cave
(Fig. B.5), e a totalidade do Piso 0 do Bloco A1, com exceção de duas zonas
assinaladas onde não se verificavam empolamentos (Fig. B.2).

Para reposição da situação previamente existente, procurou-se realizar, quase


sempre, réplicas dos revestimentos e sistemas existentes, cujo levantamento e
desmantelamento foram necessários para permitir as demolições e o sanea-
mento dos solos subjacentes.

Procurou-se, sempre que possível, promover a recuperação e conserto de ele-


mentos existentes como, por exemplo, loiças sanitárias, divisórias de duche,
bancadas, etc.

Foi verificado, em fase de projeto, que o nível de vetustez das tubagens de água
era avançado, pelo que se preconizou a substituição integral das redes e, tam-
bém, do sistema de tratamento de águas existente. Dado que o sistema de tu-
bagem relativo a redes de águas havia sido alvo de intervenções localizadas
para resolução de situações pontuais e urgentes, estas tubagens foram mantidas
e integradas nos novos sistemas. No Bloco A2, foi prevista a substituição integral
de todas as tubagens de todas as redes de água em todos os pisos, incluindo os
pisos 2, 3 e 4. Nestes pisos, as intervenções de construção civil resumiram-se
ao apoio à substituição das tubagens e às reparações que foram necessárias
nas zonas intervencionadas.

A reconstrução dos espaços implicou o fornecimento de novos vãos e a monta-


gem de vãos aproveitados, bem como a reconstrução das diferentes redes téc-
nicas existentes.

9
FUNDEC/CERIS

Reparações nos Blocos B1, B2 e B3

No Bloco B2, preconizou-se apenas trabalhos de substituição integral das tuba-


gens das redes de distribuição de águas, limpeza geral de caleiras de cobertura
e reparações pontuais e tratamento das juntas entre o coroamento das paredes
e as estruturas metálicas.

Nos Blocos B1 e B3, além da substituição integral das tubagens das redes de
distribuição de águas e da limpeza das caleiras, foram realizadas reparações
diversas em paredes e pavimentos.

Algumas paredes foram demolidas e reconstruídas, incluindo a criação de nova


fundação abaixo do nível das escórias, e outras paredes foram reparadas.

No Bloco B3, foram realizadas reparações superficiais em zonas que haviam


sido intervencionadas previamente.

Procedeu-se ainda à separação de alvenarias na sua zona de interação com


elementos das estruturas metálicas existentes, seguida do devido tratamento da
junta e respetivos acabamentos.

Nos pavimentos, nas diferentes zonas identificadas na Fig. B.6, procedeu-se à


demolição do pavimento existente, à escavação para remoção das escórias, à
sua substituição por tout-venant compactado e à reposição dos pavimentos.
Neste aspeto, assumiu particular destaque a zona adjacente ao fosso das ofici-
nas no Bloco 3.

A intervenção incluiu ainda o fornecimento e montagem de novas motorizações


dos portões.

Reparações no Posto de Transformação


A intervenção no Posto de Transformação não ficou definida em projeto, tendo-
se deixado aos concorrentes a proposta da solução a adotar, que permitisse evi-
tar problemas futuros e minimizasse os custos da intervenção. Pelo que foi pos-
sível apurar, a intervenção envolveu a reconstrução de uma parte do pavimento
(o módulo central, correspondente a cerca de um quarto da área do PT), presu-
mivelmente de forma semelhante ao realizado nas restantes zonas construídas:

10
FUNDEC/CERIS

demolição do massame; escavação até à profundidade necessária para remo-


ção da totalidade das escórias existentes; substituição do material removido por
tout-venant devidamente compactado; execução de um novo massame armado.
Os restantes três quartos da área do PT não foram intervencionados.

Reparações no exterior
As zonas exteriores intervencionadas eram maioritariamente zonas de pavi-
mento betuminoso e, pontualmente, passeios de "pavé" e lancis de transição
entre pavimentos. Nessas zonas, foi realizada a demolição dos pavimentos exis-
tentes, a escavação para remoção das escórias, a sua substituição por tout-ve-
nant compactado e a reposição dos pavimentos e lancis, bem como eventuais
instalações afetadas.

5.2. Inspeção das zonas reparadas

Na generalidade das zonas reparadas (indicadas nas figuras do Anexo B), os


problemas previamente existentes nos pavimentos foram corrigidos de forma efi-
caz, não sendo evidentes, até à presente data, sinais de recorrência da expan-
são dos solos. Para isso, terá contribuído o facto de se ter optado por, nessas
zonas, remover completamente a camada de escória (evitando novas expan-
sões), substituindo-a por uma camada de tout-venant devidamente compactada
(evitando abatimentos).

Ilustram-se, no Anexo A, os seguintes casos: (i) o piso 0 do Bloco A1, que foi
quase integralmente reparado (Figs. A.15, A.16, A.18, A.19, A.20), (ii) o piso -1
do Bloco A2, que foi integralmente reparado (Figs. A.21, A.22), (iii) o piso 0 do
Bloco A2, onde não existe piso -1, ou seja, que corresponde a um piso térreo,
zona que também foi integralmente reparada (Figs. A.23, A.24, A.25), (iv) a ge-
neralidade das zonas reparadas dos Blocos B1 a B3 (Figs. A. 30, A.42, A.56),
(v) o pavimento exterior no parque de estacionamento situado a Sul do Bloco A2
(Fig. A.6) e a Poente do Bloco B1 (Fig. A.7), (vi) o pavimento exterior no parque
de estacionamento situado a Norte do Bloco A1 (Fig. A.14).

11
FUNDEC/CERIS

Em alguns casos, desenvolveram-se novas anomalias pontuais nas zonas repa-


radas após a intervenção realizada.

Refere-se, em particular, o Bloco B3, onde a área de intervenção foi mais signi-
ficativa (Fig. A.56). Neste caso, foi identificada fissuração significativa nas zonas
do pavimento que haviam sido reparadas (Figs. A.62, A.63). Esta anomalia, dado
que não se observa deformação do piso, poderá, no entanto, estar associada à
retração do betão, porventura agravada por uma cura insuficiente ou deficiente-
mente realizada (não foi obtida informação sobre este processo), e cujos efeitos
não foram evitados apesar do esquartelamento realizado.

Refere-se ainda o caso da porta que dá acesso do hall para o corredor do Bloco
A1, que atualmente roça no novo pavimento (Fig. A.17). Esta anomalia, que é
ligeira e não se valoriza, poderia estar associada a algum re-empolamento ligeiro
do pavimento, por expansão do solo subjacente, o que é pouco provável, ou
corresponder a um mero descaimento ou desafinação da própria porta. O pro-
blema deverá poder ser resolvido com a afinação da porta, pelos próprios servi-
ços internos de manutenção.

No caso das paredes que foram reparadas, não se verifica, em geral, o reapare-
cimento de problemas significativos, nem a ocorrência de novas patologias que
tenham significado. Para isso, terá contribuído, novamente, o facto de, nesses
locais, se terem extraído as escórias existentes e aplicado um tout-venant com-
pactado. Esta situação é patente nos diversos locais intervencionados, tais como
o piso térreo do Bloco A1 (Fig. A.15 a A.20), o piso térreo do Bloco A2 (Figs. A.21
a A.25), e zonas reparadas do Bloco B1 (Fig. A.30). Em casos que se conside-
raram mais críticos (parede do Bloco B1), em função das patologias ocorrentes
(fissuração e deformação) e da dimensão da parede, a intervenção envolveu a
instalação de uma estrutura metálica de estabilização (Fig. A.29).
Em síntese, tendo em conta as anomalias pontuais acima descritas, e face à
inspeção realizada, pode-se considerar que os trabalhos de reparação efetua-
dos, com substituição das escórias por tout-venant e reparação de anomalias
em paredes foram, na generalidade, realizados de modo a eliminar as anoma-
lias existentes nas zonas reparadas.

12
FUNDEC/CERIS

6. ANOMALIAS ACTUAIS

Na presente secção apresentam-se os diversos tipos de anomalia que afetam


atualmente cada um dos elementos da construção nos diferentes espaços, no-
meadamente os blocos A1, A2, B1, B2, B3, PT e os espaços exteriores.

6.1. Pavimentos interiores

Fissuração

Conforme referido, os pisos térreos dos Blocos A1 e A2 foram reparados em


praticamente toda a sua extensão, não se verificando, nesses locais, reincidên-
cia das patologias anteriores nem o desenvolvimento de novas patologias dignas
de nota.

Nos Blocos B, por outro lado, quer as zonas reparadas, quer, sobretudo, as zo-
nas que não foram sujeitas a intervenção, apresentam fissuração significativa
em termos da quantidade de fendas, do seu comprimento e da sua abertura
(Bloco B1: Figs. A.36 a A.41; Bloco B2: Figs. A.52 e A.53, Bloco B3: Figs. A.60
a A.64). Estas anomalias atribuem-se, no caso das zonas não reparadas, ao
desenvolvimento da expansão das escórias utilizadas no aterro. No caso do apa-
recimento de fissuras em zonas reparadas (Figs. A.62 e A.63), admitindo que a
camada de escórias foi integralmente removida, depreende-se que o seu desen-
volvimento se deva apenas à retração do betão, associada a uma cura menos
efetiva.

Juntas abertas / desniveladas

Nos Blocos B1 a B3, ocorrem situações bastante generalizadas de abertura e


desnivelamento de juntas de esquartelamento (Bloco B1: Fig. A.44; Bloco B2:
Figs. A.54 e A.55; Bloco B3: Fig. A.65) e empolamento do pavimento (Fig. A.45),
que se atribuem à deformação do solo subjacente. Em alguns casos, a dimensão
do desnivelamento, associado à existência de circulação de veículos e equipa-
mentos (Bloco B3, sobretudo), levou já ao descasque dos lábios das juntas

13
FUNDEC/CERIS

(Fig. A.66). Atendendo ao historial da construção, pode-se aventar que a princi-


pal causa dessas deformações estará, com toda a certeza, associada à expan-
são das escórias utilizadas no aterro.
Também no PT se verificou, na zona não intervencionada, o empolamento do
pavimento, que se apresenta desnivelado face à soleira da porta de entrada e
com fissuração (Figs. A.67, A.68). Associado a estas deformações do pavimento,
verifica-se o empenamento de uma porta metálica interior (Fig. A.70).

6.2. Paredes

Desligamento de paredes

Nos blocos B1 a B3, ocorrem situações, relativamente generalizadas, de desli-


gamento entre paredes (Bloco B1: Figs. A.31, A.32, A.34, A.35; Bloco B2:
Fig. A.47; Bloco B3: Figs. A.57, A.58). Estas situações atribuem-se, novamente,
às deformações do solo subjacente, que deverão ser provocadas sobretudo pela
expansão das escórias, associadas a uma deficiente ligação entre panos de pa-
rede contíguos. Se a ligação entre panos de alvenaria fosse mais efetiva, ao
invés de um desligamento ao longo do cunhal, poderia ocorrer uma maior distri-
buição, pelas paredes, da fissuração induzida pelas deformações da base.

Fissuração local

Além do desligamento entre panos, verificam-se igualmente situações recorren-


tes de fissuração em zona corrente das paredes de alvenaria de blocos de betão,
que se associam, no essencial, às mesmas causas (Bloco B1: Fig. A.33; Bloco
B2: Figs. A.48 a A.50; Bloco B3: Fig. A.59).

No PT, verificou-se igualmente uma situação de fissuração em parede, na sua


ligação à viga do teto (Fig. A 69), que pode estar associada a deformações do
pavimento ou da própria parede, eventualmente por retração das argamassas
de assentamento.

14
FUNDEC/CERIS

Ausência de travamento adequado

A generalidade das paredes de alvenaria de blocos de betão dos Blocos B1 a


B3 apresenta panos com dimensões muito significativas, em termos da sua al-
tura e desenvolvimento, sem que possuam um travamento adequado (por exem-
plo, com travessas e montantes de betão armado, como é habitual). Desta forma,
existe um risco acrescido de queda das mesmas perante ações acidentais de
impacto (de veículos, por exemplo), ações sísmicas, deformações do pavimento,
etc. (Fig. A.51).

6.3. Lajes
Num mezanino do Bloco B1, identificou-se a existência de uma fenda que corre
ao longo da direção longitudinal, na zona de varandim junto à parede dos gabi-
netes (Fig. A.43), através de um comprimento significativo, correspondente a
praticamente metade do comprimento daquele bloco. Esta fissura poderá estar
associada a movimentos ascendentes da parede de blocos de betão sobreja-
cente, devidos ao empolamento das escórias existentes no aterro, embora não
tenha sido possível confirmar esta hipótese explicativa.

6.4. Pavimentos exteriores

Pavimentos rodoviários
Conforme referido, na generalidade das zonas intervencionadas dos pavimentos
exteriores com revestimento betuminoso, as anomalias associadas à expansão
das escórias não se voltaram a manifestar e as respetivas superfícies encon-
tram-se em bom estado.
Nas zonas que não foram intervencionadas, pelo contrário, existem extensas
áreas em que as escórias aplicadas no aterro terão sofrido expansão relevante,
provocando anomalias significativas, nomeadamente: empolamento do pavi-
mento em diversas zonas, particularmente evidentes a Sul do Bloco B1
(Figs. A.72 a A.76) ou entre os Blocos B1 e B2 (Figs. A.77 e A.78). Em diversas
destas situações, a deformação do substrato provocou mesmo a fissuração da
camada de betuminoso, apesar da sua deformabilidade ser normalmente signi-
ficativa (Figs. A.73, A.77 e A.78).

15
FUNDEC/CERIS

Pavimentos pedonais

Os pavimentos dos passeios são revestidos a pavé de betão.

Nalguns casos, nomeadamente junto ao PT, verifica-se uma deformação destes


pavimentos, que se pode atribuir ao empolamento da camada subjacente de es-
córias (Fig. A.71). Esta deformação torna os pavimentos desconfortáveis para
circulação, criando riscos de queda.

No passeio existente a Sul do Bloco A2, pelo contrário, verifica-se um assenta-


mento generalizado deste pavimento em pavé (Fig. A.79), que o torna igual-
mente deficiente para uma utilização confortável e segura. Neste caso, verifica-
se o afloramento à superfície de areia proveniente do substrato que, de acordo
com os relatos obtidos e com o que foi possível observar, parece dever-se ao
transporte por insetos (formigas). Apesar do tratamento que havia sido realizado,
na altura da inspeção ao local, foram ainda observados muitos insetos vivos.

Caleiras
A deformação das camadas de aterro subjacentes aos pavimentos exteriores
provocou já a deformação de extensas zonas de caleiras sumidouras de drena-
gem pluvial, existentes ao longo do complexo (Figs. A.80). Estas deformações
levaram, em diversas situações, à diminuição da largura da boca de drenagem,
o que prejudica a drenagem e dificulta as operações de limpeza e desentupi-
mento do sistema.

16
FUNDEC/CERIS

7. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

Em face do quadro de anomalias presente e das respetivas causas – essencial-


mente, o desenvolvimento da expansão das escórias utilizadas no aterro – con-
sidera-se que a intervenção pode seguir uma de duas diferentes estratégias ge-
rais, a seguir apresentadas: a) intervenção global definitiva; b) intervenção por
fases.

a) Intervenção global definitiva

De acordo com a informação recolhida e a análise efetuada pelo LNEC, as es-


córias de aciaria foram utilizadas no aterro em praticamente toda a extensão do
lote de terreno, quer nas zonas construídas, quer nas zonas exteriores. Por outro
lado, verifica-se que o processo de expansão dessas escórias se desenvolve ao
longo do tempo e que se perspetiva que o mesmo continue a progredir. Nas
zonas anteriormente intervencionadas, a camada de escórias foi integralmente
removida, pelo que não se perspetiva que, nestes locais, o problema persista.

Deste modo, e caso se pretenda assegurar que o desenvolvimento de expansão


das escórias não volta a induzir novas patologias nas zonas ainda não repara-
das, a intervenção deverá passar por (i) retirar este material de todos os locais
onde ainda subsiste e (ii) reconstruir os pavimentos aí existentes bem como ou-
tros elementos da construção que possam ser afetados pela intervenção.

Esta abordagem apresenta a vantagem de debelar o problema de forma cabal e


definitiva, mas envolve um investimento inicial muito mais avultado do que a al-
ternativa de intervir por fases. Além disso, a intervenção global induzirá uma
maior perturbação na operação dos serviços que funcionam no local. Este último
problema, contudo, pode ser mitigado mediante uma adequada programação e
organização dos trabalhos da empreitada (faseada).

À frente, apresenta-se uma estimativa de quantidades de trabalhos e uma esti-


mativa orçamental para o caso de se optar por esta abordagem.

17
FUNDEC/CERIS

b) Intervenção por fases

A outra abordagem possível à intervenção passa por reparar, no imediato, as


anomalias que já se desenvolveram e ir reparando, por fases, as anomalias que
se antevê que se venham a desenvolver, em face do processo de expansão das
escórias em curso. As principais vantagens desta abordagem residem no menor
investimento inicial a realizar e na menor perturbação induzida na operação, por
se tratar de uma intervenção mais localizada no espaço e de menor duração.
Além disso, pode acontecer que algumas zonas não venham a ser afetadas pela
expansão das escórias, caso em que se poderão obter poupanças face a uma
intervenção global a realizar em toda a área existente.

Contudo, esta abordagem apresenta alguns inconvenientes importantes que im-


porta ter em consideração na tomada de decisão. Em primeiro lugar, realizando
uma intervenção parcial, perspetiva-se que se venham a desenvolver novas pa-
tologias ao longo do tempo, que apenas virão a ser reparadas quando se justifi-
car uma nova intervenção parcial, ou seja, quando o nível de degradação geral
voltar a ser expressivo. Será pouco viável ir reparando cada anomalia à medida
que estas se forem manifestando, o que implica que se passará a ter uma insta-
lação em que a presença de anomalias poderá ser uma constante. Além disso,
se, por um lado, o custo da intervenção parcial é significativamente inferior ao da
intervenção global, por outro lado, nas intervenções parciais há custos fixos que
se multiplicam e que, por isso, podem acabar por ser superiores nesta alternativa
(e.g. custo de montagem do estaleiro, custo de mobilização de equipas, custos
devidos a perdas de eficiência, custos administrativos de lançamento dos pro-
cessos de empreitada, etc.).

À frente, apresenta-se igualmente uma estimativa de quantidades de trabalhos


e uma estimativa orçamental para esta opção.

18
FUNDEC/CERIS

8. TÉCNICAS DE REPARAÇÃO

Na presente secção, apresentam-se as técnicas de intervenção preconizadas


para a reparação das anomalias identificadas na secção 6. No caso de interven-
ções de tipo semelhante às anteriormente realizadas, os trabalhos preconizados
seguem os previstos no projeto de intervenção da empresa Negril, sempre que
estes se consideraram adequados e se revelaram eficazes.

No Anexo C, apresenta-se o Mapa de Quantidades de Trabalho (MQT), com a


descrição dos trabalhos a realizar e a estimativa das respetivas quantidades,
para as duas alternativas de intervenção – global ou por fases.

Tal como referido, no caso da intervenção global, esta abrange todas as áreas
interiores dos Blocos B1 a B3 e todas as zonas exteriores, à exceção das áreas
já intervencionadas, indicadas nas plantas disponibilizadas no Anexo B. Na in-
tervenção por fases, os trabalhos de reparação abrangem apenas os locais e
elementos que, nesta altura, já evidenciam anomalias.

Tendo em conta os objetivos específicos do presente estudo, o MQT compre-


ende as intervenções a realizar para a reparação das anomalias identificadas,
mas não incluiu os itens gerais da empreitada, tais como a montagem, desmon-
tagem e exploração do estaleiro, limpeza geral final, documentação final, etc.

No MQT do Anexo C, apresentam-se ainda estimativas para os preços unitários


dos diversos itens e, com base nos mesmos e nas quantidades estimadas, uma
estimativa orçamental para cada uma das abordagens de intervenção indicadas.

8.1. Reconstrução de pavimentos interiores (fissuração e juntas abertas


e/ou desniveladas)
Nas zonas dos pavimentos dos Blocos B1 a B3 que apresentam fissuração e/ou
juntas abertas e/ou desniveladas, o que se atribuiu à expansão das escórias uti-
lizadas no aterro, preconiza-se a sua reconstrução integral. No caso da interven-
ção por fases, deve ser realizada a reconstrução dos painéis de esquartelamento
afetados (painéis inteiros), mantendo aqueles que não apresentarem fissuração
relevante nem juntas abertas e/ou desniveladas. No caso da intervenção global,

19
FUNDEC/CERIS

toda a área dos blocos deve ser intervencionada, excluindo as áreas anterior-
mente reconstruídas.

Esta intervenção envolve:


(i) Demolição da laje térrea existente, de preferência com corte diamantado, de
modo a não induzir vibrações noutros elementos;
(ii) Escavação do terreno até à profundidade necessária para remoção de todas
as escórias subjacentes existentes no aterro;
(iii) Execução de pavimento térreo composto por: manta geotêxtil 300 gr/m2 as-
sente sobre terreno; sub-base em tout-venant devidamente compactado, com
espessura necessária entre fundo de caixa e cota de fundo da laje de fundo de
30 cm de espessura; camada de betão com 30 cm de espessura da classe
C25/30 e duas malhas de armadura #f10//15 (malhas quadradas com varões de
10 mm de diâmetro afastados de 15 cm) da classe A500NR; aplicação de endu-
recedor de superfície de quartzo e esquartelamento do pavimento com juntas
serradas.

8.2. Injeção de fendas (paredes desligadas e fissuração local em paredes)

Diversas paredes de alvenaria de blocos de betão dos Blocos B1 a B3 encon-


tram-se desligadas, evidenciando a abertura de uma fenda de desenvolvimento
vertical na respetiva ligação. Noutros casos, as paredes encontram-se fissuradas
em zona corrente com fendas de desenvolvimento irregular, mas também ten-
dencialmente vertical.

Nestes casos, preconiza-se a injeção destas fendas através de uma argamassa


epóxida (ou resina da mesma natureza) apropriada, com viscosidade em função
da abertura existente em cada caso (maior viscosidade para juntas de maior
abertura e vice-versa). Nos casos mais pronunciados de desligamento entre pa-
redes, pelo menos, deverá ser ponderada, complementarmente, a introdução de
ligações mecânicas entre os panos de alvenaria desligados. Esta ligação pode
ser realizada, por exemplo, através da fixação, com buchas, de cantoneiras, ao

20
FUNDEC/CERIS

longo da altura das juntas/cunhais (estes trabalhos não constam do MQT), de-
vendo as cantoneiras ser devidamente fundadas. Ao longo das fissuras onde se
proceda à sua injeção, deve-se aplicar pintura em todo o seu desenvolvimento,
do tipo e cor semelhante à pintura existente, e numa largura de cerca de cerca
de 30 cm (15 cm para cada lado da fenda), para cobrir as manchas deixadas
pela remoção da argamassa de selagem. A pintura deverá ser feita por áreas de
contorno retangular (com fronteiras verticais e horizontais, não oblíquas), garan-
tindo o disfarce das descontinuidades de cor e textura entre as zonas reparadas
e as zonas não reparadas.

Considera-se que a reconstrução dos pavimentos, independentemente de se re-


alizar uma intervenção global ou por fases, não irá implicar a demolição das pa-
redes sobrejacentes. A manutenção das paredes existentes sobre zonas dos
pavimentos a intervencionar, contudo, poderá acarretar algumas dificuldades,
que terão de ser tidas em conta na forma de realização dos trabalhos (escora-
mentos provisórios, etc.) e no faseamento construtivo (escavação e reconstrução
dos pavimentos sob as paredes realizados por troços, etc.). Se tal não for possí-
vel, poderá ter de se demolir e voltar a construir algumas paredes, trabalhos es-
ses que terão de ser considerados no MQT e no orçamento da empreitada.

8.3. Injeção de fenda em lâmina de betão (fissura na consola do mezanino


do Bloco B1)

A fenda visível na face superior da lâmina de betão da laje mista do mezanino


deve ser injetada através de resina epóxida, devidamente formulada para esta
aplicação. A operação deve iniciar-se pela abertura de um rasgo em bisel (em
V), ao longo do comprimento da junta, pela realização de furos e pela introdução
de tubos injetores com diâmetro e espaçamento adequados, e pela selagem su-
perficial da mesma (também na face inferior, se a fissura for atravessante e tal
for exequível), para evitar refluxo e perda de material durante as operações de
injeção. A injeção deve ser realizada a partir de uma extremidade para a outra,
garantindo a injeção completa através da purga pelo tubo imediatamente se-
guinte ao tubo de injecção. Tratando-se de uma fenda em superfície horizontal,

21
FUNDEC/CERIS

a resina pode sofrer espalhamento horizontal num certo comprimento antes de


purgar pelos tubos adjacentes. No final das operações de injeção, os tubos de
injecção devem ser removidos por corte à face da laje. O pavimento deve ser
limpo e devem ser efetuados os trabalhos de acabamento para garantir um as-
peto uniforme da superfície do varandim.

8.4. Reconstrução de pavimento betuminoso (empolamento e fissuração de


pavimento betuminoso)
Nas zonas em que ocorreu empolamento do pavimento betuminoso, que, nal-
guns casos, já levou mesmo ao aparecimento de fissuração, preconiza-se a res-
petiva reconstrução integral, com remoção do aterro existente até à base da ca-
mada de escórias, para saneamento definitivo do problema.
Esta intervenção envolve as seguintes operações:
(i) Demolição / levantamento do pavimento betuminoso, com equipamentos
pneumáticos em zona corrente e cortado a diamante no contorno das zonas a
reparar;
(ii) Escavação até uma profundidade suficiente para sanear completamente as
escórias existentes;
(iii) Aterro da zona escavada com tout-venant devidamente compactado, consti-
tuindo base para o pavimento rodoviário em betuminoso;
(iv) Fornecimento e aplicação de pavimento betuminoso em duas camadas
(6 cm + 4 cm) incluindo todos os trabalhos necessários e suficientes para um
bom acabamento, a reposição de espécies vegetais, a reposição de marcações
previamente existentes e o reassentamento de lancis/guias levantados.

8.5. Reconstrução de passeios (deformação em passeios)


Nas zonas em que ocorreu empolamento ou abatimento do pavimento das zonas
pedonais em “pavé” de betão, preconiza-se a respetiva reconstrução integral,
com remoção do aterro existente até à base da camada de escórias, para sane-
amento definitivo do problema da expansão daquele material.

22
FUNDEC/CERIS

Esta intervenção envolve as seguintes operações:


(i) Levantamento do “pavé” de betão;
(ii) Escavação até uma profundidade suficiente para sanear completamente as
escórias existentes;
(iii) Reassentamento de “pavês” levantados, com enchimento de base adequada
para o efeito e devidamente compactada.
No caso da zona com abatimento, aparentemente provocado pela presença de
uma colónia de formigas, recomenda-se a realização de uma desinfestação ini-
cial e vigilância ao longo do tempo. Se necessário, deverão ser realizados novos
tratamentos, para evitar o reaparecimento do problema.

8.6. Reconstrução de caleiras (deformação de caleiras)


As caleiras que se encontram demasiado deformadas, com diminuição significa-
tiva da área da boca de drenagem (fresta longitudinal à superfície da caleira por
onde as águas pluviais entram na seção de escoamento) deverão ser removidas
e recolocadas.

23
FUNDEC/CERIS

9. ESTIMATIVAS DE QUANTIDADES DE TRABALHOS

9.1. Bloco B1

Reconstrução de pavimentos interiores (fissuração e juntas abertas e/ou


desniveladas)

A área afetada dos painéis de piso afetados por fissuração e/ou juntas de es-
quartelamento desniveladas, no Bloco B1, é de cerca de 40% da área total de
pavimento, de acordo com a estimativa feita durante a inspeção realizada.

A área total de pavimento é de 5.318 m2. Sendo a área anteriormente interven-


cionada de cerca de 248 m2, a área total a intervencionar na opção de solução
global é de cerca de 5.000 m2 (5.318-248). A área afetada estimada, a intervir
numa 1ª fase (no caso de intervenção por fases), é de cerca de 2.000 m2
(5.000x0,4).

Em face da reduzida área do WC do Bloco B1 (face à área total de intervenção),


cujo pavimento em azulejo cerâmico está fissurado, e da incerteza associada às
estimativas das quantidades de trabalho apresentadas, considera-se que os res-
petivos custos de reparação se podem considerar englobados nos custos gerais
de reparação dos pavimentos interiores.

Injeção de fendas (paredes desligadas ou fissuração local em paredes)

O comprimento total de fendas em paredes no Bloco B1, estimado durante a


inspeção realizada é de cerca de 50 m. A área da pintura de acabamento numa
faixa de 30 cm seria de 15 m2. Dado que uma parte das fissuras não é vertical e
que se pretende que as zonas pintadas sejam retangulares com lados verticais
e horizontais, considera-se um fator de majoração da área pintada de 1,3, le-
vando a um valor de cerca de 20 m2.

Injeção de fenda (fissura na consola do mezanino do Bloco B1)

A fenda na lâmina de betão do mezanino do Bloco B1 estende-se praticamente


ao longo de metade do comprimento do edifício, que é de cerca de 90 m, pelo
que o comprimento a injetar é de cerca de 45 m.

24
FUNDEC/CERIS

9.2. Bloco B2

Reconstrução de pavimentos interiores (fissuração e juntas abertas e/ou


desniveladas)

A área dos painéis de piso afetados por fissuração e/ou juntas de esquartelamento
desniveladas, no Bloco B2, é de cerca de 25% da área total de pavimento, de
acordo com a estimativa feita durante a inspeção realizada. Tendo em conta que a
área total de pavimento é de 2.690 m2, a área afetada estimada, a intervir numa 1ª
fase, é de cerca de 650 m2. Não tendo havido intervenção neste pavilhão, a área
total a intervencionar na opção de solução global é igual à área total, de 2.690 m2.

Injeção de fendas (paredes desligadas ou fissuração local em paredes)

O comprimento total de fendas em paredes no Bloco B2, estimado durante a


inspeção realizada é de cerca de 40 m. A área da pintura de acabamento numa
faixa de 30 cm seria de 12 m2. Dado que uma parte das fissuras não é vertical e
que se pretende que as zonas pintadas sejam retangulares com lados verticais
e horizontais, considera-se um fator de majoração da área pintada de 1,3, le-
vando a uma área de cerca de 16 m2.

Tal como no Bloco B1, em face da reduzida área de parede do WC cujos azulejos
cerâmicos se encontram fissurados e da incerteza associada às estimativas das
quantidades de trabalho apresentadas, considera-se que os respetivos custos
de reparação se podem considerar englobados nos custos gerais de reparação
das paredes.

9.3. Bloco B3

Reconstrução de pavimentos interiores (fissuração e juntas abertas e/ou


desniveladas)

A área dos painéis de piso afetados por fissuração e juntas de esquartelamento


desniveladas, no Bloco B3, é de cerca de 25% da área total de pavimento, de

25
FUNDEC/CERIS

acordo com a estimativa feita durante a inspeção realizada. A área total de pavi-
mento é de 5.318 m2. Sendo a área anteriormente intervencionada de cerca de
555 m2, a área total a intervencionar na opção de solução global é de cerca de
5.318-555 = 4.763 m2. A área afetada estimada, a reparar numa 1ª fase, é de
cerca de 1.200 m2 (4763x0,25).

Injeção de fendas (paredes desligadas ou fissuração local em paredes)

O comprimento total de fendas em paredes no Bloco B3, estimado durante a


inspeção realizada é de cerca de 35 m. A área da pintura de acabamento numa
faixa de 30 cm seria de 11 m2. Dado que uma parte das fissuras não é vertical e
que se pretende que as zonas pintadas sejam retangulares com lados verticais
e horizontais, considera-se um fator de majoração da área pintada de 1,3, le-
vando a uma área de cerca de 14 m2.

9.4. Posto de Transformação (PT)

Reconstrução de pavimentos interiores

O PT apresenta 3 módulos, verificando-se fissuração no pavimento dos dois de


extremidade (Nascente e Poente), numa área de cerca de 48 m2. O pavimento
do módulo central, de acordo com a informação fornecida, já havia sido reparado.
A área total do PT é de cerca de 64 m2, correspondendo os módulos Nascente
e Central a cerca de um quarto da área cada e o módulo Poente a metade da
área total.

A área a reparar no PT é muito reduzida face à área dos pavilhões B1 a B3, pelo
que corresponde a custos relativamente reduzidos. Contudo, a sua reparação
poderá implicar trabalhos complementares de retirada e recolocação de equipa-
mentos e pode implicar condicionamentos no sistema de abastecimento de ele-
tricidade ao complexo, que deverão ser cuidadosamente considerados.

26
FUNDEC/CERIS

Injeção de fendas (fissuração local em paredes)

O comprimento total de fendas em paredes no PT, estimado durante a inspeção


realizada é de cerca de 5 m. A área da pintura de acabamento numa faixa de
30 cm será de 1.5 m2. Saliente-se que se trata de uma fissura entre a viga e a
parede, sem gravidade, pelo que esta intervenção se considera útil, mas não
premente.

A afinação da porta metálica do PT que se encontra empenada poderá ser inclu-


ída na empreitada geral ou ser realizada pelos próprios serviços de manutenção
da CMS.

9.5. Pavimentos exteriores

Reconstrução de pavimento betuminoso (empolamento e fissuração de pa-


vimento betuminoso)

As áreas de pavimento betuminoso mais afetadas ocorrem a Sul do Bloco B1 e


entre os Blocos B1 e B2, estimando-se uma área de cerca de 2.000 m2 que de-
verá ser intervencionada na hipótese de se optar pela intervenção faseada.

No caso da intervenção global, toda a área de pavimento betuminoso que não


foi previamente reparada deve ser alvo de intervenção, estimando-se para isso
uma área de cerca de 23.000 m2.

Reconstrução de passeios (deformação em passeios)

As áreas de pavimento em “pavé” mais afetadas ocorrem junto ao PT (empola-


mentos) e na zona contígua ao estacionamento a Sul do Bloco A2 (assentamen-
tos), estimando-se uma área de cerca de 900 m2 que deverá ser intervencionada
na opção de intervenção faseada.

No caso da intervenção global, toda a área de “pavé”, que se estima em cerca


de 2.900 m2, deve ser alvo de intervenção.

27
FUNDEC/CERIS

Reconstrução de caleiras (deformação de caleiras)

A extensão de caleiras cuja deformação (com diminuição da largura da boca de


drenagem, que se supõe que envolva fissuração na face inferior da secção) re-
comenda uma intervenção mais imediata é estimada em cerca de 200 m.

Caso se opte pela intervenção global, todas as caleiras deverão ser levantadas
e recolocadas, mas apenas as presentemente afetadas terão de ser substituí-
das. As restantes, que não se encontram deformadas, deverão ser levantadas
com cuidado e recolocadas. Essas operações podem considerar-se inseridas
nos trabalhos de pavimentação do betuminoso, pelo que não se considerou uma
alteração das quantidades face à intervenção parcial.

28
FUNDEC/CERIS

10. ESTIMATIVA ORÇAMENTAL E NOTAS FINAIS

De acordo com as estimativas apontadas para as quantidades de trabalhos en-


volvidas na reparação das anomalias identificadas e as respetivas estimativas
de preços unitários, chegou-se aos seguintes valores (arredondados às dezenas
de milhares de euros) para a intervenção a realizar, para as duas opções consi-
deradas:

a) Intervenção global definitiva: 4.630.000,00 € (quatro milhões seiscentos e


trinta mil euros)
b) Intervenção por fases (1ª fase): 930.000,00 € (novecentos e trinta mil euros)

Salientam-se as seguintes notas relativas ao estudo realizado, algumas das


quais já anteriormente referidas:

i) O estudo realizado não teve por objetivo a elaboração de peças de projeto ou


de processo de empreitada; as intervenções a realizar deverão ser alvo de um
projeto específico, no qual as soluções propostas poderão ser ajustadas ou alte-
radas;

ii) As quantidades de trabalho consideradas assentam em estimativas feitas


aquando da inspeção efetuada, não dispensando a realização de medições mais
rigorosas para efeitos de lançamento de concurso de empreitada, a realizar no
âmbito da elaboração do projeto de execução para a intervenção;

iii) Os preços unitários foram baseados em consultas ao mercado, podendo so-


frer variações consoante o empreiteiro consultado, a altura da consulta, a forma
de consulta (consulta informal, consulta preliminar formal, concurso, etc.) e a
eventual negociação de preços;

iv) Os trabalhos considerados correspondem apenas às intervenções de repara-


ção das anomalias, não incluindo, portanto, os itens gerais da empreitada, tais
como a montagem, desmontagem e exploração do estaleiro, a limpeza geral fi-
nal, a preparação da documentação final, os custos com a fiscalização, etc.

29
FUNDEC/CERIS

v) Não foi considerada a necessidade de desmontagem/remontagem ou demoli-


ção/reconstrução de equipamentos ou elementos da construção, para a realiza-
ção dos trabalhos preconizados; é possível que, em alguns casos, existam tra-
balhos desse tipo a considerar, como é o caso da demolição/reconstrução de
paredes sobrejacentes a pavimentos sujeitos a intervenção;

vi) Não se considerou a realização de trabalhos de reforço eventualmente ne-


cessários, tais como o travamento de paredes de alvenaria de maiores dimen-
sões; no entanto, recomenda-se vivamente a avaliação desse problema em con-
creto, para cuja resolução deverá ser realizado um projeto específico por uma
firma especializada.

30
FUNDEC/CERIS

Lisboa, 6 de dezembro de 2019

Autores

Fernando Branco João Gomes Ferreira

Professor Catedrático Professor Associado

João Ramôa Correia Carlos Cruz

Professor Catedrático Professor Auxiliar

Visto

Luís de Picado Santos

Professor Catedrático
Presidente do CERIS

31
FUNDEC/CERIS

ANEXO A – ELEMENTOS FOTOGRÁFICOS

32
FUNDEC/CERIS

Vistas gerais

Fig. A.1 – Localização do Centro Operacional da C.M. Seixal (vista de Sul, Google Maps).

Fig. A.2 – Vista aérea (de Sul) do Centro Operacional da C.M. Seixal (Google Maps).

Fig. A.3 – Vista aérea (de Nascente) do Centro Operacional da C.M. Seixal (Google Maps).

33
FUNDEC/CERIS

Fig. A.4 – Vista aérea (de Norte) do Centro Operacional da C.M. Seixal (Google Maps).

Fig. A.5 – Vista aérea (de Poente) do Centro Operacional da C.M. Seixal (Google Maps).

Fig. A.6 – Fachada Sul do edifício A2 (zona elevada).

34
FUNDEC/CERIS

Fig. A.7 – Fachada Poente do bloco B1.

Fig. A.8 – Fachada Norte do bloco B2 (1º plano) e fachadas Nascente e Norte do bloco A1.

Fig. A.9 – Fachada Norte do bloco B3.

35
FUNDEC/CERIS

Fig. A.10 – Fachada Norte dos blocos B2 (1º plano) e B3 (2º plano).

Fig. A.11 – Zona de circulação automóvel entre os blocos B1 (à direita) e B2 (à esquerda).

Fig. A.12 – Fachada Sul dos blocos B1 (esquerda), B2 (centro) e B3 (direita).

36
FUNDEC/CERIS

Fig. A.13 – Bloco do PT.

Fig. A.14 – Parque de estacionamento na zona Norte, sendo visível em 2º plano a zona do pa-
vimento betuminoso que foi reparada.

Bloco A1

Fig. A.15 – Bloco A1, piso 0: hall de entrada. Fig. A.16 – Bloco A1, piso 0: corredor.

37
FUNDEC/CERIS

Fig. A.17 – Bloco A1, piso 0: atrito entre o pavimento (reparado) e a base da porta de acesso
ao corredor pelo hall de entrada.

Fig. A.18 – Bloco A1, piso 0: balneário 2. Fig. A.19 – Bloco A1, piso 0: balneário 2.

Fig. A.20 – Bloco A1, piso 0: hall de acesso ao refeitório.


38
FUNDEC/CERIS

Bloco A2

Fig. A.21 – Bloco A2, corpo Sul, piso -1: es- Fig. A.22 – Bloco A2, corpo Sul, piso -1: es-
paço de maiores dimensões. paço de maiores dimensões.

Fig. A.23 – Bloco A2, corpo Norte, piso 0: bar. Fig. A.24 – Bloco A2, corpo Norte, piso 0: sala de
espera.

Fig. A.25 – Bloco A2, corpo Norte, piso 0: corredor.

39
FUNDEC/CERIS

Bloco B1

Fig. A.26 – Vista geral do interior do bloco B1.

Fig. A.27 – Vista geral do interior do bloco B1.

Fig. A.28 – Vista geral do interior do bloco B1 (junto ao bloco A).

40
FUNDEC/CERIS

Fig. A.29 – Bloco B1: estrutura metálica de estabilização de parede.

Fig. A.30 – Bloco B1: zona em que o pavi- Fig. A.31 – Bloco B1: fissuração em parede
mento e a parede foram reparados. (zona das escadas).

41
FUNDEC/CERIS

Fig. A.32 – Bloco B1: fissuração de pano de Fig. A.33 – Bloco B1: fissuração da parede
parede de alvenaria (em toda a altura). de alvenaria exterior.

Fig. A.34 – Bloco B1: desligamento entre pa- Fig. A.35 – Bloco B1: fissuração/desliga-
nos de parede de alvenaria. mento entre panos de parede de alvenaria.

42
FUNDEC/CERIS

Fig. A.36 – Bloco B1: fissuração do pavi- Fig. A.37 – Bloco B1: fissuração do pavi-
mento. mento.

Fig. A.38 – Bloco B1: fissuração do pavi- Fig. A.39 – Bloco B1: fissuração do pavi-
mento. mento.

Fig. A.40 – Bloco B1: fissuração do pavi- Fig. A.41 – Bloco B1: fissuração do pavi-
mento. mento (instalação sanitária).

43
FUNDEC/CERIS

Fig. A.42 – Bloco B1: fronteira entre zonas Fig. A.43 – Bloco B1: fissura na laje do corre-
reparada (à direita) e não reparada (à es- dor do mezanino, que se desenvolve ao longo
querda) do pavimento. de um comprimento muito significativo.

Fig. A.44 – Bloco B1: juntas do pavimento Fig. A.45 – Bloco B1: empolamento do pavi-
abertas e com lábios desencontrados. mento, área laboratorial.

Edifício B2

Fig. A.46 – Vista geral do interior do bloco B2.

44
FUNDEC/CERIS

Fig. A.47 – Bloco B2: fissuração/desliga- Fig. A.48 – Bloco B2: fissuração em parede
mento em panos de parede exterior ortogo- de alvenaria.
nais.

Fig. A.49 – Bloco B2: Fissuração em parede Fig. A.50 – Bloco B2: Fissuração em parede
de alvenaria (instalação sanitária na zona de alvenaria, com fratura de azulejos cerâ-
Norte). micos (instalação sanitária na zona Norte).

45
FUNDEC/CERIS

Fig. A.51 – Bloco B2: parede de alvenaria de altura elevada sem qualquer travamento ao
longo do seu desenvolvimento.

Fig. A.52 – Bloco B2: fissuração do pavi- Fig. A.53 – Bloco B2: fissuração do pavi-
mento. mento.

Fig. A.54 – Bloco B2: juntas do pavimento Fig. A.55 – Bloco B2: juntas do pavimento
abertas e com lábios desencontrados. abertas e com lábios desencontrados.

46
FUNDEC/CERIS

Bloco B3

Fig. A.56 – Vista geral do interior do bloco B3, zona automóvel (visível, na parte central, zona
reparada do pavimento com área significativa).

Fig. A.57 – Bloco B3: fissuração em panos de Fig. A.58 – Bloco B3: fissuração/desliga-
parede ortogonais. mento em panos de parede ortogonais (ins-
talação sanitária).

47
FUNDEC/CERIS

Fig. A.59 – Bloco B3: fissuração de parede de alvenaria.

Fig. A.60 – Bloco B3: fissuração do pavi- Fig. A.61 – Bloco B3: fissuração do pavi-
mento. mento.

Fig. A.62 – Bloco B3: fissuração do pavi- Fig. A.63 – Bloco B3: fissuração do pavi-
mento (zona reparada). mento (zona reparada).

48
FUNDEC/CERIS

Fig. A.64 – Bloco B3: fissuração do pavimento.

Fig. A.65 – Bloco B3: juntas do pavimento Fig. A.66 – Bloco B3: juntas do pavimento
abertas e com lábios desencontrados. abertas e com lábios desencontrados e com
descasque significativo.

Bloco do PT

Fig. A.67 – Bloco do PT: empolamento do Fig. A.68 – Bloco do PT: empolamento do
pavimento (zona não intervencionada). pavimento (zona não intervencionada).

49
FUNDEC/CERIS

Fig. A.69 – Bloco do PT: fissuração da parede Fig. A.70 – Bloco do PT: empenamento de
de alvenaria (ligação à viga). porta metálica.

Zonas exteriores

Fig. A.71 – Empolamento do revestimento do Fig. A.72 – Empolamento do revestimento


passeio em pavé de betão (junto ao PT). betuminoso a Sul do bloco B1.

Fig. A.73 – Empolamento e fissuração do re- Fig. A.74 – Empolamento do revestimento


vestimento betuminoso a Sul do bloco B1. betuminoso a Sul do bloco B1.

50
FUNDEC/CERIS

Fig. A.75 – Empolamento do revestimento Fig. A.76 – Empolamento do revestimento


betuminoso a Sul do bloco B1. betuminoso a Sul do bloco B1.

Fig. A.77 – Empolamento e fissuração do reves- Fig. A.78 – Empolamento e fissuração do reves-
timento betuminoso entre os blocos B1 e B2. timento betuminoso entre os blocos B1 e B2.

51
FUNDEC/CERIS

Fig. A.79 – Assentamento do revestimento Fig. A.80 – Caleira no pavimento entre os


do passeio em pavé de betão, zona de esta- blocos B1 e B2 com diminuição da largura da
cionamento junto ao bloco A2. boca de drenagem.

52
FUNDEC/CERIS

ANEXO B – PEÇAS DESENHADAS FORNECIDAS

53
FUNDEC/CERIS

Fig. B.1 – Planta das zonas exteriores, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

54
FUNDEC/CERIS

Fig. B.2 – Planta do bloco A1, piso 0, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

55
FUNDEC/CERIS

Fig. B.3 – Planta do bloco A1, piso 1, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

56
FUNDEC/CERIS

Fig. B.4 – Planta do bloco A2, piso -1, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

57
FUNDEC/CERIS

Fig. B.5 – Planta do bloco A2, piso 0, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

58
FUNDEC/CERIS

Fig. B.6 – Planta dos blocos B1 a B3, piso 0, com identificação de trabalhos (elemento de projecto fornecido pela C.M. Seixal).

59
FUNDEC/CERIS

ANEXO C – MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

60
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

1. Bloco B1 a) Intervenção global b) Intervenção por fases


Art.º Descrição Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
1.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO

Demolições de laje térrea existente, de preferência mediante


corte diamantado. Inclui execução de todas as demolições
necessárias, incluindo desmontagens, levantamento,
picagens, remoção, carregamento e transporte de todos os
produtos a vazadouro credenciado e todos os meios
1.1.1 humanos e mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 54 5000 € 270 000.00 2000 € 108 000.00
Execução de escavação sob o nível da laje de pavimento
demolida, à profundidade necessária e suficiente à remoção
de todas as escórias de fundição subjacentes no aterro -
profundidade estimada (a partir da cota inferior da laje de
fundação existente) de 40 cm. Inclui escavação, remoção,
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado e todos os meios humanos e
1.1.2 mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 20 5000 € 100 000.00 2000 € 40 000.00

1.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO


Execução de pavimento térreo composto por: Manta
geotêxtil 300 gr/m2 assente sobre terreno; Sub-base em
tout-venant devidamente compactado com espessura
necessária entre fundo de caixa e cota de fundo da laje de
fundo de 30 cm de espessura; Camada de betão com 30 cm
de espessura da classe C25/30 e duas malhas de armadura
#f10//15 (malhas quadradas com varões de 10 mm de
diâmetro afastados de 15 cm) da classe A500NR; Aplicação
de endurecedor de superfície de quartzo e esquartelamento
1.2.1 do pavimento com juntas serradas, quando necessário. m2 90 5000 € 450 000.00 2000 € 180 000.00

1.3 INJEÇÃO DE FENDAS EM PAREDES DE ALVENARIA


Injeção de fendas através de argamassa à base de resina
epóxi (ou resina, apenas, em fendas de abertura mais
reduzida). A operação inicia-se pela realização de furos e
introdução de tubos de plástico com diâmetro e
espaçamento adequado à fenda a injetar e pela selagem
superficial da mesma, para evitar refluxo e perda de material
durante as operações de injeção. A injeção deve ser
realizada de baixo para cima, garantindo, em cada furo, a
injeção completa através da purga pelo tubo imediatamente
superior, sucessivamente. No final das operações de injeção,
após secagem da resina, a argamassa de selagem deve ser
retirada e os tubos plásticos devem ser removidos por corte
1.3.1 à face. m 24 50 € 1 200.00 50 € 1 200.00
Acabamento por pintura semelhante à existente (em tipo e
cor) nas zonas onde se procedeu à injeção, cobrindo pelo
menos 15 cm para cada lado da fenda e considerando
contornos de pintura retangulares para evitar padrões
1.3.2 irregulares. m2 5 20 € 100.00 20 € 100.00

1.4 INJEÇÃO DE FENDA EM LÂMINA DE BETÃO


A fenda existente na lâmina de betão da laje mista do
mezanino (Bloco B1) deve ser Injetada através de resina
epóxi especial para ligação estrutural de betão. A operação
inicia-se pela realização de furos e introdução de tubos de
plástico com diâmetro e espaçamento adequados à fenda a
injetar e pela selagem superficial da mesma, para evitar
refluxo e perda de material durante as operações de
injeção. A injeção deve ser realizada a partir de uma
extremidade para a outra, garantindo a injeção completa
através da purga pelos tubos adjacentes ao tubo de injeção,
sucessivamente. No final das operações de injeção, após
secagem da resina, a argamassa de selagem deve ser
retirada sem danificar o acabamento da laje e os tubos
plásticos devem ser removidos por corte à face. A superfície
1.4.1 do pavimento deve ser limpa. m 20 45 € 900.00 45 € 900.00
Total parcial € 822 200.00 € 330 200.00
Total acumulado € 822 200.00 € 330 200.00

61
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

2. Bloco B2 a) Intervenção global b) Intervenção por fases


Art.º Descrição Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
2.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO

Demolições de laje térrea existente, de preferência mediante


corte diamantado. Inclui execução de todas as demolições
necessárias, incluindo desmontagens, levantamento,
picagens, remoção, carregamento e transporte de todos os
produtos a vazadouro credenciado e todos os meios
2.1.1 humanos e mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 54 2690 € 145 260.00 650 € 35 100.00
Execução de escavação sob o nível da laje de pavimento
demolida, à profundidade necessária e suficiente à remoção
de todas as escórias de fundição subjacentes no aterro -
profundidade estimada (a partir da cota inferior da laje de
fundação existente) de 40 cm. Inclui escavação, remoção,
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado e todos os meios humanos e
2.1.2 mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 20 2690 € 53 800.00 650 € 13 000.00

2.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO


Execução de pavimento térreo composto por: Manta
geotêxtil 300 gr/m2 assente sobre terreno; Sub-base em
tout-venant devidamente compactado com espessura
necessária entre fundo de caixa e cota de fundo da laje de
fundo de 30 cm de espessura; Camada de betão com 30 cm
de espessura da classe C25/30 e duas malhas de armadura
#f10//15 (malhas quadradas com varões de 10 mm de
diâmetro afastados de 15 cm) da classe A500NR; Aplicação
de endurecedor de superfície de quartzo e esquartelamento
2.2.1 do pavimento com juntas serradas, quando necessário. m2 90 2690 € 242 100.00 650 € 58 500.00

2.3 INJEÇÃO DE FENDAS EM PAREDES DE ALVENARIA


Injeção de fendas através de argamassa à base de resina
epóxi (ou resina, apenas, em fendas de abertura mais
reduzida). A operação inicia-se pela realização de furos e
introdução de tubos de plástico com diâmetro e
espaçamento adequado à fenda a injetar e pela selagem
superficial da mesma, para evitar refluxo e perda de material
durante as operações de injeção. A injeção deve ser
realizada de baixo para cima, garantindo, em cada furo, a
injeção completa através da purga pelo tubo imediatamente
superior, sucessivamente. No final das operações de injeção,
após secagem da resina, a argamassa de selagem deve ser
retirada e os tubos plásticos devem ser removidos por corte
2.3.1 à face. m 24 40 € 960.00 40 € 960.00
Acabamento por pintura semelhante à existente (em tipo e
cor) nas zonas onde se procedeu à injeção, cobrindo pelo
menos 15 cm para cada lado da fenda e considerando
contornos de pintura retangulares para evitar padrões
2.3.2 irregulares. m2 5 16 € 80.00 16 € 80.00
Total parcial € 442 200.00 € 107 640.00
Total acumulado € 1 264 400.00 € 437 840.00

62
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

3. Bloco B3 a) Intervenção global b) Intervenção por fases


Art.º Descrição Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
3.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO

Demolições de laje térrea existente, de preferência mediante


corte diamantado. Inclui execução de todas as demolições
necessárias, incluindo desmontagens, levantamento,
picagens, remoção, carregamento e transporte de todos os
produtos a vazadouro credenciado e todos os meios
3.1.1 humanos e mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 54 4763 € 257 202.00 1200 € 64 800.00
Execução de escavação sob o nível da laje de pavimento
demolida, à profundidade necessária e suficiente à remoção
de todas as escórias de fundição subjacentes no aterro -
profundidade estimada (a partir da cota inferior da laje de
fundação existente) de 40 cm. Inclui escavação, remoção,
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado e todos os meios humanos e
3.1.2 mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 20 4763 € 95 260.00 1200 € 24 000.00

3.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO


Execução de pavimento térreo composto por: Manta
geotêxtil 300 gr/m2 assente sobre terreno; Sub-base em
tout-venant devidamente compactado com espessura
necessária entre fundo de caixa e cota de fundo da laje de
fundo de 30 cm de espessura; Camada de betão com 30 cm
de espessura da classe C25/30 e duas malhas de armadura
#f10//15 (malhas quadradas com varões de 10 mm de
diâmetro afastados de 15 cm) da classe A500NR; Aplicação
de endurecedor de superfície de quartzo e esquartelamento
3.2.1 do pavimento com juntas serradas, quando necessário. m2 90 4763 € 428 670.00 1200 € 108 000.00

3.3 INJEÇÃO DE FENDAS EM PAREDES DE ALVENARIA


Injeção de fendas através de argamassa à base de resina
epóxi (ou resina, apenas, em fendas de abertura mais
reduzida). A operação inicia-se pela realização de furos e
introdução de tubos de plástico com diâmetro e
espaçamento adequado à fenda a injetar e pela selagem
superficial da mesma, para evitar refluxo e perda de material
durante as operações de injeção. A injeção deve ser
realizada de baixo para cima, garantindo, em cada furo, a
injeção completa através da purga pelo tubo imediatamente
superior, sucessivamente. No final das operações de injeção,
após secagem da resina, a argamassa de selagem deve ser
retirada e os tubos plásticos devem ser removidos por corte
3.3.1 à face. m 24 35 € 840.00 35 € 840.00
Acabamento por pintura semelhante à existente (em tipo e
cor) nas zonas onde se procedeu à injeção, cobrindo pelo
menos 15 cm para cada lado da fenda e considerando
contornos de pintura retangulares para evitar padrões
3.3.2 irregulares. m2 5 14 € 70.00 14 € 70.00
Total parcial € 782 042.00 € 197 710.00
Total acumulado € 2 046 442.00 € 635 550.00

63
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

4. POSTO DE TRANSFORMAÇÃO a) Intervenção global b) Intervenção por fases


Art.º Descrição Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
4.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO
Demolições de laje térrea existente mediante corte
diamantado. Inclui execução de todas as demolições
necessárias, incluindo desmontagens, levantamento,
picagens, remoção, carregamento e transporte de todos os
produtos a vazadouro credenciado, todos os meios humanos
4.1.1 e mecânicos necessários à execução do trabalhos. m2 54 48 € 2 592.00 48 € 2 592.00

Execução de escavação e transporte a vazadouro sob o nível


da laje de pavimento demolida, à profundidade necessária e
suficiente à remoção de todas as escórias de fundição
subjacentes no aterro - profundidade estimada (a partir da
4.1.2 cota inferior da laje de fundação existente) de 40 cm. m2 20 48 € 960.00 48 € 960.00

4.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS TÉRREOS EM BETÃO


Execução de pavimento térreo composto por: Manta
geotêxtil 300gr/m2 assente sobre terreno; Sub-base em tout-
venant com espessura necessária entre fundo de caixa e cota
de fundo da laje de fundo de 30 cm de espessura; Camada
de betão com 30 cm de espessura da classe C25/30 e duas
malhas de armadura #f10//15 (malhas quadradas com
varões de 10 mm de diâmetro afastados de 15cm) da classe
A500NR; Aplicação de endurecedor de superfície de quartzo
e esquartelamento do pavimento com juntas serradas,
4.2.1 quando necessário. m2 90 48 € 4 320.00 48 € 4 320.00

4.3 INJEÇÃO DE FENDAS EM PAREDES DE ALVENARIA


Injeção de fendas através de argamassa à base de resina
epóxi. A operação inicia-se pela realização de furos e
introdução de tubos de plástico com diâmetro e
espaçamento adequado à fenda a injetar e pela selagem
superficial da mesma, para evitar refluxo e perda de material
durante as operações de injeção. A injeção deve ser
realizada de baixo para cima, garantindo a injeção completa
através da purga pelo tubo imediatamente superior ao tubo
de injeção, sucessivamente. No final das operações de
injeção, após secagem da resina, a argamassa de selagem
deve ser retirada e os tubos plásticos deve ser removidos por
4.3.1 corte à face. m 24 5 € 120.00 5 € 120.00
Acabamento por pintura semelhante à existente (em tipo e
cor) nas zonas onde se procedeu à injeção, cobrindo pelo
menos 15 cm para cada lado da fenda e considerando
contornos de pintura retangulares para evitar padrões
4.3.2 irregulares. m2 5 1.5 € 7.50 1.5 € 7.50
Total parcial € 7 999.50 € 7 999.50
Total acumulado € 2 054 441.50 € 643 549.50

64
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

5. ZONAS EXTERIORES EM BETUMINOSO a) Intervenção global b) Intervenção por fases


Art.º Descrição Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
5.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS BETUMINOSOS
Demolição / levantamento de pavimento betuminoso,
cortado a diamante, pelo menos no cortorno exterior das
zonas a reparar. Inclui escavação, remoção, carregamento e
transporte de todos os produtos a vazadouro credenciado e
todos os meios humanos e mecânicos necessários à
execução do trabalhos. Inclui remoção cuidada de todas as
espécies vegetais afetadas de modo a preservar as mesmas
5.1.1 para que possam ser repostas. m2 43 23000 € 989 000.00 2000 € 86 000.00
Escavação com uma profundidade necessária para garantir o
saneamento total do solo de escória, em toda a zona
levantada - profundidade estimada (a partir da cota inferior
da camada de betuminoso existente existente) de 40 cm.
Inclui escavação, remoção, carregamento e transporte de
todos os produtos a vazadouro credenciado e todos os meios
humanos e mecânicos necessários à execução do trabalhos.
5.1.2 (medição em área). m2 20 23000 € 460 000.00 2000 € 40 000.00

5.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS BETUMINOSOS


Aterro da zona escavada com tout-venant devidamente
compactado constituindo base para o pavimento rodoviário
5.2.1 em betuminoso. (medição em área) m2 25 23000 € 575 000.00 2000 € 50 000.00
Fornecimento e aplicação de pavimento betuminoso em
duas camadas (6 cm + 4 cm) incluindo todos os trabalhos
necessários e suficientes para um bom acabamento. Inerte a
usar: de natureza ofítica. Inclui reposição de marcações com
as mesmas dimensões e características geométricas e
técnicas das existentes. Incluiu reassentamento de
lancis/guias levantados, com fundação adequada para o
efeito, execução de juntas argamassadas e todos os
trabalhos necessários e suficientes a um bom acabamento.
Incluiu reposição de espécies vegetais. Caso haja perda de
elementos na fase de levantamento dos mesmos, estes
5.2.2 devem ser repostos novos. (medição em área) m2 15 23000 € 345 000.00 2000 € 30 000.00
Total parcial € 2 369 000.00 € 206 000.00
Total acumulado € 4 423 441.50 € 849 549.50

65
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

6. ZONAS EXTERIORES EM PAVÉ DE BETÃO a) Intervenção global b) Intervenção por fases


6.1 DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTOS EM PAVÉ DE BETÃO Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor

Levantamento de pavimento em pavé de betão, com


recuperação dos elementos para reassentamento. Incluiu
desmontagens, levantamento, picagens, remoção,
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado, todos os meios humanos e
mecânicos necessários a execução do trabalhos. Inclui
remoção cuidada de todas as espécies vegetais afetadas de
6.1.1 modo a preservar as mesmas para que possam ser repostas. m2 15 2900 € 43 500.00 900 € 13 500.00
Escavação com uma profundidade necessária para garantir o
saneamento total do solo de escória, em toda a zona
levantada - profundidade estimada (a partir da cota inferior
do pavé existente) de 40 cm. Inclui escavação, remoção,
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado e todos os meios humanos e
mecânicos necessários à execução do trabalhos. (medição
6.1.2 em área). m2 20 2900 € 58 000.00 900 € 18 000.00

6.2 RECONSTRUÇÃO DE PAVIMENTOS EM PAVÉ DE BETÃO


Reassentamento de 'pavés' levantados, com enchimento de
base adequada para o efeito e devidamente compactada, e
todos os trabalhos necessários e suficientes a um bom
acabamento incluindo fornecimento de novos blocos de
"pavé" onde necessário. Incluiu reassentamento de
lancis/guias levantados, com fundação adequada para o
efeito, execução de juntas argamassadas e todos os
2
6.2.1 trabalhos necessários e suficientes a um bom acabamento. m 26 2900 € 75 400.00 900 € 23 400.00
Total parcial € 176 900.00 € 54 900.00
Total acumulado € 4 600 341.50 € 904 449.50

66
MAPA DE QUANTIDADES DE TRABALHO

7. CALEIRAS EXTERIORES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS a) Intervenção global b) Intervenção por fases
7.1 DEMOLIÇÃO DE CALEIRAS Unid. P. unit. Quantidade Valor Quantidade Valor
Remoção de caleiras sumidouras em betão, incluindo
carregamento e transporte de todos os produtos a
vazadouro credenciado e todos os meios humanos e
mecânicos necessários a execução do trabalhos. (medição
7.1.1 em comprimento) m 43 200 € 8 600.00 200 € 8 600.00
Escavação com uma profundidade necessária para garantir o
saneamento total do solo de escória, em toda a zona
levantada - profundidade estimada (a partir da cota inferior
da camada de betuminoso existente existente) de 40 cm.
Inclui escavação, remoção, carregamento e transporte de
todos os produtos a vazadouro credenciado e todos os meios
humanos e mecânicos necessários à execução do trabalhos.
7.1.2 (medição em comprimento) m 20 200 € 4 000.00 200 € 4 000.00

7.2 RECONSTRUÇÃO DE CALEIRAS


Reconstrução das caleiras sumidouras com elementos pré-
fabricados de betão semelhantes aos existentes, garantindo
a formação de uma base com materiais adequados e
7.2.1 devidamente compactados para evitar deformações. m 68 200 € 13 600.00 200 € 13 600.00
Execução de remates ao longo das caleiras para colmatação
de zonas de betuminoso que tenham sido arrancadas no
processo de levantamento das caleiras. Se houver
necessidade de reposição de betuminoso ao longo das
caleiras, tal deve ser realizado através de uma língua
7.2.2 longitudinal com largura constante, de cerca de 15 cm. m 16 200 € 3 200.00 200 € 3 200.00
Total parcial € 29 400.00 € 29 400.00
Total acumulado € 4 629 741.50 € 933 849.50

TOTAL € 4 629 741.50 € 933 849.50

67
PARECER JURÍDICO-ECONÓMICO
RESPEITANTE À EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE OPÇÃO DE

COMPRA DO EDIFÍCIO DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS DO MUNICÍPIO


DO SEIXAL
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
1.1. CONSULTA .................................................................................................................................4
1.1.1. Do objeto da consulta ....................................................................................................4
1.1.2. O parecer preliminar emitido.........................................................................................5
1.1.3. A presente consulta .......................................................................................................5
1.1.4. Documentação de trabalho ...........................................................................................6
1.2. ENQUADRAMENTO FACTUAL .........................................................................................................9
2. AQUISIÇÃO DO EDIFÍCIO DOS SOCMS .................................................................................. 14
2.1. A RECOMENDAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS ................................................................................14
2.1.1. O Processo de Auditoria ao Endividamento do Município do Seixal que deu lugar ao
Relatório n.º 20/2016, da 2.ª Secção .....................................................................................14
2.1.2. Comparação com o edifício dos SCCMS .......................................................................16
2.1.3. Das recomendações emitidas pelo Tribunal de Contas ................................................20
2.1.4. Consequências do não cumprimento de recomendações ............................................28
2.1.5. Conclusões ...................................................................................................................30
2.2. SOLUÇÕES POSSÍVEIS .................................................................................................................32
2.2.1. Considerações gerais ...................................................................................................32
2.2.2. Manter o contrato na sua formulação atual ...............................................................33
2.2.3. Denunciar o contrato ...................................................................................................35
2.2.4. Suscitar a anulabilidade ou a nulidade do contrato e iniciar um procedimento de
expropriação por utilidade pública ........................................................................................38
2.2.5. Renegociar a renda ......................................................................................................43
2.2.6. Exercer o direito de opção de compra nos termos contratualmente previstos ............44
2.2.7. Realizar um acordo extrajudicial que permita a compra fora das condições previstas
no contrato ............................................................................................................................54
2.2.8. Conclusões ...................................................................................................................55
2.2.9. As posições de cada Parte............................................................................................59
2.2.10. Conclusões .................................................................................................................68
3. O FINANCIAMENTO DA OPERAÇÃO DE AQUISIÇÃO.............................................................. 70
3.1. REQUISITOS FINANCEIROS DA AQUISIÇÃO .......................................................................................70
3.1.1. Introdução e pressupostos ...........................................................................................70
3.1.2. O regime de endividamento dos municípios ................................................................72
3.1.3. Aplicação ao caso concreto .........................................................................................79
3.1.4. Conclusões ...................................................................................................................82
3.2. O CONTRATO DE EMPRÉSTIMO .....................................................................................................82
3.2.1. A realização de procedimento concursal .....................................................................82

2
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

3.2.2. O contrato de empréstimo e o Plano de Consolidação Orçamental vigente................84


3.2.3. Registo do cabimento e compromisso do contrato ......................................................85
3.2.4. Demonstração da natureza de investimento da despesa a suportar com contrapartida
no empréstimo a autorizar ....................................................................................................87
3.2.5. Conclusões ...................................................................................................................87
4. GUIÃO PARA OS PROCEDIMENTOS A ADOTAR ..................................................................... 88
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 89

3
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

1. Introdução

1.1. Consulta

1.1.1. Do objeto da consulta

A atividade do Município do Seixal tem a sua base operacional num


conjunto imobiliário edificado no lote cinco do loteamento industrial da
Quinta Nova, Cucena, Aldeia de Paio Pires, descrito na Conservatória de
Registo Predial do Seixal sob o n.º 1522/20000522 da freguesia da Aldeia de
Paio Pires e inscrito na matriz predial da dita freguesia, sob o artigo 1928.
Este imóvel não é propriedade do Município, sendo arrendado a um Fundo
Imobiliário, exclusivamente para funcionamento dos Serviços Operacionais
da Câmara Municipal do Seixal (doravante, SOCMS)1.

Este contrato de arrendamento foi objeto de uma recomendação emitida no


âmbito de uma auditoria do Tribunal de Contas, que adiante se analisará,
impelindo o Município a agir sobre a situação, no sentido de minimizar os
efeitos económicos e financeiros decorrentes do contrato.

A procura de uma via de solução que permita ao Município melhor cumprir


esta recomendação, recorrendo, nomeadamente, à possibilidade de
adquirir o edifício dos SOCMS, veio suscitar a necessidade de obter
enquadramento e suporte jurídico-económicos, tendo sido esse o propósito
geral da consulta que deu origem ao presente parecer.

1 Os Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal situam-se noutro edificado, numa


localização diferente.

4
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

1.1.2. O parecer preliminar emitido

Na sequência de uma primeira solicitação pela Câmara Municipal do Seixal,


foi elaborado e apresentado um parecer jurídico-económico destinado a
suportar a execução da deliberação camarária de dia 19 de junho de 2019,
que determinou o exercício do direito de opção de compra para aquisição
do Edifício dos SOCMS com recurso à contratação de empréstimo e início
do processo negocial.

No âmbito daquele trabalho:

• Analisada a Recomendação emitida pelo Tribunal de Contas no seu


Relatório n.º 20/2016 (que adiante se abordará), análise esta que
incidiu no conteúdo e sentido da mesma, na sua natureza e no
regime geral que lhe é aplicável, concluiu-se pela sua efetiva
vinculatividade para o Município do Seixal, enunciando as
consequências do seu incumprimento;
• Analisadas as diferentes opções para dar cumprimento à referida
Recomendação e ao restante normativo aplicável, com incidência
tanto na sua viabilidade jurídica como nas vantagens e desvantagens
de cada uma, concluiu o parecer pela escolha do exercício do direito
de opção de compra previsto no contrato de arrendamento cujo
objeto é o edifício em causa, como sendo a solução mais adequada; e
• Verificadas as condições financeiras para o Município do Seixal
poder executar a operação de aquisição do edifício dos SOCMS com
recurso a empréstimo, concluiu o parecer pela sua existência.

1.1.3. A presente consulta

Foi agora solicitada a elaboração de um segundo parecer, tendo por fim a


demonstração definitiva do preenchimento dos requisitos aplicáveis ao
exercício do direito de opção de compra, e a instrução dos próximos passos
a dar pelos competentes serviços do Município do Seixal. Com vista à

5
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

conclusão da operação de compra, pretende instruir-se assim de forma


completa o correspondente processo para:

a) Obter-se da parte do Governo a emissão de parecer para recurso à


margem de endividamento necessária para concretizar a aquisição
do edifício dos SOCMS, tal como previsto no artigo 123.º da Lei do
Orçamento de Estado de 2020;
b) Obter-se Visto Prévio do Tribunal de Contas sobre o contrato de
empréstimo e o contrato de aquisição.

Para resposta a este desafio, e elaboração do presente parecer, optou-se pela


integração no mesmo dos elementos daquele primeiro parecer emitido (que
aqui denominamos de preliminar), onde aqueles se demonstrem relevantes.
Desta forma se engloba no presente documento todos os dados e toda a
análise conducentes às conclusões que se apresentarão, permitindo a sua
leitura autónoma e uma análise definitiva da questão (por isso aqui o
denominamos de parecer definitivo).

Começa-se, no capítulo 2, por abordar a forma de dar cumprimento à


recomendação do Tribunal de Contas. Analisando a recomendação em
primeiro lugar, avança-se depois para a validação da solução encontrada -
aquisição do edifício dos SOCMS –, não deixando de analisar-se todas as
outras vias que se apresentaram ao Município e os motivos por que foram
afastadas. Em seguida, no capítulo 3, abordam-se os aspetos necessários à
aquisição: a possibilidade legal do seu financiamento e o empréstimo a
contratar. Será no capítulo 4 que se concluirá pelos passos a dar pelo
Município para dar sequência e concretizar todo este processo.

1.1.4. Documentação de trabalho

De forma a poder ser analisada a situação subjacente a este pedido, e


elaborado o presente estudo, foi solicitada a necessária documentação à
Câmara Municipal do Seixal. Atendendo à documentação anteriormente

6
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

remetida para elaboração do Parecer preliminar, foi apenas necessária a


atualização daqueles elementos, designadamente no que toca a:

a) Deliberações da autarquia entretanto tomadas nesta matéria, e


respetivos anexos;
b) Relatório(s) respeitantes a obras a empreender no edifício para sua
melhoria, nomeadamente o estudo independente sobre a adequação
estrutural do edifício e a posterior avaliação/orçamentação dos
trabalhos a realizar naquele âmbito;
c) Documentos relativos à situação financeira e orçamental do
Município do Seixal, onde existia evolução relevante face ao anterior
conjunto de elementos remetido;
d) Elementos relevantes do processo de contratação de empréstimo
encetado.

Foram, assim, e na sua totalidade desde o início do processo,


disponibilizados os seguintes elementos documentais:

a) Deliberações camarárias respeitantes ao SOCMS, de 19 de julho de


2000, de 6 de setembro de 2000, e de 12 de setembro de 2001, que
aprovavam, respetivamente, a proposta económico-financeira para o
arrendamento com opção de compra das instalações do que viria a
ser o Edifício dos SOCMS, a correspondente minuta de contrato
promessa de arrendamento, e um primeiro aditamento ao mesmo,
após a sua celebração em 9 de outubro de 2000;
b) Contrato de arrendamento outorgado;
c) Deliberação camarária de 19 de junho de 2019;
d) Relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, com a ref.ª
211/2017 – DED/NEG, de julho de 2017, respeitante à análise das
anomalias construtivas verificadas no edificado dos SOCMS;
e) O Relatório de Avaliação patrimonial do imóvel dos SOCMS
efetuado a 13 de junho de 2016 pela entidade Interface XXI –

7
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Engenharia de Valor e Pericial, Unipessoal, Lda., com a ref.ª 578-


ENGVAL;
f) Relatório de Peritagem às Anomalias do Piso Térreo das Instalações
dos SOCMS, apresentado peça Associação para a Formação e
Desenvolvimento em Engenharia Civil e Arquitetura do Instituto
Superior Técnico, de 6 de dezembro de 2019
g) Troca de correspondência, entre junho 2019 e setembro de 2020, entre
a Câmara Municipal do Seixal e a Interfundos – Gestão de Fundos
de Investimento Imobiliário, S.A., proprietária do edifício do
SOCMS, relativa a exercício do direito de opção de aquisição sobre o
mesmo;
h) Conjunto de documentos relativos à situação orçamental e financeira
do Município do Seixal, à data de julho de 2019, tais como a aferição
de dívida total, mapas de controlo orçamental (despesa e receita), o
orçamento inicial para 2019, a posição atual do orçamento da receita
e da despesa por económica de 2019 (execução orçamental de janeiro
a julho de 2019), a execução anual das Grandes Opções do Plano, do
Plano Plurianual de Investimentos e das Atividades Mais Relevantes
(execução de janeiro a julho de 2019);
i) Atualização a 1 de janeiro de 2020 e a 31 de agosto de 2020 da aferição
da dívida total;
j) Atualização a setembro de 2020 da situação da Tesouraria do
Município do Seixal;
k) Simulação de empréstimo para aquisição do edifício dos SOCMS,
incluindo uma estimativa de rendas a pagar e a variação entre estas
e os encargos com o empréstimo simulado;
l) Deliberação camarária n.º 333/2019, de 19 de novembro, que aprova
a abertura de procedimento para a contratação de empréstimo para
a aquisição do edifício dos Serviços Operacionais da Câmara
Municipal do Seixal;

8
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

m) Relatório Final do Júri do procedimento para a contratação de


empréstimo para a aquisição do edifício dos Serviços Operacionais
da Câmara Municipal do Seixal, assinado a 27 de dezembro de 2019;
n) Proposta da Caixa Geral de Depósitos, SA, apresentada no âmbito
do procedimento de contratação de empréstimo para a aquisição do
edifício dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal;
o) Relatório n.º 20/2016, da 2.ª Secção do Tribunal de Contas, assinado
a 24 de novembro de 2016, emitido no âmbito do Processo Auditoria
Orientada ao Endividamento do Município do Seixal, com a ref.ª
18/2014-AUDIT;
p) Decisão de atribuição de Visto n.º 1221/2018 do Tribunal de Contas,
de 14 de dezembro, exarada no âmbito dos processos de fiscalização
prévia com o n.º 3248 e 3249/2018, que respeitavam ao Edifício dos
Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal.

1.2. Enquadramento factual

Elencam-se em seguida, de forma sumária, os factos respeitantes à situação


do Edifício do SOCMS que se encontra na base do pedido de parecer:

• No dia 15 de dezembro de 2004 foi celebrado contrato de


arrendamento com opção de compra entre o Município do Seixal e a
Assimec – Imóveis e Construções de A. Silva & Silva, S.A.
(doravante, Assimec).
• O objeto do arrendamento era o conjunto imobiliário edificado no
lote cinco do loteamento industrial da Quinta Nova, Cucena, Aldeia
de Paio Pires, descrito na Conservatória de Registo Predial do Seixal
sob o n.º 1522/20000522 da freguesia da Aldeia de Paio Pires e
inscrito na matriz predial da dita freguesia, sob o artigo 1928, e a
finalidade daquele arrendamento pelo Município do Seixal era,
única e exclusivamente, a ocupação do referido conjunto imobiliário
para funcionamento dos SOCMS.

9
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

• A opção de compra referida no objeto do contrato vinha prevista na


sua cláusula décima, que estabelecia que a mesma poderia ser
exercida no primeiro e no sétimo mês de cada ano (durante o mês de
janeiro ou julho de cada ano), e que o valor daquela aquisição
resultaria da fórmula prevista no n.º 7 da referida cláusula, aplicada
ao valor base igualmente definido: € 19.652.864,34.
• Importa aqui referir que esta cláusula estabelecia também, no seu n.º
11, que ao preço de aquisição acrescerá Imposto sobre Valor
Acrescentado (IVA), à taxa legal, “para cujo efeito as Partes desde já se
obrigam a requerer a renúncia à respetiva isenção, com a antecedência fixada
na Lei.”. Da cláusula sétima do contrato consta disposição
semelhante, relativa à renúncia à isenção de pagamento de IVA, para
o pagamento de renda pela locação do imóvel.
• O contrato de arrendamento celebrado teve origem num processo de
consulta pública no ano de 2000 que tinha por objeto a conceção,
construção e arrendamento do conjunto imobiliário a construir de
acordo com as indicações da Câmara Municipal do Seixal, e que
resultou na celebração a 9 de outubro daquele mesmo ano de um
contrato promessa de arrendamento com opção de compra. No
decorrer da vigência deste contrato promessa foram definidas as
características detalhadas e finais do edificado, que foram
executadas através da empreitada promovida pela Assimec, e foi
licenciada a utilização do conjunto imobiliário assim concluído.
• Foi no termo deste processo que foi celebrado o contrato de
arrendamento supra referido, contrato esse que produz os seus
efeitos desde 1 de janeiro de 2005 até 31 de dezembro de 2024. Nos
termos da cláusula sexta do contrato, terminado este prazo inicial de
20 anos, o arrendamento será automaticamente renovável por
períodos subsequentes de 3 anos, salvo denúncia pela Câmara
Municipal do Seixal por carta registada com aviso de receção com os
prazos mínimos de pré-aviso ali previstos, ou pela Senhoria, através

10
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

de notificação judicial avulsa, requerida com uma antecedência


mínima também ali prevista.
• A 23 de dezembro de 2004, após a outorga do contrato, mas antes da
produção de efeitos do arrendamento contratado, e conforme a
faculdade que havia ficado estabelecida desde logo na proposta
apresentada no âmbito da consulta pública em 2000, a Assimec
transmitiu a sua posição contratual para o Fundo Aberto de
Investimento Imobiliário – Millenium Rendimentos Imobiliários,
atualmente administrado pela Interfundos – Gestão de Fundos de
Investimento Imobiliário (doravante, Interfundos), pelo valor de €
19.800.000,00, acrescido de IVA.

• A 24 de novembro de 2016 foi emitido o Relatório n.º 20/2016, da 2.ª


Secção do Tribunal de Contas, no âmbito do Processo Auditoria
Orientada ao Endividamento do Município do Seixal, com a ref.ª
18/2014-AUDIT, realizada em cumprimento do Programa de
Fiscalização daquela Secção. O referido relatório dedicava o seu
título 3.3 à “Construção e Arrendamento dos Edifícios dos Serviços
Operacionais e Centrais”.

• Ao longo da sua utilização, começaram a ser detetadas na utilização


do edifício anomalias estruturais no edifício do SOCMS, que levaram
a que algumas áreas do mesmo fossem desocupadas por
preocupações com a segurança e bem-estar de quem nelas
trabalhava. Um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
emitido em 2017, não só confirmou a necessidade de manter essas
áreas desocupadas, como estendeu essa medida a novas áreas. Mais,
concluiu pela necessidade de serem realizados trabalhos para
reparação das anomalias detetadas, e para correção das causas que
foram identificadas como estando na sua origem.

11
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

• Em 2019 entraram em fase de conclusão as obras realizadas para


cumprimento das indicações dadas no relatório do Laboratório
Nacional de Engenharia Civil.

• Também já em 2019, mais precisamente em junho de 2019, mediante


solicitação da Câmara Municipal do Seixal, foi realizada uma
avaliação patrimonial do imóvel dos SOCMS por um perito
avaliador inscrito na CMVM, que apresentou o valor de €
22.475.000,00 como o valor de mercado atual do conjunto imobiliário
referido.

• A 19 de junho de 2019 foi aprovada uma deliberação camarária que


determinou o exercício do direito de opção de compra para aquisição
do Edifício dos SOCMS com recurso à contratação de empréstimo e
início do processo negocial.

• Relativamente às obras realizadas para cumprimento das indicações


dadas no relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em
dezembro de 2019 foi apresentado um relatório de peritagem
realizado pelo Instituto Superior Técnico que tinha por objeto
verificar a adequação estrutural do edifício após a sua realização.
Podem dividir-se em três as vertentes das conclusões do relatório de
peritagem apresentado naquele âmbito, que adiante neste parecer se
desenvolverão (v.2.1.2 e 2.2.9). Antes de mais, (i) conclui terem sido
bem executadas no seu geral as obras realizadas para a correção das
anomalias anteriormente detetadas, tendo sido eficazes para esse
fim. Mas conclui, igualmente, (ii) pela existência de aspetos do
edifício que mereciam a realização de novas obras, que se revelaram
um elemento relevante das negociações a encetar com a Interfundos.
Finalmente, (iii), antecipa que poderão vir a desenvolver-se novas
anomalias ao longo do tempo apenas nas áreas não
intervencionadas, causadas pelo próprio processo de expansão das

12
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

escórias de aciaria utilizadas em praticamente toda a extensão do lote


de terreno.

• Entre junho de 2019 e setembro de 2020, deu-se uma troca de


correspondência entre a Câmara Municipal do Seixal e a Interfundos
– Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., proprietária
do edifício do SOCMS, relativa a exercício do direito de opção de
aquisição sobre o mesmo, em que a Câmara procurou iniciar e levar
a bom termo negociações nesse sentido.
• A 20 de novembro de 2019, a Câmara aprovou a Deliberação
333/2019-CMS, que determinou a abertura de procedimento para a
contratação de empréstimo para a aquisição do edifício em causa,
nos termos do artigo 105.º da Lei do Orçamento de Estado para 2019.
O referido procedimento resultou na adjudicação à Caixa Geral de
Depósitos de um contrato que prevê o montante máximo de
empréstimo de € 25.000.000,00 e encargos totais no valor de €
1.256.204,27 por ano.

Ficam assim elencados os factos essenciais que enquadram a situação do


edifico dos SOCMS. Onde relevante, os mesmos serão desenvolvidos ou
novamente mencionados nos capítulos seguintes.

É também pertinente para este processo referenciar, ainda que


resumidamente, a situação do edifício dos Serviços Centrais da Câmara
Municipal do Seixal (doravante, SCCMS). Objeto de um modelo semelhante
entre a Câmara Municipal do Seixal e a Assimec, este edifício foi também
arrendado pelo Município do Seixal (embora numa data posterior), em
termos e condições semelhantes aos descritos para os SOCMS, incluindo o
direito de opção de compra. Relativamente a este imóvel foi já promovida
a sua aquisição pela Câmara Municipal do Seixal, na sequência do processo
de auditoria do Tribunal de Contas que se descreve em baixo.

Na secção relativa à Recomendação do Tribunal de Contas será referido o


processo dos SCCMS, pela sua relevância ao retirar conclusões quanto à

13
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

sequência a dar ao conteúdo daquela Recomendação no que respeita aos


SOCMS.

2. Aquisição do edifício dos SOCMS

2.1. A Recomendação do Tribunal de Contas

2.1.1. O Processo de Auditoria ao Endividamento do Município do


Seixal que deu lugar ao Relatório n.º 20/2016, da 2.ª Secção

Em cumprimento do Programa de Fiscalização da 2.º Secção do Tribunal de


Contas, foi realizada uma Auditoria Orientada ao Endividamento do
Município do Seixal, com a ref.ª 18/2014-AUDIT.

Esta auditoria teve por referência o período de 2010-2014, sem prejuízo de


a mesma ter alargado o seu âmbito a anos anteriores e/ou posteriores,
sempre que se entendeu necessário, e teve como objetivo estratégico:

“[...] emitir um juízo global de auditoria sobre a conformidade legal e


orçamental, a regularidade contabilística das operações financeiras e
sobre o grau de endividamento do Município do Seixal e das entidades
que relevam para efeitos do cálculo dos limites de endividamento líquido
e da dívida total [...]”2

A auditoria realizada culminou na emissão do Relatório n.º 20/2016, da 2.ª


Secção, assinado a 24 de novembro de 2016, que dedicava o seu título 3.3 à
“Construção e Arrendamento dos Edifícios dos Serviços Operacionais e
Centrais”.

2 Cf. pág. 29 do Relatório n.º 20/2016.

14
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

No âmbito deste título, o Tribunal concluía3 que, na celebração e na


manutenção dos referidos contratos de arrendamento, não haviam sido
observados os requisitos legais de assunção e realização da despesa pública
municipal e os princípios reguladores do crédito municipal.

Destacam-se em seguida, por serem um recurso a utilizar ao longo da


presente análise, algumas das projeções de cariz económico-financeiro
retiradas daquele Relatório4:

a) Valor estimado das rendas a suportar pelo Município do Seixal até


ao final do prazo do contrato de arrendamento, 31 de dezembro de
2024: € 38.088.595, indicando as estimativas do Tribunal que indicam
que até ao ano de 2020 se teria pago o valor acumulado de €
30.971.621.
b) Uma vez que o valor da indemnização compensatória em caso de
denúncia antecipada do contrato pelo Município do Seixal
corresponderia, nos termos do contrato, ao somatório das rendas que
se pagariam desde a data de produção de efeitos da revogação até ao
termo do arrendamento fixado em contrato – 31 de dezembro de
2024 –, tendo por base o valor da renda mensal em vigor à data de
produção de efeitos da revogação, o Município viria sempre a pagar
o valor global indicado no ponto supra, de € 38.088.595 (o total de
rendas pagas e a pagar desde o início do contrato).
c) Valor estimado para exercício do direito de opção de compra
previsto em contrato (nos termos do contrato, o exercício deste
direito encontra-se vinculado a um valor nele fixado, consistindo
num valor base de cerca de € 19.600.000, atualizado à data da

3Cf. Páginas 19 a 23 do Relatório n.º 20/2016, para as quais se remete para detalhe destas
conclusões.
4Os critérios e fatores utilizados no cálculo das estimativas foram descritos na Nota de
Rodapé n.º 333, da pág. 203 do Relatório.

15
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

aquisição de acordo com a fórmula prevista): € 24.172.219 em 2020, e


€ 25.153.708 no final do contrato, em 2024.
d) Caso o Município pretendesse assim ficar com o edifício no final do
contrato, adquirindo-o (sem renovar o arrendamento do mesmo
para além de dezembro de 2024, portanto), o encargo financeiro
global estimado pelo Tribunal de Contas seria de € 63.242.302,
correspondendo ao somatório do total de rendas pagas até àquele
momento, de € 38.088.595, e do preço de compra naquela data, de €
25.153.707.

As Recomendações formuladas pelo Tribunal de Contas na sequência das


suas conclusões, foram, assim (sublinhado aditado):

“- Por imperativo do princípio da prossecução do interesse público e


respeito pelo princípio da equidade intergeracional, deverão ser
desenvolvidos procedimentos adequados à minimização dos efeitos
económicos e financeiros perversos emergentes dos denominados
contratos de arrendamento com opção de compra dos dois edifícios;

- Deverão ser adotados procedimentos de contabilização que,


futuramente, nos termos do SNC-AP, assegurem o adequado
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação dos ativos e
dos passivos financeiros associados aos denominados contratos de
arrendamento com opção de compra dos dois edifícios municipais, de
modo a tornar o relato financeiro conforme às normas contabilísticas
aplicáveis, melhorar a sua fiabilidade, compreensibilidade e garantir a
respetiva neutralidade.”

Atendendo ao objeto da consulta pela Câmara Municipal do Seixal, será da


primeira Recomendação que se tratará no presente estudo.

2.1.2. Comparação com o edifício dos SCCMS

Relativamente ao edifício dos SCCMS, o Município deu já andamento ao


processo que prossegue a minimização dos efeitos económicos e financeiros

16
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

decorrentes dos contratos de arrendamento com opção de compra: após a


avaliação de qual a melhor forma de dar cumprimento a este propósito,
concluiu-se pela aquisição daquele imóvel5.

Neste sentido foram efetuadas as necessárias diligências e foi, finalmente,


submetido a visto prévio do Tribunal de Contas a minuta de contrato de
compra e venda do imóvel bem como um contrato de empréstimo celebrado
com o propósito de financiar aquela aquisição.

Na sua decisão de visto sobre aqueles dois contratos, o Tribunal concluiu


pela sua legalidade e, em particular quanto ao contrato de aquisição, pela
sua adequabilidade “[...] enquanto instrumento jurídico que procura minimizar
os danos gerados pela eventual continuidade do citado contrato de arrendamento,
repondo a situação no ponto desejável [...]”.

Não obstante no caso dos SCCMS a aquisição se ter operacionalizado por


acordo extrajudicial (enquanto que no caso dos SOCMS se prevê
operacionalizar a mesma por recurso uma possibilidade de opção de
compra prevista em contrato), ficou assim validada a escolha pela aquisição
do imóvel como forma de minimização dos efeitos económicos e financeiros
decorrentes dos contratos de arrendamento com opção de compra, isto é,
como forma de dar cumprimento à Recomendação do Tribunal de Contas.

A mesma Recomendação pareceria ter ficado por endereçar pelo Município


do Seixal em relação ao edifício dos SOCMS, uma vez que não se procurou
resolver num mesmo momento ambas as situações. Não foi esse o caso. O
tratamento em momentos diferentes das duas situações deveu-se
essencialmente às diferenças existentes entre ambas. Desde logo, porque (i)

5A este propósito, é citado ao longo deste estudo o Parecer do Prof. Doutor Marco Capitão
Ferreira, emitido em setembro de 2015, após consulta pelo Município do Seixal, que
instruía o processo de requerimento de visto prévio sobre o contrato de empréstimo e o
contrato de aquisição do imóvel dos SCCMS (“Avaliação dos aspetos inerentes à execução
da deliberação camarária de dia 25 de junho de 2018, que determina a aquisição do edifício
dos Serviços Centrais”).

17
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

existia uma segurança maior na apreciação do grau de satisfação do


interesse público municipal em relação ao edifício dos SCCMS, tendo em
conta as anomalias verificadas no conjunto de edifícios dos SOCMS e que
punham em causa a sua adequação à satisfação do interesse público
municipal, como se especifica mais à frente e, por outro lado, devido às (ii)
limitações existentes na altura em matéria de recursos financeiros, que
permitiam apenas ponderar a aquisição de um dos edifícios e não dos dois,
como atempadamente analisado.

No que respeita (i) às anomalias detetadas no imóvel caso do edifício dos


SOCMS, e conforme se teve oportunidade de referir já, começaram a ser
detetadas na utilização do edifício anomalias estruturais no edifício dos
SOCMS, que levaram a que algumas áreas do mesmo fossem desocupadas
por preocupações com a segurança e bem-estar de quem nelas trabalhava.

Foi elaborado em 2017 um estudo pelo Laboratório Nacional de Engenharia


Civil6, que, não só confirmou a necessidade de manter essas áreas
desocupadas, como estendeu essa medida a novas áreas. Mais, concluiu
pela necessidade de serem realizados trabalhos para reparação das
anomalias detetadas, e para correção das causas que foram identificadas
como estando na sua origem.

Nas suas Conclusões7, o Relatório refere-se a “[...] extensas anomalias,


deformações e fendilhação, verificadas na sua maior parte em pavimentos e paredes
do piso térreo dos edifícios dos [SOCMS] e nos pavimentos dos espaços exteriores a
esses edifícios”. Identifica a causa raiz como sendo a expansão das escórias
utilizadas na fundação dos pavimentos, sobretudo na presença de água.

6“Análise das Anomalias Construtivas Verificadas no Edificado dos Serviços Operacionais


da Câmara Municipal do Seixal – Estudo relativo às deformações e fendilhação de
pavimentos e de paredes”, Relatório 211/2017 – DED/NEG, junho de 2017.
7 Página 63 do Relatório.

18
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Recomenda então a adoção de medidas para eliminar a causa das anomalias


ou, pelo menos, para conseguir uma minimização dos riscos de ocorrência
futura das anomalias para níveis aceitáveis. Em seguida, recomenda a
reparação e reforço dos pavimentos e paredes já afetados. Finalmente,
recomenda também a revisão das zonas em que “[...] se torna necessário
adotar medidas de segurança adicionais, para a utilização dos espaços [...]”.

Na já referida deliberação camarária n.º 160/2019, de 19 de junho, no seu


considerando H) refere-se que as obras para reparação das anomalias
verificadas e correção da sua causa estavam “[...] em fase de conclusão, tendo
sido já rececionadas provisoriamente”.

Assim, apenas em 2019 entraram em fase de conclusão as obras realizadas


para cumprimento daquelas indicações técnicas.

Ora, antes de atingir-se esta fase seria difícil tomar uma decisão definitiva
relativa ao edifício do SOCMS sob pena de, por um lado, sem verificar os
resultados desta correção/reparação, ser tomada uma decisão menos
informada sobre o imóvel, e, por outro lado, não poder concluir-se sobre o
interesse do edifício no que toca à sua adequabilidade aos fins a que se
destinava, por aplicação das necessárias restrições (de segurança) à sua
utilização.

Importa aqui referir que, também em 2019, por iniciativa da Câmara


Municipal do Seixal, foi realizado pelo Instituto Superior Técnico um novo
estudo, que tinha por objeto verificar a adequação estrutural do edifício
após a realização das obras. Tendo a Câmara submetido a conclusão do
processo de aquisição a esta validação final, tornava-se assim necessário
aguardar pelo seu resultado.

O estudo realizado culminou com a apresentação, em dezembro daquele


ano, de um relatório de peritagem. Este relatório analisou as reparações
efetuadas pelo proprietário do imóvel e concluiu que “[...] os trabalhos de
reparação efetuados, com substituição das escórias por tout-venant e reparação de

19
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

anomalias em paredes foram, na generalidade, realizados de modo a eliminar as


anomalias existentes nas zonas reparadas [...]”8.

Ficando então validada a boa execução das obras para a resolução das
anomalias, verificava-se, assim, a condição prévia estabelecida pela Câmara
Municipal do Seixal para avançar com a aquisição do edifício.

A questão geral das condições estruturais do imóvel, por si só, resultava


numa diferença essencial em relação à situação do edifício dos SCCMS.

Não era, porém, a única.

Com efeito, quando se avançou com o processo de aquisição do edifício dos


SCCMS, a disponibilidade financeira era suficiente para enquadrar ao
processo relativamente a apenas um dos edifícios em causa. Optou-se,
então, por avançar em relação ao edifício dos SCCMS, desde logo por este
representar a situação no âmbito da qual a compra permitiria obter a maior
poupança, face à manutenção do arrendamento.

2.1.3. Das recomendações emitidas pelo Tribunal de Contas

Para entender o impacto concreto para o Município do Seixal da


recomendação emitida, importa conhecer o regime e natureza gerais deste
instituto.

Começa por recordar-se que a existência de um poder político com funções


executivas, no âmbito das quais o mesmo cobra receitas e realiza despesas,
implica uma função de controlo do exercício desses poderes9.

8Página 12 do Relatório de Peritagem às Anomalias do Piso Térreo das Instalações dos


Serviços Operacionais da C. M. do Seixal, FUNDEC/CERIS, 6 de dezembro de 2019.
9Cf. Franco, António de Sousa, O Controlo da Administração Pública em Portugal,
António de Sousa Franco, Ed. Tribunal de Contas, Lisboa, 1993, p. 5.

20
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

E esse controlo não pode ser meramente interno, sendo necessário um


controlo externo, que em Portugal está cometido ao Tribunal de Contas10.

O quadro constitucional e legal português tem evoluído no sentido de


ampliar os poderes do Tribunal de Contas e de sedimentar o seu papel
central no controlo, tanto da legalidade estrita como do mérito, na execução
orçamental11. A reforma de 200612 incidiu, entre outras matérias, sobre as
recomendações que o Tribunal de Contas pode emitir, as quais, apesar de
uniformes em designação parecem ter regimes diferenciados13 14.

Veja-se, a este título, a dispersão do seu regime por diversas disposições da


LOPTC, cada uma referente a uma área diversa de atuação do Tribunal:

• Artigo 41.º, relativo ao relatório e parecer sobre a Conta Geral do


Estado – “[...] podem ainda ser formuladas recomendações à Assembleia da
República ou ao Governo, em ordem a ser supridas as deficiências de gestão
orçamental, tesouraria, dívida pública e património, bem como de
organização e funcionamento dos serviços” (n.º 3).

10 Cf. artigo 214.º da Constituição da República Portuguesa e a Lei de Organização e


Processo do Tribunal de Contas (Lei n.º 98/87, de 26 de Agosto, doravante LOPTC). Ver,
no mesmo sentido, Tavares, José F. F., José F. F, “Sistema nacional de controlo: controlo
interno e controlo externo” in Revista do Tribunal de Contas, n.º 26, (Jul.-Dez.1996), Lisboa,
pp. 57-83.
11Cf. Costa, Paulo Nogueira da, “O Tribunal de Contas e a boa governança: contributo
para uma reforma do controlo financeiro externo em Portugal”, Coimbra, Coimbra Editora,
2014, p. 34.
12Cf. Martins, Guilherme de Oliveira, “A reforma do Tribunal de Contas em 2006”, Revista
do Tribunal de Contas, Lisboa, n.º 46, (Jul.-Dez.2006), Lisboa, pp. 27-61.
13 Cf., com especial interesse, Tavares, José F. E, “Recomendações do Tribunal de
Contas: conceito, natureza e regime” in Revista do Tribunal de Contas, n.º 46, (Jul.-
Dez.2006), Lisboa, pp. 165-201, trabalho, aliás, que desenvolve um texto anterior sobre
a mesma matéria, “Reflexões sobre o conceito, a natureza e o regime das
recomendações do Tribunal de Contas” in Estudos em homenagem a Cunha
Rodrigues, Volume II, Coimbra Editora, 2001, Coimbra, pp. 717-739.
14 Cfr. o citado Parecer do Prof. Doutor Marco Capitão Ferreira, pp. 115-142.

21
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

• Artigo 44.º, relativo ao visto de fiscalização prévia – Nos casos em


que o Tribunal se depare com um ato, contrato ou demais
instrumento que implique ilegalidade que altere ou possa alterar o
respetivo resultado financeiro, “[...] o Tribunal, em decisão
fundamentada, pode conceder o visto e fazer recomendações aos serviços e
organismos no sentido de suprir ou evitar no futuro tais ilegalidades”(n.º
4).
• Artigo 54.º, relativo ao processo de verificação externa de contas –
Este processo conclui pela elaboração de um relatório, do qual deve
constar “As recomendações em ordem a serem supridas as deficiências da
respetiva gestão financeira, bem como de organização e funcionamento dos
serviços” (alínea i)).
• Artigo 55.º, respeitante aos processos de auditorias “a determinados
atos, procedimentos ou aspetos da gestão financeira de uma ou mais
entidades sujeitas aos seus poderes de controlo financeiro” – O processo
conclui pela elaboração e aprovação de um relatório do qual deverá
igualmente constar “As recomendações em ordem a serem supridas as
deficiências da respetiva gestão financeira, bem como de organização e
funcionamento dos serviços” (n.º 2).

As recomendações do Tribunal surgem igualmente, na LOPTC, com relevo


na definição do regime jurídico da responsabilidade dos responsáveis pelas
infrações:

• Artigo 62.º, respeitante ao regime de responsabilidade direta e


solidária – estabelece a responsabilidade financeira reintegratória
solidária dos “membros do Governo, gerentes, dirigentes ou membros dos
órgãos de gestão administrativa e financeira ou equiparados e exatores dos
serviços, organismos e outras entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal de
Contas, se forem estranhos ao facto, quando [...] No desempenho das funções
de fiscalização que lhe estiverem cometidas, houverem procedido com culpa

22
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

grave, nomeadamente quando não tenham acatado as recomendações do


Tribunal em ordem à existência de controlo interno” (alínea c) do n.º 3).
• Artigo 65.º, respeitante às responsabilidades financeiras
sancionatórias – Estabelece que o Tribunal de Contas pode aplicar
multas “Pelo não acatamento reiterado e injustificado das recomendações
do Tribunal” (alínea j) do n.º 1). Estabelece ainda que a 1.ª e 2.ª Secções
do Tribunal podem relevar a responsabilidade por infração
financeira apenas passível de multa quando “Não tiver havido antes
recomendação do Tribunal de Contas ou de qualquer órgão de controlo
interno ao serviço auditado para correção da irregularidade do procedimento
adotado” (alínea b) do n.º 9).
• Artigo 67.º, respeitante ao regime de aplicação de multas – Estabelece
que o Tribunal, nesta aplicação, gradua as multas considerando
diversos fatores, entre eles “o grau de acatamento de eventuais
recomendações do Tribunal” (n.º 2).

Assim, não só se conseguem identificar diferentes previsões da figura da


recomendação, consoante a área de atividade do Tribunal, como se
consegue antecipar, desta utilização tão diversa, um outro aspeto essencial
que se poderá diferenciar de recomendação para recomendação: a forma (e
o grau) com que determina a ação pelos seus destinatários – a executar em
conformidade com a orientação nela contida – que visa a supressão da
infração.

No parecer do Professor Doutor Marco Capitão Ferreira podemos encontrar


uma descrição das diferentes conclusões doutrinárias sobre a
vinculatividade das recomendações, e uma análise crítica às mesmas, que
permite identificar que a diferente doutrina tem abordado esta figura
utilizando um método idêntico monista.

Concorda-se, porém, com a posição de Professor Doutor Marco Capitão


Ferreira quando propõe que se aborde de forma diferente a análise das

23
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

diversas recomendações, identificando o grau de clareza, precisão e


incondicionalidade de cada uma.

Desta análise casuística pode, então, concluir-se que uma recomendação é


programática, genérica, dependente de um facto ainda por realizar,
carecendo, portanto, de ser desenvolvida ou concretizada para poder ser
operacionalizada e cumprida, ou concluir-se que, ao invés, ela é positiva,
clara, precisa e incondicional, constituindo então um mandato completo nos
elementos necessários à ação dos seus destinatários, pronto a ser
efetivamente executado sem qualquer dependência.

No primeiro caso, seria uma recomendação com um propósito pedagógico


de promover a ação dos responsáveis, no segundo, um comando
plenamente vinculativo. Será este segundo tipo, a recomendação que se
verifique ser vinculativa, que poderá suscitar a responsabilidade financeira
sancionatória pelo seu incumprimento.15

Destaque-se aqui que, conforme se teve oportunidade de enunciar, a


LOPTC estabelece que o Tribunal de Contas pode aplicar multas “Pelo não
acatamento reiterado e injustificado das recomendações do Tribunal” (alínea j) do
n.º 1 do artigo 65.º).

Significa esta disposição que a violação ou o não cumprimento (reiterado e


injustificado) de recomendações gera, por si só, responsabilidade financeira
sancionatória. Já não se trata aqui de sancionar um agente pela violação,
detetada pelo Tribunal, de uma norma substantiva financeira, mas sim de

15 O Professor Doutor Marco Capitão Ferreira faz, no já citado parecer, uma análise da
jurisprudência do Tribunal de Contas que suporta esta posição, nomeadamente para
efeitos de aplicação da sanção prevista no artigo 65.º da LOPTC por incumprimento
reiterado de uma sua recomendação, o que o Tribunal afasta visto que esta não era
“totalmente clara e precisa quanto ao seu sentido” (Processo 13/JRF/2015, Sentença n.º 6/2016
da 3.ª Secção.

24
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

o sancionar pelo não cumprimento das suas recomendações – trata-se,


assim, de uma ofensa autónoma à ordem jurídica.

Abordar-se-á então através daquele método a Recomendação do Tribunal


de Contas que afeta o destino do edifício dos SOCMS, e retomar-se-á aquela
que aqui nos concerne:

“- Por imperativo do princípio da prossecução do interesse público e


respeito pelo princípio da equidade intergeracional, deverão ser
desenvolvidos procedimentos adequados à minimização dos efeitos
económicos e financeiros perversos emergentes dos denominados
contratos de arrendamento com opção de compra dos dois edifícios;”

A questão colocada é então se os termos desta recomendação são claros,


precisos e incondicionais, e se o Município do Seixal obtém, através da
leitura dos mesmos, uma indicação inequívoca da ação ou ações a adotar
para afastar as infrações elencadas pelo Tribunal no seu Relatório.

Na Recomendação, o Tribunal de Contas começa, desde logo, por


fundamentar a sua indicação para agir: “Por imperativo do princípio da
prossecução do interesse público e respeito pelo princípio da equidade
intergeracional [...]”.

Estes dois princípios foram alvo de desenvolvimento pelo Tribunal na sua


análise daquela mesma conduta ao longo do Relatório, fundamentando as
suas conclusões e recomendações.

Mas entende-se também que estas duas referências são, não só a


fundamentação da Recomendação, como também uma orientação
respeitante à forma de a cumprir. Mais à frente, quando analisarmos as
soluções possíveis para cumprimento da Recomendação, veremos de que
forma cada uma poderá (ou não) servir este princípio de prossecução de
interesse público e prosseguir a equidade intergeracional. Para já, bastar-
nos-á avançar que ambos balizam a conduta a adotar pela Câmara
Municipal do Seixal, de forma imperativa.

25
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Relativamente ao princípio da prossecução do interesse público, importará


verificar de que forma a solução a preconizar pela Câmara Municipal
permite, não só melhor proteger a saúde financeira do Município do Seixal,
como também de que forma concreta converge com os interesses legítimos
dos seus Munícipes.

Quanto ao princípio da equidade intergeracional, importará verificar se a


solução que se adote serve este princípio, não só por minimizar os custos
financeiros totais do contrato de arrendamento, como por não os distribuir
de forma a onerar desproporcionalmente as futuras gerações.

Preliminarmente, poderia já adiantar-se que assim seria o caso, por


exemplo, se se optasse por uma solução que colocasse o custo financeiro
maior sobre o ano em que termina o período inicial de 20 anos do contrato
de arrendamento, ao invés de uma solução que, aportando os mesmos
benefícios, importasse um custo menor caso o mesmo viesse a ser suportado
mais cedo.

O Tribunal prossegue, emitindo um inequívoco mandato para que os


responsáveis desenvolvam procedimentos adequados à minimização dos
efeitos económicos e financeiros decorrentes dos contratos de
arrendamento.

Ao longo do Relatório foram explanados os efeitos que o Tribunal


considerou serem nefastos para o erário público – as estimativas do
Tribunal, que se sumarizaram supra em 2.1.1, concretizaram a sua avaliação.

A ação a que o Tribunal exorta na sua Recomendação, é uma que logre


reduzir os efeitos identificados. Não a eliminá-los, sublinha-se, mas a
reduzi-los. Aqui o próprio Tribunal parece reconhecer que não seria
exequível o mandato que, de uma forma absoluta, indicasse que tais efeitos
teriam de ser eliminados. Estabelece, ao invés, uma meta a definir por
aplicação de todos os meios adequados: reduzir ao mínimo possível.

26
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Este aspeto torna a Recomendação um mandato de conceção,


desenvolvimento e implementação dos meios que venham a demonstrar ser
os melhores, para atingir o melhor resultado possível.

Quais serão esses meios, e a tarefa de os conceber, desenvolver e


implementar, é algo que onera, a partir da emissão da Recomendação, os
responsáveis do Município, destinatários da mesma. Esta característica não
faz dela menos precisa. A determinação inequívoca de desenvolver
procedimentos, e a definição clara da finalidade a que estes se destinarão,
de minimizar os efeitos dos contratos de arrendamento, acrescida das
balizas indicadas para a sua execução – o princípio do interesse público e
da equidade intergeracional – tornam esta uma recomendação plenamente
vinculativa para a Câmara Municipal do Seixal.

Estando formulada desta forma a Recomendação, encarregando o


Município de encontrar os mais adequados meios a aplicar, o Tribunal não
faz aqui senão refletir nela o princípio da autonomia local, ficando desta
forma salvaguardada a autonomia de decisão do Município,
nomeadamente quanto aos meios ao seu dispor, às suas limitações próprias
a atender, e à melhor forma de obter o resultado determinado.

Por outro lado, o respeito pelo princípio da autonomia local concorre, neste
caso, para a incondicionalidade da Recomendação em causa. Isto é, caso
fosse pré-determinado na Recomendação o recurso a algum meio a utilizar
pelo Município, que a este criasse um constrangimento por as diligências
necessárias para o promover não se encontrarem na sua esfera de
competências próprias, haveria uma condição ao cumprimento da
recomendação, uma dependência “externa”, e, caso a mesma se
evidenciasse impossível de ultrapassar, um fundamento para o não
cumprimento da Recomendação pelos órgãos do Município.

Quanto à decisão do Município sobre os melhores meios para obter o


melhor resultado possível, importa referir que será sempre, mais tarde,
possível ao Tribunal de Contas verificar o cumprimento da Recomendação,

27
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

procurando apurar se foram feitas todas as diligências necessárias, e


possíveis, para melhor atingir o objetivo definido na Recomendação.

Nomeadamente:

• Por um lado, poderá comparar-se o que eram as estimativas do


Tribunal quanto aos efeitos económicos e financeiros dos contratos
de arrendamento com aqueles que resultem da aplicação das
medidas que o Município venha a conceber, esperando-se que
aqueles tenham sido reduzidos tanto quanto possível; e
• Por outro lado, poderá verificar-se se se encontra demonstrado que
aquelas medidas seriam, de facto, todas as que o Município poderia
tomar.

Da verificação deste grau de cumprimento da Recomendação, que se viu já


ser vinculativa, resultará assim o apuramento da existência, ou inexistência,
de responsabilidade financeira sancionatória.

2.1.4. Consequências do não cumprimento de recomendações

Conforme houve já oportunidade de referir, as recomendações do Tribunal


de Contas surgem, na LOPTC, com relevo na definição do regime jurídico
da responsabilidade dos infratores.

Em particular, o artigo 65.º, respeitante às responsabilidades financeiras


sancionatórias, estabelece que o Tribunal de Contas pode aplicar multas
“[...] Pelo não acatamento reiterado e injustificado das recomendações do Tribunal”
(alínea j) do n.º 1).

A expressão utilizada, de “não acatamento reiterado”, poderia levar a pensar


que só na situação extrema de mais do que um incumprimento de uma
mesma recomendação, fosse porque esta era emitida sucessivamente (em
processos diferentes, por exemplo), fosse porque a ela se seguira
interpelação do Tribunal para o cumprimento, se concluísse pela
responsabilidade, neste caso, dos órgãos do Município.

28
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

No entanto, a noção de reiterado nesta disposição é a de que o conteúdo


desta Recomendação, no sentido da conduta analisada pelo Tribunal, do
tipo de infração verificado e da disposição ou princípio violados, foi já
objeto de anterior recomendação.

Quanto a uma possível justificação para não cumprimento, verificou-se já


que a própria forma como o Tribunal formulou a Recomendação, deixando
ao Município a tarefa de identificar e procurar as melhores soluções para
chegar ao melhor resultado possível, dificilmente poderia dar lugar a uma
justificação relacionada com um fator externo, ou fora do controlo do
Município, para não acatar este mandato para agir.

Acresce que, tanto quanto à avaliação do grau de culpa como da multa a


aplicar por incumprimento, crê-se que as circunstâncias específicas do
edifico dos SOCMS podem levar a um agravamento de ambas.

Com efeito, tendo-se justificado na altura em que se avançou com o


processo de minimização dos custos com o arrendamento do edifício dos
SCCMS a razão (ou razões) pela(s) qual(is) não se fazia naquele momento o
mesmo pelo edifício dos SOCMS, neste momento o cumprimento da
recomendação no que toca a este último está “em aberto”, e se se concluir
pela existência de uma possibilidade de o Município agir neste sentido,
desaparece a justificação previamente dada.

As multas a aplicar no âmbito da responsabilidade financeira sancionatória


têm como limite mínimo o montante correspondente a 25 UC, isto é, €
2.550,00, e como limite máximo o correspondente a 180 UC, isto é, €
18.360,00, e na sua graduação, nos termos do n.º 2 do artigo 67.º, o Tribunal
considera diversos fatores, entre eles “o grau de acatamento de eventuais
recomendações do Tribunal”.

Sobre a possibilidade de a responsabilidade sancionatória dos agentes da


ação ser relevada, desde já se pode antever que a mesma será afastada, uma
vez que esta faculdade, a ser exercida pelas 1.ª e 2.ª Secções do Tribunal,
implica que “Não [tenha] havido antes recomendação do Tribunal de Contas ou
29
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

de qualquer órgão de controlo interno ao serviço auditado para correção da


irregularidade do procedimento adotado” (alínea b) do n.º 9 do artigo 65.º).

Finalmente, para além da responsabilidade sancionatória, importa referir


que a responsabilidade financeira dos agentes da ação pode ainda ser de
natureza reintegratória, isto é, de reposição nos cofres do erário público dos
valores que venham a ser identificados para esse fim. Também no
apuramento do grau de culpa neste tipo de responsabilidade o Tribunal terá
em conta “o grau de acatamento de eventuais recomendações do Tribunal” (n.º 1
do artigo 64.º).

Ambos os tipos de responsabilidade financeira, sancionatória ou


reintegratória, têm natureza pessoal, e não institucional, uma vez que
recaem, nos termos do n.º 1 do artigo 61.º (no caso da responsabilidade
sancionatória, esta disposição é aplicada por remissão do n.º 3 do artigo
67.º), sobre o agente ou agentes da ação.

Os agentes da ação sobre quem recairá esta responsabilidade serão, assim,


os membros dos órgãos do Município, e não a entidade Município em si,
podendo a conduta que dará azo a responsabilidade ser a de não promover
as diligências necessárias para a minimização dos custos financeiros do
contrato de arrendamento ou mesmo a conduta de impedir essas mesmas
diligências de se desenvolverem.

Recorde-se aqui a este respeito que a Recomendação em causa consiste num


mandato para agir, sendo por isso antecipável que impedir essa ação será
igualmente uma conduta a considerar como incumpridora daquele
mandato.

2.1.5. Conclusões

O Relatório n.º 20/2016, da 2.ª Secção do Tribunal de Contas, assinado a 24


de novembro de 2016, resultante da Auditoria Orientada ao Endividamento
do Município do Seixal, realizada com a ref.ª 18/2014-AUDIT, continha a
seguinte Recomendação que aqui se torna a citar:

30
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

“- Por imperativo do princípio da prossecução do interesse público e


respeito pelo princípio da equidade intergeracional, deverão ser
desenvolvidos procedimentos adequados à minimização dos efeitos
económicos e financeiros perversos emergentes dos denominados
contratos de arrendamento com opção de compra dos dois edifícios”

Sendo, como se viu, os termos desta Recomendação claros, precisos e


incondicionais, determinando inequivocamente que sejam desenvolvidos
procedimentos, juntamente com a definição clara da finalidade a que estes
se destinarão, de minimizar os efeitos dos contratos de arrendamento,
acrescida das balizas indicadas para a sua execução – a prossecução do
princípio do interesse público e da equidade intergeracional – tornam esta
uma recomendação plenamente vinculativa para o Município do Seixal.

A autonomia de decisão do Município, nomeadamente quanto aos meios


ao seu dispor, às suas limitações próprias a atender, e à melhor forma de
obter o resultado determinado, fica, ainda assim, salvaguardada, sendo
sempre possível ao Tribunal de Contas verificar mais tarde o cumprimento
da recomendação, procurando apurar se foram feitas todas as diligências
necessárias, e possíveis, para melhor atingir o objetivo definido na
Recomendação.

Nomeadamente, poderá sempre fazê-lo comparando, por um lado, o que


eram as estimativas do Tribunal quanto aos efeitos económicos e
financeiros dos contratos de arrendamento com aqueles que resultem da
aplicação das medidas que o Município venha a conceber, esperando-se que
aqueles tenham sido reduzidos tanto quanto possível; e, por outro lado,
verificando se se encontra demonstrado que aquelas medidas seriam, de
facto, todas as que o Município poderia tomar.

Da verificação deste grau de cumprimento da recomendação resultará


assim o apuramento da existência, ou inexistência, de responsabilidade
financeira sancionatória.

31
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

2.2. Soluções possíveis

2.2.1. Considerações gerais

Face à constatação de que é imperativo dar cumprimento, na medida do


que é possível, à Recomendação do Tribunal de Contas, e de que é
necessário avançar com o desenvolvimento de procedimentos nesse sentido,
uma vez que se encontram reunidas as condições para o efeito que não
existiam ainda quando foi promovido o processo equiparado para o edifício
do SCCMS, importa, neste momento, avaliar quais as soluções disponíveis.
Neste sentido analisa-se de seguida a solução de exercício do direito de
opção de compra para aquisição do Edifício dos SOCMS com recurso à
contratação de empréstimo – nomeadamente, comparativamente com as
restantes soluções possíveis, o que se procura fazer em seguida –, para
validar a sua conformidade com a legislação aplicável e com a própria
Recomendação do Tribunal de Contas e para melhor suportar a sua
execução, conforme o objetivo geral determinado para o presente estudo.

A solução a implementar deverá ainda demonstrar-se cumpridora do


princípio da economia, eficiência e eficácia na realização de despesa pública
(artigo 18.° da Lei de Enquadramento Orçamental16), devendo apresentar-
se como a menos onerosa e a que melhor permite reduzir os custos
económicos e financeiros do contrato de arrendamento.

Deverá, igualmente, prosseguir o interesse público e respeitar o princípio


da equidade intergeracional. Estes dois princípios são expressamente
referidos enquanto fundamentação da Recomendação do Tribunal de
Contas e enquanto balizas definidas para a atuação do Município, e
encontram-se previstos, respetivamente, no artigo 4.º do Código de

16 Aprovada pela Lei n.º 151/2015, de 11 de setembro.

32
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Procedimento Administrativo17 e no artigo 9.º do Regime Financeiros das


Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais18.

As soluções que se afigurariam, à partida, como disponíveis ao Município


do Seixal, seriam:

a) Manter o contrato na sua formulação atual;


b) Denunciar o contrato;
c) Suscitar a anulabilidade ou nulidade do contrato e iniciar um
procedimento por expropriação por utilidade pública;
d) Renegociar a renda;
e) Exercer o direito de opção de compra nos termos contratualmente
previstos; e
f) Realizar um acordo extrajudicial que permita a aquisição fora das
condições previstas no contrato.

Finalmente, para além da sua viabilidade jurídica, importa analisar cada


uma delas na perspetiva financeira da sua implementação (só assim se
poderá avaliar o seu potencial para dar cumprimento à recomendação).

Para este propósito, recorrer-se-á, como se fez já anteriormente, às projeções


de cariz económico-financeiro do próprio Tribunal de Contas apresentadas
no seu Relatório de Auditoria19.

2.2.2. Manter o contrato na sua formulação atual

O contrato na sua formulação atual foi alvo de severas críticas pelo Tribunal
de Contas. Mantê-lo, ou prolongá-lo, demonstrando-se que é possível

17 Aprovado pelo Decreto Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro.


18 Aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro.
19Os critérios e fatores utilizados pelo Tribunal no cálculo das estimativas foram descritos
na nota de rodapé n.º 333, da pág. 203 do Relatório.

33
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

alterar o mesmo ou a situação que dele decorre, certamente não irá no


sentido de cumprir o objetivo determinado na Recomendação.

No seu Relatório, o Tribunal estima que o somatório das rendas pagas será,
em 2020, de € 30.971.621.

Caso se venha a aguardar até ao final do contrato, 31 de dezembro de 2024,


para executar algum procedimento diferente, mantendo até lá a atual
situação, este valor ascenderia a € 38.088.595.

A mera comparação destes valores induz a concluir pelo interesse em


antecipar, tanto quanto possível, a solução que venha a escolher-se, de
forma a que, na prática, se pague o menor período possível de rendas.

Uma vez que este valor de rendas acrescerá ao custo específico que venha
a resultar da solução que venha a adotar-se, manter até 31 de dezembro de
2024 a situação atual contrariaria diretamente o objetivo de minimização
dos custos efeitos económicos e financeiros emergentes deste contrato,
prescrito pela Recomendação do Tribunal de Contas.

Por outro lado, poderia conceber-se que o interesse do Município em


manter a utilização deste edifício poderia passar por esta solução de manter
o status quo. Nesse caso, seria relevante analisar-se o interesse público
municipal como fundamentação para não antecipar qualquer outra solução
mais disruptiva (muito embora, até chegar a 31 de dezembro de 2024, se
tivesse de ponderar a renovação do contrato após essa data e, ainda que
assim se procedesse, haveria sempre a possibilidade de a outra parte, a
Senhoria, o denunciar).

No entanto, torna-se evidente que o interesse em manter a utilização do


edifício, ainda que prossiga o interesse público municipal, não é impeditivo
de se procurar encontrar uma situação jurídica diferente, que permita
aquela continuidade de uso mas afaste, tanto quanto possível, a situação (e
os custos) de arrendamento.

34
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Esse seria, por exemplo, o caso da aquisição antecipada do edifício, antes


mesmo do termo do período inicial de 20 anos em curso, o que em si só
recomenda que essa seja uma solução a analisar com seriedade.

2.2.3. Denunciar o contrato

Nos termos da cláusula sexta do contrato, terminado o prazo inicial de 20


anos do arrendamento, este será automaticamente renovável por períodos
subsequentes de 3 anos, salvo denúncia pela Câmara Municipal do Seixal
por carta registada com aviso de receção com os prazos mínimos de pré-
aviso ali previstos, ou pela Senhoria, através de notificação judicial avulsa,
requerida com uma antecedência mínima também ali prevista.

Os prazos mínimos de antecedência previstos são, para o inquilino, de:

a) Seis meses antes do termo do período inicial de 20 anos de


arrendamento, logo, até 30 de junho de 2024; ou
b) Após o decurso daquele período de 20 anos, 60 dias antes do termo
de qualquer das subsequentes renovações a ocorrer de 3 em 3 anos.

O que significa que a denúncia ficou prevista apenas para produzir efeitos
no final do período inicial de 20 anos, o que nos traz de novo à situação de
não conseguir antecipar o termo do arrendamento (e do pagamento das
rendas) – mais uma vez, não conseguindo minimizar os custos económicos
e financeiros deste contrato.

O contrato prevê ainda um regime a aplicar à sua revogação unilateral, que


poderia então ser antecipada face àquele termo. Em concreto, a sua cláusula
nona prevê o regime aplicável a esta forma de cessação do contrato de
arrendamento.

Destaque-se, porém (o que se fez já anteriormente, e que o Tribunal


sublinha igualmente no seu Relatório), que, uma vez que aquela cláusula
contratual prevê um valor de indemnização compensatória em caso de
revogação unilateral do contrato pelo Município do Seixal (trata-se de uma
cláusula penal) correspondente ao somatório das rendas que se pagariam

35
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

desde a data de produção de efeitos da revogação até ao termo do


arrendamento fixado em contrato (31 de dezembro de 2024), tendo por base
o valor da renda mensal em vigor à data de produção de efeitos da
revogação, o Município acabaria por pagar o valor global indicado em 2.2.2,
de € 38.088.595 (o total de rendas pagas e a pagar desde o início do contrato
até ao seu termo).

Não existiria, assim, qualquer vantagem financeira em fazê-lo


antecipadamente, face à simples alternativa de deixar decorrer o contrato e,
até 30 de junho de 2024, denunciar nos termos da cláusula sexta, pagando
na mesma a totalidade das rendas até termo do contrato.

O que, para parafrasear o Tribunal de Contas, “[...] equivale a dizer que a


denúncia antecipada não constitui uma opção. [...]”20.

Às desvantagens financeiras assim descritas de uma denúncia nos termos


do contrato ou mesmo da sua revogação unilateral como forma de obter os
resultados de uma denúncia antecipada, e ao contrário do que resultaria de
manter o status quo e renovar a situação de arrendamento para além do seu
termo inicial, acresce que a denúncia (antecipada ou não) como “solução”
afastaria os benefícios para o interesse público municipal de uma opção que
garantisse a continuidade da utilização deste edifício.

Sem esta garantia, o Município teria de antecipar, antes de qualquer


denúncia, todo o processo complexo, e oneroso, de colocar os seus Serviços
Operacionais a funcionar noutro local ou edifício.

Note-se que, caso esta mudança não fosse antecipada face à cessação do
contrato de arrendamento, estaria a permitir-se a interrupção do
funcionamento dos Serviços Operacionais, que são pressuposto essencial
da prossecução pelo Município de fins públicos municipais.

20 Cf. ponto 498 da página 206 do Relatório.

36
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Pode, porém, desde já afastar-se a hipótese de tal alternativa ao atual


edifício estar pronta nos tempos mais próximos: implicava encontrar um
novo edifício ou conjunto de edifícios, comprá-lo, alterá-lo para se adaptar
às condições indispensáveis ao funcionamento dos serviços, e mudar para
o mesmo pessoal, materiais, e tudo o que fosse necessário para esta
transição, que ademais sempre implicaria alguma disrupção na capacidade
de resposta diária e permanente que aqueles serviços têm de assegurar.

Aos custos supra descritos da denúncia devem, assim, acrescentar-se


aqueles que seriam os custos desta mudança de local.

Procurando então projetar-se o que poderiam ser os custos desta operação,


foi disponibilizado pelo Município um Relatório respeitante aos “Serviços
Operacionais da CMSeixal, dimensionamento, localização e investimento –
Novas Instalações”, que enuncia as diferentes vertentes a considerar para
fazer face a um projeto de mudança de instalações dos SOCMS. Com base
neste trabalho de projeção, poderá estimar-se para um cenário de mudança
um valor de cerca de € 26.400.000 para construir e apetrechar um novo
edifício ou conjunto de edifícios, discriminado nos seguintes termos:

- € 16.000.000 em construção em área edificada;

- € 4.000.000 em equipamentos e instalações especiais;

- € 2.000.000 em modelação do terreno, vedação, arranjos e infraestruturas


no interior da parcela; e

- € 4.400.000 em adaptação das infraestruturas, imponderáveis e


equipamento de instalações.

Nesta estimativa teria igualmente de considerar-se o custo, que seria


necessário adicionar a este cálculo, e seria certamente avultado, de
aquisição dos terrenos onde ficasse o novo imóvel. O Relatório referido
descreve, para além do mais, as particularidades a que teria de atender a
procura por terrenos adequados (uma área superior a 38.000,00m2, possuir
serventia de vias adaptadas ao tipo e frequência de tráfego que os SOCMS

37
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

geram, ser equidistante dos limites territoriais do Concelho, possuir


servidão de rede de transportes públicos), o que resulta na escassez de
terrenos disponíveis.

Finalmente, a projeção deveria igualmente considerar os custos de gestão


da mudança e da logística da passagem de pessoas e materiais para o novo
local.

A este conjunto de custos decorrentes da mudança de instalações, teria


então, conforme descrito, de acrescentar-se o valor de € 38.088.595,
correspondente ao total de rendas pagas e a pagar desde o início do contrato
até ao seu termo (quer viesse a denunciar-se ou a revogar-se
unilateralmente o contrato), bem como quaisquer outras rendas que
decorressem da necessidade de prolongar o arrendamento para além de
dezembro de 2024 caso a operação de mudança não estivesse perfeitamente
concluída naquele momento.

Desta forma, a opção de denunciar o contrato ou de o revogar


unilateralmente perde claramente, em termos financeiros, quando se
compara a mesma com os custos (que adiante se detalharão) de adquirir o
imóvel onde presentemente funcionam os Serviços Operacionais.

Assim, desde já se pode avançar a conclusão de que a melhor solução a


adotar seria aquela que permitisse que o Município fizesse cessar o
arrendamento para minimizar os efeitos financeiros e económicos do
mesmo, garantindo ainda assim a transmissão para a sua propriedade do
imóvel, de forma a assegurar a prossecução do interesse público municipal,
no respeito pelo princípio da continuidade dos serviços públicos.

2.2.4. Suscitar a anulabilidade ou a nulidade do contrato e iniciar


um procedimento de expropriação por utilidade pública

Também esta opção teria como propósito fazer cessar unilateralmente o


contrato de arrendamento, procurando aqui, no entanto, garantir a
continuidade do uso do edifício.

38
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

No entanto, ambas as vertentes de ação (cessar o contrato e garantir a


continuidade do uso do edifício) apresentam condicionantes que se
considera impeditivas da implementação desta solução face às
circunstâncias do Município e do edifício em questão. Assim:

a) Atacar-se a validade do contrato – Esta opção implicaria, fosse com


o propósito de denunciar unilateralmente o contrato ou de obter em
Tribunal a sua anulação, invocar a invalidade parcial ou total do
contrato.
Para além do risco elevado quanto ao sucesso desta via de ação – e
da demora que a mesma poderia implicar associando-se
provavelmente à mesma os prazos e custos de um processo judicial
interposto pela outra parte –, caso não seja acompanhada de uma
garantia de posse do edifício enquanto não se concretiza, a ela se
associariam também os custos – incomportáveis - de interrupção de
funcionamento dos SOCMS.
Avançar com diligências para atacar a validade do contrato
(assumindo que tal seria viável) sem promover simultaneamente o
lançamento de um processo de expropriação de utilidade pública,
seria arriscar ficar desvinculado do contrato, mas perder a
possibilidade de manter os Serviços Operacionais (ou qualquer outro
Serviço do Município) a funcionar no edifício.
Aqui remetemos para o que foi já referido a propósito da denúncia
ou revogação unilateral, sobre as soluções que implicam a perda do
imóvel.
b) Lançar-se um processo de expropriação de utilidade pública, nos
termos do Código das Expropriações21 - Para que este processo fosse
bem-sucedido e para que, em nenhum dos seus momentos até à sua

21 Aprovado pela Lei n.º 168/99, de 18 de setembro.

39
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

conclusão, o Município fosse obrigado a abandonar o imóvel, seria


necessário:
i) Uma declaração ministerial de utilidade pública
Antes de mais, o Código das Expropriações estabelece que a
resolução de requerer esta declaração deve identificar a causa de
utilidade pública a prosseguir (artigo 10.º).
O requerimento deve ainda seguir acompanhado de indicação da
dotação orçamental que suportará todos os encargos com a
expropriação e respetiva cativação ou caução correspondente
(artigo 12.º). Esta seria outra situação que dificilmente se
configuraria nas atuais circunstâncias: dependendo do montante,
poderia ser necessário ao Município contrair um empréstimo
para custear estes encargos.
A esta operação aplicar-se iam então todas as limitações de
endividamento do Município, as quais se abordarão mais
adiante. Pode, porém, desde já antecipar-se que a norma
excecional que poderá permitir ao Município contrair um
empréstimo para financiar a aquisição do imóvel arrendado
(artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado para 2020) não é
aplicável ao pagamento de indemnizações e outros encargos por
expropriação desse mesmo imóvel.
ii) Uma autorização ministerial para a posse administrativa
imediata do edifício
Antes de mais, esta possibilidade está associada à necessidade de
realização de uma empreitada de obras públicas para
prossecução de causas de utilidade pública, para a qual o imóvel
se tornou necessário.
Veja-se, por exemplo, o artigo 19.° do Código das Expropriações
que estabelece que esta autorização só será concedida se “[...] os
trabalhos necessários à execução do projecto de obras aprovado sejam
urgentes e aquela providência se torne indispensável para o seu início

40
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

imediato ou para a sua prossecução ininterrupta [...]”. O que não é o


caso quanto ao edifício do SOCMS.
O mesmo se diga da atribuição de carácter de urgência à
expropriação, que confere a posse administrativa do imóvel:
podendo ser atribuído este carácter no acto declarativo de
utilidade pública que se referiu em i), o mesmo só o é caso exista
a necessidade urgente de realizar obras de interesse público no
imóvel (artigo 15.º).
Para além do mais, esta autorização para a posse administrativa
imediata do edifício teria sempre como condição prévia o
depósito à ordem da Senhoria de um valor de indemnização a
fixar por um perito da lista oficial existente para o efeito (artigo
20.º do Código de Expropriações), o que constituiria em si um
custo financeiro elevado. A este valor se aplica o que se referiu já
em i) sobre a cabimentação dos encargos com a expropriação.
iii) O pagamento de uma indemnização compensatória
Esta deverá compensar o prejuízo sofrido pelo expropriado,
sendo calculada nos termos previstos dos artigos 23.º e 24.º do
Código de Expropriações, tendo por base o valor real e corrente
do bem “[...] de acordo com o seu destino efectivo ou possível numa
utilização económica normal, à data da publicação da declaração de
utilidade pública, tendo em consideração as circunstâncias e condições
de facto existentes naquela data”.
Aqui, de novo, as restrições ao endividamento colocariam um
entrave ao cumprimento pelo Município desta obrigação.

Assim se pode facilmente concluir que não haveria condição para pagar os
encargos associados à expropriação, que a autorização de posse
administrativa não poderia ser concedida, e que o próprio requerimento
para declaração de utilidade pública seria rejeitado.

41
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Mais: não só a expropriação por utilidade pública do edifício dos SOCMS


não seria legal pelos motivos expostos, ela não seria sequer útil. Isto porque
os prazos associados à execução desta opção a afastariam para um
horizonte que se pode desde logo pressupor que estaria para lá do termo
inicial do contrato de arrendamento.

A demora referida estaria associada às diligências necessárias, às


autorizações a obter, à obrigação de preceder o requerimento de declaração
de utilidade pública com diligências para adquirir os bens por via de direito
privado (artigo 11.º), bem como com a previsível oposição da parte da
Senhoria que procuraria certamente, em Tribunal, afastar a legitimidade do
Munício para avançar com este processo, contestar o preenchimento dos
requisitos legais obrigatórios para o efeito e, até, obter a mais vantajosa
fixação de montante indemnizatório.

Relativamente a este último aspeto indicado, sobre a probabilidade de um


litígio, poderá dizer-se que muito embora não exista ainda nenhum em
curso (muito menos no sentido de litígio judicial) entre as partes do
contrato, algumas das soluções em discussão – nomeadamente aquelas que,
como a que agora se analisa, permitiriam ao Município fazer cessar o
arrendamento garantindo ainda assim a transmissão para sua propriedade
do imóvel – torná-lo-iam certamente de ocorrência provável.

Entretanto, e até à conclusão do litígio, as rendas continuariam a ser pagas


pelo Município (assumindo que a Senhoria não procuraria recorrer à
possibilidade de denunciar o contrato, prevista na cláusula sexta do
mesmo), aumentando progressivamente os custos financeiros do
arrendamento, que seriam sempre somados aos encargos associados à
expropriação, podendo antever-se que os mesmos seriam, no seu global,
superiores ao que o Município incorrerá com a aquisição do edifício.

Desta forma se pode concluir pela inviabilidade jurídica e, até, financeira,


desta opção de suscitar a anulabilidade ou a nulidade do contrato de

42
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

arrendamento, iniciando um processo de expropriação por utilidade


pública.

2.2.5. Renegociar a renda

Como se teve oportunidade de referir já, o valor estimado das rendas a


suportar pelo Município do Seixal até ao final do prazo inicial do contrato
de arrendamento, 31 de dezembro de 2024, é de € 38.088.595, indicando as
estimativas do Tribunal de Contas que até ao ano de 2020 se teria pago o
valor acumulado de € 30.971.621.

A procura de um acordo extrajudicial que levasse a uma redução das rendas


poderia reduzir os custos a incorrer pelo Município enquanto
implementava outra solução, mais definitiva.

No entanto, a redução das rendas não se afigura como viável, nem sequer
como forma de redução mínima de custos. Isto porque as aproximações
feitas pelo Município no sentido de negociar valores (em concreto, os
valores de aquisição), de que mais adiante se falará, procurando reduzir o
mais possível os seus custos, foram recebidas pelo Fundo com a postura
rígida de aplicação dos valores referidos em contrato, sem aceitar alterações
(exceção feita ao aumento, e não redução, atribuível a uma questão de IVA,
que adiante se explicará).

Não existirá, assim, vontade da outra Parte que possa ir ao encontro da


vontade do Município neste sentido.

E ainda que assim não fosse, recorde-se aqui o que se disse já em 2.2.2, a
propósito de manter o contrato na sua atual formulação: o mesmo foi alvo
de severas críticas pelo Tribunal de Contas e mantê-lo, ou prolongá-lo,
tendo-se demonstrado que é possível alterar o mesmo ou a situação que
dele decorre, certamente não irá no sentido de cumprir o objetivo
determinado na Recomendação.

Assim se considera ficar afastada a solução de renegociação das rendas.

43
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

2.2.6. Exercer o direito de opção de compra nos termos


contratualmente previstos

i) Condições contratuais do exercício da opção de compra

O contrato de arrendamento prevê na sua cláusula décima, conforme se


referiu já, uma opção de compra que poderá ser exercida no primeiro e no
sétimo mês de cada ano (durante o mês de janeiro ou julho de cada ano).

O valor daquela compra resultaria da fórmula de atualização prevista no


n.º 7 da referida cláusula, aplicada ao valor base igualmente definido: €
19.652.864,34. Segundo as estimativas do Tribunal de Contas o valor que
resulta daqueles cálculos será de € 25.153.708 no final do período inicial de
20 anos de arrendamento, em 2024, e de € 24.172.219 em 2020.

Caso o Município pretendesse assim ficar com o edifício no final do


contrato, adquirindo-o (sem renovar o arrendamento do mesmo para além
de dezembro de 2024, portanto), o encargo financeiro global estimado pelo
Tribunal de Contas seria de € 63.242.302, correspondendo ao somatório do
total de rendas pagas até àquele momento, de € 38.088.595, e do preço de
compra naquela data, de € 25.153.707. O mesmo cálculo aplicado a 2020
indicaria que o encargo financeiro global nesse momento seria de €
55.143.840.

Importa aqui referir que esta cláusula décima do contrato de arrendamento


estabelecia também, no seu n.º 11, que ao preço de aquisição acrescerá
Imposto sobre Valor Acrescentado, à taxa legal, “para cujo efeito as Partes
desde já se obrigam a requerer a renúncia à respetiva isenção, com a antecedência
fixada na Lei.”.

Quanto à aplicação de IVA a estes valores de exercício de opção de compra,


crê-se que será de afastar essa previsão contratual, por imperativo legal.

Antes de mais, à operação de transmissão de propriedade do imóvel do


Edifício dos SOCMS, da Interfundos para o Município do Seixal, é de facto
aplicável a isenção de IVA elencada no número 30 do artigo 9.º do Código

44
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

do Imposto sobre Valor Acrescentado (CIVA), referente a “[...] operações


sujeitas a imposto municipal sobre as transmissões de imóveis”.

Nos termos do número 5 do artigo 12.º daquele mesmo Código, podem


renunciar àquela isenção os sujeitos passivos que transmitam o direito de
propriedade de prédios urbanos a favor de outros sujeitos passivos que os
utilizem, total ou predominantemente, em atividades que conferem o
direito à dedução.

Para preenchimento deste requisito, foi então verificado junto do Município


se as atividades a que o mesmo afeta o edifício do SOCMS conferem, pelo
menos predominantemente, o direito à dedução (análise para a qual importa
o esclarecimento prestado através do Ofício Circulado 174229/1991 – 20/11
– DSCA, de 20 de novembro de 1991, onde se elencam as atividades
desenvolvidas pelas Câmaras Municipais sujeitas a IVA e as não isentas ou
isentas conferindo o direito à dedução - número 3 do referido Ofício).

Foi então identificado pelos serviços do Município que o uso que este faz
do edifício não preenche a condição descrita para que possa haver renúncia
à isenção de pagamento de IVA prevista no número 30 do artigo 9.º do
CIVA.

Acresce que existiriam ainda outras condições a preencher para que esta
renúncia fosse permitida. As condições referidas encontram-se previstas no
Decreto Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro, que, no seu artigo 3.º, aprova o
regime da renúncia à isenção do IVA nas operações relativas a bens imóveis,
regime esse que é publicado no Anexo a este diploma.

Quanto a condições objetivas para a renúncia, em particular as condições


alternativas elencadas no número 2 do artigo 2.º daquele Anexo (uma, pelo
menos, deve ser preenchida para que se possa renunciar à isenção de
pagamento de IVA), colocam-se desde logo dificuldades sobre o
preenchimento de qualquer uma delas, exceto a última:

45
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

• Alínea a): A condição seria a operação em causa (aquisição do imóvel


pelo Município) tratar-se da “[...] primeira transmissão ou locação do
imóvel ocorrida após a construção [...]” (sublinhado aditado); esta seria,
porém, uma segunda transmissão do imóvel (tendo a primeira sido
a da Assimec para o Fundo Aberto de Investimento Imobiliário –
Millenium Rendimentos Imobiliários).
• Alínea b): A condição é que a transmissão em causa seja a primeira
após a realização de “[...] grandes obras de transformação ou renovação,
de que tenha resultado uma alteração superior a 30% do valor patrimonial
tributável para efeito do imposto sobre imóveis [...]” (sublinhado aditado);
as obras de correção de anomalias não correspondem a esta definição
e nenhumas outras ocorreram;
• Alínea c): Finalmente, esta condição implica que a operação
antecedente à que estaria agora em causa – a transmissão da Assimec
para o Fundo Aberto de Investimento Imobiliário – Millenium
Rendimentos Imobiliários –, tenha sido efetuada com renúncia à
isenção, “[...] quando esteja a decorrer o prazo de regularização previsto no
n.º 2 do artigo 24.º do [CIVA] relativamente ao imposto suportado nas
despesas de construção ou aquisição do imóvel [...]”.
O que terá sido o caso, razão pela qual neste momento, e até ao final
do ano de 2024 (a transmissão realizou-se a 23 de dezembro de 2004),
estará ainda a decorrer o prazo de 20 anos referido no número 2 do
artigo 24.º do CIVA, para regularização pela Interfundos das
deduções efetuadas.

A verificação do requisito contido nesta última alínea c) significa que, para


efeitos de preenchimento das condições objetivas previstas no Anexo ao
Decreto Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro, a renúncia à isenção poderia, em
tese, ser permitida.

No entanto, no que toca a condições subjetivas para a renúncia, na alínea a)


do n.º 1 do artigo 3.º do Anexo estabelece-se que a renúncia à isenção é

46
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

permitida quando o transmitente e o adquirente, ambos sujeitos passivos,


pratiquem operações que confiram direito à dedução ou, como é o caso do
Município do Seixal, exercendo simultaneamente operações que confiram e
que não confiram aquele direito (sujeitos passivos mistos), “[...] o conjunto
das operações que conferem o direito à dedução seja superior a 80% do total do
volume de negócios [...]”.

Tendo também esta condição sido analisada, e verificando-se que a


incidência destas operações que conferem o direito a dedução é, no caso do
Município, inferior àquela percentagem, conclui-se então não estar
preenchida esta condição legal subjetiva para que a renúncia seja permitida.

Da verificação do preenchimento das condições referidas (n.º 5 do artigo


12.º do IVA, e artigos 2.º e 3.º do Anexo ao Decreto Lei n.º 21/2007, de 29 de
janeiro) depende a existência de condições legais para a renúncia à isenção
de pagamento de imposto, imperativas ainda que em contrato as Partes se
tenham vinculado a requerê-la.

Assim, como se viu, no caso de aquisição do Edifício dos SOCMS verificam-


se não serem cumpridas mais do que uma daquelas condições.

Em conclusão, e porque não se verificam preenchidas as condições supra


referidas para permissão da renúncia à isenção, a mesma não poderia
operacionalizar-se – não seria autorizada, sequer.

Nem a sua previsão em contrato, nem a invocação de custos pela


Interfundos (com o pagamento e uma eventual regularização do IVA)
poderia levar à derrogação destas condições legais: o Município pagaria
apenas o valor base estipulado em contrato para o exercício do direito de
opção de compra (€ 19.652.864,34), atualizado de acordo com a fórmula nele
prevista, sem acréscimo de imposto.

ii) A opção de compra como solução

Explicadas que estão as condições de preço para o exercício do direito de


opção de compra nos termos exatos do contrato, importa então analisá-lo

47
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

como solução para dar cumprimento à Recomendação do Tribunal de


Contas.

Antes de mais, esta solução permite obter a vantagem de que se falou já, a
de garantir a continuidade de uso do edifício dos SOCMS com os benefícios
já descritos, e, para o Município, enquanto proprietário do imóvel, permite
assegurar a manutenção desses benefícios sem ser “a termo”, como se
caracteriza a situação atual. É, por isso, uma decisão suportada no interesse
público municipal.

Pode também, com segurança, afirmar-se a aptidão desta aquisição para a


satisfação das necessidades coletivas.

Antes de mais, este Edifício, construído de forma adaptada à sua finalidade,


tem vindo a ser usado nesses termos desde 2005, comprovando-se assim a
sua adequação aos fins dele pretendidos. Assim se considera demonstrado
que a aquisição do edifício permite respeitar-se um dos princípios
essenciais indicados pelo Tribunal de Contas na sua Recomendação: o
princípio da prossecução do interesse público, que se encontra previsto no
artigo 4.º do Código de Procedimento Administrativo22.

Embora o arrendamento proporcione a continuidade da utilização das


instalações, como se referiu supra, a estabilidade orçamental conseguida
pelo Município do Seixal sugere e recomenda uma solução que garanta que
os objetivos de centralização e modernização dos serviços operacionais não
se percam e, simultaneamente, sejam mantidos com o menor custo possível,
o que só parece possível nos cenários em que o Município do Seixal adquire
a propriedade do edifício.

Por outro lado, os problemas estruturais que afligiam o edifício, e cuja


correção era condição prévia para poder avançar-se para a opção de

22 Aprovado pelo Decreto Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro.

48
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

compra, encontram-se neste momento sanados. Isto mesmo é validado pelo


Relatório do Instituto Superior Técnico de dezembro de 2019, que considera
resolvidas no geral as anomalias anteriormente detetadas pelo LNEC, em
2017.

Conclui-se, por isso, que a solução de exercício de opção de compra:

a) É económica, sendo adequada à prossecução dos objetivos acima


delineados, tendo um custo competitivo face às soluções alternativas
e podendo ser utilizada no imediato, com continuidade da prestação
dos serviços públicos;
b) É eficiente, na medida em que permite atingir os objetivos
enunciados com o menor custo possível;
c) É eficaz, pois as vantagens da centralização e modernização dos
serviços operacionais têm vindo a ser obtidas com a utilização deste
Edifício, não havendo razões para duvidar que assim não continue
no futuro.

A aquisição do edifício permite, igualmente, respeitar-se outro princípio


essencial indicado pelo Tribunal de Contas na sua Recomendação: o
princípio da equidade intergeracional, que se encontra previsto no artigo
9.º do Regime Financeiros das Autarquias Locais e das Entidades
Intermunicipais23.

Esta disposição define o respeito por este princípio enquanto a


subordinação da atividade financeira das autarquias locais à

“[...] equidade na distribuição de benefícios e custos entre gerações, de


modo a não onerar excessivamente as gerações futuras, salvaguardando
as suas legítimas expetativas através de uma distribuição equilibrada
dos custos pelos vários orçamentos num quadro plurianual”.

23 Aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro.

49
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Facilmente se conclui, então, que uma solução que passe por fazer cessar o
arrendamento, por aquisição do imóvel, reduzindo assim os custos que se
preveem decorrer do mesmo enquanto se opte por mantê-lo, contribui
significativamente para a não oneração de futuras gerações com uma não
decisão, ou uma não tomada de posição no momento presente.

A aquisição implica um investimento avultado (adiante se abordarão as


questões relacionadas com o empréstimo necessário para a compra), mas
não adquirir implica um custo mais elevado do que esse investimento: a
continuidade do pagamento de rendas enquanto não se encontre
alternativa para sediar os Serviços Operacionais e um inevitável futuro
investimento para a mudança desses serviços para outro edifício ou
edifícios.

Investimento futuro esse que, caso implique a aquisição de novo terreno e


edifícios, adaptação dos mesmos, mudança de pessoas e materiais, e
disrupção no funcionamento dos serviços operacionais, será certamente
mais dispendioso do que a aquisição do imóvel já ocupado (em 2.2.3
procurou estimar-se os custos que essa alternativa de um novo local ou
edifício traria).

No fundo, considera-se que onerar desproporcionalmente as futuras


gerações seria não agir e deixar para as mesmas a decisão e correspondente
ação, inevitáveis, de dotar o Município de instalações adequadas aos seus
serviços, mantendo até lá em vigor os custos dispendiosos do contrato de
arrendamento.

Quanto aos ganhos na manutenção do edifício já ocupado, tendo sido já


validada a sua aptidão para a prossecução do interesse público municipal
(foi, na sua origem, adaptado para esse efeito em cumprimento das
indicações do próprio Município), a mesma se manterá no futuro
distribuindo assim a longo prazo os benefícios que advêm da sua utilização
pelos Serviços Operacionais.

50
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Para assegurar essa aptidão, será necessário assegurar a manutenção e


conservação do edifício, mas esses são já custos que impendem sobre o
Município atualmente, pelo que não onerarão desproporcionalmente os
futuros orçamentos, ainda que venham a subir marginalmente com a
antiguidade do imóvel, quando, aliás, o custo com as rendas tenha
desaparecido.

Pelo seu significado em termos de custos futuros com o edifício, e de


despesas a somar aos valores que se referiram já para o exercício de opção
de compra, importa aqui recordar novamente o Relatório de Peritagem de
2019 uma vez que este, juntamente com a conclusão de eficácia das obras já
realizadas para resolução das anomalias anteriormente detetadas pelo
LNEC (em 2017), apresentava duas outras conclusões que, porém, não a
afastam ou retiram o efeito de ficar preenchida a condição prévia
estabelecida para avançar para a opção de compra:

(i) por um lado, constatava-se a existência de aspetos atuais que


mereciam novas obras,

(ii) por outro, previa-se o futuro aparecimento de outros, nas zonas


não intervencionadas.

Quanto aos (i) aspetos a merecer novas obras, o Município apresentou esta
questão à Interfundos e esta acordou ceder, a título de promoção da
beneficiação do edifício para a sua venda, um valor para esse efeito, ficando
assim endereçada essa questão (v.2.2.9). Este valor, que o Relatório de
Peritagem estimou ser de € 930.000, posteriormente confirmou-se, a partir
de um orçamento apresentado para o efeito ao Município, que o transmitiu
à Interfundos, ser de € 422.537,38.

No que toca à (ii) realização de obras mais estruturais, e caso o Município


optasse por esta via e não por resolver apenas os problemas atuais, estas
implicavam retirar todo o material das escórias de aciaria e reconstruir
posteriormente os pavimentos e qualquer elemento da construção que fosse

51
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

afetado pela intervenção, trabalhos estes que estimava terem um custo de €


4.630.000.

É importante, para a presente análise, considerar o valor que o Relatório de


Peritagem estima para desenvolvimento destes trabalhos estruturais. Isto
porque deverá somar-se a despesa que estes trabalhos importam aos custos
que o Município terá com o exercício da opção de compra, precavendo que
aqueles poderão vir a ser necessários no futuro.

Uma vez que vão ser promovidas as obras que endereçam os problemas
atuais detetados nesta peritagem (v.i)), e que o Relatório apresenta estas
duas abordagens, de resolução apenas das questões atuais vs. resolução dos
problemas estruturais, como sendo abordagens alternativas, então os custos
de ambas não se sobrepõe. Antes, poderá dizer-se, caso após a resolução
dos problemas atuais o Município avance na realização de obras estruturais,
poderá subtrair-se aos € 4.630.000 estimados para o efeito os € 930.000 que
a Peritagem estimou para as atuais, que estarão então resolvidas, resultando
num valor de € 3.700.000.

Assim, e precavendo custos que as gerações futuras poderão vir a ter com
o imóvel em causa, para o exercício de opção de compra deverá considerar-
se não só o seu preço de transação, como os custos futuros a fazer frente
para poder resolver de forma definitiva a questão da utilização das escórias
de aciaria neste imóvel.

Ainda assim se constata que este acréscimo não prejudica as conclusões de


vantagem financeira desta aquisição vs. qualquer solução que implique a
mudança dos serviços para outro local (incluindo a denuncia do contrato).

Enquanto que o custo da opção de compra é o correspondente ao


pagamento do preço estimado em 2020 para o seu exercício, € 24.172.219,
acrescendo-lhe então os € 3.700.000 das obras que se poderão vir a ter de se
realizar, para um valor global final de € 27.842.219, a mudança dos Serviços
para outro local implica desde logo, e como se viu em 2.2.3, o custo estimado
em cerca de € 26.400.000 de construção de um novo edifício, a que acrescem
52
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

então os avultados custos de aquisição de um novo terreno, as despesas de


gestão da mudança de pessoas e materiais, os custos de interrupção da
prestação dos serviços municipais durante a mudança, e ainda o pagamento
das rendas devidas enquanto não se desse por concluída a transferência.

Assim, e em conformidade com o princípio da equidade intergeracional, se


verifica que a aquisição do edifício, ainda que venha a significar a realização
futura de obras no valor de € 3.700.000, resulta numa distribuição mais
equitativa dos custos atuais e custos para as futuras gerações, do que a que
resultaria de incorrer nos custos bem mais avultados de mudança dos
serviços operacionais para outro local.

Finalmente, tendo o Município obtido indicação do atual valor de mercado


deste imóvel em € 22.475.00024 - que representa já um aumento face ao preço
de venda do mesmo à Interfundos em 2004 –, este, a avaliação que o
fundamenta e os preços estimados para o exercício de opção de compra nos
anos seguintes, podem deixar antever uma evolução no sentido da sua
valorização futura.

Existem, porém, duas condicionantes ao exercício do direito de opção de


compra a ponderar:

a) Recorda-se que, nos termos do contrato, este direito de opção de


compra pode ser exercido em apenas dois momentos ao longo do
ano civil: janeiro e julho.
b) Importa também referir que o Município fica incumbido de
concretizar até ao final de um prazo de 90 dias a contar da
comunicação deste exercício, todas as diligências prévias e
necessárias ao pagamento do preço definido. Neste sentido, o

24Refere-se aqui o já citado Relatório de Avaliação patrimonial do imóvel dos SOCMS


efetuado a 13 de junho de 2016 pela entidade Interface XXI – Engenharia de Valor e Pericial,
Unipessoal, Lda., com a ref.ª 578-ENGVAL.

53
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

número 4 da cláusula décima do contrato estabelece que “O preço da


aquisição será pago em numerário na data de celebração da escritura de
compra e venda, a outorgar nos 90 (noventa) dias subsequentes ao
recebimento da comunicação de exercício de opção, devendo o imóvel, à data
de escritura, mostrar-se inteiramente livre de quaisquer ónus ou encargos.”

Caso uma ou outra condição não pudessem ser cumpridas pelo Município,
a este só seria possível adquirir o imóvel por acordo com o seu proprietário.

Chegados a este ponto, e demonstrada a viabilidade jurídica de exercício da


opção de compra como forma de dar cumprimento à Recomendação do
Tribunal de Contas, importa então abordar a viabilidade de uma solução
que passasse por adquirir o imóvel fora das condições contratualmente
estipuladas.

2.2.7. Realizar um acordo extrajudicial que permita a compra fora


das condições previstas no contrato

Referiu-se já a vantagem de uma solução que integre o imóvel em causa na


propriedade do Município, nomeadamente a de garantir a continuidade de
uso do edifício dos SOCMS, com os benefícios já descritos.

Em relação, porém, à aquisição do edifício através do exercício de opção de


compra, a solução de aquisição por acordo extrajudicial entre as partes
apresenta-se, pelo menos em teoria, como podendo oferecer maior
previsibilidade financeira e menor morosidade por corresponder a um
encontro de vontades, mais afastado de qualquer hipótese de litigância e
dos custos que lhe são inerentes.

Acresce que, uma negociação encetada pelo Município para uma aquisição
fora das condições contratualmente estipuladas poderia, caso fosse bem-
sucedida, trazer uma redução de preço que convergisse para o
cumprimento da Recomendação do Tribunal de Contas (reduzir custos o
mais possível).

54
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

E assim o Município o procurou promover, no caso presente, como adiante


se verá, em 2.2.9.

No entanto, no que toca à aquisição do imóvel em condições financeiras


mais favoráveis, a Interfundos apresentou-se desde o início das
conversações como inflexível quanto à aplicação das condições de preço da
opção de compra. Como adiante se detalhará, na descrição das posições das
partes, ficou afastada, naquela matéria, qualquer hipótese de sobreposição
dos interesses legítimos e das posições negociais das partes.

Fica assim bem evidente uma das vantagens de uma aquisição por exercício
da opção de compra: esta é, também, a acrescer aos benefícios descritos em
2.2.6, um cenário isento de condicionantes de vontade da outra Parte. A sua
previsão num contrato de arrendamento trata-se de uma promessa de
alienação que vincula o proprietário do imóvel.

Com efeito, a hipótese de adquirir por via de execução de uma cláusula


contratual, oferece a segurança jurídica de uma tramitação previamente
definida, com um resultado expectável (estando inclusivamente previsto
em contrato o direito de execução específica, nos termos do artigo 830.º do
Código Civil).

2.2.8. Conclusões

Explicadas que foram as diversas soluções existentes, a sua viabilidade, e as


suas vantagens e desvantagens, cabe agora concluir por aquela que parece
ser a mais adequada para cumprimento da Recomendação do Tribunal de
Contas.

Antes de mais, e no que respeita à viabilidade, sublinha-se que, em


resultado da análise feita, parte das vias de solução apresentadas são
afastadas desde logo por motivos que não exclusivamente respeitantes a
uma comparação de custos financeiros. Assim se viu para as opções de
manter o contrato na sua formulação atual (2.2.2), suscitar a anulabilidade
ou nulidade do contrato e iniciar um procedimento por expropriação por

55
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

utilidade pública (2.2.4), renegociar a renda (2.2.5) e realizar um acordo


extrajudicial (2.2.7). Estas opções, pelos motivos supra expostos, foram
desde logo qualificadas como inexequíveis.

Em segundo lugar, e face ao que foi exposto nos pontos anteriores, pode
igualmente concluir-se, desde logo, que a melhor solução a adotar de entre
todas será sempre aquela que permita que o Município faça cessar o
arrendamento para minimizar os efeitos financeiros e económicos do
mesmo (cessar o pagamento de rendas), garantindo ainda assim a
transmissão para sua propriedade do imóvel para assegurar a prossecução
do interesse público municipal.

E, nesse sentido, as duas soluções mais adequadas seriam (i) o exercício do


direito de opção de compra nos termos do contrato ou (ii) a realização de
um acordo extrajudicial que permita a compra em condições diferentes das
previstas em contrato. O acordo extrajudicial, porém, como se viu, foi
afastado pela posição adotada pelo proprietário do imóvel.

Restaria, assim, a denúncia do contrato ou a aquisição por exercício do


direito de opção de compra.

Uma comparação simples dos valores necessários para a execução destas


duas opções evidencia desde logo que a aquisição é, de facto, a opção mais
adequada à redução dos custos financeiros com o contrato de
arrendamento, conforme se procura resumir na tabela seguinte:

Custos Denunciar o Contrato Opção de compra (2020)


Total de € 38.088.595 € 30.971.621
rendas
Preço do € 26.400.000 (novo edifício) € 24.172.219
imóvel
Subtotal € 64.488.595 € 55.143.840
- Preço do terreno a adquirir € 3.700.000 (eventual
realização de obras
- Custos logísticos da mudança
Outros estruturais)
(estimativas) - Se mudança se atrasar, acréscimo
de rendas ou custos com interrupção
dos serviços

56
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Assim, e conforme se viu em 2.2.6, a aquisição do imóvel onde se


encontram, desde 2005, a funcionar os serviços operacionais do Município
do Seixal é a que melhor cumpre o princípio da economia, eficiência e
eficácia, previsto no artigo 18.° da Lei de Enquadramento Orçamental,
reiterando-se aqui a conclusão de que esta solução:

a) É económica, sendo adequada à prossecução dos objetivos


delineados, tendo um custo competitivo face às soluções alternativas
e podendo ser promovida no imediato, com continuidade da
prestação dos serviços públicos;
b) É eficiente, na medida em que permite atingir os objetivos
enunciados com o menor custo possível;
c) É eficaz, pois as vantagens da centralização e modernização dos
serviços operacionais - cuja eficiência de funcionamento é
instrumental a todos os serviços que o Município presta ao público -
têm vindo a ser obtidas com a utilização deste edifício, não havendo
razões para duvidar que assim não continue no futuro.

É, também, a melhor forma de cumprir os princípios essenciais de


prossecução de interesse público e equidade intergeracional, tal como se
demonstrou em 2.2.6..

A procura da redução máxima possível de custos fundamenta, igualmente,


que a aquisição com a qual se cessará o arrendamento seja operacionalizada
assim que possível ao Município do Seixal, ao invés de se aguardar pelo termo
do período inicial de arrendamento.

Com efeito, pelo valor avultado das rendas a pagamento projetadas pelo
Tribunal de Contas (de € 38.088.595 caso se aguarde por dezembro de 2024
e de € 30.971.621 até ao final de 2020), se conclui facilmente que qualquer
período que se possa antecipar sem pagamento das mesmas representa uma
redução significativa dos custos totais previstos com este contrato.

57
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

A viabilidade da execução desta solução, porém, está condicionada à


existência de condições financeiras para a implementar (o que, aliás, seria
igualmente o caso para qualquer uma das soluções apresentadas, visto que
todas representavam despesa), o que implica que a aquisição “assim que
seja possível” tenha de acomodar a realização e conclusão de todas as
diligências necessárias para o efeito.

Em 3., será abordada a capacidade financeira do Município de fazer face à


despesa total que esta compra implica25.

Mas as diligências que ali se descreverão não são as únicas que trazem
alguma demora a este processo:

• Como se viu já, antes da conclusão das obras que repararam as


anomalias no edifício (em abril de 2019), avançar para um processo
de aquisição do imóvel teria sido irresponsável, pela indefinição do
impacto final daquelas correções no real valor do mesmo para o
Município;
• Foi em junho de 2019 que, após a conclusão daquelas obras, se obteve
uma avaliação independente do valor de mercado do imóvel;
• Nesse mesmo mês comunicou-se o exercício de opção de compra
(que se confirmou no mês seguinte), mas não foi possível avançar de
imediato para as diligências de formalização da aquisição, uma vez
que foram encetados esforços da parte do Município para negociar
melhores condições de transmissão do edifício. Nomeadamente,
procurou negociar as condições de preço, que muito cedo se viu não
serem negociáveis, mas também a possibilidade da melhoria do
edificado, cuja beneficiação a Interfundos veio agora, em julho de

25Também em 3. se falará dos custos com juros sobre o empréstimo, que serão de
considerar como custos da solução a adotar.

58
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

2020, concordar em proporcionar, cedendo ao Município um valor


para esse efeito.

Ainda assim, os ganhos de um processo de aquisição a executar neste


momento, face a uma remissão para o final do período do contrato,
mantêm-se.

2.2.9. As posições de cada Parte

Entre junho de 2019 e setembro de 2020, deu-se uma troca de


correspondência entre a Câmara Municipal do Seixal e a Interfundos –
Gestão de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., proprietária do edifício
dos SOCMS, em que a Câmara procurou iniciar e levar a bom termo
negociações relativas ao exercício do direito de opção de compra e à
possibilidade de executar a aquisição em condições mais favoráveis do que
as previstas em contrato.

Com efeito, e na sequência das deliberações dos órgãos autárquicos já


referidas, por Ofício datado de 28 de junho de 2019, esclarecido e
confirmado mais tarde através de Ofício datado de 29 de julho de 2019, foi
comunicado pelo Município do Seixal à Interfundos o exercício do direito
de opção de compra para aquisição do edifício dos SOCMS, “[...] com recurso
à contratação de empréstimo e início do processo negocial”.

O Município comunicou este exercício, invocando a base contratual da


alínea b) do n.º 2 da cláusula décima do contrato, de forma clara: “[...] serve
a presente para comunicar a Vexas. o exercício do direito de opção de compra do
imóvel dos SOCMS, sugerindo uma reunião [...] a fim de dar início ao processo”.

Foi, desta forma, comunicado pelo Município o exercício do direito de


opção de compra, nos termos e para os efeitos da cláusula décima do
contrato de arrendamento.

No entanto, em prossecução do cumprimento da Recomendação do


Tribunal de Contas, simultaneamente com este exercício e no Ofício em que
o mesmo foi comunicado, o Município procurou igualmente abordar junto

59
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

da Interfundos a possibilidade de chegarem a um acordo que alterasse as


condições descritas, indicando pretender que:

a) Se iniciasse um processo negocial para “[...] definição do preço de


aquisição [...]”, muito embora os termos da cláusula décima
previssem já o valor base a ser atualizado de acordo com a fórmula
que neles se estabelecia;
b) A aquisição ficasse condicionada à realização de um estudo
independente sobre a adequação estrutural do edifício
(nomeadamente após a conclusão das obras de correção de
anomalias), ao despacho favorável do Governo previsto no então
artigo 105.º da lei de Orçamento de Estado para 2019 (disposição e
requisito relativos à contração de empréstimo, que serão
desenvolvidos mais adiante), e ao competente visto do Tribunal de
Contas, muito embora o contrato previsse expressamente que, desde
a data de exercício do direito de opção de compra o Município
tivesse 90 dias para pagar o preço pela aquisição (e, portanto, para
ter concluídas todas estas diligências, e outras que se revelassem
necessárias).

Em resposta a este ofício, a Interfundos enviou uma carta, datada de 17 de


julho de 2019, em que solicita que o Município os esclarecesse sobre “[...] a
vontade ou não de exercício da opção de compra, nos exatos termos do Contrato de
Arrendamento”, uma vez que:

a) As condições de compra, nomeadamente preço e prazos,


encontravam-se previamente definidas em contrato, “[...] não
[cabendo] pois, nos termos contratualmente acordados, iniciar um processo
negocial para definição do preço de aquisição”,
b) Considerava a Interfundos que a realização de estudo independente
sobre a adequação estrutural do edifício constituiria “[...] pura
iniciativa e incumbência do Município, a que esta entidade é totalmente
alheia”, e

60
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

c) Afirmava-se a Interfundos igualmente alheia à exigência de


despacho para assunção de dívida pelo Município.

Face a esta resposta, o Município do Seixal enviou novo ofício, datado de


29 de julho de 2019, onde confirma o exercício da opção de compra a 28 de
junho de 2019, informando ainda que iria fazer avançar os procedimentos
necessários e anteriormente comunicados para formalização da aquisição.

Não se ficou, porém, por aqui, a sua procura por obter condições mais
vantajosas para a compra, conforme se descreverá em seguida.

Assim, na sequência do Ofício do Município do Seixal de 29 de julho de


2019, realizou-se reunião entre as duas partes promovida pelo Município, a
2 de agosto de 2019, e, por Ofício datado de 9 de agosto, o Município
procurou trazer de novo para a discussão, procurando através delas
introduzir margem de negociação no processo de compra, um conjunto de
questões que havia também abordado naquela reunião, referindo-se às
mesmas como “[...] três questões que importam uma reavaliação por ambas as
partes, a concretizar em sede de aditamento ao contrato de arrendamento, de modo
a criar todas as condições necessárias para a formalização da aquisição do direito de
propriedade sobre o imóvel de forma mais rápida e vantajosa possível”.

Tratava-se aqui, de novo, de uma procura de melhorar as condições


financeiras para a aquisição do imóvel (reduzir o máximo possível os
custos), mas, igualmente, de obter condições que permitissem ultrapassar a
questão dos prazos para o exercício do direito de opção de compra, que o
Município dificilmente conseguiria cumprir, nomeadamente atendendo à
necessidade de obtenção de empréstimo para o efeito (de que se falará
adiante).

As questões assim suscitadas eram:

a) Alterações legislativas que obrigam à tramitação de um


procedimento muito mais oneroso do que aquele foi inicialmente
ponderado para a definição em contrato do já referido prazo de 90

61
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

dias, nomeadamente por a aquisição implicar o recurso à contratação


de empréstimo, ficando condicionada ao despacho favorável do
Governo previsto no então artigo 105º da Lei do Orçamento de
Estado para 2019 (atualmente, o artigo 123.º da Lei do Orçamento de
Estado para 2020) e ao competente visto do Tribunal de Contas.
É assim sugerido pelo Município que seja ponderado um “[...] prazo
mais ajustado para a outorga de escritura de compra e venda”;
b) O afastamento do n.º 11 da cláusula décima do contrato de
arrendamento, relativa à renúncia à isenção de pagamento de IVA
pelo Município, uma vez que as “[...] vicissitudes legislativas ocorridas
em matéria fiscal durante a execução do contrato podem ter alterado o
enquadramento que determinou a redação [...]” daquele número;
c) Não deixando de sublinhar a Recomendação do Tribunal de Contas
onde esta indica que sejam tomadas medidas no sentido da
“minimização dos efeitos económicos e financeiros” dos contratos de
arrendamento celebrados, o Município formaliza ainda a sugestão
de a definição do preço ser “devidamente ponderada” pela Interfundos,
invocando para o efeito “as vicissitudes vividas durante a execução do
contrato”, nomeadamente as anomalias estruturais identificadas e
posteriormente reparadas pelo senhorio.

A resposta da Interfundos a esta comunicação de 9 de agosto foi, porém,


muito fechada quanto à possibilidade de ponderar a redução do preço
contratual.

Por carta datada de 4 de setembro de 2019, apresentou a sua posição face às


três questões levantadas:

a) Começa por reiterar que o direito de opção de compra, que assiste ao


Município, “[...] podendo [este] exigir o respetivo Senhorio a venda do
imóvel locado [...]”, será exercido nos termos previstos em contrato
para a definição do preço a pagar. Não vê, sequer, como “[...] possível
alterar a fórmula de quantificação do preço que foi estabelecida”.

62
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Acrescenta, mais à frente, a respeito das vicissitudes invocadas pelo


Município com as anomalias do edifício, que se deram por
concluídas, e aceites pelo mesmo, as obras para a sua reparação, nada
mais tendo o Município a haver da parte da Interfundos a esse
respeito e nesse âmbito (nomeadamente, não havendo lugar a
qualquer repercussão nas condições de venda previstas).
Ficou desta forma formalizado o afastamento pela Interfundos de
qualquer vontade de negociação para redução do preço estabelecido
em contrato.
b) Relativamente à questão do IVA, indica que, caso o Município não
consiga, “[...] por motivo legal atendível [...]”, promover a renúncia à
isenção prevista no n.º 11 da cláusula décima (o que se viu já ser o
caso, em 2.2.6), o valor do IVA deve ser incluído no preço “[...] na
parte correspondente aos cinco anos que se encontram em falta para decurso
do período de regularização de 20 anos a que se encontra adstrito o Fundo,
nos termos da legislação aplicável”.
A aceitação desta proposta da Interfundos implicaria um
ajustamento do valor do exercício da opção de compra, incluindo-se
no próprio preço a pagar o montante que aqui se estima de cerca de
€ 1.127.000 (os 5/20 avos do período de regularização
remanescente)26.
Nesta matéria, então, a Interfundos apresenta, ela própria, para
negociação entre as partes, uma proposta de acordo para alteração
dos termos do contrato de arrendamento, nomeadamente do preço

26Este valor, estimado apenas para efeitos da análise desta posição da Interfundos, foi
preliminarmente calculado com base na seguinte lógica: o IVA pago pela Interfundos na
aquisição do imóvel em dezembro de 2004 terá sido de cerca de € 4.508.000 (23% sobre o
valor de € 19.800.000), logo 1/20 avos desse valor corresponderia a € 225.400; o valor do
prazo remanescente seria assim de € 1.127.000 (os 5/20 avos remanescentes). Esta
estimativa foi aqui utilizada por não se conhecer uma comunicação formalizada pela
Interfundos com a quantia exata em questão.

63
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

nele previsto para a opção de compra. Só não aceita proposta


equivalente, quando a mesma implica uma redução deste preço.
A respeito desta possibilidade de negociar a integração desta parcela
indicada pela Interfundos no preço de aquisição do imóvel
(aumentando-o, portanto), é relevante recordar o que se disse já a
propósito de indemnizações por expropriação: uma vez que o
montante total do preço implicará que o Município contraia um
empréstimo para o seu pagamento, poderia (e deveria) questionar-
se se será legítima a solução de financiar através de uma norma
excecional da Lei de Orçamento27 a aquisição do imóvel, pelo menos
no montante correspondente ao valor que o Fundo invoca a título de
custos em que incorre com o pagamento de IVA, por incorporação
dos mesmos no preço total do imóvel.
c) Relativamente à ponderação de prazo de 90 dias para a outorga da
escritura, a Interfundos declara não se opor a uma prorrogação do
mesmo por um prazo adicional não superior a 120 dias (o último dia
teria sido, assim, a 28 de janeiro de 2020), desde que a aquisição se
executasse com o preço estipulado no contrato, de acordo com a
atualização ali prevista, e com a integração no mesmo do valor
adicional referido a título de IVA, “sob pena de [a opção de compra]
não ser eficaz, por não cumprimento dos critérios definidos”.
Também aqui, por isso, a Interfundos aceitava um acordo para
alteração da condição de prazo prevista em contrato. Colocava, no
entanto, como condição ao mesmo, o aumento de preço que propôs.

Assim, em suma, a posição do proprietário do imóvel seria a de aceitar um


acordo para a realização da sua transmissão ao Município, permitindo a
alteração das condições de prazo, que passaria a um total de 120 dias, e das

27 Artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado.

64
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

condições de preço, através de um acréscimo, uma vez que passaria a


incorporar cerca de € 1.127.000 com que se procuraria compensar pelo não
pagamento de IVA pelo Município.

Isto significa que, não obstante a possibilidade de se prorrogar o prazo, não


foi possível chegar-se a uma posição comum a ambas as partes no tocante a
um dos aspetos essenciais para o cumprimento da Recomendação do
Tribunal de Contas: a redução ao mínimo possível dos custos financeiros
desta operação.

Aqui deverá recordar-se, de forma a tornar mais clara esta constatação,


quais os valores referência possíveis para aquisição do imóvel, a ter em
consideração:

a) O valor de mercado atual do imóvel, segundo a avaliação patrimonial


realizada em 2019 por um perito avaliador inscrito na CMVM
contratado pelo Município do Seixal: € 22.475.000.
b) O preço para o exercício do direito de opção de compra, que resulta da
fórmula de atualização prevista no n.º 7 da cláusula décima do
contrato, aplicada ao valor base ali igualmente definido. Tendo como
referência o ano de 2019, em que foi inicialmente exercida a opção de
compra, segundo as estimativas do Tribunal de Contas este valor
seria de € 23.932.890.
c) O valor para o ano de 2020, quando a operação se dará por concluída,
é de € 24.172.219. Ainda assim, esta atualização, que corresponderia
a um acréscimo de € 239.329 conforme previsto pelo Tribunal de
Contas, seria inferior ao acréscimo de € 1.127.000 proposto pela
Interfundos.
d) O valor total que se pode estimar resultaria da aceitação da proposta de
preço da Interfundos: € 25.059.890, tomando como referência o ano de
2019 e, para o ano de 2020, € 25.299.219.

Assim, uma vez que não se conseguiu reduzir o valor em negociação, as


duas possibilidades de aquisição apresentam-se nos seguintes termos:

65
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

• Avançar com a aquisição através do exercício da opção de compra


(alíneas b) e c) supra), o que significa, para o Município do Seixal,
pagar um preço superior à avaliação atual do valor patrimonial do
imóvel (alínea a) supra) em € 1.697.219 em 2020.

Pode dizer-se que se trataria do preço a pagar pela aquisição do


imóvel independentemente da vontade do seu proprietário, em
defesa do interesse público municipal.

• Por outro lado, avançar com a aquisição do imóvel por acordo


extracontratual, aceitando a proposta de preço da Interfundos
(alínea d) supra), representaria, naquele momento, aceitar um valor,
não só superior em € 2.585.890 em relação à avaliação do atual valor
patrimonial de mercado, como também superior em € 1.127.000 ao
próprio preço da opção de compra, sendo a fundamentação deste
acréscimo de preço acomodar os custos invocados pela Interfundos
na sua comunicação. Trata-se, assim, de uma solução mais cara.

Em suma, sem que desse lugar a uma redução de preço, dando antes lugar,
ao que parece, a um aumento face ao preço estipulado para a opção de
compra, o acordo extrajudicial parece não ser uma solução viável para se
executar o mandato expresso do Tribunal de Contas para redução de efeitos
financeiros e económicos ao mínimo possível.

Não estando o Município disposto a pagar aquele acréscimo, o que se


entende pelos motivos aduzidos, ficou naquele momento afastada qualquer
hipótese de sobreposição dos interesses legítimos e das posições negociais
das partes em matéria de preço de aquisição, no sentido de se alcançar um
acordo extracontratual.

Restava então ao Município, para execução de uma solução que passasse


pela aquisição do imóvel, o exercício da opção de compra (como aquele que
havia já comunicado em 2019).

66
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Esta posição (ou, mais concretamente, a sua posição quanto à matéria de


IVA e ao não pagamento do acréscimo de preço proposto pela Interfundos)
ficou expressa em Ofício enviado ao proprietário do imóvel a 5 de
novembro de 2019.

No dia 5 de dezembro de 2019, a Interfundos enviou nova carta onde


aceitava o entendimento da Câmara sobre a questão do IVA. Aceitando
igualmente, porém, que o prazo de 90 dias previsto em contrato se
estendesse para 120 dias sem acréscimo de preço, e porque considerava a
data de exercício de opção de compra o dia 9 de agosto de 2019, veio indicar
o dia 8 de janeiro de 2020 como data de outorga da escritura de compra e
venda do imóvel.

Esta data ficou, porém, prejudicada por outros fatores que, entretanto,
surgiram.

Nesta fase, e pela sua importância na fase final das negociações, importa
sublinhar que foi já em dezembro de 2019 que o Instituto Superior Técnico
apresentou o novo estudo adjudicado pela Câmara Municipal do Seixal que
tinha por objeto verificar a adequação estrutural do edifício após a
conclusão das obras que implementaram as recomendações do estudo do
LNEC.

Antes de mais, e como já se referiu em 2.1.2, o Relatório conclui terem sido


bem executadas no seu geral, as obras realizadas para a correção das
anomalias anteriormente detetadas, tendo sido eficazes para esse fim.

Mas conclui, igualmente, pela existência de aspetos do edifício que


mereciam a realização de novas obras, que a Câmara começou por requerer
à Interfundos que realizasse.28

Abriu-se, assim, com esta questão, uma nova frente de negociação.

28 Página 13 e seguintes do Relatório de Peritagem.

67
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Para além do envio do relatório de peritagem à Interfundos, e da realização


de reunião no início de fevereiro nesse sentido, foi igualmente formalizada
através de Ofício datado de 24 de fevereiro de 2020, aquela posição do
Município, posteriormente esclarecida por Ofício datado de 14 de maio.

A Interfundos, porém, em carta datada de 23 de abril de 2020, consolidada


e retificada por carta datada de 22 de maio e, posteriormente, por cartas de
1 de julho e de 4 de setembro, contrapropôs ao Município do Seixal não
aceitar o encargo da empreitada, nem aceitar que os aspetos indicados
pudessem ser considerados como “novas” patologias.

Disponibilizou-se, porém, para, no sentido de promover a sua aquisição


pelo Município (“[…] num derradeiro esforço para propiciar ao Município as
condições para concretizar a projetada aquisição do Imóvel […]” e “[…] no
contexto do exercício pelo Município da opção de compra contratualmente prevista
[…]”), proporcionar a possibilidade de beneficiação e melhoria do
edificado, cedendo um valor para esse efeito.

Inicialmente indicado como sendo de € 200.000, este valor foi alvo de


subsequentes negociações pela Câmara, nomeadamente através da
apresentação de orçamento para realização de obras (através de Ofício
datado de 7 de agosto), tendo-se concluído já em setembro de 2020 pelo
valor de € 422.537,38.

Esta proposta teve o acordo do Município, ficando então agora livre o


caminho a seguir para formalizar a aquisição do imóvel por exercício do
direito de opção de compra.

2.2.10. Conclusões

Chegados a este ponto, e descritas as negociações entre arrendatário e


senhorio do imóvel em causa, pode então concluir-se pela solução que
parece ser a mais adequada para cumprimento da Recomendação do
Tribunal de Contas.

68
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Neste sentido, e conforme se havia já concluído, pode verificar-se que a


análise comparativa de todas as soluções que se concebem como
juridicamente possíveis (pontos 2.2.2 a 2.2.7) teve como resultado validar,
pelos motivos aduzidos, que a aquisição do edifício dos SOCMS será a
solução mais adequada, tendo ficado esclarecido porque as restantes vias
que se apresentaram ao Município foram afastadas.

No que toca à escolha entre o exercício do direito de opção de compra ou a


celebração de um acordo extrajudicial para aquisição, a descrição acima
efetuada (ponto 2.2.9) das negociações entre o Município do Seixal e a
Interfundos demonstra que estas conduziram as Partes convergir na
solução que ora se preconiza para aquisição do edifício dos SOCMS: o
exercício do direito de opção de compra do imóvel arrendado.

Com efeito, pese embora as vantagens descritas de um acordo extrajudicial


(como seria, em primeiro lugar, a possibilidade de redução do preço
previsto em contrato), o mesmo não se demonstrou possível por não se
encontrar uma posição comum entre as partes relativa ao preço a pagar pela
aquisição do imóvel que melhor servissem os interesses legítimos de ambas.

O afastamento da possibilidade de acordo extracontratual para obter


condições mais favoráveis deixa apenas ao Município, como caminho
viável para execução da aquisição do imóvel, a possibilidade de exercício
da opção de compra.

E fica, com efeito, à disponibilidade do Município recorrer a esta opção, por


a mesma ter natureza vinculativa para o proprietário do imóvel. Esta é a
grande vantagem que o exercício do direito de opção de compra aporta à
operação de aquisição do imóvel: como referido em 2.2.7, trata-se de um
cenário isento de condicionantes de vontade da outra Parte, que reveste a
sua tramitação de uma maior segurança jurídica.

Assim, de entre as hipóteses juridicamente viáveis, o exercício do direito de


opção de compra parece ser a mais vantajosa e a que melhor converge para o

69
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

cumprimento da Recomendação do Tribunal de Contas e dos princípios e


normas aplicáveis à boa gestão de dinheiros públicos.

Estando agora claro para o Município, e de forma definitiva, qual o caminho


a percorrer, serão as suas diligências nesse sentido que darão cumprimento
ao mandato do Tribunal de Contas para “desenvolvimento de procedimentos”
conducentes à minimização dos efeitos financeiros do contrato de
arrendamento do edifício dos SOCMS.

3. O financiamento da operação de aquisição

3.1. Requisitos financeiros da aquisição

3.1.1. Introdução e pressupostos

Estando identificada e justificada a escolha de solução que parece ser a mais


adequada ao cumprimento da Recomendação do Tribunal de Contas – o
exercício da opção de compra prevista no contrato de arrendamento –,
importa agora verificar da existência de condições financeiras para a
implementar.

Recorda-se aqui, para esse efeito, que o montante de despesa


correspondente à execução desta solução é, na melhor estimativa possível,
de € 24.172.219 com o exercício de opção de compra já comunicado em 2019,
mas cuja operacionalização se concluirá apenas no presente ano.29

Para efeitos da presente análise, parte-se do pressuposto plasmado na


deliberação camarária n.º 160/2019, de 19 de junho (sublinhado aditado):

29Relembra-se aqui que, para efeitos deste estudo, se utilizaram os valores apresentados
pelo Tribunal de Contas no seu Relatório de Auditoria, enquanto estimativas do custo de
cada cenário analisado. É assim o caso do valor avançado para o exercício de opção de
compra em 2020. Os critérios e fatores utilizados pelo Tribunal no cálculo das estimativas
foram descritos na nota de rodapé n.º 333, da pág. 203 do Relatório.

70
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

“Exercer o direito de compra do edifício dos SOCMS [...] nos termos da alínea b)
do n.º 2, do contrato de arrendamento em vigor, com recurso à contratação de
empréstimo para esse fim [...]” para verificação da viabilidade jurídica e
financeira de endividamento do Município.

O recurso a financiamento através de um contrato de empréstimo justifica-


se pela indisponibilidade de capitais próprios para fazer face ao valor
estimado para a aquisição, não sendo por isso esta uma opção para o
Município.

Com efeito, de acordo com os dados providenciados pelo Município do


Seixal30, tendo em conta a atual situação de Tesouraria (com
disponibilidades de cerca de € 18.982.480,30) e mesmo considerando a
receita que se estima arrecadar até ao final de 2020 (€ 35.600.667,76), as
obrigações assumidas pelo mesmo no orçamento do presente ano, como
sejam as despesas com pessoal (€ 14.966.533,63) e os custos fixos que
resultam de cabimentos (€ 3.391.580,46) ou compromissos inscritos, ainda
por pagar (€ 35.365.561,21), resultam numa disponibilidade real do
Município em Tesouraria que fica reduzida a um montante que está muito
longe do valor necessário para a operação – cerca de € 859.472,76.31

30Dados disponibilizados em setembro de 2020 para o presente estudo, procurando refletir


a situação mais atualizada possível.
31 E ainda que esta quantia remanescente fosse superior ao ponto de merecer então a
ponderação da opção de recurso a capitais próprios, de um ponto de vista da gestão
financeira do Município, essa opção continuaria a não fazer sentido. Isto, se se tiver em
conta, por um lado, as condições favoráveis para obtenção do empréstimo e, por outro
lado, as consequências de uma descapitalização do Município. Quanto às condições de
obtenção de empréstimo, releva a previsão de obtenção de boas condições para este
empréstimo em concreto, face à sua dimensão e à consulta em condições concorrenciais.
Relativamente às consequências de uma descapitalização do Município, verificar-se-ia
uma eliminação das suas fontes de reserva, que se demonstrariam melhor empregues para
fazer face a diversas atividades do Município que, não dispondo então dessas reservas,
teriam, por sua vez, de ser endereçadas com recurso a crédito em condições menos
favoráveis (sendo de menores dimensões).

71
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Assim, demonstrada que está a incapacidade do Município para a aquisição


do imóvel através de capitais próprios e a necessidade de recurso ao
empréstimo, o presente estudo prossegue com a análise das suas condições
de endividamento.

3.1.2. O regime de endividamento dos municípios

i) A autonomia financeira dos municípios e o recurso a crédito

O Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais32,


que se aplica aos municípios (por autarquias locais entende-se estes últimos
e as freguesias), estabelece um conjunto de princípios aos quais se encontra
subordinada toda a atividade financeira do município.

São eles (n.º 2 do artigo 3.º daquele diploma):

a) Princípio da legalidade;
b) Princípio da estabilidade orçamental;
c) Princípio da autonomia financeira;
d) Princípio da transparência;
e) Princípio da solidariedade nacional recíproca;
f) Princípio da equidade intergeracional;
g) Princípio da anualidade e plurianualidade;
h) Princípio da unidade e universalidade;
i) Princípio da não consignação;
j) Princípio da justa repartição dos recursos públicos entre o Estado e
as autarquias locais;
k) Princípio da coordenação entre finanças locais e finanças do Estado;
e
l) Princípio da tutela inspetiva.

32 Aprovado pela Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro.

72
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

O princípio de autonomia financeira, supra elencado na alínea c), é


desenvolvido no artigo 6.º: “As autarquias locais têm património e finanças
próprios, cuja gestão compete aos respetivos órgãos” (n.º 1).

Esta autonomia poderá significar, em concreto, nos termos daquela mesma


disposição e entre outros aspetos ali elencados, “[...] aceder ao crédito, nas
situações previstas na lei [...]” (alínea f) do n.º 2 do artigo 6.º).

Crédito esse que, mais à frente, na alínea n) do artigo 14.º, vem identificado
como receita própria dos municípios: “Constituem receitas dos municípios [...]
O produto de empréstimos, incluindo os resultantes da emissão de obrigações
municipais”.

O acesso ao crédito, enquanto concretização do princípio de autonomia


financeira encontra-se, porém, sujeito aos restantes princípios supra
elencados que, como se disse, regem toda a atividade financeira dos
municípios.

Particularmente relevante, até porque já referido neste estudo a propósito


do cumprimento da Recomendação do Tribunal de Contas, é o princípio da
equidade intergeracional, que determina a

“[...] equidade na distribuição de benefícios e custos entre gerações, de


modo a não onerar excessivamente as gerações futuras, salvaguardando
as suas legítimas expetativas através de uma distribuição equilibrada
dos custos pelos vários orçamentos num quadro plurianual [...]”
(artigo 9.º)

O legislador concretiza ainda que esta análise de incidência ao longo dos


diversos orçamentos deve ter em conta, nomeadamente, os encargos com
passivos financeiros e as necessidades de financiamento das entidades
participadas (alíneas c) e d) do n.º 2 deste mesmo artigo).

Para além da subordinação aos princípios gerais previstos na lei, o acesso a


crédito encontra-se especificamente regulado nos artigos 42.º e seguintes do
Regime Financeiro das Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais.

73
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Antes de mais, para contratação de crédito a médio e longo prazo, isto é,


com maturidade superior a 1 ano, o artigo 49.º estabelece que deve ser
realizada consulta a, pelo menos, três instituições autorizadas por lei a
conceder crédito.

Quando o contrato de crédito a celebrar previr a produção de efeitos ao


longo de dois ou mais mandatos, será objeto de aprovação por maioria
absoluta dos membros da assembleia municipal em efetividade de funções.
O pedido de autorização que é dirigido à assembleia deverá ser
acompanhado de demonstração da realização da referida consulta, e de
mapa demonstrativo da capacidade de endividamento do município.

Os créditos a médio e longo prazo (como será o do caso presente) poderão,


nos termos do artigo 51.º, ser contratados para a aplicação em
investimentos, substituição de dívida ou recuperação financeira municipal.
Caso se destine a aplicar em investimentos, estes últimos devem ser
identificados no contrato de empréstimo. E, se ultrapassarem 10% das
despesas de investimento previstas no orçamento do exercício, serão,
também por este motivo, submetidos a discussão e a autorização prévia da
assembleia municipal.

ii) O limite da dívida total e a margem de endividamento

Para além daqueles requisitos específicos, nomeadamente de


procedimento, para contrair empréstimos a médio e longo prazo, deve
atender-se ao limite essencial previsto no artigo 52.º: o limite da dívida total
do município.

Antes de mais, importa definir o âmbito do conceito “dívida total do


município”.

Nos termos do n.º 2 da referida disposição, este conceito engloba:

a) Empréstimos;
b) Contratos de locação financeira;

74
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

c) Quaisquer outras formas de endividamento, por iniciativa dos


municípios, junto de instituições financeiras; e
d) Todos os restantes débitos a terceiros decorrentes de operações
orçamentais.

A regra principal estabelecida quanto ao limite da dívida total do município


é a de que esta não pode ultrapassar, em 31 de dezembro de cada ano, 1,5
vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios
anteriores.

E para o ano seguinte?

Quando o município não exceder aquele limite de dívida total e, portanto,


a 31 de dezembro do ano x, aquele limite se verifique cumprido, o
município pode aumentar o endividamento para o exercício seguinte no
valor correspondente a 20% da margem de endividamento de que
disponha.

No caso do Município do Seixal, e atendendo aos mapas financeiros


disponibilizados, a 1 de janeiro de 2020 o limite de endividamento
(correspondente a 1,5 vezes a média da receita corrente líquida cobrada nos
três exercícios anteriores) era de € 138.981.612, e a dívida total era de €
77.159.023, montante bem dentro daquele limite, portanto.

Assim, em 1 de janeiro de 2020, sendo a diferença entre aqueles dois valores


de € 61.822.589, os 20% de margem de endividamento utilizável
corresponderiam, neste ano, a € 12.364.518.

Importa aqui acrescentar um aspeto importante para a análise da


capacidade de endividamento.

Aplicou-se até agora, na explicação do regime do limite de dívida total e de


margem de endividamento, o critério do momento a que reporta o cálculo
de ambas que decorreria da referência a uma data exata que consta do artigo
52.º: a data de 31 de dezembro.

75
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Há, no entanto, que completar esta análise com o cálculo da evolução da


margem de endividamento. Isto é, estando a análise e verificação a serem
efetuadas no momento em que se pretenda obter autorização para contrair
empréstimo, deve ter-se também em conta qual seria o resultado daquele
cálculo com os dados mais atuais sobre a dívida e a execução orçamental.

Deste modo se acautelará que, quando for verificado se pode ou não ser
contratado o empréstimo, se estará a ter em conta a capacidade do
Município mais próxima do real possível para contrair a dívida que o
empréstimo representa, permitindo-se assim uma verdadeira tomada de
decisão, e não uma estimativa datada que permitiria apenas fazer um juízo
de probabilidade.

Só com informação atualizada sobre a margem de endividamento pode a


função de controlo ser verdadeiramente exercida pelas entidades
competentes.

Neste sentido, os mapas financeiros disponibilizados33 incluíam já dados


relativos 31 de agosto de 2020, tendo em consideração a evolução da
execução orçamental até àquela data.

Segundo estes, os 20% de margem de endividamento utilizável


correspondem, à data de 31 de agosto de 2020, a € 15.112.540. Este seria, nos
termos da alínea b) do n.º 3 do citado artigo 52.º, o valor máximo do
aumento do endividamento.

Ora, de qualquer das formas, analisando desde já com base no valor de


2020, observa-se que os valores indicados não são suficientes para fazer face
à despesa referida para exercer a opção de compra do edifício dos serviços
operacionais.

33 Remete-se aqui para o Mapa de “Aferição da Dívida Total”, da DGAL, e para a


atualização do mesmo para o 3.º Trimestre de 2020.

76
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

iii) A norma excecional inscrita no artigo 123.º da Lei do


Orçamento de Estado para 2020

Existem, porém, normas de natureza excecional que permitem a


flexibilização daquela margem de endividamento, quando se verifiquem
aplicáveis ao caso concreto.

Com relevância para a situação do edifício dos SOCMS, destaca-se aqui o


artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado para 202034, aplicável às
aquisições de bens objeto de contrato de locação com opção de compra.

Esta disposição prevê o seguinte:

“Em 2020, os municípios podem utilizar até 60% da margem de


endividamento disponível no início do ano, mediante parecer conjunto
dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e das
autarquias locais, para utilização exclusiva na aquisição de bens objeto
de contrato de locação com opção de compra, desde que o encargo
mensal do empréstimo seja de valor inferior ao encargo mensal
resultante do contrato de locação vigente. ”

Este artigo permite então que a margem de endividamento, prevista na


regra geral da alínea b) do n.º 3 do artigo 52.º do Regime Financeiro das
Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais como sendo de 20%, passe
a ser de 60%, desde que se preencha a previsão da situação nele descrita – a
aquisição de um bem objeto de contrato de locação com opção de compra.

Essencial, porém, é o preenchimento dos requisitos igualmente previstos no


supra citado artigo 123.º: o encargo mensal do empréstimo deve ser inferior

34Aprovada pela Lei n.º 2/2020, de 31 de março. Este preceito teve antecedente histórico
no artigo 106.º da Lei de Orçamento de Estado para 2018, aprovada pela Lei n.º 114/2017,
de 29 de Dezembro, e no artigo 105.º da Lei de Orçamento de Estado para 2019, aprovada
pela Lei n.º 71/2018, de 31 de Dezembro, que consagraram regime substancialmente
idêntico.

77
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

ao encargo mensal resultante do atual contrato de arrendamento


(nomeadamente, as suas rendas) e a emissão de parecer ministerial.

Quanto ao requisito sobre os encargos, o mesmo será abordado infra em


3.1.3.

Relativamente ao parecer ministerial, o mesmo deverá ser conjunto, dos


membros de Governo responsáveis pelas áreas das finanças e das
autarquias locais, e é obrigatório, sendo condição sine qua non para se poder
recorrer a esta margem alargada.

Deverá, assim, ficar expresso da deliberação camarária que venha a aprovar


a contratação de empréstimo, que a obtenção do referido parecer é condição
de eficácia da própria deliberação.

Também por ser uma condição prévia a preencher, quando o contrato de


empréstimo e o contrato de aquisição forem a visto prévio do Tribunal de
Contas, o parecer ministerial deve já ter sido emitido, instruindo o processo
de pedido de visto (pois será um dos requisitos cujo preenchimento o
Tribunal verificará).

Neste sentido, aliás, se tem pronunciado a jurisprudência do próprio


Tribunal de Contas em casos análogos em que se exige a obtenção de
condições prévias como autorizações, pareceres ou despachos,
determinando como consequência da sua não obtenção a recusa de visto
prévio e a responsabilidade financeira dos agentes da ação municipal35.

O artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado para 2020 permite, assim, a


realização de um investimento de montante avultado (para o qual se
necessita de financiamento acima da margem de endividamento geral),

35Acórdão n.º 21/2002, de 20 de junho (1.ª S/SS); Acórdão n.º 8/2014, de 4 de março (1.ª
S/SS), e Acórdão n.º 9/2017, de 10 de outubro (1.ª S/SS).

78
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

para aquisição de um bem, desde que assim se consiga baixar ou eliminar


gastos correntes que a locação desse mesmo bem tem aportado.

Note-se aqui, não só a convergência desta disposição com o princípio da


equidade intergeracional, pretendendo-se reduzir para as gerações futuras
os custos com um bem, ainda assim mantendo-o, e aos ganhos com ele
criados, disponível a essas mesmas gerações; mas também o paralelismo
com o objetivo essencial determinado na Recomendação do Tribunal de
Contas: a redução dos efeitos económicos e financeiros do contrato de
arrendamento.

3.1.3. Aplicação ao caso concreto

Prossegue-se o presente estudo, verificando o preenchimento das condições


e requisitos previstos no artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado para
2020.

Antes de mais, a situação do edifício dos SOCMS é enquadrável na previsão


da referida disposição: trata-se de um bem (imóvel), objeto de um contrato
de locação em vigor (celebrado em dezembro de 2004 e com termo inicial
em dezembro de 2024), com opção de compra (cfr. cláusula décima do
contrato).

É para exercício desta mesma opção de compra, que resulta na aquisição do


bem, que o Município do Seixal necessita do financiamento. Neste aspeto,
portanto, trata-se de uma disposição aplicável à situação em apreço.

Importa verificar então o preenchimento do já referido requisito relativo ao


encargo mensal do empréstimo ser inferior ao encargo mensal resultante do
atual contrato de arrendamento.

Por encargo mensal do contrato de locação vigente entende-se as rendas


pagas pelo Município ao proprietário do imóvel.

79
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Por encargo mensal com o empréstimo, utiliza-se para referência a


simulação de empréstimo a 20 anos disponibilizada pelo Município do
Seixal para a presente análise.

Quanto às rendas, de acordo com a informação disponibilizada, o valor da


renda anual é, no respeitante ao ano de 2021, de € 2.412.219,44.

De acordo com a simulação de empréstimo disponibilizada, o encargo


anual com o empréstimo simulado é (bastante) inferior, estando estimado,
também para 2021, no valor de € 1.308.707,56.

A diferença entre ambos, que representaria assim a redução de custos


correntes ao mudar de uma situação de arrendamento para a aquisição do
imóvel financiada por empréstimo, seria, nesse ano, de € 1.103.511,88. Este
valor varia de ano para ano, mas mantém-se acima do valor de 1 milhão e
chega, em 204036, ao valor de € 1.461.561,99.

Se utilizarmos os valores mensais para efetuar a mesma comparação, visto


ser esse o referencial que a norma refere, calculando aqui a diferença entre
o valor de renda mensal e do primeiro mês de prestação de empréstimo de
cada um dos anos de referência que se indicou (2021 e 2040), então teríamos
que, em 2021, a renda mensal era de € 201.018,29 e a primeira prestação
mensal do empréstimo era de € 109.286,64, resultando numa
diferença/ganho mensal de € 91.731,65. Em 2040, essa diferença/ganho
mensal seria já de € 121.569,15.

Verifica-se, assim, o cumprimento do pressuposto estabelecido no artigo


123.º, ficando, de acordo com aquelas estimativas, demonstrado que existe
uma poupança mensal resultante da diferença entre o que são os encargos

36Está aqui a pressupor-se uma prorrogação do contrato de arrendamento, pois o edifício


é, nesta data, indispensável para a prossecução das atividades do Município e não se
antecipa que até 2024 (termo inicial do contrato de locação) tal situação se venha a alterar.

80
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

com o atual contrato de arrendamento e o que serão os encargos com o


empréstimo a contrair.

Importa aqui, no que toca à aplicação do artigo 123.º da lei de Orçamento


para 2020, deixar uma nota sobre a referência a esta norma e não à norma
equivalente do Orçamento de Estado de 201937.

Com efeito, ainda que a operação de aquisição do edifício dos SOCMS se


conclua em 2020, as partes têm assumido como relevante o exercício de
opção de compra que foi comunicado pelo Município em 2019. Ainda
assim, na presente análise opta-se por prosseguir com a verificação dos
pressupostos e requisitos previstos no artigo 123.º da Lei de Orçamento de
Estado para 2020, entendendo-se ser esta a disposição relevante para aferir
da capacidade de endividamento do Município do Seixal para esta
operação.

Antes de mais, o momento constitutivo relevante para o efeito parece ser,


atenta a redação da norma, o de emissão do parecer ministerial nela
previsto. O momento da comunicação do exercício do direito de opção de
compra poderá revelar-se prematuro caso não venham a ser reunidos os
pressupostos para a sua execução. Só obtido aquele parecer, que verificará
e controlará o cumprimento dos restantes requisitos vertidos na norma
(tanto o destino do empréstimo a contrair, como a comparação dos valores
mensais do empréstimo vs. os valores mensais dos encargos com a locação),
pode a margem de endividamento ser a que ali se prevê.

Mais, uma vez emitido o parecer e obtida a possibilidade de aumento da


margem de endividamento, uma putativa cessação de vigência da norma
que habilitou a autorização não contende com a sua validade, que se

37A Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2019,
continha no seu artigo 105.º uma disposição em tudo (estabelecimento de uma margem de
endividamento alargada e requisitos para o efeito) semelhante ao artigo 123.º da Lei de
Orçamento de Estado para 2020.

81
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

mantém enquanto ocorrer a verificação dos pressupostos para a sua


concessão.

E, de facto, muito embora o espoletar do procedimento tenha ocorrido em


2019, será no presente ano que se procurará obter parecer governamental e
visto do Tribunal de Contas, e que se procurará concluir a operação com a
escritura de compra e venda.

3.1.4. Conclusões

Concluindo-se então pela aplicabilidade da norma excecional do artigo


123.º da Lei de Orçamento de Estado para 2020, esta estabelece o teto para
aumento da margem de endividamento do Município do Seixal para €
37.093.553 atendendo à data de referência de 1 de janeiro de 2020, ou €
39.841.576, calculados a 31 de agosto de 2020.

Este valor já se demonstra suficiente para acomodar o valor de aquisição


indicado para a opção de compra em 2020, de € 24.172.219, bem como para
o valor global máximo do empréstimo a contratar que, nos termos do
procedimento aquisitivo já lançado, e incluindo os respetivos encargos, é de
€ 25.000.000.

3.2. O contrato de empréstimo

3.2.1. A realização de procedimento concursal

Havendo condições para o recurso a empréstimo, incumbia então ao


Município conduzir um procedimento destinado à celebração de contrato
com esse objeto, em cumprimento dos requisitos já aqui referidos,
estabelecidos para o efeito (v. 3.1.2.i)).

Assim, foi aberto procedimento aquisitivo para contratação de empréstimo


a longo prazo, pelo período de 20 anos, até ao limite do preço de compra do
imóvel, com uma ou mais instituições financeiras e com o valor máximo de
€ 25.000.000 (cfr. Deliberação n.º 333/2019-CMA, de 20 de novembro). Este

82
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

valor tinha em conta a estimativa efetuada pelos serviços financeiros do


Município do Seixal para o preço do imóvel em 2019: € 24.168.154,29.

Em cumprimento do disposto no artigo 49.º do Regime Financeiro das


Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais, que exige que, tratando-se
da contratação de empréstimo com maturidade superior a 1 ano, sejam
convidadas mais do que três entidades bancárias, foram então convidadas,
a 22 de novembro de 2019, seis entidades bancárias.

A análise das propostas apresentadas concluiu pela adjudicação da


proposta da Caixa Geral de Depósitos, SA, por esta representar a proposta
com o menor custo com encargos por cada euro emprestado38.

Para cumprimento das demais disposições legais que estabelecem


requisitos para a celebração do contrato de empréstimo em questão (ver
3.1.2.i)):

- Deverá ficar expresso da deliberação camarária que venha a aprovar a


contratação de empréstimo, que a obtenção do parecer ministerial é
condição de eficácia da própria deliberação, e

- Deverá o empréstimo ser objeto de aprovação por maioria absoluta dos


membros da assembleia municipal em efetividade de funções. O pedido de
autorização a dirigir à assembleia deverá ser acompanhado de
demonstração da realização da consulta, e de mapa demonstrativo da
capacidade de endividamento do município.

38O critério de adjudicação era o “[...] preço mais baixo por referência ao montante total dos
encargos a suportar durante a duração do empréstimo, incluindo as amortizações de capital, juros,
comissões e demais encargos [...]”.

83
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

3.2.2. O contrato de empréstimo e o Plano de Consolidação


Orçamental vigente

A 24 de maio de 2013 o Município do Seixal aprovou um Plano de


Consolidação Orçamental, que tinha como objetivo reprogramar e
consolidar o passivo de curto prazo e assegurar a sua sustentabilidade
financeira, ficando o mesmo em vigor até ao momento em que seja
totalmente reembolsado o empréstimo contraído para permitir a sua
execução.

Durante a vigência deste Plano, a contratação de um empréstimo está


sujeita à sua previsão no próprio Plano e ao seu enquadramento nas metas
que o mesmo estabelece. Daí a sua relevância para aferir as condições
financeiras para exercer-se a opção de compra do edifício dos SOCMS com
recurso a um contrato de empréstimo.

Acontece que em 2018, a propósito do processo encetado para cumprimento


da recomendação de Tribunal de Contas no que respeitava ao edifício dos
SCCMS, e uma vez que, também nesse processo, seria necessário contrair
empréstimo, o Município suspendeu a aplicação do Plano de Consolidação
Orçamental.

Com efeito, nos termos do artigo 97.º da Lei de Orçamento de Estado para
201839, aquele Plano poderia ser suspenso, mediante a aprovação da
assembleia municipal, caso se verificasse que “o município cumpre, a 31 de
dezembro de 2017, o limite da dívida total previsto no artigo 52.º da Lei n.º 73/2013,
de 3 de setembro”. Cumpria na altura, e cumpre ainda agora (como se viu
supra em 3.1.2, a propósito do limite total de dívida, e conforme atesta o
mapa financeiro da DGAL).

39 Aprovada pela Lei n.º 114/2017, de 29 de Dezembro.

84
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

Assim, nos termos daquela disposição, não só foi possível ao Município do


Seixal suspender em 2018 a aplicação do Plano de Consolidação Orçamental
como, conforme prevê o seu n.º 5, se mantém aquela suspensão à presente
data, por não ter sido ainda incumprido aquele mesmo limite.

Sugere-se que a evidência deste facto (consubstanciada na aprovação da


decisão de suspensão e na confirmação da sua notificação à DGAL, bem
como na demonstração do cumprimento do limite de dívida total até à data)
seja mais um elemento a instruir os processos de obtenção de parecer do
Governo e de visto prévio do Tribunal de Contas.

3.2.3. Registo do cabimento e compromisso do contrato

O Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL)40,


estabelece “[...] as considerações técnicas, os princípios e regras contabilísticos, os
critérios de valorimetria, os documentos previsionais, o plano de contas, o sistema
contabilístico e o de controlo interno, os documentos de prestação de contas e os
critérios e métodos específicos [...]” das autarquias locais (artigo 3.º).

Entre outros princípios orçamentais, e a título de princípio de equilíbrio, o


POCAL determina que o orçamento deve prever todos os recursos
necessários para cobrir todas as despesas inscritas (alínea e) do ponto 3.1.1.).

No que respeita à execução orçamental, em particular no que concerne a


despesas, o POCAL estabelece, na alínea d) do seu ponto 2.3.4.2, que
aquelas “só podem ser cativadas, assumidas, autorizadas e pagas se, para além de
serem legais, estiverem inscritas no orçamento e com dotação igual ou superior ao
cabimento e ao compromisso, respectivamente”. Na alínea seguinte, esclarece
que a dotação inscrita constitui o limite máximo a utilizar na realização da
despesa.

40Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de fevereiro, e publicado como anexo a


este diploma.

85
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

No ponto 2.6.1., o POCAL estabelece que, ao longo da execução do


orçamento aprovado, na utilização das dotações de despesa inscritas em
orçamento, devem registar-se as fases de cabimento e as de compromisso,
distinguindo ambos:

• Cabimento – define tratar-se da “cativação de determinada dotação


visando a realização de uma despesa”, e indica que nesta fase ainda se
disporá apenas de “uma proposta para realizar determinada despesa,
eventualmente ainda de um montante estimado”;
• Compromisso - define tratar-se da “assunção, face a terceiros, da
responsabilidade de realizar determinada despesa”, indicando que nesta
fase existirá já “uma requisição, uma nota de encomenda ou um contrato
ou equivalente para aquisição de determinado bem ou serviço”.

Por outro lado, quanto a receitas, estabelece o POCAL, na alínea d) do seu


ponto 3.3.1., que “As importâncias relativas aos empréstimos só podem ser
consideradas no orçamento depois da sua contratação, independentemente da
eficácia do respectivo contrato”.

Torna-se, assim, necessário que, por um lado, para a despesa


correspondente à aquisição do imóvel dos SOCMS, exista inscrição em
orçamento; mas, por outro, o financiamento para a aquisição que
corresponderá a receita proveniente de empréstimo não seja inscrito sem
que esteja celebrado o respetivo contrato de empréstimo.

À ponderação desta questão devem acrescer-se os seguintes aspetos: a


necessidade de emissão de parecer ministerial como condição essencial
para a obtenção do empréstimo (artigo 123.º da Lei de Orçamento de
Estado), e a necessidade de concessão de visto prévio do Tribunal de Contas
para concretização de ambos, empréstimo e aquisição.

86
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

3.2.4. Demonstração da natureza de investimento da despesa a


suportar com contrapartida no empréstimo a autorizar

A jurisprudência do Tribunal de Contas41 suscita a necessidade de


acautelar, ao longo do processo de tomada das decisões dos órgãos
municipais e obtenção das necessárias autorizações e visto, um outro aspeto
que deverá então constar expresso da instrução dos atos pelo Município do
Seixal: a natureza da despesa a financiar com o empréstimo enquanto
despesa de investimento. Mais concretamente, como esclarece o Tribunal,
de despesa para a aquisição ou reparação de bens detidos por, ou utilizados
na atividade do Município.

Esta foi uma menção expressa constante de todo o processo de contratação


de empréstimo (que incluirá a própria minuta de contrato): que o destino
da despesa será, na sua totalidade, a compra do edifício dos SOCMS objeto
do atual contrato de arrendamento. Isto mesmo assegura que nenhuma
parte do produto do empréstimo será aplicado noutro tipo de despesas que
não o investimento que vem previsto na própria norma excecional do artigo
123.º da Lei de Orçamento de Estado para 2020 com base no qual aquele
empréstimo pode ser autorizado: a aquisição do imóvel objeto de contrato
de locação.

3.2.5. Conclusões

Relativamente às conclusões que se pode retirar da análise feita, podem as


mesmas resumir-se à existência efetiva de condições para o Município do
Seixal financiar através de empréstimo a aquisição do imóvel dos SOCMS
por exercício da opção de compra previsto em contrato de arrendamento.

Com efeito, o Município tem vindo a cumprir o seu limite de


endividamento, e este rumo não será posto em causa com a aquisição

41 Entre outros, o Acórdão n.° 19/2012, de 1 de junho (1.a S/SS, Processo n.° 443/2012).

87
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

referida. O Plano de Consolidação Orçamental encontra-se suspenso por


este mesmo motivo, não se colocando qualquer questão de compatibilidade
do empréstimo a contrair com aquele Plano.

Verifica-se também o cumprimento dos pressupostos e requisitos para


aplicação da norma excecional do artigo 123.º da Lei de Orçamento de
Estado de 2020, que estabelece um teto para a margem de endividamento
do Município do Seixal superior ao que resultaria da aplicação da norma
geral da alínea b) do n.º 3 do artigo 52.º do Regime Financeiros das
Autarquias Locais e Entidades Intermunicipais, resultando num valor que
se demonstra suficiente para acomodar o valor de aquisição indicado para
a opção de compra, bem como para o valor global do empréstimo a
contratar, nos termos do procedimento aquisitivo já lançado.

4. Guião para os Procedimentos a Adotar

Finalmente, importa consolidar as diferentes questões e vicissitudes que a


solução preconizada envolve, a análise feita às mesma e as recomendações
já apresentadas a seu respeito, procurando-se propor, sujeita a validação do
Município do Seixal, nomeadamente a uma validação de cariz financeiro, a
sequência das diligências a assegurar para concretização daquela operação.

Assim, concretizando-se os passos a seguir neste processo, propõe-se que


se deverá procurar:

a) Uma vez que se encontra concluída a fase de consulta (com Relatório


Final de Júri emitido a 27 de dezembro de 2019) para contratação de
empréstimo, resta então aprovar-se a decisão de adjudicação da
proposta que se verificou ser a economicamente mais favorável;
b) Obter a necessária autorização da assembleia municipal para a
aquisição do imóvel e a contratação de empréstimo – conforme se
indicou já, desta autorização constará a necessidade de parecer

88
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

ministerial e visto prévio do Tribunal de Contas, como condições de


eficácia da operação;
c) Celebrar contrato de empréstimo com as menções expressas já
referidas, nomeadamente que este será exclusivamente utilizado
para a aquisição do edifício dos SOCMS e que a sua eficácia se inicia
automaticamente com a obtenção de parecer ministerial referido no
artigo 123.º da Lei de Orçamento de Estado para 2020 e com a
obtenção de visto prévio do Tribunal de Contas;
d) Submeter o processo a parecer dos responsáveis ministeriais pelas
áreas das finanças e das autarquias locais, cfr. prevê o artigo 123.º;
e) Pressupondo que foi emitido o parecer ministerial, submeter a visto
prévio do Tribunal de Contas o contrato de empréstimo celebrado e
minuta do contrato de aquisição do imóvel a celebrar;
f) Pressupondo que foi emitido o visto prévio, celebrar contrato de
aquisição do imóvel.

Deve também dar-se atenção às necessárias diligências em termos de


cabimentação, compromisso e inscrição em orçamento do contrato de
empréstimo.

5. Considerações finais

A consulta efetuada pelo Município do Seixal tem por objeto a elaboração


de um parecer jurídico-económico que avalie os aspetos inerentes à
execução da Recomendação do Tribunal de Contas quanto ao chamado
Edifício dos SOCMS, e em particular, a execução do exercício do direito de
opção de compra para a sua aquisição.

Numa primeira fase, anterior a esta consulta, foi feita uma avaliação
preliminar dos aspetos inerentes à execução da Recomendação do Tribunal
de Contas, no âmbito da qual o Tribunal decreta a necessidade de serem

89
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

“desenvolvidos procedimentos adequados à minimização dos efeitos económicos e


financeiros” do contrato de arrendamento daquele edifício.

No âmbito daquela primeira avaliação, foram objeto de análise a


Recomendação emitida pelo Tribunal de Contas no seu Relatório n.º
20/2016, as diferentes opções jurídicas para dar cumprimento à mesma, e
as condições financeiras para a sua execução pelo Município do Seixal,
tendo-se concluído ser o exercício de opção de compra a solução mais
adequada.

No âmbito da consulta que deu origem ao presente parecer definitivo, era


solicitado que o presente estudo demonstrasse definitivamente o
preenchimento dos requisitos aplicáveis ao exercício do direito de opção de
compra, e a instrução dos próximos passos a dar pelos competentes serviços
do Município do Seixal, com vista à conclusão da operação de compra.

Entende-se através do presente estudo ter sido cumrpida esta expetativa,


ao ter sido:

- Analisada a evolução da situação factual ocorrida desde a emissão do


Parecer Preliminar, bem como as alterações do Direito que lhe é aplicável;

- Demonstrado o preenchimento dos requisitos aplicáveis ao exercício do


direito de opção de compra, nomeadamente as condições financeiras para
o Município do Seixal poder executar a operação de aquisição do edifício
dos SOCMS com recurso a empréstimo; e

- Enquadrados os passos seguintes a dar pelos competentes serviços do


Município.

Mais se entende que o presente parecer permite instruir de forma completa


o correspondente processo para despacho do Governo e para obtenção de
visto do Tribunal de Contas, com vista à conclusão da operação de aquisição
do Edifício dos SOCMS através do exercício de opção de compra, solução
que se considera a mais adequada forma de prosseguir o interesse público

90
Ana Santos de Almeida
Jurisconsulta

municipal e o princípio de equidade intergeracional, assim dando execução


ao mandato contido na Recomendação do Tribunal de Contas.

91

Você também pode gostar