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ESTADO DO PARANÁ

LEI COMPLEMENTAR Nº

Autor: Poder Executivo.

Dispõe sobre a instituição do novo Plano de Cargos,


Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos do Município
de Maringá, Estado do Paraná.

A CÂMARA MUNICIPAL DE MARINGÁ, ESTADO DO


PARANÁ, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a
seguinte

LEI COMPLEMENTAR:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. A presente Lei institui o novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos
Servidores da Administração Direta e Indireta do Município de Maringá, Estado do Paraná,
dispondo sobre a classificação dos cargos públicos, segundo suas características e atribuições, nos
respectivos grupos ocupacionais.

Art. 2º. Para efeitos desta lei:

I – Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura


organizacional que deve ser cometido a um funcionário, provido e exercido, na forma da lei;

II – Cargo em Comissão é o conjunto de funções e responsabilidades definidas com base


na estrutura organizacional do órgão ou entidade, de livre nomeação e exoneração, cujo exercício
do cargo deverá ser atribuído, preferencialmente, a ocupante de cargo de provimento efetivo;

III – Função Gratificada: conjunto de funções e responsabilidades definidas com base na


estrutura organizacional do órgão ou entidade, privativa de servidores ocupantes de cargo de
provimento efetivo;

IV – Grupo Ocupacional: conjunto de cargos que dizem respeito à atividades


profissionais correlatas ou afins, quanto à natureza dos respectivos trabalhos ou ao ramo de
conhecimento aplicados em seu desempenho;
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V – Subgrupo Ocupacional: desmembramento dos grupos ocupacionais na quantidade


necessária a contemplar as especificidades, peculiaridades, complexidades e requisitos dos diversos
cargos, com o indicativo do posicionamento na tabela de vencimentos;

VI – Carreira: Evolução funcional e de vencimentos na tabela, de acordo com os


critérios de progressão vertical e progressão por titulação.

VII – Vencimento: é a retribuição pecuniária mensal devida ao funcionário pelo efetivo


exercício do cargo, nos termos desta Lei;

VIII – Nível: número indicativo do valor dentro da faixa de vencimento;

IX – Remuneração é o total da soma de vencimentos, adicionais e vantagens percebidas


pelo servidor;

X – Lotação: unidade administrativa onde o servidor exerce suas funções;

XI – Quadro de Vagas: número de vagas por cargo;

XII – Progressão por mérito: é a elevação de níveis, mediante a demonstração de


eficiência por parte do servidor do cargo efetivo ocupado, verificado periodicamente por meio do
Processo de Avaliação de Desempenho e Comportamento;

XIII – Progressão por Titulação: é a progressão dentro da tabela de vencimentos,


mediante a conclusão de cursos de treinamento e/ou capacitação profissional, graduação ou pós-
graduação.

CAPÍTULO II
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

Art. 3º. São consideradas atividades e responsabilidades do servidor:

I – as relacionadas com a permanente manutenção e adequação do apoio técnico,


administrativo e operacional, necessários ao cumprimento dos objetivos da Administração Pública
Municipal;

II – as inerentes ao exercício de direção, coordenação, chefia, assessoramento,


assistência e execução.

Art. 4º. Faz parte integrante desta Lei, os Anexos I a III, os quais especificarão a
distribuição dos cargos em cada Grupo e Subgrupo Ocupacional, com a respectiva carga horária
semanal, a transformação e/ou extinção de cargos e as tabelas de vencimentos.
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I – Anexo I – Classificação da Estrutura de Cargos de provimento efetivo em Grupos e


Subgrupos Ocupacionais;

II – Anexo II – Quadro de Transformação e/ou extinção de cargos de provimento


efetivo; cargos que sofreram transformação ou alteração de denominação; cargos que tiveram
alteração de grupo ou subgrupo ocupacional; cargos extintos; cargos que se extinguirão ao vagarem;

III – Anexo III – Tabela de Vencimentos.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS QUADROS DE PESSOAL

Art. 5º. Os quadros de pessoal dos órgãos ou entidades de que trata o artigo 2º desta Lei
compreendem:

I – os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração;

II – os cargos de provimento efetivo, integrantes das carreiras, a estes vinculados as


funções de direção, chefia e equivalentes, assessoramento e assistência técnica;

III – as funções gratificadas.

Art. 6º. As funções gratificadas para atender encargos de direção, chefia,


assessoramento e assistência técnica, bem como para a direção de unidades administrativas das
áreas de saúde, educacional e assistencial, serão instituídas por lei, observada a competência legal
do órgão hierarquicamente superior e prescrições do regimento interno.

§ 1º. A criação de função gratificada dependerá da existência de dotação orçamentária


para atender às despesas, nos termos da legislação pertinente.

§ 2º. As funções gratificadas não constituem situação permanente, mas vantagem


transitória pelo efetivo exercício da chefia.

CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA DOS CARGOS EFETIVOS

Art. 7º. Os cargos efetivos serão classificados em Grupos e divididos em Subgrupos


Ocupacionais segundo a natureza, as características, a peculiaridade, a complexidade e os requisitos
de suas funções.
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Art. 8º. Na Administração Direta e Indireta os Grupos Ocupacionais classificam-se


conforme Anexo I:

I – Grupo Ocupacional Operacional – GOO;

II – Grupo Ocupacional Técnico e Administrativo – GOTA;

III – Grupo Ocupacional Profissional – GOP.

CAPÍTULO V
DA COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS OCUPACIONAIS

Art. 9º. Os Grupos Ocupacionais serão organizados em carreira de acordo com a


natureza profissional e complexidade de suas atribuições, guardando correlação com as finalidades
do órgão ou entidade.

Parágrafo único. No regulamento específico serão disciplinadas as descrições,


atribuições e escolaridade de cada cargo, de acordo com o grau de complexidade e responsabilidade
necessário para o desempenho.

Art. 10. Os Grupos Ocupacionais serão constituídos distintamente pelos cargos cujas
atividades sejam típicas, exclusivas e permanentes do Município, e exijam qualificação profissional
específica.

CAPÍTULO VI
SEÇÃO I

GRUPO OCUPACIONAL OPERACIONAL – GOO

Art. 11. O Grupo Ocupacional Operacional – GOO abrange os cargos cujo desempenho
predomina o trabalho manual, com atividades rotineiras e repetitivas de apoio ou não a outras
tarefas.

§ 1º. Pertencem ao Grupo Ocupacional Operacional os cargos previstos no Anexo I,


parte integrante desta Lei.
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SEÇÃO II

GRUPO OCUPACIONAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – GOTA

Art. 12. O Grupo Ocupacional Técnico-Administrativo – GOTA abrange os cargos cujo


desempenho das atividades predomina o trabalho qualificado e que apresentam características de
iniciativa própria de planejamento e coordenação de execução de atividades.

§ 1º. Pertencem ao Grupo Ocupacional Técnico-Administrativo os cargos previstos no


Anexo I, parte integrante desta Lei.

SEÇÃO III

GRUPO OCUPACIONAL PROFISSIONAL – GOP

Art. 13. O Grupo Ocupacional Profissional – GOP abrange os cargos cujas atribuições
relacionam-se à proposição, análise, execução e avaliação de procedimentos inerentes às áreas de
conhecimentos específicos.

§ 1º. Pertencem ao Grupo Ocupacional Profissional, os cargos previstos no Anexo I,


parte integrante desta Lei.

CAPÍTULO VII
DO PROVIMENTO

Art. 14. O provimento dos cargos efetivos de que trata esta Lei, far-se-á mediante prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, sempre no nível inicial da
respectiva tabela de vencimentos, respeitando-se o Subgrupo Ocupacional em que se encontrar
posicionado.

Art. 15. Será vedada a nomeação ou designação de funcionário municipal para o


exercício de atividade diversa daquela prevista para o seu cargo efetivo, sob pena de
responsabilidade da autoridade envolvida, exceto quando se tratar de cargo de provimento em
comissão, nos afastamentos previstos no Estatuto do Funcionário Público Municipal.

Parágrafo único. A contratação de pessoal, seja a que título for só se efetivará nos casos
previstos em legislação federal e/ou municipal, observados os comandos constitucionais pertinentes.

Art. 16. As normas para a realização de concursos serão objetos de regulamentação


própria, a serem elaboradas e aprovadas pela Administração Municipal, no prazo de 90 (noventa)
dias, contados da data da publicação desta Lei.
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§ 1º. Os concursos serão abertos por edital, no qual constar-se-á, obrigatoriamente:

a. O cargo a ser provido;

b. O nível de escolaridade exigido;

c. As matérias, os programas ou o nível exigido e os tipos de testes ou tarefas que


constituirão as provas;

d. O prazo de validade do concurso;

e. O número de vagas para cada cargo;

f. O nível de vencimentos;

g. Outras exigências e/ou informações que se fizerem necessárias, observada a


legislação específica.

§ 2º. A nomeação do candidato vincula-se obrigatoriamente às condições previstas no


regulamento geral e no respectivo edital.

§ 3º. Para os cargos que exijam escolaridade de forma incompleta, o candidato deverá ter
concluído, no mínimo, 1/3 da habilitação exigida.

Art. 17. O concurso público poderá ser realizado em duas etapas, ambas de caráter
eliminatório, compreendendo:

I – na primeira etapa: provas e/ou provas e títulos;

II – na segunda etapa: prova prática e/ou prova de aptidão física.

Art. 18. A administração Municipal não será obrigada a nomear os candidatos


aprovados além do limite das vagas ofertadas.

§ 1º. Preenchidas as vagas ofertadas, os candidatos aprovados poderão ser nomeados,


dependendo da abertura de novas vagas no quadro de pessoal, obedecendo-se os prazos de validade
de cada concurso e a respectiva ordem de classificação.

§ 2º. Os concursos terão validade de até 2 (dois) anos, a partir da data da publicação da
homologação do resultado final, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração
Municipal.
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Art. 19. São considerados requisitos básicos para a nomeação:

I – aprovação em concurso público de provas e/ou de provas e títulos;

II – não-exercício ou aposentadoria em cargo ou emprego público não-acumuláveis;

III – apresentação dos documentos exigidos por lei e pelas normas próprias da
Administração Municipal, bem como, quando o cargo exigir, o registro no conselho profissional
competente;

IV – carga horária semanal de até 60 (sessenta) horas semanais para os acúmulos de


cargos, empregos e funções públicas permitido por Lei.

V – outros previstos em Lei ou regulamento específico.

Art. 20. O candidato, uma vez nomeado, cumprirá estágio probatório de acordo com a
legislação municipal.

Art. 21. A inabilitação no estágio probatório, apurada mediante processo administrativo,


importará na recondução do funcionário estável ao cargo anteriormente ocupado, nos termos da
legislação estatutária.

Art. 22. As pessoas portadoras de deficiência serão nomeadas para as vagas que lhes
forem destinadas, observadas as exigências de escolaridade, aptidão e qualificação profissional.

Art. 23. O candidato, ao ser nomeado, passará por um processo de integração no


ambiente de trabalho, devendo o órgão de administração, através de programas de treinamento,
levar ao seu conhecimento as normas da Administração Municipal, seus direitos e deveres, bem
como outras informações necessárias ao desempenho de suas funções.

Art. 24. A nomeação não vinculará o funcionário a uma unidade ou área específica da
Administração Municipal, exceto quanto ao período de estágio probatório, que será cumprido,
obrigatoriamente, na lotação de origem, ressalvadas as situações especiais que visem atender o
interesse público.

Parágrafo único. Os quadros de pessoal, por unidade administrativa, da Administração


Direta, Indireta, serão definidos por ato do Chefe do Poder Executivo.

Art. 25. Os candidatos, ao serem nomeados para cargos públicos da Administração


Direta ou Indireta da Prefeitura Municipal de Maringá, integrarão o Plano de Carreira de que trata
esta Lei.
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CAÍTULO VIII
DA PROGRESSÃO E CARREIRA

SEÇÃO I
DA PROGRESSÃO POR MÉRITO

Art. 26. Progressão por mérito é a evolução do servidor estável de um nível para outro
superior dentro de respectiva tabela de vencimentos, apurada mediante avaliação de desempenho, a
cada interstício de 2 (dois) anos, limitando-se a no máximo 3 (três) níveis de acordo com as
disposições previstas nesta lei e em regulamento específico.

Parágrafo único. Mérito é a demonstração de eficiência por parte do servidor no


desempenho das atividades do cargo, sendo apurado por meio de Avaliação de Desempenho e
Comportamento, na forma a ser estabelecida em regulamento.

Art. 27. Perderá o direito à Progressão por Mérito o servidor que durante o interstício de
02 (dois) anos enquadrar-se dentro de qualquer das situações especificadas abaixo:

I - afastar-se do cargo por prisão judicial;

II - sofrer penalidade de suspensão;

III - tiver 02 (duas) faltas ao serviço, sem justificativa;

IV - afastar-se do cargo por licença sem vencimento, independente do tempo de


afastamento;

V - afastar-se para prestar serviço militar;

VI - afastar-se do cargo em licença para tratamento de saúde por período igual ou


superior a 90 (noventa) dias;

VII - afastar-se do cargo em licença para tratamento de saúde de pessoa da família, sem
vencimentos.

VIII - afastar-se do cargo em licença por acidente de trabalho ou doença profissional,


por período igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias, contínuos ou não, sendo que o servidor
não será avaliado, porém ser concedido 01 (um) nível de elevação dentro da tabela correspondente
ao seu cargo.

IX - afastar-se do cargo em licença compulsória por período igual ou superior a 90


(noventa) dias;
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X - afastar-se para concorrer a cargo eletivo sujeito à legislação eleitoral;

XI - afastar-se para o exercício de mandato eletivo;

XII - ficar à disposição de órgão público não-vinculado ao Município, com ou sem ônus,
por período igual ou superior a 30 (trinta) dias.

Parágrafo único. Perdendo o direito de concorrer a Progressão por Mérito por qualquer
das situações estabelecidas nos incisos do artigo anterior, o servidor poderá concorrer à próxima
Progressão, desde que não seja excluído por qualquer das condições impeditivas previstas nesta Lei.

Art. 28. A apuração do resultado da avaliação de desempenho do servidor no interstício


será obtida, levando-se em consideração a pontuação final alcançada pelo servidor, observados os
seguintes critérios:

I – será conferido ao servidor que alcançar entre 90% (noventa por cento) a 100% (cem
por cento) da pontuação total prevista para a avaliação de desempenho 03 (três) níveis de avanço na
tabela de vencimentos;

II – será conferido ao servidor que alcançar entre 75% (setenta e cinco por cento) a
89,99% (oitenta e nove vírgula noventa e nove por cento) da pontuação total prevista para a
avaliação de desempenho 02 (dois) níveis de avanço na tabela de vencimentos;

III – será conferido ao servidor que alcançar entre 65% (sessenta e cinco por cento) a
74,99% ( setenta e quatro vírgula noventa e novo por cento) da pontuação total prevista para a
avaliação de desempenho 01 (um) nível de avanço na tabela de vencimentos.

Art. 29. Serão considerados como fatores de redução na pontuação do resultado da


avaliação de desempenho para promoção por Mérito os seguintes afastamentos e licenças:

I – Falta sem justificativa;


II – Licença para tratamento de saúde;
III – Licença para tratamento de saúde em pessoa da família;
IV – Licença compulsória;
V – Advertência.
Parágrafo único. A pontuação atribuída em cada um dos fatores de redução será
estabelecida através de regulamentação específica.
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Art. 30. O servidor que concluir com êxito o período de estágio probatório tornando-se
estável será promovido automaticamente ao nível 03 (três) da tabela salarial correspondente ao seu
cargo efetivo.

Art. 31. O servidor efetivo nomeado para Cargo em Comissão ou Função Gratificada
concorrerá à progressão por Mérito da mesma forma que os demais servidores previstos nesta Lei.

Art. 32. A regulamentação da progressão por Mérito será efetuada por Ato do Chefe do
Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da publicação desta Lei.

SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO POR TITULAÇÃO

Art. 33. Progressão por Titulação é a concessão de níveis dentro da respectiva tabela de
vencimentos ao servidor estável que concluir treinamentos e/ou cursos de capacitação profissional,
graduação ou pós-graduação, que não constitua requisito para o cargo exercido, na forma a ser
estabelecida em regulamentação específica.

Art. 34. O Processo por Titulação ocorrerá anualmente, sendo que o primeiro será
concedido a partir do ano subseqüente à publicação desta Lei aos que apresentarem documentação
comprobatória, sendo concedido ao servidor uma evolução na tabela de vencimentos, na forma
estabelecida abaixo:

I – curso de treinamentos e/ou de capacitação profissional: 1 (um) nível de evolução;

II – graduação: 3 (três) níveis de evolução;

II – pós-graduação em nível de especialização: 2 (dois) níveis de evolução;

III – pós-graduação em nível de mestrado: 3 (três) níveis de evolução;

IV – pós-graduação em nível de doutorado: 4 (quatro) níveis de evolução.

§ 1º. A promoção especificada no item I do caput será concedida mediante o


cumprimento de uma carga horária mínima de cursos ou treinamentos, de acordo com o
estabelecido a seguir:

a. Mínimo de 100 (cem) horas, para os cargos pertencentes ao Grupo Ocupacional


Técnico e Administrativo – GOTA e ao Grupo Ocupacional Profissional – GOP;
b. Mínimo de 60 (sessenta) horas, para os cargos pertencentes ao Grupo
Ocupacional Operacional – GOO.
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§ 2º. Serão considerados, para fins de concessão da progressão por titulação, apenas os
cursos e treinamentos com carga horária individual igual ou superior a 08 (oito) horas.

§ 3º. Serão desprezados os certificados de cursos e treinamentos que não constarem à


carga horária especificada.

§ 4º. A comprovação de cumprimento da carga horária mínima exigida para o


recebimento da promoção se dará mediante a apresentação do respectivo certificado de
participação.

§ 5º. Os certificados utilizados para a concessão da promoção por titulação não poderão
ser reutilizados para a concessão de promoção por Mérito e vice-versa.

§ 6º. Nos processos de progressão por titulação para os servidores estáveis serão
considerados os cursos e treinamentos efetuados nos últimos 5 (cinco) anos, desde que não
computados em processos anteriores.

§ 7º. O servidor poderá acumular no máximo 05 (cinco) promoções por titulação, por
cursos e treinamentos e/ou de capacitação profissional.

§ 8º. Só serão computados os cursos de treinamentos e capacitação profissional desde


que tenham correlação com o cargo efetivo do servidor.

§ 9º. A pontuação que exceder à mínima estabelecida na alínea “a” e “b”, § 1º, deste
artigo será mantida e registrada em banco de pontuação e poderá ser utilizada exclusivamente no
processo de promoção por titulação subseqüente.

§ 10º. A graduação ou pós-graduação fora da área de atuação terá a elevação de 01 (um)


nível dentro da tabela salarial correspondente ao cargo efetivo do servidor.

§ 11º. Caso o servidor possua mais de um vínculo com o Município, a promoção da


titulação será considerada para ambos os vínculos.

§ 12º. Só será permitida ao servidor a acumulação de no máximo 02 (duas) graduações e


02 (duas) pós-graduações diferentes.

§ 13º. O reconhecimento formal da escolaridade far-se-á com a apresentação de


certificado ou diploma expedido por instituição de ensino e/ou conselhos e órgãos de classe,
devidamente reconhecidos.
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§ 14º. Para coordenação de Processo de Titulação e a conseqüente verificação da


correlação entre o título apresentado com a área de atuação do servidor será constituída uma
Comissão Especial composta por no mínimo 5 (cinco) servidores efetivos.

CAPÍTULO IX
DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 35. A Administração Municipal deverá promover, incentivar e facilitar, por meio
do Plano Anual de Capacitação Funcional, a qualificação dos servidores efetivos mediante:

I – Implementação de sistema de avaliação de desempenho e por meio deste,


identificação das necessidades de treinamento e desenvolvimento;

II – Elaboração e cumprimento de programas regulares de treinamento e


aperfeiçoamento;

III – Autorização para que participem, sempre que possível, de palestras, cursos ou
atividades de aperfeiçoamento profissional compatíveis com a área em que atuam a critério da
Administração Pública Municipal.

§ 1º. Os programas de treinamento e aperfeiçoamento serão executados de forma direta,


pela própria Administração, ou terceirizada, observada a legislação.

§ 2º. O Município deverá promover anualmente curso de capacitação de Chefia e


Liderança aberto para todos os servidores efetivos.

§ 3º. O Município deverá estruturar adequadamente, dentro da área de Recursos


Humanos, profissionais capacitados que possam conduzir os programas previstos neste artigo.

Art. 36. A qualificação profissional, como base de valorização do funcionário,


compreenderá um programa de formação inicial, constituído de segmentos teóricos e práticos, além
de programas regulares de aperfeiçoamento e especialização, inclusive de natureza gerencial, para
fins de progressão.

Art. 37. A qualificação profissional de que trata o artigo anterior será planejada,
organizada e executada de forma integrada aos sistemas de avaliação de desempenho e carreira,
sempre considerando:
I – a formação inicial, constituída pela preparação dos servidores ao exercício das
atribuições dos cargos, transmitindo-lhes conhecimento, métodos, técnicas e habilidades adequadas;
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II – os programas regulares de treinamento e aperfeiçoamento, destinados à


complementação e atualização da formação inicial, habilitando o funcionário ao desempenho
eficiente das atribuições inerentes ao respectivo cargo, inclusive para o exercício das funções de
direção, chefia e assessoramento.

Parágrafo único. O regulamento estabelecerá:

a. as áreas básicas de conhecimento, as habilidades e as técnicas necessárias, inclusive


de gerência;

b. os critérios de avaliação dos programas de qualificação profissional.

c. a duração dos cursos de treinamento e aperfeiçoamento para a progressão.

Art. 38. Os cursos regulares de qualificação profissional poderão ser realizados pelas
escolas instituídas para este fim ou pelas unidades próprias dos órgãos do sistema de pessoal.

Art. 39. Além dos cursos regulares, poderão ser oferecidos outros que aprimorem o
desempenho funcional.

Art. 40. Será estabelecida em regulamento a duração mínima do programa de formação


inicial.

CAPÍTULO X
DOS VENCIMENTOS

Art. 41. As tabelas de vencimentos dos Grupos Ocupacionais e seus respectivos


Subgrupos, contidas no Anexo III desta Lei, serão compostas de 40 (quarenta) níveis e
contemplaram, obrigatoriamente todos os cargos previstos nesta Lei, corrigida automaticamente
segundo a legislação aplicável.

Art. 42. Na elaboração da tabela de vencimentos, foi utilizado os critérios de formação


necessária, o tempo para formação, valores de mercado baseado nas dificuldades de contratação e a
complexidade das atividades.

CAPÍTULO XI
DA ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA DE PESSOAL

Art. 43. O poder executivo manterá um Sistema de Pessoal, ao qual competirá


coordenar, supervisionar e orientar a Administração Municipal em matéria concernente ao servidor
municipal.
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Parágrafo único. O órgão de que trata este artigo expedirá as normas e instruções
necessárias à implementação e uniformidade deste Plano sob orientação da Procuradoria Geral do
Município.

Art. 44. As unidades administrativas poderão, quando necessário, propor a alteração das
carreiras, atribuições, especificações de seus grupos ocupacionais, planos de desenvolvimento,
avaliação de desempenho, qualificação profissional e outras medidas que permitam o
aperfeiçoamento do Sistema de Pessoal.

CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 45. O enquadramento dos funcionários já integrantes do Quadro de Pessoal Efetivo


da Administração Direta, Indireta do Município de Maringá far-se-á obedecendo a situação
cadastral predominante e o nível de enquadramento desta Lei.

Art. 46. Os servidores que tiveram os seus cargos alterados de Subgrupo Ocupacional
em decorrência da reformulação deste Plano terão o seu enquadramento com base no nível que
detinham na situação anterior.

Art. 47. Para efeitos da Progressão de Titulação, serão consideradas a graduação e pós-
graduação realizadas a qualquer tempo, desde que devidamente reconhecidos.

Art. 48. O processo de Progressão por Mérito obedecerá ao mesmo interstício do


servidor utilizado para a Progressão Funcional prevista pela legislação anterior.

Art. 49. Com a implantação do plano de carreira desta Lei será efetivada:

I – a revisão e racionalização da estrutura organizacional, bem como das atividades


sistemáticas ou comuns;

II – o redimensionamento da força de trabalho;

III – a extinção da mão-de-obra existente para o exercício das atividades próprias dos
cargos ora criada.

Art. 50. Nos termos do contido no § 4º do artigo 40 da Constituição Federal, por ocasião
do enquadramento, os benefícios da aposentadoria e da pensão dos servidores abrangidos pela Lei
Complementar nº. 06/93 serão revistos, transformados e enquadrados na forma prevista nesta Lei,
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tomando-se por base, para a concessão do benefício, a situação cadastral predominante à época das
respectivas concessões.

Art. 51. Os cargos de Coletor, Merendeira, Operador de Máquina Costal e Coveiro,


transformados para o cargo de Agente Operacional farão jus à gratificação de atividade a ser
regulamentada nos termos do Artigo 75 da Lei Complementar n. 239/98.

Art. 52. Serão extintos, ao vagarem, os cargos públicos constantes no Anexo II.

Art. 53. Os cargos da Administração Direta e Indireta a serem transformados ou extintos


quando na implantação do presente Plano, ou ao vagarem, são os constantes do Anexo II, partes
integrantes desta Lei.

Art. 54. A descrição dos cargos e a exigência de escolaridade será efetuada por ato do
Chefe do Poder Executivo, dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da
publicação desta Lei.

CAPÍTULO XIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 55. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares para atender
às despesas decorrentes da implantação deste Plano

Art. 56. O Poder executivo expedirá os atos necessários ao fiel cumprimento desta Lei,
no prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, contados de sua vigência.

Art. 57. Esta Lei entra em vigora na data de sua publicação, gerando seus efeitos a partir
de

Art. 58. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei Complementar nº.


240/98.

Paço Municipal, aos de de 2.010.

Silvio Magalhães Barros II


Prefeito Municipal

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