Responda, justificando, as questões abaixo:

1. O empregado vigilante, que trabalha sozinho no período das 18h às 6h do

dia seguinte, tem direito a receber indenização por supressão do intervalo de
refeição?
Sim, os intervalos intrajornada podem ser usufruídos ou indenizados, a
nova lei possibilitou a concessão ou não supressão, a indenização.
Conforme art. 59-A da CLT:
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta
Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze
horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso e alimentação.

2. Se o empregador concede ao empregado 20 minutos de intervalo para

refeição e descanso e outros 8 intervalos de 5 minutos cada, estará atendido o
requisito do artigo 71 da CLT?
Não, pois o intervalo de 1 hora para refeição e descanso deverá ser
tirado integralmente, não podendo ser fracionado, salvo os empregados do
setor de transporte, que descansam ao final de cada viagem.
3. Um determinado empregado deixou de trabalhar numa 2ª feira. Chegando
para trabalhar na 3ª feira, o empregador só lhe perguntou se estava "tudo
bem". Ao receber seu salário no fim do mês, notou o desconto equivalente a 2
dias de trabalho. Por que o empregador teria determinado esse desconto? Está
correta a atitude do empregador?
Não, o empregador não pode descontar do salário e nem das férias, pois
o empregado vai tirar férias de acordo com o art. 130 da CLT, podendo o
empregado ter 5 faltas injustificadas por ano, sem sofrer nenhuma penalidade.
Art. 130 Após cada período de 12 (doze) meses de
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito
a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao
serviço mais de 5 (cinco) vezes;
Il - 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver tido 6
(seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24
(vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
 § 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas
do empregado ao serviço.

4. Um empregado que trabalha no regime 12X36 entende que teria direito de
receber pela não concessão de 1h de intervalo de refeição, pois usufruía de
apenas 30 minutos. Ele tem esse direito?
Ele tem direito a acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal de
trabalho, pois tem somente uma concessão parcial do intervalo intrajornada.
Conforme o art. 71, §4º da CLT:
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo
intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho. (Redação dada
pela Lei nº 13.467, de 2017)

5. Uma empregada trabalha 8h por dia (jornada regular) e mais 1 hora extra.
Além do pagamento (ou compensação dessa sobrejornada) dessa hora extra,
ela tem direito a mais algum valor?
Todo empregado que trabalha em jornada ampliada tem direito a
perceber um adicional de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal, caso o
trabalho seja feito em dias da semana, e de 100%, se a hora extra for aos
domingos e aos feriados.
Art. 59 CLT, §1º, CLT:
Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser
acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50%
(cinquenta por cento) superior à da hora normal.

Art. 7º, inciso XVI, da CF/88:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del
5.452, art. 59 § 1º)