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REDE FUTURA DE ENSINO

ALINE DE CASTRO OLIVEIRA

UMA VIVÊNCIA DO BRINCAR NA


EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2018

CARMO DA CACHOEIRA - MG
2020
ALINE DE CASTRO OLIVEIRA

REDE FUTURA DE ENSINO

UMA VIVÊNCIA DO BRINCAR NA


EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2018

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em
Psicomotricidade e Artes.
Orientador: Ana Paula Rodrigues.

CARMO DA CACHOEIRA - MG
2020

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UMA VIVÊNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2018

Aline de Castro Oliveira1


Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daquelas cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar
este texto no trabalho”.

RESUMO - Este artigo apresenta uma vivência do brincar na Educação Infantil durante o ano de
2018 na Escola Parque Tibetano situada numa cidade rural no interior de Minas Gerais. Sua
metodologia é inspirada pela Pedagogia Waldorf. Aqui será apresentada como foi esta vivência
envolta por brincadeiras, movimento e ambientação dos locais. Os princípios básicos da escola se
norteiam no trabalho voluntário onde toda sua equipe e colaboradores ofertam seu tempo,
conhecimento ou habilidade para que a escola possa manter suas atividades. Além disso a
sustentação e sua manutenção é feita por doações voluntárias e espontâneas.

PALAVRAS-CHAVE: Educação. Movimento. Pedagogia Waldorf. Jardim de Infância.


Voluntariado.

ABSTRACT- This article presents an experience of playing in kindergarten during the year 2018 at
Escola Parque Tibetano located in a rural city in the interior of Minas Gerais. Its methodology is
inspired by Waldorf Education. Here it will be presented how this experience was surrounded by
games, movement and ambience of the places. The basic principles of the school are guided in
voluntary work where all its staff and collaborators offer their time, knowledge or skills so that the
school can maintain its activities. In addition, support and maintenance is provided by voluntary and
spontaneous donations.

KEYWORDS: Education. Movement. Waldorf pedagogy. Kindergarten. Volunteering.

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1- INTRODUÇÃO
Numa época em que as tecnologias digitais têm se apresentando como uma
realidade quase que imprescindível em várias escolas em outras instituições esta
realidade é diferente. Um exemplo disto é a Escola Parque Tibetano que preza pelo
cuidado com a terra e os animais, realiza plantios e oficinas agroflorestais. Também
enfatiza a beleza nas artes manuais, cênicas, plásticas e música. Além de priorizar o
movimento através do brincar seja ele livre ou dirigido.
Este artigo apresenta um pouco de como foi a vivência na Educação Infantil
sob a ótica do brincar em 2018 na Escola Parque Tibetano situada em Carmo da
Cachoeira – MG.
A Escola Parque Tibetano (EPT) possui sua peculiaridade por ser uma escola
particular, porém gratuita e composta de voluntários não-remunerados e se mantém
por doações espontâneas. A EPT se inspira na Pedagogia Waldorf e esta se tornou
um instrumento importante no traçado do caminho pedagógico pelo qual toda a
equipe abraçou.
Rudolf Steiner, pai da Antroposofia, trouxe um estudo aprofundado sobre o
ser humano como um todo: físico-etérico, emocional, mental e espiritual
apresentando então através da Pedagogia Waldorf uma nova forma de ver, observar
e tratar a infância e o ser humano como um todo. Assim sob o ponto de vista do
brincar podemos observar que de acordo com a SAB – Sociedade Brasileira de
Antroposofia apresenta que brincar traz um valor significativo para o
desenvolvimento sadio da criança e é cientificamente comprovado sendo também
uma preocupação de muitos educadores. E este valor se enfatiza mais na faixa
etária dos 0 aos 7 anos, que corresponde ao primeiro setêntio. Este brincar livre ou
dirigido, é considerado o maior e melhor estimulador para o desenvolvimento da
criança de acordo com sua faixa etária e capacidades individuais. A criança já
possui um impulso interior para aprender a se tornar humana, adaptar-se e adequar-
se ao ambiente. A criança procura o brincar e a atividade que melhor se encaixa na
sua maturidade e necessidades evolutivas, seguindo de forma inconsciente e
instintiva os estímulos provenientes da sabedoria de seu próprio corpo. A criança

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tem em si a natureza de sempre querer superar algo e ter o domínio de sua própria
corporeidade.
O espaço de problematização se dá em conciliar uma educação viva e que
ressoa com os princípios da Escola e ao mesmo tempo ser formada por voluntários
não-remunerados e doações espontâneas. E mesmo diante destes desafios a meta
do brincar e do movimento para esta faixa etária tem sido priorizada e de acordo
com a SAB – Sociedade Antroposófica do Brasil diz que os educadores possuem
esta tarefa de criar o ambiente e as condições para o processo auto-educativo da
criança em seu livre brincar. E a sua primeira preocupação é criar este ambiente
adequado para o desenvolvimento dos órgãos do sentido, e isso não quer dizer
excesso de estímulos, mas sim estímulos que enriquecem a vida interior da criança.
O excesso de estímulos promove o desenvolvimento de hábitos para a
superficialidade e assim terá dificuldades de concentração. Por isso cada objeto em
sala de aula e ambientes devem ter seu valor para que as crianças criem vínculo
com os mesmos.
Desta forma o artigo pretende relatar um pouco desta experiência e reflexão
sobre a necessidade de uma nova forma de mediar a educação sem se cristalizar e
ao mesmo tempo conciliar e aproveitar ao máximo todos seus recursos e
oportunidades. Além de priorizar a oferta do brincar livre ou dirigido às crianças,
principalmente do primeiro setênio que correspondem a faixa etária de 0 a 7 anos.

2- METODOLOGIA
Este trabalho parte de uma vivência permeada pela Pedagogia Waldorf junto
às crianças da Educação Infantil da Escola Parque Tibetano. Será utilizado o
levantamento e estudo bibliográfico além de um trabalho de campo com as crianças
de 4 a 6 anos através de registros fotográficos de suas atividades.

2.1- A PEDAGOGIA WALDORF


De acordo com a Setzer que apresenta a Pedagogia Waldorf como uma
das atividades da Antroposofia e foi introduzida no início do século XX por Rudolf
Steiner. A palavra  “Antroposofia” no grego quer dizer "conhecimento do ser
humano" e pode ser considerada como um método de conhecimento da natureza do

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ser humano e do universo, ampliando assim o conhecimento obtido pelo método
científico convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas
da vida humana.
Já a Biblioteca Virtual da Antroposofia traz um pouco de sua história e
conta que esta pedagogia surgiu com a solicitação do dono de uma fábrica de
cigarros na Alemanha, e assim surgiu uma escola baseada na visão de mundo de
Rudolf Steiner, – a Waldorf Astoria, para os filhos de seus funcionários. Idealizando
o homem como uma união em harmonia entre o físico-material e alma-espiritual e
sobre essa coluna baseando toda a prática educativa. Nesta pedagogia considera-
se o lado alma-espírito como essência individual única de cada ser humano e o
corpo físico como sua imagem e instrumento. A Pedagogia Waldorf tem como base
a suposição de que o ser humano não está somente determinado pela herança e
ambiente, mas também de sua pronta resposta que do seu interno é preparado para
atingir a sobre as impressões que recebe.

A pedagogia Waldorf não é um sistema educacional, mas


uma arte com a qual se desperta o que há no ser humano. Não
pretendo educar com pedagogia Waldorf, mas despertar. Pois agora
o tempo é de despertar. Em primeiro lugar, os professores devem
ser despertados, em seguida, os professores devem despertar as
crianças e os jovens novamente (STEINER: GA 217, S 36).

Ao longo de sua vida, o ser humano, luta para desenvolver-se, realizando


todo o potencial e capacidades cujo é portador. Partindo dos Princípios da
Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, onde se tem liberdade
(no pensar) com responsabilidade, igualdade (jurídico-legal) de deveres e direitos e
fraternidade como respeito mútuo regendo as instituições Waldorf.
Salles diz que Emil Molt foi uma das pessoas que se animaram em construir a
Europa do futuro buscando novos rumos após a queda de velhos padrões sociais.
Ele era o diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astória, de Stuttgart, na Alemanha. A
primeira escola Waldorf surgia em 7 de Setembro de 1919, com 12 professores e
256 alunos organizados em 8 classes. Não se separava meninos de meninas, não
havia avaliações através de notas e tampouco reprovações, além disso foi uma
escola fundada para o povo. Steiner se embasava em uma visão espiritualista, na
liberdade, na autonomia, contestando o materialismo, que era a alicerce dos
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conceitos daquela época, assim como é até hoje. Porém foi proibida pelo nazismo e
também pelo comunismo, e depois disto as escolas que viviam esta pedagogia
passaram a ser perseguidas por estas formas de tirania e autoritarismo.
Desde então esta pedagogia vem crescendo em vários locais do mundo
desde a criação da primeira escola Waldorf, o que mostra ser uma forma
pedagógica que pode adequar-se a qualquer cultura. Isto acontece pois ela se
fundamenta em uma intensa ciência do ser humano, e busca dar o que a criança
necessita em cada etapa do seu desenvolvimento, respeitando sempre seu
amadurecimento. São escolas para onde as crianças querem e gostam de ir.
De acordo com o Instituo Ruth Sales em seu artigo, Waldorf 100 anos, em
1956 surgia a primeira escola Waldorf no Brasil, com o nome de Escola Higienópolis,
e depois passou a conhecida como Escola Waldorf Rudolf Steiner. A Federação das
Escolas Waldorf no Brasil, contempla cerca de 82 escolas e existe há 11 anos. A
Pedagogia Waldorf também é vivenciada em creches e organizações sociais, como
na Associação Monte Azul, em São Paulo SP, por exemplo.
Já a SAB em seu artigo, Rudolf Steiner o defensor da Sensibilidade, esta
pedagogia divide o desenvolvimento do ser humano em setênios que compreende o
período de 7 anos. No caso, o primeiro setênio é o período zero a sete anos que vai
até o final da troca dos primeiros dentes de leite, o qual acontece por volta dos 7
anos de idade. Esta é uma fase onde a imitação é muito importante.
Segundo Steiner no livro A Educação da Criança Segundo a Ciência
Espiritual, diz que a criança não assimila o que vive por conversas mentais mas sim
pelo próprio exemplo do adulto o qual ela imita. E é muito importante informar à
criança o que ela vai fazer na escola e o que vai aprender e ainda sugere dizer que
elas estão ali para aprender o que os adultos aprenderam e agora são capazes de
realizar, e que as crianças ainda não conseguem como ler e escrever. Nesta etapa
da vida, Steiner mostra o qual é vital estimular a imaginação. E para isso os
brinquedos muito elaborados e prontos não devem ser oferecidos.
Já Steiner no livro Andar, Falar, Pensar - Atividade Lúdica, ele compara a
boneca de pano e a boneca de plástico. E esclarece que a boneca de molda o
cérebro da criança da mesma maneiro que o escultor esculpe uma escultura, ou seja
com mãos determinadas, fluida, embasada de espírito e alma. Já a segunda, de

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acordo com Steiner, apresenta materialmente formas e feições que a criança ainda
não pode abranger e acaba flagelando o cérebro.
Neste sentido podemos observar o quanto é importante a ambientação
dos locais com materiais e brinquedos adequados para o bem desenvolvimento da
criança. Observando seu desenvolvimento e ao mesmo tempo oferecendo
atividades que respeitem este momento da criança.

2.2 O RITMO E O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL WALDORF


De acordo com Borba, tudo na vida está sob influência de um ritmo como
do dia e noite, dias da semana, fases da lua e estações do ano. E apresenta
também que a repetição constante é que proporciona a confiança e saúde para o ser
humano e isto é muito importante para a criança pequena.
Para ela, é reponsabilidade do adulto realizar atividades que se repetem
da mesma forma para que que dê a criança segurança, desenvolvendo nela a
certeza de que tudo vai correr bem.
Para um Jardim de Infância na Pedagogia Waldorf existe o momento de
expansão como o brincar fora de sala ou na natureza e momentos de contração
como o momento da alimentação e atividades como desenho, pintura e culinária.
Este ritmo de contração e expansão segue o ritmo do coração e pulmão.
Quando se respeita este ritmo natural se adquire saúde física e emocional.
Assim como tudo na natureza há ritmo então a criança que é educada
seguindo um ritmo adequado a sua idade e necessidade adquire saúde para toda
vida, pois é na infância que seu organismo está sendo formado.

2.3- A VIVÊNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2018


Desde o nascimento da Escola Parque Tibetano cuja mantenedora é a
Casa Luz da Colina situada na cidade rural de Carmo da Cachoeira, Minas Gerais
em 2013 ofertou suas turmas para o Ensino Fundamental pois a procura das
famílias era apenas para esta faixa de idade.
A partir do ano de 2016 depois que várias famílias se aproximaram do
trabalho da Comunidade-Luz Figueira e se instalaram na cidade houve uma grande
procura na Escola pelo Jardim de Infância.

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Para isto, a princípio, foi criado o projeto Sementes de Luz de contra turno
para atender esta demanda iniciando uma pequena turma com até oito crianças com
idades de três a seis anos. Todo este projeto, assim como toda a Escola se mantém
por serviço voluntário e doações. Enquanto a Escola atendia o Ensino Fundamental
com professores voluntários e materiais doados, o contra turno foi iniciado com o
trabalho voluntário realizado pelo grupo familiar que se aproximou da Escola.
Em 2017 o projeto aumentou com a aproximação de mais famílias com
crianças pequenas. Com o aumento das crianças de primeiro setênio, foi realizado a
princípio com a união de todas as crianças em apenas uma sala própria e
ambientada conforme a Pedagogia Waldorf. Coube ao grupo de voluntários o estudo
em grupo desta Pedagogia bem como recorrer a tutorias e cursos.
O grupo de voluntários começou a realizar sua formação e se estruturar
para o ano de 2017 que se inicia. Na Pedagogia Waldorf é indicado que haja uma
professora principal e sua auxiliar com ritmos e atividades específicas para cada dia
da semana de acordo com o Planeta regente para este dia.
Na realidade de um projeto realizado por voluntários, não foi possível
considerar apenas uma professora, mas sim um grupo de mães/professoras que se
revezavam a cada dia para atender ao projeto Sementes de Luz.
Mas em 2018 esta meta foi alcançada e assim começamos a trabalhar
com uma professora referência e auxiliar para a Educação Infantil. Além disso foi
possível iniciar uma formação para estes voluntários que passaram a ter seus
diplomas de Pedagogia, ou aprofundamento nos estudos da Pedagogia Waldorf
através de cursos. Tudo foi possível através de doações espontâneas.
Então a partir deste período foi observado algumas mudanças com
relação ao ano anterior onde havia um revezamento de professores voluntários que
foi o seguinte:
 Uma maior adesão das crianças às atividades;
 Mais harmonia na convivência entre elas;
 Maior clareza do que será feito em cada momento;
 Maior clareza e aderência aos combinados;
 Mais disponibilidade das crianças em ajudarem umas às outras.

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Além disso, foi possível dar ênfase à ambientação dos locais de forma
adequada e através de editais e doações a Escola conseguiu suprir a sala da
Educação Infantil com piso de madeira, pintura das paredes em efeito de
aquarela, aquisição de brinquedos não prontos de madeira e bonecas de pano.
A partir daí continuamos com o trabalho rítmico de contração com
atividades internas oferecidas livremente como tricô de dedos, desenho, brincar livre
dentro de sala, culinária bem como momento de expansão no brincar fora seja livre
ou dirigido. Neste momento as crianças têm livre acesso à natureza, árvores e
ambientes com areia, terra e plantios. Assim podem usar a imaginação e criar
desafios físico-motores.
Enquanto estão no brincar elas estão construindo suas relações, se
percebendo internamente, trabalhando suas emoções com auxílio do adulto que
está atento, presente e observando, trabalhando ou atuando junto com as crianças.
Através de uma oportunidade a Escola recebeu a visita de missionários
da Fraternidade – Federação Humanitária Internacional que colaboraram para
ambientação do pátio e da mata aos fundos. Ali foi possível renovar brinquedos
como balanços e trepa-trepa. Bem como reconstruir o parquinho, o comedouro de
pássaros, o local de organização das ferramentas e também a construção do novo
trepa-trepa de bambu. Realizou-se uma pintura do pátio com um campinho de
futebol, cestas de basquete e amarelinhas.
Todo este movimento de renovação dos espaços foi realizado com
voluntários não-remunerados e doações espontâneas para cada reparo.
A escola também passou a participar dos eventos da Aliança pela Infância
oferecendo espaços e momentos de brincadeiras para crianças da cidade.
A Aliança pela Infância é um movimento internacional que reúne pessoas
de vários lugares do mundo para proporcionar uma infância digna e saudável.

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Figura 1 - Camiseta utilizada durante os encontros do Dia Mundial do Brincar

Fonte: Arquivos de Fotos da Escola, 2016.

3-RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir desta vivência do brincar na Educação Infantil foi possível notar que
com esta nova ambientação as crianças tiveram mais oportunidades e desafios
corporais.
A escola conta também com locais de natureza com árvores, arbustos,
ambientes rurais próximo a pastagem de gado e com acesso a nascentes e riacho.
O que proporciona às crianças vivências ricas de caminhadas, exploração local do
ambiente, favorecendo a educação ambiental a respeito do riacho poluído ou até
mesmo dos cuidados com a água. O ambiente proporciona também atividades como
agrofloresta, bioconstroção e cuidado com os animais.
E assim com esta ambientação dos locais e atividades adequadas as crianças
puderam tiveram melhor desenvolvimento na coordenação motora grossa mostrando
mais flexibilidade, equilíbrio e destreza nos movimentos. Refletindo em sua auto-
estima e também em melhoras na coordenação motora fina quando passaram para
atividades com agulhas para o crochê ou costura, ou mesmo nos momentos de tricô
de dedos.

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Figura 2 - Desafios naturais.

Fonte: Arquivos de Fotos da Escola, 2018.

Figura 3 – Vivência Missionária com a construção de brinquedos e renovação dos espaços.

Fonte: www.fraterinternacional.org, 2019.

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4- CONCLUSÃO

Mesmo diante dos desafios de se manter uma escola particular de forma


gratuita, com voluntários não remunerados e com sua manutenção realizada por
doações espontâneas, pode-se notar o milagre de tudo o que foi manifestado. Pois
os voluntários foram supridos com suas formações, as salas e locais da escola
receberam sua ambientação adequada para receber as crianças, além de
receberem materiais próprios para as atividades.
Além deste desafio, foi possível observar o desenvolvimento saudável das
crianças, construindo suas relações, recebendo o suporte correto para manejo de
suas emoções, em acréscimo sendo contempladas no verdadeiro brincar num
ambiente benéfico e harmonioso, sempre em contato com a natureza,
proporcionando momentos de alegria e bem-estar!

6- REFERÊNCIAS

Biblioteca Virtual da Antroposofia. A Pedagogia Waldorf. Disponível em:


http://www.antroposofy.com.br/wordpress/a-pedagogia-waldorf. Acesso em:
5/3/2020.

BORBA, Pilar Tetilla Manzano. A Importância do Ritmo na Educação Infantil.


Biblioteca Virtual da Antroposofia. Disponível em:
<http://www.antroposofy.com.br/wordpress/a-importancia-do-ritmo-na-educacao-
infantil/> Acesso em: 20 mar 2020.

Instituto Ruth Salles. Waldorf 100 anos. Disponível em:


https://www.institutoruthsalles.com.br/movimento-waldorf/100-anos/. Acesso em:
11/02/2020.

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SAB – Sociedade Antroposófica no Brasil. Princípios da Pedagogia Waldorf.
Disponível em: http://www.sab.org.br/portal/pedagogiawaldorf/369-principios-
pedagogia-waldorf. Acesso em: 12/02/2020.

SALLES, Rubens. A educação para enfrentar os desafios do futuro. Instituto


Ruth Salles. Disponível em: https://www.institutoruthsalles.com.br/historico/. Acesso
em: 10/02/2020.

SETZER, Valdemar W. O que é Antroposofia. SAB – Sociedade Antroposófica no


Brasil. Disponível em: http://www.sab.org.br/antrop/ANmainFrame.htm. Acesso em:
14/02/2020.

STEINER, Rudolf. Andar, Falar, Pensar - Atividade Lúdica. GA 307. Editora


Antroposófica.

STEINER, Rudolf. Educação da criança segundo a Ciência Espiritual. Editora


Antroposófica.

STEINER, Rudolf. GA 217, palestra de Stuttgart, 3 a 15/10/1922, Forças espirituais


de atuação na convivência entre a antiga e a nova geração.

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