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Principais

Equipamentos
Capitulo 3 - Principais Equipamentos

1. Balança Eletrônica (exemplo: Série BG®- GEHAKA):

1.1. Operação:
Uma vez preparada a balança, e o cabo da rede conectado à
tomada, a balança indicará que está ligada, acendendo um ponto
decimal do segundo dígito no seu display.
Para ligá-la basta acionar a chave on/off, que se encontra
em seu painel frontal. Quando esta chave é acionada, o display exe-
cutará o teste do display, mostrando cada um dos dígitos e indican-
do desta forma se estão funcionando corretamente e indicará leitu-
ra zero no display.
Uma vez que a balança entrou em funcionamento normal,
aguarde no mínimo 25 minutos para que o equipamento atinja a sua
temperatura de trabalho (warm up).
Evite desligar o cabo da força da rede, pois desta forma não
haverá necessidade de aguardar o tempo de aquecimento toda vez
que for operar a balança. Quando a balança está desügada, com o
ponto decimal aceso, permanece na condição stand by, ou seja, não
haverá a necessidade de se aguardar o período de warm-up.

1.2. Pesagens Subtrativas:


Em certos casos não importa a massa total de um produto, mas
desejamos que este perca um determinado peso. Para conseguir isto
basta:
Colocar o produto sobre o prato.
Tarar (* ) a balança.
A balança está indicando peso zero, retirando parte do produto,
a balança irá indicar quanto peso está sendo perdido.

Nota ( * ) Tarar significa fazer com que o display indique zero antes de colocar o objeto a ser
pesado, sobre o prato. Desta forma, o peso do recipiente em que está a amostra será descon-
tado, e a balança somente irá indicar o peso do material, desde que a soma destes não exce-
da a máxima carga da balança.
Coloque sobre o prato o recipiente vazio, a balança indicará seu peso. Acione a tecla
"Tara", a balança passará a indicar zero no display. Despeje o produto no recipiente, e a
balança indicará somente o peso do produto.

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1.3. Comparando Massas:

Existe ainda a possibilidade de desejarmos conhecer qual a di-


ferença de peso entre um padrão e a produção por exemplo. Para
isso, siga os procedimentos abaixo:
Passo 1: Coloque o peso padrão de referência sobre o prato.
Passo 2: Tare a balança.
Passo 3: Remova o peso padrão.
Passo 4: Coloque o peso a se determinar o desvio sobre o prato.
Observe a leitura, ela será positiva ou negativa indicando a dife-
rença entre o peso do produto e a referência.

1.4. Arrredondamento Interno da Balança:

A linha BG, mede uma casa a mais do que indica o display, isto
para que possa ser feito o arredondamento com segurança. Este
arredondamento segue a seguinte forma:
Leitura maior ou igual à cinco vai um.
Leitura menor que cinco mantêm o valor.

1.5. Manutenção:
Para proceder à limpeza, basta desligar a balança, remover o
prato e retirar o plástico de proteção.
Não use qualquer tipo de solvente, o recomendado é álcool
70% e uma flanela.
0 prato, de inox, pode ser lavado com detergente, desde
que o mesmo seja removido da balança.

1.6. Calibração:
A precisão de leitura da balança, depende diretamente de
sua calibração para leituras corretas.
A calibração deve ser checada periodicamente.
Para balanças com uso contínuo, é recomendado a recalibra-
ção uma vez por mês.

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1.6.1. Checando a Calibração:


Passo 1: Ligue a batança acionando a tecla On/Off.
Passo 2: Pressione a tecla Tara para zerar o display.
Passo 3: Coloque o peso padrào sobre o prato.
Passo 4: Observe se o peso indicado é o mesmo do peso padrão, com
uma tolerância de +/- 1.
Se a leitura for correta, a balança está calibrada. Se for diferen-
te, proceda como descrito abaixo.

1.6.2. Executando a Calibração:


Passo 1: Remova qualquer objeto do prato.
Passo 2: Tare a balança.
Passo 3: Segure a tecla Tara por 5 segundos.
Passo 4: Aparecerá no display a indicação CAL. A balança sai de fá-
brica com a função auto-calibração ativada, se por ventura não en-
trar esta função, consulte no manual da balança o tópico progra-
mando a balança.
Passo 5: Solte a tecla Tara.
Passo 6: 0 display indicará rapidamente zero, mostrando que testou
a existência de alguma massa sobre o prato. Se houver algum objeto
no prato, a balança retornará com a mensagem no display Erro 1.
Aguarde alguns segundos que a balança voltará a indicar o zero no-
vamente.
Passo 7: Em seguida aparecerá no display o valor do Peso Padrão
necessário para sua calibração, coloque-o sobre o prato.
Passo 8: Retire o peso padrão do prato e tare a balança.
A balança está calibrada. 0 erro admissível na caiibração é de
+/-1.
Nota: A catibração da balança deve ser re$istrada em formulário próprio cujo modelo se
encontra na pàgina 594.

1.7. Aferição:
Anuatmente a balança deverá ser aferida pelos órgãos com-
petentes. No momento da aferição deverá ser afixada etiqueta
constando a data e o responsável pela aferição (INMETRO).

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2. Destilador:

2.1. Operação:
Abrir a torneira de alimentação, inicialmente com fluxo de
água maior para um enchimento mais rápido.
Quando o nível da água cobrir a resistência, o automático
será acionado ligando o aparelho.
A lâmpada piloto indicará que o nível ideal foi atingido e a
resistência está ligada.
Diminuir o fluxo de água na alimentação e aguardar a fervu-
ra.
Quando a água entrar em ebulição inicia-se o processo de
destilação.
Regule o fluxo de alimentação o suficiente para esfriar a
água destilada até a temperatura ambiente.
Desprezar os primeiros 500 ml.
Não fechar totalmente o recipiente coletor e também não
permitir que a ponta da mangueira fique submersa.
Atingindo o volume necessário de água destilada, fechar a
torneira. 0 aparelho continuará funcionando por aproximadamente
mais dois minutos quando o automático desligará.

2.2. Manutenção:
Periodicamente deverá ser feita a limpeza e a remoção das
crostas depositadas em forma de pó branco na resistência.
A periodicidade deverá variar de acordo com a qualidade da
água de entrada (águas de poço ou muito duras poderão formar
crostas em prazos menores).
Havendo a formação muito grande de crostas ou ataques ao
reservatório é aconselhável a instalação de filtros especiais.
Verificar periodicamente as conexões elétricas e a bóia, evi-
tando eventuais travamentos e queima do equipamento.

Nota: As manutenções do destilador devem ser registradas em ficha própria segundo modelo
na páçina 605.

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3. Deionizador:

3.1. Manutenção:

A troca da coluna do deionizador deverá ser feita sempre que a


lâmpada vermelha piscar ou ficar acesa continuamente, o que signi-
fica que a resina está próxima da saturação. Quando isso acontecer,
proceder da seguinte forma:
Fechar a torneira de alimentação e desligar o aparelho da rede
elétrica.
Erguer a coluna acima do nível e deixar escorrer em local ade-
quado.
Remover toda água que ficou no reservatório, possivelmente
contaminada.
Coloque a coluna regenerada na mesma posição da anterior,
volte a engatar a mangueira de alimentação na coluna, regule o
fluxo de entrada e tire o ar da nova coluna.
Ao encher a nova coluna, deve-se girar o parafuso de plástico
no sentido anti-horário para dar saída ao ar interno da coluna.
A ficha de manutenção do aparelho deve ficar afixada neste, e
sempre que for feita a troca da coluna, o responsável deve anotar a
data e assinar. Veja modelo de ficha de registro na página 609.

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4. pHmetro:

4.1. Operação:
Para efetuar uma medição de pH é suficiente submergir a ponta
do eletrodo (4cm) e a sonda de temperatura na amostra a ser me-
dida.
Ligue o instrumento pressionando a tecla on/off.
0 medidor entra automaticamente no módulo de medicão de
pH.
Espere um ou dois minutos para a estabilização do eletrodo.
0 valor do pH medido é lido no display principal e a temperatura
medida é lida no display secundário.

4.2. Calibração do pHmetro (exemplo: modelo Hl 8314 )

Passo 1: Retirar o eletrodo do recipiente contendo solução de KCL


3M.
Passo 2: Rinsar (lavar) o eletrodo com água destilada.
Passo 3: Enxugar o eletrodo (papel macio e poroso, como por exem-
plo, papel higiênico de boa qualidade).
Passo 4: Rinse o eletrodo com a solução tampão pH 7,01.
Passo 5: Mergulhe o eletrodo em um recipiente contendo o tampão
de referência de pH 7,01, junto com o sensor de temperatura. Ho-
mogeneize vagarosamente e espere dois minutos para o equilíbrio
térmico.
Nota: o eletrodo deve estar submerso 4cm na solução. 0 sensor de temperatura deve ser
colocado próximo ao eletrodo de pH.
Passo 6: Aperte o botão 0C para mostrar a temperatura do tampão.
Passo 7: Ajuste o botão "pH" para a leitura do valor de pH.
Passo 8: Ajuste com a chave de fenda no parafuso STD até que o
visor mostre o valor de pH desejado.
Passo 9: Lavar o eletrodo e enxugar.
Passo 10: Rinse e mergulhe o eletrodo no tampão referência 4,01
(segundo ponto de calibração) e homogeneize vagarosamente.
Passo 11: Espere dois minutos e ajuste no parafuso SLOPE até que o
visor mostre o valor de pH desejado.
Passo 12: A calibração do pHmetro está completa. Lave o eletrodo
com água destilada e seque com papel absorvente;
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Passo 13: Imergir o eletrodo na solução problema.


Passo 14: Anotar a medida após estabilização.
Passo 15: Lavar o eletrodo e enxugar.
Passo 16: Colocar o eletrodo na solução de KCl.

Nota: 0 pHmetro deve ser calibrado semanalmente. 0 registro de calibração deve feito em
ficha própria seçundo o modelo na página 595.

4.3. Calibração do pHmetro (exemplo: modelo Hl 9321®)


Passo 1: A calibração do pHmetro deve ser realizada semanalmente.
Passo 2: Proceder da seguinte forma:
Passo 3: Certifique-se que o medidor está no módulo de pH.
Passo 4: Remova a tampa de proteção do eletrodo contendo solução
de KCl e rinse-o com água, enxugando-o a seguir.
Passo 5: Coloque pequenas quantidades de soluções tampão dentro
de béqueres limpos.
Passo 6: Rinse e mergulhe o eletrodo na solução de referência tam-
pão pH 7,01 e agite um pouco.
Passo 7: Pressione a tecla CAL . Os indicadores CAL e BUF acende-
rão. 0 display secundário apresentará o valor 4,01.
Passo 8: Pressione duas vezes a tecla C. 0 display secundário muda-
rá para 7,01.
Passo 9: Quando o eletrodo for inserido na solução tampão, o medi-
dor avisará ao operador se a leitura não estiver estável. Se as leitu-
ras flutuarem, o display piscará NOT READY. Só quando a leitura
estiver estável, as mensagens READY e COM piscarão.
Passo 10: Pressione a tecla CFM para confirmar a calibração. Se a
leitura não estiver próxima ao valor da solução tampão selecionada,
os avisos WRONG BUF e WRONG I piscarão alternadamente. Se a
leitura estiver próxima ao valor da memória, o medidor gravará a
leitura (e ajustará o desvio). 0 valor da solução tampão é então
apresentado no display principal enquanto o display secundário a-
presentará o valor de 4,01.
Passo 11: Rinse o eletrodo com água destilada e enxugue-o.
Passo 12: Rinse e mergulhe o eletrodo com a segunda solução tam-
pão de referência (pH 4,01), agite-a um pouco e aguarde.
Passo 13: Quando as mensagens READY e COM piscarem no display,
a leitura estará estável e a calibração pode ser confirmada.
Passo 14: Pressione a tecla CFM. Se a leitura não estiver próxima ao
valor da solução tampão selecionada, as mensagens WRONG BUF 2 e

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WRONG / piscarão alternadamente. Se a leitura próxima ao valor da


solução tampão selecionada, a curva e o desvio estarão calibrados.
Passo 15: Os valores serão gravados na memória e o medidor retor-
nará ao módulo de operação.
Passo 16: 0 medidor automaticamente pulará o valor da solução
tampão que foi usada para a primeira calibração, para evitar uma
calibração errônea.
Passo 17: Lave o eletrodo com água destilada, seque com papel ab-
sorvente.
Passo 18: Faça a leitura da solução problema ou deixe o eletrodo
imerso em uma solução de KCl 3M.

Obs: 0 procedimento de calibração deve ser registrado em ficha própria, conforme modelo
na pásina 595.

4.4. Medida do Potencial de Oxiredução (realizada do


pHmetro):

Para se obter o módulo mV (ORP ou ISE), ligue o instrumento


(tecla on) e pressione a tecla range.
Para medir o mV de uma solução, simplesmente insira a ponta
do eletrodo (especifico para este tipo de medição) na amostra a ser
testada; aguarde alguns minutos para que a leitura se estabilize.
Se a leitura estiver fora da faixa, o display apresentará "---".

4.5. Manutenção:
Se houver a formação de bolhas de ar dentro do bulbo de pH,
basta agitar o eletrodo para baixo como se opera um termômetro
clinico.
Sempre que os eletrodos, do tipo reabastecível forem usa-
dos, o nível de preenchimento do eletrólito precisa ser checado e
completado com solução apropriada.
Sempre que se usar os eletrodos, do tipo reabastecível, a
luva que cobre o furo de preenchimento deve ser baixada antes da
execução das medições e depois recolocado na posição original.
Se a capa de proteção ficar sem eletrólito ou se o eletrodo
não for usado por muito tempo, ele deve ser reativado ficando mer-
gulhado várias horas em um béquer com solução de KCl 3M.
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Não utilizar água destilada já que a baixa concentração de


íons aumenta o tempo de reação do eletrodo.

Nota: As calibrações e a manutenção do pH devem ser registradas em ficha própria, conforme


modelo encontrado na página 595.

4.6. Observações:
É recomendável que o eletrodo seja completamente rinsado
para um melhor condicionamento. Para este processo, deve-se utili-
zar uma quantidade farta da amostra a ser medida. A leitura do pH
é feita em função da temperatura.
Para obter uma maior precisão da medição do pH, a
temperatura deve ser levada em consideração. Um perfeito
equilíbrio entre o eletrodo de pH e a amostra é alcançado em
aproximadamente 15 minutos.
Para se usar o acessório para compensação automática de
temperatura do medidor, insira a sonda de temperatura na amostra,
o mais próximo possível do eletrodo e aguarde por um ou dois minu-
tos.
Se a temperatura da amostra a ser testada for conhecida, sua
compensação poderá ser feita manualmente. Para isto, a sonda de
temperatura deverá ser desconectada do instrumento. 0 display
apresentará a temperatura padrão de 25°C ou a última temperatura
gravada e o ponto " c " estará piscando. Observe a temperatura da
amostra utilizando um termômetro de vidro convencional. A tempe-
ratura pode agora ser ajustada com as teclas de flecha up e down.
Se forem efetuadas sucessivas medições em diferentes amostras,
é recomendável que o eletrodo e a sonda de temperatura sejam
totalmente limpos com água destilada e secos com um papel fino,
entre cada medição.

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5. Placa Encapsuladora:

5.1. Componentes da Placa:


01 suporte.
01 tabuleiro perfurado.
02 palhetas de sustentação
1 socador para tamanhos específicos de cápsulas
1 espátula flexível de plástico.

5.2. Operação:
Passo 1: Separar o suporte.
Passo 2: Encaixar o tabuleiro perfurado sobre o suporte.
Passo 3: Colocar as palhetas entre as duas partes, de modo que as
duas palhetas fiquem nos extremos em pé, formando uma abertura
de +/- 2cm entre as partes.
Passo 4: Acondicionar as cápsulas no tablóide perfurado conforme
procedimento de encapsulação.

5.3. Manutenção e Limpeza:


A placa deve ser previamente limpa e sanitizada com álcool a
70% antes de cada procedimento de encapsulação, certificando-se
que a mesma se encontre completamente seca.
A placa deve ser lavada diariamente no final do expediente com
detergente neutro, usando a escovinha para limpeza dos furos no
tabuleiro.
Semanatmente as placas devem ser desmontadas, retirando suas
partes de metal e imersas em solução de hipoclorito por 24 horas.

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6. Filtro Purificador de Água:

6.1. Manutenção:
A limpeza do elemento cerâmico deve ser feita sempre que
for constatada uma acentuada queda na vazão do aparelho. Proce-
der da seguinte forma:
Passo 1: Desatarrachar a vela da tampa do filtro.
Passo 2: Coloque a vela sob água corrente e esfregue sua superfície
com uma lixa d'água 80 até obter a cor clara original.
Passo 3: Rosqueie novamente à tampa e coloque em funcionamento,
não esquecendo de desprezar os primeiros segundos (+/- 3 litros).
Passo 4: Nunca efetuar a limpeza utilizando sal, açúcar ou esponjas
de aço, ou pela inversão do fluxo.
Passo 5: A durabilidade do carvão ativado existente no interior do
elemento filtrante de ação tripla é de quatro a oito meses, em fun-
ção da quantidade de cloro existente na água e do coeficiente de
utilização do aparelho. 0 responsável pela troca do carvão deve
anotar a data na ficha de manutenção, assinando-a.
Passo 6: A eventual presença de trinca superficial não compromete
o funcionamento do elemento filtrante.
Passo 7: A ficha de manutenção do aparelho, segundo modelo na
página 603, deve ficar afixada no mesmo e o responsável pela lim-
peza deve anotar a data e assinar.

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7. Fluxo Laminar Horizontal:

7.1. Descrição:
A preparação de produtos estéreis, requer estrita aderência
à técnicas assépticas.
A adoção de técnicas assépticas no preparo de produtos es-
téreis é uma maneira de prevenir a contaminação por microorga-
nismos. A contaminação pode ocorrer pelo meio ambiente ou atra-
vés da pessoa responsável pela preparação.
A melhor maneira de reduzir os riscos de contaminação no
ambiente de preparo, é o controle da área de preparo de tal manei-
ra a produzir uma "área limpa de trabalho" (Clean area).
0 Fluxo Laminar é efetivo em promover uma área limpa para
trabalho (área estéril). Entretanto, o uso de técnicas inadequadas
ou falta total de técnica pode por a perder os benefícios produzidos
pelo equipamento de Fluxo laminar.
0 Fluxo laminar fornece um fluxo contínuo de ar filtrado . 0
ar é filtrado através de um filtro de alta eficiência (HEPA - high-
efficiency particulate air filter) que remove 99.97% de todas as par-
tículas maiores que 0,3 um de tamanho. Essencialmente este filtro
está apto a remover todos microorganismos e partículas contami-
nantes. 0 fluxo de ar possui velocidade suficiente para manter a
área de trabalho livre de contaminação.
Boa técnica asséptica é essencial para maximizar os benefí-
cios do fluxo laminar. E importante lembrar que os benefícios do
fluxo laminar podem facilmente ser neutralizados, aumentando-se o
risco de contaminação. Espirros, tosses, correntes de ar, abertura
de porta, movimentos bruscos com as mãos ou corpo, conversas na
direção do fluxo podem neutralizar seus benefícios. 0 manipulador
deve manter condutas de boas práticas de manipulação e higiene,
efetuando anteriormente ao trabalho no fluxo, a assepsia correta
das mãos e antebraços com solução de povidine e periodicamente já
em trabalho realiza a assepsia das luvas, friccionando as mãos cal-
çadas com um pouco de álcool a 70% com clorexidina. Lembre-se
que as luvas dão uma falsa sensação de segurança, seu uso irracio-
nal permitindo que entre em contato com uma superfície não estéril
é suficiente para contaminá-la. Portanto, periodicamente e sempre
que necessário faça a antissepsia das tuvas com a solução de álcool
a 70% com clorexidina.

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7.2. Operação:
O Fluxo Laminar deve ser ligado 30 minutos antes de se inici-
ar a manipulação. Suas paredes devem ser previamente sanitizadas
com solução antisséptica (álcool a 70% com clorexidina) e a lâmpada
esterilizante UV deve também ser ligada 30 minutos antes da mani-
pulação e desligada no início desta.

7.3. Validação do Fluxo Laminar:

A validação do fluxo laminar deve ser feita anualmente pelo


farmacêutico do Controle de Qualidade e peto técnico do fabricante
do equipamento.
Fica como responsável pela avaliação microbiológica, o far-
macêutico do Controle da Qualidade.
0 processo ocorre da seguinte forma:
Passo 1: São colocadas duas placas de Petri, durante a noite com
fluxo laminar desligado, uma placa deverá conter meio de cultura
para fungos e outra com meio de cultura para bactérias.
Passo 2: São colocadas mais duas placas com o fluxo ligado, duran-
te meia hora, após a limpeza habitual.
Passo 3: As placas são enviadas para o laboratório conveniado e os
resultados ficam registrados na ficha de manutenção do equipamen-
to.
Para avaliaçào dos filtros e pré-filtros, o técnico do fabrican-
te deve ser requisitado anualmente ou quando houver necessidade,
quando então devem ser realizados todos os testes, inclusive o de
contagem de partículas. Os resultados devem ficar registrados na
ficha de manutenção da unidade, conforme modelo na página 759.

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