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Operações com Vetores

Núcleo de Educação a Distância


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25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ

Reitor
Arody Cordeiro Herdy

Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária


Nara Pires Carlos de Oliveira Varella

Pró-Reitoria de Programas de Graduação Núcleo de Educação a Distância (NEAD)


Lívia Maria Figueiredo Lacerda Márcia Loch

1ª Edição
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Reniene Maria dos
Santos Bandeira

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Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por
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Sumário
Operações com Vetores
Para início de conversa… ................................................................... 04
Objetivo ........................................................................................... 05
1. Multiplicação, Divisão, Adição e Subtração de Vetores ................ 06
1.1 Grandeza ............................................................................ 06
1.2 Propriedades dos Vetores ....................................................... 08
1.3 Multiplicação e Divisão de um Vetor por um Escalar ................... 10
1.3.1 Propriedades da Multiplicação por um Número Real ................... 11
1.4 Adição de Vetores ................................................................. 12
1.4.1 Propriedades da Adição de Vetores .......................................... 14
2. Regra do Paralelogramo ........................................................ 16
3. Lei dos Senos e Cossenos ...................................................... 18
Referências ........................................................................................ 22
Para início de conversa…
A aplicação de operações vetoriais está presente em todo o estudo da
estática dos corpos rígidos. A soma e a subtração são as mais importantes
dentre as operações vetoriais, já que requerem operações geométricas na
sua execução. Os diagramas formados a partir da soma de vetores ilustram
aplicações do mundo real que estão presentes no dia a dia.

O princípio utilizado para somar grandezas vetoriais não é o mesmo


usado somar grandezas escalares. Todas as grandezas vetoriais têm sua regra
de adição baseada no princípio do paralelogramo. Para aplicar esse princípio
e definir o vetor resultante dos vetores, faz-se uso de recursos essenciais da
trigonometria.

Quantos vetores são possíveis somar ao mesmo tempo? Quais regras


podem ser aplicadas para o somatório vetorial? O que é um vetor negativo?
Essas são perguntas possíveis de surgir e que serão esclarecidas durante o
conteúdo dessa unidade.

Vamos caminhar nesse conhecimento?

4 Mecânica dos Sólidos


Objetivo
Calcular operações vetoriais básicas e determinar resultantes de
sistemas de forças.

Mecânica dos Sólidos 5


1. Multiplicação, Divisão, Adição e Subtração de
Vetores
Vamos iniciar nosso estudo com a abordagem do conceito de grande,
que é tudo que pode ser medido.

1.1 Grandeza
Grandeza é tudo o que pode ser medido. As grandezas podem ser
escalares ou vetoriais. E o que são essas grandezas? Veja a seguir:

▪▪ Grandeza escalar: É qualquer quantidade física que fica


perfeitamente definida quando conhecemos o seu valor numérico e
a sua unidade de medida, ou seja, módulo.
▪▪ Grandeza vetorial: É qualquer quantidade física que sua
caracterização completa requer um conjunto de três atributos: o
módulo, a direção e o sentido.

EXEMPLOS DE GRANDEZAS FÍSICAS

Grandezas escalares Grandezas vetoriais


(módulo) (módulo, direção e sentido)

▪▪ Tempo ▪▪ Posição
▪▪ Massa ▪▪ Deslocamento
▪▪ Temperatura ▪▪ Velocidade
▪▪ Área ▪▪ Aceleração
▪▪ Energia, trabalho ▪▪ Força

Tabela 1: Exemplos de grandezas físicas. Fonte: Elaborado pela autora.

O conceito de direção pode ser entendido quando, por exemplo,


focamos naquilo que existe de comum em um feixe de retas paralelas.

6 Mecânica dos Sólidos


Podemos observar, na Figura 1, que as retas r, s e t são paralelas e, assim, têm
a mesma direção. Enquanto que as retas t e w não são paralelas e, portanto,
não têm a mesma direção.

t s r

Figura 1: Ilustração do conceito de direção. Fonte: Elaborado pela autora.

O conceito de sentido pode ser compreendido quando, por exemplo,


analisamos os sentidos de dois percursos dados por retas, como pode ser visto
na Figura 1. Observe, sobre a reta x, que temos dois sentidos de percurso: de
A para B e de C para D. Logo, para cada direção existem dois sentidos.

A B D C x
Figura 2: Ilustração do conceito de sentido. Fonte: Elaborado pela autora.

Um vetor é qualquer quantidade física que requer, para sua completa


descrição, uma intensidade, uma direção e um sentido. A posição, força e o
momento são, por exemplo, grandezas vetoriais relevantes na Estática.

Um vetor é representado graficamente por meio de um segmento


orientado (uma flecha). Essa representação é facilitadora porque permite
especificar a direção (dada pela reta que contém a flecha) e o sentido (especificado
pela flecha). O módulo ou intensidade é expresso pelo “comprimento” da
flecha, a partir de alguma convenção para a escala.

Mecânica dos Sólidos 7


linha de ação
P
B
Intensidade
Sentido

Direção 30º

O
Figura 3: Representação gráfica de um vetor. Fonte: Elaborado pela autora.

Na Figura 3, temos o comprimento da seta que representa a intensidade


do vetor B, a ponta da seta que representa o sentido da direção do vetor, e
o ângulo de 30° entre o vetor e um eixo fixo, que determina a direção de
sua linha de ação. Para manuscritos, em geral, é conveniente indicar uma
quantidade
 vetorial simplesmente desenhando uma seta acima dela, como
B . Neste capítulo, as quantidades vetoriais serão apresentadas por letras em
negrito, como B, e sua intensidade em itálico, como B.

Quando escrevemos B = OP , estamos afirmando que o vetor B é
determinado pelo segmento orientado OP de origem em O e a extremidade
em P. Qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direção e
mesmo sentido representa também o vetor B.

É importante ressaltar que a intensidade ou módulo do vetor B é


representado por |B|.

1.2 Propriedades dos Vetores


▪▪ Vetor nulo
Qualquer ponto do espaço é representante do vetor zero (ou vetor
nulo), que é indicado por 0.
▪▪ Vetor simétrico (ou oposto)
A cada vetor não nulo, o B corresponde um vetor simétrico (—B),
que tem o mesmo módulo, a mesma direção, porém, sentido
oposto de B (Figura 3).

8 Mecânica dos Sólidos


O B P M -B N
x

-B O B Q
x

Figura 4: Ilustração de vetores opostos. Fonte: Elaborado pela autora.

▪▪ Vetor unitário
Um vetor B é unitário se o seu módulo comprimento é 1, ou seja,
|B| = 1.
▪▪ Vetores colineares
Dois vetores A e B são chamados de colineares (Figura 5) se
tiverem a mesma direção, ou seja, A e B são colineares se tiverem
OP e MN pertencentes à mesma reta ou a retas paralelas.

O B P M A N
x

N s

M
P

Figura 5: Ilustração de vetores colineares. Fonte: Elaborado pela autora.

▪▪ Vetores coplanares
Denominamos vetores coplanares (Figura 6) aos vetores não nulos
A e B que possuem representantes OP e MN pertencentes a um
plano.

Mecânica dos Sólidos 9


P
M A N
B

O
α

Figura 6: Ilustração de vetores coplanares. Fonte: Elaborado pela autora.

▪▪ Vetores iguais
São aqueles que apresentam o mesmo módulo, a mesma direção e
o mesmo sentido. Observe um exemplo na Figura 6.

O B P
r
2u
M A N
s
2u
A=B
Figura 7: Ilustração de vetores iguais. Fonte: Elaborado pela autora.

Neste momento, estudaremos alguns casos de multiplicação e divisão


de vetores.

1.3 Multiplicação e Divisão de um Vetor por um Escalar


Caso um vetor seja multiplicado por um escalar positivo, seu módulo
é aumentado por essa quantidade. Caso um vetor seja multiplicado por um
escalar negativo, seu módulo é aumentado por essa quantidade, além de
mudar o sentido do mesmo (Figura 8).

Assim, dado um vetor B ≠ 0 e um número real k, chama-se o produto


do número real k ≠ 0 pelo vetor B o vetor C = kB, tal que:

10 Mecânica dos Sólidos


a. Módulo: |C| = |kB| = k · |B|.
b. Direção: B e C têm a mesma direção.
c. Sentido: Se k > 0, então B e C têm o mesmo sentido. Se k < 0,
então B e C têm sentidos contrários.
d. Se k = 0 ou B = 0, então C = 0. Se k = -1, então B = -C é um vetor
simétrico.

2B

-B
B

1
− B
2

Figura 8: Ilustração da multiplicação e divisão de vetores iguais por escalares. Fonte: Elaborado pela autora.

1.3.1 Propriedades da Multiplicação por um Número Real


Sejam B e C dois vetores quaisquer e k e m números reais. Então:

a. k(mB) = (km)B
b. (k+m)(B)=kB+mB (propriedade distributiva)
c. k(B+C)=kB+kC
d. 1(B)=B

Mecânica dos Sólidos 11


1.4 Adição de Vetores
Vamos somar B e C, que apresentam a mesma direção e o mesmo
sentido, ou seja, o ângulo formado entre eles é θ = 0º. Nesse caso, a adição
dos mesmos reduz-se a uma adição algébrica ou escalar, em que R = B + C
(Figura 9). Denominamos esses vetores de colineares e ambos possuem a
mesma linha de ação.

B C
2u 2,5u

R
4,5u

Figura 9: Ilustração da adição de vetores colineares com mesmo sentido. Fonte: Elaborado pela autora.

Agora, vamos subtrair os vetores B e C, que apresentam a mesma


direção e sentidos opostos, ou seja, o ângulo formado entre eles é θ = 180°. O
procedimento é o mesmo que o imediatamente anterior. Nesse caso, R = B - C.
Lembre-se de que o sinal negativo em um vetor ocorre mudança de sentido.

B
3,5u
C
1,5u
R
2u

Figura 10: Ilustração da subtração de vetores colineares. Fonte: Elaborado pela autora.

Para somarmos vários vetores, devemos aplicar o método do


polígono. Esse método é um caso especial da Lei do Paralelogramo da
Adição e é aplicado da seguinte maneira: se temos os vetores A, B e C e
queremos somá-los, adotaremos a forma “extremidade-para-origem”, ou

12 Mecânica dos Sólidos


seja, conectando a extremidade de A com a origem de B e, em seguida,
a extremidade de B com a origem de C. O vetor R resultante, também
chamado de soma vetorial, se estende da origem de A até a extremidade de
C. Veja na Figura 11:

B
B

C
C
A
A
R

Figura 11: Ilustração da adição de vetores pelo método do polígono. Fonte: Elaborado pela autora.

Exemplo 1:

De acordo com o conceito apresentado pelo método do polígono


(Figura 11), suponha que os vetores A, B e C possuem módulo 9u, 8u e 3u,
respectivamente. Como encontramos o valor da soma vetorial desses vetores?

A soma vetorial é dada por R = A + B + C, em que não se trata de


uma soma algébrica ou soma escalar. Deve-se fazer uso das propriedades
da geometria e, a partir do diagrama dos vetores ilustrado na Figura 11,
obtêm-se o módulo de R. Para isso, aplicamos o Teorema de Pitágoras no
triângulo formado, como:

(A - C)2 + (B)2 = (R)2


(9 - 3)2 + (8)2 = (R)2
25 + 64 = (R)2
R = √100 = 10u

Mecânica dos Sólidos 13


Assim, para somarmos os vetores A - C e B, que possuem um ângulo
entre eles de θ = 90°, aplicamos o Teorema de Pitágoras. Todas as vezes que
se desejar calcular o resultado de operação vetorial, será necessário traçar o
diagrama vetorial e, depois, utilizar a geometria plana para efetuar a operação.

Resumidamente, para obter a resultante entre vários vetores, basta


dispor os vetores um após o outro, com a extremidade de um na origem
do próximo. O vetor soma é sempre obtido ligando a origem do primeiro à
extremidade do último.

1.4.1 Propriedades da Adição de Vetores


a. Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
b. Comutativa: A + B = B + A
c. Existe um único vetor nulo 0, tal que, para todo vetor B, tem-se:
B+0=0+B=B
d. Para todo vetor B, existe um único vetor –B, tal que:
B + (-B) = - B + B = 0

Exemplo 2:

Na Figura 12, destacamos uma série de relações vetoriais existentes no


diagrama apresentado, destacando as propriedades da adição. Veja:

F
D

E
G
C
B

Figura 12: Diagrama de soma de vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

14 Mecânica dos Sólidos


A+B+D+F=G

Podemos ver que A + B = C, portanto:

(A + B) + D + F = G

C+D+F=G

Também é possível verificar que C + D = E, logo:

(C + D) + F = G

E+F=G

Analisando as relações vetoriais, podemos concluir que a soma dos


vetores é uma propriedade associativa. É possível verificar, também, que
a propriedade comutativa (Figura 13) para a adição de vetores é válida.
Graficamente, podemos representar a propriedade comutativa para a adição
da seguinte forma:

C
B B
C

A
A+B=C B+A=C

Figura 13: Soma de vetores – Propriedade comutativa. Fonte: Elaborado pela autora.

Subtração de Vetores

Para subtrairmos um conjunto de vetores, precisamos levar em conta


que um vetor negativo é aquele que apresenta o mesmo módulo, mesma
direção e sentido oposto (sentido contrário) em relação ao vetor original.

Mecânica dos Sólidos 15


Dado os vetores A, B e C, para obter o vetor resultante R, tal que
R = A – B + C, devemos colocar os vetores um após o outro e, finalmente,
traçar o vetor resultante R (ilustrado na Figura 14). Assim, a expressão
é reescrita da seguinte maneira: R = A + (-B) + C, que é representado
no diagrama vetorial. Mais uma vez, determinamos o módulo do vetor
resultante R com base na geometria.

A
C

R -B
B

A
C

Figura 14: Diagrama da subtração de vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

2. Regra do Paralelogramo
Uma forma alternativa de determinar a resultante (R) entre dois vetores
A e B que formam um ângulo α entre si é por meio da regra do paralelogramo.
Todas as quantidades vetoriais obedecem à lei do paralelogramo da adição. É
importante relatar que essa regra se aplica a apenas dois vetores de cada vez.

Para aplicar essa lei, faz-se necessário acompanhar o seguinte


procedimento:

▪▪ Primeiro, devemos dispor os vetores de forma que suas origens


fiquem coincidentes, ou seja, devemos unir a origem dos vetores de
forma que se tornem concorrentes (Figura 15a).
▪▪ Segundo, a partir da extremidade de A, devemos desenhar uma
linha paralela à B. E, a partir da extremidade de B, devemos

16 Mecânica dos Sólidos


desenhar uma linha paralela à A. Essas linhas se unem em um
ponto para formar os lados adjacentes do paralelogramo (Figura
15b).
▪▪ Terceiro, traça-se a diagonal do paralelogramo a partir da origem
dos vetores e se estende até o ponto onde as paralelas traçadas se
cruzam. Essa diagonal forma o vetor resultante R = A + B (Figura
15c).

B R
B B

α α
α
A A
A
(a) (b) (c)

Figura 15: Regra do paralelogramo – Adição de vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

A resultante R da diferença entre dois vetores R = B - A segue o


mesmo procedimento. A expressão pode ser escrita da seguinte maneira,
R = B + (-A). A representação gráfica dessa subtração para a regra do
paralelogramo é ilustrada na figura 15. As etapas aplicadas para adição de
vetores da regra do paralelogramo se aplicam à subtração de vetores, uma
vez que, a subtração é um caso especial da adição.

B R
B B
α α
α
-A -A
A
(a) (b) (c)

Figura 15: Regra do paralelogramo – subtração de vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

Mecânica dos Sólidos 17


Para somarmos dois ou mais vetores pela regra do paralelogramo, é
necessário aplicar a regra a cada dois vetores por vez. A Figura 16 ilustra
claramente o procedimento, em que o vetor resultante é R = A + B + C.
Matematicamente, temos:

R=A+B+C
R = (A + B) + C

R = R1 + C

Nesse exemplo, primeiro soma-se A + B, gerando o vetor resultante


R1 e, ao final, soma-se o vetor R1 + C, gerando o vetor resultante final R.

C
+
B
1
R
=
R
A+B
R=
1

A
A B

C C

Figura 16: Regra do paralelogramo – Soma de vários vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

3. Lei dos Senos e Cossenos


Da trigonometria, estudam-se as leis dos senos e dos cossenos, que
são usadas para relacionar lados e ângulos de um triângulo qualquer, ou seja,
aquele triângulo que não apresenta necessariamente ângulo reto. Observe
o triângulo ABC , exibido na Figura 17, com as suas medidas. A lei dos
cossenos pode ser representada pelas seguintes expressões:

18 Mecânica dos Sólidos


A
a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cos α α

b2 = a2 + c2 – 2 . a . c . cos β c b

c2 = a2 + b2 – 2 . a . b . cos θ θ
β
B C
a

Figura 17: Lei dos cossenos. Fonte: Elaborado pela autora.

A lei dos senos pode ser expressa, matematicamente, pelas expressões


(baseando-se no triângulo ilustrado na Figura 17):

Tanto a intensidade do vetor resultante como a direção podem ser


determinadas pela lei dos cossenos ou pela lei dos senos; tudo dependerá do
tipo de informação que você tem para realizar o cálculo.

Exemplo 3:

Sejam os vetores de força F1 e F2, determine o módulo do vetor


resultante FR = F1 + F2 e sua direção (θ), medida no sentido anti-horário a
partir do eixo x positivo.

F1= 100 N F2= 80 N

30º 45º

Figura 18: Vetores. Fonte: Elaborado pela autora.

Mecânica dos Sólidos 19


Resolução:

Aplicando a regra do paralelogramo (Figura 19), conseguimos definir


graficamente o vetor resultante FR.
y

105º

75º FR
75º
F1= 100 N F2= 80 N
60º 45º

Figura 19: Construção do paralelogramo para definição do vetor resultante FR. Fonte: Elaborado pela autora.

Retiramos o triângulo da direita (Figura 20), que representa uma


metade do paralelogramo, e aplicamos a lei dos cossenos para determinar o
módulo do vetor resultante FR a seguir:

Lei dos cossenos: F1= 100 N

FR2 = F12 + F22 – 2 . F1 . F2 . cos 75º


FR2 = 100 + 802 – 2 . 100 . 80 . cos 75º FR
75º
FR = 110,72
2

FR2 = 111 N
F2= 80 N

Figura 20: Triângulo - Metade do paralelogramo. Fonte: Elaborado pela autora.

20 Mecânica dos Sólidos


Para encontrar a direção θ do vetor resultante FR, é preciso definir o
ângulo β do triângulo, aplicando a lei dos senos, uma vez que θ = β + 45°.

Lei dos senos: y

105º

75º FR
Senβ = 0,87 F1= 100N
θ 75º
F2= 80N
β = 60,74° 60º 45º

x
θ = β + 45° θ = β + 45º
θ = 60,74° + 45°
θ = 105,74°
θ = 106°

Figura 21: Representação gráfica do vetor força resultante FR com sua direção θ e sentido. Fonte: Elaborado pela autora.

Neste capítulo, vimos que uma grandeza vetorial é uma quantidade


física representada por um vetor, que possui características básicas como
intensidade, direção e sentido. Um vetor, por sua vez, pode ser representado
por um segmento de reta, sendo que o comprimento dessa reta indica
a intensidade do vetor, o segmento da reta representa a direção, e a seta
representa o sentido do vetor.

Também aprendemos que, para realizarmos operações vetoriais, é


necessário identificar a direção e o sentido dos vetores envolvidos para, em
seguida, calcular o módulo do vetor resultante. É válido lembrar que, após
definir o sentido positivo, os vetores negativos serão orientados no sentido
oposto, uma vez que o sinal de negativo apenas muda o sentido do vetor.

Para somarmos vetores, podemos aplicar o método do polígono ou


aplicar a regra do paralelogramo, lembrando que, no caso do último, devemos
sempre somar de dois a dois vetores.

Mecânica dos Sólidos 21


Referências
BEER, F. P.; et al. Mecânica vetorial para engenheiros: Estática. v.1. Porto
Alegre: Bookman, 1994-2012.

HIBBELER, R. C. Estática – Mecânica para Engenharia. 12 ed. São Paulo:


Pearson Prentice Hall, 2011.

PLESHA, M. E.; GRAY, G. L.; COSTANZO, F. Mecânica para engenharia:


estática. v.1. Porto Alegre: Bookman, 2014.

22 Mecânica dos Sólidos

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