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Sintonia Do Amor
Sintonia Do Amor
Eu queria trazer agora um assunto, ontem a gente falou muito de Criatividade, Aprendizagem,
Input, a imaginação processa os inputs, mas que a coragem é o grande gargalo.
Walter e Alê falaram do medo. O assunto medo ele sempre vai vir, quando falarmos de
criatividade sempre vai vim, porque se é algo novo, se é uma imagem nova, não foi testada,
não foi validada, tem risco, portanto tem medo, portanto tem que ter coragem.
Então pra mim coragem é o grande gargalo da humanidade. porque o medo domina a
humanidade, quase tudo o que a gente fez na vida foi motivado por medo.
A minha experiência como um ser que usa a criatividade pra viver a minha vida há algumas
décadas, enfrentando o medo, porque sempre no “novo” vai ter o medo, pequenos médios e
grandes. O meu sentimento é que a vida criativa, é uma vida numa montanha russa emocional.
Toda vida tem uma montanha russa emocional, mas a vida criativa especificamente tem uma
montanha russa emocional de amor e medo, de você buscar criar, seguir o coração, o que
você quer fazer, mas, uma vez que é algo novo, se depara com o medo.
Quando você olha para um rádio, tem um botãozinho ali pra sintonizar, só que a rádio do amor,
é complexa, é tecido junta, não é só um botãozinho, talvez ela seja mais uma mesa de som,
são muitos botões, que você tem que sintonizar todos, se você sintonizar todos, você zera a
vida, você levita, vai pro céu. sei lá o que acontece, mas a vida pra mim é ficar ali, sintonizando
alguns botões, tentando sintonizar essa rádio.
Eu escolhi falar de seis botões, dentre um universo de muitos botões a serem sintonizados,
que eu, na minha experiência, venho buscando nesse últimos anos focar nesses seis botões.
Eu vou falar nomes que são palavras, e Renan e Dante, sempre falam sobre isso: Palavras
definem as coisas, e definir, limita, ou seja, palavras limitam.
Imagina, o cara querer explicar o amor usando letras, A,B,C, D, combinadas? O que o universo
tá achando disso? “Esses humanos são muito trouxas né? Eles ficam pegando as letras e
juntando nomes para definir o amor, ai meu Deus…Mas tudo bem, deixa eles em paz ai, eles
estão fazendo o deles, é o que eles têm pra moer!”
Eu comecei a refletir sobre os botões com a minha esposa Dani, porque a minha esposa tem
acesso à minha intraestrutura emocional, ela sabe, e eu comecei a falar: Amor, que botões eu
venho sintonizando?
O primeiro botão muito forte pra mim é o botão da reclamação. Sempre em busca por fazer
coisas F@das, Criativas, e sabendo que nem tudo sai como a gente quer, eu sempre reclamei
muito. Um reclamador não violento com palavras, mas um reclamador. Um reclamador sempre
olha pra alguma coisa que está faltando.
É importante lembrar que entre um botão e outro, sempre tem cinquenta tons de cinza no
meio. E pra mim essa sub sintonia da reclamação, é o que o Roberto Tranjan chama de
“Focar mais no que falta do que no que te farta”
Isso acontece toda hora. Você pode estar aqui no evento, e a fila ficou grande, e aí você fica
reclamando: “Ah, tá me faltando agilidade na fila” , mas, atrás de você pode ter uma pessoa
f@da pra conversar, e você está reclamando ao invés estar de olhando o que te farta nesse
momento, e sendo grato por estar aqui com uma galera massa.
Há dez anos atrás eu vim morar em São Paulo, e eu tive um tumor gigante na barriga,
benigno, mas bem raro, e fui fazer a cirurgia. E no hospital você está na base da pirâmide das
necessidades, com dor...e é incrível como o sentimento de gratidão vem muito forte quando
você está vulnerável na cama, e a enfermeira cuida, é um sentimento de alívio e gratidão. Eu
ficava na cama querendo ficar em pé, e um dia ela veio e me colocou em pé! Quando eu
estiver em pé um dia na fila, vou pensar: Gratidão por estar em pé! Isso é sintonizar no que te
farta, e não no que te falta.
É fácil encontrar gratidão nas horas maravilhosas.
Difícil encontrar gratidão na hora das tretas, isso é difícil, esse é o nível hard do bagulho.
Como encontrar gratidão até nos momentos ruins?
Eu fui pra uma excursão pra Machu Picchu, e no primeiro dia, a gente andou muito, e fomos
dormir no acampamento. Foi a pior noite da minha vida, foi enlouquecedor, meu corpo tava:
“Que p@rra é essa irmão?” Eu não conseguia dormir, dor de cabeça, menos 5 graus, muito
frio, e no outro dia, seria o dia mais difícil de todos, e sem opção pra ir embora. Ai duas da
manhã eu tava acordado ainda, fui pegar um Tylenol na bolsa. Quando eu olhei na janela,
tinha a vista da montanha mais sagrada do mundo:
Só que estava de noite, e a lua refletia no gelo e a montanha estava acesa.
Fiquei pensando: Como a pior noite da minha vida pode ser com essa vista?
E eu comecei a me sentir grato por estar ali, e apreciar no frio aquela montanha maravilhosa.
E isso me confirmou como a natureza pode ser um grande gatilho para a gratidão.
Botão da autocrítica. A autocrítica é uma reclamação interna, é você reclamar pra dentro.
São aqueles diálogos que a gente tem com a gente mesmo e que a gente quase nunca é
gentil. Imagina se você fosse tão amoroso e acolhedor com você, quanto você é com o teu
filho?
Esse parece um pouco com o primeiro, mas é uma coisa mais interna, mas como eu falei, são
só palavras.
Auto Gentileza . Esse ano eu tava com o Gof lá no Texas, e surgiu uma palavra entre a gente
que eu achei bonita que é, auto gentileza, ser gentil consigo mesmo.
Negação e Aceitação
No livro “O novo mundo” de Eckhart Tolle , ele fala das 3 modalidades de “Awakened Doing”
“Agir consciente”
“Precisamos estar atentos para garantir que uma modalidade permaneça sempre que
estivermos envolvidos na execução de algo- da tarefa mais simples à mais complexa.
Caso não estejamos em nenhuma das 3 modalidades, é porque estamos causando sofrimento
a nós mesmos e a outros.”
1- Aceitação.
Fazer algo de má vontade, não é um jeito desperto, e consciente de fazer nada.
2- Alegria, encontrar prazer naquilo.
3- vou falar depois
Esses não muito intra. Mas agora tem os outros 3 que envolve os outros:
Comparação:
Quando você começa a olhar os outros. Eu tenho muitos amigos, que têm sucessos,
reconhecimentos, muitas habilidades f@das e sempre tenho muito cuidado em não
transformar isso em dor pra mim. Tipo, como esse cara consegue ser tão disciplinado?
O outro tem que ser fonte de input e não de dor.
Julgamento e Empatia:
Todo julgamento é uma confissão.
Sempre que a gente julga o outro, sempre tem uma pista de algo sobre a gente.
Temos que cavar o julgamento pra ver o que está por trás.
“Todo mundo que a gente encontra na vida está enfrentando uma batalha que você não sabe
nada a respeito. Seja gentil com todo mundo. Sempre!”
Quando a gente lembra disso, a gente se conecta mais com o outro.
Vingança e Perdão:
“Você não consegue perdoar alguém porque esse alguém não se arrependeu? Eu espero que
você se perdoe pelo tempo que perdeu. Porque se for parar pra pensar, são coisas diferentes,
a culpa pode estar no outro, mas o perdão está sempre na gente.” Papo de Anjo, Reverb.
Tem duas palavras que aprendi com com o Tranjan no livro p velho menino:
A gente foi educado, a ser perfeito, a não ter erro.
O Tranjan traz um aspecto maravilhoso que
Você tá na trilha, ai da uma merda, você sai da trilha, daí você corrige.
Então se quiser ser perfeito, só vai causar sofrimento. Mas precisa aceitar que se eu sair da
trilha, porque sou imperfeito, eu corrijo.
Eu entrevistei especialista em felicidade Tal Ben-Shahar que criou a disciplina de Harvard
sobre felicidade, ele conclui:
“Felicidade não é evitar o stress, que seria a desviada da perfeição. A felicidade não está em
retirar o stress, e sim fazer stress manager, a gestão do stress.” Através de práticas como
gratidão, meditação, vale a pena ver a entrevista...https://www.youtube.com/watch?
v=XfMy3mTQ4IY
Uma coisa muito simples que eu aprendi nos últimos anos qual a Tania Mujica, é que você não
é os teus pensamentos. Você é quem observa os seus pensamentos. Se você observa e ouvi
os seus pensamentos e suas conversas internas, então esse que ouve é você, o resto é um
blá blá blá.
Também tem os diálogos externos, através de verbalizações e aí tem mais dois botões, o
Botão da escuta ativa, que está ouvindo ,as não está escutando. A gente não tem
interesse genuíno em escutar as pessoas. Todos têm o que dizer, basta você saber
perguntar.
A escuta ativa é quando você está ativamente escutando o outro, você está levando
amor ao outro, porque você está entregando a sua existência para o outro.
A meditação é uma técnica, mas o que está por trás dessa técnica é a respiração.
Quando alguém está passando mal, a gente fala, respira fundo, a pessoa melhora.
Quando a gente tá num caminho, e se perde, o que a gente faz? Respira fundo, melhora.
Quando a gente vai entrar em uma reunião difícil, treta com chefe, o que a gente faz? Respira
fundo, e melhora. Porque você só acessa a respiração quando tá fudido, na hora da treta?
A presença também tem a ver com a busca pelo silêncio, às vezes a gente está muito ansioso,
barulho mental, e quantas vezes eu já fiz isso, pra curar o barulho, fui ver a Globo News, ou
ver os gols… a gente quer curar barulho com mais barulho. Mas barulhos se cura com silêncio
e não no barulho.Se o amor habita na presença, quem são os professores de amor? Os
professores de meditação. Mas tem o maior professor de amor de todos, que são as crianças,
elas vivem na presença. A minha filha de 5 meses vive no amor, vive na presença, ela não
conhece o conceito passado e futuro. A minha filha de 4 anos, aprendeu pra viver em
sociedade o ontem e o amanhã, ela ainda confunde, ontem vamos pra lá? Porque ela só
conhecia a presença.
Ou seja, nós adultos somos grandes desprofessores de presença nas crianças, e os
professores de meditação ajudam adultos e crianças a voltarem para a presença.
Minhas filhas viraram gatilho pra presença, assim como a natureza virou gatilho pra gratidão,
minhas filhas também viraram gatilho para presença.