O texto discute a visão de Couldry e Hepp de que a realidade e o social são construídos através de processos de mediação, especialmente midiáticos e digitais. Os autores argumentam que as transformações causadas pela internet e dispositivos móveis alteraram profundamente como a teoria social e da mídia devem responder sobre esses temas. Eles questionam se vidas cada vez mais mediadas tecnologicamente podem sustentar boas relações de interdependência.
O texto discute a visão de Couldry e Hepp de que a realidade e o social são construídos através de processos de mediação, especialmente midiáticos e digitais. Os autores argumentam que as transformações causadas pela internet e dispositivos móveis alteraram profundamente como a teoria social e da mídia devem responder sobre esses temas. Eles questionam se vidas cada vez mais mediadas tecnologicamente podem sustentar boas relações de interdependência.
O texto discute a visão de Couldry e Hepp de que a realidade e o social são construídos através de processos de mediação, especialmente midiáticos e digitais. Os autores argumentam que as transformações causadas pela internet e dispositivos móveis alteraram profundamente como a teoria social e da mídia devem responder sobre esses temas. Eles questionam se vidas cada vez mais mediadas tecnologicamente podem sustentar boas relações de interdependência.
RESUMO 1 – COULDRY, N. e HEPP, A. The mediated construction of reality.
Cambridge: Polity Press, 2017, pp. 1-12.
O texto de Couldry e Hepp parte do pressuposto de que a realidade e outros termos
passíveis de discussão, como o “social” ou a “sociedade”, são necessariamente mediados por diversas instâncias de comunicabilidade, em especial as midiáticas e, na atualidade, fortemente pelas oriundas das mídias digitais. Na visão da dupla, a ideia do social é construída a partir de, e através de, processos tecnologicamente mediados e de diversas infraestruturas de comunicação – combinação a que os autores se referem como “mídia”.
Couldry e Hepp costuram ideias e conceituações de diferentes autores em defesa do que
podemos entender como uma epistemologia apta a abarcar de maneira apropriada as controvérsias e processos complexos que envolvem a contemporaneidade, que tem a mediação por meios digitais como vetor de mudanças sociais significativas. Para os autores, as transformações ocorridas entre as décadas de 1990 e 2010, desde a popularização da internet à conexão em larga escala através de dispositivos móveis, alteraram de maneira profunda as questões que a teoria social precisa responder sobre a mídia, bem como as questões que a teoria da mídia precisa responder acerca do social.
Como sustentam os pesquisadores, especialmente com a introdução das redes de mídias
sociais em meados dos anos 2000, o termo “mídia” passou a compreender mais do que canais de conteúdo centralizado: ele passou a abranger “plataformas que, para muitos humanos, são literalmente os espaços onde, através da comunicação, eles encenam o social” (p. 2).
Ao menos na introdução do livro, o escopo teórico escolhido por Couldry e Hepp
abrange autores ligados ao pensamento sociológico, como Émile Durkheim, Alfred Schütz, Norbert Elias, Pierre Bourdieu, Axel Honneth e Anthony Giddens, além de Bruno Latour e da interessante autora José van Dijck, com publicações recentes voltadas para problemáticas contemporâneas que envolvem as mediações digitais. No livro, as contribuições desses autores servem para embasar tentativas de responder um importante questionamento: “a nossa vida conjunta, cada vez mais mediada tecnologicamente, é sustentável, ou pelo menos compatível com a manutenção de boas relações de interdependência? Se não, como podemos começar a remediar isto?” (p. 12).
Questão proposta: Pensando no próprio questionamento que os autores tentam
responder, conforme transcrito acima, em que medida a preponderância praticamente absoluta das mediações digitalizadas na atualidade podem facilitar ou prejudicar nossa busca por relações afetivas? No que isso altera nossa percepção e constituição enquanto sujeitos desejantes?