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1. Daniel Aníbal
2. Sociologia da comunicação e dos midias
Uan/FCS 2023
Resumo
A presente resenha feita com base na Sociologia da comunicação e dos midias, Me
proponho apresentar após pesquisas bibliográficas discussões de alguns autores que
abordam aspectos essenciais da opinião pública, a controvérsia entre a actividade
jornalística e a política. Pretendo demonstrar as ideias centrais de cada autor e suas
comtrariedades. Construímos essa análise a partir de um diálogo com Pierre Bourdieu,
Da Via e Jurgens Habermas, visando estabelecer os limites traçados a para essas
definições, traços característicos e interfaces no interior do espaço de sua própria
constituição, então, no entendimento das conceituações e reconceituações das esferas
pública, privada e social. Os autores retomam algumas críticas sobre o problema da
definição de opinião pública.
Pierre Bourdieu (1987), em abordagem sobre opinião pública, procede a uma análise
rigorosa de seu funcionamento e suas funções. Para o efeito apresenta três postulados
implícitos:
Em primeiro lugar o autor postula que a produção de uma opinião está ao alcance de
todos, ou seja:
O segundo postulado supõe-se que todas as opiniões têm valor. Acho que é possível
demonstrar que não é nada disso e que o fato de se acumular opiniões que
absolutamente não possuem a mesma força real. Por último o autor diz que, pelo
simples fato de se colocar a mesma questão a todo mundo, está implícita, a hipótese
de que há um consenso sobre os problemas, ou seja, que há um acordo sobre as
questões que merecem ser colocadas. (Ibdem)
Estes três postulados implicam, parece-me, toda uma série de distorções observadas
mesmo quando todas as condições do rigor metodológico são preenchidas na coleta e
na análise dos dados.
Muitos são os fatores que interferem na formação da opinião pública. Dentre eles,
destaco os fatores sociais e psicológicos. A classe social e as várias relações
estabelecidas interferem na formação da opinião pública, mas são os fatores
psicológicos que melhor explicam a formação da opinião pública. Para a Psicologia,
opinião é a disposição para expressar-se. Assim sendo, a opinião é de natureza
comunicativa e interpessoal. Serve de mediadora entre o mundo exterior e a pessoa
sob dois aspectos: 1) adaptação à realidade e ao grupo; 2) exteriorização”, como
explica Sarah C. da Viá. (Revista Vernáculo, n. 17 e 18, 2006)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Opinião pública não é a soma das opiniões do público em geral, muito menos a confluências das
mesmas. Não se elabora, no plano coletivo, um consenso, não se forma uma única opinião. O que
temos são vários públicos, que dispõem de opiniões e até mesmo impõe suas visões sobre os
outros.
Devido às influências dos grupos que formam a “opinião pública”, o caráter público deste significa,
na verdade, a expressão de uma dominância e não a discussão descompromissada e aberta sobre os
temas, objetivando chegar a uma conclusão comum..
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, Pierre (1987). A Opinião Pública não existe, Michel Thiollent, crítica
metodológica, investigação social e enquete operária (4. ed) (pp.) São Paulo Polis.
DA VIÁ, Sarah Chucid. Opinião pública: técnica de formação e problemas de controle. São Paulo:
Loyola, 1983. p. 7-58.