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SECADORES
OPERAÇÕES UNITÁRIAS II
APUCARANA
2015
1. INTRODUÇÃO
A grande maioria dos alimentos sofre deterioração com muita facilidade. Diante
desse problema, surgiram algumas técnicas de conservação dos alimentos, dentre os quais,
a secagem, que é uma das mais utilizadas.
A umidade dos produtos alimentícios é reduzida até atingir o nível de 10-15%, para
que os microorganismos presentes nos alimentos sejam retirados evitando a perda da
qualidade. A Agencia de Vigilância Sanitária, ANVISA, limita em 25 % de teor de água
nos alimentos. O peso e volume dos alimentos também são alterados, podendo facilitar o
processo de embalagem, transporte e armazenamento destes produtos.
Com a secagem, ao diminuirmos a quantidade de água, estaremos não só reduzindo
o peso, mas também criando condições desfavoráveis para o crescimento microbiano no
produto.
Alguns produtos, quando submetidos à secagem, conservam bastante intactas suas
características físicas e nutritivas, e retornarão ao aspecto natural ou sofrerão poucas
alterações quando reconstituídos em água. Assim, este processo representa uma forma
viável de conservação de alimentos para consumo humano.
A secagem e desidratação de produtos alimentícios são usadas como técnicas de
preservação. Os microorganismos que provocam a decomposição dos alimentos não
podem crescer e se multiplicar na ausência se água. Além disso, muitas enzimas que
causam mudanças químicas nos alimentos, não podem reagir sem a presença da água
(ROMERO, 1997).
Portanto, as vantagens da técnica de secagem de alimentos podem ser assim
resumidas:
Facilidade na conservação do produto
Proteção contra microorganismos
Redução de peso
Economia de energia (não precisa de refrigeração)
Disponibilidade do produto em qualquer época do ano
2. SECAGEM
VARÍÁVEIS DA SECAGEM
Pressão de vapor (Pvs) é a pressão exercida pelo vapor de água, e assim como a
pressão atmosférica, exerce influência em todas as direções. Para cada temperatura do ar,
existe uma quantidade de vapor que o ar “consegue” carregar sem que o vapor se
transforme em água. Quanto maior a temperatura, maior será a quantidade de vapor de
água presente no ar.
Quando o ar comporta o máximo de vapor possível a uma dada temperatura, diz-
se que ele se encontra saturado e a pressão de vapor nesta situação é máxima.
Razão de mistura (W) é definida como a relação entre o peso do vapor de água e
a unidade do peso do ar completamente seco, é simplesmente a proporção de vapor
presente no ar seco.
Temperatura de bulbo seco (Tbs ou T) é a temperatura medida em um
termômetro comum, é a medida de temperatura do ar seco.
Temperatura de bulbo úmido (Tbu) marca a temperatura do mesmo termômetro
de bulbo seco mas envolto por uma malha úmida.
Umidade relativa do ar (UR) é a relação entre pressão parcial de vapor e das
moléculas de água no ar e a pressão de saturação na mesma temperatura:
UR %= ( Pv Pvs ) x 100
MÉTODOS DE SECAGEM
Durante o processo de secagem, pode ser que não ocorra efetivamente a secagem
ou até mesmo erros no processamento.
Endurecimento da superfície: esse efeito acontece devido à rápida saída da água
quando a temperatura de secagem é muito elevada. Há formação de crosta, a qual é
relativamente impermeável e retém a água remanescente, diminuindo substancialmente a
velocidade de saída da mesma. É comum em alimentos que contém açúcares e outros
solutos em elevadas concentrações.
Mudanças na qualidade global do alimento: Cor, textura, flavor, viscosidade,
velocidade de reconstituição, valor nutricional e estabilidade. Essas mudanças dependem
da composição do alimento e da intensidade do método de desidratação.
Oxidações enzimáticas: caso as enzimas não sejam inativadas previamente à
secagem, ocorrerá escurecimento, pois as temperaturas de secagem não são suficientes
para desnaturar essas enzimas.
Caramelização: ocorre em alimentos com alto teores de açúcares e submetidos a
temperaturas altas de secagem.
Reação de Maillard: favorecida também pelas altas temperaturas de secagem. É
bastante acentuada na faixa de 15-20% de água.
Perda da capacidade de reidratação: ocorre devido ao encolhimento,
endurecimento e distorção das células capilares dos alimentos e também pelas mudanças
físicas e químicas em nível coloidal. As causas principais deste efeito é o calor e a
concentração de sais que:
Desnaturam certas proteínas que depois não podem mais ligar-se à água.
Amidos e gomas podem alterar-se e tornar-se menos hidrofílicos.
Os açúcares e sais saem das células levando à perdas de turgência.
3. CINÉTICA DA SECAGEM
4. ISOTERMAS DE EQUILÍBRIO
Conforme pode ser visto na figura 5, o ar quente é injetado por baixo (telas
perfuradas) mantendo o alimento em suspensão. Secagem relativamente rápida (maior
convecção). Aplicada a sólidos particulados de tamanho pequeno e uniforme (ervilhas,
cereais, cubos de carne, folhas, etc.)
5.3 LIOFILIZAÇÃO