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No «Dia do teste de Matemática», 19 de junho, alunos do 12ºA escrevem poemas, roendo as

unhas…

Os poemas a seguir apresentados surgiram num contexto específico, no âmbito da


disciplina de português, durante uma aula, na manhã de sexta-feira dia 19 de junho, enquanto
a cabeça dos alunos do 12º ano fervilhava perante a iminência do teste de matemática---um
dos turnos---ou no após, na curva descendente da digestão difícil---no caso do segundo turno.
Foi assim que, durante quarenta minutos, foi realizado um concurso de poesia subordinado ao
tema «Dia do teste de Matemática», tendo sido apurados os melhores poemas pelos próprios
alunos e pela professora da disciplina. Eis os selecionados.

Chegou o dia.

Todo eu em frenesim,

Visto-me e aperalto-me para triunfar.

Vou ao café do Joaquim,

Como um pão e jogo uma de bilhar.

Isto, antes das sete,

Porque depois é para estudar.

Aumentam os nervos com o tempo a passar

Mas mal vejo a minha amiga Rita,

Meus olhos ficam a brilhar,

Não há como ela para me acalmar.

Chegou a hora.
Enfrento o difícil teste.

Sou tão rápido,

Que minha mão é uma chita.

Parece que tem óxido nitroso.

Nem sei porque estou nervoso,

É só uma fichita…

Aterra, Irineu…

(Erineu Jackson Teixeira (pseudónimo) 12ºA)

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Estuda matemática - dizem-me alguns,

Muito preocupados com as realidades.

O mundo é matemática - dizem-me outros,

Muito confiantes da sua utilidade.

E eu… sigo-os!

Revejo as derivadas,

Estudo os complexos,

Aplico as probabilidades.

Mas, no dia do teste,

respondendo às tarefas, sei:

O meu caminho não será por aqui!

(Beatriz Machado (com base no estilo de José Régio))

12ºA

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“Dia do teste de Matemática”

Foi uma nova prova,

Uma nova reprova

Foi uma análise

Uma catástrofe, um desastre.

Foi uma trombada

De cara no papel.

Cansada estou.

E, apesar de me achar uma aluna aplicada,

Sinto que este esforço

De nada me valeu

E espalmada me deixou.

(Maria Sousa nº16 12ºA)

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É sexta-feira de junho

A cabeça pensa em números, equações e

O teste de Matemática… Que dor de cabeça!

A mão pende para a escrita, para a tarefa

Do poema que há de sair… E as palavras?

Bailam no pensamento à espera do encontro

Que se faça luz para serem gravadas.

Mão trémula, mente ofuscada, vontade de responder

Ao dever no limite da hora marcada,

Mas, ao acreditar, traço os primeiros versos

Alinho o pensamento em régua

E transformo as equações em palavras.

Finalmente, ei-lo, o meu poema.


Já descrevi o meu dia

Misturando o Português e a Matemática!

A vida de um estudante

É marcada de surpresas

Tudo muda no instante

Que tem de mostrar certezas.

(Marlene Novais 12ºA)

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