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Burocracia na importação

Um dos fatores que mais dificulta a prática de comércio exterior no Brasil é a


burocracia na importação. Para se ter uma ideia, cerca de 80% das negociações são
paradas ou lentas por conta da dificuldade dos procedimentos.

O motivo de todo o processo logístico ser complexo e ter altas taxas alfandegárias são
apenas alguns dos motivos que evidenciam a real necessidade de contar com um
despachante aduaneiro experiente em suas transações de importação e exportação.

DUIMP no processo de importação.

Um dos aspectos mais relevantes de que você precisa saber sobre a burocracia na
importação brasileira é criação da Declaração Única de Importação (DUIMP), prevista
pela Novo Processo de Importação.

A DUIMP substituirá a atual Declaração de Importação (DI) e a Declaração


Simplificada de Importação (DSI).

Diferentemente de como acontece hoje, os gestores poderão registrar a DUIMP antes


mesmo da chegada de seus produtos ao país, paralelamente à obtenção de suas licenças
para continuar o fluxo de importação sem maiores problemas

Processos como a gestão de riscos poderão ser adiantados, proporcionando maior


garantia de celeridade ao fluxo das cargas.

Para evitar inconsistência ou redundância na prestação de informações, a DUIMP será


integrada a outros sistemas públicos, além de estar apta a ser integrada aos sistemas
privados. Sendo assim, o importador não precisará mais acessar diversos sistemas, o que
reduzirá em grande parte a burocracia na importação.

Altas tarifas alfandegárias e divergências nas classificações de


produtos.

Altas taxas alfandegárias e os riscos envolvidos em transações de comércio exterior, por


conta das divergências de classificação de mercadorias e insumos, são algumas das
causas que geram burocracia na importação no Brasil. Além disso temos:

 ambiguidade na descrição de produtos;


 classificações diferentes entre países;
 alterações nas regras de classificação impostas pelo Governo.

Os entraves causados pelas altas tarifas cobradas por órgãos anuentes são críticos para
as empresas. Para muitos gestores, inclusive, tais tarifas são responsáveis por prejudicar
a competitividade no país.
O excesso de licenças e de órgãos envolvidos no comércio exterior brasileiro
custou US$ 49,21 bilhões para a importação e mais US$ 91 bilhões par a exportação. Os
dados são da Confederação Nacional da Industria, que mapeou as etapas burocráticas
por que passam os itens que chegam e que são enviados para outros países.

Foram pesquisas 114 empresas de setores como o de máquinas e equipamentos, têxtil,


metalúrgico e siderúrgico, automotivo, químico e de plásticos, a depender do produto,
as empresas precisam passar por 12 órgãos no processo de exportação, que somam 46
procedimentos diferentes e tarifas distintas. Já para quem quer importar um produto, a
operação é ainda mais burocrática: são 72 taxas ou encargos exigidos por 16 órgãos
diferentes.

Além das várias etapas, a morosidade também é algo recorrente no setor, o


procedimento de licenciamento na Anvisa, por exemplo, leva cerca de 25 dias. No
Inmetro chega a 45 dias e na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) leva
cerca de um mês.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Anvisa e o Ibama são os


órgãos com maior número de anuências na importação. O Ibama, por exemplo, cobra
uma taxa de R$ 721,47 para a emissão de uma certidão de licença para veículos e
máquinas que comprova que o importador não precisa de licença.

calculados pelas empresas, por exemplo, a proposta é estabelecer prazo para que as
companhias saibam do que vai acontecer.

Link ///https://www.conjur.com.br/dl/burocracia-importacao-exportacao-custa.pdf

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