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Explicamos a Interface
de Linhas de Comando
O que é CLI? De uma forma simples, a sigla significa Interface de Linha de Comando. Ele é um programa que permite que os
usuários digitem comandos de texto dando instruções a um computador para fazer funções específicas.
Tirando o fato de que é uma ferramenta muito poderosa, o uso do CLI nem sempre é bem recebido. Isso porque os iniciantes
costumam ser um pouco relutantes em usá-la, pensando que ela é apenas para usuários mais avançados. Mas isso não é
verdade.
Neste artigo, você vai aprender tudo o que precisa saber sobre CLI.
Conteúdo
As Origens do CLI
Shell – A Base do CLI
CLI e GUI: Por Que Dar Preferência ao CLI?
Conclusão
As Origens do CLI
Nos anos 60, o CLI era usado a todo momento.
Naquele tempo, as pessoas tinham apenas teclados como um dispositivo de entrada e a tela do computador mostrava apenas
informações em texto. Sistemas operacionais como o MS-DOS usavam o CLI como a interface de usuário padrão.
Basicamente, os usuários tinham que digitar um comando no CLI para conseguir fazer alguma ação. E essa era a única forma
de se comunicar com os computadores.
Depois de digitar um comento, o resultado que o usuário recebia era ou uma informação em texto ou uma ação específica
desempenhada pelo computador. Dito isso, digitar a linha de comando era crucial. O hoje em dia também.
Se o usuário digitar o comando errado, é possível que ele remova algo ou configure algo errado acidentalmente. Também
pode ser que ele feche o programa sem querer antes de salvar seu trabalho até aquele momento. Isso é o que algumas
pessoas consideram como ponto negativo do CLI.
Então, depois de anos de desenvolvimento usando apenas um teclado e o risco de uma linha de comando errada, o mouse foi
inventado.
A invenção de um mouse marcou o início de um método conhecido como point-and-click (apontar e clicar), que acabou se
tornando um novo jeito de interagir com um computador.
Esse método era muito mais seguro para os usuários, por isso, eles deixaram o CLI de lado muito rapidamente. Mas, logo
mais, vamos discutir por que usar o CLI ainda é uma opção melhor. Fique com a gente.
Fora isso, os sistemas operacionais começaram a desenvolver uma maneira mais atraente de fazer computação, usando uma
GUI (Graphical User Interface ou Interface Gráfica de Usuário). O GUI logo se tornou um fenômeno pelo uso de botões e
menus, que representavam comandos específicos. Esse modelo provou ser muito intuitivo.
Hoje em dia, o GUI se tornou algo muito comum na computação. Porém, a maioria dos sistemas operacionais ainda oferecem
uma combinação entre CLI e GUI. Por exemplo, os usuários de MAC podem tanto digital “cal” no Terminal ou clicar na
aplicação Calendário para terem o mesmo resultado.
Em outras palavras, um shell é uma interface de usuário que gerencia o CLI e age como um intermediário, conectando os
usuários com o sistema operacional.
Na prática, existem muitas coisas que o shell pode processar. Algumas delas são:
Entre muitos tipos de shell existentes, os mais populares são o Windows Shell (para Windows) e o Bash (para Linux e Mac).
Windows Shell
O shell padrão no Windows é o CMD.exe ou o Prompt de Comando (Command Prompt). De fato, a Microsoft tem usado o
Prompt de Comando desde quando o MS-DOS era o principal sistema operacional da empresa.
Para abrir o Prompt de Comando, você pode clicar em Iniciar > Todos os Programas > Acessórios > Prompt de Comando.
Ou, simplesmente, apertar Windows+R, digitar CMD e ENTER.
Dependendo da sua necessidade, você pode digitar um único comando ou uma combinação de comandos. Você também pode
digitar comandos que são executados em sequência (um comando é executado depois de outro e assim por diante).
O Prompt de Comando é tão robusto que ele pode gerenciar muitas coisas dentro do sistema operacional Windows. Algumas
das principais são:
Agora, vamos aprender a usar algumas das sintaxes no prompt de comando. Veja a listagem logo abaixo, sua descrição e o
comando exato.
Modificar um Diretório
Para navegar para um diretório ou pasta específica pelo prompt de comando, use CD [caminho]. Garanta que
tenha um espaço antes de colocar o caminho (path) que você quer alcançar. Por exemplo:
CD C:\Program Files
Renomear um Arquivo
Para renomear um arquivo dentro de uma pasta específica, use REN [drive:][caminho] [fonte] [alvo]. Se você
mencionar o local (path), isso significa que o arquivo renomeado será salvo na mesma pasta mencionada. Por
exemplo:
Apagar um Arquivo
Para apagar um arquivo pelo prompt de comando, use DEL [nomedoarquivo]. Se você quer forçar a exclusão de
um arquivo, é só adicionar o comando certo antes do nome do arquivo. Por exemplo:
DEL /F untitled.txt
Renomear um Disco
Para editar o nome de um disco específico, use LABEL [drive:][novo nome do disco]. Saiba que, aqui, você pode
usar até 32 caracteres no volume NTFS e 11 caracteres no volume FAT. Por exemplo:
No Linux, o Bash shell é só um dos muitos tipos de shell que o Linux pode usar. Outros tipos bem conhecidos são o Techs
shell, Ksh shell e Zsh shell.
Na maioria das distribuições Linux, o shell é localizado no menu Utilities (Utilidades). Se você usar o desktop Gnome, o nome
será Terminal. Mas, se você usar o KDE, o nome será Konsole.
Enquanto isso, no MacOS, o programa é o Terminal.app. Para rodar esse programa, vá em Application > Utilities >
Terminal. Ou simplesmente digite Terminal usando a busca pelo software Spotlight.
Assim que o terminal abrir, você já pode começar a colocar seus primeiros comandos. Basicamente, a maioria dos comandos
consiste em: o comendo em si, o argumento e a opção.
Enquanto o comando contém a instrução que queremos desempenhar, é o argumento que diz onde o comando deve operar.
Já a opção faz o pedido para a modificação do resultado do comando.
Para começar, você conhecer a sintaxe para saber lidar com a plataforma. Isso também é conhecido como script do shell, ou
seja, maneiras de usar um script que se comunica com o CLI para realizar determinadas tarefas.
Para entender a sintaxe de comando no MacOS, vamos aprender alguns exemplos. Eles estão logo abaixo.
ls -a
Mudar de Diretório
Para mover para mudar para um diretório específico, use cd destino. Por exemplo:
cd ~/Desktop
Renomear Arquivos
Para renomear um arquivo dentro de uma pasta específica, use mv fonte destino. Neste caso, você precisa saber
qual o nome do arquivo e a extensão dele. Por exemplo:
mv ~/Desktop/untitled.rtf ~/Desktop/untitled1.rtf
Apagar Arquivos
Para apagar um arquivo em uma pasta específica, use rm nome do arquivo. Para evitar deletar arquivos que você
não quer, garanta que você mova estes arquivos para a pasta certa antes. Por exemplo:
rm untitled.rtf
Mais uma vez, digitar o comando certo é crucial quando se trabalha com qualquer CLI. Isso significa que você deve prestar
atenção em cada caractere que for usar. Além disso, use o comando certo para cada caso.
E se por algum motivo você quiser parar de usar o Prompt de Comando ou o Bash, é só digitar Control+C. Você vai sair das
telas deles e voltar ao sistema operacional normalmente.
Temos que admitir que uma GUI é visualmente atraente e de fácil entendimento. Mas, para algumas tarefas específicas
mais vitais, o CLI é mais poderoso e, por isso, rende melhor, sendo também mais recomendado o seu uso.
Abaixo, vamos mostrar alguns pontos do porquê você deve dar preferência para usar um CLI ao invés do GUI. É claro, isso é
totalmente opcional e você mesmo pode escolher qual o melhor se encaixa com seu tipo de trabalho ou tarefa.
1. Menos Recursos
Não é segredo para ninguém que programas baseados em textos consomem bem poucos recursos de um
computador. Isso significa que o CLI pode fazer tarefas similares a uma GUI com o mínimo de recursos possível.
2. Alta Precisão
Você pode usar um comando específico para alcançar os locais que quiser com facilidade. Considerando que você
não digite os comandos incorretamente, ele vai funcionar como o desejado. Assim que você aprender o básico,
escrever uma sintaxe passa a ser bem menos difícil do que você tinha imaginado.
3. Tarefas Repetitivas Amigavelmente
O GUI se desenvolveu bem ao longo dos anos. Mas, pode ser que o sistema operacional não dê todas as opções de
botões e menus para realizar todas as tarefas. Uma das razões para isso acontecer é a segurança. E isso pode fazer
com que você fique sobrecarregado ao ter que fazer tarefas repetitivas. Por exemplo, quando você precisa
gerenciar centenas de arquivos dentro de uma pasta, o CLI permite que você use um único comando para fazer a
automação desta tarefa de maneira super fácil.
4. Poder de Sobra
A maioria dos sistemas operacionais previne que você faça uma bagunça nos processos centrais do sistema. O
Windows conta com um sistema de proteção e o MacOS tem o SIP (System Integrity Protection – Proteção da
Integridade do Sistema). Com isso, você não vai poder fazer certas tarefas que estão protegidas pelo próprio
sistema. É por isso que, com o CLI, você ganha controle total sobre o seu sistema de escolha.
Para ilustrar um exemplo, existe um método que converte PSD para HTML quando se está desenvolvendo um site.
Nessa conversão, o processo começa com um modelo (rascunho) em tamanho real de um objeto no Photoshop. Então, o
documento do Photoshop (formato .psd) é convertido para HTML.
Converter PSD para HTML é um trabalho pesado de codificação. O desenvolvedor tem o papel fundamental de fazer com que
o código usado na conversão esteja totalmente limpo. Isso é passo importantíssimo para estar de acordo com os padrões do
W3.
O acordo W3C garante que cada site publicado na internet tenha uma boa programação, que seja livre de erros e compatível
com o maior número possível de navegadores.
Então, entender os códigos e como eles funcionam é vital para sacar como os processos funcionam na sua parte mais
intrínseca.
O mesmo acontece com o CLI no sistema operacional. Enquanto o GUI pode até parece mais atrativo, o CLI é leve, poderoso
e bem mais direto nas suas ações.
Conclusão
Tirando a longa discussão de que o CLI é só para experts, agora você já aprendeu que ele é para usuários intermediários que
aprendem o básico da linha de comando.
O fato de que a maioria dos sistemas operacionais oferecem tanto o CLI e também o GUI é uma prova de que o CLI é crucial
na computação. Além disso, usar CLI traz mais pontos positivos que o GUI porque:
Agora, vamos começar a usar o CLI? As linhas de comando para Windows e Linux você já tem neste artigo! Sucesso aí!