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O que é a COVID-19?

COVID-19 é o nome oficial, atribuído pela Organização Mundial da


Saúde, à doença provocada por um novo coronavírus (SARS-COV-2),
que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este
vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na
cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados
casos em outros países.

O que são os coronavírus?


Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas
pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema
respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para
uma doença mais grave, como pneumonia.

Este coronavírus é igual aos outros vírus?


Não. Apesar de se tratar de um novo vírus e ainda não existir um total
conhecimento sobre este, sabe-se que é diferente dos outros, apesar de
ter alguma semelhança (geneticamente) ao SARS. É necessário mais
tempo de investigação para se conseguir apurar todas as suas
características e qual o tratamento mais adequado.

Porque foi dado o nome de COVID-19?


A Organização Mundial da Saúde decidiu atribuir um nome que fosse
fácil de transmitir e que não indicasse nenhuma localização geográfica,
um animal ou grupo de pessoas. O nome, COVID-19, resulta das
palavras “corona”, “vírus” e “doença” com indicação do ano em que
surgiu (2019).

Qual a diferença entre COVID-19 e SARS-COV-2?


SARS-CoV-2 é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China,
no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave –
coronavírus 2”. A COVID-19 é a doença que é provocada pela infeção do
coronavírus SARS-CoV-2.

Quando foi detetada a COVID-19?


A COVID-19 foi detetado no final de dezembro de 2019 na cidade
chinesa de Wuhan.
Qual é a origem da COVID-19?
A origem (fonte da infeção) da COVID-19 é desconhecida e ainda pode
estar ativa, segundo as informações publicadas pelas autoridades
internacionais.

Quais são os sinais e sintomas?


Os sintomas são semelhantes a uma gripe, como por exemplo:

 febre
 tosse
 falta de ar (dificuldade respiratória)
 cansaço

Em casos mais graves pode evoluir para pneumonia grave com


insuficiência respiratória aguda, falência renal e, até mesmo, levar à
morte.

Qual é o período de incubação?


O período de incubação estimado da COVID-19 (até ao aparecimento de
sintomas) é de 2 a 14 dias, segundo as última informações publicadas.

Como se transmite?
A COVID-19 pode transmitir-se por:

 gotículas respiratórias
 contacto direto com secreções infetadas
 aerossóis em alguns procedimentos terapêuticos que os produzem
(por exemplo as nebulizações)

A COVID-19 pode transmitir-se de pessoa a pessoa?


Sim e poderá ocorrer pela proximidade a uma pessoa com COVID-19
através de:

 gotículas respiratórias – espalham-se quando a pessoa infetada


tosse, espirra ou fala, podendo serem inaladas ou pousarem na
boca, nariz ou olhos das pessoas que estão próximas
 contacto das mãos com uma superfície ou objeto infetado com o
SARS-CoV-2 e se em seguida existir contacto com a boca, nariz
ou olhos pode provocar infeção
Os animais domésticos podem transmitir o coronavírus?
Não. De acordo com informação da Organização Mundial da Saúde, não
há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos,
tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir a
COVID-19.

Em que países é que se detetaram pessoas infetadas?


Segundo os últimos dados disponibilizados os países onde foram
reportados casos confirmados são:

 Ásia:China Coreia do Sul; Irão; Japão; Singapura; Kuwait; Bahrein;


Tailândia; Taiwan; Malásia; Iraque; Emirados Árabes Unidos;
Vietname; Líbano; Israel; Omã; Índia; Paquistão; Filipinas; Qatar;
Indonésia; Afeganistão; Camboja; Jordânia; Nepal; Arábia Saudita
e Sri Lanka.
 Europa: Itália; França; Alemanha; Espanha; Reino Unido; Suíça;
Noruega; Áustria; Países Baixos; Suécia; Bélgica Croácia; São
Marino; Grécia; Finlândia; Islândia; República Checa; Dinamarca;
Azerbaijão; Geórgia; Roménia; Rússia; Portugal; Andorra;
Arménia; Bielorrússia; Estónia; Irlanda; Letónia; Lituânia;
Luxemburgo; Mónaco e Macedónia do Norte.
 América: Canadá; Estados Unidos da América; Brasil; México;
Equador e República Dominicana
 Oceânia: Austrália e Nova Zelândia
 África: Argélia; Egipto; Marrocos; Nigéria; Senegal e Tunísia.

Esta informação está constantemente a ser atualizada pelas autoridades


internacionais e pode ser consultada no site do Centro Europeu de
Prevenção e Controlo de Doenças e na Organização Mundial da Saúde.

Qual é o tratamento?
Atualmente, o tratamento para a COVID-19 é dirigido aos sinais e
sintomas que os doentes apresentam. Ainda não existe tratamento
específico para esta infeção, segundo a informação publicada.

Os antibióticos são eficazes na prevenção e no tratamento da COVID-


19?
Não, os antibióticos não resultam contra vírus, apenas bactérias. A
COVID-19 é uma doença provocada por um vírus (SARS-CoV-2) e, como
tal, os antibióticos não devem ser usados para a sua prevenção ou
tratamento. Não têm resultados e podem contribuir para o aumento das
resistências a antibióticos. Existem medidas que ajudam a prevenir a
infeção por COVID-19 e também recomendações para os viajantes.
Já aconteceu algum surto com coronavírus em anos anteriores?
Sim. Em anos anteriores foram identificados alguns coronavírus que
provocaram surtos e infeções respiratórias graves em humanos.
Exemplos disto foram:

 entre 2002 e 2003 a síndrome respiratória aguda grave (infeção


provocada pelo coronavírus SARS-CoV)
 em 2012 a síndrome respiratória do Médio Oriente (infeção
provocada pelo coronavírus MERS-CoV)

Existe vacina para a COVID-19?


Não. Sendo um vírus recente, as investigações ainda estão em curso.

O que está a ser feito em Portugal para acompanhar a epidemia por


COVID-19?
Foi ativado o dispositivo de saúde pública do país para monitorização e
vigilância epidemiológica, gestão e comunicação de risco. Das várias
atividades desenvolvidas, destacam-se:

 constituição de uma equipa de peritos/especialistas para dar


resposta à epidemia
 divulgação de comunicados diários
 organização de conferências de imprensa
 produção, divulgação e atualização de informação para o cidadão
no site da Direção-Geral da Saúde, no SNS 24 e em outras
instituições
 produção e divulgação de materiais informativos para diferentes
públicos, incluindo aeroportos, portos, unidades de saúde, escolas
e população em geral
 esclarecimento de dúvidas ou outros pedidos
 monitorização de redes sociais
 emissão de orientações técnicas e recomendações para
profissionais do sistema de saúde e aeroportos;
 atualização e validação da informação disponível sobre os casos
de doença respiratória aguda pelo novo coronavírus (COVID-19)
 capacitação do SNS 24 (808 24 24 24) para triagem e
encaminhamento de casos suspeitos
 reforço da linha de apoio ao médico para validação de casos
suspeitos
 articulação permanente com entidades internacionais para adoção
de medidas emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo
Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e de
acordo com a avaliação de risco a nível nacional;
 repatriamento de cidadãos que residiam ou que visitaram a cidade
de Wuhan, província de Hubei, China.

Portugal está preparado para responder a um caso confirmado de


COVID-19?
Sim. São várias as medidas que estão implementas e/ou a ser
desenvolvidas:

 divulgação de comunicados diários no site da Direção-Geral da


Saúde
 esclarecimento e/ou triagem através do SNS 24 (808 24 24 24),
disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana
 reforço da Linha de Apoio ao Médico (LAM) da Direção-Geral da
Saúde aumentando a sua capacidade de resposta permanente
 diagnóstico de possíveis casos de infeção pelo laboratório nacional
de referência do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
 garantir a segurança do sangue e derivados, assegurada
pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação
 responder a eventuais casos da doença, nomeadamente no
controlo de infeção, transporte de utentes e na correta utilização
dos equipamentos de proteção
 individual garantidos pelos hospitais de referência, assim como
pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)
 fazer a vigilância dos contactos em articulação permanente com
instituições/organizações internacionais para adoção de outras
medidas, em consonância com as recomendações que forem
sendo emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo Centro
Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças

Como se preparou o SNS 24 para responder a esta epidemia?


Para responder ao surto deste coronavírus, o SNS 24 preparou-se a
diferentes níveis:

 Serviço de Triagem:
o os algoritmos de triagem clínica foram atualizados para
assegurarem um despiste adequado dos casos suspeitos de
infeção por este novo coronavírus
o sempre que necessário são ativados os mecanismos de
resposta de casos suspeitos, através do contacto com a
linha de apoio ao médico da Direção-Geral da Saúde, onde
se encontram médicos que validam, ou não, o caso suspeito
 em caso de validação do caso suspeito, são seguidas
as orientações emitidas pela Direção-Geral da Saúde,
nomeadamente, ao nível do transporte, isolamento e
diagnóstico do doente
 Serviço Informativo:
o o SNS 24 (808 24 24 24) tem disponíveis conteúdos
informativos, validados pela Direção-Geral da Saúde e em
coerência com as autoridades internacionais, para
esclarecerem a população.
o Veja mais informações sobre a abordagem ao caso
suspeito; prevenção da infeção por COVID-19 e as
todas recomendações aos viajantes

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