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PARENTERAL EM PEDIATRIA
(WAITZBERG, 2017)
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE)
“Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada
ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e
elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas”.
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE)
Contraindicação
Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal
Obstrução mecânica do TGI
Refluxo gastroesofágico intenso
Íleo paralítico
Hemorragia GI severa
Vômitos e diarreia severos
Fístula de alto debito (>500 ml)
Enterocolite severa
Pancreatite aguda grave
TNE PRECOCE POSSUI VANTAGENS?
OBJETIVO:
✓ Ausência de nutrientes no TGI
✓ Complicações infecciosas
✓ Aumento da mortalidade
✓ Redução do peso e massa muscular
FATORES QUE ORIENTAM A ESCOLHA DA VIA DE ACESSO
✓Estado nutricional
• Nasogástrica
• Nasoduodenal
• Nasojejunal
• Gastrostomia
• Jejunostomia
Vantagens
✓ Maior tolerância a fórmulas variadas;
✓ Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas;
✓ Permite progressão mais rápida para alcançar o VCT
ideal;
✓ Possibilita introdução de grandes volumes em curto
tempo;
✓ Fácil posicionamento da sonda.
Desvantagens
✓ Alto risco de aspiração em pct com dificuldades
neuromotoras de deglutição;
✓ Ocorrência de tosse, náuseas ou vômitos favorece a
saída acidental da sonda.
Nasoduodenal/ Nasojejunal Indicação
✓ Aspiração
✓ Refluxo
✓ Gastroparesia ou esvaziamento gástrico prejudicado
Vantagens
✓ Menor risco de aspiração;
✓ Menor dificuldade de saída acidental da sonda;
✓ Permite nutrição quando a alimentação gástrica é
inconveniente ou inoportuna;
✓ Permite nutrição precoce no pós-operatório, pós-trauma e
certos casos de pancreatite aguda.
Desvantagens
✓ Requer localização de sonda via endoscópica;
✓ Não apropriada para longos períodos;
✓ Risco de aspiração em pcts que tem mobilidade gástrica
alterada ou são alimentados durante a noite;
✓ Desalojamento pode causar refluxo
✓ Requer dietas normo ou hiposmolar
Gastrostomia Indicação
✓ Recomendada para longos períodos de NE (>4 a 6
sem)
✓ Requer funcionamento do estômago e reflexo do
vômito
Vantagens
✓ A PEG não requer cirurgia;
✓ Permite alimentação em bolus;
✓ Sondas de grande calibre diminuem o risco de
obstrução por administração de medicações ou
formulas viscosas.
Desvantagens
✓ Maior risco de aspiração pulmonar;
✓ Exige cuidados com a ostomia
Jejunostomia Indicação
✓ Recomendada para longos períodos de NE (>4 a 6
sem).
✓ Indicada quando o acesso ou funcionamento do
estômago está prejudicado.
✓ Em pcts com alto risco de aspiração, cirurgia
intestinal acima do jejuno, disfunção gástrica devido
a trauma ou cirurgia.
Vantagens
✓ PEJ não requer cirurgia;
✓ Permite nutrição precoce no pós-operatório e pós-
trauma
Desvantagens
✓ Exige cuidados com a ostomia;
✓ Pode requere infusão contínua da dieta.
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
PASSO 03: Calcule o volume total da dieta enteral para que se obtenha o valor energético proposto:
Para isso, basta dividir o valor energético total pela densidade energética da fórmula enteral. VCT/
DE➔ 630 kcal/dia : 1,0 Kcal/ml ➔ 630 ml
Ou seja, serão necessários 630 ml para ofertar as 630 calorias ao paciente.
Lactente, 6 meses, sexo masculino, P= 7 kg. Internado em
Vamos Praticar! pediatria com pneumonia extensa e desconforto respiratório,
com jejunostomia utilizando Infatrini.
EXEMPLO 01:
PASSO 04: Determine se a dieta será oferecida pelo método intermitente ou contínuo.
No caso da alimentação intermitente, dividida o volume total por 6 a 8 infusões (a cada 3 ou
4horas), dependendo da aceitação e necessidade do paciente.
630 ml : 7 = 90 ml/ refeição.
Vamos Praticar!
EXEMPLO 02:
PASSO 03: Calcule o volume total da dieta enteral para que se obtenha o valor energético proposto:
Para isso, basta dividir o valor energético total pela densidade energética da fórmula enteral. VCT/
DE➔ 840 kcal/dia : 1,5 Kcal/ml ➔ 560 ml
Ou seja, serão necessários 560 ml para ofertar as 840 calorias ao paciente.
PASSO 04: Determine se a dieta será oferecida pelo método intermitente ou contínuo.
560 ml : 6 = 93,3 ml/ refeição.
Complicações da TNE
Mecânicas
Gastrointestinais Metabólicas
Erosão nasal e necrose,
Náuseas, vômitos, refluxo, Desidratação, hiper ou
abcesso septonasal, sinusite,
distensão abdominal, cólicas, hipoglicemia, anormalidade
rouquidão, otite, faringite,
empachamento, flatulência, de eletrólitos e alterações
esofagite, ulceração, fistula,
diarreia ou obstipação hepáticas
ruptura das varizes esofágicas
Infecciosas Psicológicas
Gastroenterocolites por Respiratórias Ansiedade, depressão, falta
contaminação microbiana no Aspiração pulmonar ou de estímulo ao paladar,
preparo, nos utensílios e na pneumonia infecciosa monotonia alimentar,
administração da formula insociabilidade e inatividade
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP)
(CUPARI, 2005)
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP)
Indicações Especificas:
• Relativas:
• Jejum <5 dias, pcts sem desnutrição severa
• TGI viável
• Dificuldade para obter acesso venoso
• Prognostico que não necessite de suporte nutricional agressivo.
VIAS DE ACESSO
Central Periférica
VIAS DE ACESSO
Central
• Indicada:
• Quando os benefícios superam os riscos
• Tempo de duração > 2 semanas
• Acesso venoso periférico limitado
• Necessidade de restrição de líquidos.
Monitoramento é FUNDAMENTAL!!
VIAS DE ACESSO
Periférica
• Indicada: Pacientes que não podem ingerir ou absorver >60% das necessidades
nutricionais via oral ou enteral;
• Períodos curtos (até 2 semanas);
• Valor energético: 1.000- 1.500 kcal/dia
• Osmoralidade <900mOsm/L para evitar flebite
Vantagens Contraindicações
CUIDADO!
• Velocidade de Infusão
➔ Hiperglicemia e distúrbios hemodinâmicos
Componentes das Soluções de NPT
Acetato e cloreto
Aditivos: Insulina
Monitoramento
Metabólicas Infecciosas
Mecânicas
Alterações de glicemia, (Relacionadas ao cateter ou
(Relacionadas ao cateter)
distúrbios hidroeletrolíticos a solução de NP)
e ácido-base, disfunção Pneumotórax, hidrotórax e
Contaminação por bactérias
hepática. lesão vascular
gram-negativas e sepse
Gastrointestinais
Atrofia das vilosidades GI,
colestase e anormalidades
hepáticas.
ATIVIDADE
CASO CLÍNICO:
Paciente com 15 anos levou uma queda e sofreu traumatismo craniano, ao tomar banho
sozinho. Chegou ao PA inconsciente e respirando normalmente. A tomografia cerebral
mostra fratura de crânio sem comprometimento da massa encefálica. A equipe
multiprofissional em terapia nutricional foi convocada.