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EM CONCRETO
Rio de Janeiro
Agosto, 2014
PROJETO GEOTÉCNICO DE UMA ESTRUTURA DE CONTENÇÃO
EM CONCRETO
Examinado por:
_____________________________________________________
Prof. Marcos Barreto de Mendonça, D.Sc.
_____________________________________________________
Prof. Leonardo de Bona Becker, D.Sc.
_____________________________________________________
Profa. Maria Cristina Moreira Alves, D.Sc.
ii
Luiz, Bruna Julianelli
Projeto geotécnico de uma estrutura de contenção
em concreto / Bruna Julianelli Luiz - Rio de Janeiro:
UFRJ/ Escola Politécnica, 2014.
VIII, 114 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Marcos Barreto de Mendonça
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/Curso
de Engenharia Civil, 2014.
Referências Bibliográficas: p. 108-109.
1. Estruturas de contenção. 2. Estabilidade de taludes. 3.
Muro de Concreto Ciclópico. 4. Muro de Concreto Armado
5.Cortina Ancorada. I. Marcos Barreto de Mendonça. II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Civil. III. Projeto geotécnico de uma
estrutura de contenção em concreto.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu namorado, Felipe Mignone Quintairos Jorge, por todo apoio e ajuda
nesses seis anos juntos, pelos momentos felizes que passamos na faculdade, pelas
manhãs de estudo de cálculo e física e principalmente por acreditar em mim.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
EM CONCRETO
Agosto/2014
Para o caso estudado, a opção escolhida foi o muro de concreto ciclópico, tendo
como segunda opção a cortina ancorada.
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
August/2014
Three different options of retaining structures were studied, such as: concrete
gravity wall, cantilever wall and anchored wall. Those structures were designed to resist
lateral earth pressure and ensure the global slope stability. It was used the Spencer
Method for the slope stability analysis. After the geotechnical design of the three
retaining structures, an economic analysis was done in order to compare the options
and, finally, choose the most advantageous solution.
It was concluded that, the best option for the studied case was the concrete
gravity wall, followed by the anchored wall.
vi
Sumário
Capítulo 1. Introdução ................................................................................................. 1
Capítulo 2. Revisão bibliográfica ................................................................................ 3
2.1 Tipos de estruturas de contenção ......................................................................... 3
2.1.1 Aspectos gerais............................................................................................... 3
2.1.2 Muros de peso ................................................................................................ 3
2.1.2.1 Muros de alvenaria de pedras ................................................................... 4
2.1.2.2 Muros de gabiões ...................................................................................... 5
2.1.2.3 Muros de concreto ciclópico ..................................................................... 5
2.1.2.4 Muros de sacos de solo-cimento ............................................................... 6
2.1.2.5 Muros de solo reforçado ........................................................................... 7
2.1.2.6 Muros de flexão em concreto armado....................................................... 8
2.1.3 Solo grampeado .............................................................................................. 9
2.1.4 Cortina Ancorada ......................................................................................... 10
2.2 Empuxos de solo................................................................................................ 14
2.2.1 Empuxos ativos, passivos e repouso ............................................................ 14
2.2.2 Teoria de Rankine ........................................................................................ 15
2.2.3 Teoria de Coulomb ....................................................................................... 21
2.2.4 Outras considerações .................................................................................... 25
2.2.4.1 Efeito da compactação ............................................................................ 25
2.2.4.2 Efeito da água ......................................................................................... 26
2.3 Dimensionamento de estruturas de contenção .................................................. 26
2.3.1 Muro de peso ................................................................................................ 26
2.3.1.1 Análise de estabilidade externa .............................................................. 26
2.3.1.2 Análise de estabilidade interna ............................................................... 34
2.3.2 Cortina ancorada .......................................................................................... 35
2.3.3 Estabilidade global ....................................................................................... 39
2.3.3.1 Método das fatias .................................................................................... 39
2.3.3.2 Método de Spencer ................................................................................. 40
Capítulo 3. Descrição da obra em investigações realizadas .................................... 43
3.1 Descrição da obra .............................................................................................. 43
3.2 Levantamento topográfico ................................................................................. 45
3.3 Investigações geotécnicas .................................................................................. 46
Capítulo 4. Dimensionamento ................................................................................... 50
vii
4.1 Considerações iniciais ....................................................................................... 50
4.2 Definição dos parâmetros .................................................................................. 56
4.3 Dimensionamento do muro de concreto ciclópico ............................................ 60
4.3.1 Cálculo do empuxo ...................................................................................... 61
4.3.1.1 Seção A-A ............................................................................................... 61
4.3.1.2 Seção F-F ................................................................................................ 64
4.3.2 Dimensionamento da seção A-A .................................................................. 67
4.3.3 Dimensionamento da seção F-F ................................................................... 70
4.4 Dimensionamento do muro de concreto armado ............................................... 74
4.4.1 Cálculo do empuxo ...................................................................................... 74
4.4.2 Dimensionamento da seção A-A .................................................................. 75
4.4.3 Dimensionamento da seção F-F ................................................................... 79
4.5 Cálculo da cortina ancorada .............................................................................. 83
4.5.1 Cálculo do empuxo ...................................................................................... 84
4.5.1.1 Seção A-A ............................................................................................... 84
4.5.1.2 Seção F-F ................................................................................................ 84
4.5.2 Dimensionamento da seção A-A .................................................................. 85
4.5.2.1 Determinação da ancoragem ................................................................... 85
4.5.2.2 Análise da capacidade de carga da fundação .......................................... 87
4.5.3 Dimensionamento da seção F-F ................................................................... 89
4.5.3.1 Determinação da ancoragem ................................................................... 89
4.5.3.2 Análise da capacidade de carga da fundação .......................................... 92
4.5.4 Dimensões finais da cortina ancorada .......................................................... 93
4.6 Drenagem das estruturas de contenção.............................................................. 98
Capítulo 5. Análise econômica e escolha da solução ............................................. 100
5.1 Análise econômica das estruturas estudadas ................................................... 100
5.2 Escolha da solução .......................................................................................... 104
Capítulo 6. Considerações finais ............................................................................. 105
Capítulo 7. Referência bibliográfica ....................................................................... 107
Capítulo 8. Anexo ..................................................................................................... 109
Anexo I .................................................................................................................. 109
Anexo II ................................................................................................................. 113
viii
Capítulo 1. Introdução
1
geometrias das estruturas e seus dimensionamentos geotécnicos (Capítulo 4). Por fim,
realiza-se um orçamento para cada estrutura dimensionada e a escolha da alternativa
economicamente mais vantajosa (Capítulo 5).
2
Capítulo 2. Revisão bibliográfica
Os muros de peso são estruturas de contenção que através do seu peso próprio e
dos esforços na base, reagem aos empuxos, garantindo estabilidade. Na Figura 1 são
mostradas as forças atuantes no muro de peso.
3
Figura 1 - Forças que atuam em um muro de peso (GEO-RIO, 2014)
Este muro também pode ser constituído com argamassa no assentamento das
pedras, a fim de atingir maior rigidez possibilitando maiores alturas. O uso da
argamassa, no entanto, extingue a eficiência drenante do muro, sendo necessários
dispositivos de drenagem. Na Figura 2 são demonstrados muros de alvenaria de pedra.
4
2.1.2.2 Muros de gabiões
A face deste muro é drenante devido as pedras não serem argamassadas, sendo
necessário, no entanto o uso de geotexil associado a uma camada granular junto ao
tardoz para evitar o carreamento dos grãos finos do solo.
(a)
(b)
Figura 3 - Muro de gabião: (a) gaiola metálica; (b) seções de muros típicas
(GEO-RIO, 2014)
5
Figura 4 - Seção transversal de muro de concreto ciclópico com a sua drenagem (GEO-
RIO, 2014)
6
Sacos de solo-cimento
Esse muro pode alcançar grandes alturas e sua seção típica é demonstrada na
Figura 6.
7
Figura 6 - Seção típica de um muro de solo reforçado com drenagem (GEO-RIO,
2014)
São muros feitos com concreto armado para resistir a esforços de flexão
provocados pelo empuxo.
Suas seções transversais na maior parte dos casos são em L (Figura 7(b)), porém
T invertido (Figura 7(a)) pode ser usado para proporcionar alturas maiores. Para
maiores alturas pode ser usado contraforte que possibilita um melhor desempenho
estrutural diminuindo a espessura da parede.
Quando há limitação de espaço para base e a fundação for resistente, podem ser
utilizadas ancoragens ou chumbadores na base do muro, atentando-se sempre para que a
execução destes não prejudique obras no futuro (Figura 7(c)). No caso de fundações em
solos menos resistentes, há a possibilidade de substituir esse material de baixa
capacidade por um material com boa resistência, através da compactação ou mistura
com cimento.
8
Ancoragem
Figura 7 - Muros de flexão: (a) seção T invertido (GEO-RIO, 2014); (b) seção
em L com ancoragem (GEO-RIO, 2014) e (c) seção com contrafortes
9
1° etapa
2° etapa
3° etapa
4° etapa
5° etapa
6° etapa
10
Superfície potencial
Parede de
de ruptura
concreto
armado Ancoragens
Quando a cortina é executada para conter um talude que vai ser cortado, sua
execução é realizada pelo método descendente em nichos. Cada faixa é escavada em
nichos alternados, executando as ancoragens nos trechos cortados. Já os trechos não
cortados terão a realização das ancoragens em seguida. Após a execução de todos os
tirantes da fileira, a cortina deve ser construída (forma, armadura e drenagem),
finalizando esta e repete-se o mesmo procedimento nas fileiras seguintes. A escavação
em nichos garante a estabilidade durante a obra, minimizando deformações
principalmente no caso de existir construções vizinhas. As ancoragens devem ser
fixadas em uma região estável e receber uma proteção a fim de evitar a corrosão. Na
Figura 11 as fases de execução da cortina ancorada são apresentadas.
A ancoragem é composta por calda de cimento e barra de aço e pode ser dividido
em dois trechos, o ancorado e o livre. O trecho ancorado transmite a carga de tração ao
terreno através da calda de cimento e o trecho livre transmite a carga de tração entre a
cabeça da ancoragem e o trecho ancorado.
11
Figura 11 - Fases de execução da cortina ancorada (GEO-RIO, 2014)
12
A execução do tirante é feita primeiramente com a perfuração, utilizando a
injeção de água que facilita esse procedimento e realiza a limpeza do furo. A barra de
aço, já definida em projeto, é inserida no furo com espaçadores para a sua centralização.
A proteção do trecho livre se dá através de um tubo de PVC, onde é fechado para não
ocorrer entrada da calda de cimento. A injeção de calda de cimento deve ser cessada
quando ocorrer o retorno pela boca do furo deste material puro. A seção transversal da
ancoragem é mostrada na Figura 12 e a seção longitudinal com os detalhes na Figura
13.
13
2.2 Empuxos de solo
quando o muro exerce esforço contra o solo, há aumento da tensão horizontal ( ' x ) até
o limite plástico chamado estado passivo, E p (Figura 14). Por fim, quando não há
14
deslocamentos relativos mínimos estimados para a mobilização dos estados plásticos
ativo e passivo de acordo com o tipo de movimento da estrutura (translação e rotação do
pé) estão indicados na Tabela 1.
Solo homogêneo;
Solo isotrópico;
15
Superfície do terreno plana;
Parede vertical da estrutura de contenção em contato com solo;
Sem atrito entre estrutura/solo, com empuxo paralelo à superfície do
terreno.
16
Figura 16 – Círculos de Mohr representativos dos estados limites e repouso
(GERSCOVICH, 2007)
17
1 3 1 3 1 3
cos ' sen '
2 2 2
1 3 3 1 3
cos ' c' 1 sen ' tan '
2 2 2
Sendo:
c - coesão do solo;
Terreno inclinado:
18
K p - coeficiente de empuxo passivo:
Terreno inclinado:
19
anula, conforme apresentado na Figura 19. Acima deste ponto não é necessário a
contenção, posto que não se tem tensões laterais positivas.
2c' q (5)
Z0
Ka
Os empuxos ativo e passivo são dados pela integral da tensão lateral do estado
ativo em função da profundidade, e é dado por:
h 2 K a (6)
Ea 2chK a qK a h
2
h 2 K p (7)
Ep 2chK p qK p h
2
20
Em casos de solos sem coesão, considerando-o homogêneo, o cálculo do
empuxo de terra atuante na contenção é obtido pela expressão.
h² K a (8)
Ea qK a h , para o estado ativo
2
h² K p (9)
Ep qK p h , para o estado passivo
2
21
Figura 20 - Diagrama de corpo livre para solos não coesivos
O peso próprio da massa de solo por comprimento unitário é calculado pela área
do triangulo que representa a cunha de ruptura multiplicada pelo peso especifico do solo
. Usando a Figura 20, o peso próprio pode ser, então, expresso pela Equação 10.
h² sen( ) ( 10 )
W sen( ) sen( ) qL
2sen
2
22
Conhecendo-se , são definidos os valores de W , R e Pa , este último através
do polígono de forças (Figura 20). Utilizando as leis dos senos neste polígono, tem-se:
Pa W Wsen( ) ( 11 )
P
sen( ) sen(180 ) sen(180 )
H 2 sen( ) sen( ) ( 12 )
Pa sen( ) sen( ) sen(180 )
2sen 2
dP
para encontrar a cunha crítica a 0 tem-se:
d
H 2 k a sen 2 ( )
E onde k a 2
2 sen( ) sen( )
sen sen( ) 1
2
sen( ) sen( )
23
O empuxo é calculado do mesmo modo que é calculado em solos não coesivos,
porém com a inclusão da força C e da adesão C w onde:
Cw cw EB e C c BC
Para os casos de solos coesivos, em que as trincas sejam preenchidas por água de
infiltração, esta parcela deve ser adicionada no polígono de forças.
Deve-se considerar para cada cunha a presença de água, caso ela esteja presente,
e sua pressão resultante. No equilibro das cunhas a força em relação à pressão da água
(U ) , que varia conforme o fluxo existente deve-se ser adicionada, conforme a Figura
22.
24
Onde: S1 = área da superfície OA
S 2 = área da superfície OM
U1 u1 S1
U 2 u2 S 2
C c ' S1
A cw S 2
25
2.2.4.2 Efeito da água
Como já mencionado no item 2.1 desde capítulo, existem diversos tipos de obras
de contenção. Diante disto, este item abordará como deve ser realizado o
dimensionamento de um muro e de uma cortina ancorada.
26
Figura 24 - Condições de estabilidade externa (GEO-RIO, 2014)
a) Ruptura global
b) Deslizamento
27
A capacidade de suporte da fundação usualmente é aumentada enterrando o
muro com D = 0,5m a 0,7m. Porém segundo GEO-RIO (2014) o empuxo passivo na
frente do muro geralmente é desconsiderado nesta análise. Esse procedimento é adotado
diante da possibilidade de escavação futuras na frente do muro. Deve-se garantir nesta
análise um fator de segurança ao deslizamento ( FS d ) maior ou igual a 1,5.
inclinação do empuxo de terra com a horizontal; N ' é a resultante das forças normais
efetivas atuantes na base do muro; Tmáx é máxima força resistente ao deslizamento em
N ' P Ea sen U v ( 13 )
28
Tmáx N ' tan ' sm ( 14 )
Tmáx ( 15 )
FS d 1,5
E a cos
solo ( ' ) . Com o peso específico do material do muro ( m ) e suas dimensões pode-se
calcular o peso do muro.
( B b) H ( 16)
P m
2
c) Tombamento
29
Para tal são analisados os momentos gerados pelos esforços atuantes no muro,
sendo necessários os momentos estabilizantes (resistentes) maiores que os
instabilizantes (solicitantes). O fator de segurança deve ser superior a 2, de acordo com
a Equação 17. Na Figura 26 também são expostos os esforços e seus pontos de atuação.
M est ( 17 )
FS 2,0
M inst
M est M inst ( 18 )
a
Rv
maior que 2,5. O fator de segurança é determinado pela Equação 19, onde q máx é
q máx ( 19 )
FS 2,5
máx
30
É necessário também que a resultante (R) da força de empuxo ( E a ) e do peso
do muro (P) passem pelo núcleo central (excentricidade inferior à 1/6 da largura d base)
da base do muro, garantindo apenas tensões de compressão na base.
2N
máx ( 20 )
bo
31
Para o cálculo de q máx em que a superfície de ruptura passa por solo homogêneo,
B' B 2e
2
Rh
iq 1
Rv B'.c'. cot an '
1 iq
ic i q
N c . tan '
i iq
3
2
Onde c ' é a coesão efetiva do solo onde muro está apoiado; ' f é o peso
qo ' f D ( 22 )
32
O cálculo da carga aplicada é dado pela resultante das tensões normais efetivas
na base do muro (N ' ) pela dimensão da base do muro.
q N ' / B' ( 23 )
e o ângulo de atrito modificado ( ' mod ) através de uma média ponderada considerando as
camadas cortadas pela ruptura.
Desta forma:
h1 1 ( H h1 ) 2 ( 25 )
mod
H
h1 c'1 ( H h1 ) c' 2 ( 26 )
c' mod
H
33
Após os cálculos de c' mod e mod , com estes novos valores, deve ser utilizado a
Os muros de peso são feitos por elementos sólidos e fortes como pedras e
concreto ciclópico por isso internamente apenas atuam tensões de compressão, sendo
pouco preocupante quanto à estabilidade interna. Já para os muros de concreto armado o
seu dimensionamento deve considerar as solicitações devido a sua esbeltez, sendo
dimensionados como estruturas de concreto armado seguindo a norma NBR 6118,
determinando a compressão do concreto e tração nas armaduras.
Os gabiões como são feitos de gaiolas de arame, estas devem ser analisadas
quanto às tensões de tração, através da geometria do muro. Na figura 29 são mostradas
as dimensões necessárias nesta análise.
34
TR ( 27 )
FS R 2
Tb
1 ' p H Ka ( 29 )
2
Tb (por metro)
2 n
Onde:
A cortina ancorada pode romper por diversos modos como por ruptura de talude,
ruptura dos tirantes e ruptura da fundação. O bom dimensionamento deve garantir que
esta não rompa, combatendo ao empuxo de terra e sendo ancorada em uma zona
naturalmente estável.
T Ea S h ( 30 )
35
Sendo T o somatório das cargas nas ancoragens na vertical por metro, S h o
espaçamento horizontal entre ancoragens e E a o empuxo ativo por metro sofrido pela
cortina.
cos ( 31 )
T E a S h
cos
36
T ( 32 )
N
Ttrabalho
A carga de trabalho máxima da ancoragem pode ser obtida a partir das cargas de
ensaio (Tensaio ) que são características da tensão de escoamento do aço ( f yk ) e da sua
Tensaio 0,9 f yk As ( 33 )
Tensaio ( 34 )
Ttrabalho
FS
Tbulbo ' z U Lb k f ( 35 )
37
Em solos argilosos a determinação de Lb além de basear-se em no perímetro da
Tbulbo U Lb S u ( 36 )
Para as ancoragens, a norma NBR5629 prescreve que o trecho livre ( Ll ) deve ter
no mínimo 3m de comprimento e que o comprimento total garanta que o centro do
trecho ancorado ( Lb ) esteja fora da zona potencial de ruptura.
38
2.3.3 Estabilidade global
Na análise da Figura 32, nota-se que há mais incógnitas por fatia do que
equações para solucionar, portanto um problema estaticamente indeterminado.
39
Figura 32 - Método das fatias: (a) massa potencialmente instável dividida em fatias (
GEO-RIO, 2014) e (b) forças atuantes na i-ésima fatia (GEO-RIO, 2014)
O método de Spencer faz uso do método das fatias, porém se diferencia dos
outros métodos por ser um método rigoroso, satisfazendo as três equações de equilíbrio
estático (equações de forças em duas direções e equação de momento) e por não
desprezar as forças entre fatias. Este método utiliza superfícies potenciais de ruptura
circulares ou não.
40
A Figura 33 mostra as forças atuantes em uma fatia da massa instabilizante,
segundo as hipóteses do método de Spencer.
Zn+1
+
Zn
As forças entre fatias são expressas por Z n e Z n 1 e sua soma igual a uma força
Q , com inclinação . Para garantir o equilíbrio global a soma das forças entre fatias
devem ter suas componentes na direção vertical e horizontal nulas. Já para solucionar a
indeterminação estática, Spencer propôs que esta inclinação fosse constante para
todas as fatias. Portanto fazendo equilíbrios de forças na direção horizontal e vertical
(Equação 37) e de momento (Equação 37) tem-se.
Q cos Qsen Q 0 ( 37 )
41
Q cos R 0 ( 38 )
42
Capítulo 3. Descrição da obra em investigações realizadas
Local de
implantação da
obra
43
: Localização aproximada
da contenção a ser
projetada
44
Perímetro
do prédio
45
Crista do talude
Plataforma horizontal
46
a medianamente compacta. Sotoposta a essas camadas, uma camada de areia fina e
média siltosa compacta até o impenetrável ao trépano de lavagem.
47
Figura 39 - Boletim da sondagem FS-06
48
Figura 40 - Boletim da sondagem SPT-19
49
Capítulo 4. Dimensionamento
-Cortina ancorada
Com base na representação topográfica das curvas de nível e dos dados do solo
obtidos pelas sondagens, como etapa inicial do dimensionamento, foram traçados 8
seções transversais com o programa AUTOCAD CIVIL 3D com o propósito de facilitar
o entendimento da configuração do terreno, conforme apresentado na Figura 41 que
indica o alinhamento desejado para a realização do corte do talude. As seções são
apresentadas nas figuras 42 a 49.
50
Alinhamento do
corte do talude
51
Seção A-A
Seção B-B
52
Seção C-C
Seção D-D
53
Seção E-E
Seção F-F
54
Seção G-G
Seção H-H
55
Baseando-se nas figuras 41 a 49 pode-se notar que o corte do talude a ser
realizado é dividido em 3 trechos; um de 15m de comprimento com 5,5m de altura,
outro com 6,45m de comprimento com altura variando de 5,5m a 3,5m e o terceiro de
23,40m de comprimento com 3,5m de altura.
Na sondagem SP-19 foi identificado uma camada de aterro para o qual só se tem
uma informação sobre índice de penetração N referente a profundidade de um metro da
superfície do terreno. Supõe-se que esse aterro é resultante de uma terraplenagem
realizada naquela área há, pelo menos, 3 anos.
Considerando que este aterro sofreu chuvas fortes durante os 3 anos desde que
ele foi executado e não sofreu ruptura, os parâmetros foram estimados supondo um fator
de segurança de, pelo menos, 1,1. Portanto, foram realizadas retroanálises de
estabilidade de talude através do método de Spencer para as duas seções (A-A e F-F),
restringindo somente rupturas no aterro (figuras 50 e 51). Foi empregado o programa
SLOPE/W para a realização das análises de estabilidade. Fixando-se uma coesão de
c' 5kPa e um peso específico 18 kN m³ , foram obtidos ' 17° na seção A-A e
' 22° na seção F-F para FS=1,1. Desta maneira optou-se por ' 22°, estando os
parâmetros considerados para esta camada apresentado na Tabela 5.
56
Figura 50 - Resultado da retroanálise na seção A-A
57
considerados valores típicos e correlações com os valores de N indicados pelos
seguintes trabalhos: TERZAGHI E PECK (1967) apud DO VALE (2002), PECK,
HANSON E THORNBURN (1974) apud DO VALE (2002), MEYERHOF (1956) apud
DO VALE (2002), DE MELLO (1971) apud DO VALE (2002) e KULHAWY E
MAYNE (1990) apud DO VALE (2002), conforme apresentados nas tabelas 6 e 7,
Figura 52 e Equação 39.
Tabela 7 - Correlações de ângulo de atrito com número de golpes do SPT (a) PECK,
HANSON E THORNBURN (1974) apud DO VALE (2002) e (b)MEYERHOF (1956)
apud DO VALE (2002)
58
Figura 52 - Gráfico que relaciona ângulo de atrito e o número de golpes do SPT (DE
MELLO (1971) apud DO VALE (2002))
0 , 34
N
( 39 )
' tan
1
12,2 20,8 ' vo
pA
59
Tabela 8 - Valores de ângulo de atrito para camada de areia siltosa de N=8
Terzaghi e Peck,Hanson e Meyrhof De Mello Kulhawy e Valor
N
Peck (1967) Thornburn (1974) (1956) (1971) Mayne (1990) adotado
8 30° 30° 33° 33° 34° 32°
Para cada camada foi adotado o valor médio do ângulo de atrito, obtendo-se os
valores expostos na Tabela 10.
Quanto ao arenito abaixo da camada de areia siltosa com N=17, foram adotados
os parâmetros indicados por relatório técnico do empreendimento (VILLELA, 2014)
(Tabela 11).
60
O peso específico do concreto ciclópico foi considerado como 25kN / m³ .
Seção A-A
N.A.
Rankine:
23
61
Na realização do diagrama de empuxo (Figura 54), o cálculo da ' v considerou
duas parcelas da massa de solo, uma acima do nível d’água ( 'v n Z1 ) e outra
Ea 106,01kN / m
Ew 16,2kN / m
Coulomb:
2
Em Coulomb, considerando (atrito solo-muro) igual a , ou seja,
3
21,33 (Figura 56), foi elaborada uma planilha para o cálculo de E a , partindo da
inclinação da superfície crítica (Anexo 1). No cálculo do peso da cunha P
consideraram-se duas parcelas da massa de solo, uma acima do nível d’água ( n sat )
62
(kN/m)
Os resultados são:
crítico 48
Ea 108,27kN / m
Ew 16,2kN / m
63
4.3.1.2 Seção F-F
Seção F-F
N.A.
Rankine:
24
duas parcelas da massa de solo, uma acima do nível d’água ( 'v n Z1 ) e outra
64
Figura 58 - Diagrama de empuxo do solo (a) e diagrama de empuxo da água (b)
Esolo 44,21kN / m
Eágua 7,2kN / m
Coulomb:
2
Em Coulomb, considerando (atrito solo-muro) igual a , ou seja,
3
21,33 (Figura 60), foi elaborada uma planilha para o cálculo de E a , partindo da
inclinação da superfície crítica (Anexo 1). No cálculo do peso da cunha P
considerou-se duas parcelas da massa de solo, uma acima do nível d’água ( n sat ) e
65
(kN/m)
Os resultados são:
crítico 47
Esolo 45,12kN / m
Eágua 7,2kN / m
66
Para o dimensionamento das estruturas de contenção foram considerados,
então, os valores de empuxo apresentados na Tabela 12.
Verificação ao deslizamento
67
Tabela 13 - Cálculo do fator de segurança (FS) ao deslizamento da seção A-A
B(m) b(m) P(kN/m) U(kN/m) N'(kN/m) Tmáx(kN/m) FS Aceitável
2,75 0,30 209,69 24,75 224,31 140,07 1,2 Não
3,30 0,30 247,50 29,70 257,17 160,60 1,4 Não
3,75 0,30 278,44 33,75 284,06 177,39 1,5 Sim
Verificação ao tombamento
O muro está enterrado com D 0,5m , porém nos cálculos isto não foi
considerado diante da possibilidade de largas escavações futuras na frente do muro.
68
Tabela 16 - Resultado do cálculo da capacidade de suporte da fundação e do fator de
segurança
B(m) b(m) qo(kN/m²) B’(m) q(kN/m²) qmáx(kN/m²) FS Aceitável
3,75 0,30 0,00 3,54 62,78 1588,55 25,3 Sim
Ruptura global
A área onde está sendo realizada esta obra apresenta risco médio de perdas de
vida, pois a circulação de pessoas será restrita a funcionários. Já o risco de perdas
materiais e ambientais é médio devido ao valor da edificação ser moderada e não
apresentar nenhum risco ambiental. Com isso, verificando a Tabela 4 do item 2.3.3.2,
considerou-se um fator de segurança mínimo igual a 1,3.
69
O fator de segurança é de 1,395, superior ao fator de segurança mínimo, assim
sendo aceitável o valor encontrado na análise computacional.
70
Figura 65 - Geometria do muro de concreto ciclópico na Seção F-F
Verificação ao deslizamento
Verificação ao tombamento
71
Verificação da capacidade de suporte do solo da fundação
O muro está enterrado com D 0,5m , porém nos cálculos isto não foi
considerado diante da possibilidade de largas escavações futuras na frente do muro.
Ruptura global
A área onde está sendo realizada esta obra apresenta risco médio de perdas de
vida, pois a circulação de pessoas será restrita a funcionários. Já o risco de perdas
materiais e ambientais é médio devido ao valor da edificação ser moderada e não
apresentar nenhum risco ambiental. Com isso, verificando a Tabela 4 do item 2.3.3.2,
considerou-se um fator de segurança mínimo igual a 1,3.
72
A superfície crítica juntamente com seu fator de segurança obtidos pelo
programa está na Figura 67.
73
Figura 68 - Dimensões da seção F-F
O cálculo do muro de concreto armado foi realizado de acordo com o item 2.3.1
e assim como o cálculo do muro de concreto ciclópico, foram verificados os 4
mecanismos potenciais de ruptura na seguinte ordem: por deslizamento, por
tombamento, do solo da fundação e global.
74
Tabela 21 - Valores de empuxo considerados
Seção A-A Seção F-F
Solo(kN/m) Água(kN/m) Solo(kN/m) Água(kN/m)
108,27 16,2 45,12 7,2
75
Tabela 22 - Cálculo do empuxo da seção A-A
B(m) b1(m) b2(m) Psolo(kN/m) Pmuro(kN/m) Ptotal(kN/m)
2,20 0,40 0,40 165,24 73,00 238,24
2,30 0,40 0,40 174,42 74,00 248,42
2,45 0,40 0,40 188,19 75,50 263,69
Verificação ao tombamento
O muro está enterrado com D 0,5m , porém nos cálculos isto não foi
considerado diante da possibilidade de largas escavações futuras na frente do muro.
76
Foi encontrado uma e 0,56m , o que indica que a resultante está fora do terço
central, ou seja, a base não está completamente submetido a compressão. Neste caso, o
cálculo da tensão máxima é definido pela Equação 20, e a mínima igual a zero (tabelas
26 e 27 e Figura 70).
Ruptura global
A área onde está sendo realizada esta obra apresenta risco médio de perdas de
vida, pois a circulação de pessoas será restrita a funcionários. Já o risco de perdas
materiais e ambientais é médio devido ao valor da edificação ser moderada e não
apresentar nenhum risco ambiental. Com isso, verificando a Tabela 4 do item 2.3.3.2,
considerou-se um fator de segurança mínimo igual a 1,3.
77
A superfície crítica juntamente com seu fator de segurança obtidos pelo
programa está na Figura 71.
78
Figura 72 - Dimensões da seção A-A
79
Cálculo do empuxo e verificação ao deslizamento
Verificação ao tombamento
80
Verificação da capacidade de suporte do solo da fundação
O muro está enterrado com D 0,5m , porém nos cálculos isto não foi
considerado diante da possibilidade de largas escavações futuras na frente do muro.
Foi encontrado uma e 0,35m , o que indica que a resultante está fora do terço
central, ou seja, a base não está completamente submetida a compressão. Neste caso, o
cálculo da tensão máxima é definida pela Equação 20, e a mínima igual a zero. (tabelas
32 e 33 e Figura 74).
Ruptura global
A área onde está sendo realizada esta obra apresenta risco médio de perdas de
vida, pois a circulação de pessoas será restrita a funcionários. Já o risco de perdas
81
materiais e ambientais é médio devido ao valor da edificação ser moderada e não
apresentar nenhum risco ambiental. Com isso, verificando a Tabela 4 do item 2.3.3.2,
considerou-se um fator de segurança mínimo igual a 1,3.
82
Figura 76 - Dimensões seção F-F
83
4.5.1 Cálculo do empuxo
E wv deverá ser resistida pela fundação. Ressalta-se que para a determinação de todas
84
4.5.2 Dimensionamento da seção A-A
85
Figura 77 - Análise no SLOPE/W da seção A-A com superfícies com FS<1,5
kN
T 235,44 2,50m 588,60kN 600,00kN
m
600
Tensaio 1,75 525kN
2
Sabendo-se a inclinação do tirante, a localização do bulbo, foi estimada a tensão
86
Considerando geometria da cortina, carga dos tirantes e comprimento do trecho
ancorado, foi analisada a estabilidade quanto à ruptura global no programa SLOPE/W.
A análise foi realizada pelo método de Spencer, com superfícies circulares passando
pelo pé da cortina. Foi obtido um fator de segurança de 1,324 (Figura 78).
e do peso próprio (P) são suportadas pelo terreno de fundação com a segurança devida.
87
Para a utilização da equação 21, considerando-se cargas atuantes verticais ( P e
E wv ), tem-se iq ic i 1. Na Figura 79 é apresentada a geometria da cortina na
seção A-A.
88
Nota-se que para esta geometria, a cortina não passa na verificação a capacidade
de carga da fundação. A fim de garantir segurança, a altura da cortina sofreu um
aumento de 0,50m , aprofundando-a mais a sua base para que o comprimento de
embutimento da mesma fosse aumentado de D 0,50m para D 1,00m e assim
pudesse ser considerado nos cálculos. O valor que será considerado como embutimento
será de apenas 0,50m pois há a possibilidade de escavações temporárias futuras na
frente do muro de até 0,50m. Os cálculos com a nova altura estão apresentados nas
tabelas 38 e 39.
89
Definidos a quantidade de tirantes, suas cargas de trabalho e espaçamento
horizontal, foram dimensionados os comprimentos dos tirantes.
Para a determinação do trecho livre e ancorado do tirante foram realizadas
análises no programa SLOPE/W. A análise foi realizada na seção do terreno com um
talude vertical onde será implantada a cortina, buscando e desenhando todas as
superfícies potenciais de ruptura com um fator de segurança FS<1,5. As superfícies
foram tratadas como limitantes para o posicionamento do bulbo, devendo ser
implantados abaixo de todas essas, conforme a linha indicada na Figura 80.
kN
T 97,59 3,50m 341,57kN 350kN
m
350
Tensaio 1,75 306,25kN
2
90
Sabendo-se a inclinação do tirante, a localização do bulbo, foi estimada a tensão
91
4.5.3.2 Análise da capacidade de carga da fundação
e do peso próprio (P) são suportadas pelo terreno de fundação com a segurança devida.
Para a utilização da Equação 21, considerando-se cargas atuantes verticais ( P e
E wv ), tem-se iq ic i 1. Na Figura 82 é apresentada a geometria da cortina na
seção F-F.
92
Desta forma o fator de segurança quanto à capacidade de carga da fundação foi
determinado, conforme a Tabela 41.
93
60
94
Painel P1
Painel P2
95
Painel P3
Painel P4
96
Painel P5
Painel P6
97
4.6 Drenagem das estruturas de contenção
98
Figura 94 – Vista frontal simplificada do trecho 3 (dimensões em mm)
99
Capítulo 5. Análise econômica e escolha da solução
5.1 Análise econômica das estruturas estudadas
100
Tabela 42 – Orçamento para muro de concreto ciclópico
101
Tabela 43 – Orçamento para muro de concreto armado
102
Tabela 44 – Orçamento para cortina ancorada
103
5.2 Escolha da solução
104
Capítulo 6. Considerações finais
105
Tabela 46 - Preços de cada opção
106
Capítulo 7. Referência bibliográfica
EHRLICH, M.; BECKER, L., Muros e taludes de solo reforçado: projeto e execução.
Oficina de Textos, 2009.
107
GERSCOVICH, D.M.S., 2007, Apostila Empuxo de terra Faculdade de Engenharia /
UERJ, Departamento de Estruturas e Fundações. Rio de Janeiro.
MOLITERNO, A., 1994, Caderno de Muros de Arrimo, 2ª Ed., Blucher, São Paulo,
Brasil.
VARGAS, M., 1978, Introdução à Mecânica dos Solos, Ed. Universidade de São Paulo,
São Paulo, MCgraw-Hill do Brasil.
108
Capítulo 8. Anexo
Anexo I
Figura 95 – Planilha utilizada para cálculo do empuxo na seção A-A para os muros
109
Figura 96 – Planilha utilizada para cálculo do empuxo na seção F-F para os muros
110
Figura 97 – Planilha utilizada para cálculo do empuxo na seção A-A para a cortina
111
Figura 98 – Planilha utilizada para cálculo do empuxo na seção F-F para a cortina
112
Anexo II
Figura 99 – Planilha utilizada para cálculo do muro de concreto ciclópico na seção A-A
113
Figura 100 – Planilha utilizada para cálculo do muro de concreto ciclópico na seção F-F
114
Figura 101 – Planilha utilizada para cálculo do muro de concreto armado na seção A-A
115
Figura 102 – Planilha utilizada para cálculo do muro de concreto armado na seção F-F
116