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Capítulo 1

o mercado lácteo
brasileiro no
contexto mundial

Kennya Beatriz Siqueira


Alziro Vasconcelos Carneiro
Marcos Franca de Almeida
Marcos Cicarini Hott
Daniel Auad Gama
Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

Introdução A modernização de um setor estagnado desde 1945 era a


f.tlflCJiçãonecessária para que fosse possível competir com os produtos
o Brasil é tradicionalmente um grande produtor de leite. ruportados e, posteriormente, para sua inserção no mercado interna-
A atividade, que começou com características extrativistas, já ocupa 1,IIlflal. Investimentos em tecnologia, produtividade e qualidade foram
posição de destaque no cenário econômico nacional, e é, atualmente, 11"limulados tanto pela iniciativa privada quanto pelo governo.
uma das principais atividades do agronegócio brasileiro. Em 2009, o O Plano Real, implantado pelo governo em 1994, influenciou o
País produziu 29,1 bilhões de litros de leite, gerando renda de utor positivamente, pois, ao proporcionar aumento de renda da
R$ 18,6 bilhões, o que corresponde a 11,2% do valor gerado pela •
Ili ipulaçáo. elevou o consumo de lácteos. Outro fator determinante para
agropecuária brasileira e 76,3% do valor gerado pela pecuária (IBGE, I Incremento da demanda de leite e derivados foi a incorporação do leite
2011). Considerando-se o valor da produção, o leite ocupa o terceiro IJIII nos hábitos alimentares do brasileiro. Apesar de o produto ter sido
lugar entre as commodities agropecuárias produzidas no Brasil, per- hlllÇAdo no Brasil em 1972, foi na década de 1990, e principalmente
dendo apenas para soja e cana-de-açúcar. r Itlpois da implantação do Plano Real, que as vendas desse produto
A pecuária leiteira está presente em quase todos os municípios 11"'lnçarampatamares elevados, superando as do leite pasteurizado.
brasileiros. Dos 5.564 municípios existentes no País, apenas 67 não As importações de derivados lácteos pelo Brasil, que envolviam
produzem leite. Entre os 100 municípios que mais produzem leite, 53 "lIfldes volumes na década de 1990, tornaram-se decrescentes na
têm o leite como a principal atividade econômica. Segundo o Censo tllH~llda seguinte, enquanto as exportações brasileiras passaram a ser
Agropecuário de 2006 (IBGE, 2011). do total de 5,17 milhões de esta- ti uncentes nesse período. Finalmente, a partir do ano 2000, ocorreu a
belecimentos agropecuários existentes no Brasil, 26% ou 1,35 milhão 111'11 ncão do País no mercado internacional de lácteos. Na Figura 1, é
dedicam-se, pelo menos parcialmente, à atividade leiteira.
600
No entanto, o setor ainda apresenta grande heterogeneidade ;n-
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entre os produtores, de forma que apenas 20% deles são classificados 2-
como grandes e respondem por 74% da produção nacional. E são '"
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esses produtores que têm ampliado a produção nacional, viabilizando a ==


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inserção do País no mercado internacional. A seguir, serão apresen- :::'
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tados dados históricos que mostram o posicionamento do agronegócio Q)

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brasileiro do leite no contexto mundial. 8 300

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Histórico do setor .""'o
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Sem dúvida, a década de 1990 foi a mais marcante para o :>

ronegócio do leite no Brasil. Logo no início, em 1990, o setor passou ]


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a conviver com o fim do tabelamento do preço do leite. Com a crise ;; N
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fiscal do governo, o tabelamento do preço do leite, tanto a nível de N N N N N N N N N N N

Ano
produtor quanto de consumidor, que vigorava desde 1945, teve fim.
Além disso, a abertura econômica promovida pelo governo brasileiro e Exportações - Importações

iacão do Mercosul também impactaram profundamente o segmento volução da balança comercial de lácteos brasileira
leiteiro. Nesse cenário, os agentes do setor lácteo brasileiro tiveram d 2010.
buscar enernetivas oare enfrentar a nova reali b0:10 om dados do MDle (BRASIL. 2011).
Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

possível observar o comportamento da balança comercial de leite e


derivados.
1.,2
O ano de 2004 ficou marcado pelo primeiro superavit alcançado
1 -
pelo Brasil na balança comercial de lácteos. Desde então, as exportações
brasileiras cresceram consideravelmente até 2008, quando se iniciou a 0/8 -
crise financeira mundial. Assim como ocorreu na maioria dos países, as
• África
exportações foram prejudicadas em 2009 e, desde então, o País einda o,
.Ásla
não conseguiu ampliar o volume de lácteos enviados ao exterior. 0,4 .Oceanla
No entanto, há expectativa de que as exportações de lácteos do Brasil • América Central e do Sul
retomem o crescimento no longo prazo e o País se torne um fornecedor 0,2 -
• América do Norte
de leite e derivados para o mundo.
o • Europa

Para entender melhor esse posicionamento do Brasil no contexto


mundial, procede-se à análise de algumas variáveis de relevância para
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o setor: produção, consumo e comércio internacional. Produção População

t11gura 2. Produção de leite e população nas principais regiões em relação


Produção de leite I() total mundial, entre 2002 e 2009 (%).
1111110:elaborado com base em dados de Clal (2010) e FAO (2011).

A produção mundial de leite de vaca em 2009 foi de 583 bilhões


de litros (FAO, 2011). Essa produção tem crescido a taxas médias
anuais de 2%, o que é maior que a taxa média de crescimento da
população mundial (1,2% ao ano) na última década. A Figura 2
evidencia as regiões do planeta onde a produção de leite tem tido
maior incremento.
Pela Figura 2, pode-se perceber que a produção leiteira é ';

proporcionalmente maior que a população nas regiões mais desen- }~


I "\lenda
volvidas economicamente (como Europa, América do Norte e Oceania). 1/lucluCllode leite (2009) ;I~!..~

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o que reflete a importância da produtividade no incremento da produção. 1Alé 1000
Ou seja, os grandes provedores de leite para o mundo continuam 11 000·10.000

ndo nações que investem em tecnologia para ampliação da produ-


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lividade e em melhoria da qualidade durante todo o processo produtivo. I 000.000·10.000.000
10000.000·30.000.000
ntretanto, na Ásia e na África, há um deficit de leite e derivados em Acima de 30 milhões
mparac;ão com a população. Por fim, a América do Sul tem uma I ~~m informacão
producão compatível com a sua população, o que possibilitará que essa IlIra 3. Distribuição espacial da produção de leite de vaca no mundo, em
roçião se torne exportadora se os investimentos em produtividade e ()(H),
iualidede forem realizados adequadamente. A Figura 3 apresenta 1""111 olnbolOdo com base em dados da FAO (2011).
listribuição espacial da oferta de leite de vaca no mundo.

I CI 17
Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial
CompoLitividado do agronegócio do leite brasileiro

Responsáveis por 44% de todo o leite de vaca produzido no rlll toneladas e a previsão é de aumento de 2,2% em 2010 e de 2,3%
mundo, os maiores produtores de leite são: Estados Unidos, índia, 11111/011(OECD; FAO, 2011).
China, Rússia, Brasil e Alemanha. A Alemanha, por sua vez, é a maior produtora de leite da União
No ranking da produção mundial de leite, os Estados Unidos l umpoia com 28 milhões de toneladas produzidas em 2009. Assim
sempre se destacaram como os maiores produtores. A produção I 111110todos os países do bloco, a Alemanha tem sua produção
americana concentra-se principalmente no Oeste e no Norte do país. I I11111
olada por cotas e ainda possui subsídios. No entanto, esse cenário
No entanto, a importância do Oeste tem aumentado por apeesentar IIIMJ mudar em 2015. Seguindo a tendência dos Estados Unidos e das
menor custo de produção em virtude das razões climáticas e III nnomias desenvolvidas, o país apresenta elevado nível de produti-
organizacionais. Na última década, a produção americana tem crescido li 111<
10: 6,6 t/vaca/ano (em 2009).
ataxas médias de 1,5% ao ano. Esse crescimento se deve principalmente uinto maior produtor de leite do mundo e primeiro da América
ao aumento da produtividade, que passou de 8,25 t/vaca/ano em 2000 IIII 'li 11, o Brasil tem continuamente ampliado sua produção a taxas
para 9,33 t/vaca/ano em 2009, o que coloca o país na primeira posição 1I1I1I11!1 médias de 4,0%, entre 2000 e 2009. No entanto, a produção
no ranking de produtividade. Dados da OECD e FAO (2011) indicam 11111111111 no País ainda é caracterizada por grande heterogeneidade, tanto
que, em 2010, houve acréscimo de 1,8% na produção americana. Para IIII~ tncnicas de produção quanto no rebanho e no tipo de produtores.
2011, a previsão é de crescimento de 1,8% na produção leiteira, e para ('I-'I! 11de 80% dos produtores de leite do Brasil são pequenos e
2012,1,4% (OECD; FAO, 2011). ill11llnlHlcm por apenas 26% do volume produzido, enquanto 20% dos
De acordo com Jesse et ai. (2006), apesar de ser a segunda maior IIIIIIIIIIOICS são classificados como grandes e respondem por 74%
produtora de leite do mundo, a índia tem a produção leiteira como um li" 111.xlucáo. Para os pequenos, a média da produção é de apenas
subproduto agrícola ou atividade suplementar para os pequenos pro- I[I,III/ostabelecimento/dia.
dutores. Por isso, o país persiste com baixos níveis de produtividade. No que se refere à distribuição geográfica, pode-se observar
A índia destaca-se também por possuir 15,2% do gado leiteiro do I I ltillll concentração da produção nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
mundo (38,5 milhões de cabeças), ou seja, quase o dobro do Brasil, I!!',II I, conforme mostra a Figura 4.
segundo colocado nesse ranking, com 22,3 milhões de cabeças. f\ltlEllmente, a região Sudeste responde por 35,8% da produção
Porém, cabe à China o grande destaque na produção de leite nos I•• 1"1111 cio Brasil, a região Sul por 30,8% e a região Centro-Oeste por
últimos anos. O país, que era o 1]0 maior produtor de leite em 2000 II,ll"/1I .!tl as regiões Norte e Nordeste detêm apenas 5,7% e 13,1%
com 8,6 milhões de toneladas, passou para terceiro lugar em 2009, 111 I u I li 111<;(10nacional, respectivamente. O Estado de Minas Gerais é
alcançando o volume de 35,5 milhões de toneladas, o que representa I" 111111111 produtor de leite do País com um total de 7,9 milhões de
um incremento de aproximadamente 311,4% na produção em apenas FHII11rlllllliproduzidas em 2009. Em seguida, vem Rio Grande do Sul,
nos. Esse avanço ocorreu, principalmente, por causa da ampliação i \.illIl1l1, Cioiás, Santa Catarina e São Paulo. Porém, os estados da
o rebanho que atualmente é o quarto maior do mundo. A estimativa 1111111'111 ~)III apresentam os maiores níveis de produtividade do País:
OECD e FAO (2011) é de aumento de 10% na produção chinesa em IIlltI ),') l/vaca/ano e 2,4 t/vaca/ano, enquanto a média brasileira é
2010, de 8% em 2011 e de 6% em 2012. 10 11:1 I!vilcn/ar
Com o fim da União Soviética e dos incentivos governamentais, I 1111
(lI nte notar também que a produção de leite tem se
Rússia enfrentou uma fase de queda na produção de leite. Porém, IJIII Idldo ()I)) l regiões do País. Entre 2000 e 2009, as regiões
m 2005, o governo lançou um programa de subsídio com objetivo d IJII Iltlldmllo o N umentaram a produção em 83,1%, 76,6% e
retomar o crescimento da produção e de atingir 90% da autossuficiênci 1'"'111 roupoctlvnr nte. enquanto a região Sudeste, principal produ-
tó o 'final de 2011. Em 2009, a produção da Rússia atingiu 32,3 mil h ~ 11]1I til I IllIrn, roulsu u um incremento de apenas 21,5%.

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Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial
Competluvldade do agronegócio do leite brasileiro

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Figura 4. Distribuição espacial da produção de leite no Brasil, em 2009. ~
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Fonte: elaborado com base em dados do IBGE (2011).
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A sazonalidade da produção do leite no Brasil, que era considerado


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um grande problema na década de 1990, já diminuiu consideravelmente. N o
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Porém, ainda está elevada se comparada com outros países. A Figura 5 « ~ 1.3
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apresenta a variação mensal da produção de leite no Brasil, Estados ~ 8 E .~
Unidos, Argentina e Reino Unido nos últimos anos. 6 ~ li ro
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Nos países do Hemisfério Norte, como Estados Unidos e Reino o ~ ~ ~
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Unido, onde predominam sistemas em que os bovinos ficam confina- _ ~f/I"O o
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dos, a sazonal idade da produção tende a ser menor. Nos Estados c~ ~:;
Unidos, a sazonalidade nos últimos anos foi de 10,97%, enquanto no ~ o
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Reino Unido foi de 19,12%. Pela Figura 5, nota-se também que esses :::2: ....: \- (/)

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países apresentam picos de produção entre março e maio. Já a pro- c • ~~E
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dução no Hemisfério Sul é maior entre outubro e janeiro. No caso do :2 i:> -0- o

Brasil, a sazonal idade calculada foi de 20,28%, um pouco acima do


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valor do Reino Unido, porém inferior à da Argentina, 27,47%. Isso indic


le os produtores brasileiros estão aprendendo a lidar melhor com R
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Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

Com uma produção mais constante ao longo do ano, a indústria A maioria dos estabelecimentos de processamento de leite do
de laticínios brasileira também tem se beneficiado. De acordo com Ilnl" ostá localizada nas regiões Sudeste e Sul, ou seja, próximo dos
Brasil (2010), o País conta com 1.519 estabelecimentos de captação de 1I!lIInlOS mercados consumidores. Considerando o volume captado de
leite e produção de derivados lácteos. A Figura 6 mostra a localização 1111/11 om 2009, as maiores empresas de laticínios do Brasil são: DPA,
desses estabelecimentos. ~ II1I1 Leite Brasil, Itambé, Italac, Embaré, Laticínios Bela Vista, Centro-
"'1/11, Confepar, Danone, Grupo Vigor, Frimesa, Jussara, CCL. Juntas,
mpresas captam 29,7% do leite do Brasil, portanto não há
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nesse mercado.
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nsumo de leite e derivados
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I)e acordo com o Usda (2011), em 2010 foram consumidos
11]0 milhões de toneladas de leite e derivados no mundo, o que
li'IIIU!ionta uma média de consumo de 24,5 kg per capita. Portanto,
'111111)( 10se fala de consumo de leite e derivados, os valores encontrados
'"9 11111 Iuuoria dos países ainda estão muito abaixo dos níveis recomendados
~
~ ~ 1111/11 1ood and Agriculture Organization (FAO), que são de 256 L/ano
11111111;1 iancas e de 183 L/ano para adultos. A Figura 7 mostra o consumo
(11111)11[0 de leite no mundo em 2009.

A Figura 7 evidencia uma discrepância muito grande entre os


IIlvlIl'i cio consumo de leite dos países. Enquanto na União Europeia o
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Número de estabelecimentos IrIO 100


Unidades
Sistema de Coordenadas Geográficas
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• 1 (lat/long) Datum SAD69 Alllrnn CIe 300
1',""l(i[l(IO~,~
_ Estabelecimentos
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Figura 6. Distribuição geográfica dos estabelecimentos de processamento
de leite no Brasil, em 2010. . M{1(?{1do consumo aparente de leite no mundo, em 2009.
I=onto: oleborado com base em dados do Mapa (BRASIL, 20101. L,illll 11!I,IIIIIIHlo OOl1lllOl10 0111 (Iodos do IFCN (HEMME et al., 20101.

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Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

consumo de lácteos está próximo de 300 kg/habitante/ano, na J:hina utro grande mercado consumidor de lácteos é a União Europeia.
esse consumo é de apenas 28 kg/habitante/ano. Porém se conside- u bloco econômico, juntamente com os Estados Unidos, está entre
rarmos o consumo total de lácteos do país, destacam-se: índia, União 11(iucas regiões do planeta que possui níveis de consumo de leite
Europeia e Estados Unidos, conforme mostra a Figura 8. I 1111/1 cio valor recomendado pela FAO. Ambas as regiões destacam-
Na Figura 8,nota-se que a índia é o maior consumidor de lácteos 1I [ulucipalmente pelo consumo de queijo, que foi de 6,5 milhões de
do mundo. Apesar de apresentar baixos níveis de consumo per capita 1IIIIIIIIIdl1sna União Europeia e de 4,6 milhões de toneladas nos Estados
de leite e derivados, a índia tem 1/6 da população mundial; por isso, 111111\!)!l,om 2010.
atualmente, é o mercado mais importante do mundo para os produtos Com uma população de 1,37 bilhão de habitantes, renda crescente
lácteos. Além disso, o crescimento açelerado do PIB do país também 1IIIIltmlalização dos hábitos alimentares, a China ocupa posição de
contribui para estimativas crescentes de demanda de lácteos. A OECD "mlrH 1110no consumo de lácteos. Em 2010, os chineses consumiram
e FAO (2011) estima que houve um crescimento próximo de 2% no IUII dll 12 milhões de toneladas de lácteos e, de acordo com Eisler
consumo de lácteos da índia em 2010. Para 2011, é previsto um I) lU), usse consumo deve aumentar 7% anualmente até 2012, ao
incremento de 8,3%, com o país se aproximando de 53,3 milhões de n quo o crescimento do consumo mundial deve ser de 2,2% ao
toneladas de derivados lácteos consumidos.
111) Brasil, o consumo de lácteos foi crescente até 2006,
nnumdo queda nos anos seguintes e retomada do crescimento
(lO!)/ como mostra a Figura 9.
Estados Unidos
1)11ncordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de
Ucrânia
!lO!! )()()D do IBGE (2011), o brasileiro gasta em média 7,9% da sua
Rússia 111[1,1 1111111881 com leite e derivados, o que coloca esse setor como
México
\I" I um importância, atrás apenas da carne, que representa 15,1%
1111
dll'lj li lllf1S das famílias brasileiras com alimentação.
Japão
1os progressos econômicos que o Brasil tem alcançado nos
1.1111
índia
ilII1iU~1 111
j( )~l, o consumo de alimentos de modo geral deve se elevar.

EU-27

China

Canadá
11111111 10.753

Brasil

Austrália

Argentina

o 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000

Consumo total de leite e derivados (t) 1111\ 7004 2005 2006 2007 2008 2009

Ano
Figura 8. Consumo total de leite e derivados em países selecionados, em
2010 (em toneladas). rasil entre 2003 e 2009.
Fonte: elaborado com base em dados do Usda (2011). IlIliO" fH li 1 I 11111IlMtlO 0111<lmlno Cio Fislor (20'10).

~ 2
Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

Eisler (2010) estima que, até 2012, o consumo de lácteos dli País lu 1. Continuação.
deverá apresentar anualmente um aumento de 3%. Se a tendência de 11.1':110S da classe sh4-0404 Importações da classe sh4-0404
2009 continuar, os maiores incrementos devem ocorrer nas categorias: Total 2.589
2.705
leite fermentado, leite em pó e iogurte. Holanda 379 14,6%
441 16,3%
420 15,5% China 284 11,0%

Comércio internacional de lácteos 1I1(\l1dia 353 13,0% EUA 222 8,6%

, 'lIl~ da classe sh4-0405 Importações da classe sh4-0405


Em virtude da característica regional inerente aos derivados 4.695 Total 4.241
lácteos, apenas 5% da produção mundial é comercializada internacio- 950 20,2% França 502 11,8%
nalmente. Porém, com a retomada do mundo pós-crise e a expectativa 625 13,3% Alemanha 401 9,5%
de ampliação do consumo em países deficitários em leite, esse Reino Unido 372 8,8%
529 11,3%
comércio deve se expandir nos próximos anos. A Tabela 1 apresenta
_1111.1' rlll~, da classe sh4-0406 Importações da classe s:h4,0406
um resumo do comércio internacional de lácteos.
22.744 Total 21.787

11111111111111 3.604 15,8% Alemanha 3.397 15,6%


Tabela 1. Comércio internacional de lácteos em 2009 (em milhões US$). 8,5%
, .1111,1 3.478 15,3% Reino Unido 1.849
E..xQ?rtações totais de láctees'" "
Importações totais de lacteos'" lilllillllll 2.739 12,0% Itália 1.849 8,5%

Total 51.830 Total 49.271 11 1111"111 11\1 como o total de lácteos a soma dos produtos das subclasses do Sistema
Alemanha 7.546 14,6% Alemanha 5.400 11,0% 1111111111111.'111111()~O·I. 0402, 0403, 0404, 0405 e 0406.
França 6.223 12,0% Itália 3.884 7,9% 1,11111111110com base em dados do Comtrade (2011).
Holanda 5.417 10,5% Reino Unido 3.130 6,4%
xportações da classe SH4-0401 Importações da classe SH4-0401
Total 6.063 Total 5.841
( 1111 \() so pode observar pela Tabela 1, quando se fala de
Alemanha 1.401 23,1% Itália 1.068 18,3%
11i11IrH.,I\() do lácteos, os países da União Europeia destacam-se,
França 688 11,3% Alemanha 881 15,1 %
HII 11111111>1110: Alemanha, França e Holanda. Os três países estão
Bélgica 513
Exportações da classe SH4-0402
8,5% França
Importações
560
da classe SH4-0402
9,6%
1 I" 1!l! 11111101 os exportadores de praticamente todos os derivados

I~III ?009, a Alemanha foi responsável por 14,6% das


Total 11.995 Total 11.285
totnis de lácteos, a França por 12% e a Holanda por 10,5%.
Nova Zelândia 2.704 22,5% Argélia 800 7,1%
Holanda 1.254 10,5% China 584 5,2% do, a União Europeia destaca-se por ser um bloco
Alemanha 985 8,2% Holanda 538 4,8% mercadorias, com países que utilizam a mesma
@;<portações da classe SH4-0403 Importações da classe SH4-0403 reduzidas distâncias entre os países, o que facilita
Total 3.627 Total 3.528 s lácteos entre as fronteiras. No entanto, assim
Alemanha 775 21,4% Reino Unido 503 14,31'11 tados Unidos, a União Europeia é também um
França 726 20,0% Itália 320 9,1% lácteos. Portanto, entre os países da Tabela 1,
Bélgica 387 10,7% Espanha 301 8,5% racteriza-se por ser um grande exportador
nLI111 1/1

I
Competitividadedo agronegóciodo leitebrasileiro Capítulo1- O mercadolácteobrasileironocontextomundial

A produção de leite da Nova Zelândia é conhecida como ursa das Apesar de ter exportado um grande volume de lácteos em 2008,
mais eficientes do mundo, não havendo subsídios ou suporte do I '111'1apresentou queda significativa das exportações nos anos
governo. Por possuir uma população relativamente reduzida e, nnnros e atualmente exporta menos de 0,2% da sua produção.
consequentemente, um mercado pequeno para leite e derivados, 95% Considerando o ano de 2008, que foi o período de maior
dos lácteos produzidos na Nova Zelândia são exportados. pllllnção de lácteos pelo Brasil, pode-se dizer que as exportações
No entanto, nas importações de leite e derivados há maior 111,111111 as concentram-se principalmente na América e na África, o que
diversificação de países. Pela Figura 10, é possível visualizar melhor os "l'lIl'lIl1l10U 93% do total exportado pelo Brasil em 2008. Para Ásia
principais fluxos de comércio de lácteos do mundo. L 1111l1>1I,o Brasil ainda tem exportado pouco, conforme mostra a
O maior fluxo de comércio do mundo é o de queijos da União I',,,iI 1 '),

Europeia para os Estados Unidos. Em 2009, esse fluxo foi de


US$ 757 mil. Outro grande fluxo de comércio é o de queijos da União 7., Ixportações de lácteos do Brasil por região em 2008 (US$).
Europeia para a Rússia. Estados Unidos e Rússia importam também _ ••• w .. o •• -r,,--
Ásia Europa Oceania Total
grandes volumes de manteiga. Além disso, Venezuela e México América
'0
África
_.
9.422
-'. ,

10.811.127
.. - - &~-

sobressaem como grandes importadores de leite em pó, e o Japão ili 3.854.143 67.829 6.879.733
como importador de queijos. 39.302733 22.580.228 5.059.221 1.709.397 356.107
1-1111,11111'111(\0 69.007686
Entre os derivados lácteos comercializados mundialmente, os 11111" 309.203.56765.359.304 8.867.875 193.322 383.624.068
queijos merecem destaque visto que representam aproximadamente 1.083.815 6.914.261 3.642.837 1.032.106 12.673.019
"'1)'[111
44% do valor total das exportações de lácteos. Em seguida, vem o 111111 18.001.377 4.408003 6.755.399 745.925 77.701 29.988405
leite em pó com 23% das exportações. 3.141.404 19.703 378 2.003 3.163.488
74.587039 99.349328 31.205443 3.692.175 433.808 509.267.793
11111111111111
com base em dadosdo MDIC(BRASIL,2011).

••• ~~'P' ~::.....~ _

11111 /\llIÓr ica. OS produtos lácteos brasileiros vão principalmente


1 Auiouca Latina. Essa concentração das exportações para a
11"1111./1 1IIIIIlft reflete a proximidade geográfica desses mercados e
IH'Jlrlflllxlulóncia de subsídios à exportação e barreiras à importação,
jwti, illll)(J( 10m o acesso dos produtos brasileiros a determinados
Legenda 11111Illll1nlo, o Brasil deve estar atento para o fato de que as
Cor da seta = produto
_ leite em pó desnatado 1111111'. '1111nmoricanas estão crescendo e despertando interesse
• Queijo
_ Leite em pô integral 1llIldll'l IlxllOf tadores de lácteos como Austrália e Nova Zelândia .
• Manteiga
Largura da seta = valor em milhões de U$
_ us soo 1.1' 11111(11~ll~llcia e os acordos na região privilegiam o Brasil no
- U$100
1I i, I di, !lIOc!IIIOS lácteos com a América Latina, porém a manu-
"" I HII)«(l~l1>1ecos o a garantia da qualidade dos produtos são
1111\ 1IIIIrllll()!l nosso comércio.
Figura 10. Maiores fluxos de comércio de lácteos em 2008 (em milhõ
dólares). IlIlulll'1'1I\lll0 considerar que, mesmo no auge das exportações
Fonte:adaptadode Corntrada (20'11). (\tI 11II!(), o [3msil exportou pouco para os países asiáticos.

7.0 20
Capítulo1 - O mercadolácteobrasileirono contextomundial
Competitividade
do agronegóciodo leitebrasileiro

Esses mercados têm considerável potencial de crescirnenter do li 1111)\1 deficit de US$ 175 milhões em 2010 e de US$ 215 milhões
I 1IIIIIIoiro semestre de 2011. A taxa de câmbio em vigor nesse
consumo, visto que a renda está crescendo e a dieta desses povos
iI li 1I1t) torna o custo de produção de leite brasileiro em dólar um dos
está se tornando mais ocidental. No entanto, esses países estão
I., ,illo!l do mundo, como pode ser visualizado na Figura 11.
importando principalmente da Austrália, não somente pela distância,
mas também pela existência de acordos de comércio entre eles.
~ Brasil -- Nova Zelãndia -- ESotadosUnidos --União Europeia
Além disso, pela Tabela 2, pode-se observar que os principais
produtos exportados pelo Brasil são: leite condensado, leite em pó
integral e queijos. O leite condensado é o derivado lácteo em que o
Brasil tem se mostrado mais competitivo no mercado internacional.
Desde 2004 até dezembro de 2010, já foram enviadas 250 mil toneladas
do produto para o exterior. Porém, o produto mais exportado pelo Brasil
é o leite em pó integral, que tem sido enviado anualmente para mais de
50 países. A Tabela 3 apresenta os principais compradores de lácteos
do Brasil.

Tabela 3. Principais importadores de lácteos do Brasil (em US$).


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.. US$ (I) ~ ~ (J) ~ ~ (J) ~ (J} ~
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_. _!~•.•. ~'11'''''''' 1I.>s." ••• ,_

Venezuela 42.137.810 28,5 32.081.962 20,6 Mês/Ano

Angola 17.776.863 12,0 14.438.404 9,3 1 1110(;0 do leite em países selecionados.


iI'llIllIilll 1111Copea(2011), Eurostat(2011) e Usda(2011).
Filipinas 6.936.979 4,7 10.482.600 6,7

Argélia 8.442.058 5,7 8.663.118 5,6


CllllllHllndo com Estados Unidos, Nova Zelândia e União
Argentina 9.968.591 6,7 8.203.401 5,3
\)11111, 110 mlcio dos anos 2000 o Brasil apresentava o menor preço
Colômbia 630.637 0,4 6.701.209 4,3 hlllfi l\lu entanto. com as mudanças na taxa de câmbio, o leite
Fonte:elaboradocom baseem dadosdo MDIC(BRASIL,2011). Ir 111111!11r'1 entre os mais caros do mundo. Com isso, a exportação
111111111/1( IfI o o mercado se volta para as importações, especialmente
A Venezuela é O maior comprador de lácteos do Brasil. Su i'l' I Vl/lllll0S, como Argentina e Uruguai.
compras geralmente são equivalentes a 20% do valor exportado pel
Brasil (com exceção do ano de 2008, quando elas chegaram a 60%)
ões finais
nglobam principalmente leite em pó. No continente africano,
randes parceiros do Brasil são Argélia e Angola. to, é possível perceber que, depois de uma
orérn, é importante ressaltar que, com a
"fim do tabelamento, à abertura comercial e a
tance comercial de lácteos do Brasil "foi rnuit 1111111()lllit:tls, O setor lácteo brasileiro está prosperando. Apesar

MDIC (BRASIL, 2011), a balança comorei


ti Itl Ilplll'lOlllfll nlvols baixos de produtividade, a produção tem

.H
Competitividade do agronegócio do leite brasileiro Capítulo 1 - O mercado lácteo brasileiro no contexto mundial

crescido a taxas acima do crescimento mundial, e o País tem se rnastido HlIlll, I . Oportunidade de crescimento do setor leiteiro. In: CONGRESSO
entre os grandes produtores de leite do mundo. II AMI RICANO DO LEITE, 11.,2010, Belo Horizonte. Palestra ... Belo
"I 'I" 1111:
I-EPALE, 2011.
Do lado da demanda, o cenário é favorável. A demanda doméstica
por lácteos está em expansão, assim como a demanda mundial, 111111'.1
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portal/page/portal/statistics/search_database>. Acesso em: 15 ago.
impulsionada principalmente por índia e China.
1111
Porém, o mercado internacional ainda é uma incógnita para o
II 1111111
1111d
Agriculture Organization. Disponível em: -cwww.fao.orq».
Brasil. O cenário anterior à crise era de crescimento de exportações e 1111/11'
76 jul. 2011.
redução contínua das importações, gerando saldos cada vez maiores
para o segmento lácteo. A expectativa era de que o Brasil se tornaria 111111111110
Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema de recuperação
unnções - SIDRA. Disponível em: -chttpzwww.sidra.ibqe.qov.br».
um dos grandes fornecedores de leite em pó para o mundo. No entanto, 1111I11lago. 2011.
a taxa de câmbio atual tem desestimulado os exportadores. Todavia,
pode-se afirmar que o País já está pronto para enfrentar o mercado O. A. IFCN Dairy Report 2010: for a
11 I, AI QAISI, O.; NDAMBI,
I 11I1I11I1'lIflndingof milk production
world-wide. Kiel: International Farm
externo e, à medida que os fatores adversos da crise de 2008-2009 se lint 111111
Notvvork. Dairy Research Center, 2010.
exaumem, o setor lácteo brasileiro ocupará seu lugar no mercado
mundial. I, I V,
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12
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Gado de Leite
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

COMPETITIVIDADE
DO AGRONEGÓCIO
DO LEITE BRASILEIRO

Lorildo Aldo Stock


Rosangela Zoccal
Glauco Rodrigues de Carvalho
Kennya Beatriz Siqueira

Editores Técnicos

Embrapa Informação Tecnológica


Brasília, DF
2011

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