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Caso clínico: Asma Notas para auxílio do formador

À chegada ao local, vítima encontrava-se agitada na rua, com


Activação para Revalvito, freguesia de Santa Eufémia, para vítima do sexo feminino, 24 anos, com dificuldade respiratória evidente. Encontrava-se a fazer
dispneia intensa com pieira. Antecedentes desconhecidos. Nº Ficha CODU 987654 exercício físico (corrida), quando começou a crise, de modo
súbito. Queixa-se de falta de ar, encontra-se muito ansiosa

O formando verifica? EXAME DA VÍTIMA


Sim Não Avaliação inicial:
1)        Garantir as condições de segurança
2) Garantir precauções universais
2)        Verificar o estado de consciência da vítima (consciente/inconsciente)
Se inconsciente, pedir ajuda

EXAME PRIMÁRIO – Identificar e corrigir situações de perigo imediato de vida – não


devemos esquecer que não se avança na sequência da avaliação se não tivermos corrigido
um problema anteriormente identificado.

A – VIA AÉREA
1.Observar a cavidade oral:
·          Algum objecto estranho, dentes soltos, sangue, vómitos, secreções?
·          Na presença de alguma das situações anteriores devemos:
- Remover com precaução o objecto;
- Aspirar a cavidade oral cuidadosamente (risco de vómito);
- Verificar se a aspiração foi eficaz.
2.Permeabilizar a via aérea:
- Extensão da cabeça ou elevação do maxilar inferior.
3.Usar adjuvante da via aérea (se inconsciente e sem lesões faciais de maior)
- Tubo de Guedell.

B – VENTILAÇÃO
1.VOS durante 10 segundos:
VER se existe movimentos torácicos;
OUVIR se existe ruídos de saída de ar pela boca ou nariz da vítima;
SENTIR na sua face se há saída de ar pela boca ou nariz da vítima.
2.Características da ventilação:
- Frequência (rápida / normal / lenta); rápida
- Amplitude (superficial / Normal / profunda); Superficial
- Ritmo (regular / irregular) irregular
3.Outros sinais:
- Cor da pele (sinais de cianose); cianosada
- Ruídos respiratórios (se possível, posicionar, ex: sentar); pieira, ingurgitamento jugular
- Simetria torácica;
- Integridade da parede torácica;
- Uso dos músculos acessórios e/ou abdominais; uso musculos jugulares e abdominais
- Tiragem intercostal / supra-esternal / supraclavicular.
4.Oxigenoterapia:
- Máscara de O2 / cânula nasal / sonda nasal; O2 a 15 litros/minuto
- Insuflador manual ligado a fonte de O2.

C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLO DE HEMORRAGIAS


1.Palpar pulso central – 10 segundos (se inconsciente).
2.Palpar pulso radial – 10 segundos (se consciente).
3.Avaliar características do pulso:
- Frequência (rápido / normal / lento); rápido
- Amplitude (cheio / fino); cheio
- Ritmo (regular / irregular). regular
4.Avaliar características da pele:
- Cor (rosada, pálida); cianosada
- Temperatura (fria, quente); normal
- Sudorese (seca, húmida). seca
5.Pesquisar sinais de hemorragias evidentes:
- Hemorragias graves visíveis:
* feridas, epistaxis, hematúrias, metrorragias, otorragias,…
- Hemorragias ocultas (palpação abdominal / bacia / ossos longos):
6.Avaliar preenchimento capilar (normal se menor do que 2 segundos).
7.Avaliar Pressão Arterial (se alguém disponível).

D – DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
1.Avaliação do estado de consciência (quantificar a resposta da vítima)
A – Alerta; alerta
V – Responde à estimulação verbal;
D – Responde à estimulação dolorosa;
S – Sem resposta.
2.Avaliação das pupilas:
Tamanho:
- Contraídas (mióticas);
- Médias (normais); normais
- Dilatadas (midriáticas).
Simetria:
- Simétricas ou isocóricas; simétricas
- Assimétricas ou anisocóricas.
Reactividade à luz:
- Reactivas; reactivas
- Não reactivas.
3.Lateralização da resposta motora dos membros superiores e inferiores:
À estimulação verbal (se consciente):
- Avaliação da sensibilidade / mobilidade / força dos membros
superiores e inferiores;
- Comparação da força e mobilidade dos membros superiores e
Inferiores bilaterais.
À estimulação dolorosa (se inconsciente):
- Verificar a simetria dos movimentos bilaterais.
Caracterizar dor

E – EXPOSIÇÃO COM CONTROLO DE TEMPERATURA


Expor procurando lesões
1.Atender à privacidade:
- Expor apenas o necessário;
- Domicílio / Rua / Ambulância;
- Mulheres / Crianças / Idosos.
2.Manutenção da temperatura corporal (risco de hipotermia)

SE APÓS OU DURANTE O EXAME PRIMÁRIO (CERCA DE 90 SEGUNDOS) A


VÍTIMA APRESENTAR SINAIS DE GRAVIDADE DEVEMOS AVISAR Avisar CODU
IMEDIATAMENTE O CODU!

EXAME SECUNDÁRIO – Identificar e corrigir situações que podem agravar o


estado da vítima

SINAIS VITAIS
1.FR- Frequência Respiratória (FAR):
Frequência (nº de ciclos/min – valores adulto entre 12 e 20 ciclos);
- Bradipneia – menor que 12 ciclos/min;
- Taquipneia – maior que 20 ciclos/min. 34 ciclos
Amplitude (superficial / normal / profunda; superficial
Ritmo (regular / irregular) regular
2.FC – Frequência cardíaca (FAR):
Frequência (nº pulsações/min – valores adulto entre 60 e 100):
- Bradicardia – menor que 60 pulsações/min;
- taquicardia – maior do que 100 pulsações/min. 110 ppm
Amplitude (cheio / fino); cheio
Ritmo (regular / irregular) regular
3.TA – Pressão Arterial:
Pressão sistólica (pressão máxima); 145
Pressão diastólica (pressão mínima). 87
4.T – Temperatura:
Hipertermia (temperatura elevada - > 37,5°C);
Sem febre ou apirético (de 35°C a 37,5°C); 36.5
Hipotermia (abaixo do valor normal - < 35°C).
OUTROS SINAIS
Glicémia Capilar – avaliada se suspeita de alteração do nível açúcar no sangue: 125
- Hipoglicémia – se inferior a 50 mg/dl;
- Hiperglicémia – se superior a 200 mg/dl.
Oximetria de Pulso – avaliar se existir monitorização disponível (SpO2) 86 (com O2 melhorou para 94)

CHAMU
C – Circunstâncias da ocorrência; Começou de repente, enquanto fazia desporto
H – História de doenças anteriores;
A – Alergias; pó de pinheiros
M – Medicação; Ventilan (SOS). Fez a bomba agora, mas sem alívio
U – Última refeição. há 3 horas

Observação Sistematizada – exame da vítima, da cabeça aos pés, na tentativa de Vítima incapaz de concluir uma frase sem interrupção, devido
identificar lesões que possam ter escapado à observação no exame primário: ao cansaço

Observar e palpar na pesquisa de:


- Feridas;
- Escoriações;
- Perda de líquidos pelos orifícios naturais;
- Hematomas;
- Edemas;
- Equimoses;
- Deformidades;
- Lacerações;
- Depressões;
- Crepitações.

Iniciar o exame a partir da cabeça; a vítima não deve ser movimentada mais do que o
necessário. Se, durante o exame, suspeitar de alguma lesão grave, deve-se interromper o
exame e prestar os cuidados de emergência adequados.

1 – Cabeça e face;
2 – Pescoço;
3 – Ombro e clavícula;
4 – Tórax e abdómen;
5 – Coluna dorso lombar;
6 – Pélvis
7 – Membros Inferiores
8 – Membros Superiores

Actuação
·          Manter atitude calma e segura;
·          Retirar a vítima do ambiente que possa estar na origem da crise;
·          Posicionar a vítima cómoda e confortável, sentada ou semi-sentada;
·          Administrar O₂ a 15 l/m;
·          Verificar e registar sinais vitais;
·          Prosseguir exame e CHAMU.
Transporte até ao hospital, com O2 a 15 litros/minuto

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