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A Constituição Federal de 1988, no artigo 208, diz que é dever do Estado e da família assegurar à

educação pública de qualidade para todos cidadãos brasileiros, visando o seu desenvolvimento intelectual,
moral e cívico. Contudo, devido as pressões familiares para imergir o jovem, o mais breve possível, para
mercado de trabalho e o investimento precário nas escolas, colabora para que esta lei não seja cumprida,
causando, assim, uma evasão escolar. Destarte, faz-se a mister, a análise aprofundada sobre essas
problemáticas.

A priori, é imperioso destacar que a imposição familiar influência diretamente a saída do aluno do sistema
educacional. Isso se deve, em suma maioria, devido à baixa renda familiar, obrigando o herdeiro da
família, precocemente, ajudar nas despesas de seus lares. Denota-se que, na Primeira Revolução Industrial,
crianças eram obrigadas a trabalhar, já que o salário era extremamente baixo, para ajudar os seus entes e
sobreviver. Dessa forma, até nos dias atuais, se perpetua esta realidade, pois os inúmeros impostos
sobretaxados somados ao alto custo de vida, dificulta o sustento dessa população os obrigando a ter mais
trabalhadores em suas residências. Parafraseando o educador Paulo Freire, a educação é primordial para
mudar a sociedade. Sendo assim, é de suma importância o Estado investir em educação para modificar e
evitar este problema.

Outrossim, é imperativo ressaltar que a precarização do ensino é algo alarmante. De acordo com o jornal
‘on-line’ Folha de São Paulo: “o investimento referente à educação é baixo e ineficiente.” Visto que, a falta
de material didático, professores, alimentos e infraestrutura, desmotiva o estudante a frequentar uma sala
de aula. Segundo Rubem Alves, existes escolas que são asas e outras que são gaiolas. Sendo assim, escolas
que são asas tem o dever de trazer um ensino no qual catabolize o seu senso crítico, para que se liberte da
gaiola, que é alienação. Por conseguinte, isso só é possível quando, a escola, oferece aulas com
profissionais especializados em diversos segmentos da educação, prevista na BNCC, e estrutura adequada,
seja no material didático de qualidade como a alimentação necessária para esses jovens.

Depreende-se, portanto, que as evasões escolares são consequências, principalmente, da pressão familiar e
da precarização das escolas. Logo, urge a necessidade do Governo Federal, por intermédio do Ministério
da Cidadania investir em programas de auxílio ao estudante, por meio de bolsas de transferência de renda
para famílias que estejam em condições de extrema pobreza, com o propósito de evitar o trabalho infantil
no Brasil. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação injete capital para o cunho infraestrutural
nas escolas, para assegurar a qualidade de ensino previsto por lei. Só assim o Brasil conseguirá atingir o
devido progresso.

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