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Teoria das Organizações II

Atividade complementar de estudo

Aluna: Ingrid Rayanne Olinto Pequeno.

Tomando com base cada teoria discorra sobre os seguintes pontos:

Teoria da Burocracia
Explique a relação existente entre cada característica da Burocracia (Weber) com as
disfunções da burocracia estudadas por Merton.

A Teoria da Burocracia estrutura o pensamento racional visando a excelência.


Tem o enfoque baseado na previsibilidade e estabilidade, não considerando as
implicações oriundas do ambiente externo. Com isso, as disfunções da
burocracia abordam justamente as consequências não previstas nos estudos
de Weber.

O caráter legal das normas estabelece a criação de normas e regulamentos por


escrito com isso estabelecendo a disciplina. Em contrapartida trata-se de uma
visão limitada, torna o funcionário um especialista, perdendo flexibilidade que é
uma característica fundamental de uma atividade racional.

O caráter formal da comunicação busca evitar interpretações múltiplas em


ações e procedimentos, com documentação por escrito. Como disfunção,
vemos como um excesso de formalismo e acúmulo de papel, o que fortalece a
visão do senso comum sobre “burocracia”.

A divisão do trabalho divide o poder dentro da organização, mas considerando


que o funcionário está acostumado aquela rotina, cria uma zona de conforto
proporcionada pela estabilidade.

A impessoalidade nas relações ocorre porque não é feita a distinção das


pessoas, mas sim cargos e funções que as mesmas exercem. Isso distancia as
relações pessoais no trabalho, onde os funcionários não se conhecem pelo
nome, mas estão sempre associados ao cargo o qual estão ocupando.
A hierarquia de autoridade define os cargos e as chefias de autoridade, além
disso, estabelece que cada cargo inferior deve estar sob o controle e
supervisão de um posto superior. Devido essa rigidez, as decisões são
tomadas pelo mais alto nível hierárquico independente do seu “conhecimento
de caso”.

A rotina e procedimentos padronizados estimulam o comportamento do


funcionário, baseado no cargo o qual ocupa. Logo, o funcionário é
condicionado a fazer o que a burocracia impõe. Ao longo do tempo essa rotina
torna-se sagrada no comportamento do funcionário, comprometendo sua
espontaneidade liberdade.

A competência técnica e a meritocracia são diretamente responsáveis pela


admissão, classificação e mudança de função dentro da organização.

A especialização da administração evidencia que o dirigente não é


necessariamente o dono do negócio ou grande acionista da organização, mas
sim um colaborador especializado na função de administrador da organização.
Com isso, ressaltando seu alto nível hierárquico. Considerando a valorização
da hierarquia no modelo burocrático, surge a tendência à utilização intensiva de
símbolos ou de sinais de status para demonstrar a posição hierárquica dos
funcionários, como o uniforme, a localização da sala, do banheiro, do
estacionamento, do refeitório e demais aspectos como meios de identificar
quais são os principais chefes da organização.

A profissionalização caracteriza pela profissionalização dos seus participantes,


com funcionários especialistas dentro do cargo que ocupam. Contudo, visto
que a visão está profundamente voltada para os aspectos internos da
organização, há a dificuldade em lidar com as particularidades dos clientes,
visto que nem sempre a padronização se adequa a resolução dos conflitos.
Teoria Estruturalista:
Explique a relação entre sociedade – organizações e homem organizacional.

A Teoria Estruturalista faz a integração entre os conceitos da Burocracia com


Pessoas e Ambiente. Tem um foco em estrutura e ambiente, com uma visão
mais ampla, capaz de compreender as organizações como um sistema aberto
e que sofre influência de fenômenos externos. O ambiente é tudo que envolve
externamente uma organização. Diante desta visão múltipla é possível
compreender a relação entre sociedade, organizações e homem
organizacional.

Para isso, é necessário entender o que temos por homem organizacional,


como aquele que desempenha diferentes papeis em diferentes organizações.
Nesta teoria, o foco não está somente nas industrias, mas em todas as
organizações que existem numa sociedade e as suas interações com o
homem. Ou seja, compreende não só a organização formal, mas também a
organização informal.

A sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações das


quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Ou seja, tem
interação constante.

Decorrente dessa interação social e organizacional, é natural o surgimento de


conflitos. Os estruturalistas tem como visão que estes não devem ser
totalmente previstos e evitados, até porque considerando a característica de
flexibilidade do homem organizacional, surge como uma oportunidade de gerar
mudanças e estimular a inovação na organização.

Teoria Comportamental:
Como as decisões (Simon) e a cooperação (Barnard) explicam o comportamento das
organizações.
A Teoria Comportamental tem sua ênfase nas pessoas num contexto
organizacional. É influenciada pelas ciências comportamentais, principalmente,
a psicologia das organizações.

Para Simon, a empresa deve ser encarada como um sistema de decisões onde
o indivíduo é responsável pela tomada das mesmas. Para isso, o planejamento
é necessário a todos os níveis e é o fundamento da racionalidade no
comportamento administrativo.

Chester Barnard introduziu a cooperação nas organizações compreendendo


que as pessoas tem limitações pessoais e que podem superar por meio do
trabalho em conjunto. Além disso, a disposição em cooperar é fundamental
para a sobrevivência da organização.

O comportamento organizacional compreende a interação entre as


organizações e os grupos e indivíduos que fazem parte dela e como estes se
comportam. Dessa forma, podemos associar a cooperação proposta por
Barnard, onde para que seja possível alcançar os seus objetivos a organização
precisa que as pessoas unam os seus esforços, com o senso que o coletivo
pode gerar grandes resultados, que não seriam possíveis individualmente.

Teoria do Desenvolvimento organizacional:


Explique a relação entre mudança e desenvolvimento organizacional.
As organizações num cenário dinâmico e manter a competitividade depende da
maneira como elas se comportam nesse meio. O Desenvolvimento
Organizacional surge em 1962 como um desdobramento da Teoria
Comportamental, diretamente relacionado aos conceitos de mudança e a
capacidade de adaptação as mudanças. Ou seja, estruturando as organizações
em função das condições e conjunturas que caracterizam o ambiente o qual
elas operam.

O "DO" visa a mudança de um cenário mais primitivo para a era da informação,


do homem inovador. Para isso, é necessário compreender a organização como
um sistema orgânico, realçando a união dos funcionários, a responsabilidade
compartilhada, descentralização do controle. Com isso, a participação efetiva
de todos os grupos que compõem a organização.

Compreendendo a organização como um sistema social e aberto, que sofre


influencias, temos que a mudança organização se trata de um processo
contínuo. Contudo, para a sua implementação é necessário um entender a
direção da mudança, traçar um plano estratégico e fazer o monitoramento e
análise. As mudanças podem ter motivações internas ou externas e as
estratégias devem minimizar a incerteza e presar a redução dos riscos.
Teoria de Sistemas:
Que aspectos devem ser considerados pelo administrador ao fazer uma análise sistêmica
de sua organização.
Sob a ótica da Teoria dos Sistemas, um sistema é um conjunto elementos

unidos por alguma forma de interação ou interdependência. Esse sistema é

rodeado por um meio exterior, e quando interage com ele é chamado de

sistema aberto. Conforme as interações ocorrem, há uma tendência para o

desgaste até a sua desintegração, o que chamamos de Entropia, característica

inerente aos sistemas.

Nesse contexto de grande interação, podemos associar ao cenário das

organizações atualmente. Com uma análise sistêmica, vemos que o cenário

globalizado é extremamente dinâmico, com novas mídias, novos mercados,

constante surgimento de novas tecnologia é fundamental ao administrador ter

essa visão. Entender como se integram os processos internos e como eles se

relacionam com o ambiente externo. Essas variáveis tem motivações e causam

influências, por isso devem ser abordadas numa visão aberta e ampla e não

em caráter absoluto e isolado.

A visão sistêmica é um competência que coloca o administrador num caminho

de excelência em sua gestão, visto que ele é capaz de identificar a sua posição

na estrutura além de analisar, compreender e avaliar os reflexos de suas

decisões em todo o contexto organizacional, visualizando a organização como

um todo irá reagir aos seus comandos.


Teoria Contingencial:
Diante do atual cenário comente sobre o imperativo ambiental sobre as organizações.
Referente a Teoria Contingencial, por meio dos estudos de Burns e Stalker em

industrias inglesas, as organizações foram classificadas em mecanicistas e

orgânicas. Onde a visão mecanicista parecia ser apropriada a uma empresa

que atua em condições ambientais mais estáveis, enquanto a visão orgânica,

parecia exigido pelas condições ambientais em constante transformação. Com

isso, concluem sobre a existência de um imperativo ambiental, onde o

ambiente é que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.

Num cenário atual, é exigido das organizações a contínua adaptação ao

ambiente. Nesse sentido, remodelando as condições básicas e fundamentais

para modelos articulados e flexíveis de acordo com as necessidades do meio o

qual estão inseridas, com a aplicação de métodos e técnicas inovadoras

garantindo a competitividade e a sobrevivência no mercado.

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