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Manifesto A.·.A.·.

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OTZ CHIIM - ÁRVORE DA VIDA

93!

Níveis de Consciência, Esferas de Existência, Planos Mentais... a Árvore da Vida (ouOtz


Chiim em hebraico) possui inúmeras definições e várias obras foram escritas em cima de seus
conceitos. Originária da Cabala judaica (segundo a história, foi passada deEnoque a Abraão e
perpetuada por Moisés) serviu como base para muito do que hoje é conhecido em magia porém,
vamos aqui apenas relaciona-la com o sistema de nossa Santa Ordem.

A principal função da Árvore da Vida reside na estruturalização do sistema da A.·.A.·.


Os graus da ordem são baseados em suas sephiroth onde um estudo mais aprofundado de suas
relações (Livro da Lei, astrologia, tarô, chakras, orixás, gematria) deve ser cuidadosamente
feito.

A Árvore da Vida é um mergulho na consciência humana, onde uma de suas principais virtudes
reside na mutabilidade de sua aplicação no auto - desenvolvimento mágico, onde a sua
correspondência com o microcosmo é dinâmica e infinita, pois em hipótese alguma ela é hermética
em si, possuindo correspondências com praticamente todos os sistemas mágicos existentes.

Introdução à Árvore da Vida e sua relações na A.·.A.·.

A Árvore da Vida está dividida em 4 mundos, 10 sephiroth e sua 22 ligações ou caminhos. Cada
sephirah corresponde a um grau da Fraternidade (o Probacionista está perdido em Qliphoth).

Os 4 mundos na Árvore são:

- Assiah - Mundo da Ação referente a sephirah de Malkuth.


Basicamente o mundo material e a relação que o indivíduo possui com ele,
basicamente o nosso corpo e sua condição (Nephesh).

- Yetzirah - Mundo da Formação referente as sephiroth de Yezod a Netzach.


Corresponde ao mundo astral e aos seus habitantes anjos, demônios, espíritos e a alma humana
(Ruach).

- Briah - Mundo Criativo referente as sephiroth de Tiphareth a Chesed.

- Atziluth - Mundo Arquétipo referente as sephiroh de Binah a Kether. Também Conhecido


como a "Cidade das Pirâmides sobre a Noite de Pan".

Podemos citar também as Qliphoth ( do singular Qliphah, "mulher indecente") - Mundo Maligno
referente ao Abismo de Daäth a Àrvore da Vida inversa, o aspecto inverso das sephiroth.

Constituição Humana
"Segundo a Cabala, a constituição do Homem é quíntupla:

Jechidah - este é o princípio quintessêncial da Alma; aquilo que torna o homem idêntico a toda
outra fagulha de Divindade e, ao mesmo, tempo diverso ( no que concerne ao ponto de vista, e ao
Universo do qual esse é o centro) de todas as outras. È um ponto, possuindo apenas posição; e
essa posição só é definível através de referência a eixos coordenados, a princípios secundários,
que só lhe pertencem por acidente, e devem ser postulados a medida que nossa concepção
cresce.

Chiah - este é o Impulso Criador, ou vontade, de Jechidah: a energia que exige a formulação do
eixo de coordenadas já dito, a fim de que Jechidah possa obter auto -realização (uma
compreensão articulada daquilo que é implícito em sua natureza) de suas possíveis qualidades.

Neschamah - esta é a faculdade de compreender a Palavra Chiah. É a inteligência ou intuição


daquilo que Jechidah deseja descobrir a respeito de si mesmo.

Estes três princípios constituem uma Trindade; eles são um, porque eles representam o ser de, e
o aparato que tornará possível a manifestação de, um Deus em forma humana. Mas eles são
apenas, por assim dizer, a estrutura matemática da natureza do homem. Poderíamos compara-los
com a leis da física, como estas são antes de serem descobertas. Não existem, por enquanto,
quaisquer dados através de cujo exame eles possam ser percebidos. Um homem consciente,
portanto, não pode saber coisa alguma desses três princípios, sem bem que eles constituem a
essência dele. É a obra da iniciação viajar interiormente em direção a eles. Veja-se, no juramento
de um Probacionista da A.·.A.·. :

"Obter um conhecimento científico da natureza e poderes do meu próprio ser".

Este princípio triuno, sendo completamente espiritual, tudo que pode ser dito sobre ele é na
realidade, negativo. E ele é completo em si. Além dele estende-se aquilo que é chamado O
Abismo. Esta doutrina é extremamente difícil de explicar, mas corresponde mais ou menos ao
hiato em pensamento entre o real, que é ideal, e o irreal, que é atual. No abismo, todas as coisas
existem, realmente pelo menos em potencial, mas não desprovidas de qualquer significado
possível, pois falta-lhes o substrato de realidade espiritual. Elas são aparências da Lei. São, assim,
Miragens Insanas.

Agora o abismo sendo assim o grande armazém de Fenômenos, ele é a forte de todas as
impressões. E o Princípio Triuno tencionou uma máquina para investigar o Universo; e esta
máquina é o quarto princípio do Homem.

Ruach - pode ser traduzido Mente, Espírito ou Intelecto; nenhuma das três traduções é
satisfatória, a conotação variando com cada escritor. Ruach é um grupo estreitamente entretecido
de Cinco Princípios Morais e Intelectuais, concentrados em volta de seu cór, Típhereth, o Princípio
da Harmonia, a Consciência Humana e Vontade, de que as outras quatro Sephiroth são (por assim
dizer) as antenas. E estes cinco princípios culminam em um sexto, Daath, conhecimento. Mas este
não é realmente um princípio, contém em si memso o germe de auto - contradição, e assim de
auto - destruição. É um falso princípio; pois, tão cedo, o Conhecimento é analisado, ele se
decompõe no pó irracional do Abismo.

A aspiração do homem ao Conhecimento é, assim, simplesmente, um caminho falso; é tecer


cordas de areia.

Nós não podemos entrar aqui na doutrina da "Queda de Adão", inventada paar explicar a parábola
de como o Universo está assim, tão infelizmente constituído. Nós nos ocupamos aqui apenas com
fatos observados, e não com teorias. Todas essas faculdades mentais e morais de Ruach, se bem
que não são puramente espirituais com o Tríade Superna, estão ainda como se fosse, " no ar".
Para serem úteis, elas necessitam uma base através da qual possam receber impressões, muito
como uma máquina necessita de combustível e matéria prima antes de poder manufaturar o
artigo que foi concebida para produzir.

Nephesch - é usualmente traduzido como "Alma Animal". É o veículo de Ruach: o instrumento


através do qual a Mente é posta em contato com o pó de Matéria do Abismo, para que possa
senti-lo, julga-lo, e reagir a ele. Nephesch é, si mesmo, um princípio ainda espiritual, em um
senso da palavra: o corpo físico do homem é composto de pó de Matéria, temporariamente
coerido pelos princípio o infundem para seus respectivos propósitos e ultimamente para o
supremo propósito de auto - realização de Jechidah.

Mas Nephesch, desavisado como é, sem outro objetivo que o tráfico direto com a matéria, tende a
partilhar da inocência desta. Suas faculdades de perceber dor e prazer o atraem à arapuca de
prestar demasiada atenção a um grupo de fenômeno, e evitar outros. Daí que Nephesch execute
sua função como é próprio, é necessário que ele seja dominado pelas mais severa disciplina. Nem
merece mesmo Ruach confiança neste ponto. Ele tem suas próprias tendências a fraqueza e
injustiça. Ele tenta todo truque - e é diabolicamente astuto - para organizar seu contato com a
matéria no senso mais conveniente á sua própria inércia, sem dar a mínima consideração ao seu
dever para com a Tríade Superna, cortado como está de compreensão dela; de fato, nem
suspeitando normalmente, a existência dela."

Aleister Crowley

Pequenos Ensaios em Direção à Verdade

93 93/93!
Qliphoth

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CHAKRAS

Todo estudante de Ocultismo sabe, ou deveria saber, que o homem possui diversos corpos ou
veículos que lhes possibilitam manifestar-se nos diferentes planos da natureza: planos físico,
astral, mental e outros. Podemos verificar que a matéria física apresenta graus de densidade.
Atômico (1), subatômico (2), super-elétrico(3), elétrico (4), gasoso, líquido e sólido. Todos esses
graus de densidade estão representados na composição do corpo físico que, assim, comporta duas
divisões bem distintas: o corpo denso composto de líquido e gases e o corpo elétrico ou duplo
elétrico, como é também chamado, constituído pelas quatro ordens mais tênues de matéria física.
Hoje nos concentraremos no diplo elétrico onde se encontra o objeto de nossa dscussão, isto é, os
Chakras.

Localização & Função

Chakras ou centros de força, segundo a denominação sânscrita significa "roda" ou disco, "disco
giratório".

" Os chakras estão situados na superfície do corpo elétrico a cerca de seis milímetros da superfície
do corpo físico. Ao olhar clarividente aparecem como depressões em forma de pires, constituindo
vórtices ". (5)

Todos os indivíduos possuem esses centros, embora varie bastante, cada qual tem seu próprio
grau de desenvolvimento. O grau de desenvolvimento pode ser aferido pela intensidade de seu
brilho ou vibração. O primeiro é medido pela clarividência, o segundo pelas mãos (sensibilidade)
ou por radiestesia.

Como vórtices, aspiram e expelem forças que influem tanto no plano sutil quanto no denso. Essa
força pode ser chamada de Prâna.este, por sua vez, mantém a vida do corpo físico. Outra função
importante dos chakras é de transmitir a consciência espiritual á memória física.

Mais sobre os chakras

Não há um consenso sobre o numero exato de centros de fora existentes em cada ser humano.
Vários textos tântricos asseguram que há no mínimo 88.000 deles; afortunadamente, nem seus
nomes nem uma lista de suas funções e atributos. Geralmente, assume-se que sejam trinta
chakras maiores, alguns deles situados em lugares tão incomuns quanto a ponta do nariz, todos
eles interconectados por canais sutis de energia, os equivalentes psíquicos dos nervos, artérias e
veias, que são chamadas de nadis. Sete desses chakras são de maior importância no sistema da
fisiologia esotérica:

Chakras & Sephiroth

Existem três métodos bem conhecidos de correlacionar os sete chakras principais com as
sephiroth da qabalah. O primeiro está contido na coluna CXVIII do 777, a compilação das
correspondências organizadas por Aleister Crowley e primeiramente publicada em 1909. a maioria
das colunas contidas no 777 não são mais do que tabulações dos materiais que se encontravam
espalhados pelas várias "Leituras de Conhecimento" e outros manuscritos de instrução da Golden
Dawn. Esse não é o caso da coluna CXVIII, entretanto, é de se presumir que essa coluna tenha
sido compilada por Crowley com base em intuições e pesquisas dele mesmo e Alan Bennet, seu
professor oculto. O segundo sistema de correlação está contido em vários escritos do Major-
General J.F.C. Fuller, sendo um pupilo de Crowley e seus sistema é claramente uma variante
daquele contido em 777. Por último e mais recente, está aquela correlação que Dion Fortune
expôs em seu livro "A Cabala Mística".

Aqueles estudantes que são conhecedores das correlações de Crowley somente através do relato
dado por Dion Fortune, ficarão surpresos em notar que na tabela acima é indicado que Crowley
igualava o chakra Manipura com Netzach e o chakra Anahata com as três sephiroth, Chesed,
Geburah e Tiphereth, representa o plexo solar e o peito; parece razoável, portanto, atribuí-las aos
chakras Manipura e Anahata como o faz Crowley.(6)

Enquanto Crowley atribuía o Muladhara a Yesod, Dion Fortune e J.F.C. Fuller estavam de acordo
que ele deveria ser atribuído a Malkurth, a sepirah que representa o mundo de matéria densa.
Fuller o fazia porque o Muladhara é freqüentemente pintado simbolicamente como um lótus de
quatro pétalas; essas pétalas, dizia ele, representa os quatro elementos alquímicos da Terra, Ar,
Fogo e Água. Ele poderia ter fortalecido seu argumento se tivesse associado o tattwa Prithivi,
simbolizando o elemento Terra que é tradicionalmente associado com o chakra Muladhara (7).
Dion Fortune suportou seu argumento acrescentando sua nota psicanalítica que parecia sugerir
que Crowley tinha uma "mentalidade infantil"na qual "as funções de reprodução e excreção são
confundidas". A base real da atribuição de Fuller/Fortune parece-me ter sido, primeiramente, uma
descrição cabalística tradiconal de Malkuth correspondente ás "nádegas e ânus do homem
perfeito"e , em segunda lugar, uma crença de que o períneum - a área do corpo supostamente
associada com o Muladhara - pode ser igualado ao ânus. Parece-me não haver justificativa real
para tal crença; a tradição tântrica especificamente assegura que as partes do corpo que tem
relacionamento especial com o Muladhara são os testículos e os ovários, não o ânus e as nádegas.
Se alguém estava confundindo excremento e reprodução esses foram Fuller e Fortune, não
Crowley.

O chakra Muladhara tem, como foi explicado antes em relação aos tattwas, um relacionamento
com o elemento Terra que sem dúvidas corresponde a Malkuth. Mas o essencial sobre Muladhara é
que ele é a habitação (ou assento) da Kundalini, o poder serpentino de Shakti, o elemento
dinâmico nos relacionamentos de polaridade em geral e na sexualidade humana em particular.

Há um consenso geral dentre os qabalistas de que a sexualidade pertença a Yesod e, se assim o é,


não pode haver dúvidas de que Crowley estava perfeitamente correto em atribuir o Muladhara
áquela sephiarh.

Não há, de fato, qualquer razão para presumir, como Fuller e Fortune parecem ter deduzido, que
Malkuth deve ser igualado com qualquer chakra. Malkuth simboliza o universo material e nenhum
dos chakras pertence aquele universo, embora, é claro, eles supostamente o influenciam. É
perfeitamente razoável, no entanto, associar a Muladhara a Yesod como subsomando Malkuth
apenas como as "forças formadoras"de Yesod em um senso que soma o mundo da matéria densa.
(8).

Alguns Comentários Possíveis

- Os chakras operam no sistema de base sete, podemos na medida do possível associá-los a


outros sistemas de sete:o numero mínimo de oficiantes para se começar os trabalhos em loja, as
sete trombetas do Apocalipse, as sete Igrejas, os sete selos, sete dias da semana, sete planetas
etc.

- Sem falar dos gestos e sinais que passam pelos pontos antes citados. Será que
inconscientemente trabalhamos tais centros?

- Os chakras podem não ser mais do que construções mentais - mas o fato permanece de que os
adeptos acham útil se comportar como se eles existissem.
Frater Sekhem

Notas:

1 - também chamado de Éter Refletor que é o Éter responsável pela memória da vida física, uma
espécie de registro Akhashico.

2 - também chamado Éter Luminoso, resultado das "combustões" termo-químicas no ser humano,
verdadeira fonte de energia para que a vida possa existir.

3 - também chamado de Éter de Vida, responsável pelas funções de reprodução ou o provedor da


força sexual relacionada com esse processo.

4 - também chamado Éter Químico, responsável pelas funções de assimilação e excreção do


corpo.

5 - vide O Duplo Elétrico de Arthur Powell, pág. 23.

6 - Cabala Mística, p. 71 - Dion Fortune - Ed. Pensamento.

7 - O sistema de correspondência entre charkas e sephiroth é até hoje motivo de discussão.


Podemos especular essa relação mais no fundo são sistemas intercambiáveis somente em alguns
aspectos. Cometeríamos um grande erro forçar um tabela definitiva. Eu mesmo, durante anos
trabalhei com a correspondência Muladhara/Malkuth, diferindo de Crowley em sua
correspondência, conforme a tabela acima e outros em nosso país que seguiam Crowley. Porém,
meus resultados foram tão satisfatórios quanto os dos outros, talvez por considerar ambos os
sistemas isoladamente, em primeiro lugar, fazendo após os devidos resultados, as necessárias
correspondências e não tomando o caminho inverso, isto é, correlacionando primeiro e testando
depois. De qualquer maneira, o importante é o resultado. Em si a correspondência não interfere
no desenvolvimento, serve apenas como referência de estudo.

8 - Tantra: The Way of Action, Destiny Books, 1986, Francis King.

Tabelas & Esquemas

Nome
Chakra Características Sephiroth Liber V
comum

Capacidade de atuação no plano


físico; obter paciência( virtude do
elemento Terra), ativar e desenvolver
o olfato, indução
Muladhara Básico Yesod Hadit
do início ao conhecimento, liberdade
das doenças, inspiração, vitalidade,
vigor, resistência, segurança,
compreenção e
pureza interior, brandura na voz.

Svadhistana domínio do plano astral Umbilical Hod -

Manipura domínio da magia cerimonial Plexo Solar Netzah -

- - - - Babalon

Anahata clarividência, clariaudiência, Cardíaco Chesed/ Ra-


Hoor-
invisibilidade Khuit
Geburah/
Tiphareth

- - - - Therion

Vishuddha alcance da sabedoria eterna Laríngeo Binah -

- - - - Aiwaz
Destemor, suplantamento das
auteridades, conscientização da
própria condição espiritual,
expansão e projeção da
aura e de imagens, o conhecer seu
Ajna próprio passado, presente e 3º Olho Chokmah -
fururo, revelação da divindade
interior através de seus atos,
compreensão do processo da vida
e a capacidade de expressar-se
por meio da escrita e da palavra
Sahasrara poderes além da compreensão Coroa Kether Nuit

Correlações Cabalísticas de acordo com:


Chakra
Crowley Fuller Fortune

Sahasrara Kether Kether Kether

Ajna Chokmah Chokmah Chokmah

Vishuddha Binah Binah Daath


Anahata Chesed/Geburah/Tiphareth Chesed Tiphareth

Manipura Netzach Geburah Tiphareth

Svadhistana Hod Yesod Yesod

Muladhara Yesod Malkuth Malkuth

Anotações de 666 sobre Chakras & Yoga

Keron-ε
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"A verdade não veio para este mundo aberta, mas em tipos e imagens Ele [o mundo]
não receberá em qualquer outro padrão."

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DE ARTE MAGICA- FRATER THOR


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Tarô

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ARTE MAGICA - YIHOVEAUM


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ARTE MAGICA - WILLIAM BLAKE


BIOGRAFIAS

" Eu certamente FUI ENVIADO para realizar alguma tarefa ' .


Por quem? Pelo universo; nenhuma variável poderia resolver essa equação.
Eu sou então o ' escolhido Sacerdote e Apóstolo do Infinito Espaço '.
Muito bem, e qual é a mensagem? O que eu deverei ensinar aos homens?
E, como um relâmpago dos céus caindo sobre mim, veio a resposta:
' O CONHECIMENTO E CONVERSAÇÃO DO SAGRADO ANJO GUARDIÃO"

The Temple of Solomon the King

93!

A MARCA DA BESTA

Dono de uma personalidade controversa e de um invejável senso de autopromoção, o


inglês Edward Alexander Crowley, mais conhecido como Aleister Crowley (" O Pior Homem da
Terra ", segundo a imprensa inglesa) tornou-se uma figura de expressão no cenário ocultista e
também fora dele.
Nasceu Libriano com ascendente em Leão no dia 12 de Outubro de 1875 em Leamington Spa,
Warwickshire numa família de extremistas cristãos (da Irmandade Plymouth). Crowley passou seu
período infantil na repressão familiar que veio influenciar muito posteriormente (principalmente
nas suas críticas a filosofia cristista). Ali obteve um grande conhecimento da Bíblia.

Ingressou em Trinity College em Cambridge durante o mês de Outubro de 1895. Era conhecido
por sua inteligência destacada sua habilidade em escrever e pela sua paixão ao alpinismo
(impossível não fazer uma relação com sua " escalada às regiões mais remotas da consciência" ).

Nesta atividade conheceu Oscar Eckenstein, homem por que nutria imenso respeito e admiração
que, posteriormente, veio a instrui-lo nas " artes ocultas ".

Como vários iniciados sentiu-se atraído pelo assunto e seus primeiros contatos foram feitos por
livros, principalmente os de alquimia e magia. Escreve à Arthur Waite sobre seu livro " O Livro das
Magias Negras e dos Pactos", que recomendou que lesse "A Nuvem sobre o Santuário".

Durante uma expedição de alpinismo, em 1898 , encontrou o farmacêutico Julian L. Baker que o
apresentou um colega de profissão, George Cecil Jones, que por sua vez o introduziu na ordem
mística conhecida por Hermetic Order of Golden Dawn (Ordem Hermética do Amanhecer Dourado)
ou simplesmente Golden Dawn.

Nesta ordem, que marcou profundamente a cultura mágica mundial, Crowley obteve rápida
ascensão adotando o nome mágicoPerdurabo ( " Perdurarei até o Fim"). Teve como
instrutores George C. Jones, Frater Volo Noscere e Allan Benneth, Frater Iehi Aour sendo
para Crowley um guru, desenvolvendo também uma grande amizade por um dos
fundadores, Samuel MacGregor Mathers , Frater D.D.C.F. (Deo Duce Comite Ferro).

Em 1900 viajou ao México, realizando vária práticas mágicas, invocações etc, até se reencontar
com seu antigo instrutor Oscar Eckenstein, que o ensinou a controlar sua mente que
considerava (e era) muito dispersa. Nesse período tentou realizar a Operação da Magia Sagrada
de Abramelin o Mago sem sucesso, pois a interrompe para ajudar seu amigo e mestre durante a
fragmentação da Golden Dawn, S.L. Mathers. Neste período, compra uma casa na Escócia,
conhecida por Casa de Boleskine ( posteriormente comprada por Jimmy Page) e ganha o grau
33 da Maçonaria.

Em 1901 continuou viajando pelo mundo: São Francisco, Honolulu, Japão, China e Ceilão, onde
encontrou seu antigo instrutor e companheiro de apartamento, Allan Benneth, que o introduziu
às práticas de Ioga (Asana, Parnayama). Sob influência da óptica hindu e das instruções de
Eckenstein, Crowley começa a entrar em um período de cepticismo em relação á magia fugindo do
romantismo europeu.

Sociedade Alternativa

Em 1904, aos 28 anos, Crowley atinge o ápice de sua carreira mágica. Casando-se com Rose Edith
Kelly, apenas 24h depois de se conhecerem, vai ao Cairo passar sua lua-de-mel.

Durante a estadia, Rose passa a ter contato espontâneo com uma entidade (Thoth) que diz querer
contatar seu marido: " Eles estão esperando você ". Ela então recebe um ritual de invocação a
divindade egípcia conhecida como Hórus, o deus da guerra, com cabeça de falcão.

Crowley então performou o ritual e nos dias 8, 9 e 10 de Abril, sempre do meio-dia á uma da
tarde, numa sala, obteve a recepção, de uma entidade autodenominada Aiwass, de um documento
chamado o Livro da Lei. Este livro conteve uma mensagem sobre o início de uma nova era,
denominada Æon de Hórus, na era de Aquário-Leão e de uma nova lei para a humanidade,
chamada Thelema ( ou no português, Télema ). A mensagem era recheada de frases
ininteligíveis, porém destacava-se uma prioridade á liberdade do homem, e a busca do caminho
pessoal de cada um, sob uma óptica beligerante em várias frases.

Visitando o Museu de Boulaq Crowley e Rose passaram em frente a uma tábua funerária contendo
a figura de Hórus, a Estela da Revelação. Nela estavam alguns elementos cntidos na mensagem
que recebera. "Coincidentemente" (1) a peça estava sob a numeração 666.
De volta à Paris, mostra o livro à Mathers, conclamando o contato com os Chefes Secretos.
Ambos se desentendem, e Mathers passa a atacar Crowley utilizando os demônios do Livro de
Abramelin. Este respondeu com os demônios da Goetia.

Continuando seu período de cepticismo, Crowley deixa o Livro da Lei de lado e observa a
definitiva desintegração da Golden Dawn em várias outras ordens.

Durante sua viagem à China, em 1905, Crowley realiza a Magia Sagrada de


Abramelin mentalmente, e atinge o objetivo central de todo o iniciado: oConhecimento e
Conversação do Sagrado Anjo Guardião, na esfera deTiphareth.

Fraternidade da Estrela Prateada

Em 1906, junto com seu antigo instrutor na Golden Dawn, George Cecil Jones, Crowley decide
montar uma nova ordem destinada à evolução espiritual humana. Eles a batizam
de Fraternitatis A.·. A.·. .

A ordem seria composta de três níveis: a Golden Dawn, R.·.C.·. e S.·.S.·. (ou Silver Star ou
Collegium Summum), todos baseados no glifo hebraico Árvore da Vida.

A A.·. A.·. , seria uma ordem de caráter puramente espiritual, que sempre existiu na história
humana sob várias faces. Crowley apenas estruturalizou as ordens inferiores de acordo com os
princípios do Novo Æon e da Lei de Thelema. Na verdade, a A.·. A.·.existe apenas no plano
espiritual, acima do Abismo, o nível conhecido como S.·.S.·. . Costumamos chamar de A.·.
A.·. também todos os níveis inferiores thelemizados.

Crowley e Jones chegam ao grau de 8º = 3º durante a criação da Ordem. A partir de 1907,


passa a escrever uma série de livros inspirados, durando até 1911.

Em 1909, inicia junto com Victor Neuburg, num ato de magia sexual e enoquiana, Liber 418,
A Visão e a Voz.

Em 1911 devido a publicidade que Crowley fazia de si mesmo e da publicação de materiais no


orgão divulgador oficial da A.·. A.·. , The Equinox, a ordem passou a ser atacada pelos jornais,
descrita como satânica, pervertida... as coisas de sempre. Isso culminou num processo
de G.C.Jones contra o tablóide The Looking Glass, que insinuava uma possível relação
homossexual sua com Crowley (assumidamente bissexual na Inglaterra vitoriana, um escândalo).
A audiência foi tendenciosa, principalmente quando uma das testemunhas de defesa do jornal era
nada mais nada menos do queS.L.Mathers, ex instrutor e amigo de Crowley. Querendo vingança
contar Crowley sobre o desentendimento de ambos, Mathers ajudou a quebrar a relação de Jones
com ele.

No final, Jones e outro membro de alto grau da Ordem, J.F.C. Fuller, romperam com Crowley. Ao
invés de enfraquecer a A.·. A.·. , o evento a promoveu, garantindo a sua existência até hoje,
mesmo que sob uma nova forma.
Crowley sempre foi uma figura polêmica: expunha sua condição sexual sem temor, possuía uma
necessidade de auto divulgação muito grande e não hesitava em participar de escândalos, que não
foram poucos em sua vida. Um homem de excessos, porém direcionados.

No ano de 1912 foi convidado por Teodore Reuss, Grão Mestre da ordo templi orientis(Ordo Templi
Orientis) a se afiliar a ordem, depois de ler uma publicação de Crowley (O Livro das Mentiras),
onde ele revelara o segredo principal da ordem, o da magia sexual do grau IX.

Após a morte de Reuss (1925), Crowley assume por si só a liderança do ramo britânico da ordem.
Sob esta fraternidade, o material de Crowley passa a ser divulgado e conhecido.

Deus est Homo

Indo morar nos E.U.A. durante a Primeira Guerra Mundial, passa a trabalhar com seu futuro filho
mágico, Frater Achad (Charles R. John Stansfeld Jones ) e publica o Volume III do The Equinox.
Lá atinge a sephirah de Chokmah, assumindo o grau de Magus, no ano de 1915, sob
o motto TO MEGA THERION, A Grande Besta ( ou apenas 666 ).

Na Cecília Itália, em 1920, no dia 2 de Abril, funda a Abadia de Thelema, uma tentativa de
montar uma sociedade alternativa com bases thelêmica. Dura somente três anos, sendo expulso
por Mussolini Lá chega ao último grau da A.·. A.·. , Ipissíssimus. Em companhia de sua Mulher
Escaralate, o Macaco de Thoth, Leah Hirsig , atravessa um porta na abadia que possuía a
inscrição DO WHAT THOU WILT ( FAZE O QUE TU QUERES ). Não sabe-se o que houve dentro
do templo que a porta levava e Crowley sai nu como entrou, agora, como descreveu poeticamente
John Symonds ," além dos deuses, além de todas as concepções mentais (...) não mais um santo
- São Aleister Crowley da Igreja Gnóstica - mas um deus " . Antes, submete-se a total obediência
a sua mulher, como ordália pertinente ao caminho do Louco (de Chokmah a Kether). Jura não
divulgar o fato da assunção do grau, que ficou conhecido apenas após sua morte durante a leitura
de seus diários.

Conhece Karl Germer em 1925 e passa a orienta-lo em Magick.

Em 1930 encontra com o poeta português Fernando Pessoa, que corrigira seu mapa astral.
Pessoa, também interessado pelos assuntos do oculto, ajuda numa simulação do suicídio de
Crowley. Traduz algumas poesias da Besta.
Financeiramente, a década de trinta proporcionou algumas atribulações à Crowley: perde o
proceso que estava movendo contra Nina Hamnett e Constance & Co e vai à falência em 1935.
Segue publicando obras, como o Equinócio dos Deuses, Oito Lições de Yoga e seus Confessions.

A década seguinte seria sua última neste plano.

Levantou-se contra Hitler. Aqui seguem-se algumas informações curiosas: foi contatado por um
amigo, agente da Coroa chamado Ian Fleming, o criador de James Bod, o 007, para ajudandar
no interrogatório de Rudolf Hess e fornecer a Winston Churchill informações sobre o pensamento
supertisioso/místico do inimigo. Dessa participação saiu o conhecido sinal do "V" da vitória, na
verdade uma representação do símbolo da divindade Apophis-Typhon, um deus de destruição e
aniquilação capaz Frieda Harrisde fazer frente a as energias solares da suástica. Desenvolve
o Livro de Thoth com , que comporiam as imagens do Æon na forma do tarô. Foi publicado
postumamente. Seu último e grande trabalho foi Magick without Tears, uma série de cartas
trocadas com uma discípula iniciante. De caráter altamente didático, foi publicado por Karl
Germer.

Em 1º de Dezembro de 1947 Aleister Crowley morre em 'Netherwood', Hastings, de parada


cardíaca. Estava acompanhado de seu filho de nove anos Randall Gair e da mãe Patricia 'Diedre'
MacAlpine.

No dia 5, seu corpo é cremado em Brighton.

" Um Tipo de Magia "

A herança de Aleister Crowley estende-se até hoje, forte e arrebatadora. A complexidade de seu
trabalho só encontra par na coerência do pensamento desenvolvido ao longo dos anos. É
impossível estudar magia sem conhecer a obra da Besta. A mais severa crítica não resiste a um
estudo aprofundado de sua obra. Críticas essas que recaem apenas sobre sua vida pessoal ,
conturbada e cheia de erros, ás vezes de caráter humano.
O material de Crowley sobreviveu graças, principalmente, a cinco pessoas que reuniram seus
documentos, cartas e livros editados: Karl Germer, Kenneth Grant, Gerald York, Noel FitzGerald e
Norman Robb. O acesso público ao material original pode ser feito no Harry Hanson Humanities
Research Center na Universidade do Texas em Austin, EUA e no Warburg Institute na Universidade
de Londres.

Socialmente, Crowley ficou mais conhecido no mundo da música, mais especificamente no


Rock`n`Roll dos anos 70: Led Zeppelin, Rolling Stones, Beatles, Black Sabbath, Ozzy Osbourne
Iron Maiden.

No Brasil, Frater Ever foi sem dúvida o maior divulgador da obra de Crowley. Trouxe aA.·. A.·. e
a O. T. O. para o nosso país, publicou várias traduções, várias obras pessoais e manteve até no
exterior, vivo o legado da Besta.

Impossível não falar de Raul Seixas um devoto da obra de Crowley, junto com Paulo Coelho que
posteriormente abandonou o caminho thelêmico. Ambos estiveram sob instrução de Frater Thor.

Atualmente, com o advento da internet, a cultura thelêmica disseminou-se mais rapidamente


angariando mais interessados a cada dia. São inúmeras as ordens hoje que trabalham com o
sistema de Magick em todo o mundo, principalmente baseados na estrutura da extinta O. T. O. ,
refeita por Crowley.

O primeiro motto de Aleister Crowley, Perdurabo(2), funcionou mais do que o esperado:


perdurou além do fim.

93,93/93

Keron-E
(1) -modernas investigações apontam algumas "armações" por parte de Crowley para justificar
seu sistema: a Estela da Revelação que disse estar catalogada com o número 666, na verdade não
estava assim classificada. Ele pediu para um funcionário do museu mudar a numeração
temporariamente para poder tirar uma foto! Além disso, nessa época o material já havia sido
transferido de Boulaq.

(2) - De Mateus 10:22 : "E odiados por todos sereis por causa do meu nome: mas aquele que
perseverar até o fim será salvo"

BIOGRAFIAS

THOR

Linha do Tempo Sua arte Seus textos

" Meu nascimento, muito embora tenha ocorrido por aqui mesmo, e pelo processo
biológico normal a todo verdadeiro homem, perde-se no turbilhão dos tempos"

Meu Verdadeiro Nome, pag. 18


“Três fatores nos empurram em direção ao Conhecimento:

Dor, Alegria e o Amor ”.

Euclydes Lacerda de Almeida

Vi a luz do mundo na Cidade do Rio de Janeiro, aos dezoito dias do mês de junho de l936 e.v.,
tendo o Sol em 28° Gemini e a Lua em Câncer.

Minha mãe veio a falecer “pela vontade de Deus”(1) treze dias após meu nascimento, vítima de
fulminante infecção hospitalar. Meu pai ainda jovem e sem recursos necessários para arcar com a
responsabilidade de minha criação, entregou-me aos cuidados de um casal de abastada família
carioca. Estes pais adotivos me criaram e educaram dentro dos melhores padrões existentes na
época.
Eu nascera tão franzino que, segundo os médicos, pouca, ou nenhuma chance teria em sobreviver
com a falta do leite materno.

Maria ,uma mulata jovem, foi contratada para suprir esta falta. E graças a ela consegui contestar
o diagnóstico fúnebre dos médicos, suplantando este primeiro obstáculo que se erguera no
alvorecer de minha existência terrena.(2)

A jovem mestiça representou, sob vários aspectos, a mais importante influência que sofri nos
primeiros anos de minha vida e, talvez de bons(bens?) futuros “carinhos”. Graças a energia de
Maria eu conseguira viver, como fora também graças a sua interferência áurica que as minhas
tendências mágico-místicas vieram à tona de maneira natural e rápida.
Maria permaneceu por longo tempo à nosso serviço como copeira e minha babá.(3)
Eu não havia ainda completado onze anos de idade quando, através dela, vivi a mais importante
experiência mágica naquela época. Experiência que jamais poderia esquecer, tal a Energia
liberada, e que foi, sob muitos aspectos, a minha primeira Iniciação.
Aconteceu no verão de 1947 e.v.(4)

Já me encontrava deitado, meus pais permaneciam no andar térreo da casa onde morávamos,
escutando rádio, coisa que naquele tempo era muito comum, tal qual é hoje em relação à
televisão.

Com a porta e janelas do quarto abertas em virtude do abrasante calor, eu podia apreciar o lindo
céu, onde o crescente lunar flutuava como um barco num oceano de estrelas.
Entre dormindo e acordado, percebi um vulto entrando no quarto. Era Maria, que dirigia-se a mim
numa estranha linguagem, mas bastante sonora. Aproximando-se vagarosamente, como se
flutuando, parou a minha frente, bem perto dos pés da cama. Estava completamente nua. Seu
corpo exuberante brilhava, à luz do luar, molhado pelo suor que, escorrendo em gotas até seu
púbis, cintilava como diamantes sobre o veludo negro. Eu, ainda criança, permaneci estático,
maravilhado e fascinado ante aquela visão inaudita de uma mulher despida, e que mulher...O
corpo dela tornava-se mais visível a medida que meus olhos se adaptavam a semi-escuridão do
quarto. Tênue claridade carmim a circundava, acentuando os seus contornos femininos.

Quase sussurrando, ela iniciou um canto cadenciado enquanto movia o corpo em ondulações
sensuais. Cantava, dançava e girava em volta de um imaginário ponto no centro do quarto que
era bem espaçoso. Algo pulsava dentro de mim, e crescia, crescia...
Subitamente ela dirigiu-se as palmas abertas das mãos em minhas direção.
Ilusão, ou não, vi filetes de irradiante luz emanarem dali. Meu corpo inteiro “vibrou” em espasmos
de prazer com a energia recebida. Eu não era mais eu, porém um diminuto ponto adimensional.

Surpreendentemente, não fui assaltado por qualquer sentimento de medo. Pelo contrário, Eu era
pura alegria, pura energia e prazer. A minha frente ( se é que era frente ) desfilavam cenas de
cristalina beleza e magia. Em que Maria num momento era uma coruscante serpente de ouro,
para no seguinte tornar-se um corpo brilhante como se tecido em luz estelar. Agora, eu era
aquelas estrelas. Estava nelas e elas em mim. E assim, cenas indescritíveis sucediam-se.

Em dado momento, Maria parou o canto e a dança, ficando qual uma estátua de luz irradiante,
uma flama ardente, faiscante de beleza indescritível, dentro de um cristal. O púbis daquela deusa
irradiava como um diamante negro atingido por luz violeta, e os verdes olhos dela brilhavam como
gêmeos sóis de esmeralda. Seguiu-se um interlúdio de felicidade e prazer extremos. Minha
sensação era de estar mergulhando num negrume luminoso do espaço infinito. Meu pênis pulsava
quente. e eu era aquele pulsar levando-me a total inconsciência de mim mesmo. (5)

Ela veio em minha direção. Não andava, simplesmente vinha...


Fazendo-me sentar na cama, lentamente, mas tão lentamente que mal podia sentir, desnudou-se
por completo. Em seguida, colocando o travesseiro por baixo de minhas nádegas - de modo que
fiquei levemente inclinado para traz - cruzou-me as pernas na postura do Lotus. Suave e
delicadamente sentou-se, por sua vez, sobre meu membro ereto, cruzando as longas pernas às
minhas costas, de modo que estávamos, agora, os dois, na posição característica de amor entra
SHIVA E SHAKTI.

O calor do corpo de Maria ( que não mais era Maria ) envolveu-me calidamente, e o morno odor
de sua sensualidade, misturado ao de seu suor, recendia em todo aposento.(6) Minha respiração -
se era que eu respirava - era superficial, longa e quase imperceptível. Ela puxou os meus quadris
para a frente, introduzindo meu pênis em sua vagina quente e úmida; depois balbuciou um Nome
e permaneceu imóvel. Somente havia um movimento de contração em sua vulva em torno de meu
membro.(7)

No momento supremo foi como se um Sol explodisse dentro de Mim. As paredes, o teto, o chão,
tudo mais sumiu naquele clarão...Apenas uma luz claríssima, mas não ofuscante, existia. E
naquela luz o melodioso som de uma flauta. E tudo estava naquele som.
Três dias após aquela noite, Maria foi-se embora. Nunca mais a vi fisicamente...

II

Meus pais adotivos, embora originários de família tradicionalmente católica romana, depois de
certos acontecimentos, passaram a dedicar-se ao Culto Umbandista (8).
Assim, desde muito cedo vi-me em contato com Energias oriundas de outros planos de
manifestação o que, obviamente, contribuiu diretamente em minha natural tendência para a
magia, e ao mesmo tempo manteve-me afastado das influências malsãs do romanismo, do
cristianismo “histórico”, mas não do “Cristianismo em sua forma eterna(9).

Atingindo a adolescência fui atraído de maneira acentuada para a mais proeminente Entidade
feminina do Panteão Umbandista: YEMANJÁ, o ORIXÁ fêmea das Águas, que no sincretismo
Afro-Brasileiro identifica-se com a Virgem, e no Antigo Egito com ÍSIS, a Mãe Terrestre, que por
sua vez se identifica ( em outro plano ) com NUIT, a Mãe Celeste como Ela Mesma se declara em
Liber AL: “I am the Infinite Space, & the Infinite Stars thereof”. A frase é um anagrama de Ísis.
Ora, esta imagem me foi dada a ver por duas vezes em minha infância ( como a Grande Mãe e
como a Grande Prostituta ) incarnadas em Maria, a exuberante mulher de seios fartos que me
amamentara, e aquela outra de púbis aveludado que copulara comigo “ritualisticamente”(10).

Esta “adoração” por YEMANJÁ, chocante como possa parecer, desenvolveu em mim características
mágico-eróticas. E por enumeras vezes, profundamente energizado a ponto da exaltação, eu,
quando ia para a cama com uma mulher, ela imediatamente se transformava ( em minha
imaginação ) Naquela Deusa (11).

Em 1937, com um ano de idade, padeci de pneumonia. Isto aconteceu em São Lourenço, Estância
Hidromineral localizada ao Sul do Estado de Minas Gerais, onde normalmente meus pais iam
passar as férias. A doença deixou-me em coma durante 4 dias. No quinto dia pronunciei minha
primeira palavra: MA. E me recuperei prontamente (12).
Nesta cidade, dois outros fatos ocorreram ( quinze, e vinte e cinco anos depois ). Primeiro: tive ,
por assim dizer, minha primeira experiência de paixão. Ela era cinco anos mais velha que eu, que
contava quinze anos. Sua experiência, sexualmente falando, foi de grande proveito para mim.
Ficamos juntos quase três anos seguidos, e DELA guardo uma lembrança muito carinhosa.
Segundo: passei ali minha lua-de-mel (13).

III

Aos treze anos de idade ingressei no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Ali adquiri disciplina,
respeito à hierarquia, e um grande amor por meus pais; coisas que muito me ajudaram na vida
profana e, posteriormente, na iniciática.

Também ali estabeleci ligações de amizade com dois professores que, nos anos futuros, tornar-se-
iam conhecidos expoentes no campo do misticismo e da yoga. Juntamente com eles e outros
colegas fundamos um Núcleo Espírita dentro do Colégio. Este Núcleo, se não me engano, ainda
funciona até hoje. Sob a orientação de um e do outro aprofundei-me no estudo do Ocultismo nos
raros, e não muito bons, livros que na época tinha ao alcance (14). Incentivado pelo professor H.,
liguei-me a então conhecida S.T.B.. Nesta organização teosófica, e por sorte minha, tive como
instrutor o Sr. D., profundo estudioso e conhecedor das obras de Blavatsky. Por coincidência, a
cidade de São Lourenço era, e ainda é, a Meca dos teosofistas ligados à Sociedade fundada por
J.H.S.; e, em diversas viagens para aquele centro teosófico, recebi instruções individuais do Sr. D.
no próprio interior do Templo MAITREYA ( Templo Mágno da S.T.B. ) (15).

Lembro-me que várias vezes, meu instrutor e eu, ficávamos conversando sentados na escadaria
que dá acesso ao Templo, observando o pôr do sol. Naqueles momentos eu me sentia como que
em outro mundo, e em minha imaginação voava longe.
Entretanto, todo conhecimento até então adquirido ainda não me preenchia plenamente(16) e,
desligando-me destes laços iniciais, dediquei-me, aproximadamente por dois anos, à Hata-Yoga,
sob a sábia orientação do professor H.

Também não satisfeito com os resultados obtidos (17), enveredei por outros “caminhos”ocultistas
não ortodoxos, seguindo somente os impulsos do coração. Tal atitude provocou grande
preocupação entre meus familiares, temerosos que eu não resistisse a pressão e viesse
descambar para a demencia. Enfrentando os conflitos e as discussões estéreis que a nada
levavam, filiei-me à várias organizações ocultistas. Em uma delas, dissolvia pouco tempo depois,
vi-me atraido pelas iniciais A..A. ( o nome desta organização era Agla Avid, sendo chefiada por
uma deslumbrante mulher cujomoto mágico era IARADASÃ. Ao que parece, ela era uma magista
de grande capacidade e de um “glamour”irresistível. Porém, esta Ordem pouco durou, seus
dirigentes devem ter pago muito caro pela ousadia de especular com as sagradas iniciais da
Grande Ordem ). Em nenhuma dessas organizações encontrei o que procurava. Mas o que eu
procurava? Nem mesmo eu o sabia na época (18).

Andava, certa ocasião, às voltas com Kardec e Blavatsky ( que mistura! ) quando pela primeira
vez li o nome ADONAI. Sem qualquer aparente razão (assim pensava na época) o Nome causou-
me estranha comoção. Durante aquela noite custei a dormir, só o conseguindo já de madrugada.
Sonhei estar subindo uma colina perdida algures. No topo da elevação sobressaía pequena
choupana, sendo a única construção existente naquela paisagem até onde minha vista alcançava.
Paz e Tranquilidade moravam ali. Uma perfumada aragem soprava e com ela vinha uma melodia
que me treazia recordações. Não dá para explicar de como ouvia a melodia, apenas a
“sentia”vibrando em todas as partes do meu ser. Não a ouvia no sentido que normalmente damos
ao termo. À porta da choupana um ancião olhava-me complascente. Não pronunciou uma palavra
sequer; somente apontava para o interior da singular construção. Entrei. No interior desta havia
uma mulher morena, vestia um tipo de robe lilás, transparente, deixando transparecer exuberante
sensualidade em seu corpo esguio. No centro do pequeno aposento uma mesa rústica coberta por
uma toalha branca sobressaia. Sobre a mesa um volumoso livro fechado em cuja capa, parecendo
couro, estavam gravados em ouro 4 caracteres hebraicos . No entanto, eu os lia perfeitamente.
Estava escrito ( ADNI=ADONAI).

Na manhã seguinte, o nome ainda ressoava em minha mente, e assim passei o dia inteiro. À
noite, indo a casa de um amigo que, ao que parecia sabia muito mais do assunto do que eu
(embora nunca tivera, em qualquer ocasião comentado a respeito comigo), contei-lhe num
desabafo meu estranho sonho. Sem nada dizer, ele apenas sorriu. Levantando-se, saiu da sala. Ao
retornar trazia num volume e me o entregou. Ali estava, fisicamente palpavel, o livro visto em
sonho. Profundamente exitado, li-o naquela mesma noite, ficando fortemente impressionado com
o romance escrito por JORGE ADOUN ( Mago Jefa ). O autor exibia profundos conhecimentos no
Caminho Iniciático, usando um Sistema do qual jamais ouvira antes, apontando para certos
aspéctos do uso do sexo na Consecução espiritual (19). A principal personagem feminina da
narrativa ASTAROUTH - a Shakati de Adonis, o Adepto do livro, trazia-me à mente a imagem de
Yemanjá, de Maria, de minha primeira amante, de Ísis, etc..

A repercussão do livro fora tão violenta em minha mente e coração que, após sua leitura, fiquei
como alucinado. Abandonei tudo que até então julgara ser o Caminho. Tudo o que eu
“sabia”revelou ser apenas castelos de areia se dissolvendo sob o impácto das ondas do Verdadeiro
Conhecimento.

Eu ouvira o “Chamado”. Mas não sabia como responder-lhe. Não só o romance ADONAI, como sua
continuação. O “BATISMO DO FOGO”me exitara profundamente, reavivando aquele Fogo
Consumidor que eu tentara apagar ao seguir sistemes já superados.
Tomado por profundo sentimento de solidão, de saudades, de desconforto espiritual, de
lembranças que ainda se encontravam no limiar de minha memória (20), fiquei no “ar”, sem
saber o que fazer. Onde e como procurar aquele mestre, ou aquela Ordem descrita no livro (21).
Não mais raciocinando, a inquietação interior aumentava. A pressão chegou ao máximo. Alguma
coisa, eu sentia, iria ceder e, por várias vezes, pensei em auto extermínio. A vida não valia nada
divorciada do meu “ideal”. Certo dia em total desespero tomei um sério juramento: “Ei de
conseguir o que quero, nem que para isto seja necessário morrer”(22). O tempo passou. Em
1959, terminando o curso científico ( Escola Preparatória de Cadetes do AR ), renunciei à carreira
militar e comecei a me preparar para o vestibular de engenharia, não conseguindo passar no
vestibular. Desiludido procurei a Embaixada de França para ingressar na Legião estrangeira. Nada
consegui. Resolvi, então, a contra-gosto de meus pais, trbalhar. Neste meio tempo, conheci a
mulher com quem me casei.
A despeito de todo o meu ardente anseio de encontrar “meu Mestre”nada de parecido ocorreu até
o verão de 1962.

Ao casar-me em 1961, renunciei a todas minhas esperanças de, ainda nessa vida, tornar-me um
iniciado, e comeceia me dedicar à pintura. Porém, por mais que me esforçasse para esquecer do
passado, meus quadros eram vivas contestações a esta renuncia.

Em 1964, aquela com quem me casei, e tem sido até hoje muito paciente com minhas traquinices,
surgiu como veículo de meu encontro com aquele meu anseio (23).

Certo dia, ela solicitou-me que comprasse um livro- - - um desses romances comuns. Ao procurá-
lo na livraria de nosso bairro (Tijuca), encontrei, perdido perdido entre os livros mque nada tinham
a ver com o ocultismo, um curioso livreto intitulado “CHAMANDO OS FILHOS DO SOL”.
Intrigado com o título, folheei-o. Na ante capa final havia um nome - THELEMA -. Uma palavra que
eu já houvera lido ou ouvido antes em algum lugar, mas que não ,me lembrava onde e
quando (24).

Comprei o livro e, naquela mesma tarde o li de um só fôlego. O conteúdo do mesmo excitou-me


enormemente. Indicava, ao que parecia, a existência de um corpo de Iniciados, entre homens e
mulheres, unidos em Espírito e Verdade sob a égide de uma Ordem Superior
denominada A.·.A.·. ( iniciais que, tinha absoluta certeza, já ouvira antes ) (25), trabalhando
seriamente no terreno da magia e do misticismo em prol da evolução espiritual e material da
humanidade. A esta Ordem Superior, várias outras se ligavam, trabalhando no mesmo sentido e
promulgando a Lei de THELEMA.

O que mais me atraíra na narrativa era o modo de como o assunto estava colocado. O autor, ou
autores, (não havia nenhum nome desta, apenas uma inicial M.) declarava abertamente que todos
os sistemas, até então usados, estavam mortos, ultrapassados, e que um Novo Sistema
(Thelema) fora oferecido ao mundo. Uma NOVA ERA já despontara para o mundo. As declarações
do livro causaram-me grande impressão. Parecia-me, por assim dizer, ester familiarizado com
tudo aquilo; que já o sabia de uma forma ou de outra, abrindo-me as Portas de minha
memória (25), paralelamente a isto, uma parte de mim repudiava o livro. Era incrível, um
verdadeiro paradoxo.
Abordando vários assuntos, ele ia fundo no âmago das coisas. Referindo-se ao sexo - que eu
tentara inutilmente reprimir - o autor contradizia tudo que, com excessão de Jorge Adoum, dizia
sobre o assunto: “Sede mais abençoado quanto mais fordes potentes, quanto mais anciares pela
beleza e refrigério da mulher”(26). Aquilo parecia loucura. Todos nós “ocultistas”não sabemos
que o sexo é uma das grandes barreiras no Caminho? Não é dito em todas as partes que a
castidade é a base de tudo? Que loucura. E mais adiante: “Nossa fraternidade é a Fraternidade
dos Filhos da Luz. Anossa Habitação é o Lago de Fogo Eterno, o SOL”. Era demais para mim.Caí
doente. Durante quase uma semana a febre corroeu-me internemente. Uma decisão. Entre as
Ordens enumeradas no Livro, uma delas me chamou mais a atenção: a ordo templi orientis (27).
Escrevi para o endereço contido no livro, solicitando mais informações a respeito. E, assim,
iniciou-se uma relação que duraria treze anos. Eu havia encontrado meu primeiro instrutor nas
Artes Mágicas e Místicas. Meu juramento havia sido aceito.

“ O Mestre ” aparecera para reclamar seus direitos...

IV

Fui convocado e colocado na Balança.

Em 1963, por indicação de um amigo, iniciei-me na Macónaria Osiriana. O Ritual de Inciaiação


decepcionou-me profundamente., pois desenvolveu-se no plano físico. Não me oferecera nenhuma
visão interna. Sai da cerimônia tão profano quando antes (28).
Alcançando a plenitude macônica em 1966 (29), e já com certa bagagem de conhecimento
verdadeiramente iniciático, escrevi uma carta aberta a todas as lojas listadas como pertencentes a
maior Potência Maçônica do Brasil. Nesta, relatava a todos os Irmãos a séria situação em que a
Ordem Maçônica se encontrava no Brasil (30).

Compreedendo, embora tardiamente, a falta de visão iniciática da grande maioria dos mações, e
recebendo enérgicas instruções de meu instrutor na ordo templi orientis para não mais interferir
( seria pura perda de tempo ), retirei-me definitivamente daquela Ordem osiriana, mas não da
Real Maçonaria, dedicando-me inteiramente ap meu processo na ordo templi orientis (31). Mais
um elo fora desfeito com o passado. Mas haviam muitos outros ainda...

A primeira fase de minha iniciação terminara (32). Durante o longo período que agora parece tão
curto, estive constantemente sob ordálias, as mais severas, spbre as quais me é bastante difícil
descrever (33). O doloroso processo de se desligar dos velhos caminhos e condicionamentos do
homem lunar, de sofrer o caos (34) que se estabelece entre duas posições , e de se lançar no
desconhecido, estava finalmente terminado naquela fase. Até onde podia perceber , eu vencera o
período de "probação". Começara a engendrar a "criança" em mim mesmo. de como Ela cresceria,
ou mesmo se cresceria, dependia única e exclusivamente de meus próprios esforços.

A fase culminou com o vislumbre da "terrivelmente magnífica", e magnificamente terrível, visão


parcial do que o homem é, e suas relações com o universo (35). Percebera também a futilidade
das ambições de poderes mágicos, e das ambições humanas em todas as relações sociais e
segmentos da vida; a total impermanência das coisas do mundo explodiu em minha face.

- Outras informações : Seus documentos, Linha do Tempo

- Soror Kali Athena : Adjuvo e Thor

- Blog de Frater Thor: Lux in Tenebra

- Eucldyes Lacerda de Almeida sobre Raul Seixas e Paulo Coelho: Memórias e Reflexões

Periódicos de Frater Thor


Notas:

(1) - Esta frase, “pela vontade de Deus” é repugnante à Thelemitas. Frater T. usou-a aqui de
maneira irônica, querendo demonstrar de como certas crendices do Antigo Aeon “condicionam” as
pessoas a uma aceitação passiva de fatos que poderiam ser evitados. No particular caso da morte
da mãe dele, NÃO FOI A VONTADE DE DEUS que determinou a morte de sua mãe, mas sim a
péssima higiene do Hospital onde ela foi atendida. É necessário terminar com este
condicionamento de culpar a Deus por todas as nossas burrices e ignorância. Por acaso foi Deus
quem determinou a criação da, assim chamada, Santa Inquisição ? Ou a perseguição dos Judeus
na Europa ?
No entanto, os verdadeiros inventores destas barbaridades assim se justificam. Cretinos.

(2) - Maria, a jovem contratada para amamentar a criança, tivera uma filha poucos dias antes do
nascimento do menino. Durante muito tempo as duas crianças se relacionaram como verdadeiros
irmãos. Isto fez com que qualquer tipo de preconceito - racial ou social - fosse arrancado do
coração de Frater T. pela raiz.

(3) - Babá, pela Qabalah é 2+1+2+1 = 6, o n° do Sol, Tiphareth, o Sagrado Anjo Guardião.

(4) - Ano e mês da morte de Crowley ( 01.12.47).

(5) - O mesmo fenômeno se repetiria anos mais tarde, e por várias vezes, quando Frater T.,
então Frater Z., praticava intensamente Swastikasana, permanecendo na posição, em meditação,
por largo espaço de tempo. Naquela época, e isto talvez seja muito significativo, seu Instrutor não
soube explicar o fato da ereção.
(6) - Anos mais tarde, ante uma “ visão” semelhante, ele descreveria em seu “Canto de Amor a
Minha Secreta Deusa”: “O Amrit precioso está em toda parte. Ele transborda nas gotas peroladas
de Teu suor que perfuma o inteiro Universo”. Vida “A Deusa Negra” ( Cap. IV: vs. 8 ).

(7) - Maria, ao que tudo indica, era uma experiente praticante das Artes Tântricas. Seu encontro
com o menino não fora “ acaso” como veremos adiante. Aos interessados no assunto, indicamos
“TANTRISMO”, Benjamim Walker; “TANTRA FOR WESTERNERS”, Francis King; “METAFÍSICA DO
SEXO”, Julius Evola; e, é claro, os escritos de F. Perdurado, principalmente o “ENTUSIASMO
ENERGIZADO”.

(8) Sua mãe, uma maga natural, iniciara-se nos Mistérios da Umbanda pouco depois de seu
segundo matrimônio, quando o filho verdadeiro faleceu em circunstâncias muito dolorosas para
ela. Após alguns anos de dedicação e preparo neste Sistema Iniciático, recebeu, na Bahia, o Grau
de IALORIXÁ.

(9) Como muito mais tarde vim a saber: “A literal adulteração e destruição dos antigos símbolos é
quase nada comparada com a sistemática iconoclastia operativa por séculos nos secretos
santuários do Judaísmo e da Cristandade, quando importantes documentos foram destruídos,
textos mutilados e deliberadamente distorcidos para abrir caminho para o oculto desta anomalia
suprema na história da religiões: um histórico salvador que morre e ressuscita na carne.

(10) YEMANJÁ, sendo um Orixá ( isto é, uma “Deusa”, uma Força da Natureza, do Panteão
Africano) jamais poderia ser representada branca, vestida, como acontece ser figurada por aí. Sua
imagem deve ser figurada, portanto, como uma mulher de pele escura, nua, exuberante em toda
sua sensualidade, seios fartos, etc.
A representação deste orixá como branca, vestida e com ares de virgem, tipo católico romana, é
uma deturpação do símbolo original e demonstra, sem sombra de dúvidas, a intromissão da mão
do Vaticano que abomina tudo que é santo, belo, puro, e dinâmico; como também, por outro lado,
desmascara o RACISMO mal disfarçado na “sociedade”, dita cristã, brasileira.

(11) Chocante para os maliciosos puritanos e pederastas, escravos do Deus Sacrificado, Morto e
castrado, não para verdadeiros Iniciados. O ato do rapaz era automático, expontâneo. Não
recendia a qualquer tipo de malícia ao executá-lo: a imagem imergia naturalmente, sem esforço.
Visualizando Deus, isto é, vendo a Deusa sob sua forma telesmática, tal qual era representada na
Verdadeira Umbanda.
Aos carolas e imbecis tecedores de intrigas, que no fim vem a ser a mesma coisa, estes jamais
poderão entender a verdadeira natureza existente nesta exaltação religiosa.
Que iniciados atentem para este ato mágico do rapaz, principalmente aqueles do VIII°. Para
outros já familiarizados com as obras de THERION, refiro-me à REX DE ARTE REGIA, CROWLEY
ON CHRIST, etc., onde inúmeras passagens são abordadas e comentadas por Frater Aossic
AIWASS. O fato dos “cristãos” conceberem o ato de amor como pecaminoso, imundo, etc., não
impede que os Mistérios do Sexo continue a manter a dignidade e Divindade que lhe
correspondem.

Na Árvore da Vida, a Corrente Mercurial está identificada por AJE CHALUGA, Deus das Riquezas.
Ele é filho da Grande profundidade ( LOKUM ) e possui como símbolo uma enorme concha
marinha ( símbolo inconfundível do YONI ). Este símbolo tipifica, na Zona YESODIOCA, através
Yemanjá, a grande Mãe, também conhecida como FUNDAÇÃO, de cuja vulva nascem todas as
outras de idades. De seus seios volumosos originam-se duas Correntes do Líquido Primordial,
estilizado como o símbolo de AQUARIUS. Na Mitologia Hindu Ela é também KALI, a Deusa Negra.
Existem muitos fatos na vida de Frater A. que ao observador atento revelará muita coisa: certa
vez ele se surpreendeu, diante de um espelho, repetindo seu nome profano seguidamente ao
ponto que em dado momento, perdia totalmente sua noção de identidade, não conseguindo mais
“ligar” o nome a si mesmo. O nome soava-lhe totalmente falso e estranho àquilo que ele sentia
ser SI MESMO. Ele passava horas nesta “brincadeira”, até que um dia, sendo surpreendido por
sua mãe, esta (assustada ) lhe proibiu de continuar a fazê-lo. Infelizmente, ele parou a
brincadeira. Anos mais tarde, quando praticava seus exercícios de meditação, viu-se forçado a
usar um mantra para manter a mente vazia; lembrou-se da experiência passada, e a coisa
tornou-se bastante fácil.

(12) É muito indicativo que sendo Frater T. um geminiano, tenha tido, como primeira doença
grave, pneumonia, um mal caracteristicamente pulmonar, órgão diretamente ligado ao AR.
A palavra MA ou MAUT. Maut e Nu possuem valor 56 (=11). Ma ou MAUT são idênticas com MAAT
como a real partícula atômica- - ATMA. Os dois conceitos, MAUT e NU, somados dão 112
( 2x56 ) . MA, a filha de MAAT, designa o Círculo Menor ou AEON de MAAT, isto é, MA-ION. O
animal totem de MA, ou MAUT, é o Abutre, símbolo tipicamente aéreo.

(13) Só que com Maria não fora uma experiência normal, por assim dizer. Funcionára em outros
planos além do físico.

(14) Nesta mesma época, a conhecida organização “esotérica”chamada “Círculo Esotérico da


Comunhão do Pensamento”estava em vias de decadência, ao se deixar infiltrar por forças das
mais malígnas, encabeçadas pela LOJA NEGRA (não confundir com Fraternidade Negra. Sendo
esta uma ramificação da Grande Fraternidade dos Irmãos da Luz). Isto se após o falecimento de
A.O.Rodrigues.

(15) A Sociedade Teosófica Brasileira era uma organização dissidente da Sociedade Teosófica
(Adyar-india) fundada por H.P.Blavatsky em 1875- - ano de nascimento de Crowley- - - e cuja
representante, no Brasil chamava-se Sociedade Teosófica do Brasil.

(16) A explicação desta inquietação interna residia no fato de que todo aquele conhecimento,
com raras excessões, apenas atingiam o nível do intelecto ou, quando muito, o astral inferior.

(17) Frater T. era, quando moço, muito apressado. Queria resultados imediatos. Esta faceta---
comum aos geminianos--- foi purgada somente após alguns anos de treinamento intensivo. Por
outro lado a Hata-Yoga não era o seu caminho, embora as práticas fundamentais daquele Sistema
o tenham auxiliado bastante.

(18) Por trás desta preocupação familiar esconde-se um dos truques que o homem lunar é
testado. E representa uma das maiores barreiras no caminho.( vide maiores detalhes em MAGICK
WITHOUT TEAR, pag. 334 - LLewellyn Publications - 1973).

(19) O Dr. Jorge Adoum estava ligado à várias fraternidades maçônicas de alto grau, entretanto,
somente uma delas possuia o ele com o Sistema-Thelemico. Infelizmente, mesmo esta, fora
infiltrada por esbirros do romantismo e, com o passar do tempo perdeu contato com os Planos
Internos.

(20) A referência aqui é à memória mágica.

(21) Como alguém já dissera certa vez: "é a coisa mais fácil encontrar pelo Iniciado. E mais difícil
de ser encontrada pelo profano. No entanto, esta tão perto de nós...

(22) O Juramento fora sincero, e os Senhores do Karma aceitaram o voto, colocando em


movimento as forças necessárias para provar a resolução dele. Leitores devem perceber que
Frater T. ainda estava, na época, sob o condicionamento a ele infundido pela sociedade em que
vivia. Porém, mesmo assim, a idéia que, inconscientemente, fazia da morte tinha características
bem próximas daquelas que Crowley nos explica em "Magick".

(23) A função da mulher de Frater T. foi assumida em 08 de dezembro de 1961, quando ela
"ungiu"a Baqueta dele com sangue. Observem que a data é dedicada a Yansã na tradição
umbandista e a Nossa Senhora da Conceição na Tradição Romana. Yansã sendo uma forma de
Yemanjá. O ato mágico formou um elo com a corrente thelemica, que fortificou-se com o tempo.
Todo este evento está, em detalhes, descrito em seu diário mágico.

(24) A palavra fora ouvida na F.R.A. anos antes. Esta ordem maçônica", fundada por A. Krumm-
Heller com autorização dos irmãos do Círculo Interno, perdeu seu elo com a Genuína Corrente,
após a imprudente resolução de seu fundador em usar o nome R.C. externamente. O Dr. Krumm-
Heller pertencia ao VIII° ordo templi orientis , e como tal tinha direito em fundar um ordem
pessoal.

(25) Em 1975, Frater T., iniciou-se nesta "ordem" no intuito de fechar um ciclo que se fazia
necessário ao seu trabalho. Sua iniciação, sendo presidida pelo Ir. P.P. em Santos Dumont, indica
a finalidade do ato.

(26) O conteúdo do livro imantara profundamente a mente mágica de Frater T. com seus
símbolos e chaves ali contidos. O autor surgia, em sua imaginação, como um daqueles Mestres
procurado. Entretanto, no fundo de seu inconciente algo se remexia de modo antipático contra o
autor. Se Frater A. tivesse analisado a origem desta antipatia é bem provável que muita coisa
teria sido evitada. Mas ele era apenas um ignorante buscador, e muito jovem ainda...

As iniciais A. A. eram apenas da Agla-Avid, aquela "irmandade"referida acima. Uma personificação


das Forças Negras em uma de suas tentativas de usurpar a Verdade.

(26) Para pessoas cuja percepção cuja percepção ainda sujeita à limitações impostas por uma
religião totalmente forjada na mentira. É muito difícil se desembaraçardas teias preconceituosas
criadas em torno do sexo e, em vista disso, não poderão, a não ser através da verdadeira
iniciação, obter as "chaves'dos divinos mistériosda Natureza e a Unidade e Divindade do Todo. É
exatamente como nos informa Frater Efraim: "Enquanto consideraresobcenas as naturais e
expontâneas manifestações da sexualidade, não poderas penetrar no santuário, nem conhecer a
relação exata e correta do sexo com a espiritualidade.

(27) Principalmente o "Lamem"da Ordem que ele já tivera oportunidade de ver num livreto da
AMORC. Tal como na FRA, a AMORC também fora fundada por um membro daordo templi
orientis . Porém da mesma forma, seu fundador ousou especular o Nome Sagrado abaixo e acima
do Abismo.

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DE ARTE MAGICA- FRATER THOR


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APÊNDICE

O TARÔ DE THOTH

“É importante que você entenda as minhas razões: essa Obra do Tarô é uma
Enciclopédia de toda filosofia “oculta” séria. É um Livro de Referência que determinará o
curso do pensamento místico e mágico nos próximos 2000 anos. Meu único sentimento
de ansiedade restringe-se a salva-lo da destruição, fazendo com que seja reproduzido
numa forma permanente e assim distribuí-lo por várias partes do mundo. Não estou em
boas condições financeiras, mas se fosse ao contrário, eu doaria 200 cópias a
Bibliotecas Nacionais em todas as partes do mundo e algumas mais aos meus
representantes”.

Crowley para Sra. Pearson, fotógrafa, 29 de Maio de 1942

O Talvez os créditos desse tarô devessem vir: Harris e Crowley e não o contrário.

Marguerit Frieda Bloxam adotou o nome de Lady Frieda Harris após se casar com o parlamentar
Sir Percy Alfred Harris. Iniciou-se na Sociedade Teosófica e foi apresentada a Crowley por uma
amiga em comum, a artista Greta Valentine.

A pesar dessa qualificação, era iniciante em assuntos mágicos além de conhecer pouco sobre o
tarô. Foi por insistência sua que Crowley decidiu escrever o Livro de Thoth (ou Atu (1) de
Tahuti). Inicialmente ele queria apenas redesenhar os arcanos maiores com algumas adições
oriundas da filosofia telêmica influenciado, mais especificamente, pelas revelações feitas em Liber
418, em 1909, na experiência do 6º Éter. No entanto, Harris o importunou tanto, querendo que
ele escrevesse uma nova obra de tarô, que fez uma oferta irrecusável: pagaria a ele 2 libras por
semana se ele a introduzisse nos caminhos da magia. Diante dessa oferta, Crowley aceitou e bom
grado e começaram a produção em 1938. Foi iniciada então no dia 11 de Maio, adotando o mote
de TZBA .

Trabalhando sobre as notas e esboços de Crowley, além de uma intensa troca de


correspondências, Harris chegava a pintar a mesma lâmina oito vezes até satisfaze-lo. Ele admitiu
mais tarde que foi a energia dela que impulsionou o trabalho, ficando a seu cargo orientar a
intuitiva discípula na pintura das lâminas.

Crowley chama a atenção, numa correspondência relativa ao atu VIII, sobre o medo dela de
desenhar rostos, dizendo que era um sintoma mundial de covardia d'alma. No entanto, a ausência
de expressões faciais marcantes na obra despersonaliza o elemento humano, deixando a cargo
dos símbolos, cores e formas gerais a transmissão dos conceitos desenvolvidos por Frater
Therion, resultando numa obra mais arquetipica. O exemplo mais marcante e a carta 11, a mais
intensa do tarô, o Tesão: o rosto de Babalon está virado, deixando a cargo das formas a
expressão da mensagem. E o 12, o símbolo da iniciação? Apenas um rosto é sugerido.

Se formos citar as principais referências da obra da Besta no desenvolvimento do tarô, sem dúvida
nenhuma ficamos com Liber Al vel Legis e A Visão e a Voz .

Apesar de ter sido publicado apenas na década de 60, Harris fez 3 exibições: uma em Junho de
1941 no Randolph Hotel em Oxford, outra em Julho de 1942 na Berkley Galleris em Davis Street e
em Agosto do mesmo ano na Royal Society of Painters in Water Colours em Londres.

Em 1943 Harris termina as aquarelas e, no ano seguinte, Crowley publica The Book of Thoth by
The Master Therion: A Short Essay on the Tarot of the Egyptians .

Chegou ao público uma possível disputa com Crowley pelos direitos da obra, após a publicação do
livro, causando um atrito entre os autores. No entanto, Harris o visitou dias antes dele morrer.
Infelizmente a sua condição era tão precária que não a reconheceu. Foi uma das pessoas que
compareceram ao seu funeral. Ambos não ganharam financeiramente nada com o trabalho.

Após o falecimento da artista (em 1962 na Índia onde sobreviveu duramente da venda de sua arte
após a morte do marido) os originais foram para o Warburg Institute em Londres.

Interessantemente o trabalho, dedicado a expressão visual de uma corrente de pensamento cujo


representante é um deus da guerra, foi feito no tumultuado período da Segunda Guerra Mundial,
onde a Inglaterra vivia na iminência de uma tragédia.

A parceria refletiu perfeitamente os arquétipos masculino e feminino de Chokmah eBinah: o


primeiro contribuiu com a semente e a segunda deu a forma.
Mistério dos 3 Magos

Porque o tarô vem com 3 versões da carta do Magus? A história por trás desse mistério é a
seguinte: o caderno de impressão, na gráfica, foi feito em quatro folhas, cada uma contento 20
cartas. Como são 78, sobram 2 espaços vazios. Então o editor da primeira publicação do baralho,
A.G. Mueller, decidiu “presentear” os compradores colocando um bônus: duas cartas do Arcano I,
recusadas por Crowley.

Uma das versões chamada "The Magician" (na qual a figura está na posição de suástica ou
Aleph), corresponde ao descrição feita na primeira experiência de frater Therion no desenho de
tarô, na Golden Dawn, como tarefa do grau de Adeptus Minor. Essas descrições existem
resumidas na coluna CLXXXI do Liber 777(2).

Algumas Considerações

Uma passagem em especial de Liber Al deixou Crowley confuso por anos: “Todas estas velhas
letras do meu Livro estão corretas; mas Tzaddi não é a Estrela. Isto também é secreto: meu
profeta o revelará aos sábios."

Mais tarde a Besta resolveu o problema alterando o tarô e dois caminhos da Árvore da Vida:
trocando as atribuições da letra da Estrela pelo Imperador. A explicação foi a seguinte:

“Não vejo mal em revelar o mistério de Tzaddi aos ‘sábios'; outros dificilmente
entenderiam a minha explicação: Tzaddi é a letra do Imperador, o Trunfo IV e He é a
Estrela, o Trunfo XVII. Aquário e Áries estão em oposição tendo no meio Peixes, o
mesmo com os Trunfos VIII e XI em relação a Virgem. Essa revelação faz a nossa
atribuição do Tarô perfeita e simétrica”

The Law is for All

Essa foi a segunda mudança(3). no tarô em um curto espaço de tempo. A anterior foi creditada
a Golden Dawn: quando atribuíram as letras do alfabeto hebraico a cada carta, trocaram a
numeração dos atus da Justiça e da Força , pois se seguirmos o fluxo das letras, a carta da Justiça
ficaria com a letra “Theth” que representa o signo de Leão e a Força com a letra “Lamed” que está
associada a casa de Libra. Além disso, existe uma terceira, a troca da posição do Louco na
seqüência: foi passado para o início (antes ficava entre os Atu XX e XXI) um lugar apropriado para
o número “0”. Essas mudanças foram confirmadas, de certa forma, em Liber 418, na experiência
do 6º Éter, na visão da Urna:

" Mas a Urna é algo maravilhoso; feita de denso Mercúrio e dentro estão as cinzas do
Livro do Tarô, o qual foi totalmente consumido.

(...) Agora a Urna parece se tornar o centro do Espaço Infinito e Hadit é o fogo que
consumiu o livro do Tarô. No livro estava preservada toda a sabedoria (pois o Tarô foi
chamado o Livro de Thoth) do Æon que passou."
Mas existem algumas interessantes discrepâncias na obra da Besta relativo a esse assunto: no
Livro de Thoth, no comentário final sobre a carta do Imperador, ele volta a atribuir o caminho
de Chokmah a Tiphareth ao arcano (embora no começo diga que pertença a Tzaddi).

E numa outra obra sua, O Mudo Desperto (The Wake World), Lola Sonhadia e seu Príncipe das
Fadas , ao chegarem na sephiroth de Netzach , descrevem os caminhos que levam a ela, um em
particular é interessante:

“Então surgiu outra passagem, só que realmente secreta para tudo, e digo a vocês que
lá estava a mais bela Deusa que já se vira, banhando-se num rio de orvalho. Se
perguntasse o que estava fazendo ela diria: ‘estou criando raios e trovões'. Era uma luz
estelar e ainda assim podia se enxergar claramente, então não diga que estou
mentindo”.

Qual a razão desses equívocos? Pode-se especular várias, mas só existe um meio de saber:
percorrendo o caminho.
(1) Atu - termo egípcio para "casa"' ou "chave". Também, segundo a Besta, derivou a palavra
francesa "atout" ou trunfo.

(2) Em outro livro, Liber 78, estão contidas as descrições das cartas, apesar de não serem tão
completas quando o Livro de Thoth, estão em sintonia com a obra.

(3) Outra mudança ocorrida refere-se a associação dos Querubins com os elementos.Ver Ritual
Menor do Pentagrama.

ARCANOS MAIORES
Louco

Mago

Sacerdotisa

Imperatriz

Imperador

Hierofante

Amantes

Carruagem

Ajustamento

Eremita

Fortuna

Tesão

Enforcado

Morte

Arte

Diabo

A Torre

A Estrela

A Lua

Sol

Æon

O Universo

Arcanos Menores

Keron-E
Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ
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BIOGRAFIAS

" Meus amigos! ' Escapem!' Não sejam prisioneiros de imposições ou ilusões alheias,
pois o que você pretende ser, é sempre inferior ao que você é (o alto estágio). Meu
conselho, aos confusos, de boa fé é apreciar e obter qualquer uma de suas habilidades
naturais e ignorar os críticos, auto-intitulados experts, convenções, idiomas, estilos,
reações ou qualquer tipo de miopia e, se cabe outra análise, conclua em cima da
habilidade descoberta que, sozinha, resiste a mórbida obliteração temporal. Muitas
vezes parece estar entre o hábil homem que banca o tolo e o paspalho que o imita."

A.O.Spare.

Bruxo, feiticeiro, irmão negro, magista. Todas essas definições foram usadas para tentar
descrever Austin Osman Spare sem, no entanto, refletir por completo a sua personalidade ou
obra.

Dono de um sistema extremamente pessoal de magia, Spare talvez tenha sido, até mesmo mais
que Crowley, quem mais valeu-se de usas habilidades naturais e da intensa auto-exploração.

Filho de um policial da cidade de Snowhill em Londres, Spare nutriu pouca afeição pela mãe,
passando-a , posteriormente, a sua instrutora no oculto, Sra. Paterson.

Aos 14 anos ganha medalha de ouro por um tratado em geometria sólida. Aos 16 exibiu sua arte
na Real Academia de Arte e, em julho de 1914, faz sua primeira exposição solo na Galeria de
Baillie.

Sua arte, academicamente falando, guarda muita semelhança com a do movimento surrealista,
tanto conceitualmente, quanto estilisticamente. Sendo, principalmente, resultado da exploração do
seu inconsciente, a relação com o surrealismo ( que prezava também a exploração do
inconsciente, só que de forma onírica, com base nos estudos de Freud e posteriormente de Jung)
era estreita por esse motivo.
O dinamismo das figuras, mesmo estáticas, era característico de sua obra, devido a utilização de
formas orgânicas, tanto nas imagens quanto no enquadramento e distribuição das informações em
excesso.

Paralelamente, valia-se de um grafismo remetente ao art - noveau, onde vemos uma constante
associação de molduras, símbolos e figuras geométricas. Normalmente nas pinturas, predominava
as cores escuras, com predominância nas marrons e derivadas variando entre óleo à aquarela. A
deformação humana era destaque em sua arte ( reflexo de alguma pertubação?)

Neste último, encaixa-se seus "desenhos automáticos" que expressavam mais integralmente a
relação do seu inconsciente com suas experiências espirituais. Segundo ele próprio:

" Em alguns casos, as idéias são resultado das minhas experiências físicas interiores, coisas que
eu necessariamente não vi ou experimentei fisicamente. Em outras os desenhos são automáticos,
concebidos sem conceito na forma a se originar e sem nenhuma direção consciente".

É constante as zoomorficações em sua obra, como reflexo da mais íntima condição humana e
arquétipica. Spare comungava constantemente com o mundo espiritual, valendo-se de entidades e
desencarnados a fim de realizar seus objetivos.

O Pensamento Mágico de Spare

A Sra. Paterson representou a ligação definitiva dos natos talentos de Spare com o sistema
"oculto". Dizia ela que seria uma descendente das bruxas de Salem e, segundo o próprio Spare,
era uma feiticeira poderosa, capaz de materializar pensamentos ( embora fosse talento da
mesma, Spare não conseguia fazer o mesmo freqüentemente).

Em 1909 começa a escrever a sua mais famosa obra, O Livro do Prazer, a Psicologia do
Êxtase, que publicaria posteriormente em 1913.

No dia 10 de Julho de 1910, ingressa na A.·.A.·. sob o motto de Yihoveaum ( Eu sou a


Eternidade) e inicia seu aprendizado com Aleister Crowley. Porém, Spare possuía opiniões muito
fortes e conceitos definidos, devido a sua farta experiência espiritual e sensibilidade nata e
discordava veementemente de certos conceitos mágicos tradicionais. Spare pregava a criação de
um sistema mágico individual pois, segundo ele, entre outras coisas, a simbologia mágica
tradicional carecia de profundidade conceitual, o que invalidava a prática: " O familiar é sempre
estéril".

Levava a mais profunda interpretação do " Todo homem e toda mulher é uma estrela". Embora,
para ele, a necessidade do auto - conhecimento com base em linguagem própria fosse
imprescindível, o seu sistema, por ser muito pessoal, carece de didática, o que não ocorre com o
clássico.

Logo depois, após uma revelação (vê Isis sem o véu penetrando num santuário secreto dos
mistérios egípcios), deixa a A.·.A.·. para solidificar as bases do seu próprio sistema que
posteriormente denomina de Zos Kia.

Uma outra versão de sua saída, seria de que ele, de alguma maneira, descobriu o significado
principal do grau de Magister Templi e decidiu revela-lo, fazendo-o se indispor com Crowley. O
segredo reside no lema hoje usada pela Chaos Magick: "Nada é verdadeiro, tudo é permitido".

O culto Zos Kia se traduz como a gnose de Spare. Através do seu O Livro do Prazerele nos
inicia em seus conceitos thanatos onde a Postura da Morte ( o método da gnose em si) é
evidenciada. Seu motto Zos vel Thanatos ( " Zos ou Thanatos ou morte ou aspecto da morte,
etc.") refletiu a base do conceito proposto.

Valendo-se da combinação da essência do sexo e da morte ( e seus aspectos) Spare promulga a


revelação do Kia (o verdadeiro Eu, o Self ou no sistema thelêmico a verdadeira vontade revelada
através do Sagrado Anjo Guardião) onde Zos é o "corpo como um todo", a ferramenta. A
Postura da Morte deverá deixar o homem no estado gnóstico o orgasmo estático, a pequena
morte, onde anulam-se os sentidos abrindo o véu do inconsciente aos desejos do magista.

Spare relaciona a " mão" com Zos e o "olho" com Kia, no sentido da auto- exploração em todos
os aspectos: físicos sexuais, psíquicos e extra psíquicos. O toque ( a sensação, o prazer físico) e a
visão ( a identificação do objetivo, a transcendência) definem o estímulo sexual do auto-amor.

O objetivo deve ser esquecido, pois a não-consciência do mesmo, é o que capacita o seu
acontecimento. Para isso desenvolveu o conceito chamado " União através da mente ausente"
onde por meio de sua técnica neurolingüística, Spare esquecia o objetivo unindo-o diretamente
com o inconsciente, com o renascimento de uma nova consciência.

A sua obra influenciou na criação de um interessantíssimo sistema mágico, denominado de Magia


do Caos onde o maior expoente é o Pacto I.O.T. ( Iluminates of Thanateros) concebido por Peter
Carol.

Por demais pessoal e yesódica que seja o seu sistema, Spare deu uma contribuição valiosa ao
sistema mágico mundial, que em hipótese alguma, deve deixar de ser estudado, por qualquer
candidato a auto-realização.

Arte

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DIVINDADES THELÊMICAS

A maioria das deidades thelêmicas é oriunda do Egito antigo. Apenas as duas principais são
retiradas do Apocalipse de São João. Em thelem, são usadas com referência de conceitos e não
adoração.

As divindades egípcias variam de significado e origem de acordo com a dinastia.

Aiwass - o "Ministro de Hoor - Paar - Kraat" , aquele que ditou o Livro da Lei a Aleister Crowley
em 1904. Posteriormente Crowley o reconheceu com o seu Sagrado Anjo Guardião. Em 1913 Liber
Legis foi registrado "Como entregue por LXXVIII (78) para DCLXVI (666)", em 1936 foi
alterado "XCIII (93) para DCLXVI (666)". 78 equivale a 'Aiwass' em hebraico (AIVAS); após
receber uma carta de um tipógrafo chamado Samuel A. Jacobs, cujo nome em hebraico era
SHMUEL Bar AIWAZ bei YACKOU de SHERABAD, Crowley notou a grafia 'AIWAZ', e passando para
o hebraico, 'OIVZ', resultava em 93. Mas como foi escrito em Liber Legis 'Aiwass' e não 'Aiuas'
transpôs o nome para grego e resultou em 418.
Ahathoor - a Vênus egípcia.

Ankh - f - n - Khonsu ou Ankhefenkons - sacerdote egípcio, tebano de Mentu da 25ª Dinastia (


cerca de 725 A.C. , Crowley achava que era 26ª mas recentes pesquisas provam 25ª). A Estela da
Revelação seria uma tábua funerária deste sacerdote. Crowley afirmava que ele iniciara o Æon de
Osíris e ao mesmo tempo, que fora uma de suas encarnações passadas.

Apophis - as forças da destruição e decadência.

Hadit - o segundo conceito. O ponto que define a circunferência, o movimento ou o Verbo


gramático.

Harpócrates - forma grega de Hoor - Paar - Kraat, o deus - anão ou criança. Representado como
uma criança fazendo sinal de silênci e a letra Aleph.

Crowley associava-o com o Sagrado Anjo Guardião,

Ver carta 20 do tarô.

Hoor - Paar - Kraat - o Senhor do Silêncio, uma forma de Hórus, gêmeo de Ra - Hoor - Khuit.

Hórus, Horo, Heru - a Criança Coroada e Conquistadora. Senhor do presente Æon, que iniciou
em 1904 com o recebimento do Livro da Lei.

Hórus é a forma grega de Heru - Ra - Ha, o herói solar comum a vários mitos. A sua forma egípcia
possui a cabeça de falcão. Em algumas lendas egípcias é irmão de Set em outras é seu sobrinho.
Na última, matou-o por este ter assassinado seu pai, Osíris.

Desde então tornou-se rei do Egito e precursor dos faraós, que seriam sua encarnação na Terra.

Ísis - mãe de Hórus, senhora do Éon anterior ao de Osíris, onde o poder residia na mulher.

Kephra, ou Keph - Ra - o Deus do Sol da Meia - Noite, com cabeça de escaravelho. O


escaravelho deposita seus ovos numa grande bola de estrume e o empurra pelo sol do deserto
afim de choca-los, além disso, voa contra todas as leis da aerodinâmica. Tal força de vontade não
ficou indiferente aos egípcios. O estrume representa o Deus Sol Ra, e como sai debaixo da terra,
das regiões ocultas, ele é um símbolo de renascimento, o Sol interior.

Khabs - segundo Crowley: " 'estrela'ou 'luz íntima', é a essência original individual, eterna. o Khu
é a vestimenta mágica que o Khabs tece paar si mesmo, uma 'forma' para seu Ente. Além - da -
Forma, pelo uso da qual ele ganha experiência através de auto - consciência, como explicado na
nota aos versos 2 e 3 . O Khu é o primeiro véu, muito mais sutil que mente e corpo, e mais
verdadeiro; pois sua forma simbólica depende da natureza de sua Estrela."

Comentários de Al

Khonsu - deus da Lua.

Khu - ver Khabs.

Maat, Ma' at - deusa da Verdade e Justiça.

Representada por uma mulher com uma pluma na cabeça. Frater Achad, filho mágico de Crowley,
anunciou o seu Æon em 1948, um ano após a morte de Crowley.

No ano de 1955, Kenneth Grant, na sua Loja Nova Ísis, obteve uma experiência de contato
através de um local chamado Zona Mauva.
Em 1974, uma magista chamada Soror Nema, recebeu um livro chamado Liber Pennae
Praenumbra. Seus conceitos batiam com os de Achad e os de Grant. O Æon de Maat, evoca uma
característica muito ligada ao Æon de Horus, conceitos, divindades, rituais, etc.

Soror Nema disse que o de Maat está "grudado" no de Hórus, além de evocar um conceito
caoticista, o de que todos os Éons acontecem simultaneamente, depende apenas do magista
canalizar a energia desejada.

Mentu - deus da guerra egípcio, também associado com Ra-Hoor-Khuit .

Nuit - o Primeiro Conceito. A Grande Mãe e o grande Nada/Tudo. A matéria. A circunferência


infinita e complemento de Hadit, o ponto. Pode ser representada pelo Espaço Infinito e na Cabala
por Ain Soph.

Ver carta 17. e Liber 11.

Osíris - o deus morto e ressuscitado. Senhor do Æon passado, onde o poder masculino era o
centro mágico ( phallus).

Segundo uma das principais lendas do egito, Osíris era casado com sua irmã Isis, e invejado por
seu irmão Set. Durante um banquete, Set trancafiou-o em uma urna e jogou no Nilo indo até a
Fenícia. Isis, em desespero, procura por seu marido e o encontra. Set novamente ataca e o
esquarteja em 14 pedaços e os espalham por todo Egito. Com a ajuda do filho Hórus, da irmã
Nephtys, do sobrinho Anubis e do deus Thoth, Isis recupera todas as partes do marido, menos
uma: o pênis, que fora devorado por três peixes. Daí a sua associação como deus dos mortos.

Com a ajuda deles realizou o primeiro embalsamento e graças a Thoth, ele ressuscitou para a
imortalidade (no reino dos mortos).

Possui forte relação com o Jesus Cristo.

Pan - inicialmente associado com o deus Baco e a carta 15. Está ligado ao poder criativo e, por
gematria, ao número 61, Nuit/Nada. Em grego quer dizer Tudo. Daí a associação metafísica de
Nada = Tudo, a fórmula da iniciação universal.

Ra - Hoor - Khuit - gêmeo de Hoor - Paar - Kraat, uma versão de Hórus. Também é conhecido
como filho de Nuit e Hadit.

Ra, Amon - Ra - o Deus Sol egípcio, um dos principais do panteão. As vezes chamado Osiris, o
deus que ressuscita toda manhã.

Set - aquele que assassinou Osíris. Posteriormente foi morto por Hórus, a Criança Vingadora. É a
divindade mais antiga criada pelos egípcios, assumindo diversas conotações, de vilão a herói. A
sua forma mais comum é um humano com cabeça de crocodilo. A simbologia do crocodilo é a de
devorador ( de deuses).

Shaitan - forma de Set. Shaitan foi uma divindade adorada na Mesopotâmia, por um povo
chamado Iezide ( ver Renascer da Magia ,de Kenneth Grant), e cujo culto Crowley diz ter
ressuscitado. Também, demônio em árabe.

Teitan - forma caldéia de Shaitan.

Temu - o Criador, o primeiro deus a aparecer do caos ( Nuit). Ao se masturbar gerou dois filhos,
Shu e sua irmã Tefnet. Estes criaram Geb ( o deus da Terra) e Nut ( a deusa do Céu) que por sua
vez deram origem a Osíris, Isis, Set e Nephtys.

Therion - A Grande Besta do Apocalipse. Conceito assumido por Crowley na edificação do Novo
Æon, aquele que iria acabar com o pensamento cristista associado ao Æon de Osíris.

O poder masculino, que conjugado com o seu igual feminino, Babalon, geram a força no Æon de
Hórus.
Therion é Besta em grego, e durante a sua infância, no seio de uma família fundamentalista cristã,
devido ao seu comportamento bagunceiro, foi apelidado de Besta do Apocalipse pela mãe.

No Cairo ao receber o Livro da Lei, sua então esposa Rose Kelly, identificou o mensageiro na
Estela da Revelação, cujo número era 666. A sincronicidade espantou Crowley que, ao assumir o
grau de Magus, adotou o motto TO MEGA THERION. Também representado por um Leão.

Thoth, Thahuti - deus da sabedoria e magia. Criou a escrita. Possuía cabeça de íbis. Associa-se
com Mercúrio.

Tum - deus do oeste, o local do Sol, deus do Sol à noite.

Typhon, Tifão - inicialmente mãe de Set, deusa do caos e da noite. As vezes confundida com Set,
o Destruidor.

Keron-E

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APÊNDICE

Entidades Místicas Brasileiras

As figuras místicas brasileiras, em sua maioria, são orirundas da cultura indígena. Algumas foram
mescladas à cultura européia através dos portugueses e também pela cultura africana.

Cada tribo tem a sua visão sobre a realidade bem como suas divindades, embora um aspecto em
comum seja a manutenção do equilíbrio entre o homem e o ambiente. A maioria, cumpre a função
de guardiões da natureza.

com a introdução do catolicismo no Brasil, algumas lendas foram embuidas de sentidos punitivos
em relação ao sexo e outros pecados católicos.

A diversidade de seres e deuses é muito grande, a seguir vai uma lista dos mais conhecidos:

- Saci Pererê (Matim-Pererê) - o mais famoso dos seres mitológicos, cuja origem remete aos
índios tupi-guarani da Amazônia. Não há brasileiro que não conheça esta figura, principalmente
pela sua utilização em séries de TV e na literatura infantil.

Possui a aparência de um garoto negro, de uma perna só, usando um capuz vermelho e fumando
um cachimbo, surgindo num redemoinho assuviante.Seu comportamento é traquina, gosta de
atrapalhar o homem nos seus afazeres, além de ser um hábil embusteiro.
Segundo o floclore, os sacis nascem em "sacizeiros" nos taquaruçus, num período de incubação de
sete anos. Ao morrer viram cogumelos venenosos ou orelhas-de-pau. Vivem setenta e sete anos.

Sincretismo - Exu, silfos.

- Curupira (Caapora, Bolaro) - outra figura da natureza bastante conhecida. Seu nome vem da
mistura das palavras "curumim" (menino) "pira" (corpo) ou "caa" (mato) "pora" (habitante).
Curiosamente, é uma entidade conhecida pela maioria dos índios das américas chamado de
Máguare na Venezuela, Selvage na Colômbia e Chudiachaque pelos incas. A aparência da cabeça é
variada, porém, em todos esses locais, ele possui os pés para trás.

Vindo da Amazônia, é uma entidade um tanto violenta, responsável por atacar caçadores
(sugando seus cérebros) e as vezes iludindo-os, pois é o senhor das matas. Transforma-se em
qualquer animal mas a sua aparência mais conhecida é a de um garoto com cabeleira ruiva e pés
invertidos carregando uma vara de salsaparrilha. O jesuitas logo trataram de associa-lo ao diabo.

Existe uma outra entidade muito semelhante ao Curupira,as vezes sendo confundidos: o Caipora.
Também protetor das matas, o Caipora aparece como um ser meio homem meio macaco,
cavalgando um porco-do-mato. Se encontrar um, terá azar pelo resto do dia. Muito conhecido na
região amazônica.

Sincretismo - Gnomos

- Boitatá (Mboitatá, Mbaitatá na língua Tupi) - entidade noturna responsável por punir
pessoas que incendeiam ou maltratam a floresta.Possui a aparência de uma cobra de fogo. Alguns
atribuem sua origem ao fenômeno do fogo-fátuo.

Sincretismo - Salamandras

- Iara (Mãe-d'Água, Boiuna) - mito semelhate as sereias européias. Habitante dos rios, a Iara é
capaz e enganar os homens com sua beleza e doçura. Protetora dos rios, lagos, cachoeiras, etc.
Costuma aparecer nas noites de luar. Também é conhecida sob a forma de cobra.

Sincretismo - Ondinas, Oxum.

- Boto - segundo uma lenda da região norte, o boto é responsável pelos filhos de paternidade
ignorada. Sai a noite para seduzir as moças nos bailes (é um ótimo dançarino e muito bonito) e as
engravida nos iguarapés.
Antes da madrugada volta ao rio a sua forma original . Pode ser reconhecido pelo chapéu que
sempre usa ,pois esconde a única forma de indentificá-lo: um orifício na cabeça, identico aos dos
botos.

Sincretismo - Ondinas.

- Mula-Sem-Cabeça - mulheres que tiveram relações sexuais com padres viram mulas sem a
cabeça, que soltam fogo pelas ventas (apesar de não tê-las). O interessante é que o castigo vai
para as mulheres, não para os padres. Aparecem na noite de quinta pra sexta-feira.

- Anhangá - um dos mais antigos mitos brasileiros. É uma entidade polimorfa, que vaga pelas
matas e florestas muito temida pelos índios. Normalmente, um espírito ruim.

- Matintapereira - coruja que canta a noite para avisar a chegada da morte a uma pessoa,
segundo um mito tupi. Assume também a forma de uma mulher grávida.

- Cuca - mito semelhante as bruxas européias: uma velha feia e má que ataca as crianças
desobedientes.

- Jaci - conceito cosmológico indígena, representa a Lua, a excência feminina. É esposa e irmã do
Sol, Coaraci. Mãe dos frutos e vegetais, zela pelo crescimento vegetal, além de controlar os
elementais da floresta: Curupira, Saci e Boitatá.
Keron-E

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AS TRÊS ESCOLAS DE MAGIA

" A Grande Fraternidade dos Irmãos da Luz tem várias subdivisões, das quais as principais para
este planeta são a Fraternidade Negra ( que não deve ser confundida com a Loja Negra ), a
Fraternidade Amarela e a Fraternidade Branca. Elas são simbolizadas na Cabala pelos três filhos
de Noé.

A Fraternidade Negra mantém que toda manifestação tem forçosamente que ser da natureza de
sofrimento; que o fito do homem deve portanto ser esgotamento do Karma pessoal e absorção no
Nirvana. Nessa Fraternidade foi o Buddha Sidharte Galtama o maior expoente; seu livro canônico
foi o Dhammapada.

A Fraternidade Amarela mantém que toda manifestação, sendo forçosamente resolvida de cima,
deve Ter razão de ser; e que portanto o fito do homem deve ser adaptar-se plasticamente às
condições de manifestação, eliminando fricção, e jamais presumindo de modificar, de uma
maneira ou de outra, os processos da Natureza. O maior expoente dessa Fraternidade foi Lao-Tse,
e seu livro canônico o Livro do Tao.

A Fraternidade Branca mantém que o fito do homem é tornar-se aquilo que Madame Blavatsky
chamava um Nirmanakaya; que a Grande Obra é a transmutação progressiva, primeiro dos
metais pessoais em ouro, depois dos metais planetários em ouro, e finalmente dos metais
universais em ouro; e que o propósito e divertimento do adepto deve ser fazer com que o deserto
floresça de beleza e perfume. O maior expoente dessa fraternidade foi e é a Grande Besta do
Apocalipse e seu livro Canônico, que não é seu, mas pertence a Nossa Senhora das Estrelas, ao
Fogo Divino e à Criança Solar, é o Livro da Lei.

E porque tu não possuis Sabedoria, não saberás se essas três Fraternidades, que sempre se
antagonizam e completam umas as outras, fazem uma ou fazem três.

Ouça aquele que tem ouvidos de ouvir."

Marcelo Motta

Chamando os Filhos do Sol


Para os thelemitas, a que mais interessa é a Fraternidade Branca, apesar dos antagonismos,
principalmente com a Negra, " Acima do Abismo" todas essas rusgas técnicas são resolvidas.

O lema da Fraternidade Branca é:

"Lembrai todos vós que a existência é pura alegria; que todas as tristezas não passam
de sombras; elas passam & se vão; mas há aquilo que permanece."

Para nós, cada fenômeno é um Ato de Amor, cada experiência é necessária. Una-se a
Nuit, que é tudo, porém, isso implica em severa auto-disciplina. Thelema é apenas um
caminho abaixo do Abismo, ao mesmo tempo que "a Lei é para todos ".

ESTELA DA REVELAÇÃO

Tábua funerária do sacerdote Ankh- f-n-Khonsu, também chamada de "Abominação da


Desolação".

Descoberta por Rose Kelly no Museu de Boulaq no Cairo, durante o período de recebimento
do Livro da Lei. Ao passar em frente a ela, Kelly identificou a figura de Hórus que desejava entrar
em contato com Crowley. Coincidentemente o número da estela no museu era 666.

Nela constam a figura de Ra - Horaknty (Hórus) e Ankh- f-n-Khonsu,, Nuit e Hadit. Adornada
com trechos do Livro dos Mortos, na frente o capítulo 91 e atrás, 11 linhas do capítulo 2 e 30.

Frente
Registro do topo

Behdet ( Hadit?), o Grande Deus, o Senhor do Céu.


Registro médio: ( duas linhas verticais para a esquerda )

Ra-Harakhti, Mestre dos Deuses

(cinco linhas verticais para a direita):

Osíris, o Sacerdote de Montu, Senhor de Tebas, Porteiro de Nut em Karnak, Ankh-f-n-Khonsu, o


Justificado.

Gado, Gansos, Vinho (?), Pão.

Atrás do deus está o hieroglifo de Amenti.

Registro baixo:
Diz Osíris, o Sacerdote de Mentu, Senhor de Tebas, aquele que abre as Portas de Nu em Karnak,
Ank-f-n-Khonsu o Justificado: "Salve, Tu cujo elogio é grande ( o grandemente elogiado), tu de
grande vontade. Ó Alma ( ba) mui terrível ( literalmente poderosa, de terror) que dá o terror dele
entre os Deuses, brilhando em glória sobre seu grande trono, abrindo caminhos para a Alma ( ba)
para o Espírito ( yekh) e para a Sombra ( Khabt): Eu estou preparado e brilho como quem está
preparado. Eu abri caminho ao lugar onde estão Ra, Tom, Khepri e Hathor. Osíris, o Sacerdote de
Mentu, Senhor de Tebas Ankh-f-n-Khonsu, o Justificado; filho de MNBSNMT ( O nome do pai. O
método de soletrar indica que é um estrangeiro) nascido da portadora-do-Sistro de Amon, a
Senhora Atne-sher.

Verso

Onze linhas de escritura.

Diz Osíris, o Sacerdote de Mentu, Senhor de Tebas, Ankh-f-n-Khonsu, o Justificado: " Meu coração
de minha mãe, meu coração (palavra diferente, aparentemente sinônima, mas provavelmente não
o seja) de minha existência sobre a terra, não fiques diante de mim contra mim como uma
testemunha, não me repilas entre os Juízes Soberanos (uma tradução muito convencional e
arbitrária da palavra original), nem inclines contra mim na presença do Grande Deus, o Senhor do
Oeste (Osíris, claro), agora que eu estou unido à Terra no Grande Oeste, e não duro mais sobre a
Terra".
Diz Osíris (a alma do morto, fosse homem ou mulher, era sempre chamado de Osíris ), ele que
está em Tebas, Ankh-f-n-Khonsu, o Justificado: "Ó Único, que brilhas como (ou na) Lua; Osíris
Ankh-f-n-Khonsu veio ao alto de entre estas tuas multidões. Ele que reune esses que estão na
Luz, o Mundo Inferior (duat) é (também) aberto para ele: vê, Osíris Ankh-f-n-Khonsu vem de dia
para fazer tudo que ele deseja sobre a terra entre os vivos ".

(Tradução do inglês por Frater Ever, Equinócio dos Deuses)

Antes de receber O Livro da Lei, em 8 de abril de 1904, Crowley visitou o museu de Boulak com
sua esposa Rose Kelly, no dia 18 de março, a fim de confirmar se o deus que estava contatando
Kelly era Hórus. Ali se deu a identificação da Estela. Entre os dias 23 de março e 8 de abril
Crowley encomendou a sua tradução, segundo o 'Equinócio dos Deuses', e versificou o
resultado:

Acima, o gemado azul é


O despido esplendor de Nuit;
Ela se curva em êxtase para beijar
Os secretos ardores de Hadit.
O globo alado, o estrelado azul
São meus, Ó Ankh-af-na-khonsu!

Eu sou o Senhor de Tebas, e eu


O vate inspirado de Mentu;
Para mim desvela o velado céu,
O sacrificado Ankh-af-na-khonsu
Cujas palavras são verdade. Eu invoco, eu saúdo
Tua presença, Ó Ra-Hoor-Khuit!

Ultimal Unidade demonstrada!


Eu adoro o poder do Teu alento,
Supremo e terrível Deus,
Que fazes com que os deuses e a morte
Tremam diante de Ti: -
Eu, Eu adoro a ti!

Aparece no trono de Ra!


Abre os caminhos do Khu!
Ilumina os caminhos do Ka!
Os caminhos do Khabs percorra,
Para me mover ou me parar!
Aum! que isto me mate!

É minha a luz; seus raios me consomem:-


fiz uma porta secreta
No Lar de Ra e Tum,
De Khephra e de Ahathoor.
Eu sou teu Tebano, Ó Mentu,
O profeta Ankh-af-na-khonsu!

Por Bes-na-Maut bato no peito;


E por Ta-Nech lanço meu feitiço.
Mostra teu esplendor estelar, Ó Nuit!
Abre-me tua Casa para morar,
Ó alada cobra de luz, Hadit!
Fique comigo, Ra-Hoor-Kuit!

Keron-ε

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APÊNDICE

Glossário

31 - a chave do Livro da Lei descoberta por Frater Achad.

93 - a resultante da soma das letras da palavra Thelema (Vontade em grego), sendo o número
que representa a obra de To Mega Therion. 9+3 = 12 a Carta do Homem Pendurado, o mergulho
no inconsciente. E 1+2 = 3, a Carta da Imperatriz, um dos arquétipos do Amor ou Agape, palavra
grega cuja soma resulta também em 93. Assim, Thelema=Agape (Vontade=Amor).

É usado como saudação entre thelemitas substituindo o axioma "Do what thou wilt shall be the
whole of the Law" - "Love is the law, love under will" (algo como "Faze o que tu queres há
de ser tudo da Lei" e sua réplica "Amor é a lei, amor sob vontade") reduzindo aos termos
principais "will" e "love, love / will": 93 e 93 93/93.

Sendo também três vezes 31 que em hebreu é LA, NÃO, que nega extensão nas três dimensões.

333 - o número de Choronzon, o demônio da dispersã de Dee e Kelly. 333 também é a soma
cabalística da palavra Reason, além de ser metade de 666. Crowley o contatou durante a operação
do Liber 418, no 10° Aethyr, juntamente com Victor Neuburg, Frater Ominia Vincam:
"Choronzon apareceu para mim na forma de Ominia Vincam, enquanto estava tirando o robe, com
o capuz cobrindo minha face. Ele assumiu a minha forma, de uma mulher que Neuburg amou, de
uma serpente com cabeça humana. Ele não poderia proclamar a palavra do Abismo, porque não
existe palavra; sua voz é o insano clamor de uma miríade de ejaculações insentidas, ainda que
cada forma agisse como se estivesse obedecendo um sentido. Seu principal objetivo, era tirar
O.V. do círculo mágico, ou destrui-lo dentro, tanto quanto domina-lo. Várias vezes, O.V. quase foi
dominado, só que, uma vez, Choronzon fez um discurso muito longo para mante-lo ocupado
escrevendo, afim de não notar que a areia estava sendo tirada do Triângulo, o que obliteraria o
círculo. A torrente de obscenidades e blasfêmias foi tão grande, que manter a concentração foi
impossível. Tornou-se então, uma série de choros e, talvez tirando a idéia da mente de O.V., o
demônio começou a recitar Tom o`Bedlam.

Havia agora, uma brecha no Círculo, e Choronzon, na forma de um selvagem nu, atacou O.V. Ele
então derrubou-o, e tentou rasgar sua garganta com os dentes. O.V. invocou os nomes de Deus e
atacou Choronzon com sua Adaga Mágica. Intimidado com tal atitude, retornou ao Triângulo. O.V.
reparou o círculo.Chronzon então retomou sua ira, mas não poderia continuar por muito tempo.
Transformou-se novamente na mulher que O.V. amou e tentou seduzi-lo. O.V. usou suas armas
mágicas, e o díalogo seguiu outra linha. Ele tentou por em dúvida a fé que Neuburg tinha em si
mesmo, em mim e em Magick.
Ao final, a energia latente dos sangues dos pombos, foi exaurida pelos sucessivos fantasmas e
não fora mais capaz de manifestar as forças invocadas.
O Triângulo estava vazio.

Durante todo o tempo, eu me identifiquei astralmente com Choronzon, pois senti cada angústia,
raiva desespero, insanidade. Minha ordália terminou como a última forma ao desaparecer;
sabendo que tudo havia acabado, eu escrevi o nome de BABALON na areia com meu anel mágico,
e sai de meu transe. Nós purificamos o local com fogo, e destruímos o Círculo e o Triângulo."

418 -CHITh, Cheth. ABRAHADABRA, a grande Palavra Mágica, a Palavra do Aeon. Veja nas 11
letras, 5 As e 6 outras. Assim ele une o Pentagrama e o Hexagrama. BITh HA, a Casa de Hé o
Pentagrama; ver Idra Zuta Qadisha, 694. "Pois H formou K mas Ch formou IVD". Ambos igual a
20.

4+1+8=13, reduzindo a 4 para 1 atraves do 8, a força redentora e 418=Ch=8.

ABRAHADABRA = 1+2+2+1+5+1+4+1+2+2+1=22. 418 = 22x19 = Manifestação. Assim a


palavra manifesta as 22 Chaves da Rota.

Pela tradução Abraha Deber, a Voz do Vidente Chefe.

As cinco letras usadas na palavra são A da Coroa, B do Bastão, D da Taça, H da Espada, R da Rosa
Cruz e refere-se também a Amoun o Pai, Thoth Seu mensageiro, Isis, Horus, Osiris a triade
humana/divina.

418 também é igual a ATh IAV, a Essência de IAO.

666 - " Último dos números místicos do sol. SVRTh , o espírito do Sol. Também OMMV SThN ,
Ommo Satan, a Trindade satânica de Typhon, Apophis e Besz, também ShM IHSh VH, o nome de
Jesus. "

666 escolhido por mim como meu símbolo parte pelas razões dadas na parte 1 ( acima) parte
pelas razões dadas no Apocalypse. Eu tomei a Besta como Leão ( meu ascendente) e o Sol, 6,
666, o Senhor do Leão em que Babalon cavalga."

Aleister Crowley

Abismo - "Um termo técnico para denotar o golfo existente entre o individual e a consciência
cósmica. Nesse estágio, aspirantes à Alta Sabedoria, experimentam a desintegração da
consciência mais conhecida, acompanhada de angústia."
Aleister Crowley

"No abismo, nenhum esforço é possível. O candidato o atravessa graças a virtude da massa do
Adepto e seu Karma. Duas forças o impulsionam:

- a atração de Binah
- o impulso do Karma

E os graus de segurança e dificuldade de tal passagem, dependem da força e da direção do citado


Karma pessoal".

Liber Thisharb.

Ver Bebê do Abismo

Æon - período de 2000 anos que caracteriza a duração de um determinado ciclo regido por
determinados conceitos mágicos na filosofia thelêmica. O atual é o de Hórus, iniciado em 1904.
Também nome de um deus gnóstico.

Abadia de Thelema ( Abadia dos Mistérios Thelêmicos)- tentativa de Crowley de montar


uma sociedade regida pelos princípios thelêmicos, numa região pequena de praia na Cicília.
Tentou levantar um impréstimo em um banco italiano, mas os gerentes ficaram um tanto
espantados com a proposta de Crowley não cedendo o dinheiro. Acabou ficando com uma casa
pequena mesmo. Fechada em 1923 por Mussolini, foi palco de alguns escândalos e dívidas
financeiras. Em 1920, numa viagem à Itália, Crowley teve uma visão de uma vila, quando a
encntrou, fundou a Abadia.

Marcelo Motta chegou a fazer uma, nos EUA, mas não durou muito. Comenta sobre ela no
"Ataque e Defesa Astral". Quando se trabalha com a Ordem de Thelema, também é possível
uma ser criada.

Abadia de Theleme - Fruto da obra do escritor francês François Rabelais no seu livro Gargântua
e Pantagruel de 1532.

Fora um presente do príncipe Gargântua a Frei Jean , um monge guerreiro que servira-o
combatendo uma rebelião. Inicialmente o príncipe ofereceu várias abadias porém o monge
recusou todas dizendo que seria abade apenas de uma na qual pudesse criar as normas.

Decidiu então o príncipe a construir um local para o sacerdote. Além do terreno cedeu 27 mil
carneiros, ouro e financiou a construção.

A construção era um prédio de forma hexagonal cuja característica mais marcante (fora o
tamanho) era a ausência de muros. Segundo o príncipe tal abordagem evitava “ murmúrios,
inveja e conspiração”. Nela havia belas galerias, inúmeros adornos, teatro, piscinas, terrenos para
jogos, os quartos possuíam grandes espelhos de cristal emoldurados por ouro,

Ali não havia relógios, pois “contar as horas é uma verdadeira perda de tempo”. Haveria tanto
homens quanto mulheres e não apenas um dos sexos. Aceitariam casados, ricos e pobres. Eram
livres para deixar o local quando fosse da vontade, acordavam quando desejavam e não eram
obrigados a nada. A única regra era: “ Faça o que quiseres ”.
Foi a mais heterodoxa abadia que já existiu naqueles tempos.

Abra had abra - a palavra do Æon de Hórus, emitida por Crowley durante o Grau de Magus.
Soma 418, sendo a fórmula da Grande Obra. A palavra foi confirmada a Crowley, durante a Visão
e a Voz, no Æthyr 27. O Anjo do Æthyr disse: "A palavra do Æon é MAKHASHANAH". Crowley não
acreditou, pois sabia que a palavra era "ABRAHADABRA".Recorrendo a Cabala, descobriu que a
gematria resultava em 418. O aparente erro foi uma prova de que o Anjo estava certo.

Também chamada de Palavra de Duplo Poder.

Note que ela possui 11 letras: 5 iguais e 6 diferentes. Simboliza o pentagrama unido com o
hexagrama.
Veja 418.

Abramelin - magista judeu cuja obra influenciou intensamente a magia ocidental, através do livro
escrito por Abraão o Judeu, Magia Sagrada de Abramelim, o Mago. Tal livro foi apresentado a
Crowley, por seu instrutor e co-fundador da A.·.A.·. G.C.Jones.

Ver Adeptus Minor e Carta de Motta a Metzeger.

Abraxas - divindade dos gnósticos Possuía cabeça de galo e pernas em forma de serpentes

Adad - equivalente a Hadit, na cultura sumeriana.

Adonai - um dos nomes do Deus hebraico. Crowley quando usava este nome, referia-se a seu
Sagrado Anjo Guardião.

Agapé - palavra grega para Amor, possui relação com a palavra Thelema, pois somam 93: "Amor
sob Vontade".

Aleister Ataturk - apelido que Crowley deu ao seu filho com Patricia 'Diedre' MacAlpine, Randall
Gair. Nascido em 1937 estava com o pai na hora da morte. Em 1955 foi morar nos E.U.A. com
Karl Germer. Posteriormente passou a receber uma pensão da O.T.O. Califado.

Anima - parcela da consciência humana masculina opositora da noção que a pessoa possui de si
mesma (persona). Sendo o indivíduo um ser do sexo masculino, anima representa o oposto: o
feminino.

A anima exterioriza-se, já que é uma personalidade oriunda das profundezas do inconsciente, na


projeção do homem nas mulheres que lhe tocam emocionalmente (mãe, esposa, namorada, etc).
Na anima estão as fraquezas do homem, adquiridas durante o seu desenvolvimento. A principal
figura feminina, a mãe, representa a proteção da persona, contra o conteúdo do inconsciente, a
anima. Posteriormente, a função da mãe pode ser transferida para a esposa.

Animus - equivalente do anima nas mulheres. Sendo uma personalidade de caráter


compensadora da persona, o animus é masculino. Porém, diferente do homem, o animus
manifestasse na forma de opiniões coletivas, onde a mulher, instintivamente, traça uma lógica
oriunda do inconsciente, e não baseada em uma sequencia lógica, cartesiana de raciocínio.
Enquanto no homem, os seus caprichos vem do inconsciente, nas mulheres as opiniões advém
desta área oculta.

Anu - equivalente a Nuit, na cultura sumeriana.

Anúbis - deus chacal egípcio, guardião dos túmulos e guia para o além vida.

APOPANTUS KAKO DAIMONOS - em grego " afasta-te espírito do mal". Normalmente citado
com o sinal de banimento. No Novo Testamento, Jesus Cristo diz isso ao Demônio quando tentado
no deserto.

Baphomet - síntese de vários conceitos mágico -místicos, mais conhecida por sua relação com os
Templários e a Maçonaria.

Segundo Eliphas Levi:

"O bode que é representado no nosso frontispício, traz na fronte o signo do pentagrama, com a
ponta para cima, o que é suficiente para fazer dele um símbolo de luz; faz com as mãos o sinal do
ocultismo, e mostra em cima a lua branca de Chesed e embaixo a lua preta de Geburah. Este sinal
exprime o perfeito acordo da misericórdia com a justiça. Um dos seus braços é feminino, o outro é
masculino, como no andrógino Khunrath, cujos atributos tivemos de reunir aos do nosso bode,
pois que é um único e mesmo símbolo. O facho da inteligência que brilha entre seus chifres é a luz
mágica do equilíbrio universal; é também a figura da alma elevada acima da matéria, como a
chama está presa ao facho. A cabeça horrenda do animal exprime o horror do pecado de que só o
agente material, único responsável, deve para sempre sofrer a pena: porque a alma é impassível
por sua própria natureza, e só chega a sofrer, materializando-se. O caduceu, que está em lugar do
órgão gerador, representa a vida eterna; o ventre coberto de escamas é a água; o círculo que
está em cima é a atmosfera; as penas que vem depois são o emblema do volátil; depois, a
humanidade é representada pelos dois seios e os braços andróginos desta esfinge das ciências
ocultas.

Eis dissipadas as trevas do santuário infernal, eis a esfinge dos terrores da Idade Média
adivinhada e precipitada do seu trono; 'quomodo cecidisti, Lúcifer'? O terrível Baphomet não é
mais, como todos os ídolos monstruosos, enigmas da ciência antiga e dos seus sonhos, senão um
hieróglifo inocente e até piedoso."

Dogma e Ritual da Alta Magia,

Ed. Pensamento

Uma das teorias de Levi sobre o nome, seria que, ao escreve-lo ao contrário, TEM OHP AB, seria a
sigla de uma frase latina que dizia o seguinte: "O Pai do Templo da Paz de todos os Homens".

Crowley usou este nome como motto na O.T.O. Durante seis anos ele tentou descobrir sua exata
grafia. Ele sabia apenas que deveria ter 8 letras. Um de seus "Camelos" ( parceiras (os)
mágicas(os)) doutora em farmácia, especializada em análises patológicas e posteriormente
prefumes, estava fumando ópio, quando passou a ter visões, dizendo que "Um Feiticeiro" gostaria
de falar com ele.Como Crowley não era nenhum espiriutalista, não possuia qualquer ótica sagrado
sobre o assunto ( mensagens divinas), insistiu em saber a identidade do Feiticeiro. Como teste
perguntou: "Se você possuis o conhecimento superior que clamas , diga-me então, como escreve-
se Baphomet?" Como o Camelo não sabia nada de hebráico ou grego, ele achou que seria um bom
teste. A entidade respondeu que deveria haver um "R"no final ( BAFVMIThR, trocando Ayin por
Vau, 6 em vez de 70).Crowley tinha duas teorias: de que seria uma variação do nome grego bafo
methis, que significa o batismo da sabedoria, ou que seria uma corruptela de Pai Mithras. A
resposta batia com a segunda opção. A soma resulta em 729, um número que nunca antes
aparecera nos cálulos cabalísticos da Besta. Significava apenas o cubo de 9. Baphomet era o Pai
Mithras ( por isso que os Templários deram esse nome ao ídolo), a rocha cúbica que ficava no
canto do Templo.

Blavatisky - fundadora da Sociedade Teosófica, Helena Petrovna Blavatisky, ficou conhecida


por ajudar a trazer a filosofia e a religiao oriental para o ocidente. Diz ter mantido contato com
dois Mestres Secretos no Tibet, durante sua viagem pelo mundo de 1848 a 1858. Seus mais
famosos livros foram Isis sem Véu e A Doutrina Secreta ( disponíveis em português)

Boleskine - casa usada por Crowley durante a operação de Abramelim. Foi vendida a fim de
custear a publicação do Equinox Vol.III.

Candomblé - sistema religioso oriundo dos Iorubás na África, e muito difundido no Brasil. Vale-se
do trabalho com os Orixás e tem no Brasil a sua representação mais fiel as origens (mais do que
na própria África).

Ver Orixás.

Castaneda, Carlos - o antropólogo Carlos Cesar Arana Castaneda tornou-se conhecido por suas
experiências com peiote sobre a instrução do índio don Juan e posteriormente don Genaro Flores,
um índio Mazatec. Don Juan revelou-se um brujo e também que fora iniciado nos mistérios por um
diablero ( espírito maligno, com capacidade de alterar sua forma).

Castaneda via os alucinógenos como um primeiro passo para o aprendizado em relação à


mudança do mundo, apesar de don Juan ter conseguido a ensina-lo a obter os mesmos resuiltados
sem eles.

Seu mais famoso livro publicado no Brasil foi "A Erva do Diabo".

Chaos Magick - sistema de magia desenvolvido nos anos 70, com base nos trabalhos de Austin
Osman Spare, Crowley e outros. O magista do Chaos segue uma filosofia eclética de mutação e
adaptabilidade de conceitos mágicos, instalando novas idéias e caminhos, como a Cyber Magick,
ou invocação de egrégoras de personalidades culturais, fictícias ou qualquer outra idéia
possivelmente aplicável.
O lema do sistema é "Nada é verdadeiro tudo é permitido".

www.iot.org.br

Chefes Secretos - entidades que se encontram na terceira ordem da A.·.A.·.. Podendo ser ou
não encarnados. Segundo Crowley, são responsáveis pela evolução humana

Cthulhu - entidade milenar alienígena, criada pelo escritor de horror e ficção H.P. Lovecraft,
presente em várias histórias, entre elas "Call of Cthulhu".

Segundo a história, Cthulhu está " morto porém sonhando" na cidade de R'lyeh, um local incerto,
talvez nas profundezas do oceano pacífico. Ele é o alto sacerdote de uma antiga raça que
governou a Terra antes do aparecimento do homem. É dito que ele apareceu em diversas formas
e mitos durante a história, preservado no inconsciente humano. Quando os antigos deuses
retornarem, trazendo a destruição e violência, Cthulhu despertará.

Alguns cultuam esse personagem, como a E.O.D. ( Esotérica Ordem de Dagon) que aguarda o seu
despertar.

Daimones, Daemones - os gênios da filosofia platônica. Podendo ser o SAG.

Djins - derivados da cultura árabe, os Djins (gênios) eram "bons" e "maus" ao mesmo tempo,
assim como o próprio homem. A maioria tem conhecimento deles pela obra Aladin (Al Djin) onde o
garoto "domina" essa manifestação de sua mente. Podem ser relacionados com demônios.

Eckenstein, Oscar - instrutor de alpinismo de Crowley, e posteriormente também em magia.


Mostrou a ele o valor do controle mental através de técnicas Iogues, retirando dele a visão
romântizada da magia. Segundo Crowley, foi o homem de maior e mais nobre moral que já
encontrara.

Egrégora - concentração de um (s) pensamento (s) comum (s) a um grupo, podendo causar
alterações no plano astral, físico e mental. Ver larva astral.

Enoquiano ( sistema de magia) - sistema desenvolvido por John Dee e pelo vidente Edward
Kelley no sec. XVI. Através de um sessão de vidência numa bola de cristal, os dois estabeleceram
comunicação com supostos anjos, que lhes passaram um tipo de linguagem nativa dessas
entidades. Junto passaram um alfabeto de 21 letras ( um verdadeiro idioma com regras próprias
de gramática), 19 invocações e conhecimentos ocultos. Segundo a história, as palavras possuem
um poder tão grande ao serem pronunciadas, que foram passadas de trás para frente.

Aleister Crowley usou tal sistema na concepção do Liber 418, A Visão e a Voz.

Equinócio dos Deuses - período da mudança de Æons.

Esfinge - glifo místico de extrema importância no estudo do ocultismo, caracterizada visualmente


por ser uma mistura de 4 animais: Leão, Touro, Homem e Águia. Basicamente representam os 4
elementos, através dos verbos do magista: Saber, Ousar, Querer e Calar. Várias outras
associações podem ser feitas, como com o Tetragramaton e o processo de desenvolvimento
criativo:

Exu - oriundo da cultura afro - brasileira, mais especificamente do Candomblé. Exu é o Ori - xá
responsável pela intermediação dos homens com as divindades. É o mais humano deles, sendo "
bom " e "mal" ao mesmo tempo, imerso na contradição humana. É o fogo criativo e essencial ao
homem, o impulso natural. É irreverente e criativo. Adora provocar discórdia.

Seu nome significa "esfera", e representa a totalidade de seu alcance: todo o plano
terrestre.Como não tem compromisso com que é " certo", não sente-se obrigado a seguir os
comandos de quem não o respeita.

Na Qabala, seu reino está em Malkuth (ver). Suas cores são o vermelho e o preto, e guarda
analogia com o deus grego Pan. O Saci - pererê é uma versão mais branda da entidade.
Ver Orixás.

Fênix - o pássaro que sempre renasce das cinzas e também o motto secreto de Crowley na O.T.O.

Frater - irmão. Plural, frati.

Frater Ever - um dos mottos de Marcelo Motta.

Gematria- Segundo Crowley: "conceito baseado no valor relativo das palavras. Palavras com
valor numérico iguais explicam-se podendo se estender a frases. Assim a letra Shin, Sh, é 300
sendo equivalente ao número obtido pela soma das letras das palavras RVCh ALHIM, Ruach
Elohim, o espírito de Elohim sendo assim, o símbolo do espírito de Elohim."; O exemplo mais
conehcido está ligado a principal palavra em sua obra: "Aqui há um Arcano Velado, pois no idioma
grego AGAPE- Amor, tem o mesmo valor numérico que THELEMA - Vontade. Por isto nós
compreendemos que a natureza da Vontade Universal é Amor "

Gnosticismo/Gnose - sistema religioso cujo início deu-se no começo da era cristã.


Considerado por muitos como resultado da interação do judaismo, cristianismo e as filosofia
religiosas do oriente. Possui seus próprios textos sagrados, sendo que o principal é o
Evangelho de Tomás.

Segundo o mito gnóstico existe um deus perfeito, puro, imaculado, vivendo no paraíso.
Tal deus gerou outros seres divinos (aeons), com, metaforicamente falando, os sexos
definidos.Eles também são capazes de gerar proles perfeitas em si mesmas contanto que as
gerem utilizando um parceiro do sexo oposto.

Um dos aeons, Sofia, decidiu gerar sozinha um filho sem a ajuda de um parceiro. O resultado foi
um deus imperfeito e mal formado, chamado de Yaldabaoth. Consciente do erro, Sofia joga seu
filho numa região separada do cosmo.

Tal entidade mal formada e ignorante, vendo-se sozinha, acredita ser o único deus. Ele então cria
a Terra e os seres humanos. Sendo frutos de um deus imperfeito, somos igualmente incompletos,
num mundo ilusório.

Este deus, é o deus da Bíblia (antigo testamento).

Cristo seria um enviado do verdadeiro deus perfeito, oriundo de outro plano de existência
,mandado para nos ajudar a enxergar a verdade e nos libertarmos desta ilusão em que fomos
gerados, escapando das armadilhas da matéria e alcançando as altas regiões espirituais. Tal
processo ocorre através da consciência da nossa verdadeira natureza e origem. Porém, existem os
Archons, entidades criadas para nos manter na ilusão, detendo a jormada espiritual.

Gnose significa "conhecimento".

Grande Obra - termo tirado da alquimia para simbolizar a busca da auto-compreensão humana.

Gunas - Sattvas, Rajas e Tamas, derivados da cultura hindu são os três princípios inerentes a
criação, sendo relacionados a outros conceitos de tríades:

Sattvas

• harmonia, calma, ordem.

• sal

• letra Aleph

Rajas

• energia, atividade
• enxofre

• letra Shin

• Yang

Tamas

• escuridão, inércia

• mercúrio

• letra Men

• Yin

Gurdjieff, George Ivanovitch - Nascido em 1° de Janeiro de 1887, na cidade de


Alenxandrópolis, tornou-se uma personalidade expoente do final do sec.XIX ate meados do XX.
Dedicou-se à busca espiritual, porém, continuando a ser um cristão ortodoxo, percorreu grande
parte da Europa, Rússia e Ásia atrás de suas respostas, possuindo uma vida atribulada, onde
talvez, só se encotre par em Crowley.

Teve uma obra pequena e de muita influência, muitos textos relativos a ele foram escritos por
seus discípulos anos depois (ele não permitia que seus alunos escrevessem durante as suas
reuniões). Durante anos, fez buscas incessantes sobre conhecimentos ocultos que culminaram em
experiências e sabedoria vindas especilamente da Ásia central. Seus ensinamentos estavam
relacionados a necessidade da prática diária, danças sagradas e principalmente ao auto
conhecimento. Possui um trabalho muito interessante sobre o eneagrama. Sua relação com a
A.·.A.·. esta na busca do "conheça a ti mesmo", sempre trabalhando e nunca descansando, na
batalha diária que culmina na "Grande Obra".

Faleceu em 29 de Outubro de 1949.

" Klipling disse certa vez, que esses gêmeos - com isso indicava o Oriente e o Ocidente - jamais se
poderiam entender. Mas, na vida de Gurdjieff, em sua obra e em sua palavra, há uma filosofia
saída das profundezas da sabedoria da Ásia, há alguma coisa que o homem do Ocidente pode
compreender. E na obr desse homem e em seu pensamento - no que fez e na maneira como fez -
o Ocidente encontra-se verdadeiramente com o Oriente".

Frank Lloyd Wright

" Encontro com Homens Notáveis" - Ed. Pensamento

http://www.4c.com.br/
http://www3.mistral.co.uk/gsg/

I.A.O. - o grande deus dos gnósticos, representa o ciclo de vida, morte e ressurreição ( Isis,
Apophis, Osíris).

IO PAN - invocação ao Grande Tudo. Ver Liber XXV.

Iunges - um espírito guardião, arcanjo pessoal de cada um, de acordo com os Oráculos de
Zoroastro.

IHVH - o Tetragramatom, um dos nomes do Deus hebráico, cuja pronuncia verdadeira é


desconhecida. Possui diversos significados e associações, porém a mais comum seria com os 4
elementos.
Jeheshua - Jesus em hebraico. Na sua Carta a um Maçon, Marcelo Motta desvela seu significado
totalmente.

Jung, Carl Gustav - grande psiquiatra suíço cuja obra, referente a sonhos, mitologia,
simbolismos, tem grande valor no ocultismo. Desde pequeno mostrou sensibilidade à fenômenos
desse tipo, dizia que, quando garoto, possuia duas personalidades e a outra seria a de um velho
sábio que influenciou o seu pensamento por toda vida. Vivenciou pre-cognições, clarividência entre
outros. Sua mãe e avó eram videntes ( de desencarnados).

Foi muito influenciado por Freud, mas ambos romperam após divergências ( Jung discordava da
ênfase de Freud na sexualidade em relação a base do comportamento humano, pois relegava a
segundo plano, os aspectos da psiquê , do paranormal e do incosciente coletivo). O rompimento
foi tão traumático, que Jung entra numa fase de fantasias pscóticas, onde experimenta vários
fenômenos paranormais. Passa a penetrar mais no assunto dos mortos, onde começa a ouvi-los
falar.

Dando continuidade a sua obra, vivencia uma experiência em 1944, durante um ataque cardíaco,
onde saiu do corpo através de um facho de luz e sobrevoou a Terra e,em seguida, entra num
templo e, à direita, havia um hindu negro na posição de lótus. Sabendo que estava sendo
esperado, Jung sente suas sensações e desejos humanos se esvaírem, e torna-se consciente que
dentro, ele compreenderia o significado de sua vida. Nesse momento, o seu médico aparece na
forma do sacerdote-curandeiro do templo do deus romano da saúde, Aesclepius, chamando-o de
volta à Terra. Jung, a contragosto e resentido com o médico, voltou. Ele soube que o médico iria
morrer, fato que se consumou pouco depois.

Após isso, teve outra visão na qual era Adão e uma Judia, e sua enfermeira o ensinou o mistério
do sagrado casamento com o divino.

Em 1955 sua esposa morre, e ele constrói um castelo onde grava vários símbolos alquímicos e
místicos nas paredes, significando um ganho deconsciência em sua velhice.Lá desenvolveu
estudos sobre o I Ching, alquimia, sincronicidade, o estudo do Self e estudou o Livro Tibetano dos
Mortos, pois acreditava em reencarnação.

Três dias antes de morrer, Jung teve mais uma de suas visões, onde previa a chegada de sua
morte: uma das imagens, foram de três raízes de árvore entremeadas com ouro (o símbolo
alquímico da conclusão de um processo).

Quando moreu, uma grande tempestade assolou a cidade onde vivia e um raio partiu a árvore que
mais gostava.

Obra

As teorias psicológicas de Jung encontram forte sintonia com a evolução sephirótica. Para ele, o
“inconsciente” é uma entidade viva, independente do “ego” (a consciência superficial) e livre de
noções de moral sócio/cultural. A auto-realização (individuação), é o encontro do ego com o
inconsciente e uma das formas de comunicação entre eles, são os sonhos, cuja linguagem
simbólica/visual, foi esquecida através da utilização constante da pura razão.

Ao se entregar a esse inconsciente, o “self”, o ser humano será guiado por uma força além da
compreensão, o verdadeiro centro de cada um.

Outra teoria formulada por ele, foi a do Inconsciente Coletivo (magicamente , o plano astral ou
arquivo akástico). Segundo Jung, o inconsciente de cada indivíduo, forma com o de todos os
outros, um só inconsciente, resultando disso, uma grande massa de experiências e
conhecimentos, oriundos de todos aqueles que já viveram e que vivem. Uma das formas de
manifestação a nossos olhos, seria a Sincronicidade, fenômeno percebido através de coincidências
de eventos não relacionados, possuindo ligação com conceitos psíquicos.
Jung incentiva o ser humano e mergulhar nas profundezas do inconsciente, descobrindo suas
frustrações e defeitos (a Sombra), supera-los descobrindo o verdadeiro eu. Quando o ego recusa-
se a voltar para dentro de si e enxergar que ele mesmo é uma ilusão, o resultado manifesta-se em
doenças, fracassos e às vezes, morte.

Nesse ponto entra a teoria e Freud, onde muitos de nossos desejos recalcados e frustrações
sexuais, são depositados no inconsciente, vindo a tona nos perturbando por não serem
vivenciados. Ver no tarô a carta da Lua e Frater AHA.

Jung contribuiu também no conceito dos “arquétipos”, símbolos visuais que agem no inconsciente
humano e anima e animus, componentes da nossa consciência de suma importância para a
evolução espiritual. Ver Neófito.

Kardec, Allan - o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail ficou conhecido por sua filosofia, o
Espiritismo, criada em cima do movimento espiritualista europeu durante o sec.XIX. De forma
geral, prega a utilização de espíritos desencarnados para cura e auxílio e trabalha muito no
conceito de reencarnação ( e karma), com um único deus como divindade suprema.

O Brasil é o país onde o sistema de Kardec é mais presente, tendo como destaque o médium Chico
Xavier.

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APÊNDICE

Glossário

Kelly, Rose Edith ( 1874 - 1932) - primeira esposa de Crowley, a socialite Rose Kelly também
era conhecida como Ouarda, A Vidente. Foi ela que recebeu a comunicação de Hórus sobre a
tentativa do deus de entrar em contato com Crowley. Posteriormente, identifica a forma do deus
numa estela que estava sob o número de identificação 666.

Separou-se de Crowley em 1910, foi internada num asilo sofrendo de alcoolismo.

Ktéis - conceito associado a vagina, podendo ser uma associação de certas características místico
- arquétipicas do órgão.

Kundalini - reserva do poder mágico do ser humano, é representada por uma cobra enrolada na
base da coluna que ao manifestar-se, sobe pelas costas.
LAM - ver Kenneth Grant.

Larva Astral - manifestação de uma forma - pensamento negativa no plano astral. Por definição,
tudo que ocorre no plano físico e mental tem seu reflexo no plano astral. Quando uma série de
pensamentos muito constantes e fortes surgem no plano mental, eles imediatamente manifestam-
se no astral, e tendem a acumular-se formando umastrossoma. Dependendo da intensidade e da
frequencia dos pensamentos, o astrossoma passa a comportar-se como uma entidade viva,
sempre sugando energia do seu criador para não "morrer". Sendo os pensamentos oriundos de
uma fonte emocional negativa, transforma-se no que chamamos Larva Astral. Tal larva ficará
sempre fazendo-se lembrar a fim de ser alimentada pelos pensamentos de seu criador. Se não
houver cuidado, poderá atrapalhar o julgamento da pessoa e até interferir em outra.

Essa é a base de todo ataque e cerimônias mágicas. Quando várias pessoas comungam uma
mesma idéia, e a alimentam, o astrossoma cresce e passa e chamar-se egrégora.

Levi, Eliphas - Alphonse Louis Constant , melhor conhecido por seu motto judeu Eliphas Levi,
nasceu em Paris no ano de 1810, sendo filho de um sapateiro. Chamou a atenção de um padre
francês que o levou para estudar no seminário de Saint Nichols du Chardonnet e posteriormente
no Saint Sulpice.

Causou furor na igreja ao pregar doutrinas contrárias as da instituição, ao passar estudar o


ocultismo. Foi preso por atividades políticas, casou-se com uma mulher muito mais jovem que ele
e teve um filho bastardo. Muito conhecido por resgatar o conceito de Baphomet, dos Templários.
Levi abordava uma quantidade muito grande de idéias sobre magia com muita profundidade,
porém falava da sexualidade mediante alusões.

Suas principais contribuições no pensamento mágico foram três:

- a de que o homem seria um reflexo menor do universo, o microcosmo.

- o do poder da vontade humana, para ele uma força muito poderosa.

- a da Luz Astral, um tipo de "força" invisível e amorfa que permeia o universo, podendo ser
manipulada pela vontade humana, responsável por fenômenos sobrenaturais

Sua literatura é ainda obrigatória para aqueles que desejam iniciar no mundo da magia, apesar da
diferença de época que nos separa e da linguagem rebuscada e romântica. Junto a Magia Sagrada
de Abramelin o Mago, o Sistema Enoquiano de John Dee e Edward Kelly e a Yoga, foi uma das
maiores influências na vida iniciática de Crowley .

Faleceu no dia 31 de Maio de 1875, sendo que seu livro mais famoso foi Dogma e Ritual da Alta
magia (disponível em português).

Lilith - “E Lilith, uma macaca preta rastejando na sujeira, correndo com feridas abertas, um olho
arrancado, devorado por vermes, com dentes apodrecidos, nariz carcomido, a boca uma massa
pútrida de gosma verde, de peitos gotejantes e cancerosos, agarra-o, beija-o. 1

Mata-me! Mata-me! ” 2

A Visão e a Voz - Éter 3º

Comentário:

1 - {Tav}{Yod}{ Lamed}{ Yod}{ Lamed} = 480 = { Tav} { Yod} { Ayin} = Malkuth do nome de
quarenta e duas partes em Yetzirah. Também 480 ={ Tav} { Vau} { Ayin} {:Dalet}, Daath no
Plural. Lilith é, etimologicamente falando, ‘A Mulher da Noite', no entanto é descrida de várias
maneiras por diferentes autoridades no assunto. Para alguns ela é ‘ da cabeça ao umbigo uma
mulher---do umbigo aos pés um homem'. Para outros ‘ uma agradável aparência que oculta uma
macaca preta, até mesmo uma figura que puxa pequenas imagnes de homens para o inferno'
(Liber Ararita II, 10). Também é a ‘ primeira esposa de Adão' i.e. o sucubus que visita nos sonhos
os garotos e homens que não se purificaram pelo Coito Correto. Os demônios foram criados (de
acordo com a tradição Rabínica) pela contaminação noturna de Adão. Essa é uma parábola
verdadeira, pois cada ato sexual produz o seu efeito natural em todos os planos. Todas as formas
de experiência espirituais podem ser alcançadas dessa maneira de acordo com o Conhecimento
Mágico e Habilidade do Operador. E sempre uma Criança é gerada em algum plano, dependendo
das condições do experimento.

2 - O vidente estava fisicamente debilitado pelo horror dessa experiência. Poderia ser visto com
surpresa que tal fenômeno aconteça acima do Abismo. Mas essa Lilith está numa forma positiva,
criada pelo Magus; visto que Choronzon acaba com todo tipode coerência. Aqui também está um
mistério dos mistérios: Lilith é verdadeiramente Babalon, como imaginada pela energia de Maia.

Lilith, Nuit Ma Ahathoor Hecate Sappho Jezebel - filha de Crowley com Rose Kelly, nascida
em 28 de Julho de 1904

Macumba - termo reducionista para as práticas religiosas afro-brasileiras ( Umbanda e


Candombé), usado quase sempre no sentido negativo.

Maçonaria - fraternidade iniciática de grande influência em todo o mundo. Na idade média,


existiam várias Corporações (sindicatos) de Ofício, onde destacavam-se os pedreiros. Eles
possuíam a facilidade de deslocamento entre os feudos, pois a requisição de seus serviços era
muito grande entre clero e a nobreza, daí o termo " Free Manson" , oriundo do francês, mazzun
( pedreiros).

Inicialmente, formou-se uma influente sociedade relativa apenas as características da profissão e,


com transformações geradas pelo tempo, viram-se obrigados a adaptar-se, aceitando pessoas não
ligadas a profissão especificamente.

Em 1646, é iniciado o sistema " mágico" da ordem, com a criação do grau de Aprendiz por Elias
Ashmole, um ocultista de origem rosacrusiana. Em 1648, compõe o grau de Companheiro, e em
1649 o de Mestre, com base na morte de Hiram, o principal arquiteto do Templo do Rei Salomão.

Oficialmente, a ordem é estabelecida em 24 de Junho de 1717, com a criação da Grande Loja de


Londres.

Basicamente, a ordem trabalha em cima da lenda de Salomão, e Hiram Abif, e , em algumas


potências, no conceito do homem como divindade, e a não atribuições a conceitos exteriores, já
outras, não. Lá, como pedreiros, objetiva-se a construção de uma morada, o Templo de Salomão,
um paralelo ao próprio homem.

Dona de ritos próprios, palavras de passe e sinais, a Maçonaria teve um conhecida variação no
mundo thelêmico, a ordo templi orientis Derivada do Rito de Memphis e Misraim, ela fora criada
por um maçon alemão Karl Kenner, com a adição do componente sexual tântrico.

Basicamente, a ordo templi orientis possui o mesmos segredos principais da Maçonaria, mas nos
graus mais altos as mudanças são mais sentidas, principalmente depois da reformulação feita por
Crowley, a partir de sua entrada em 1912.

Ver Carta à um Maçon, de Marcelo Ramos Motta.

Magia Sexual - utilização da energia sexual em trabalhos mágicos. Tendo origem provável nas
práticas hindus, extendeu-se ao ocidente através de vários expoentes, sendo Crowley o mais
conhecido ( principalmente devido a auto-promoção que fazia). A validade de sue trabalho na área
está relacionada às suas experimentações, todas anotadas em seus diários. Outro destaque, pelo
menos na cultura thelêmica, fica por conta de Karl Kenner ao fundar a ordo templi orientis ,
utilizando as práticas tântricas sexuais orientais. Posteriormente Crowley filia-se à ordem por
descobrir o seu segredo principal: o Grau IX.

A ordem era dividida em 10 graus, sendo que o último era administrativo e os anteriores eram
relativos às práticas sexuais respectivamente:

- Grau VIII - masturbação - onde sozinho o magista utilizava a força do orgasmo para alimentar
um trabalho mágico ( egrégora ou larva astral) ou como é chamado ritualisticamente, um "filho
mágico" (ver sigilo).
- Grau IX - heterossexual - onde um casal heterosexual utiliza a força da relação para alimentar o
objetivo, consistindo de intenso controle mental e consumação do Elixir ( fluidos sexuais de
ambos) na geração do "filho".

Posteriormente Crowley adciona o décimo primeiro, de características masculinas (bissexuais),


onde a projeção e recepção da força masculina é utilizada, onde a mulher não pode executa-lo
devido a sua natureza passiva ( não podem manifestar a penetração).

A antiga Fraternitas Saturni a utilizava na manifestação da egrégora da ordem ( Ghotos),


e Marcelo Motta possuia suas teorias sobre o processo. Segundo ele, o XIº poderia sevir de porta
entre a OTO e A.·.A.·. ( 8° = 3° ) e Kenneth Grant possui suas próprias teorias do XI, utilizando os
"Kalas".

Os rituais da ordem, bem como seu mais famoso segredo, foram todos publicados em 1973, por
Francis King no livro " The Secret Rituals of the ordo templi orientis ", editora Samuel Weiser.

Facilmente mal interpretada (devido a repressão e ignorância sobre o sexo e suas consequencias),
a magia sexual, foi (e ainda é) utilizada para satisfações de desejos ou perveções sexuais de
pessoas mal intencionadas.

Ver também, Moonchild e Liber 49.

Marca da Besta - formada pela estrela de sete pontas de Babalon, e o Sol unido com a Lua,
representa a Besta conjugada com Babalon. O Sol é a força criativa do universo ( macrocosmo) e
o Phallus no homem ( microcosmo).

A Marca da Besta (Rev. 13:16) é uma atualização da Marca de Cain (Gen. 4:15). Therion tratou de
esclarecer o seu significado adaptando ao Novo Æon: um símbolo de luz e poder, a Grande Obra.

Memes - ver Noosfera

Necromancia - trata-se da relação de comunicação e utilização dos mortos para determinados


fins. Vários sistemas religiosos ou mágicos a ultilizam, com destaque para o Espiritismo,
Candomblé, Umbanda e Voodoo.

Neuburg, Victor Benjamin - nascido em 6 de Maio de 1883, foi o poeta com quem Crowley
possuiu um caso homossexual, sendo seu parceiro mágico em alguns rituais, utilizando o grau XI,
dentre eles O Trabalho de Paris, A Visão e a Voz.

Crolwey o conheceu via um amigo comum, J.C.Fuller, na Universidade de Cambridge em 1909.


Rapidamente decidiu que Neuburg deveria passar por um "retiro mágico" de dez dias, na sua casa
na Escócia, Boleskine. Anos mais tarde, em 1914, houve um atrito entre ambos, mas Crowley não
exclareceu o motivo.

Neuburg casou e posteriormente incentivou a carreira de um poeta inglês chamado Dylan Thomas.
Encontrou Crowley pela última vez numa biblioteca: estava lendo um livro com uma amiga quando
ele entrou. Tomado pelo nervosismo, saiu rapidamente antes que fosse visto. Morreu em 30 de
Maio de 1940.

São conhecidos dois de seu mottos: Ominia Vincam ("Eu conquistarei tudo", como Neófito ) e
Lampada Tradam ("Eu Passo pela Tocha", como Zelator).

Nietzsche - filósofo alemão de grande influência no pensamento de Crowley, principalmente na


questão da força de vontade humana e do conceito de homem superior (Übermensch). Ambos
pensavam de maneira semelhante e em “Assim Falou Zaratustra”, Nietzsche expõe o conceito do
homem perfeito como aquele que encontra a si mesmo, superando os obstáculos que a vida lhe
impõe (o “espírito do peso”), a auto superação moral. Para Nietzsche, o homem superior é aquele
capaz de voltar-se para dentro de si mesmo, ainda que o que ele encontre não pareça nada
agradável. A coragem é o motor que o move após a perda de tudo, pois ao nos defrontarmos com
nós mesmos, despertamos forças que a maioria não é capaz de lidar: “Quando você olha para o
abismo, o abismo olha pra você”.
A vida de Nietzsch nos explica o seu ponto de vista: possuía saúde frágil, o que durante toda sua
vida fora um obstáculo constante a ser superado. Seu último livro fora escrito com a ajuda de um
devotado amigo, pois não podia mais enxergar e apenas podia ouvi-lo ditar o que escrevia.

De modo geral, Crowley tinha grande admiração pelo povo alemão, e considerava Nietzsche "um
avatar do deus Thoth" (deus da sabedoria egípcio).
Uma indicação prévia para aspirante a Thelema seria a leitura de dois livros: “Assim falou
Zaratustra” que expõe os princípios do homem thelêmico, e “O Anticristo” onde conhecemos aquilo
que devemos rejeitar (não se enganem, Nietzsche chega a ter simpatia pela figura de Cristo).

Noosfera - espaço imaginário postulado pelo filósofo francês Teilhard de Chardin no livro The
Phenomenon of Man, nos anos 20. Segundo Chardin existe um lugar onde as idéias, elementos
culturais e manifestações teóricas habitam chamada Noosfera. Quando pensamos, discutimos ou
formulamos qualquer conclusão alimentamos essa região. Por outro lado somos influenciados por
esse mundo já que ele é constantemente acessado pela psiquê humana. Ao mesmo tempo que o
alimentamos ele nos usa.

Outra teoria semelhante foi formulada 50 anos depois pelo zoólogo Richard Dawkins : os memes.
Segundo Dawkins, em seu livro o Gene Egoísta, os memes são as menores partículas de
transmissão cultural que funcionam como um gene: tendem a replicar-se. Quanto mais eficiente
uma idéia mais ela propaga-se por um sistema cultural. A eficiência está ligada a temas biológicos
como sobrevivência e reprodução. A religião é um exemplo de memes bem como ideologias
políticas e artísticas. Alguns agem de forma tão intensa em certas pessoas que algumas chegam a
morrer por eles.

Em magia alguns conceitos assemelham-se as teorias de Chardin e Dawkins: o plano astral,


arquivo akástico, larvas astrais e egrégoras, por exemplo.

A internet seria um paralelo ideal a Noosfera: um mundo constituído de informações podendo ser
acessado por qualquer um. O problema é saber diferenciar e usá-las corretamente.

N.O.X. - 'Noite' em latim, representa no pensamento thelêmico um alto estágio de consciência


característico dos graus acima do Abismo na Árvore da Vida, a 'Noite de Pan', sendo o trabalho de
todo Adepto da Santa Ordem em oposição aos dos graus elementais que objetiva LVX. Segundo
666: "N.O.X., e este O é identificado com o O nesta palavra. N é o símbolo da Morte no Tarô; e o
X, ou Cruz, é o signo do Falos. Para um comentário completo sobre Nox, ver Liber VII, Cap. I. Nox
soma 210, o que simboliza a redução da dualidade à unidade e, portanto, à negatividade;
consequentemente é um hieróglifo da Grande Obra. Uma aplicação prática seria de purificação,
pois em Liber 418 , 20º Æthyr, 666 recebeu essa palavra no sentido numérico, 210, ‘para
destruir todos os símbolos positivos, pois a verdadeira Roda é o círculo, a própria Nuit’;

Ordálio (ou ordália) - provação cujo objetivo é fazer com que o iniciado evolua. Lembrando
que a A.·. A.·. é mais uma ordem de ordálios do que ensinamentos convencionais.

O.T.O - ordem de origem maçônica da qual Crowley fez parte.

ver ordo templi orientis e Ecclesia Gnostica Catholica.

Pessoa, Fernando - famoso escritor português, Fernando Pessoa possuia um grande interesse
pelo ocultismo, chegando a corrigir o mapa astral de Crowley. Intrigado com tal personalidade,
Crowley encontrou-se com ele que o ajudou numa simulação do suicídio da Besta. Traduziu
algumas obras de Crowley, dentre elas Hino à Pã.

Phallus - mais vulgarmente conhecido com pênis, podendo ser uma associação de certas
características místico - arquétipicas do órgão.

Regardie, Israel - conhecido autor de livros sobre magia. Passou por várias ordens ao estilo
Golden Dawn durante toda a sua carreira. A primeira foi a Societas Rosicruciana in America onde
foi iniciado Neófito da ordem em março de 1926; no segundo estágio da SRA, após ler o Livro IV
de Aleister Crowley entrou em contato com 666 que o chamou para ser o seu secretári,o viajando
para a França. Apesar de insistir, Therion não ensinou magia para Regardie que foi obrigado a
buscar por conta própria. Em 1932, Crowley foi expulso da França e o relacionamento foi
encerrado.
Depois disso manteve contato com Dion Fortune, entrou para o Templo de Hermes da Aurora
Dourada e para a Stella Matutina. Passou então a escrever livros de sucesso terminando seus dias
como psicanalista. Foi bastante criticado por Marcelo Motta por causa das publicações "piratas"
de materiais de Crowley.

Segundo Alan Richardson - em Aleister Crowley and Dion Fortune: The Logos of the Aeon and the
Shakti of the Age - Regardie deixou Crowley de forma meio rancorosa e nunca foi um Thelemita
preferindo chamar-se de "Homem da Golden Dawn". Mas, posteriormente em seus livros, tratou
bem a obra de 666.

Rei Salomão - figura bíblica conhecida na cultura mundial, sua lenda muito influenciou o mundo
da magia, principalmente a Maçonaria. Segundo a lenda hebraica, foi filho do rei Davi, e ganhou
uma graça de Deus por ser correto e digno ( ao oferecer-lhe ouro, pediu sabedoria). Tornou-se o
mais rico dos reis da Terra. Com um anel que ganhou do anjo Raphael, ele invocou, dominou e
catalogou 72 demônios da Goethia, fazendo para cada um selo, os famosos Selos de Salomão, no
seu magnífico templo.

Rosacruz - mito ou conceito mágico derivado da lenda de Christian Rosenkreuz ( ou Rosycross),


surgido na Alemanha no sec. XVII.

Através de dois folhetos ( Fama fraternitatis e Confessio) a história foi explicada do seguinte
modo: Rosenkreuz, um nobre alemão viajou para o oriente onde foi recebido e instruído por
sábios durante um período de três anos traduzindo um livro misterioso chamado M. Continuando
suas viagens, efetuou contato com " habitantes elementais" que passaram-lhe vários segredos.

Ao retornar ao seu país, fundou a Fraternidade Rosa Cruz.

Após sua morte, a localização de seu túmulo foi esquecida. 120 anos depois, durante uma obra no
templo da ordem, descobriram uma parede oculta com uma inscrição: " serei aberta depois de
120 anos ( Post CXX Annos Patebo)". Ao abrirem o túmulo, acharam o corpo em perfeito estado,
junto com livros, espelhos mágicos e outros ítens. Hoje, várias ordens clamam ser sua verdadeira
representante.

Satanismo - sistema fundado por Anton Szandor LaVey em abril de 1966, nos E.U.A. Como várias
fraternidades iniciáticas, prega a liberdade do homem através da imposição de sua vontade no
universo em que vive. Valem-se da figura sensacionalista de Satã, não o conceito católico
maligno, mas sim um arquétipo de liberdade comportamental. Basicamente pode ser descrito
como uma releitura superficial do sistema thelêmico.

www.churchofsatan.com

http://mortesubita.ifrance.com/mortesubita/jack/sat/satanismo.htm

Sigilo - método de energizamento de um trabalho mágico desenvolvido por Austin Osman Spare.
Consiste no seguinte procedimento:

- escreva o seu desejo ( o mais objetivo possível), elimine as letras repetidas e, com as outras,
monte uma figura ( desenho ou símbolo) que em nada lembre as letras. Utilizando qualquer
método de gnose ( masturbação por exemplo), na hora do estado alterado de consciência, fixe no
desenho ( o mais difícil é ficar apens com o objetivo em mente, sem nenhum outro pensamento).
O objetivo é eliminar o consciente, e mandar o objetivo para o inconsciente direto, gerando o
"filho mágico", porém, o objetivo deve ser esquecido o mais rápido possível.

Guarde o desenho e queime quando o desejo se realizar.

Soror - irmã

Synoches - uma das três inteligências celestiais ou arcanjos caldeus. As outras são Iuges e
Teletarchae. Ver Liber XXV.

Teletarchae - ver Synoches.


Thelema - palavra grega para Vontade e nome do sistema desenvolvido por Aleister Crowley, e
trazido ao Brasil pela F.R.A. ( Fraternitas Rosacrucis Antigua) nos anos 20 porém apenas
internamente, cabendo a Marcelo Motta o crédito pela divulgação externa em nosso país.

Ver Thelema

Thoth, Macaco de - Leah Hirsing, uma das Mulheres Escarlates de Crowley, durante seu período
em Cefalu, Cicília.Sob o motto de Alostræl, ela recebeu o juramento de Crowley do grau de
Ipsíssimus ( o Voto da Sagrada Obediência) cujas preliminares iniciaram em 1920.
To Mega Therion - último motto de Crowley, adotado quando atingiu o grau de Magus. Significa "A
Grande Besta" em grego.

Tuli, Sociedade de - sociedade mística da qual Hitler retirou alguns conceitos utilizados na
formulação de sua filosofia.

Umbanda - sistema religioso sincrético de base africana, fundado em 1904 que junta elementos
do Espiritismo, Candomblé, Cristianismo, Hinduismo. Mais conhecido por seus "guias": Preto
Velho, Cabolclo e Criança. Trabalha inclusive com guias de características raciais e culturais como
ciganos, guias de linhas do oriente, exus cruzados ( exu mais alguma outra linha) e outros.

Watts, Alan - lider da contracultura nos anos 60 e escritor de livros sobre psicologia da religião,
filosofia. Possuia um comportamento boêmio e ficou conhecido por suas atividades sexuais, uso de
LSD, álcool e tabaco. Indentificou-se muito com a filosofia Zen.

Weishaupt, Adam - fundador dos Iluminati.

Wicca (witchcraft) - sistema de magia desenvolvido por Gerard B.Gardner, onde tem como
referência o Livro das Sombras. Gardner foi discípulo de Crowley (durante os dois últimos anos de
vida deste) que o ajudou na escritura do livro.Também adcionou elementos de magia oriental
devido aos seus anos vividos na Malasia, após a "bruxaria" ser proibida na Inglaterra É um
sistema muito popular entre mulheres., visando ao culto as forças da natureza e a "Grande
Deusa".

Wilber, Ken - transcende a obra de Jung, a Psicologia Transpessoal, tentando descrever os


procesos de alteração da consciência, as famosas "iluminações". Ken Wilber compara a consciência
as variações de comprimento de onda do espectro eletromagnético: manifesta-se por diversos
níveis ou faixas, oriundas da noção dualista da Realidade. Segundo ele, a principal causa da
incompleitude humana está na abordagem equivocada feita pela maioria da humanidade: o
dualismo. A divisão entre sujeito e objeto. Na verdade, a realidade é fruto de nossa própria
percepção, e esta muda de acordo com as alterações de consciência. Então, quanto mais nos
aproximamos do conceito da unidade universal, da não diferença entre sujeito e objeto, do não-
dualismo, nos aproximamos da iluminação perfeita. O sofrimento pregado pelos budistas, a queda
do homem segundo o judaísmo, Maya segundo os hindus, a Sombra Junguiana, são resultado da
abordagem dualista da Realidade. Esta unidade de compreensão não pode ser descrita, pois as
próprias palavras são dualistas, ela dever ser vivenciada por cada um. No máximo podemos
ensinar métodos, apontar caminhos para que outro obtenha a mesma percepção.

No seu primeiro livro, O Espectro da Consciência, Wilber expõe os conceitos acima,


primeiramente valendo-se das conclusões feitas pelos físicos após a Revolução Quântica no início
do sec. XX, para depois confirmar com as milenares afirmações das filosofias orientais e
judaico/cristãs. O pontapé inicial poderia ser indicado através do Princípio da Incerteza de
Heinsenberg, onde ele prova que a própria observação de um fenômeno o altera, gerando uma
falsa Realidade.

Zos Kia - ver Austin Osman Spare.

Keron-E

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APÊNDICE

Golden Dawn

Sem dúvida nenhuma, junto com a Sociedade Teosófica de Mme. Blavatsky, foi a mais
importante e influente sociedade mística mundial . Responsável por divulgar no ocidente, uma
síntese de vários sistemas mágicos até então isolados, como a Cabala, a Magia Sagrada de
Abramelin, o Tarô, os grimordios de Salomão, a magia enoquiana de John Dee e Edward Kelly, o
sistema Rosa Cruz, os Tattwas , Astrologia, Alquimia e é claro, Eliphas Levi.

Rastreando sua origem, pode-se estipular que sua estrutura provém de uma ordem
chamada Societas Rosicruciana in Scotia, de caráter maçônico-cristã fundada em meados do
sec. XIX. Ela já possuia uma estrutura em três estágios dividida em nove graus:

1 – Aprendizes: Zelator, Theoricus, Practicus, Philosophus.

Os membros entravam no equivalente a uma Loja Maçônica, capacitada a conceder os quatro


graus acima possuindo o espaço mínimo de seis meses para cumprir cada um. Equivalia ao mundo
cabalístico de Assiah de carater puramente teorico.

2 – Professores ou Adeptos: Adeptus Minor, Adeptus Major, Adeptus Exemptus.


Equivalia a uma Grande Loja Maçônica Provincial encabeçada por um Adepto Chefe e seu
delegadoque tinham controle sobre todas as primeiras ordens da província. O Adepto tinha
autoridade para conceder os três graus acima e apenas a quem havia cumprido o cirriculum do
primeiro estágio. Ao chegar a Adeptus Exemptus recebia autoridade para comandar um colégio da
primeira ordem. Equivalia ao mundo cabalístico de Yetzrah de carater pratico: viagens astrais,
feitura das armas etc .

3 – Governantes ou Magi: Magister e Magus.

Equivalia a Grande Loja encabeçada por um Magus Supremo, Magus Substituto Sênior e Magus
Substituto Júnior. Chegava-se a este estágio convidados da segunda ordem. Equivalia ao mundo
cabalístico de Briah.

Em 1º de Junho de 1867 foi fundada uma derivação da S.R.S a Societas Rosicruciana in


Anglia (Sociedade de Rosacruzes na Inglaterra ou S.R.I.A.) por Robert Wentworth Little com a
estrutura praticamente idêntica a da sua antecessora. Ingressaram em suas fileiras dois
maçons, Willian Wynn Westcott e William Robert Woodman
(ambos,posteriormente Secretários Gerais).

Vinte anos mais tarde começa a história, um tanto dúbia, da fundação da Golden Dawn: a
primeira versão diz que um manuscrito cifrado foi entregue a Westcott, em 1887, pelo reverendo
e maçon A.F.A. Woodford que, por sua vez, disse ter recebido-o de um mercador. Westcott então
encarregou outro maçon e expert em ocultismoS.L.M.Mathers, para decifra-lo com base em uma
chave encontrada em um livro do abade Johann Trithemius. O manuscrito revelou uma série de
rituais e descrições precisas dos graus rosa - crucianos de neófito, zelator, teóricus, practicus e
philosophus, semelhantes aos graus de uma ordem alemã do séc. XVIII, Orden des Gold und
Rosenkreutz.

Entre o manuscrito, foi encontrado uma carta de uma senhora alemã chamada Anna
Sprengel (Soror Sapiens Dominabitur Astris cuja tradução seria "O Sábio Será Governado
pelas Estrelas") que continha o seu endereço para aqueles que conseguissem decifrar os
documentos. Westcott então passou a manter contato com a mulher que revelou-se uma iniciada
em uma ordem secreta chamada Die Goldene Dammerung, ou A Aurora Dourada, que o
autorizou a abrir uma loja e deu-lhe plenos poderes.

A segunda versão, e mais aceita entre muitos, é de que o tal manuscrito fora escrito por Kenneth
Mackenzie, ocultista inglês e discípulo de Eliphas Levi, autor da Real Enciclopédia Maçônica e
membro da já citada Societas Rosicruciana in Anglia. Mackenzie teria escrito o manuscrito para
um amigo, Frederick Holland, a fim de usar na criação de uma ordem fundada em 1883 pelo seu
grupo, a Sociedade dos Oito e, após sua morte, Westcott apossou-se dos documentos e inseriu
a carta de Anna Sprengel a fim de fazer valer a sua autoridade. Existem outras versões que
creditam a Lord Edward Bulwer-Lytton, autor de Zanoni, ou a um influente cabalista chamado
Johann Friedrich, mas ambas sem apoio.

No final de 1888 é erguido o Templo de Isis-Urânia em Londres e é oficialmente fundada "The


Hermetic Order of the Golden Dawn", inicialmente com trinta e dois membros e no comando
os companheiros de Westcott: Mathers e Dr. William Robert Woodman um destacado cabalista que
contribuiu imensamente na didática da ordem.

O seu desenvolvimento foi muito rápido: no mesmo ano foram erguidos mais dois templos, o
Templo de Osiris e o Templo de Horus e passou a atrair várias pessoas de destaque na sociedade
inglesa como políticos, poetas e escritores. Logo depois da fundação da ordem, Westcott anuncia a
morte de Anna Sprengel. A estrutura da ordem no início era resumida em estudos coletivos,
palavras de passe e sinais secretos e os graus baseados na Árvore da Vida.

Em Dezembro de 1891 Woodman morre e o gênio de Mathers passa a se destacar. Introduz um


segundo círculo na ordem a "Ordem da Rosa de Rubi e da Cruz Dourada" ou simplesmente RR. at
A.C. em 1892, através de um belo ritual do primeiro grau do círculo, o de Adeptus Minor (5º=6º)
baseado na lenda de Christian Rosenkruez. A partir daí a ordem passa a contribuir realmente
em direção a evolução mágica, passando da teoria ás praticas . A admissão a segunda ordem era
feita por convite e um complexo exame era passado, onde pouca pessoas conseguiam sucesso.
As instruções nos Pergaminhos Voadores ( nome dos manuscritos de estudo), constavam rituais
completos do pentagrama e hexagrama, construção de armas mágicas, magia enoquiana, doutrina
do homem como macrocosmo, assunção à formas - deus e tratados sobre as cartas do Tarô.

Mathers alegava manter contato constante com os Chefes Secretos que o instruiam sobre os
assuntos místicos e três deles o confirmaram como líder da ordem, durante um encontro em Bois
de Boulogne.

No mesmo ano, muda para Paris e funda o Templo de Ahathoor deixando Westcott na liderança
dos templos ingleses. Até 1893 foi fundado o Templo de Amem-Ra na Escócia, em 1895 o Templo
de Osiris, e na América foram fundados os Templos de Thme em Boston, Themis na Filadélfia e
Thoth-Hermes em Chicago. Em 1900 o último templo, o de Horus na Inglaterra.

Infelizmente, como em todas as ordens em grupo, os problemas começaram a aparecer: Mathers


se desentendeu com Annie Horniman, que ajudou-o e sua família a se sustentarem na França,
onde deixou um pouco a ordem de lado para se envolver em política. Mathers, apesar de um
excelente magista, era uma pessoa muito autoritária e acabou por romper a amizade de anos com
Horniman que foi expulsa da ordem, desagradando muitos. Em 1897 Westcott deixa o comando
da ordem na Inglaterra, delegando como substituta a atriz Florence Farr, que não soube guiar o
ramo inglês. Em 1900, as coisas começaram a desmoronar definitivamente, Farr e Mathers se
desentenderam e este, achando que ela estava fazendo um ardil para colocar Westcott como líder
mundial da Golden Dawn, revela que as cartas de Sprengel foram forjadas por Westcott, que por
sua vez não se defendeu das acusações

Para piorar a situação, um tal de Aleister Crowley foi iniciado na segunda ordem com apenas um
ano como membro da ordem, causando revolta. Mathers enviou Crowley para tomar posse dos
pertences do ritual da segunda ordem e William Yeats expulsou ambos da ordem e proclamou-se
Imperador da Golden Dawn. Horniman foi reefetivada mas outra cisão ocorreu com a formação
de um grupo por Farr chamado Esfera, dedicado a viagens astrais e contatos com os Chefes
Secretos.

Em 1901, Mathers foi ludibriado (?) pelo casal de charlatões Sr e Sra. Horos que, de algum
modo, convenceram-no de que ela era Annie Sprengel e roubaram rituais de iniciação da ordem.
Um erro muito comum que muitos biógrafos de Crowley cometem, foi de que ele havia "matado" a
Golden Dawn magicamente ao publicar seus rituais no Equinócio. Eles foram publicados bem antes
pelo casal Horos nos jornais londrinos.

A Golden Dawn então dissolveu-se em várias ordens, como a Stella Matutina, Alpha et Omega,
o Templo de Cromlech, Fraternity of the Inner Light, e a A.·.A.·. -nesta última uma das
diferenças está na relação graus-mundos da Árvore da Vida.

Estrutura da Golden Dawn

Graus Graus-Mundos Cabalísticos

Neófito - 0° = 0° -

Zelator - 1° = 10° Terra

Theoricus - 2° = 9° Ar Assiah

Practicus - 3° = 8° Água

Philosophus - 4° = 7° Fogo

Portal
Adeptus Minor - 5° = 6°

Zelator Adeptus Minor

Theoricus Adeptus Minor

Practicus Adeptus Minor


Yetzirah
Philosophus Adeptus Minor

Adeptus Adeptus Minor

Adeptus Major - 6° =5°

Adeptus Exemptus - 7° =4°

Magister - 8° =3° Briah

Magus - 9° =2°

Diagrama dos graus pro Mathers


Keron-E

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KENNETH GRANT

" Apreço por Grant : se eu morrer ou viajar para os E.U.A., um homem deverá ser
treinado para cuidar da Ordo Templi Orientis inglesa ".

Aleister Crowley,
Diário pessoal, datado de Março de 1946

O controverso escritor inglês, Kenneth Grant (Aossic Aiwas 718), destaca-se no meio ocultista
por sua convivência com Aleister Crowley nos últimos dias de vida da Besta. Aos 20 anos, em
1944, Grant torna-se secretário de Crowley (30 em de Dezembro de1944) ficando, após sua
morte, com vários documentos e correspondências de 666. A sua adolescência foi marcada por
uma grande curiosidade sobre misticismo oriental, tanto que alistou-se no exército para viajar à
Índia e lá encontrar um guru. Acabou encontrando um bem mais perto do que esperava: no
próprio país.

Dono de um sistema muito pessoal de magia, teve como base os trabalhos de Crowley, porém,
transformou os conceitos em algo bem diferente daquilo proposto por Mestre Therion. Em 1948,
Grant conhece Austin Osman Spare, sendo muito influenciado por ele. Em 1952, fundam o Culto
Zos Kia, para em 1954, fundarem a Loja Nova Ísis, na Inglaterra.

Grant também envolveu-se na confusão sobre a legitimidade do nome O.TO.: em 1952 recebe
de Karl Germer, herdeiro de Crowley na O.T.O, a seguinte carta: " Se nós quisermos que a O.T.O
prospere novamente, precisaremos de um líder competente, não somente para a Inglaterra mas
para todo o mundo. Deve ser alguém que conheça os meandros do assunto... e estou cogitando
você para essa posição."

Nos anos 50, Grant estabeleceu relações com a Fraternitas Saturni, um grupo de magistas
alemães, que usava pouco do sistema thelêmico em seus trabalhos e com Hermann Metzger, líder
da O.T.O Suíça. Após isso, em 1955, fez o seu manifesto sobre a descoberta da Corrente Sirius /
Set, promovendo associação com o líder da Fraternitas Saturni, Eugen Grosche, inimigo de
Germer. Irado com a atitude de Grant, Germer o expulsa da O.T.O e proíbe Grosche de publicar
qualquer material de Crowley. N

Simplesmente ignorando a expulsão feita por Germer, Grant assume como Cabeça Externa
da ordo templi orientis ( Aossic Aiwas 718 Xº ordo templi orientis ) desenvolvendo a O.T.O
Typhoniana.
A obra de Grant é polêmica e prolixa: uma mistura de Thelema, Vodu, Spare, Achad, Fraternitas
Saturni e Caos Magick, chegando a sobrecarregar o leitor com informações técnicas, históricas e
conclusões cabalísticas pessoais, as vezes forçadas.

A polêmica começa pelo mote, dado por Crowley. Em magia um mote deve ser dado pelo próprio
indivíduo, pois só ele sabe o que deseja e o que pretende consigo mesmo. Grant fala de seu mote
no livro Outside the Circles of Time, deixando no ar a idéia de ser a Criança Mágica de Crowley:

" O nome Aossic foi recebido durante um encontro do presente autor com Crowley; esse é o nome
daquele Mais Antigo Ser e foi originariamente lido como 300, que unido ao nome Aiwass ( 418)
resulta em 718, sendo o número da Estela da Revelação e do nome mágico do autor - Aossic-
Aiwass - como Cabeça da Ordo Templi Orientis (O.TO.). Além disso , a palavra ' child' ( criança,
menino) na gematria inglesa corresponde a 52 que somada a 666, resulta em 718. Assim a
identidade da Criança Mágica foi ocultao e esboçada, há muito, em 1939, no nome Aossic que
Crowley interpretou como 400, o Signo da Cruz de Set e o símbolo da Manifestação."

Seus críticos julgam seu trabalho um reflexo de alguém que falhara ao pular o abismo de Daäth
que se caracteriza apenas por conhecimento técnico e confusão, ignorando o fator espiritual. O
que não deixa de fazer sentido se lendo suas obras, porém, quem deve julgar isso, é o leitor por si
só.

A ordo templi orientis Typhoniana não trabalha com lojas, mas com Zonas de Poder , pois seu
membros, segundo ele, não estão no plano terrestre e sim no espaço sideral e nos altos níveis de
consciência humana. Segundo Grant, a ordo templi orientis (a sua versão) é a Máquina e a A.·.
A.·. (da qual nunca foi membro) o Operador.

Na década de 70, começou a publicar seus livros, e manter contato com Maggie Cook
(Soror Andahadna, Nema ). Uma de suas alunas desenvolveu um tarô com base nas projeções dos
Tuneis de Seth nas Qliphoth, chamado Tarô das Sombras.

Grant faleceu em 2011 mas a sua obra se mantém através de Michael Stanley e sua
revista STARFIRE. Teve um livro publicado no Brasil em 1999, Renascer da Magia ,junto com o
de sua orientada, Soror Nema, A Magia Thelêmica de Maat, Amor sob Vontade. Ambos da editora
Madras.

Quem quiser entrar em contato com ela escreva ao seguinte endereço:

STARFIRE Publishing Ltd


BCM Starfire
London WC1N 3XX
England

CONCEITOS TYFONIANOS

1. Túneis de Set
2. A Árvore da Noite
3. Entrevista fornecida a editora Skoob

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TUNEIS DE SET

Segundo Grant: "uma rede de células oníricas no subconsciente humano".

Os Túneis de Set são os equivalentes qliphoticos dos 22 caminhos da Árvore da Vida. Na


segunda parte do seu livro Nightside of Eden, Grant descreve uma forma de projeção do
"Psiconauta" nesses caminhos relacionando com conceitos próprios como os Kalas e
também Liber CCXXXI.

A numeração dos túneis é feita somando 11 a carta do tarô correspondente. Aqui seguem-se
essas descrições:

11º Caminho - Amprodias.

" O décimo primeiro caminho ou kala é atribuido ao elemento Ar e seu aspecto negativo é o
demônio ou sombra chamado Amprodias. ... Essa sombra deve ser invocada vibrando o nome
Amprodias na chave do ´ E ` ( Nota 1: deverá ser pronunciado de forma semelhante a um
susurrar pronunciado via um tubo estreito, tipo apito)... O sigilo de Amprodias mostra uma boca
aberta típica do útero que profere a Palavra".

12º Caminho - Baratchial.

" O décimo segundo caminho ou kala é atribuído ao palneta Mercúrio e sua sombra aglutina-se na
forma de Baratchial. O nome Baratchial deverá ser vibrado na chave de ´E ´, acompanhando uma
´tagarelada ´ ou ´risada ´ de características inconstantes. Esse é o kala dos Feiticeiros.. que
transmitem a luz oriunda diretamente do além Kether para Saturno via a fórmula da dualidade... o
poder mágico....os segredos dos kalas do vazio, e dessa Corrente de Kalinian que é obitida no
mundo da anti-luz... ".

13º Caminho - Gargophias.

" O décimo terceiro caminho é obtido com o kala lunar. O nome dessa sombra-guardiã é
Gargophias que deverá ser vibrado ou ´uivado ´em repetições regulares na chave do ´G ´ agudo.
( Nota 1: A natureza líquida dessa entidade sugere que a evocação seja acompanhada por algum
instrumento de fio como videira, a citara ou arpa) O sigilo de Gargophias mostra uma espada em
pé com um olho em cada lado da lâmina em cima de um ovo e uam lua crecente. A espada é
tipíco da Mulher como o primeiro que corta em dois.. Os dois olhos representam a lunação dual,
com ênfase no período do eclípse. "

14º Caminho - Dagdagiel.

" O décimo quarto caminho é relacionado com o kala de Vêus.. O nome da sentinela é Dagdagiel.
Ela deve ser evocada vibrando seu nome na chave do ´F ´ agudo acompanhado por um susurrar
ou um som pululante... O sigilo de Dagdagiel mostra uma letra Daleth inversa e na forma de uma
forca com um triângulo invertido pendurado acima das letras A VD.. o triângulo é a pirâmide
invertida posta no Abismo com o seu cume no vazio (ain), pois seu túnel equivalente está refletido
nos golfos além de Kether. "

15º Caminho - Hemethterith.

" O décimo quinto túnel é iluminado pelo kala da Estrela... o Guardião deste Pilão é Hemethterith
que pode ser evocado vibrando o seu nome na chave do ´A ´agudo, de forma quase inaudível... o
sigilo Dela... sugere uma face acima de três cruzes igualmente armadas dispostas na forma de um
triângulo descendente com duas formas serpentinas separando-as "

16º Caminho - Uriens.

" O décimo sexto caminho transmite a influência do Hierofante e seu túnel é vigiado pelo demônio
Uriens que é evocado pela vibração de seu nome na chave do ´C ´agudo. O nome deverá ser
rugido ou berrado. seu sigilo.. mostra uma figura com sete armas.. um glifo da Àrvore da Vida.
Possui relevância aos mundos abaixo do abismo. O ADMIRON ( O Sangrento) são as QLIPHOTH
atribuidas ao túnel de Uriens... (Eles) aglomeram-se através dos desolados locais do vazio
deixando o ´rico suco marrom ´ da aniquilação em seus rastros."

17º Caminho - Zamradiel.

" O décimo sétimo caminho transmite a influência dos Amantes. É um túnel vigiado por Zamradiel
que é evocado pela vibração de seu nome ma chave do `D ´. O som deverá ser rouco.. O sigilo de
Zamradiel é composto por uma lua crescente transpassada por uma flecha atirada de um arco,
ambos terminando numa letra G... o veículo pelo qual a travessia é alcançada.. a letra da Alta
Sacerdotisa... O décimo sétimo kala é carregado fortemente com a atmosfera de Daath... "

18º Caminho - Characith.

" O décimo oitavo caminho está sobre regêcia de Câncer. Esse túnel é vigiado por Characith.. o
sigilo de Characith... mostra uma múmia deitada coberta por um ser de cabeça-de-camelo saindo
de seus pés. O nome de Characith deverá ser vibrado na chave do ´D ´agudo acompanhado pelo
som peculiar de que das de fonets mágicas ou cachoeiras. "

19º Caminho - Temphioth.

" O décimo nono túnel é vigiado pelo demônio Temphioth cujo número é 610. A influência
predominante é do leão-serpente, teth, um glifo do espermatozóide que é mostrado no sigilo na
forma de quatro vésicas pendendo de uma forma serpentina ligada a uma cabeça e besta.. O
nome de Temphioth deverá ser vibrado na chave do ´E ´com um rugido, força explosiva soprada
atrás. Essa é a raiz vibracional ( bija mantra) da fêmea..."

20º Caminho - Yamatu.

" O vigésimo Túnel está sob a égide de Yamatu cujo nome deverá ser pronunciado usando a chave
do ´F `, em nível mais baixo e com suspirar ou subtons murmurantes ... O sigilo de Yamatu é um
segredo cifrado de Set. Ele mostra uma cruz invertida que significa o passagem subterrânea ou
travessia em Amenta... "

21º Caminho - Kurgasiax.

" O vigésimo primeiro kala é dominado por Júpter e é vigiado por um guardião do Túnel chamado
Kurgasiax cujo nome deverá possuir uma pronúncia imperativa na chave do ´A ´ agudo... o sigilo
de Kurgasiax mostra uma esfera com chifres ( ou lua crescente) e inscrito uma cruz perfeita no
topo de uma linha terminada em três apêndices. A cruz com o círculo e a Marca de Set que denota
um local de travessia indicado pelo norte polar ou eixo, i.e. Daath, o Portal do Abismo... O Senhor
das Forças da Vida,... transforma-se na Senhora das Forças da Morte... "

22º Caminho - Lafcursiax


" O vigésimo segundo Raio aparece atrás da Árvore no túnel guardado por Lafcursiax... Ela atende
a prolongada vibração de seu nome no ´F ´ agudo (registro superior)... o sigilo... um glifo do
Desequilíbrio.... mostra um par de pratos de balança erguidas por um demônio trapaceiro com um
semblante inane. A maão esquerda do demônio está na forma de um yod fechado em um círculo
da onde cai obliquamente uma espada... Os pratos simbolizam a constelação de Libra que governa
o Caminho 22..."

23º Caminho - Malkunofat.

" O vigésimo terceiro kala está sob o domínio de Malkunofat que habita as profundezas do abismo
aquático. Ele pode ser despertado por um estridente chamado de seu nome na chave do ´G
´agudo (registro superior)... A chave para este glifo está no número 61... o número de Kali,
Deusa do Tempo e Dissolução... este é o domicílio dos Profundos... o dragão das trevas cujo
número é 5, sendo a fórmula da fêmea em sua forma lunar e noturna... "

24º Caminho - Niantiel.

" O vigésimo quarto Túnel está sob a influência de Escorpião e vigiado por Niantiel cuja numeração
é 160. O nome desta Qlipha deverá ser pronunciada no ´G ´( menor registro) de modo a sugerir
um caldeirão borbulhante de lava fundida, pois Marte é o poder planetário predominante. .. a
despeitodo sigilo de Niantiel, é uma imagem da Morte com uma coroa de cinco raios suportando
uma cruz controlada pela foice ao lado da Coroa de Set "

25º Caminho - Saksaksalim

" O vigésimo quinto raio ilumina o Túnel de Saksaksalim cujo número é 300 a cujo não-ser pode
ser induzido a assumir uma forma pela vibração de um som alto de creptação elétrica na chave do
´G ´agudo... o simbolismo do grau 5=6 da Golden Dawn deverá ser estudado em conexão com o
simbolismo deste túnel. "

26º Caminho - A'ano'nin

" O vigésimo sexto Túnel está sob o controle de A'ano'nin cujo número é 237. seu nome deverá
ser proferido num tom rouco na chave do ´A`.. O sigilo de A'ano'nin mostra o Ur-heka
sobrepujado pela cabeça de um sacerdote cercado pelas letras BKRN, que somadas resutam em
272."

27º Caminho - Parfaxitas

" O vigésimo sétimo Túnel está sob o controle de Parfaxitas cujo número é 450. Seu nome deverá
ser vibrado numa nota de comando profunda e imperativa na chave do ´C ´( registro menor) e o
som deverá lembrar um trovão.... A fórmula de Parfaxitas é aquela do VIIIº + ordo templi
orientis , que comporta a assunção de formas astrais de animais para a retificação de energias
atávicas...O sigilo de Parfaxitas descreve uma fortaleza com uma porta e duas janelas (olhos)
suportados pelas letras SUE, cuja numeração é 71, o mesmo de LAM... "

28º Caminho - Tzuflifu

" O vigésimo oitavo túnel é guardado por Tzuflifu, cujo número é 302 e deve ser cantado na chave
do ´A ´agudo.... O sigilo mostra um Padre ou Rei usando uma coroa fálica com o 'olho'
protraindo....significando o surgir ou abertura do poder do phallus... "

29º Caminho - Qulielfi

" O vigésimo nono está sob a influência da lua e o lar da bruxa representado por Hekt, a deusa
com cabeça de sapo e Senhora da Transformação. Qulielfi é a sentinela; seu número é 266 a seu
nome deverá ser pronunciado na chave do 'B '... "

30º Caminho - Raflifu

" O trigésimo tunel está sob a égide de Raflifu cujo nome deverá ser vibrado melifluamente na
chave do ´D ´... O sigilo de Raflifu mostra o tridente de chifres de Typhon ( ou Choronzon)
flanqueado por machados ou signo de NETER e sobrepujado por um sol negro nos braçcos de uma
lua crescente... "

31º Caminho - Shalicu

" O trigésimo primeiro túnel está sob o domínio de Shalicu cujo nome deverá ser vibrado na chave
do ´C´ em um sibilante e sinistro susurro.. O sigilo de Shalicu mostra... a placa que anuncia o fato
de morte, julgamento e ressurreição. Isto inclui a tripla fórmula da Travessia do Abismo... "

32º Caminho - Thantifaxath

" O trigésimo segundo túnel está sob a égide de Thantifaxath ... cujo nome pode ser reverbado na
chave do ´B ´ agudo como se estivesse nos buracos das profundezas chthnianas... O sigilo inclue
a geomântica figura de Acquisitio que é atribuida ao número nove formado pelo ígneo sagitário -
por isso da natureza elétrica de Thantifaxath e suas ocultas e subterrâneas células chthnianas..."

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ÁRVORE DA NOITE

Desenvolvido por Linda Falorio, Fred Fowler e Mishlen Linden.

KETHER - SAHASRARA - COROA

A Imagem: A Visão da Estrela-Esponja - Os Kalas das Estrelas caindo das dimensões


transplutonianas. Visão dos Grandes Antigos - " o povo que veio do outro lado do mar" do espaço
interestrelar - o Mu, o Moa.

Poder: Viagem no tempo trans-dimensional/interestelar

BINAH/CHOKMAH - AJNA - SOBRANCELHA

A Imagem: O Olho-que-Vê-Internamente - " Com Teu olho direito cria um Universo". Visão da
reflecção Lunar sobre a água negra; arco-íris de ólheo sobre a água.

Poder: Entrar no Tempo Onírico, para deixar o corpo a sua vontade.

DAATH - VISHUDA- NÓ DE SHIVA - DECUSSATION DAS PIRÂMIDES.

A Imagem: A Serpente Alada como o Andrógino-Gyander . Visão do Labirinto, a entrada do


Universo B via Túneis de Set.

Poder: O do shaman, metamorfo, da transutação cósmica da célula primal; conhecimento do


passado-presente-futuro como existentes no Agora.
TIPHARETH- ANAHATA- CORAÇÃO.

A Imagem: a Cobra Negra devorando o Sol eclipsado; a encruzilhada. Visão do sem-Ego Vazio
entre os Mundos - "pois não há deus onde eu estou".

Poder: Invisibilidade; da entrada em outro corpo.

VÉU DE PAROKETH- NÓ DE VINSHU - DIAFRAGMA - MANIPURA.

A Imagem: o Buraco Negro, matério em colapso sobre si mesma - " por minha mão esquerda
destruiu o universo e nada restou"; uma nuvem de chuva negra . Visão do " Uivador no desolado".

Poder: Falar em silêncio; raiva; mortalha.

YESOD - SVADISTHANA - UMBILICAL

A Imagem: A Sopa Primal como se movesse em espumas. Visão do pântano, águas da ilusão; a
água do cabaço, a taça preenchida com vinho .

Poder: Fascinação e encantamento - imaghinação acesa pelo desejo; criação do próprio universo.

NÓ DE BRAHMA - CENTRO - CH' I

A Imagem: A Teia, tentáculos. Visão dos nodos interconecyados de luz infinitamente corroida.

Poder: O tambor, como mantenedor e criador do tempo

MALKUTH- MULADHARA - QUE

A Imagem: Nuit, o Raio Prateado, os kalas sexuais como vertendo do corpo da Suvasini. Visão da
Dança do sexo-nascimento-morte-felicidade; o bastão com um crânio no topo - a mente vazia.

Poder: Troca da energia Tântrica, destilando o elixir transformado; elevação da kundalini na


espinha para a Chuva de Estrelas.

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ENTREVISTA DE KENNETH GRANT


Fornecida em 1990 para editora Skoob que publicava os seus livros.

P. Qual é o propósito dos seus livros?

KG. O objetivo principal é preparar as pessoas para encontros com estados de consciência
desconhecidos.

P: Será que estes incluem encontros extraterrestres?

KG. Sim. Encontros, extra, sub, e ultraterrestre.

P. Você acha que esses eventos são iminentes?

KG. Eles são suscetíveis a qualquer momento, mas seja agora ou em algum período futuro, a
sua ocorrência é certa e é necessário estar preparado para esses eventos.

P. Se essas formas de consciência são outras que não terrestres, o que são exatamente?

KG. Tudo o que posso dizer é que haverá contatos extraterrestres, porque de fato já tem
ocorrido contatos extraterrestres, mas também haverá outras formas de contato. Mas, embora
o homem possa aprender a assimilar contatos extraterrestres, ele pode achar que é impossível
lidar com aqueles do Outro Lado.

P. É isso que você quer dizer quando se refere, em seus livros, a parte de trás da "Árvore
da Vida"? É isso o Outro Lado?

KG. A 'Árvore' serve como um vasto modelo. O universo conhecido é representado pelo lado
de cá da ‘Árvore’, o desconhecido pelo outro lado.

P. E os seus livros oferecem mapas, por assim dizer, do outro lado?


KG. Eles procuram indicar alguns 'portais' através dos quais formas alienígenas de consciência
podem se manifestar ao homem, e através dos quais o homem pode ir ao encontro delas.

P. O livro que você está escrevendo agora é intitulado Outer Gateways. Você julga que
esses encontros são iminentes porque há um desejo desesperado e mundial que algo,
alguém, algures nos ajudará a sair da confusão que fazemos das coisas?

KG. O Homem tem evocado certas energias, e, portanto, certas entidades, a natureza das
quais ele é ignorante, e para o confronto com o qual ele é quase totalmente despreparado.

P. Ele os chamou à vida por sua própria loucura?

KG. A ignorância é a culpada principal, mas existem outros. Há uma determinação deliberada e
perversa por parte do homem de hoje para acumular bens materiais. Completa materialização
é desejada e, portanto, um estado de total materialismo domina e condiciona suas atividades.
Com motivações exclusivamente materialistas o homem pode destruir a si mesmo, mas porque
eles admitem nada além de si mesmo.

P. E ele não está preparado para enfrentar as consequências?

KG. Decididamente não. Sua atitude fechou a própria mente para o conhecimento real e
destituído do poder de reconhecê-la quando ela se apresenta, como acontece hoje
numerosamente, mas de formas estranhas. Se o homem puder sobreviver, ele terá de se
preparar para um encontro total consigo mesmo. Mesmo assim, pode ser tarde demais.

P. Quanto tempo é necessário?

KG. Isso depende inteiramente das circunstâncias individuais. O Tempo de Fora não écomo o
daqui, na verdade, não há tempo lá, onde tudo é eternamente presente. O homem poderia
perceber instantaneamente este presente, e esta presença, se ele não fôsse ignorante.

P. Então segue-se que certos indivíduos, talvez aqueles capazes de perceber essa
Presença, ficariam imunes à explosão de novas formas ou consciências?

KG. Em certo sentido, isso é verdade.

P. Em um sentido físico?

KG. Nenhuma sobrevivência é possível em um sentido físico. Aqueles que imaginam que há
estão se iludindo.

P. Mas algumas pessoas poderiam sobreviver em algum estado ou outro?

KG. Nos estados em que você alude não há questão de sobrevivência. Vamos dizer que
haverá uma transformação. Se o homem é capaz de integrar essas novas experiências em sua
psique, ele deve começar AGORA a pensar em termos, pelo menos, da tentativa de um
encontro extraterrestre. Se ele faz isso, o resto pode se suceder.

P. Tudo isso sugere OVNIs e outros fenômenos semelhantes. Certamente, se tais graves
perigos são iminentes aqueles que têm autoridade tomarão providências para ver que
precauções serão tomadas?

KG. Como eles podem? Além disso, é sabido que alguns governos são considerados
responsáveis por subterfúgios e distorções de informações sobre OVNIs. Mas os OVNIs são
apenas projeções dentro da esfera terrestre, ocasionalmente registrados pela vigília e o sonho
dos seres humanos, e telas de radar, de algo além deles, e aqueles que ‘tem autoridade' nada
sabem sobre esse ‘algo’.

P. Seus livros não tratam especificamente de Ufologia.

KG. Outros estão cuidando desse aspecto da questão, existem literalmente centenas de livros
sobre o assunto.

P. Mas eles são confiáveis?

KG. Seus detalhes são controversos e que são essencialmente especulativos, mas o fato de
sua existência em abundância sugere que um número crescente de pessoas estão
experimentando formas desconhecidas de consciência, ou que estão se tornando conscientes
da existência dessas formas.

P. Que nos traz de volta à minha pergunta inicial: O objetivo dos seus livros?

KG. Fornecer conceitos que são essencialmente estranhos de modo que a faculdade da visão
intuitiva possa ser despertada e alinhada com tais conceitos estranhos.

P. Será essa a razão para a inclusão em seus livros de sigilos estranhos, símbolos e
outré arte?

KG. Neste estágio primitivo da evolução do homem o sentido visual é de extrema importância.

P: Com certeza o som é igualmente importante, ainda que você não palestre.

KG. O som é importante, mas na forma que você mencionou pode ser um obstáculo positivo.
Todos os tipos de vibrações conflitantes atingem ao ouvinte se comparados com o silêncio e
quietude que atende ao leitor. E o leitor pode voltar a mergulhar à vontade no presente, se
necessário.

P. Então a sua atitude negativa para palestras é uma afirmação positiva do poder do
silêncio?
KG. A palavra silente ou impressa é mais potente que sua versão falada, exceto em casos
muito excepcionais, e atinge aqueles a quem se destina. As pessoas assistem a palestras, por
diferentes razões, mas poucos freqüentam para ganhar conhecimento. Elas vão para conhecer
pessoas, para passar o tempo, mas raramente são profundamente afetados pela palavra
falada, que é rapidamente esquecida. Livros por outro lado tem sido conhecidos por mudar
vidas. A minha própria foi modificada pelo Magick de Crowley.

P. Por que abriu uma porta para você?

KG. Precisamente.

P. Mas a Bíblia ou o Corão podem fazer isso.

KG. Certamente, eles podem, eu menciono Crowley porque seu trabalho é mais especialmente
relevante para nossa presente discussão.

P. Outros ocultistas tocaram nestas questões?

KG. O trabalho de Blavatsky está repleto com "insights" que sugerem que ela estava em
contato com alguma fonte de conhecimento ultraterrestre. O Livro de Dzyan, que "A Doutrina
Secreta" é um comentário, contém elementos de contato com Inteligência Exterior.

P. A Bíblia, Blavatsky, Crowley ... Há algum escritor que hoje aborde o assunto de seu
ângulo particular?

KG. Não muitos.

P. Por que isso acontece se o assunto é de tanta urgência?

KG. Existem várias razões. O místico, que é provavelmente o mais qualificado, está
preocupado essencialmente com a consciência libertadora da ilusão da existência encarnada.
O magista, por outro lado, raramente se preocupa com o estado de consciência que não
promova seus objetivos pessoais. O místico é pouco preocupado com o ego, o magista é tão
inflado que vê pouca coisa! O cientista baseia sua ciência sobre o pressuposto de que o mundo
tem uma realidade independente da consciência. Ele, portanto, acha difícil entender o místico
ou o magista, que não fazem isto.

P. Portanto, não há um que você possa nomear que escreva inteligentemente sobre o
assunto?

KG. Surpreendentemente alguns escritores sobre Ufologia, alguns deles 'contatados', têm
fornecido informações valiosas. Aliás, o próprio Crowley poderia ser classificadocomo um
contatado.
P. Ele teve contato com uma Inteligência extraterrestre, daí a Mensagem e a Missão?

KG. Não necessariamente extraterrestre, mas certamente


ultraterrestre. Crowleydescreveu como ‘praeter-humana’. A história d'O Livro da Lei,
tal como consta em seu Confessions revela-o como um dos contatados mais importante de
nossa época. Alguns diriam que o mais importante.

P. Mas contatados são considerados de má reputação por causa de suas mensagens


conflitantes e declarações bizarras.

KG. É verdade, mas o desvio global das mensagens é similar na maioria dos casos. Eles tem
de permitir o tipo de mentalidade através da qual são canalizadas e pela qual são
interpretadas. Muito poucos contatados são versados em magia, misticismo,metafísica e
ciência. Uma distinção deve ser feita entre as comunicações de natureza ética geral e os da
categoria de Dzyan e O Livro da Lei, ambos os quais contêm informação especializadas e
fórmulas.

P. Qual é a mensagem para o não especialista?

KG. Que é necessária cautela na utilização das tecnologias que o homem está em processo de
desenvolvimento. Devido ao crescimento distorcido, o homem da massasofre graves
deficiências morais. É o elemento com defeito moral que ameaça a humanidade com uma
catástrofe.

P. O que exatamente é o elemento moral, a que você se refere?

KG. A Vontade. O desenvolvimento da vontade do homem é superior a suas outras faculdades


morais. Ele é forte em vontade, mas fraco em espírito.

P. Quer dizer que ele quer coisas e fará de tudo para adquiri-las?

KG. Precisamente. Hitler foi um exemplo extremo, sua vontade era uma força vampírica que
cresceu monstruosamente à custa de outras faculdades e estava inflamado ao ponto da
loucura por um desejo de poder. Por outro lado, a sua mensagem, sua doutrina, o veículo de
sua vontade, era pueril ao ponto da idiotice. O mesmo se aplica a muitos outros assim
chamados líderes dos homens.

P. Crowley não estava nessa classe?

KG. A mente de Crowley era lúcida e altamente desenvolvida. Teve a sua vontade equivalente
à esta, a doutrina que ele recebeu pode ter ido muito em direção à preparação do homem para
lidar com as novas formas de consciência que estão agora começando a se manifestar. Há
poucas evidências de que os contatados nos últimos anos tenham qualquer compreensão
adequada das mensagens que recebem. O que não está em dúvida é que ninguém tem ainda
vontade suficiente e efetivamente para transmiti-las. Crowley , no mínimo, tem proporcionado
um sistema coerente.

P. Qual é então a solução?

KG. Não há nenhuma. Agora pode ser tarde demais para pensar em termos de doutrinas. Elas
levam tempo para serem absorvidas. Tal como acontece com todas as preocupações de valor
ultimal isso cabe ao indivíduo.

P. Uma espécie de "Operação Arca de Noé"?

KG. Não exatamente. Noé foi capaz de levar muita coisa com ele.

P. Não é bom se você não pode levá-lo com você!

KG. Essa é uma observação profunda. Se as pessoas entendessem isso e agissem de acordo
não haveria os problemas que surgem sempre, mesmo aqueles que estamos discutindo.

P. Existe um documento, como o Livro de Dzyan, o Necronomicon, o Livro da Lei, etc,


que contém referências mais específicas para os termos que têm vindo a associar-se
aos seus próprios livros e da gnose Tifoniana que eles expressam?

KG. A Sabedoria de S'lba é um desses documentos. É apresentada no Outer Gateways,


juntamente com uma análise preliminar por meio de um comentário experimental.

P. Como foi obtido a Sabedoria de S'lba, e quando?

KG. Foi ‘destilado’, por um processo prolongado que se estendeu por anos, desde os
intensivos Rituais realizados na New Isis Lodge entre 1955-1962. Alguns dados sobre a
natureza desses rituais podem ser recolhidos a partir do meu livro, Hecate’s Fountain.

P. ‘S'lba’ contém as chaves que foram em outra parte discutidas em Outer Gateways ?

KG. Sim. É o propósito de Outer Gateways fornecer essas chaves, mas a ‘Sabedoria’ deve ser
vivida, e não apenas discutida e, de preferência, não discutida em tudo.

Fonte: Sociedade Lamatronika - ©Tradução de Cláudio César de Carvalho - 2011

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MAGIA E QUADRINHOS

“Eu acredito no Super-Homem. De verdade. Eu realmente acredito na Mulher Maravilha.


Eu acredito em Papai Noel.

Acredito que, em toda Páscoa, o profeta Elias vem tomar vinho. Eu acredito em
metáforas.

Metáforas são reais”

Elliot S! Maggin
(escritor de quadrinhos)

Certas histórias em quadrinhos abordam o tema magia. A maioria esmagadora publicada no Brasil
vem dos E.U.A., porém, os escritores em sua grande parte são ingleses.

As revistas da linha Vertigo da editora DC Comics são as mais conhecidas.Pode ser dizer que esse
tipo e publicação iniciou-se com o escritor inglês Alan Moore, na década de 80, na revista Swamp
Thing (no Brasil, Monstro do Pântano, editora Abril). Logo em seguinda, foi lançada a revista de
um coadjuvante das histórias do monstro, John Constantine, chamada Hellblazer ainda publicada.

Dessas duas publicações, iniciou-se o selo Vertigo, existente até hoje.

No Brasil, várias revistas da Vertigo foram publicadas. A expoente no assunto sem dúvida é a DC
Comics.Como em todos os lugares, nem todas as revistas abordam interesantemente o tema. Aqui
segue uma lista das publicadas no Brasil que, na opinião do autor do site, possuem informações
relevantes ao assunto.

Revistas Mensais

· Os Invisíveis – do prolífico escritor Grant Morrison, um magista do Caos assumido.

A série é recheada de conceitos metafísicos, científicos, teorias da conspiração, drogas, apocalipse


e, como não poderia deixar de ser, sexo. Audiovírus, softwares líquidos, letras perdidas do
alfabeto, viagens psíquicas no tempo, dimensões paralelas descobertas pelos sábios gnósticos,
engenheiros ginósticos, psico hackres, são algumas dos conceitos presentes nas histórias.

Segundo a introdução:

"OS INVISÍVEIS: uma antiga e secreta rede de lutadores da liberdade, dedicados à independência
e à evolução da Humanidade. Alguns trabalham sozinhos – agentes paranóicos na beira da
sanidade, mendigos esfarrapados pelas ruas da cidades. Outros ajudam a causa sem mesmo
perceber – crianças rebeldes nas escolas, esposas revoltadas, trabalhadores que sabotam o estéril
mecanismo de produção e consumo. E outros, ainda, como King Mob e seu grupo, reúnem-se em
células ativistas, usando ação direta contra as estruturas de poder da conspiração dos Arcontes.
Anarquistas, feiticeiros, parias, terroristas ocultos, pessoas comuns nas fileiras da Batalha Final
para decidir o destino da Alma da Humanidade, ELES se opõem à tirania e à ignorância. ELES se
recusam a ser governados. ELES são a última esperança as humanidade no limiar do último e
interminável pesadelo. A contagem regressiva começou.”

Os Invisíveis conta a história da célula de King Mob, formada pelos seguintes membros:

- King Mob – expert em artes psíquicas e ocultas, luta corporal e rituais tântricos.

- Lord Fanny – Um travesti brasileiro, descendente de uma família de Shamans. É veículo de


deuses há muito esquecidos. O mais perigoso membro da célula.

- Jack Frost – garoto arruaceiro de rua inglês, o novo Buda. Possui uma personalidade mágica
oculta.

- Boy – uma ex policial do Harlem, especialista em artes marciais.

- Ragged Robin – feiticeira nascida em 1988.

Foi lançada no Brasil por várias editoras diferentes.

Um detalhe: o autor ficou furioso com o filme Matrix que, segundo ele, sugou muitos de seus
conceitos utilizados na série (que durou de 1994 a 1999).

Sandman (editora Globo, Brain Store, está sendo republicada pela última) - da editora DC
Comics, escrita por outro premiado autor inglês, Neil Gaiman. Conta a história de Sandman, um
dos 7 Perpétuos, responsável pelo domínio dos sonhos. Os outros irmãos são: Destino, Morte,
Desespero, Delírio, Desejo e Destruição. Abunda em referências religiosas e literárias. Crowley é
citado na primeira edição.

Obra vencedora de inúmeros prêmios. A série encerrou após 75 edições.

Vagabond (editora Conrad, em circulação) – obra de grande valor espiritual, narrando a vida do
famoso samurai japonês Miamoto Musashi e seus aprendizados no caminho da espada.

Edições Especiais

·Asilo Arkham (Editora Abril, 1990) - obra prima do escritor inglês Grant Morrison com belíssima
arte pintada por Dave McKean. Aqui seguem-se duas histórias paralelas que possuem uma
similaridade: a do terrível segredo do fundador do asilo para criminosos insanos, o psiquiatra
Amadeus Arkham e Batman tentando deter uma rebelião liderada pelo Coringa, onde ele toma
contato com algo assustador. Uma grande Ego Trip.

Destaques - a trama é recheada de informações sobre psiquiatria, sincronicidade, tarô, magia, etc.
O fundador do asilo encontra-se com Aleister Crowley e Jung. Os tarô usado na história foi aquele
desenvolvido por Crowley e Frieda Harris.

Livros da Magia (Editora Abril) - minissérie em 4 edições com arte pintada e história de Neil
Gaiman (Sandaman). Conta a história de um jovem destinado a ser o maior bruxo do universo
DC. Ele é guiado por 4 poderosos magos através do tempo a fim de escolher se segue ou não o
caminho da magia.

Destaques - o personagem principal serviu de inspiração para o sucesso literário infanto-juvenil,


Harry Portter. O visual dos dois garotos é idêntico, ambos possuindo até uma coruja.

Freqüencia Global (Editora Brainstore) - na edição cinco, "Anjos" , um estudioso da obra de


Aleister Crowley resolve um mistério de maneira muito interessante. Vale a pena pelo ponto de
vista usado pelo autor.

Alguns quadrinhos por abordarem temas universais contém alguns conceitos de individuação como
o mini-série O Cavaleiro das Trevas que mostra o verdadeiro eu de um homem vindo à tona, não
importando os padrões socias impostos e Conan o Bárbaro, uma pessoa fiel a ela mesma, ao estilo
Nietzch, vivendo aventuras até tornar-se "rei". O seu deus é bem interessante: não adianta orar
por ele, pois já deu tudo o que você precisa: a vida. O resto é com você.

Outras obras possuem conceitos semelhantes, "quem tiver olhos para ver que veja".

Keron-E

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MOTE

Um mote - lema, motto ou nome mágico - é utilizado para auxiliar o trabalho iniciático como um
guia, além de separar a persona profana da iniciada servindo, didaticamente, para focar a Obra.
Pode tanto ser construído quanto recebido; neste, o nome vem em meio a uma prática mágica,
sonho ou epifania. Os parâmetros gerais são:

1 - Deve expressar alguma vontade ou objetivo do iniciado;

2 - Deve ter uma Gematria coerente com a vontade/objetivo - normalmente o número resultante
deve relacionar-se a um sistema que o satisfaça: tarô, I Ching, cabala hebráica, cabala
grega, árabe etc;

3 - Deve ser sonoro pois, se pronunciado (lançado em Malkuth) deve possuir um efeito
agradável.

A ordem pode ser mudada na construção.

A CONSTRUÇÃO

Pode-se escolher um deus *, um personagem de ficção ou uma frase. Quanto aos dois
primeiros deve-se ter em mente que carregará tanto as virtudes quanto com os defeitos de
ambos. Caso escolha - sendo o parâmetro 1 - seguir para o passo seguinte que é a realização
da Gematria. Na prática consiste em pegar as letras, converter nos números equivalentes e
somá-los, o resultado deve ser um número vinculado a uma das opções do parâmetro 2.

Ex: Thoth (o deus da magia no Egito antigo) - 3+8+6+3+8**=28=2+8=10=1+0=1.


Normalmente utilizamos o Tarô de Thoth para relacionar com o numero. No caso seria a carta
I, O Mago. As vezes o número pode sair acima de 21, o que atrapalharia no tarô pois as cartas,
nos arcanos maiores, chegam até 21; nestes casos pode-se fazer umaredução teosófica que
consiste no mesmo processo de soma das letras. Se a primeira soma desse 320 por exemplo,
somaria-se 3+2+0 resultando em 5, a carta doHierofante. Caso não saia o número desejado,
pode-se inserir uma letra cujo valor leve ao índice escolhido e seja inócua na escrita do nome. No
exemplo acima, suponha que seja Thoth mas apontando para a carta 2, A Sacerdotisa, poderia-
mos resolver comoThoth-α, , Thoth- (simbolo do aleph). Que haja alguma coerência, por
exemplo, no caso anterior usar uma letra cópta ao invés da grega ou hebraica.

Já uma frase - representando uma vontade/objetivo - é mais aconselhável até por ser algo
exclusivo. Pode-se tanto escolher uma e usá-la literalmente quanto se valer do método de sigilo
de Austin Osman Spare que consiste no seguinte: pega-se a frase, cortam-se as letras
repetidas, embaralhe até sair uma palavra.

Ex: "Veni, vidi, vici" (Fui, vi e venci) - v e n i v i d i v i c i - v e n i d c - Tomam-se as letras


restantes e as rearranje satisfazendo o parâmetro
3: Venidc ou Denvic ouCindev ou Vindec etc. Depois fazer a gematria.

As vezes usamos o método acima para verificar uma palavra ou nome recebido como no meu
caso por exemplo: veio uma palavra num sonho lúcido mas não fazia sentido algum, não
pertencendo a língua portuguesa e nem mesmo tinha certeza de como escrevê-la corretamente.
Limitei-me a anotar no diário. Meses depois, ao fazer um mote para a A.·. A.·. escolhi o método
da frase e, para a minha surpresa, a tal palavra apareceu após cortar as letras repetidas.

Na utilização externa pode-se abreviar o mote com o símbolo maçônico ".·.", um ponto ou usar o
número gematrico no lugar; igualmente utilizado o respectivo sigilo.

Recomenda-se utilizar Liber 777 e o Sepher Sephiroth para consulta de valores numéricos e
seus significados.

* "Muitos dos assim chamados nomes de Deus, como os 99 nomes de Allah e a poética lista do
Hinduísmo não são nomes de fato mas títulos descritivos. O verdadeiro nome de um Deus
significa, para nós, a sua Fórmula Mágica, o processo pelo qual define-se a sua energia em
movimento." 777

** a=1, b=2, c=3 e assim até i=9 depois começa novamente, j=1 até repetir o ciclo.

MOTES

Aleister Crowley:

Perdurabo (Perdurarei até o fim) - 1° = 10° até 4° = 7° Golden Dawn


Parzival - 5° = 6° Golden Dawn
O.S.V. (Ol Sonuf Vaoresagi / Eu reino Sobre Ti ) - 6° = 5° Golden Dawn
Satan-Jeheshua, Aum- Ha - 5° = 6° A.·. A.·.
OU MH - 7° = 4° A.·. A.·.
V.V.V.V.V. , Nemo - 8° = 3° A.·. A.·.
To Mega Therion, 666 (A Grande Besta) - 9° = 2° A.·. A.·.
Baphomet, Phoenix - X° e XI° O.·.T.·.O.·.
C.G.Jones:
Frater Volo Noscere - G.·.D.·.
Frater D.D.S. - A.·. A.·.

C.S.Jones:
Frater Parzival - O.·.T.·.O.·.
Frater V.I.O.O.I.V. (Vnus in Omnibus, Omnia in Vno) - A.·. A.·.
Frater O.I.V.V.I.O.( Omnibus in Vnus Vnus in Omnibus) - A.·. A.·.
Frater Achad - A.·. A.·.
Frater 777 - A.·. A.·.

Marcelo Motta:

Frater Adjuvo - A.·. A.·.


Frater Aleph - A.·. A.·.
Frater Ever - A.·. A.·.
Frater Φ - A.·. A.·.
Frater Parzival - O.·.T.·.O.·.

Euclydes Lacerda de Almeida:

Frater N.U. - A.·. A.·.


Frater Thor - A.·. A.·.
Frater Zaratustra - A.·. A.·.
Frater La Achad Al - A.·. A.·.
Frater Muad'Dib - A.·. A.·. , O.·.T.·.O.·.
Frater Aster - O.·.T.·.O.·.
Frater Firmartur - O.·.T.·.O.·.

Outros:

Frater Saturnus - Karl Germer - A.·. A.·. , O.·.T.·.O.·.

Frater Aossic Aiwass - Kenneth Grant - O.·.T.·.O.·.

Frater Belarion, o Anticristo - Jack Parsons - A.·. A.·.

Frater Semper Paratus - Thomas Windram - A.·. A.·.

Frater Aud - Raoul Loveday - A.·. A.·.

Frater Per Ardua - J.F.C. Fuller - A.·. A.·.

Frater Yihoveaum - A. O. Spare - A.·. A.·.

Frater Lampada Tradam - Victor Neuburg - A.·. A.·.

Frater Ominia Vincam - Victor Neuburg - A.·. A.·.

Frater Ominia Pro Veritate - Norman Mudd - A.·. A.·.

Frater Progradior - Frank Bennett - A.·. A.·.

Frater Deo Duce Comite Ferro - Matthers - G.·.D.·.

S Rhiogail Mo Dhream - Matthers - G.·.D.·.

Frater - Gerald Rae Fraser

Frater Causa Scientiae - Julian Baker - G.·.D.·.

Frater Eritis Similis Deo - Sir Gerald Kelley - G.·.D.·.

Frater Genesthai - Cecil Frederick Russel - G.·.D.·.


Frater Iehi Aour - Allan Bennett - G.·.D.·.

Frater Nom Omnis Moriar ( “Não morrerei totalmente”) - W.W. Westcott

Frater Sapere Aude - W.W. Westcott

Frater Vincit Omnia Veritas - Woodman - G.·.D.·.

Frater Himenaeus Alfa - Louis Grady McMurty - O.·.T.·.O.·.

Frater Velle Ominia Velle Nihil, 132 - Wilfred Smith - O.·.T.·.O.·.

Frater Merlin Peregrinus - Theodore Reuss - O.·.T.·.O.·.

Anu o Monstro - Ann Catherine Miller

Ouarda, A Vidente - Rose Kelly

Soror Laylah - Leila Waddell - A.·. A.·.

Soror Sapiens Donabitur Astris - Anna Sprengel

Soror Virakam - Mary d'Esté Sturges - A.·. A.·.

Soror Alostræl, Macaco de Toth, Cynocephalus- Leah Hirsing - A.·. A.·.

Soror Ahitha, O Camelo, - Roddie Minor - A.·. A.·.

Soror Hilarion, A Gata - Jane Foster - A.·. A.·.

Soror Estai - Jane Wolf - A.·. A.·.

Soror Vestigia Nulla Retrorsum - Mina Mathers - G.·.D.·.

Sister Fidelis - Elaine Simpsom - G.·.D.·.

Keron-ε

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APÊNDICE

Orixás

A cultura negra no Brasil possui forte influência espiritual. Os Orixás possuem uma egrégora muito
forte em nosso país, principalmente os oriundos do povo Iorubá.

Aqui segue-se uma introdução às divindades africanas e sua origem. Para um maior
aprofundamento, adquirir os livros do francês Pierre Verger, da onde foi retirada a maior parte
dos textos deste ensaio.

O mundo foi criado pelo todo poderoso Olodumaré, que ao mesmo tempo criou 16destinos
possíveis, os Odus. Cada um, desdobra-se em mais 16, denominados Omo-Odu, totalizando 256
odus. Olodumaré criou quatro por dia em quatro dias.

Os 16 são:

- Okanran – A Insubordinação
- Eji-Okô – A Dúvida
- Etá – Ogundá – A Obstinação
- Irosun – A Calma
- Oxé – O Brilho
- Obará – A Riqueza
- Odi – A Violência
- Eji-Oníle – A Intranqüilidade
- Ossá – A Alienação
- Ofun – A Doença
- Owanrin – A Pressa
- Eji-Laxeborá – A Justiça
- Eji-Ologbon – A meditação
- Iká-Ori – A Sabedoria
- Ogbé-Ogundá – O Discernimento
- Alafiá – A Paz

Os odus estão divididos nos quatro elementos da seguinte maneira:

Terra – Irosun, Obará, Eji-Laxeborá, e Iká-Ori


Água – Eji-Okô, Oxé, Ossá e Eji-Ologbon
Ar – Eji-Oníle, Ofun, Ogbé-Ogundá e Alafiá
Fogo – Okanran, Etá – Ogundá, Odi e Owanrin

Após criados os odus, Olodumaré criou os Orixás, os primeiros seres. Cada um está ligado a
um odu como segue-se abaixo:

- Okanran – Exu
- Eji-Okô – Ibeiji, Obá
- Etá – Ogundá – Ogum
- Irosun – Iemanjá e Eguns
- Oxé – Oxum e Logun-edé
- Obará – Xangô e Oxossi, por extensão Logun-edé
- Odi – Obaluaê e também Oxossi
- Eji-Oníle – Oxaguian (Oxalá mais moço)
- Ossá – Iemanjá e Iansã
- Ofun – Oxalufan ( Oxalá mais velho)
- Owanrin – Iansã e Exu
- Eji-Laxeborá – Xangô
- Eji-Ologbon – Nana e Omolu
- Iká-Ori – Oxumaré e Ewá
- Ogbé-Ogundá – Ossãe, Iroko e Inkice Tempo
- Alafiá – Os Oxalás (Orinxalá) Orunmilá.

Após os Orixás, o Todo Poderoso Olodumaré criou o homem. A ele, Olodumaré deu oOri,
(literalmente cabeça) a capacidade de pensar, discernir e criar.
Outra versão sobre a origem dos orixás apresenta-os como mortais possuidores de
umaxé (energia) forte, que, devido a algum evento marcante, transformou-se na divindade; por
exemplo, Ogum: foi rei de Irê e morreu violentamente, graças a força do seu axé desintegrou-se
e passou ao estado de força pura. Tal força pode ser percebida pelos humanos quando se
manifesta, via transe (mediunidade), em um dos seus descendentes ou fieis (filhos).

Exu

Ogum

Oxossi

Ossain
Xangô
Iansã

Oxum

Obá

Iemanjá

Ewa

Oxumaré

Omulu

Nanã Buruku

Oxalá

Outros

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APÊNDICE

Ordo Templi Orientis

Ordem pseudo-maçônica derivada do Rito de Memphis e Misraim, que anexou ao seu sistema a
prática do sexo tântrico hindu.

Fundada em 1906 por um ex-maçon anglo-alemão chamado Theodore Reuss, a Ordo Templi
Orientis posteriormente admitiu Aleister Crowley em suas fileiras, sob a alegação de Reuss, de
que ele havia descoberto o segredo principal da ordem reservado ao grau IX° contido no Liber
333.

A O.T.O. foi a primeira ordem a aceitar (pois fora emitido pela A.·.A.·.) o Livro da Leicom o seu
sistema reformulado por Crowley (1923). Curiosamente, os expoentes desta ordem, nunca
galgaram todos os graus até o final. Sempre receberam a patente do IX° diretamente.
O principal segredo da Ordo Templi Orientis consistia na Magia Sexual, a utilização da energia
sexual em trabalhos mágicos. os últimos graus se reservavam a essa prática e eram eles:

- Grau VIII - masturbação - onde sozinho o magista utilizava a força do orgasmo para alimentar
um trabalho mágico ( egrégora ou larva astral) ou como é chamado ritualisticamente, um "filho
mágico" (ver sigilo).

- Grau IX - heterossexual - onde um casal heterosexual utiliza a força da relação para alimentar o
objetivo, consistindo de intenso controle mental e consumação do Elixir ( fluidos sexuais de
ambos) na geração do "filho".

Posteriormente Crowley adciona o décimo primeiro, de características masculinas (bisexuais),


onde a projeção e recepção da força masculina é utilizada, onde a mulher não pode executa-lo
devido a sua natureza passiva (não podem manifestar a penetração).

A antiga Fraternitas Saturni a utilizava na manifestação da egrégora da ordem ( Ghotos),


e Marcelo Motta possuia suas teorias sobre o processo. Segundo ele, o XIºpoderia sevir de porta
entre a O.T.O. e A.·.A.·. (8° = 3°) e Kenneth Grant possui suas próprias teorias do XI, utilizando
os "Kalas".

Os rituais da ordem, bem como seu mais famoso segredo, foram todos publicados em 1973, por
Francis King no livro " The Secret Rituals of the Ordo Templi Orientis ", editora Samuel Weiser.

Facilmente mal interpretada (devido a repressão e ignorância sobre o sexo e suas consequencias),
a magia sexual, foi (e ainda é) utilizada para satisfações de desejos ou perveções sexuais de
pessoas mal intencionadas.

Após uma briga dos ramos mundiais da ordem, Crowley tomou a liderança da mesma, ou melhor
da parte britânica que ele foi eleito chefe, enquanto as outras formaram ordens independentes,
muitas seguindo o modelo original de Reuss, ou seja, não thelemizado. Seguiu-se uma série de
disputas inúteis de patentes para saber quem seria o seu líder, culminando apenas em confusão.
Curiosamente, a O.T.O. na gerência de Crowley foi uma ordem praticamente virtual, uma vez que
a sede do ramo britânico foi fechada por uma batida policial em 1917 quando ele morava em Nova
York. devido a sua fama de traidor na Primeira Guerra Mundial. Apesar do ramo estadunidense na
Califórnia manter-se ativo durante os anos em que viveu nos E.U.A sob gerência de Reuss,
Crowley nunca manteve ligação com eles nesse período, no máximo recebendo dinheiro do seu
discípulo, Frater Achad, líder do grupo - inclusive várias cartas de 666 tratam de criticar a loja e
seus membros.

A ordem contava com dez graus, sendo que o último era administrativo. Posteriormente Crowley
cria um décimo primeiro. Alguns dizem que existia um décimo segundo grau, que seria o Cabeça
Interno (Caputi Ordinis) da Ordem.

Hoje conta com vários seguimentos e facções, dentre elas poucas são originais, com aOrdo
Templi Orientis Typhoniana de Grant e uma já extinta, a alemã Fraternitas Saturnis. Outra
manifestação da ordem se encontra em seu braço eclesiástico aEcclesia Gnostica Catholica.

Marcelo Motta a estabeleceu no Brasil, porém rendendo-se aos argumentos de Crowley sobre a
ordem, institui novos rituais, já que os feitos pela Besta, " foram por ela mesma considerados
inúteis, daí suas disponibilações à público. Inúteis pois, o motivo, é que nesses rituais Crowley
tentou estabelecer uma ponte de ligação entre o velho aeon e o Aeon de Horus.

Isto é impossível. A passagem dos Aeons é sempre catastrófica. A maçonaria orisiana,


consequentemente, está fadada à dissolução completa. Uma nova maçonaria deve ser
estabelecida, uma Maçonaria Thelêmica. Mesmo as Instruções Secretas dos Graus VII, VIII e IX
terão que ser reformadas.

A Ordo Templi Orientis , tal como foi organizada de início, e tal como Crowley, desavisadamente,
ou talvez otimisticamente, tentou readaptar, era uma organização malsã, tendendo ao nazismo,
ao fascismo e ao reacionarismo. Sua destruição era necessária, e não escondo o que fato que
minha própria intervenção contribuiu para sua desmoralização total. Se uma casa não pode ser
reparada, deve ser destruída, e outra casa erguida em seu lugar
Espero a cooperação de todos, e completa obediência hierárquica, no sentido de reorganizarmos
uma ordo templi orientis sem tendência em qualquer direção que não seja o Pilar Central do
Templo, que não é mais o de Salomão o Rei, mas sim de THERION o Rei dos Reis.

A autoridade de que me valho para trabalhar é a Autoridade de 666 Ele Mesmo, e as sugestões
em que baseio meu Trabalho são as de meu falecido Instrutor, última Cabeça Externa da Ordem.

II - É minha intenção manter a Ordo Templi Orientis (minha versão, bem entendido)
completamente estanque em três círculos: Externo (I, II, III), Interno (IV, V, VI) e Secreto (VII,
VIII, IX). Membros dos graus superiores conhecerão membros dos graus inferiores, porém não
vice-versa)"

A ordem chegou ao Brasil, como a A.·.A.·., através de Marcelo Motta, discípulo do então
tesoureiro da ordem e dito herdeiro por muitos, Karl Germer.

Após uma batalha judicial de anos, a empresa denominada O.T.O. Inc, fundada pelos membros
da loja californiana em 1971, adquiriu direitos sobre a maioria das obras de Aleister Crowley, após
saudar uma dívida deste, e controla a edição dos seus livros nos E.U.A.

Sobre os rituais da ordem por Aleister Crowley

Diversas Estruturas de Graus no Sistema ordo templi orientis

T. Reuss Crowley K. Grant M. Motta

4
0° - Minerval -
Elementos

Atração ao
Iº Probacionista Homem e Irmão Lua Sistema Solar
(nascimento)

Conduta
IIº Minerval Magista Mercúrio Telêmica na
Terra (Vida)

Ofício da Senhorio da
IIIº Mestre Magista - P.M. Vênus
Maçonaria Terra (Morte)
- Companheiro do Real Arco
de Enoque.
Maçonaria Cidadã ou
IV° - Príncipe de Jerusalém Sol
Escocesa Cidadão Livre
- Cavaleiro do Oriente e do
Ocidente

- Soberano Príncipe da Rosa


Cruz (Cavaleiro do Pelicano e
da Águia)
Escudeiro ou
V° Rosa-Cruz Marte
- Membro do Senado dos Donzela
Cavaleiros Filósofos Herméticos

- Cavaleiros da Águia vermelha


- Ilustres Cavaleiros
(Templários) da Ordem de
Kadosch e Companheiro do
Sagrado Graal
Templários Cavaleiro ou
VI° Júpter
Históricos - Grande Comandante Dama
Inquisitor,Membro do Grande
Tribunal

- Príncipe do Real Segredo

- Mui Ilustre Soberano Grande


Templários Inspetor Geral Noviço ou
VII° Saturno
Místicos - Membro do Supremo Grande Noviça. Vigilante
Conselho

Diácono ou
Templário Diaconisa.
VIII° Perfeito Pontífice dos Illuminati Urano
Oriental Inspetor ou
Inspetora
Sacerdote ou
Illuminatus Iniciado do Soberano Santuário
IX° Netuno Sacerdotisa. Juiz
Perfectus da Gnosis
ou Juíza
Frater Superior
Rei Santo ou
Rex Summus
ou Rainha Santa.
X° Sanctissimus (Supremo e Mais
Plutão Cabeça Externa
Sagrado Rei)
Rex Summus da Ordem
Sanctissimus
Este Grau não
tem descrição
nem título.
Trans- Corresponde a
XI° - sem título
Plutoniano Mestre do
Templo da
A.·.A.·.(segundo
Motta)

Para saber mais:

Califado O.T.O.

Ramo brasileiro do Califado O.T.O.

S.O.T.O Brasileira

O.T.O. Typhoniana

O.T.O. Phenomenon - história das O.T.Os (em inglês)

Oroboras (Espaço Novo Aeon) - história da O.T.O. (em português)

Os Serviços de Inteligência não são Inteligentes - história da O.T.O após a morte de


Croweley por Marcelo Motta
Keron-E

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PALAVRA DO EQUINÓCIO

Herdada da tradição maçônica, a Palavra do Equinócio foi utilizada por 666 na gestão daA.'.A.'. e
da O.T.O. Ela indica a natureza da energia mágica que predominará no período (a cada Equinócio,
obviamente). Deve ser utilizada em cada ritual para alinhamento no trabalho pessoal com a
Corrente da ordem em questão.

A origem remete a Palavra de Passe dos maçons, também usada na Golden Dawn, cujo
objetivo inicial era identificação dos membros evoluindo para uma âncora no trabalho
com egrégoras de grupos. Apesar do processo evolutivo na A.'.A.'.funcionar sozinho como uma
lei da física, independente de carregamento energético de membros, a Palavra Equinocial também
alinha as energias no astral, o que difere muito da criação de uma egrégora. Na A.'.A.'. não
trabalhamos com egrégoras mas, a partir do momento em que se cria uma corrente de
discípulos * eles, inevitavelmente, geram formas pensamento relativas ao grupo, mesmo que "um
não conheça o outro"; isso não pode ser deixadas a esmo no astral.

666 utilizou também em conjunto uma Palavra Oracular e um Prognóstico na forma de um


hexagrama do I Ching . Ambos tem caráter oracular (devem ser usados em adivinhações)
cabendo ao iniciado escolher aquele com que saiba trabalhar melhor.

Keron-E

* Mas como uma ordem de trabalho dita individual utiliza mecanismos de trabalho em grupo? Este
ramo da Santa Ordem prima pela manutenção de Liber 61- 6 mas, por experiência própria, alguns
Irmãos perceberam que o conhecimento e o método, pela pulverização dos membros, tendeu a
atingir poucos candidatos e exigindo um esforço maior em remontar o processo de instrução.
Visando minimizar isso, a nossa estrutura funciona com um Cancellarius para garantir a
continuidade do trabalho redirecionando os novos candidatos a instrutores ou, na impossibilidade
de um instrutor continuar com a tarefa, designar outro. São guardados documentos e informações
de modo a garantir a manutenção da experiência e do conhecimento iniciáticos.

Essa organização é vital para a existência da A.'.A.'.? Não. Como afirmado acima, o Processo da
A.'.A.'. é independente mas uma certa organização facilita a instrução. Tanto acreditamos na
independência do processo que disponibilizamos este site contendo várias informações para que
se possa seguir sozinho.
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RITUAIS

Menor do Pentagrama

Maior do Pentagrama

Menor do Hexagrama

Maior do Hexagrama

Rubi Estrela

Liber Samekh

Liber Resh vel Helios

Liber 8

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RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA

"Aqueles que pensam ser este ritual apenas um meio de invocar e banir espíritos são indignos de
possuí-lo. Se compreendido adequadamente é a Medicina dos Metais e a Pedra do Sábio."

The Palace of the World.

Parte 1 - a Cruz Cabalística (ou Rosa Cruz)

1 - Toque a testa e diga ATEH

2 - Toque o sexo e diga MALKUTH


3 - Toque o ombro direito e diga VE - GEBURAH

4 - Toque o ombro esquerdo e diga VE - GEDULAH

5 - Junte as mãos no peito e diga LE - OLAHM AMEN

Parte 2 - os Pentagramas

6 - De frente para o Leste (o oriente, ou para os thelemitas, Boleskine), desenhe um pentagrama


visualizando-o, no centro visualize o primeiro nome, IHVH e inspirando-o, sentindo passar pelo
peito até os pés e sentindo a sua volta, fazendo o sinal do entrante, varando o pentagrama, vibre
o nome ("Iod Rê Vô Rê", por exemplo) com energia.

7 - De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por ADONAI.

8 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por EHEIEH.

9 - De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por AGLA.

Caso o estudante não tenha percebido, ele está girando no sentido horário.

Parte 3 - Invocação dos Arcanjos

10 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

"A minha frente RAPHAEL"

11 - "Atrás de mim GABRIEL"

12 - "A minha direita MICHAEL"

13 - "A minha esquerda AURIEL" -

14 - "Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas"

Sempre imaginando os Arcanjos nas suas respectivas posições e os pentagramas em chamas.


Cada um está relacionado a um elemento: Ar, Fogo, Água e Terra, na sequencia. Como os
elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama, o espírito.

15 - "E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios".

Que o estudante visualize dois Hexagramas, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma
faixa de luz estendendo-se infinitamente na vertical, envolvendo-o.

16 - Repita a Parte 1 e o ritual estará encerrado.

***

Comentários:
1 - Este ritual pode ser feito de duas maneiras:

Invocando - o Pentagrama da Terra deve ser desenhado partindo da extremidade superior


esquerda ( como se estivesse puxando do céu).

Banindo - o Pentagrama da Terra deve ser desenhado partindo da extremidade inferior esquerda
( como se estivesse lançando para o céu)

2 - Este poderoso, porém simples ritual, foi usado durante toda vida por Aleister Crowley. Ele está
ligado aos trabalhos na esfera de Malkuth.

3 - Athe significa A Ti, Malkuth significa Reino, Ve - Geburah O Poder, Ve - Gedulah A Glória, Le
Olham Amen, Para todo sempre Amém.

4 - Na visualização dos Hexagramas (15) , um vácuo é formado na projeção da luz entre as duas
figuras, e preenchido com o macrocosmos.

5 - Uma outra versão adiciona mais um íten na Parte 1, o segundo movimento seria tocar o peito
e dizer Aiwass (após o grau de Adeptus Minor, o iniciado poderia usar o Nome).

6 - Originário da Golden Dawn, sobrevive até hoje como um dos mais eficientes rituais da magia.
Posteriormente Crowley fez uma nova versão ( a forma Banindo) associando com os conceitos do
Novo Æon, batizando-o de Liber XXV. Ver também Liber 6, Liber Aleph capítulo 16 e The
Palace of the World.

7 - Na realização do ritual, o iniciado deve visualizar-se no cruzamento dos caminhos


deSamekh e Peh.

O PENTAGRAMA
Poderoso conceito mágico, o Pentagrama representa o domínio do homem sobre os quatro
elementos. Normalmente, em magia, o Espírito é considerado o Quinto elemento.

Uma representação muito comum dos quatro elementos, é um dos nomes hebraicos do Deus
Judeu, IHVH ( Iavé ou Jeová). Com a adição da letra Shin ( , fogo), IHVShVH, temos o nome de
Jesus ( algo como Jehéshua), significando o fogo do espírito santo ( a inteligência) dominando os
elementos primários.

Portanto, aqui temos uma outra leitura para um conceito muito conhecido, e poderemos perceber
quantas deturpações não foram cometidos ao longo dos tempos.

É muito comum o conceito de que um pentagrama de cabeça pra baixo seria sinal de involução, ou
o homem subordinado a matéria.

Isso não precisa ser verdade.

Alguns magistas ortodoxos assim o classificam, mas pode ser visto como o espírito descendo na
matéria ou segundo Crowley, a sua relação com Satã advem da ignorância osiriana -cristista, que
atribuíram a ele uma forma do mal através de deturpações.

Existem então cinco tipos de Pentagramas, com duas subdivisões cada um:

Invocando Banindo
Keron-E

Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ


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LIBER O VEL MANUS ET SAGITÆ

SVB FIGVRA VI

A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE B
IMPRIMATUR:
D.D.S. PRAEMONSTRATOR
O.S.V. IMPERATOR
N.S.F. CANCELLARIUS.

1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais
minuciosas críticas ao estuda-lo, o que foi feito em sua preparação.

2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses,
Esferas, Planetas e muitas outras coisas que podem existir ou não. É irrelevante se elas existem
ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguem-se ; estudantes devem ser
seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer
um deles.

3. As vantagens a serem obtidas são as seguintes:

- Uma ampliação do horizonte mental.


- Um aperfeiçoamento do controle mental.

4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, serão confrontados
por coisas (conceitos ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É
essencial que permaneça o mestre de todas essas considerações vozes ou percepções; ou será
escravo de ilusões e vítima da loucura.
Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve estar gozando de boa saúde e ter obtido algum
domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum
resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado daqueles que deveria alcançar.

6. Primeiro, deve considerar o uso do livro chamado 777; a preparação do Ambiente, o uso de
Cerimônias Mágicas, e finalmente dos métodos que aparecem no capítulo V " Viator in Regnis
Arboris " e no Capítulo VI "Sagitta trans Lunam".

II

1. O estudante deve obter um completo conhecimento do Livro 777, em especial das colunas i., ii.,
iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli.,
xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii.,
xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.
Quando esses estiveram memorizados, o estudante começará a compreender a natureza dessas
correspondências.

2. Se nós tomarmos um exemplo o uso da tabelas ficará mais fácil.

Suponha que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura.


Na coluna XLV, linha 12, você encontrará " Conhecimento das Ciências". Agora, procurando nas
mesma linha 12 em outras colunas, achará que o Planeta correspondente a Mercúrio, no número 8
nas figuras do octógono e do octagrama. O Deus que rege esse planeta, Thoth ou no simbolismo
hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth o Arcanjo Raphael, seus coros de Anjos Beni
Elohim, sua Inteligência Tiriel, Espírito Taphtatharath, cor Laranja (pois Mercúrio está relacionado
com a Sephirah Hod, 8) Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo, adornado com Violeta, sua Arma
Mágica o Bastão ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas, Verbena e
outros, suas jóias são Opala ou Ágata, o animal sagrado é a Serpente, etc, etc.

3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo.


Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de 5 pontas amarela e em cada ponta,
uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornelius Agrippa ou em
outros livros) será desenhado nas 4 cores indicadas como achar melhor.

4. Nós não iremos aqui descrever todas as preparações necessárias para o ritual, pois o estudante
as achará em várias obras, das quais a Goetia talvez seja o melhor exemplo. Tais rituais não
deverão ser simplesmente imitados, ao contrário, o estudante não deverá fazer nada em um
assunto que não entenda, porém, se ele for capacitado, encontrará sua própria base ritualística
mais efetivamente, do que aqueles rituais completos, desenvolvidos por outras pessoas.

O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma
determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos em volta, sugiram tal conceito. Assim,
o ritual verbalizado, se seu olhar direciona-se às luzes, se o número sugere Mercúrio, se sente o
perfume, ele é novamente remetido ao deus. Em outras palavras, toda a ritualística e todo
aparato mágico é um complexo ritual minemônico.

(A importância disso, reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que
o estudante possa encontrar em suas viagens, corresponda as figuras em particular, nomes
divinos etc, que devem ser controladas por ele. Quanto a possibilidade em resultar resultados
externos à mente do vidente (objetivo no bom senso da aceitação do termo ) nós não nos
pronunciaremos).

6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia ( mais dois
métodos que discutiremos posteriormente):

a- Assunção de Formas-Deus.
b - Vibração dos Nomes Divinos
c - Rituais de Banimento e Invocação.

Os últimos deverão ser dominados entes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem
realizados.

III

1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito
estudando-as em museus ou em livros. Deverão ser desenhadas pelo estudante até memoriza-las.

2. O estudante então, sentado na posição do "Deus" ou na atitude característica da deidade,


deverá imaginar sua própria imagem, coincidindo com a do Deus, ou sendo envolvida por ela. Isso
deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a
do Deus experimentado. Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve
sucesso nessa prática.

3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como uma maneira de identificar a consciência humana com
essa porção pura, que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, ele dever agir da
seguinte maneira:

4.
a - Com os braços abertos

b - Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando em você junto
com o ar.

c- Deixe o nome descer lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o
umbigo, os órgão reprodutores até os pés.
d- No momento que o nome parecer tocar os pés, avance a perna esquerda um pouco adiante,
inclinando um pouco o corpo, com as mãos (passando por trás dos olhos) esticadas para frente,
ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o nome, passando rapidamente
pelo nariz juntamente com ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior
força possível.

e- Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios,
ficando na posição característica do Deus Harpócrates (o polegar e os dedos estando fechados. O
polegar representa o espírito, e o indicador a água ).

5. Um sinal de que estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única "
Vibração".

6. Sinal de sucesso, ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus
rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande
Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma -Deus e do nome,
devem ser obliterados e , se não retornar, de acordo com nossas percepções normais, melhor.

IV

1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São das seguintes


maneiras:

Ritual Menor do Pentagrama

i. Toque a testa e diga Ateh ( À Ti ),

ii. Toque o peito e diga Malkuth ( O Reino ),

iii. Toque o ombro direito e diga ve-Geburah ( e o Poder),

iv. Tocando o ombro esquerdo diga ve-Gedulah ( e a Gloria),

v. Juntando as mãos no peito diga le-Olahm, Amen ( para todas as Eras Amén).

vi. Virando para o Leste desenhe um pentagrama (o da Terra ) com a arma mágica apropriada (o
Bastão é mais comum). Diga (vibrando ) IHVH.

vii. Virando para o Sul, da mesma maneira, porém diga ADNI.

viii. Virando para o Oeste, da mesma maneira, porém diga AHIH.

ix. Virando para o Norte, da mesma maneira, porém diga AGLA


(Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla ).

x. Abrindo os braços na forma de cruz diga,

xi. A minha frente Raphael;

xii. Atras de mim Gabriel;

xiii. A minha direita, Michael.

xiv. A minha esquerda, Auriel;


xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,

xvi. E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios.. Repetir (i) a (v), a Cruz cabalística.

Ritual Maior do Pentagrama

Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, os
sinais são os abaixo.

Os Pentagramas do Espírito

Os Sinais do Portal (ver ilustrações) : Estenda as mão para frente, palmas viradas para fora,
separe-as como se num ato de abertura de um véu ou cortinas (ativos) para depois juntá-las
como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo.
(O Grau de " Portal " é particularmente atribuído ao elemento do Espírito, relacionado ao Sol, os
caminhos de ‫ נ‬,‫ ס‬e ‫ ע‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 6 e 31) .

Nomes:

- Equilíbrio dos Ativos - AHIH ( Eheihe)

- Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Os Pentagramas de Fogo

Os sinais de 4° = 7□. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores das mãos e os
polegares formando um triângulo.
O Grau 4° = 7□ é particularmente atribuído ao elemento Fogo, relacionado ao planeta Vênus, os
caminhos de ‫ צ‬,‫ ק‬e ‫ פ‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 7 e 31).

Nome - A L H I M

Os Pentagramas da Água

Os sinais de 3° = 8□. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros,
trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um
triângulo de cabeça para baixo.
O Grau 3° = 8□ é particularmente atribuído ao elemento Água, relacionado ao planeta Mercúrio,
os caminhos ‫ ר‬e ‫ ש‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 8 e 23).

Nome - AL ( El )

Os Pentagramas do Ar

Os sinais de 2° = 9□. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com
as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.
O Grau 2° = 9□ é particularmente atribuído ao elemento Ar, relacionado ao planeta Lua, o
caminho de ‫ ת‬está atribuído a esse grau. Ver 777 linhas 9 e 11).

Nome - I H V H ( Iod -Rê - Vô - Rê )

Os Pentagramas da Terra

Os sinais de 1° = 10□. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a
mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.
O Grau 1° = 10□. é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver 777 linhas 10 e 32.
Nome - A D N I ( Adonai ).

Ritual Menor do Hexagrama

Este ritual deve ser feito após o Ritual Menor do Pentagrama.

( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o
bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio.. Vire para o Leste e diga:

( II ). I.N.R.I.

Yod, Nun, Resh, Yod.

Virgem, Isis, Mãe Punjante.

Escorpião, Apophis, Destruidor.

Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.

Isis, Apophis, Osiris, IAO.

( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga,"O Sinal de Osíris Assassinado."

( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo
com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este
braço e diga: " O Sinal do Luto de Ísis".

( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e
diga: "O Sinal de Apophis e Typhon"

( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris
Ressuscitado"

( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo:
" L.V.X., Lux, a Luz da Cruz "

( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: " ARARITA" (‫)אראריתא‬.

Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: " Um é o seu início; Uma é sua
Individualidade; Sua Permutação é Una ".

Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para
cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo
do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.

( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do
triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra,


porém suas bases coincidem, formando um diamante.

( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o


triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

( XII ). Repita ( I - VII ).

O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.
Ritual Maior do Hexagrama

Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é


atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo,
gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta
esquerda e complete.

Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col.
cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.

Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

Para banir, inverta o hexagrama.

Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do
Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais
chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar
fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser
almejada.

3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de


santidade. Esses termos são muito vagos.

Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do
Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser
assumida.

4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o


Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como
qualquer outra que seja da vontade do magista.

5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na
avaliação do ocorrido.

1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher
um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais
através dos rituais de banimento e invocação e , ao final, acender um incenso.

2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados )
envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos
olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.
5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos ).

6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da (s) figura (s).

8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve
testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser
hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou
se deteriore.

10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil.
Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos,
levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito
tempo; a fatiga deve ser evitada.

12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava
viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos
lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas
experiências.

Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor


aprender a " viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse
tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível
à um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana , concentração, e como tal, pode
levar à fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é
familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter
perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-
a à qualquer fim necessário à sua vontade.

2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e
determinação.

3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na
perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais
simplesmente possível, retilíneo e subindo).

4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que
parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais
acima delas.

5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo,
mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que
viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve
sempre lutar.

6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua
própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja
mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para
então, na chegada à si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo
que ocorrera.
Ver Apêndice - Ritual Menor do Pentagrama (comentado)

Ver Apêndice - imagens dos Arcanjos

Os Pentagramas

Invocando Banindo
Os Hexagramas
Desenhando os Hexagramas
Nota de Keron-E:

Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama,


oHexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado
de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas
distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca deDaäth por Binah no
ápice da figura:
Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser
considerada a forma thelêmica do hexagrama.

Invocando Banindo
Sinais

Preliminares Dever Literatura Robe Ego Ensaios Apêndice


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SINAIS RITUALÍSTICOS E DE GRAUS

Sinais Elementais

Sinais de L.V.X
Sinais de N.O.X.

Sinais de Graus

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SINAIS RITUALÍSTICOS E DE GRAUS

Sinais Elementais

Terra Ar Fogo Água

Keron-E

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SINAIS RITUALÍSTICOS E DE GRAUS

Sinais de L.V.X

Osíris na Cruz Osíris Ressuscitado

Tifão (Typhon) Ísis


Sinal do Silêncio Sinal do Entrante

obs: O Sinal do Entrante finaliza com este da foto, porém o seu inicio
são os dois pés juntos e as mãos abertas proximo da cabeça (ver Liber O).

Abrir o Véu Fechar o Véu

obs: Estes dois sinais são como o abrir e fechar de uma cortina com as
duas mãos. O sinal de abrir começa com o sinal de fechar o e de fechar
começa com o de abrir.

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SINAIS RITUALÍSTICOS E DE GRAUS

Sinais de N.O.X.

Therion Nuit (Ísis Regozijante)

Babalon Hadit
Therion - detalhe das mãos

obs: No Sinal de Hadit é usado o sinal de " figa" na mão esquerda,


apontando para baixo na área genital e a mão direita, aberta,
apontando para cima.
No Sinal de Nuit, a posição das mãos são usadas de forma similar a
de uma mãe amamentando uma criança.

Preliminares Dever Literatura Robe Ego Ensaios Apêndice


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SINAIS RITUALÍSTICOS E DE GRAUS

Sinais de Graus

Probacionista Sinais do Silêncio e Entrante

Neófito Sinal de Set Lutando (Terra)

Zelator Sinal de Shu (Ar)

Practicus Sinal de Auramoth (Água)

Philosophus Sinal de Thoum-Æsh-Neith ( Fogo)

Dominus Liminis Sinais de Abrir e Fechar o Véu

Adeptus Minor Sinais de Osiris (os dois), Isis e Tifão

Adeptus Major Sinal de Puer (Hadit)

Adeptus Exemptus Sinal de Vir (Therion)

Bebê do Abismo Sinal de Mulier (Babalon)

Magister Templi Sinal de Mater Triumphans (Nuit)


Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ
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LIBER O VEL MANUS ET SAGITÆ

SVB FIGVRA VI

A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE B

IMPRIMATUR:
D.D.S. PRAEMONSTRATOR
O.S.V. IMPERATOR
N.S.F. CANCELLARIUS.

1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais
minuciosas críticas ao estuda-lo, o que foi feito em sua preparação.

2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses,
Esferas, Planetas e muitas outras coisas que podem existir ou não. É irrelevante se elas existem
ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguem-se ; estudantes devem ser
seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer
um deles.

3. As vantagens a serem obtidas são as seguintes:

- Uma ampliação do horizonte mental.


- Um aperfeiçoamento do controle mental.

4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, serão confrontados
por coisas (conceitos ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É
essencial que permaneça o mestre de todas essas considerações vozes ou percepções; ou será
escravo de ilusões e vítima da loucura.
Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve estar gozando de boa saúde e ter obtido algum
domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum
resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado daqueles que deveria alcançar.
6. Primeiro, deve considerar o uso do livro chamado 777; a preparação do Ambiente, o uso de
Cerimônias Mágicas, e finalmente dos métodos que aparecem no capítulo V " Viator in Regnis
Arboris " e no Capítulo VI "Sagitta trans Lunam".

II

1. O estudante deve obter um completo conhecimento do Livro 777, em especial das colunas i., ii.,
iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli.,
xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii.,
xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.
Quando esses estiveram memorizados, o estudante começará a compreender a natureza dessas
correspondências.

2. Se nós tomarmos um exemplo o uso da tabelas ficará mais fácil.

Suponha que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura.


Na coluna XLV, linha 12, você encontrará " Conhecimento das Ciências". Agora, procurando nas
mesma linha 12 em outras colunas, achará que o Planeta correspondente a Mercúrio, no número 8
nas figuras do octógono e do octagrama. O Deus que rege esse planeta, Thoth ou no simbolismo
hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth o Arcanjo Raphael, seus coros de Anjos Beni
Elohim, sua Inteligência Tiriel, Espírito Taphtatharath, cor Laranja (pois Mercúrio está relacionado
com a Sephirah Hod, 8) Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo, adornado com Violeta, sua Arma
Mágica o Bastão ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas, Verbena e
outros, suas jóias são Opala ou Ágata, o animal sagrado é a Serpente, etc, etc.

3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo.

Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de 5 pontas amarela e em cada ponta,
uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornelius Agrippa ou em
outros livros) será desenhado nas 4 cores indicadas como achar melhor.

4. Nós não iremos aqui descrever todas as preparações necessárias para o ritual, pois o estudante
as achará em várias obras, das quais a Goetia talvez seja o melhor exemplo. Tais rituais não
deverão ser simplesmente imitados, ao contrário, o estudante não deverá fazer nada em um
assunto que não entenda, porém, se ele for capacitado, encontrará sua própria base ritualística
mais efetivamente, do que aqueles rituais completos, desenvolvidos por outras pessoas.

O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma
determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos em volta, sugiram tal conceito. Assim,
o ritual verbalizado, se seu olhar direciona-se às luzes, se o número sugere Mercúrio, se sente o
perfume, ele é novamente remetido ao deus. Em outras palavras, toda a ritualística e todo
aparato mágico é um complexo ritual minemônico.

(A importância disso, reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que
o estudante possa encontrar em suas viagens, corresponda as figuras em particular, nomes
divinos etc, que devem ser controladas por ele. Quanto a possibilidade em resultar resultados
externos à mente do vidente (objetivo no bom senso da aceitação do termo ) nós não nos
pronunciaremos).

6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia ( mais dois
métodos que discutiremos posteriormente):

a- Assunção de Formas-Deus.
b - Vibração dos Nomes Divinos
c - Rituais de Banimento e Invocação.

Os últimos deverão ser dominados entes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem
realizados.
III

1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito
estudando-as em museus ou em livros. Deverão ser desenhadas pelo estudante até memoriza-las.

2. O estudante então, sentado na posição do "Deus" ou na atitude característica da deidade,


deverá imaginar sua própria imagem, coincidindo com a do Deus, ou sendo envolvida por ela. Isso
deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a
do Deus experimentado. Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve
sucesso nessa prática.

3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como uma maneira de identificar a consciência humana com
essa porção pura, que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, ele dever agir da
seguinte maneira:

4.
a - Com os braços abertos

b - Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando em você junto
com o ar.

c- Deixe o nome descer lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o
umbigo, os órgão reprodutores até os pés.

d- No momento que o nome parecer tocar os pés, avance a perna esquerda um pouco adiante,
inclinando um pouco o corpo, com as mãos (passando por trás dos olhos) esticadas para frente,
ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o nome, passando rapidamente
pelo nariz juntamente com ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior
força possível.

e- Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios,
ficando na posição característica do Deus Harpócrates (o polegar e os dedos estando fechados. O
polegar representa o espírito, e o indicador a água ).

5. Um sinal de que estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única "
Vibração".

6. Sinal de sucesso, ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus
rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande
Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma -Deus e do nome,
devem ser obliterados e , se não retornar, de acordo com nossas percepções normais, melhor.

IV

1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São das seguintes


maneiras:

Ritual Menor do Pentagrama

i. Toque a testa e diga Ateh ( À Ti ),

ii. Toque o peito e diga Malkuth ( O Reino ),

iii. Toque o ombro direito e diga ve-Geburah ( e o Poder),


iv. Tocando o ombro esquerdo diga ve-Gedulah ( e a Gloria),

v. Juntando as mãos no peito diga le-Olahm, Amen ( para todas as Eras Amén).

vi. Virando para o Leste desenhe um pentagrama (o da Terra ) com a arma mágica apropriada (o
Bastão é mais comum). Diga (vibrando ) IHVH.

vii. Virando para o Sul, da mesma maneira, porém diga ADNI.

viii. Virando para o Oeste, da mesma maneira, porém diga AHIH.

ix. Virando para o Norte, da mesma maneira, porém diga AGLA


(Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla ).

x. Abrindo os braços na forma de cruz diga,

xi. A minha frente Raphael;

xii. Atras de mim Gabriel;

xiii. A minha direita, Michael.

xiv. A minha esquerda, Auriel;

xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,

xvi. E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios.. Repetir (i) a (v), a Cruz cabalística.

Ritual Maior do Pentagrama

Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, os
sinais são os abaixo.

Os Pentagramas do Espírito

Os Sinais do Portal (ver ilustrações) : Estenda as mão para frente, palmas viradas para fora,
separe-as como se num ato de abertura de um véu ou cortinas (ativos) para depois juntá-las
como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo.
(O Grau de " Portal " é particularmente atribuído ao elemento do Espírito, relacionado ao Sol, os
caminhos de ‫ נ‬,‫ ס‬e ‫ ע‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 6 e 31) .

Nomes:

- Equilíbrio dos Ativos - AHIH ( Eheihe)

- Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Os Pentagramas de Fogo

Os sinais de 4° = 7□. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores das mãos e os
polegares formando um triângulo.
O Grau 4° = 7□ é particularmente atribuído ao elemento Fogo, relacionado ao planeta Vênus, os
caminhos de ‫ צ‬,‫ ק‬e ‫ פ‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 7 e 31).

Nome - A L H I M
Os Pentagramas da Água

Os sinais de 3° = 8□. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros,
trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um
triângulo de cabeça para baixo.
O Grau 3° = 8□ é particularmente atribuído ao elemento Água, relacionado ao planeta Mercúrio,
os caminhos ‫ ר‬e ‫ ש‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 8 e 23).

Nome - AL ( El )

Os Pentagramas do Ar

Os sinais de 2° = 9□. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com
as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.
O Grau 2° = 9□ é particularmente atribuído ao elemento Ar, relacionado ao planeta Lua, o
caminho de ‫ ת‬está atribuído a esse grau. Ver 777 linhas 9 e 11).

Nome - I H V H ( Iod -Rê - Vô - Rê )

Os Pentagramas da Terra

Os sinais de 1° = 10□. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a
mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.
O Grau 1° = 10□. é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver 777 linhas 10 e 32.

Nome - A D N I ( Adonai ).

Ritual Menor do Hexagrama

Este ritual deve ser feito após o Ritual Menor do Pentagrama.

( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o
bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio.. Vire para o Leste e diga:

( II ). I.N.R.I.

Yod, Nun, Resh, Yod.

Virgem, Isis, Mãe Punjante.

Escorpião, Apophis, Destruidor.

Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.

Isis, Apophis, Osiris, IAO.

( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga,"O Sinal de Osíris Assassinado."

( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo
com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este
braço e diga: " O Sinal do Luto de Ísis".

( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e
diga: "O Sinal de Apophis e Typhon"

( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris
Ressuscitado"
( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo:
" L.V.X., Lux, a Luz da Cruz "

( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: " ARARITA" (‫)אראריתא‬.

Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: " Um é o seu início; Uma é sua
Individualidade; Sua Permutação é Una ".

Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para
cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo
do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.

( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do
triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra,


porém suas bases coincidem, formando um diamante.

( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o


triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

( XII ). Repita ( I - VII ).

O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.

Ritual Maior do Hexagrama

Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é


atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo,
gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta
esquerda e complete.

Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col.
cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.

Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

Para banir, inverta o hexagrama.

Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do
Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais
chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar
fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser
almejada.

3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de


santidade. Esses termos são muito vagos.
Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do
Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser
assumida.

4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o


Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como
qualquer outra que seja da vontade do magista.

5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na
avaliação do ocorrido.

1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher
um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais
através dos rituais de banimento e invocação e , ao final, acender um incenso.

2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados )
envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos
olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.

5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos ).

6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da (s) figura (s).

8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve
testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser
hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou
se deteriore.

10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil.
Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos,
levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito
tempo; a fatiga deve ser evitada.

12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava
viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos
lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas
experiências.

Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor


aprender a " viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse
tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível
à um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana , concentração, e como tal, pode
levar à fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é
familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter
perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-
a à qualquer fim necessário à sua vontade.

2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e
determinação.

3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na
perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais
simplesmente possível, retilíneo e subindo).

4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que
parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais
acima delas.

5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo,
mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que
viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve
sempre lutar.

6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua
própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja
mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para
então, na chegada à si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo
que ocorrera.

Ver Apêndice - Ritual Menor do Pentagrama (comentado)

Ver Apêndice - imagens dos Arcanjos

Os Pentagramas

Invocando Banindo
Os Hexagramas
Desenhando os Hexagramas
Nota de Keron-E:

Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama,


oHexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado
de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas
distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca deDaäth por Binah no
ápice da figura:
Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser
considerada a forma thelêmica do hexagrama.

Invocando Banindo
Sinais

Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ


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A+-

LIBER O VEL MANUS ET SAGITÆ

SVB FIGVRA VI
A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE B

IMPRIMATUR:
D.D.S. PRAEMONSTRATOR
O.S.V. IMPERATOR
N.S.F. CANCELLARIUS.

1. Este livro é facilmente mal compreendido; é pedido aos leitores valerem-se das mais
minuciosas críticas ao estuda-lo, o que foi feito em sua preparação.

2. Neste livro é falado das Sephiroth e dos Caminhos, de Espíritos e Conjurações; de Deuses,
Esferas, Planetas e muitas outras coisas que podem existir ou não. É irrelevante se elas existem
ou não. Pois fazendo certas coisas, certos resultados seguem-se ; estudantes devem ser
seriamente advertidos a evitar atribuições de realidade objetiva ou validade filosófica a qualquer
um deles.

3. As vantagens a serem obtidas são as seguintes:

- Uma ampliação do horizonte mental.


- Um aperfeiçoamento do controle mental.

4. O estudante, se obter qualquer tipo de sucesso nas práticas que se seguem, serão confrontados
por coisas (conceitos ou seres) deslumbrantes ou terríveis demais para serem descritos. É
essencial que permaneça o mestre de todas essas considerações vozes ou percepções; ou será
escravo de ilusões e vítima da loucura.
Antes de iniciar tais práticas, o estudante deve estar gozando de boa saúde e ter obtido algum
domínio em Asana, Pranayama e Dharana.

5. Existe algum perigo, de que qualquer estudante, por mais estúpido que seja, obter algum
resultado; porém há um grande perigo que ele seja desviado daqueles que deveria alcançar.

6. Primeiro, deve considerar o uso do livro chamado 777; a preparação do Ambiente, o uso de
Cerimônias Mágicas, e finalmente dos métodos que aparecem no capítulo V " Viator in Regnis
Arboris " e no Capítulo VI "Sagitta trans Lunam".

II

1. O estudante deve obter um completo conhecimento do Livro 777, em especial das colunas i., ii.,
iii., v., vi., vii., ix., xi., xii., xiv., xv., xvi., xvii., xviii., xix., xxxiv., xxxv., xxxviii., xxxix., xl., xli.,
xlii., xlv., liv., lv., lix., lx., lxi., lxiii., lxx., lxxv., lxxvii., lxviii., lxxix., lxxx., lxxxi., lxxxiii., xcvii.,
xcviii., xcix., c., ci., cxvii., cxviii., cxxxvii., cxxxviii., cxxxix., clxxv., clxxvi., clxxvii., clxxxii.
Quando esses estiveram memorizados, o estudante começará a compreender a natureza dessas
correspondências.
2. Se nós tomarmos um exemplo o uso da tabelas ficará mais fácil.

Suponha que você desejasse obter o conhecimento de alguma ciência obscura.


Na coluna XLV, linha 12, você encontrará " Conhecimento das Ciências". Agora, procurando nas
mesma linha 12 em outras colunas, achará que o Planeta correspondente a Mercúrio, no número 8
nas figuras do octógono e do octagrama. O Deus que rege esse planeta, Thoth ou no simbolismo
hebraico Tetragrammaton Adonai e Elohim Tzabaoth o Arcanjo Raphael, seus coros de Anjos Beni
Elohim, sua Inteligência Tiriel, Espírito Taphtatharath, cor Laranja (pois Mercúrio está relacionado
com a Sephirah Hod, 8) Amarelo, Púrpura, Cinza e Índigo, adornado com Violeta, sua Arma
Mágica o Bastão ou Caduceu, seu Perfume Mástique e outros, suas plantas sagradas, Verbena e
outros, suas jóias são Opala ou Ágata, o animal sagrado é a Serpente, etc, etc.

3. Você deverá preparar seu Local de Trabalho de acordo.

Num círculo laranja, você deverá desenhar uma estrela de 5 pontas amarela e em cada ponta,
uma vela. O Sigilo do Espírito (que deverá ser encontrado nas obras de Cornelius Agrippa ou em
outros livros) será desenhado nas 4 cores indicadas como achar melhor.

4. Nós não iremos aqui descrever todas as preparações necessárias para o ritual, pois o estudante
as achará em várias obras, das quais a Goetia talvez seja o melhor exemplo. Tais rituais não
deverão ser simplesmente imitados, ao contrário, o estudante não deverá fazer nada em um
assunto que não entenda, porém, se ele for capacitado, encontrará sua própria base ritualística
mais efetivamente, do que aqueles rituais completos, desenvolvidos por outras pessoas.

O propósito geral de toda essa preparação é a que se segue:

5. Uma vez que o estudante é um homem cercado de objetos, se desejar tornar-se mestre de uma
determinada ideia, deve fazer com que todos esses objetos em volta, sugiram tal conceito. Assim,
o ritual verbalizado, se seu olhar direciona-se às luzes, se o número sugere Mercúrio, se sente o
perfume, ele é novamente remetido ao deus. Em outras palavras, toda a ritualística e todo
aparato mágico é um complexo ritual minemônico.

(A importância disso, reside principalmente no fato de que um conjunto particular de imagens que
o estudante possa encontrar em suas viagens, corresponda as figuras em particular, nomes
divinos etc, que devem ser controladas por ele. Quanto a possibilidade em resultar resultados
externos à mente do vidente (objetivo no bom senso da aceitação do termo ) nós não nos
pronunciaremos).

6. Existem três importantes práticas conectadas a todas as formas de cerimônia ( mais dois
métodos que discutiremos posteriormente):

a- Assunção de Formas-Deus.
b - Vibração dos Nomes Divinos
c - Rituais de Banimento e Invocação.

Os últimos deverão ser dominados entes dos perigosos Métodos dos Capítulos V e VI serem
realizados.

III

1. As Imagens Mágicas dos Deuses do Egito deverão ser bem familiarizadas. Isso pode ser feito
estudando-as em museus ou em livros. Deverão ser desenhadas pelo estudante até memoriza-las.

2. O estudante então, sentado na posição do "Deus" ou na atitude característica da deidade,


deverá imaginar sua própria imagem, coincidindo com a do Deus, ou sendo envolvida por ela. Isso
deve ser praticado até alcançar a maestria visual da imagem, e uma identificação com ela e com a
do Deus experimentado. Infelizmente não existem testes para verificar se o estudante obteve
sucesso nessa prática.
3. A Vibração dos Nomes Divinos. Como uma maneira de identificar a consciência humana com
essa porção pura, que o homem invoca a partir do nome de algum Deus, ele dever agir da
seguinte maneira:

4.
a - Com os braços abertos

b - Inspire profundamente pelas narinas, imaginando o nome do Deus entrando em você junto
com o ar.

c- Deixe o nome descer lentamente, passando pelos pulmões até o coração, o plexo solar, o
umbigo, os órgão reprodutores até os pés.

d- No momento que o nome parecer tocar os pés, avance a perna esquerda um pouco adiante,
inclinando um pouco o corpo, com as mãos (passando por trás dos olhos) esticadas para frente,
ficando na posição do Deus Hórus, ao mesmo tempo imaginando o nome, passando rapidamente
pelo nariz juntamente com ar que estava preso no pulmão. Tudo isso deve ser feito com a maior
força possível.

e- Então recue a perna esquerda e coloque e acomode o dedo indicador direito sobre os lábios,
ficando na posição característica do Deus Harpócrates (o polegar e os dedos estando fechados. O
polegar representa o espírito, e o indicador a água ).

5. Um sinal de que estudante obteve sucesso, será o de sentir-se exausto ao emitir uma única "
Vibração".

6. Sinal de sucesso, ocorrerá quando o estudante perceber que está ouvindo o nome do Deus
rugindo em volta, como por virtude de dez milhões de trovões, parecendo como se essa Grande
Voz viesse do Universo, e não de si mesmo.

Em ambas as práticas acima, toda consciência de qualquer coisa além da Forma -Deus e do nome,
devem ser obliterados e , se não retornar, de acordo com nossas percepções normais, melhor.

IV

1. Os Rituais do Pentagrama e do Hexagrama devem ser memorizados. São das seguintes


maneiras:

Ritual Menor do Pentagrama

i. Toque a testa e diga Ateh ( À Ti ),

ii. Toque o peito e diga Malkuth ( O Reino ),

iii. Toque o ombro direito e diga ve-Geburah ( e o Poder),

iv. Tocando o ombro esquerdo diga ve-Gedulah ( e a Gloria),

v. Juntando as mãos no peito diga le-Olahm, Amen ( para todas as Eras Amén).

vi. Virando para o Leste desenhe um pentagrama (o da Terra ) com a arma mágica apropriada (o
Bastão é mais comum). Diga (vibrando ) IHVH.

vii. Virando para o Sul, da mesma maneira, porém diga ADNI.

viii. Virando para o Oeste, da mesma maneira, porém diga AHIH.


ix. Virando para o Norte, da mesma maneira, porém diga AGLA
(Pronuncie: Ye-ho-wau, Adonai, Eheieh, Agla ).

x. Abrindo os braços na forma de cruz diga,

xi. A minha frente Raphael;

xii. Atras de mim Gabriel;

xiii. A minha direita, Michael.

xiv. A minha esquerda, Auriel;

xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas,

xvi. E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios.. Repetir (i) a (v), a Cruz cabalística.

Ritual Maior do Pentagrama

Os Pentagramas são traçados no ar com a espada ou outra arma, os nomes ditos em voz alta, os
sinais são os abaixo.

Os Pentagramas do Espírito

Os Sinais do Portal (ver ilustrações) : Estenda as mão para frente, palmas viradas para fora,
separe-as como se num ato de abertura de um véu ou cortinas (ativos) para depois juntá-las
como se estivesse fechando e deixe-as descansar ao lado do corpo.
(O Grau de " Portal " é particularmente atribuído ao elemento do Espírito, relacionado ao Sol, os
caminhos de ‫ נ‬,‫ ס‬e ‫ ע‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 6 e 31) .

Nomes:

- Equilíbrio dos Ativos - AHIH ( Eheihe)

- Equilíbrio dos Passivos - AGLA

Os Pentagramas de Fogo

Os sinais de 4° = 7□. Levante os braços acima da cabeça, unindo os indicadores das mãos e os
polegares formando um triângulo.
O Grau 4° = 7□ é particularmente atribuído ao elemento Fogo, relacionado ao planeta Vênus, os
caminhos de ‫ צ‬,‫ ק‬e ‫ פ‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 7 e 31).

Nome - A L H I M

Os Pentagramas da Água

Os sinais de 3° = 8□. Erga os braços até que os cotovelos fiquem na mesma linha dos ombros,
trazendo as mãos à frente do peito, tocando os polegares e os dedos indicadores formando um
triângulo de cabeça para baixo.
O Grau 3° = 8□ é particularmente atribuído ao elemento Água, relacionado ao planeta Mercúrio,
os caminhos ‫ ר‬e ‫ ש‬são atribuídos a esse grau. Ver 777 linhas 8 e 23).

Nome - AL ( El )

Os Pentagramas do Ar
Os sinais de 2° = 9□. Erga os braços para cima e para fora, os cotovelos dobrados em 90º com
as mãos dobradas para trás e as palmas para cima como se estivesse suportando peso.
O Grau 2° = 9□ é particularmente atribuído ao elemento Ar, relacionado ao planeta Lua, o
caminho de ‫ ת‬está atribuído a esse grau. Ver 777 linhas 9 e 11).

Nome - I H V H ( Iod -Rê - Vô - Rê )

Os Pentagramas da Terra

Os sinais de 1° = 10□. Avance o pé direito à frente, estique a mão direita para cima e a frente, a
mão esquerda para baixo e para trás com as palmas abertas.
O Grau 1° = 10□. é particularmente atribuído ao elemento Terra. Ver 777 linhas 10 e 32.

Nome - A D N I ( Adonai ).

Ritual Menor do Hexagrama

Este ritual deve ser feito após o Ritual Menor do Pentagrama.

( I ). De pé, com os pés juntos, braço esquerdo ao lado direito através do corpo, segurando o
bastão ou outra arma mágica em pé na linha do meio.. Vire para o Leste e diga:

( II ). I.N.R.I.

Yod, Nun, Resh, Yod.

Virgem, Isis, Mãe Punjante.

Escorpião, Apophis, Destruidor.

Sol, Osiris, Assassinado e Ressucitado.

Isis, Apophis, Osiris, IAO.

( III ). Estenda os braços na forma de cruz e diga,"O Sinal de Osíris Assassinado."

( IV ). Levante o braço direito, fazendo um ângulo de 90º e o braço esquerdo apontado para baixo
com o cotovelo elevado virando a cabeça sobre o braço esquerdo com a visão acompanhando este
braço e diga: " O Sinal do Luto de Ísis".

( V ). Estique os braços para cima mantendo-os abertos e ós pés juntos, com a cabeça para trás e
diga: "O Sinal de Apophis e Typhon"

( VI ) Cruze os braços sobre o peito, saudando com a cabeça e diga: "O Sinal de Osíris
Ressuscitado"

( VII ) Estenda novamente os braços como em (III) e cruze-os novamente como em (VI) dizendo:
" L.V.X., Lux, a Luz da Cruz "

( VIII ) Com a arma mágica trace o Hexagrama do Fogo no Leste dizendo: " ARARITA" (‫)אראריתא‬.

Esta Palavra consiste das iniciais de uma sentença que significa: " Um é o seu início; Uma é sua
Individualidade; Sua Permutação é Una ".

Esse hexagrama consiste de dois triângulos equiláteros com ambos os ápices apontando para
cima. Comece do topo do triângulo mais alto e trace-o numa direção de rotação à direita. O topo
do mais baixo, deverá coincidir com o centro do mais alto.
( IX ) Trace o Hexagrama da Terra no Sul dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o ápice do
triângulo mais baixo apontando para baixo, devendo ser capaz de ser inscrito num círculo.

( X ) Trace o Hexagrama do Ar no Oeste dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama é como o da Terra,


porém suas bases coincidem, formando um diamante.

( XI ) Trace o Hexagrama da Água no Norte dizendo: "ARARITA". Esse Hexagrama possui o


triângulo mais baixo colocado acima do mais alto com seus ápices coincididos.

( XII ). Repita ( I - VII ).

O Ritual de Banimento é idêntico, salvo as direções dos Hexagramas que devem ser invertidas.

Ritual Maior do Hexagrama

Para invocar ou banir planetas ou signos zodiacais.

Apenas o Hexagrama da Terra é usado. Desenhe o hexagrama, começando da ponta que é


atribuída ao planeta com o qual você está lidando. (Ver “777”, col. lxxxiii).

Deste modo, para invocar Júpiter, comece da ponta direita do triângulo que aponta para baixo,
gire no sentido horário, e complete então trace o triângulo que aponta para cima de sua ponta
esquerda e complete.

Trace o sigilo astrológico do planeta no centro de seu hexagrama.

Para o Zodíaco use o hexagrama do planeta que rege o signo que você precisa (“777”, col.
cxxxviii); mas desenhe o sigilo astrológico do signo, ao invés do sigilo do planeta.

Da Caput e Cauda Draconis use o hexagrama lunar com sigilo ☊ ou ☋.

Para banir, inverta o hexagrama.

Em todos os casos, use a conjugação primeiro com o nome ARARITA e o seguinte com o nome do
Deus correspondente ao planeta ou signo pertinente.

2. Esses rituais deverão ser praticados até as figuras desenhadas aparecerem flamejantes, e tais
chamas tão reais, que um espectador possa vê-las. Algumas pessoas alegam ser capazes de tocar
fogo em gravetos através deste ritual. Verdade ou não, esse tipo de capacidade não deve ser
almejada.

3. O sucesso em banir, é descrito como uma sensação de limpeza na atmosfera e em invocar, de


santidade. Esses termos são muito vagos.

Mas ao menos esteja certo de uma coisa: qualquer figura imaginária obedecerá a vontade do
Estudante se ele usar a figura apropriada. Em casos de obstinados, a imagem do Deus poderá ser
assumida.

4. Os Rituais de Banimento deverão ser usados no início de qualquer cerimônia. Em seguida, o


Estudante deverá usar uma invocação geral, como "A Invocação Preliminar da Goetia", bem como
qualquer outra que seja da vontade do magista.

5. Sucesso nas invocações é uma difícil questão. O Estudante deve se valer de seu bom senso na
avaliação do ocorrido.

V
1. O estudante estando descansado, após ter banhado-se e trajado-se de acordo, deve escolher
um local de trabalho livre de qualquer distúrbio, fazendo as devidas purificações ambientais
através dos rituais de banimento e invocação e , ao final, acender um incenso.

2. Ele deve imaginar sua própria imagem (usando o robe e as armas mágicas apropriados )
envolvendo seu corpo físico ou próximo e em frente a ele.

3. Ele então deve transferir sua consciência para a imagem, fazendo com que passe a ver pelos
olhos dela, assim como ouvir com seus ouvidos.

4. Ele então deve imaginar a imagem elevando-se no ar até bem acima da Terra.

5. Ele então deve parar e olhar em volta (parece difícil abrir os olhos ).

6. Provavelmente verá figuras se aproximando ou percebendo alguma paisagem.

7. Ele então deve mover-se à vontade, ainda que com ajuda ou não da (s) figura (s).

8. Ele então deve empregar tais invocações especiais ao aparecer o lugar que queira visitar.

9. Ele deve estar precavido contra milhares de ataques e engodos que acontecerão, por isso deve
testar cuidadosamente a veracidade daquilo que dizem a ele, não importa quem. Assim, um ser
hostil pode aparecer de forma gloriosa, o pentagrama apropriado deverá fazer com que murche ou
se deteriore.

10. A prática tornará o estudante infinitamente cauteloso nesses assuntos.

11. É mais fácil voltar ao corpo, do que sair dele porém, a prática, torna a imaginação mais fértil.
Por exemplo, você pode imaginar uma carruagem flamejante puxada por dois cavalos brancos,
levando-o além da Terra. Pode ser perigoso ir muito longe ou permanecer num lugar por muito
tempo; a fatiga deve ser evitada.

12. Finalmente, que o estudante faça seu corpo físico coincidir com aquele seu que estava
viajando, estique os próprios músculos, inspirando corretamente, colocando o dedo indicador nos
lábios. Então deixe-o despertar por sua vontade e registre séria e acuradamente suas
experiências.

Acrescente que essa aparentemente complicada experiência é fácil de se realizar. É melhor


aprender a " viajar" com uma pessoa já experiente no assunto. Dois ou três experimentos desse
tipo devem ser suficientes para tornar o estudante confiante e expert.

VI

1. O experimento anterior possui pequeno valor, levando a poucos resultados. Porém é suscetível
à um desenvolvimento que resulta em uma forma de Dharana , concentração, e como tal, pode
levar à fins muito mais elevados. A principal utilização das práticas dos últimos capítulos é
familiarizar o estudante com qualquer tipo de obstáculo e ilusão, para que ele possa então ter
perfeito controle de cada pensamento que possa surgir em sua mente, descartando-a e alterando-
a à qualquer fim necessário à sua vontade.

2. Ele então deve começar exatamente como antes, porém com a mais intensa solenidade e
determinação.

3. Ele deve ser muito cuidadoso em fazer com que seu corpo imaginário erga-se exatamente na
perpendicular à tangente da terra do ponto onde seu corpo físico está situado (ou colocá-lo o mais
simplesmente possível, retilíneo e subindo).

4. Em vez de parar, que ele então continue a elevar-se até a fadiga tomar conta. Se ele achar que
parou, sem vontade de continuar, aparecendo figuras em volta, deve a todo custo elevar-se mais
acima delas.
5. Ele então deve continuar até quando existir o alento da vida. Seja qual for a ameaça e engodo,
mesmo sendo Typhon e todas as suas hostes vindos das covas contar o estudante, ainda que
viesse do Trono do próprio Deus uma voz ordenando-o que permaneça no lugar e contente, deve
sempre lutar.

6. Por último, chega um momento em que todo seu ser está imerso em fadiga, vencido por sua
própria inércia. Deixe-o mergulhar (quando não mais poder ele lutar, ainda que sua língua esteja
mordida pelo esforço com o sangue escorrendo pelas narinas) nas trevas do inconsciente para
então, na chegada à si mesmo, registrar acurada e soberbamente, tudo que ocorrera, sim tudo
que ocorrera.

Ver Apêndice - Ritual Menor do Pentagrama (comentado)

Ver Apêndice - imagens dos Arcanjos

Os Pentagramas

Invocando Banindo
Os Hexagramas
Desenhando os Hexagramas
Nota de Keron-E:

Therion, baseado na obra da Golden Dawn, desenvolveu outra versão do hexagrama,


oHexagrama da Besta, ou Unicursal. A diferença do tradicional é a facilidade em ser desenhado
de uma só vez, sem quebrar o movimento, como o Pentagrama. Ele segue as mesmas
distribuições na Árvore da Vida que a versão tradicional, incluse a troca deDaäth por Binah no
ápice da figura:
Normalmente é representada com uma rosa no meio, símbolo de Thiphareth. Pode ser
considerada a forma thelêmica do hexagrama.

Invocando Banindo
Sinais

Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ


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A+-

O RUBI ESTRELA

SUB FIGURA XXV


A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE D

IMPRIMATUR: N. FRA. A. · . A. · .

1 - De frente para o Leste, fazendo o Sinal de Banimento, diga com vontade: APO PANTOS
KAKODAIMONOS ( " Afasta-te Espírito do Mal" )

2 - Faça a Cruz Cabalística:

- toque a testa e diga: SOI - " A Ti"


- toque o sexo e diga: O FALLE - " O Falus"
- toque o ombro direito e diga: ISCUROS - " A Força"
- toque o ombro esquerdo e diga: EUCARISTOS - "Eucaristia; graça divina"
- junte as mãos no peito e diga: IAO - " O Deus dos Gnósticos; Isis ( As forças da Natureza)
Apophis ( são destruídas) Osiris ( e renascem)"

3 - Continuando de frente para o Leste, coloque as mãos na face, envergando o corpo para trás,
inspirando profundamente, imagine um Pentagrama dentro da cabeça, bem nítido e então,
fazendo o Sinal do Entrante, lance-o para frente, rugindo THERION.

4 - De frente para o Norte, repetindo o gesto anterior, lance o Pentagrama para frente e
diga NUIT.

* Caso o estudante não tenha percebido, está girando no sentido anti-horário.

5 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior, e sussurre BABALON.

6 - De frente para o Sul, repita o processo anterior e diga firmemente HADIT

7 - Completando o círculo, faça o Sinal de Banimento com energia e diga IO PAN, pisando forte
com o pé direito.

8 - Faça os sinais de NOX.

9 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

- PRO MOU IUGGES - (a minha frente Iugges)


- OPISO MOU TELETARCAI - (atrás de mim Teletarcai)
- EPI DECIA SYNOSES - (a minha direita Sainoses)
- EPARISTERA DAIMONES - (a minha esquerda Daimones)
- FLEGEI GAR PERI MOU O ASTHR TON PENTE - pois ao meu redor flamejam os pentagramas
- KAI EN THI STHLHI O ASTHR TON EX ESTHKE - e na coluna do meio brilha a estrela de seis
pontas.

10 - Repita a Cruz Cabalística, a parte 1 e o ritual estará encerrado.


**********

Notas de Keron-E:

1 - Diferenças entre as versões

Em 1913 To Mega Therion publicou a primeira versão do Rubi Estrela em Liber 333que segue
abaixo:

25

ΚΕΦΑΛΗ ΚΕ

O RUBI ESTRELA

Encarando o Leste, no centro, inspira fundo, fundo, fundo; fechando tua boca com teu dedo
indicador direito pressionado contra teu lábio inferior. Então, lançando abaixo a mão com uma
grande varredura para trás e para fora, expelindo violentamente teu ar, grita ΑΠΟ ΠΑΝΤΟΣ
ΚΑΚΟ∆ΑΙΜΟΝΟΣ.

Com o mesmo indicador, toca tua testa, e dize ΣΟΙ;


teu membro, e dize Ω ΦΑΛΛ;*
teu ombro direito, e dize ΙΣΧΥΡΟΣ;
teu ombro esquerdo, e dize ΕΥΧΑΡΙΣΤΟΣ;
então fecha tuas mãos, entrelaçando os dedos, e grita ΙΑΩ.

Avança para o Leste. Imagina fortemente um Pentagrama, diretamente em tua testa. Levando as
mãos aos olhos, lança-as adiante, fazendo o sinal de Hórus, e ruge ΧΑΟΣ. (Chaos)
Retira tuas mãos no sinal de Hoor-pa-kraat.
Volta-te para o Norte e repete; mas grita ΒΑΒΑΛΟΝ. (Babalon)
Volta-te para o Oeste e repete; mas dize ΕΡΟΣ. (Eros)
Volta-te para o Sul e repete; mas berra ΨΥΧΕ. (Psiquê)

Completando o círculo, recua para o centro e eleva tua voz em homenagem, com
as palavras ΙΟ ΠΑΝ e com os sinais de N.O.X.
Estende os braços na forma de um Tau, e dize baixo, mas claro:
ΠΡΟ ΜΟΥ ΙΥΓΕΧ ΟΠΙΧΩ
ΜΟΥ ΤΕΛΕΤΑΡΧΑΙ ΕΠΙ ∆ΕΞΙΑ ΣΥΝΟΧΕΣ ΕΠΑΡΙΣΤΕΡΑ ∆ΑΙΜΟΝΕΣ ΦΛΕΓΕΙ ΓΑΡ
ΠΕΡΙ ΜΟΥ Ο ΑΣΤΗΡ ΤΩΝ ΠΕΝΤΕ ΚΑΙ ΕΝ ΤΗΙ ΣΤΗΛΗΙ Ο ΑΣΤΗΡ ΤΩΝ ΕΞ ΕΣΤΗΚΕ.

Repete a Cruz Cabalística, como acima, e termina como começaste.

COMENTÁRIO (KE)

25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah.


O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama.
Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A .‘. A .’. .

OBS.:
* O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma.

Sendo inspirado no Ritual Menor do Pentagrama, 666 manteve a estrutura básica:Cruz


Cabalística, Traçado de Pentagramas e Invocação de Entidades. Percebe-se mudança na
segunda parte quando se pronuncia os nomes bárbaros:
1. Chaos – aparece em Liber 418, sendo uma referência a Yud (fogo) bem como a uma
entidade masculina arquetípica;

2. Babalon – aparece em Liber 418 sendo uma referência a He (água) bem como a uma
entidade feminina arquetípica;

3. Eros – deus do amor que também aparece em Liber 418, mas a referência aqui parecer
ser a do deus grego do amor, sendo uma entidade masculina jovem alada, podendo
associar ao elemento;

4. Psiquê – ‘alma’ em grego é uma entidade feminina. O feminino pode ser associado a
terra como as hebraicas Shekinah e Malkah.

Nota-se uma referência aos elementos, como no Ritual Menor do Pentagrama, na ordem do
ciclo IHVH – pai, mãe, filho e filha além da referência aos pontos cardeais . As duas primeiras da
cosmologia thelêmica, Eros à cosmologia thelêmica e grega e Psiquê à grega. Os dois últimos
também formam um casal da mesma forma que os anteriores evidenciando os aspectos
ativo/passivo, positivo/negativo etc.

Existe outra mudança significativa onde os nomes dos arcanjos, de origem hebraica, são
mudados, para entidades de origem caldeia. Provavelmente To Mega Therion utilizou a versão
editada pelo Dr. William Wynn Westcott do livro ‘Oráculos Caldeus de Zoroastro’, que são
fragmentos que sobreviveram na tradução grega e tratam de assuntos relativos ao misticismo e a
filosofia babilônica. Fala de um ‘Mundo da Inteligência’, supra terreno, com os princípios
arquetípicos ‘Pai’, ‘Mente’ e ‘Fogo’ - Westcott até utilizou esses conceitos no ritual de Practicus
da Golden Dawn. As ideias provindas desse ‘pleroma’ assumem formas que podem ser
percebidas pelo homem e se relacionarem com ele:

- Iugges – os ‘Iynges’ são associados com os atos de magia (ou teúrgicos). Possuem função
dupla: auxiliam tanto a teurgia sendo uma força que une os homens aos deuses quanto funcionam
como gerentes das forças que forma o universo (arquétipos). Deram nome a um certo tipo de
pássaro o que fortalece a ideia de mensageiro dos deuses, pois as aves transitam tanto pela terra
(lar dos homens) quanto pelo céu (lar dos deuses). Significa, literalmente, ‘roda’ ou ‘rodamoinho’;

- Synoceis – estão associados a ideia de fogo imbuídos de grande poder sendo chamados de
‘guardiões’. Possuem uma função de união;

- Teletarcai - os ‘Teletarchs’ são os ‘Mestres da Iniciação’, os regentes dos 3 mundos da


cosmologia caldeia, além de estarem associados com as três virtudes Fé, Verdade e Amor;

Os três formam uma tríade ‘criação’, ‘preservação ‘ e ‘união’.

- Daimones – ‘daimon’ entidades platônicas que intermediam o homem com os deuses, havendo
um para vários aspectos na natureza: os elementos, as florestas, mar etc. Segundo o famoso
pensador grego, todo homem possui dois gênios: ‘eudaimon’, um espírito bom e o
‘kakodaimon’, um espírito mal. Já Sócrates denominou ‘daimon’ ou ‘dæmon’ como o gênio
pessoal. Dele vem a ideia de Sagrado Anjo Guardião, pois ao contrário de seus colegas
filósofos, Sócrates não cobrava seus ensinamentos pois eram frutos do seu ‘dæmon’.

Posteriormente 666 concebeu mais um ritual thelemizado e alterou o Rubi Estrela em 1929:

- Liber V vel Reguli - um ritual composto exclusivamente com elementos da cosmologia


thelêmica: NUITH, HADITH, RA-HOOR-KHUIT, AIWAZ, THERION, BABALON, LASHTAL, THELEMA,
AGAPE, AUMNG, ABRAHADABRA, LA, AL. sendo descrito por ele como “um encantamento
apropriado para invocar as Energias do Æon de Hórus, adaptado para o uso cotidiano do
Magista de qualquer grau”.

- Liber XXV - sofreu uma adequação na cosmologia onde as entidades arquetípicas na etapa de
visualização do pentagrama mudaram
de Chaos e Babalon para Therion eNuit , Eros e Psiquê para Babalon e Hadit, nestes últimos
percebe-se uma inversão de gênero nos pontos cardeais oeste e sul – aqui pode-se especular da
seguinte maneira: oeste é o lugar de onde vem a luz, a sabedoria iniciática (no ritual de Neófito
da Golden Dawn o Hegemon guiava o candidato do leste para o oeste, das trevas para a luz) e
colocar Babalon neste ponto é coerente pois ela é a rainha da Cidade das Pirâmides sob a
Noite de Pan, que significa as esferas acima do Abismo, a 'Fonte' e o sul, segundo Liber 418, é
‘o lugar apropriado do Sol e da sua força’ logo, nada mais coerente do que colocar Hadit, cuja
simbologia é solar.

Por fim, existe uma indicação enigmática referente à gematria dos nomes bárbaros na primeira
versão do ritual (mas não na segunda):

1 - ΣΟΙ (SOI) – 200+70+10 = 280;


2 - Ω ΦΑΛΛΕ (O FALLE)– 800+500+1+30+30+5 = 1366;
3 - ΙΣΧΥΡΟΣ (ISCURUS)– 10+200+60+400+100+70+200 = 1580;
4 – ΕΥΧΑΡΙΣΤΟΣ (EUCARISTOS) – 5+400+60+1+100+10+200+300+70+200 = 1886;
5 - ΙΑΩ (IAO) – 10+1+800 = 811.

Para compreensão do significado, deve-se realizar um trabalho decifrador da composição


matemática. 666 deixou em aberto não fornecendo nenhuma indicação, o que implica em uma
atividade pessoal dos interessados; o material disponível por ele não apresenta base suficiente
para conclusões definitivas, restando caçar conexões em frases e palavras que tendem a nublar
ainda mais a questão. Convém alertar para o fato de que análises muito profundas em derivações
gemátricas pode levar mais a confusão do que esclarecimento. É preciso saber parar e observar o
contexto geral. Seguem abaixo algumas sugestões de conclusão com base no sentido geral do
ritual:

1 –‘A Ti’ - 280. A soma das 5 letras hebraicas da severidade (kaph, mem, nun, pe, tzaddi) e
também ‘Terror’. Redução teosófica: 10, o atu Roda da Fortuna - movimento, dinâmica e
Júpiter. Aqui os sentidos de ‘severidade’ e ‘terror’ parecem encaixar-se melhor, devido tanto a
origem marcial do ritual (25 é o quadrado de 5, Geburá) quanto ao terceiro capítulo de Liber
AL que indica guerra e a Estela da Revelação que também atende pelo nome de ‘Abominação
da Desolação’;

2 – ‘ O Falo’ - 1366. Redução teosófica (1+3+6+6): 16, o atu A Torre – fálico (espada, ação,
emissão), Marte (guerra). Aqui o sentido beligerante se encaixa melhor;

3 – ‘A Força’ - 1580. Redução teosófica: 14, atu A Arte – na carta é feito o elixir para consumo
em operações mágicas, sendo a hóstia um dos seus símbolos, víde o grau IX da O.T.O.;

4 – ‘Eucaristia’ – 1886. Redução teosófica: 14, o atu A Arte – na carta é feito o elixirpara
consumo em operações mágicas, sendo a hóstia um dos seus símbolos, víde o grau IX da O.T.O.;

5 – ‘IAO’ – 811, ‘Eu respiro’, ‘eu vivo’. Os caldeus chamavam o deus Dionísio de Iao. Redução
teosófica: 10, o atu Roda da Fortuna - movimento, dinâmica, sendo a fórmula de IAO um ciclo
da vida e da morte bem como a relação cíclica de Iugges, Synoceis e Teletarcai. Pode-se
relacionar também com a fórmula de IAO.

Conclusão

De forma geral percebe-se no Rubi Estrela uma quebra com a origem hebraica pela inserção dos
elementos thelêmicos e caldeus. O povo caldeu, oriundo da península arábica, habitou a região sul
da Mesopotâmia. Na história dos judeus, os caldeus através de Nabucodonosor, destruíram o
templo de Jerusalém e os levaram ao cativeiro na Babilônia. Também se referiam a eles como a
Babilônia de modo geral, principalmente pelo povo hebraico. A associação ao zoroastrismo ajuda a
implicar um elo com ideias quase tão antigas quanto o povo judeu, além de que muitos conceitos
babilônicos estão presentes no judaísmo e cristianismo – facilita também a escolha o acesso ao
material caldeu de Westcott.

Em relação a ambas as versões de Liber XXV, a mudança realizada na última visou adequar o
ritual a melhor compreensão da Obra de 666 com o passar dos 16 anos. 666 não forneceu muitas
informações sobre ambos os rituais do pentagrama, talvez pelos anteriores já serem bem
conhecidos e os novos não fugirem dos mesmos objetivos de modo geral diferenciando
essencialmente por invocar energias do Æon de Hórus. A presença dos sinais de N.O.X. implica
invocação de forças purificadoras, pois em Liber 418, 20º Æthyr, 666 recebeu a palavra no
sentido numérico, 210, ‘para destruir todos os símbolos positivos, pois a verdadeira Roda é o
círculo, a própria Nuit’; tais forças advém das esferas acima do Abismo.

O Rubi Estrela é um ritual de banimento de caráter masculino em base marcial. Começa com
invocação de uma força fálica partindo para as energias do Novo Æon,purificando via a tríade
superior da Árvore da Vida e concluindo com antiquísimas energias do Velho Æon, não sendo um
‘puro sangue’ thelêmico, título que fica comLiber V vel Reguli - e comentou-se e mais sobre um
ritual oficial da A.'.A.'., o que não seria algo ideal.

2 - No 777, a pedra Rubi Estrela, representa a energia masculina da Estrela Criadora.

3 - Este ritual baseia-se no Ritual Menor do Pentagrama não sendo um substituto pois trata-se
de um banimento segundo o comentário no Liber 333.

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LIBER RESH VEL HELIOS

SUB FIGURA CC

A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE D

IMPRIMATUR: N. FRA. A. · . A. · .

Essas são as adorações a serem realizadas pelos aspirantes à A. · . A. · .


1. Que ele cumprimente o Sol ao alvorecer, voltado ao Leste, fazendo o sinal do seu grau. Que ele
diga em voz sonora:

“Saudações a Ti que és Rá em Teu levante, sempre a Ti que és Rá em Teu vigor, que viajas acima
dos Céus em Tua barca no Auvorecer do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, e Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Noite!”

2. E também ao Meio-dia, que ele cumprimente o Sol, voltado ao Sul, fazendo o sinal do seu grau.
Que ele diga em voz sonora:

“Saudações a Ti que és Ahathoor em Teu triunfo, sempre a Ti que és Ahathoor em Tua beleza,
que viajas acima dos Céus em Tua barca no Meio-curso do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Manhã!”

3. E também, ao ocaso, que ele cumprimente o Sol, voltado ao Oeste, fazendo o sinal do seu
grau. Que ele diga em voz sonora:

“Saudações a Ti que és Tum em Teu crepúsculo, sempre a Ti que és Tum em Tua alegria, que
viajas acima dos Céus em Tua barca no Pôr do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada do Dia!”

4. Por último, à Meia-Noite, que ele cumprimente o Sol, voltado para Norte, fazendo o sinal do seu
grau, que ele diga em voz sonora:

“Saudações a Ti que és Khenphra em Teu refúgio, sempre a Ti que és Khenphra em Teu silêncio,
que viajas acima dos Céus em Tua barca à Meia-noite do Sol.
Tahuti erguido em Esplendor na proa, a Ra-Hoor permanece no leme.
Saudações a Ti da Morada da Tarde!”

5. E depois de cada uma dessas invocações, deves fazer o sinal do silêncio, e depois deves
realizar a adoração que a ti foi ensinada por teu Superior. E então faze tu, acalmar-te em sagrada
meditação.

6. Também é melhor se nessas adorações tu assumas a Forma-Deus ao qual tu adoras, como se


tu fosses unir-se a ele em, adoração àquele que está além Dele.

7. Então tu deves estar atento à Grande Obra a qual tu concordastes em realizar, e então deves
estar fortificado a persegui-la para obter a Pedra do Sábio, o Summum Bonum, a Sabedoria
Verdadeira e Felicidade Perfeita.

******

Notas explicatórias de Lon Milo Duquette:

A imagem a ser visualizada é aquela da barca Solar Egípcia em que todo o por-do-sol leva o Osíris
glorificado do horizonte ocidental para a Terra dos Mortos e traz o Eterno Sol, seguramente, sob a
Terra ao amanhecer sobre o horizonte oriental a cada manhã como Rá.

1 - Tahuti (Thoth) - deus egípcio com cabeça de íbis (um tipo de garça) está na proa e Hórus, o
Filho do Sol, age como timoneiro divino.

2 - Ahathoor - a Vênus Egípcia, de quem o mês de novembro (Escorpião) marca o cruzamento do


trimestre do ano que as trevas triunfam sobre a luz.

3 - Tum, Tmu - Deus do Oeste, o local do Sol - Deus do Sol á noite.


4 - Khephra - como o escaravelho do deserto Egípcio sempre rola uma bola de esterco no qual
seus ovos são depositados, assim também faz Khephra, o escaravelho clestial que rola a esera do
Sol através dos céus.

5 - De acordo com alguns relatos, Crowley ensinou a residentes da Abadia de Thelema a recitar as
seguintes partes do Livro da Lei como a adoração:

Unidade provada ao extremo!


Adoro Teu poder, Teu sopro forte,
Deus terrível, suprema flor do nada,
Que fazes com que os deuses e que a morte
Tremam diante de Ti:
Eu, Eu adoro a ti!
Aparece no trono de Ra!
Abre os caminhos do Khu!
Ilumina os caminhos do Ka!
Nas rotas do Khabs sê tu,
Para mover-me ou parar-me!
Aum! Para me completar!

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SUB FIGURA VIII

A.·.A.·.

PUBLICAÇÃO EM CLASSE AB

IMPRIMATUR: N. FRA. A. · . A. · .

E assim ele fará para obter o mistério do Conhecimento e Conversação do seu sagrado Anjo
Guardião.
Primeiro deixe-o preparar uma câmara na qual as paredes e o teto sejam brancas e o piso coberto
com um tapete quadriculado de preto e branco com a borda das cores azul e doirado.

E, se estiver numa cidade, a sala não deverá possuir janelas, estando no campo, a janela será no
teto. Ou, se possível for, o templo deverá ser preparado para a realização do ritual de passagem
através do Tátua.

No teto irá pendurar uma lâmpada, de copo vermelho, a ser queimada com óleo de oliva.

E essa lâmpada será limpa e preparada após a oração do poente e, abaixo dela, haverá um altar
cúbico & a altura será metade ou o dobro da largura.

E sobre o altar estará um incensário, semi-hesférico, apoiado em três pernas feitas de prata e
dentro uma semi-esfera de cobre e no topo, uma grade de prata doirada e em seguida deverá ele
queimar um incenso feito de quatro partes de olibano e duas partes de liquidambar uma parte de
babosa ou cedro ou de sândalo. E isto é o suficiente.

E ele também deixará preparado em um frasco de cristal no altar, óleo santo, consagrado de mirra
e canela e galanga.

E mesmo sendo de grau mais elevado do que o de Probacionista, o robe de um deverá usar, pois a
estrela de fogo mostra Ra Hoor Khuit abertamente sobre seu peito e, secretamente, o triângulo
azul descendente é Nuit e o vermelho ascendente é Hadit.

E eu sou o doirado Tau entre suas bodas. Também, se for de sua escolha, poderá usar um roupão
fechado de seda de tiro, púrpura e verde um manto sem mangas, de luminoso azul, coberto com
cequins doirados, e escarlate.

E ele fará uma baqueta de madeira de amêndoa ou castanha tirada por suas próprias mãos ao
alvorecer do Equinócio ou ao Solstício ou no dia de Corpus Christi ou em um dos dias de festa
indicados no "Livro da Lei".

E ele gravará com a própria mão sobre a prata doirada a Sagrada Mesa de Sete Partes ou a
Sagrada Mesa de Doze Partes ou algum dispositivo pessoal. E deverá ser enquadrado em um
círculo e o círculo será alado e ele irá prende-lo sobre a sua testa por uma tira de seda azul.

Além disso, ele usará um filete de louro ou rosa ou hera ou arruda e, diariamente, após oração de
amanhecer, irá queima-lo no fogo do incensário.

E a prece deverá ser realizada no espaço de uma hora pelo menos e ele procurará aumentar o
tempo e inflamar-se orando. E assim ele deve invocar o seu Sagrado Anjo Guardião no período de
onze semanas e orar sete vezes por dia durante a última das onze semanas.

E durante todo esse tempo ele fará uma invocação tão satisfatória, com tanta sabedoria e
compreensão quanto possam ser dados pela Coroa, devendo escreve-la em letras doiradas em
cima do altar.

O topo do altar será de madeira branca, bem polida, e no centro colocará um triângulo de
carvalho, pintado na cor escarlate e sobre este triângulo, as três pernas do incensário devem ficar.

Além disso, ele escreverá sua invocação em uma folha de puro pergaminho branco, com tinta
Indiana, e ele a iluminará de acordo com sua imaginação e fantasias que serão fornecidos pela
beleza.

E no primeiro dia da décima segunda semana ele entrará na câmara ao amanhecer e fará sua
prece, tendo antes queimado o conjuro feito sobre a folha no fogo da lâmpada.

Então, por graça da sua oração, deverá a câmara ser preenchida com luz insuportável para
esplendor e um perfume intolerável para doçura. E seu Sagrado Anjo Guardião aparecerá para ele,
sim, o seu Sagrado Anjo Guardião aparecerá para ele de forma que penetrará nos Mistério de
Santidade.
E todos os dias ele permanecerá no prazer do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo
Guardião.

E durante os três dias seguintes permanecerá no templo do nascer ao pôr-do-sol e obedecerá as


determinações que seu Anjo lhe passar e sofrerá dessas coisas que a ele são designadas.

E por dez dias irá se retirar como dito a ele pela completividade da comunhão, para que possa
harmonizar o mundo que está dentro com o mundo que está fora.

E ao final dos noventa e um dias deverá ele retornar ao mundo e lá realizar a obra para a qual o
Anjo o terá designado.

E mais do que isto não é necessário dizer, pois seu Anjo pedirá amavelmente e mostrará de que
maneira ele poderá estar mais completamente comprometido. E até que ele consiga encontrar
esse Mestre não há mais nada de que necessite, enquanto continuar no conhecimento e
conversação do Anjo, para que adentre, afinal, na Cidade das Pirâmides.

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APÊNDICE

SEPHIROTH

Kether

Chokmah

Binah

Däath

Chesed

Geburah

Tiphareth

Netzach

Hod

Yesod

Malkuth
Qliphoth

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APÊNDICE

SEPHIROTH

Daäth

"Daäti - Conhecimento - não é uma Sefira *. Não está na Árvore da Vida; isto é, não existe
realmente tal coisa.

Desta tese há muitas provas. A mais simples (senão a melhor) é talvez como segue:

Todo conhecimento pode ser expressado na forma S=P. Mas se assim, é a idéia de P está
realmente implícita em S; portanto, nós não aprendemos nada, afinal de contas.

E, claro, se não é assim, a asserção S=P simplesmente é falsa. Agora veja-se como chegamos
imediatamente a um paradoxo. Pois o pensamento 'Não existe uma coisa tal como conhecimento
', ou ' Conhecimento é uma idéia falsa' ou qualquer outra forma de enunciarmos, a conclusão
acima, pode ser expressado como S=P; é, em si mesmo, uma coisa conhecida. Em outras
palavras, qualquer tentativa de analisarmos a idéia de Conhecimento leva imediatamente a uma
confusão da mente.

Mas isto é a essência da Sabedoria Oculta quanto a Daäti. Pois Daäti; é a coroa de Rúache, o
Intelecto; e seu lugar é no Abismo; para obtermos ocorrência, que é um dos principais padrões
da Verdade, nós devemos atingir Nechama.

Há uma outra explicação, completamente á parte da armadilha puramente lógica. S=P (a não ser
que seja uma identidade, e portanto sem sentido) é uma afirmação de dualidade; ou como
podemos dizer: percepção intelectual é uma negação da verdade samádica. É, portanto,
essencialmente falsa desde as suas bases.

A asserção mais simples e mais óbvia não tolera análise.´Vermelhão é vermelho´ é inegável, sem
dúvida; mas ao ser perscrutada, prova sem significado. Pois cada termo tem que ser definido
através d pelo menos dois outros termos, dos quais a mesma asserção é verdade; d eforma que o
processo de definição é sempre ´obscurm per obscuris´. Pois não há quaisquer termos
verdadeiramente simples. não existe qualquer possibilidade de verdadeira percepção intelectual. O
que nós supomos ser tal é, na realidade, uma série de convenções mais ou menos plausíveis,
baseadas sobre o aparente paralelismo de experiência. Não há qualquer garantia definitiva de que
quaisquer duas pessoas querem dizer exatamente a mesma coisa quando dizem ´doce´ou ´alto
´ ; apenas em relação a aplicações práticas vulgares.

Estas e outras considerações levam a certos tipos de ceptismo filosófico. Concepções nechâmicas
absolutamente não estão isentas desta crítica, pois, mesmo supondo que elas sejam idênticas em
qualquer número de pessoas, sua expressão, sendo intelectual, sofrerá as mesmas pressões que
percepções normais.

Mas nada disto sacode, ou sequer ameaça, a Filosofia de Thelema. Pelo contrário; pode ser
considerado a Rocha sobre a qual está fundada. Pois o resultado final é, evidentemente, que todas
as concepções são necessariamente únicas - mônadas; porque não pode nuca haver dois Pontos
de Vista idênticos. E isto corresponde aos fatos: pois há Pontos de Vista estreitamente
relacionados, e assim pode haver um acordo superficial entre eles, como há, o qual é percebido
como falso ao ser analisado - tal qual demonstramos acima.

Disto será compreendido porque é que não existem quaisquer Trances de Conhecimento; e isto
nos convida a inquirir a tradição nos Grimórios, de que todo conhecimento pode ser
miraculosamente obtido. A resposta é que, se bem que todos os Trances são Destruidores de
Conhecimento ( já que, por um só ponto, ou seja, todos eles destroem o senso de Dualidade) e no
entanto eles dão ao seu Adepto os meios de conhecimento. Nós podemos considerar a faculdade
percepção racional como uma projeção da Verdade em forma dualística; de maneira que aquele
que possui qualquer Verdade tem apenas que simbolizá-la em termos do intelecto para obter a
imagem dela na forma de Conhecimento.

Esta concepção é difícil, um exemplo poderá torná-la mais clara. Um arquiteto pode indicar as
características gerais de um edifício, sobre papel através de dois desenhos - uma planta ou
elevação. Em qualquer dos casos, o desenho é falso sob quase todo aspecto; cada um dos
desenhos é parcial, a cada um deles falta uma dimensaão e assim por diante. No entanto, em
combinação, eles não deixam de representar para imaginação treinada aquilo que o edifíco
realmente é; e também, se bem que ambos os desenhos sejam ´ilusões´, nenhuma outra ilusão
servirá 'a mente para que descubre a verdade que eles tencionam.

Esta é a realidade escondida em todas as ilusões do intelecto; e esta é a explicação da


necessidade de que o Aspirante adquira um conhecimento adequado e acurado.

O místico vulgar afeta desprezar a Ciência como ´ílusão´ ; este é o mais fatal de todos os erros.
Pois os instrumentos com os quais o místico trabalha pertencem, todos eles, exatamente a esta
ordem de ´coisas ilusórias´. Nós sabemos que lentes deformam imagens; no entanto, nos
podemos adquirir informação sobre objetos distantes ( a qual verificamos ser correta) quando a
lente é construída de acordo com certos princípios ´ilusórios´ (em vez de caprichoso arbritário). O
místico que zomba da Ciência é geralmente reconhecido pelos homens como um tolo vaidoso; ele
sabe disto, e isto o endurece em sua presunção e arrogância. Nos o vemos, atiçado por sua
vergonha subconsciente, atacando ativamente a Ciência; ele se alegra em apontar erros de
cálculo que ocorrem constantemente, sem compreender as autoimpostas limitações da validade
de qualquer asserção que estão sempre implícitas em trabalhos científicos; de forma que ele
chega, por fim, a abandonar seus próprios postulados e se refugia na carapaça do teólogo.

Mas para aquele místico que fundou firmemente o seu pensamento racional em princípios sadios,
que adiquiriu profunda compreensão de uma ciência fudamental e estabeleceu as apropriadas
conexões entre essa ciência e suas irmãs; que, depois, fortaleceu a estrutura inteira do seu
conhecimento penetrando através de Trances apropriados ás Verdades Nechâmicas das quais
aquela estrutura é retamente organizada projeção de Rúache; para esse místico, o campo do
Conhecimento, assim bem arado, bem semeado, bem fertilizado, em amadurecido, está pronto
para colheita. O homem que realmente compreende as fórmulas básicas de um assunto-raíz pode
facilmente estender sua percepção aos ramos, ás folhas, ás flores e ao fruto; e neste senso os
mestres medievais de Magua estavam justificados em asseverar que pela evocação de um dado
Daimon o Octonomos merecedor poderia adquirir perfeito conhecimento de todas as ciências, falar
todas as línguas, comandar o amor de todos, e de qualquer forma lidar com a Natureza inteira do
ponto de vista do Criador deta. Grosseiros são esses, crédulos ou críticos, que pensam que uma
tal Evocação era trabalho de uma hora ou uma semana!

E o ganho do Adepto nisso tudo? Não o puro ouro, decerto, meu a Pedra dos Filósofos! Mas no
entanto, uma arma mui virtuosa, de muito uso no Caminho; também grande consolo, para o lado
humano dele; pois o doce fruto que pende daquela Árvore que torna os homens Deuses é
precisamente este ponto amadurecido de sol chamado Conhecimento."

Aleister Crowley

Pequenos Ensaios em Direção á Verdade


(Foi mantida a tradução de Marcelo Motta feita na década de 70)

"É importante explicar a Posição de Daath ou Conhecimento na Árvore. Ela á chamada o Filho de
Chokmah e Binah, entretanto, não possui localização. Mas é de fato o Ápice de uma Pirâmide na
qual os três primeiros Números formam a base. A Árvore, ou Minutum Mundum, é uma Figura, em
um Plano , de um Universo material. Daath, estando acima do Plano, é uma Figura de Força em
quatro dimensões e, assim, o Objeto da Magnum Opus. Os três Caminhos que conectam-na com a
Primeira Trindade são as três Letras ou Pais do Alfabeto Hebraico.

Em Daath, dizem ficar a Cabeça da grande Serpente Nechesh ou Leviatã, chamado Mal que oculta
a sua Santidade. ( Shin + Chet+ Num = 358= chet+yod+shin+mem , o Messias ou Redentor e
Daleth + Tav +Yod + Vau +Lamed= 496= Tav +Vau+Kaph+Lamed+Mem, a Noiva) Ela é idêntica
a Kundalini da Filosofia Hindu, o Kwan-se do Povo Mongol que significa a Força no Homem que por
sua vez equivale a Força sexual aplicada ao Cérebro, Coração e a outros Órgãos redimindo-os."

Gematria

Nota de Keron-E:

Em Chamando os Filhos do Sol, Marcelo Motta apresenta um diagrama da Árvore da Vida onde
Daäth é representada pelo símbolo do planeta Urano como apresentado nomenu do topo desta
página.

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APÊNDICE

SEPHIROTH

Tiphareth

“Mas cada homen não é apenas ele mesmo; é também um ponto único, singularíssimo,
sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos do mundo se cruzam daquela
forma uma só vez e nunca mais. Assim, a história de cada homem é essencial, eterna e
divina, e cada homem, ao viver em alguma parte e cumprir os ditames da Natureza, é
algo maravilhoso e digno de toda a atenção. Em cada um dos seres humanos o espírito
adquiriu forma, em cada um deles a criatura padece, em cada qual é crucificado um
Redentor.”

Hermann Hesse
Tiphareth é a Beleza, o resultado perceptível à consciência humana da harmonia da criação
sendo a graciosidade da arte. A sephiroth onde o ser humano percebe-se verdadeiramente único,
equilibrado em sua imperfeição, onde a imagem de uma imagem do universo mostra-se cercada
pelo cosmos. A sua proporção revela-se inexata e, graças a isso, a redenção do iniciado se
expressa na negação da obra do Arquiteto, a putrefação das paredes do templo.

Um inverso da imagem no Reino da Virgem apresenta-se aqui um fator de equilíbrio espiritual


onde a sua vivência garante a harmonia na subida do caminho ondulado da serpente, a imagem
velada do messias que se crucificou e renasceu na carne.

Títulos Beleza

Imagem Mágica Um rei majestoso. Uma criança. Um deus sacrificado.

Arcanjo Rafael

O lámem. A Rosa-cruz. A cruz do Calvário. A


Símbolos
pirâmide truncada. O cubo. Iacchus como o Sagrado
Anjo Guardião. Jesus Cristo. Apollo. Harpócrates. Ra
e On. Hrumachis. Quetzalcoatl. Oxalá (Oxagiã).
Virtude Devoção à Grande Obra

Vício Orgulho
Experiência
Visão da Harmonia das Coisas. Os Mistérios da crucificação.
Espiritual

Cartas do Tarô
Os 4 Seis: 6 de Paus, 6 de Copas, 6 de Espadas e 6 de
Ouros.

Nome Divino Tetragrammaton Aloah Va Daath (Divino que Tudo Sabe)

Liber 78 Realização Completa.

Liber 777 O Filho degradado para a reles vida animal

Animais
Aranha. A Fênix. Leão como o típico animal solar.
Pelicano.
A acácia por ser um símbolo de ressurreição na maçonaria.O
carvalho, pois é a árvore dos druidas, a representante do sol
Plantas no reino vegetal. O freixo, sendo desta espécie Yggdrasil, a
árvore onde Odin se pendurou para obter o conhecimento
das coisas.

Pedra Topázio por sua cor dourada.

Qliphoth Tagiriron, o Litígio.

A Visão e a Voz - 8º Æthyr


"E surge na pedra uma minúscula faísca de luz. E cresce, e parece escapar, e cresce novamente, e
se espalha por todo Æthyr alimentada pelo vento, e agora ganha força, e imbica como uma cobra
ou uma espada, e então se afirma, assemelhando-se a uma Pirâmide de luz que ocupa todo o
Æthyr .

E a Pirâmide parece um Anjo ao mesmo tempo em que ele é a Pirâmide, e ele é amorfo, pois é
feito da substância da luz, mas torna-a visível apenas para destruí-la.

E ele diz: A luz origina-se das trevas e as trevas são feitas de luz. Então a luz casou-se com a luz
e o fruto do amor é aquela outra escuridão onde se conformam por terem perdido nome e forma.
Então eu o iluminei pois não compreendera e no Livro da Lei eu escrevi os segredos da verdade
que são como uma estrela e uma cobra e uma espada.

E até que ele ao menos compreenda, eu entrego os segredos da verdade em tal sapiência de tal
maneira que o menor dos filhos da luz possa correr aos pés de sua mãe e trazer á compreensão.

E assim ele fará para obter o mistério do Conhecimento e Conversação do seu sagrado Anjo
Guardião.

Primeiro deixe-o preparar uma câmara na qual as paredes e o teto sejam brancas e o piso coberto
com um tapete quadriculado de preto e branco com a borda das cores azul e doirado.

E, se estiver numa cidade, a sala não deverá possuir janelas, estando no campo, a janela será no
teto. Ou, se possível for, o templo deverá ser preparado para a realização do ritual de passagem
através do Tátua.

No teto irá pendurar uma lâmpada, de copo vermelho, a ser queimada com óleo de oliva.

E essa lâmpada será limpa e preparada após a oração do poente e, abaixo dela, haverá um altar
cúbico & a altura será metade ou o dobro da largura.

E sobre o altar estará um incensário, semi-hesférico, apoiado em três pernas feitas de prata e
dentro uma semi-esfera de cobre e no topo, uma grade de prata doirada e em seguida deverá ele
queimar um incenso feito de quatro partes de olibano e duas partes de liquidambar uma parte de
babosa ou cedro ou de sândalo. E isto é o suficiente.

E ele também deixará preparado em um frasco de cristal no altar, óleo santo, consagrado de
mirra e canela e galanga.

E mesmo sendo de grau mais elevado do que o de Probacionista, o robe de um deverá usar, pois
a estrela de fogo mostra Ra Hoor Khuit abertamente sobre seu peito e, secretamente, o triângulo
azul descendente é Nuit e o vermelho ascendente é Hadit.

E eu sou o doirado Tau entre suas bodas. Também, se for de sua escolha, poderá usar um roupão
fechado de seda de tiro, púrpura e verde um manto sem mangas, de luminoso azul, coberto com
cequins doirados, e escarlate.

E ele fará uma baqueta de madeira de amêndoa ou castanha tirada por suas próprias mãos ao
alvorecer do Equinócio ou ao Solstício ou no dia de Corpus Christi ou em um dos dias de festa
indicados no "Livro da Lei".

E ele gravará com a própria mão sobre a prata doirada a Sagrada Mesa de Sete Partes ou a
Sagrada Mesa de Doze Partes ou algum dispositivo pessoal. E deverá ser enquadrado em um
círculo e o círculo será alado e ele irá prende-lo sobre a sua testa por uma tira de seda azul.

Além disso, ele usará um filete de louro ou rosa ou hera ou arruda e, diariamente, após oração de
amanhecer, irá queima-lo no fogo do incensário.

E a prece deverá ser realizada no espaço de uma hora pelo menos e ele procurará aumentar o
tempo e inflamar-se orando. E assim ele deve invocar o seu Sagrado Anjo Guardião no período de
onze semanas e orar sete vezes por dia durante a última das onze semanas.
E durante todo esse tempo ele fará uma invocação tão satisfatória, com tanta sabedoria e
compreensão quanto possam ser dados pela Coroa, devendo escreve-la em letras doiradas em
cima do altar.

O topo do altar será de madeira branca, bem polida, e no centro colocará um triângulo de
carvalho, pintado na cor escarlate e sobre este triângulo, as três pernas do incensário devem
ficar.

Além disso, ele escreverá sua invocação em uma folha de puro pergaminho branco, com tinta
Indiana, e ele a iluminará de acordo com sua imaginação e fantasias que serão fornecidos pela
beleza.

E no primeiro dia da décima segunda semana ele entrará na câmara ao amanhecer e fará sua
prece, tendo antes queimado o conjuro feito sobre a folha no fogo da lâmpada.

Então, por graça da sua oração, deverá a câmara ser preenchida com luz insuportável para
esplendor e um perfume intolerável para doçura. E seu Sagrado Anjo Guardião aparecerá para
ele, sim, o seu Sagrado Anjo Guardião aparecerá para ele de forma que penetrará nos Mistério de
Santidade.

E todos os dias ele permanecerá no prazer do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo


Guardião.

E durante os três dias seguintes permanecerá no templo do nascer ao pôr-do-sol e obedecerá as


determinações que seu Anjo lhe passar e sofrerá dessas coisas que a ele são designadas.

E por dez dias irá se retirar como dito a ele pela completividade da comunhão, para que possa
harmonizar o mundo que está dentro com o mundo que está fora.

E ao final dos noventa e um dias deverá ele retornar ao mundo e lá realizar a obra para a qual o
Anjo o terá designado.

E mais do que isto não é necessário dizer, pois seu Anjo pedirá amavelmente e mostrará de que
maneira ele poderá estar mais completamente comprometido. E até que ele consiga encontrar
esse Mestre não há mais nada de que necessite, enquanto continuar no conhecimento e
conversação do Anjo, para que adentre, afinal, na Cidade das Pirâmides.

Veja! Dois e vinte são os caminhos da Árvore, porém um é o da Serpente da Sabedoria; dez são
as inefáveis emanações, porém uma é a Espada Flamejante.

Veja! Há um fim para a vida e a morte, um fim para o ímpeto e a inspiração. Sim, a Casa do Pai é
um poderoso esquife e nele depositou tudo que tu conheces.

Tudo isso sem visão, apenas uma voz, muito lenta e clara e decidida. Porém, agora, a visão
retorna e a voz diz: Tu seras chamado Danae, tu és aturdido e morto embaixo do peso da glória
da visão que tu ainda não contemplaste. Pois tu sofrerás muitas cousas, até que te torne mais
poderoso do que os Reis da terra e todos os Anjos dos Céus e todos os deuses que estão além dos
Céus. Então tu me encontrarás em igual conflito e me verá como eu sou. E eu avançarei sobre ti e
ceifarei tua vida com a chuva vermelha de meus raios.

Eu estou embaixo da pirâmide de luz. Parece que tenho todo o seu peso sobre mim, esmagando-
me com seu êxtase. E também tenho consciência que pareço com o profeta que disse: eu O verei,
mas não de perto.

E o Anjo disse: Assim será até que eles despertem e caminhem e ela que dorme acorde de seu
sono. Pois tu és transparente para a visão e a voz. E por causa disso em ti eles manifestam não .
Porém eles se manifestarão até que os liberte de acordo com a palavra que eu profiro a ti na
Cidade Vitoriosa.

Pois eu não estou apenas ordenando vigiar-te, mas nós somos de sangue real, os guardiões da
Casa do Tesouro da Sabedoria. Por isso sou chamado o Ministro de Ra Hoor Khuit: e ele é o Vice-
rei do Rei desconhecido. Pois meu nome é Aiwas, que é oito e setenta. E eu sou a influência
Daquele Que Está Oculto, e a roda que tem oito e setenta partes, pois em tudo equivale ao Portal,
o nome do meu Senhor quando soletrado por completo . E o Portal é o Caminho que une a
Sabedoria com a Compreensão.

Assim tu tiveste realmente se enganado vendo-me no caminho que vai da Coroa até Beleza. Pois
ele atravessa o abismo e eu sou das supernas. Nem Eu, nem Tu, nem Ele podemos atravessar o
abismo. O caminho é da Sacerdotisa da Estrela Prateada e o Oráculo dos deuses e o Senhor das
Hostes do Todo-Poderoso.Pois eles são os servos de Babalon e da Besta e de outros do qual nada
é dito. E, sendo servos, eles não possuem nome, porém somos de sangue real, e servimos não, e
por essa razão somos nós menos do que eles.

Ademais, como um homem pode ser ambos um poderoso guerreiro e um justo juiz, então nós
também podemos realizar esse trabalho se aspirarmos e objetivarmos além. E ainda, apesar de
tudo isso, eles permanecem "si mesmos", que comeram da romãzeira nascida no Inferno. Para tu
porém, que és novo na compreensão, esse mistério é muito vasto; e do mais profundo mistério eu
não falarei uma palavra. Por isso venho a ti como o Anjo do Æthyr , golpeando com meu martelo
o teu sino, para que pudesses compreender os mistérios do Æthyr , e da sua visão e a voz.

Veja! Ele que compreendera não viu e não ouviu em verdade, por causa da sua compreensão que
o guiou . Mas isso será um sinal para ti que eu certamente virei e aparecerei a tua pessoa
inesperadamente. E isso não é ocasional, ("i. e" que neste momento eu não estou parecendo
comigo mesmo), visto que tão terrível é a glória da visão e tão maravilhosa é o esplendor da voz
que, quando viste e ouviste-a em verdade, durante muitas horas, estará privado dos sentidos. E
tu se encontrarás entre o céu e a terra num lugar vazio, extasiado, e ao final estarás em silêncio,
do mesmo modo que se encontrou, nem uma ou duas vezes, quando encontrar contigo, como
ocorreu, na estrada de Damasco .

E tu não buscarás aprimorar minha instrução; porém irás estuda-la e torná-la mais simples para
aqueles que buscam a compreensão. E tu darás a eles tudo que possuas até que tenham todo o
necessário para cumprir a tarefa.

Porque eu estou contigo e em ti e de ti, tu nada necessitarás. Mas quem carecer de mim, carecerá
de tudo. E eu juro a ti por Ele, que senta no Sagrado Trono e vive e reina para todo o sempre,
que serei leal a essa promessa, como tu serás ao teu dever.

Então outra voz manifesta-se no Æthyr dizendo: E havia trevas sobre a terra até a nona hora.

E com a retirada do Anjo a pirâmide luz parece estar distante.

E agora caio em direção a terra, muito cansado. Minha pele estremece por causa do contato com
a luz e todo o meu corpo se agita. E em minha mente resta uma paz mais profunda do que o
letargo . O significado disso é que o corpo e a mente estão cansados e eu diria até que eles
podem sucumbir, a menos que os curve ante minha obra. E neste instante, encontro-me na
tenda, sob as estrelas."

Keron-E

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APÊNDICE

SEPHIROTH

Yesod

“O pensamento precede o desejo ”

Helena Petrovna Blavatisky

Yesod é o depósito de imagens do inconsciente humano ou plano astral ou luz astral. Como as
águas do mar refletem a luz do sol, ela reflete (filtra) a imagem deThiphareth. A "refração"
mística ilude. Belas ou terríveis as figuras do inconsciente tanto auxiliam quanto ludibriam. Quase
sempre não são claras, principalmente nos sonhos, porém por trás, reside a verdade. A ato
reflexivo é presente em Malkuth, pois tudo que existe na sephirah da terra é construido antes na
do ar (segundo os chineses, o símbolo vem antes do objeto).

Yesod é a "Fundação". Representada pelos órgãos sexuais humanos, esta sephirah carrega a
força sexual, a libido, o impulso instintivo gerador da vida.

Seu planeta é a Lua, astro símbolo do comportamento feminino. Inconstante, misterioso, belo.
Rege as marés, sendo as águas o caminho para o autodescobrimento (Atu XII).

A Fundação (ou Fundamento), Casa do Tesouro das


Títulos Imagens, Tudo, Tzedeq Jesod Olahm (O Virtuoso é a
Fundação do Mundo).

Imagem Mágica Uma belo homem nu.

Arcanjo Gabriel

Perfurmes, sandálias .Diana, Hécate, Adonis,


Símbolos
divindades lunares em geral e também transmorfas.
Virtude Indenpendência.

Vício Inatividade, ócio.


Experiência
Visão do Mecanismo do Universo.
Espiritual

Os 4 Noves: 9 de Paus, 9 de Copas, 9 de Espadas e 9


Cartas do Tarô
de Ouros.
Shaddai el Chai (o Deus Vivo Todo-poderoso ou Força Vital
Nome Divino
Divina)

A grande força fundamental. Poder executivo, pois


Liber 78 eles restauram uma base firme.Poderoso para o bem
ou mal.
Liber 777 O Filho degradado para a reles vida animal
Animais
Elefante, tartaruga (associada a Atlas por suportar
peso)
As afrodisíacas ou fálicas em geral como Ginsen. As raízes
Plantas
também.

Quartzo. O ouro é encontrado no quartzo, relacionado


Pedra
a glória oculta do processo sexual.

Qliphoth Gamaliel, o Asno Obceno.

A Visão e a Voz - 11º Æthyr

"Aparece imediatamente na pedra a Kamea da Lua. Está dobrada ; e atrás dela surge uma grande
Hoste de Anjos. Eles estão de costas para mim, porém eu posso ver o quão extraordinários são
seus braços sob a forma de espadas e lanças. Eles possuem asas em seus elmos e calcanhares:
estão vestindo uma armadura toda completa e a menor de suas espadas tem a forma de uma
extraordinária tempestade de luz. A menor de suas lanças assemelha-se um enorme tornado . Em
seus escudos estão os olhos do Tetragrammaton, alado e flamejante ,....branco, vermelho, negro,
amarelo e azul. Nas alas estão vastos esquadrões de elefantes e por trás a artilharia. Eles estão
sentados nos elefantes armados com os raios de Zeus.

Agora em tudo que nos cerca não há movimento algum. Ainda que não estejam descansando seus
braços, mantêm-se tensos e vigilantes. E entre nós está o Deus Shu, que eu não notara antes
devido a sua força, preenchedora de todo o Æthyr. E de fato ele não é visível em sua forma. Nem
pode ser visto por qualquer sentido; ele é mais compreendido do que definido. Eu percebo que
todo esse exército está defendendo nove poderosas torres de ferro sobre a fronteira do Æthyr.
Dentro de cada uma estão guerreiros de armadura prateada. É impossível descrever a sensação
de tensão; eles parecem remadores aguardando o tiro de largada.

Eu noto que um Anjo está aliando-se ao meu lado; agora eu estou no meio da companhia de
anjos armados e seu capitão está posicionado diante de mim. Ele também usa uma armadura
prateada; envolto em seu corpo está um redemoinho de vento, tão veloz que qualquer sopro será
rebatido.

E ele me diz as palavras:

Observai, um poderoso guardião contra o terror das coisas, o mais veloz do Altíssimo, as legiões
da eterna vigília; são esses que mantém guarda e proteção dia e noite através dos aeons. Na sua
união está a força do Todo-poderoso, ainda que eles não mexam sequer uma pluma das asas de
seus elmos.

Observai a fundação da Cidade Santa, suas torres e bastiões! Observai os exércitos da luz que
erguem-se contra o mais longínquo Abismo, contra o horror do vazio e a malícia de Choronzon.
Observai o quão venerada é a sabedoria do Mestre que colocara sua estabilidade no irrequieto Ar
e na inconstância da Lua. Nos flashes púrpuras do relâmpago ele escreveu a palavra Eternidade e
nas asas da andorinha ele insituiu descanço.

Por três e por três e por três teve Ele firmado a fundação contra o terremoto que é o três. Pois no
número nove está a mutabilidade dos números reduzidos ao nada. Pois qualquer que seja o
número que tu o envolver ele aparecerá imutável.

Tais coisas são ditas para ele que compreende, esse é a placa peitoral para os elefantes ou colete
para os anjos ou uma escala para as torres de ferro; ainda que este poderoso hospedeiro
permaneça imóvel, somente na defensiva , não importando quem ultrapasse suas linhas, nunca o
auxiliará.
Ele deve avançar para o mais distante Abismo e lá falar com aquele posto acima do quádruplo
terror, o Príncipe do mal, Choronzon, o poderoso demônio que habita o mais distante abismo. E
ninguém pode falar com ele ou compreende-lo, porém os servos da Babilônia compreendem e
aqueles que não o conseguem servem-no.

Observai! Ele não penetrou no coração nem na mente do homem para conceber esta questão;
pois a doença do corpo é morte e a doença do coração é desespero e a doença da mente é
loucura. Porém, no mais distante abismo, está a doença da aspiração e a doença da vontade e a
doença da essência do todo e não existe palavra nem pensamento onde a imagem desta imagem
é refletida.

E aquele que adentrar o mais distante Abismo, exceto o capaz de compreender, deve estender
suas mãos e inclinar sua cabeça em direção as correntes de Choronzon. E como um demônio ele
caminhou sobre a terra aparentemente imortal, e amaldiçoou as flores e corrompeu o ar puro e
introduziu venenos na água e no fogo que é o amigo do homem e a promessa de sua aspiração e
vendo que isso os erguia como grandes pirâmides e vendo que eles roubaram dos céus, mesmo
esse fogo transformou em ruina e em locura em febre e destruição. E tu, que és um monte de
areia seca na cidade das pirâmides, deves compreender essas coisas.

E agora acontece algo que se mostra desafortunadamente imerso em tolices; o éter, a fundação
do universo, foi atacado pelo Mais Distante Abismo e a única maneira de descrever é dizendo que
o universo sofreu um abalo. Porém o universo “não” foi abalado. E isso é a verdade; a mente
racional tentando interpretar essas questões espirituais ofende-se; porém, sendo treinada a
obedecer, aceita que não as compreendeu realmente. Visto que ela nunca alcança a comprensão;
todavia o Vidente está entre os que conseguem.

E o Anjo diz:

Observai, Ele instituiu Sua misericórdia e Seu poder e ao seu poder é adicionado vitória e para sua
Misericórdia é acresecentado esplendor. E tudo isso Ele ordenou em beleza e Ele juntou-as
firmemente sobre a Rocha Eterna e daqui a diante Ele ergueu Seu reino tal como uma pérola é
colocada em uma jóia de sessenta pérolas e doze e Ele enfeitou-o com as Quatro Santas Criaturas
Vivas dos Guardiões e nele gravou o selo da virtuosidade e Ele poliu com o fogo de Seu Anjo e Ele
ruborizou seus Afetos e com deleite e com sutileza Ele alegrou o coração e o centro é o Segredo
de Seu ser e nisto está o Seu nome Geração. E essa estabilidade possui o número 80 pois o seu
preço para tal é a Guerra .

Acautela-te, então, Ó tu que apontas para a compreensão o segredo do mais distante Abismo,
pois em cada Abismo tu deves assumir a máscara e a forma do Anjo local. Tens um nome e tu
definitivamente o perdeste. Procura então, se ainda existir, uma gota de sangue que não fora
colhido pela taça da Babilônia a Bela, pois nesse pequeno monte de pó, se lá estiver uma gota de
sangue, deverar se-la totalmente corrupta; brotando escorpiões e víboras e a saiva do gato.

E eu digo ao Anjo: Não existe ninguém vigiando? E ele responde: Eloi, Eloi, lama sabacthani. Para
poder passar por Choronzon ele deve abandonar a interpretação e identidade dos elementos da
visão. Tal como um êxtase de angústia responde-me que eu não posso dar-lhe a voz, ainda eu
sabendo que se encontra igual a angústia do Gesâme. E essa é a última palavra do Æthyr. As
fronteiras foram atravessadas e ante o vidente estende-se o mais distante Abismo.

Eu retornei"

Keron-E
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APÊNDICE

SEPHIROTH

Qliphoth

“O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo
proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos
e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de
testa erguida:

- ' Senhoras e senhores, eu sou um canalha´”

Nelson Rodrigues

Plural de Qlipha, cujo significado dado pelos cabalistas judeus é "Mulher Indecente". Cada
sephirah possui um fator de equilíbrio dinâmico cujos aspectos são desagradáveis ao ser humano.
Representam os conteúdos indesejáveis da nossa personalidade constantemente renegados pelo
ego. Inegavelmente no caminho da evolução espiritual, tais características são confrontadas pelo
iniciado, onde o segredo reside na união com os mesmos ao invés da supressão como
recomendado por incautas filosofias religiosas do velho æon. Também possui o significado de
desorientação espiritual.

Kenneth Grant possui um expressivo estudo sobre essas características espirituais, com
destaque para sua aluna Linda Falorio e marido Fred Folwer. Na década de 80 ambos
desenvolveram o conceito do Tarô das Sombras (Shadow Taroth) baseados no Liber CCXXI e na
segunda parte do livro de Grant Nightside of Eden. Vasculharam os Túneis de Set, "uma rede de
células oníricas no subconsciente humano" e montaram 22 pranchas desses " buracos-de-verme
interdimensionais que arruinam a prosaica realidade do Lado Luminoso" através da projeção da
consciência via Daäth, "o portal da manifestação e não-manifestação".

Também são chamadas "conchas".

Keron-E

Preliminares Dever Literatura Robe Ego Ensaios Apêndice


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TÁTUAS

Akasa Espírito ovo negro

Vayu Ar disco azul celeste

Tejas Fogo triângulo equilátero vermelho

Apas Água crescente lunar prata

Prithivi Terra cubo amarelo

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APÊNDICE

O TARÔ DE THOTH

“É importante que você entenda as minhas razões: essa Obra do Tarô é uma
Enciclopédia de toda filosofia “oculta” séria. É um Livro de Referência que determinará o
curso do pensamento místico e mágico nos próximos 2000 anos. Meu único sentimento
de ansiedade restringe-se a salva-lo da destruição, fazendo com que seja reproduzido
numa forma permanente e assim distribuí-lo por várias partes do mundo. Não estou em
boas condições financeiras, mas se fosse ao contrário, eu doaria 200 cópias a
Bibliotecas Nacionais em todas as partes do mundo e algumas mais aos meus
representantes”.

Crowley para Sra. Pearson, fotógrafa, 29 de Maio de 1942

O Talvez os créditos desse tarô devessem vir: Harris e Crowley e não o contrário.
Marguerit Frieda Bloxam adotou o nome de Lady Frieda Harris após se casar com o parlamentar
Sir Percy Alfred Harris. Iniciou-se na Sociedade Teosófica e foi apresentada a Crowley por uma
amiga em comum, a artista Greta Valentine.

A pesar dessa qualificação, era iniciante em assuntos mágicos além de conhecer pouco sobre o
tarô. Foi por insistência sua que Crowley decidiu escrever o Livro de Thoth (ou Atu (1) de
Tahuti). Inicialmente ele queria apenas redesenhar os arcanos maiores com algumas adições
oriundas da filosofia telêmica influenciado, mais especificamente, pelas revelações feitas em Liber
418, em 1909, na experiência do 6º Éter. No entanto, Harris o importunou tanto, querendo que
ele escrevesse uma nova obra de tarô, que fez uma oferta irrecusável: pagaria a ele 2 libras por
semana se ele a introduzisse nos caminhos da magia. Diante dessa oferta, Crowley aceitou e bom
grado e começaram a produção em 1938. Foi iniciada então no dia 11 de Maio, adotando o mote
de TZBA .

Trabalhando sobre as notas e esboços de Crowley, além de uma intensa troca de


correspondências, Harris chegava a pintar a mesma lâmina oito vezes até satisfaze-lo. Ele admitiu
mais tarde que foi a energia dela que impulsionou o trabalho, ficando a seu cargo orientar a
intuitiva discípula na pintura das lâminas.

Crowley chama a atenção, numa correspondência relativa ao atu VIII, sobre o medo dela de
desenhar rostos, dizendo que era um sintoma mundial de covardia d'alma. No entanto, a ausência
de expressões faciais marcantes na obra despersonaliza o elemento humano, deixando a cargo
dos símbolos, cores e formas gerais a transmissão dos conceitos desenvolvidos por Frater
Therion, resultando numa obra mais arquetipica. O exemplo mais marcante e a carta 11, a mais
intensa do tarô, o Tesão: o rosto de Babalon está virado, deixando a cargo das formas a
expressão da mensagem. E o 12, o símbolo da iniciação? Apenas um rosto é sugerido.

Se formos citar as principais referências da obra da Besta no desenvolvimento do tarô, sem dúvida
nenhuma ficamos com Liber Al vel Legis e A Visão e a Voz .

Apesar de ter sido publicado apenas na década de 60, Harris fez 3 exibições: uma em Junho de
1941 no Randolph Hotel em Oxford, outra em Julho de 1942 na Berkley Galleris em Davis Street e
em Agosto do mesmo ano na Royal Society of Painters in Water Colours em Londres.

Em 1943 Harris termina as aquarelas e, no ano seguinte, Crowley publica The Book of Thoth by
The Master Therion: A Short Essay on the Tarot of the Egyptians .

Chegou ao público uma possível disputa com Crowley pelos direitos da obra, após a publicação do
livro, causando um atrito entre os autores. No entanto, Harris o visitou dias antes dele morrer.
Infelizmente a sua condição era tão precária que não a reconheceu. Foi uma das pessoas que
compareceram ao seu funeral. Ambos não ganharam financeiramente nada com o trabalho.

Após o falecimento da artista (em 1962 na Índia onde sobreviveu duramente da venda de sua arte
após a morte do marido) os originais foram para o Warburg Institute em Londres.

Interessantemente o trabalho, dedicado a expressão visual de uma corrente de pensamento cujo


representante é um deus da guerra, foi feito no tumultuado período da Segunda Guerra Mundial,
onde a Inglaterra vivia na iminência de uma tragédia.

A parceria refletiu perfeitamente os arquétipos masculino e feminino de Chokmah eBinah: o


primeiro contribuiu com a semente e a segunda deu a forma.
Mistério dos 3 Magos

Porque o tarô vem com 3 versões da carta do Magus? A história por trás desse mistério é a
seguinte: o caderno de impressão, na gráfica, foi feito em quatro folhas, cada uma contento 20
cartas. Como são 78, sobram 2 espaços vazios. Então o editor da primeira publicação do baralho,
A.G. Mueller, decidiu “presentear” os compradores colocando um bônus: duas cartas do Arcano I,
recusadas por Crowley.

Uma das versões chamada "The Magician" (na qual a figura está na posição de suástica ou
Aleph), corresponde ao descrição feita na primeira experiência de frater Therion no desenho de
tarô, na Golden Dawn, como tarefa do grau de Adeptus Minor. Essas descrições existem
resumidas na coluna CLXXXI do Liber 777(2).

Algumas Considerações

Uma passagem em especial de Liber Al deixou Crowley confuso por anos: “Todas estas velhas
letras do meu Livro estão corretas; mas Tzaddi não é a Estrela. Isto também é secreto: meu
profeta o revelará aos sábios."

Mais tarde a Besta resolveu o problema alterando o tarô e dois caminhos da Árvore da Vida:
trocando as atribuições da letra da Estrela pelo Imperador. A explicação foi a seguinte:

“Não vejo mal em revelar o mistério de Tzaddi aos ‘sábios'; outros dificilmente
entenderiam a minha explicação: Tzaddi é a letra do Imperador, o Trunfo IV e He é a
Estrela, o Trunfo XVII. Aquário e Áries estão em oposição tendo no meio Peixes, o
mesmo com os Trunfos VIII e XI em relação a Virgem. Essa revelação faz a nossa
atribuição do Tarô perfeita e simétrica”

The Law is for All

Essa foi a segunda mudança(3). no tarô em um curto espaço de tempo. A anterior foi creditada
a Golden Dawn: quando atribuíram as letras do alfabeto hebraico a cada carta, trocaram a
numeração dos atus da Justiça e da Força , pois se seguirmos o fluxo das letras, a carta da Justiça
ficaria com a letra “Theth” que representa o signo de Leão e a Força com a letra “Lamed” que está
associada a casa de Libra. Além disso, existe uma terceira, a troca da posição do Louco na
seqüência: foi passado para o início (antes ficava entre os Atu XX e XXI) um lugar apropriado para
o número “0”. Essas mudanças foram confirmadas, de certa forma, em Liber 418, na experiência
do 6º Éter, na visão da Urna:

" Mas a Urna é algo maravilhoso; feita de denso Mercúrio e dentro estão as cinzas do
Livro do Tarô, o qual foi totalmente consumido.
(...) Agora a Urna parece se tornar o centro do Espaço Infinito e Hadit é o fogo que
consumiu o livro do Tarô. No livro estava preservada toda a sabedoria (pois o Tarô foi
chamado o Livro de Thoth) do Æon que passou."

Mas existem algumas interessantes discrepâncias na obra da Besta relativo a esse assunto: no
Livro de Thoth, no comentário final sobre a carta do Imperador, ele volta a atribuir o caminho
de Chokmah a Tiphareth ao arcano (embora no começo diga que pertença a Tzaddi).

E numa outra obra sua, O Mudo Desperto (The Wake World), Lola Sonhadia e seu Príncipe das
Fadas , ao chegarem na sephiroth de Netzach , descrevem os caminhos que levam a ela, um em
particular é interessante:

“Então surgiu outra passagem, só que realmente secreta para tudo, e digo a vocês que
lá estava a mais bela Deusa que já se vira, banhando-se num rio de orvalho. Se
perguntasse o que estava fazendo ela diria: ‘estou criando raios e trovões'. Era uma luz
estelar e ainda assim podia se enxergar claramente, então não diga que estou
mentindo”.
Qual a razão desses equívocos? Pode-se especular várias, mas só existe um meio de saber:
percorrendo o caminho.

(1) Atu - termo egípcio para "casa"' ou "chave". Também, segundo a Besta, derivou a palavra
francesa "atout" ou trunfo.

(2) Em outro livro, Liber 78, estão contidas as descrições das cartas, apesar de não serem tão
completas quando o Livro de Thoth, estão em sintonia com a obra.

(3) Outra mudança ocorrida refere-se a associação dos Querubins com os elementos.Ver Ritual
Menor do Pentagrama.

ARCANOS MAIORES
Louco

Mago

Sacerdotisa

Imperatriz

Imperador

Hierofante

Amantes

Carruagem

Ajustamento

Eremita

Fortuna

Tesão

Enforcado

Morte

Arte

Diabo

A Torre

A Estrela

A Lua

Sol

Æon

O Universo

Arcanos Menores

Keron-E
Preliminares Dever Literatura Robe Ego Ensaios Apêndice
Menu » Probacionista » Apêndice » Bibliografia
A+-

APÊNDICE

Bibliografia

AIWASS -

* The Book of the Law

ALMEIDA, Euclydes L. -

* A Deusa Negra - ed. Bavani


* A Verdadeira História da O.T.O
* Comentários Maçônicos
* Portal das Estrelas, periódico de divulgação esotérica -ed.Bavani
* Instrução sobre a ordo templi orientis para Frater Q.V.I.F. e Frater LEVIATHAN

BARCELLOS, Mário Cesar -

* Os Orixás e o Segredo da Vida - ed. Pallas

BARSA -

* A Bíblia Sagrada - Edição Ecumênica Barsa

BLAVATISKY, Helena P. -

* A Doutrina Secreta
* Ísis sem Véu

CAGLIOSTRO -

* Ritual da Maçonaria Egípcia - ed. Pensamento

CAMPBELL, Joseph -

* O Poder do Mito - ed. Pallas Athena

* Tu és Isso - ed. Madras

CARROLL, Peter J. -
* Principia Caotica
* Liber Null and the Psychonaut

CROWLEY, Aleister -

*777 and Other Qabalistic Writings of Aleister Crowley - ed.Samuel Weiser


*The Confessions of Aleister Crowley - Arkana Penguin Books
* Magic without Tears - ed. Karl Germer
* Enochian World of Aleister Crowley - ed. New Falcon Publications
* O Equinócio dos Deuses ( editado por Motta)

Livro 4 Parte I - Yoga e Magia


Livro 4 Parte II - Magia e Misticismo
Livro 4 Parte III - Magia Thelêmica
Livro 4 Parte IV - O Equinócio dos Deuses

* Pequenos Ensaios em Direção à Verdade - ed.Bavani - traduzido por Marcelo Motta


*The Equinox ( Todos os números)
* The Book of the Thoth (Egyptian Taroth) - ed.Samuel Weiser
* The Vision and the Voice with Commentary and Other Papers - ed.Weiser
* The Wake World

DUQUETT, Lon M. -

* The Magick of Thelema - ed.Samuel Weiser

EHRMAN, Bart D. -

*Evangelhos Perdidos - ed.Record

*O que Jesus Disse? O que Jesus Não Disse? - Prestigio Editorial

*Quem Jesus Foi, Quem Jesus Não Foi? - ed.Ediouro

ESHELMAN, James -

*The Mystical and the Magical System of the A.·. A.·. - ed.College of Thelema

FALORIO, Linda -

*The Shadow Tarot - ed.Black Moon Publishing

FORTUNE, Dion -

*A Cabala Mística - ed.Pensamento

FRAZER, Sir James. -

*O Ramo de Ouro

GRANT, Kenneth -

*Aleister Crowley and the Hidden God

*Images & Oracles of Austin Osman Spare - ed. Samuel Weisner.

*The Magical Revival


GURDJIEFF, George I. -

* Encontro com Homens Notáveis - ed.Pensamento

HESSE, Hermann -

* Demian - Editora Record


* Sidarta - Editora Civilização Brasileira

HOELLER, Stephan A. -

*A Gnose de Jung - ed.Cultrix

HUANG, Alfred -

*I Ching - ed. Martins Fontes

JUNG, C.G. -

*O Segredo da Flor de Ouro - ed.Vozes

KING, Francis -

* The Secret Rituals of the O.T.O - ed.Samuel Weiser


* Mitos, Deuses, Mistérios - Magia - Edições del Prado

LA VEY, Anton S. -

* A Bíblia Satânica

LEVI, Eliphas -

* Dogma e Ritual da Alta Magia -ed.Pensamento

LOJA NOVA ÍSIS -

* Apostilas 1 e 2,
* Documeto Base nº 1

LORENZ, F.V. -

* Cabala, A Tradição Esotérica do Ocidente - ed. Pensamento

McINTOSH, Christopher -

* Os Mistérios da Rosa-Cruz - ed. IBRASA

MATHERS, Samuel L. M. -

* The Goetia, The Lesser Key of Solomon the King - Clavicula Salomonis Regis

MEBES,G.O.-

*Os Arcanos Maiores do Tarô - ed.Pensamento

MOTTA, Marcelo -
* Ataque e Defesa Astral
* Carta a um Maçon
* Chamando os Filhos do Sol
* Serviços de Inteligência não são Inteligentes
* Os Comentários de Al - ed.Bavani

NEMA -

* A Magia Thelêmica de Maat - Amor Sob Vontade - ed. Madras

O GRIMORIUM VERUM .

O.T.O Norte Americana -

* U.S. Grand Lodge ordo templi orientis E.G.C. Manual

PAGANI, Marcos -

*O Tarô de Thoth - Apostila de cursos e palestras

PAGES, Eliane. -

*Adam, Eve and the Serpent - ed. Vintage

*Os Evangelhos Gnósticos - ed. Objetiva

PARSONS, Jack -

* Liber 49

PAULSON, Genevieve Lewis -

* A Kundalini e os Sete Chakras - Guia Prático da Energia Evolutiva - Editorial Sampa

PRAMAD, Veet -

* Curso de Tarô - O Tarô e seu Uso Terapêutico. ed. Enrique Amorós Azpeitia.

ROOB, Alexander -

* O Museu Hermético , Alquimia e Misticismo - ed.Taschen

RIBEIRO, Anna Maria da Costa -

* Conhecimento da Astrologia - ed. Hipocampo Editora e Distribuidora.

SMOLEY, Richard -

* Gnosticismo Esoterismo e Magia - ed. Madras

SPARE, Austin O. -

* From the Inferno to Zos: The Writings and Images of Austin Osman Spare - ed. First
Impressions

SYMONDS, John -

* The Magic of Aleister Crowey


VERGER, Pierre Fatumbi -

* Orixás - Editora Corrupio

WILBER, Ken -

* O Espectro da Consciência - Editora Cultrix

Web Sites

http://members.ozemail.com.au/~realoto/seals.html

http://www.geocities.com/Athens/Parthenon/7069/index.html

http://www2.symbolsite.com/

http://www3.mistral.co.uk/gsg/

http://www.4c.com.br/

www.churchofsatan.com

www.cyberlink.ch/~koenig/staley.htm

www.rosacruz.com.br

www.iot.org.br

www.marcelomotta.hpg.com.br

http://mortesubita.ifrance.com/mortesubita/jack/sat/satanismo.htm

http://www.the-equinox.org/

www.thelema.org

www.novaisis.org.br

www.therion.hpg.com.br

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=293737

http://br.groups.yahoo.com/group/astrumargentumbrasil

www.mercurii.org

Keron-E
Manifesto A.·.A.·. Thelema Magick Libri Bios Literatura Dever OTZ
Menu » Estudante

"No caminho das altas ciências, não convém empenhar-se temerariamente, mas, uma
vez em caminho, é preciso, chegar ou perecer. Duvidar é ficar louco; parar é cair; voltar
para trás é precipitar-se num abismo."

Dogma e Ritual da Alta Magia

Eliphas Levi

APÊNDICE

Entidades do Plano Astral

Segundo, a classificação será feita do ponto de vista iniciático, em ordem


crescente de importância. Os iniciados definem a “importância” de uma forma de vida
em termos da capacidade que essa forma de vida tem de compreender e controlar o seu
meio-ambiente. Esta, aliás, é a definição de Darwin, que (na sua linha) foi um dos
maiores Adeptos de nossa raça.
1. Elementais artificiais. Este tipo de entidade não foi, que nós saibamos,
descrito anteriormente no Brasil. O elemental artificial é uma forma criada por um
magista no plano astral. É criada pela vontade e imaginação do magista, e insuflada com
uma parcela de energia vital de seu criador. Serve – dependendo da força, da intenção, e
do grau de evolução espiritual (isto é, da maturidade moral) do magista – como arma de
ataque, como espião, ou como vigilante ou protetor de alguma pessoa ou coisa em que o
magista está pessoalmente interessado.

A formação de tais criaturas é perigosa para o magista, pois se forem


absorvidas por outro magista, não só o criador perde energia como um laço mágico é
formado com ele, através do qual ele pode ser identificado, e até atacado. Apesar das
inconveniências do processo, muitos magistas criam tais formas no astral. O aspecto
desses falsos elementais pode variar muito, e não devemos nos deixar enganar pelas
aparências quando os encontramos. Freqüentemente uma forma criada com propósitos
hostis é moldada de acordo com os nosso preconceitos e parece “linda” ou “amigável”.
Também, freqüentemente uma forma tem um aspecto desagradável apenas para nos
assustar e nos conservar afastados, mas não é realmente hostil. É um espantalho.
Entidades formadas desta maneira não tem existência individual: elas são
parte do magista que as criou, da mesma forma como nossos olhos, braços, ou pernas,
são parte de nós. É justamente este laço mágico com seu criador que as torna pontos
vulneráveis na armadura deste; mas não há como negar que elas podem ser bastante
úteis. Suponhamos que um magista tenha executado uma operação mágica e queira
observar seus resultados, mas ao mesmo tempo tenha outros afazeres: ele cria um
elemental artificial e o deixa vigiando os resultados da operação, com ordem de chamar
a atenção do seu criador em caso de necessidade. Isto poupa muita energia que poderia,
de outra forma, ser desperdiçada se o magista mesmo fosse forçado a manter sua
atenção fixada em sua obra.

Uma sub-variante do elemental artificial é o egrégora. Este é um elemental


artificial que, projetado no astral, é adotado por outros magistas (ou outros seres
humanos em geral) como foco da imaginação e da vontade, e cresce em poder de
geração a geração. As imagens astrais dos “deuses” dos homens são sempre egrégoras.
São ao egrégoras que se manifestam naquela experiência mística que os hindus chamam
de Dhyana. Egrégoras estão sempre relacionados com a religião em que crescemos, ou
com a cultura por cujos valores fomos direcionados. Místicos que se deixam obcecar
por estas imagens passam a dinamiza-las com sua energia. Muitos egrégoras, atingindo
um certo nível de concentração de força, se tornam vampiros.

Tais casos devem ser cuidadosamente diferenciados do verdadeiro vampirismo: o egrégora não
“tenciona” vampirizar, porque o egrégora não tem vontade própria. Quando somos vampirizados
por um egrégora, tornamo-nos vítimas de nossa própria imaturidade psíquica, de nosso próprio
desejo por um “porto seguro” para a nossa existência. O caso é semelhante àquele do gato da
fábula, que lambia uma lima apenas pelo prazer de sentir o gosto do próprio sangue. Nenhum
gato seria tão estúpido na vida real! Mas muitos seres humanos o são. A masturbação (tanto
masculina quantofeminina) não é provocada por egrégoras, que se alimentam normalmente de
nossaenergia devocional; mas se o ato masturbatório toma o egrégora como centro de
concentração da mente, esta energia também pode ser absorvida pelo autômato, que assim
expande sua existência em outros planos, e se torna ainda mais perigoso.
Sacrifícios rituais de animais ou seres humanos têm exatamente o mesmo efeito. Neste
senso, enfaticamente, todo ser humano tem a religião que merece, e seu “deus” é feito à
sua própria imagem. (6)

2. Cascões. Em via de regra, os cascões são restos em decomposição dos


corpos astrais de seres humanos desencarnados. Mas os cascões também podem ser
vestígios, no astral, de entidades de outras linhas de evolução que atingiram o mesmo
grau de coesão psíquica que o ser humano. A principal diferença entre um cascão e um
elemental artificial é que o cascão geralmente funciona em tantos planos quantos o ser
humano a que ele pertenceu conhecia enquanto vivo. Um cascão pode, portanto, existir
simultaneamente em diversos sub-planos do astral. O cascão é uma espécie de cadáver:
ele conserva a forma do seu ex ocupante durante tanto tempo quanto a energia que o
formou perdurar. Este espaço de tempo pode variar consideravelmente. Quanto mais
apegada aos planos grosseiros tiver sido uma alma humana, tanto mais tempo o seu
cascão persistirá em existência nos planos mais baixos após a morte. São os cascões que se
manifestam em sessões espíritas como almas dos mortos. O cascão de uma pessoa de baixa
moralidade é freqüentemente mais perigoso que qualquer demônio.
No caso de iniciados avançados, a força que vitalizava os veículos sutis é
quase imediatamente absorvida e transmutada nos planos mais altos (relacionados com
aquele sub-plano do Astral que os hindus chamam de Buddhi e os cabalistas hebreus
chamavam de Neschamah). O iniciado avançado, portanto, não deixa vestígios no
Astral inferior. As pessoas que alegam estarem em contato com as almas dos grandes
gênios responsáveis pelo progresso da humanidade estão enganadas ou enganando. NO
melhor dos casos (se enganadas!) estão em contato com algum elemental artificial
criado pelo Adepto, ou com algum egrégora criado por adoradores da imagem lendária
do Adepto. No pior dos casos, estão em contato com algum elemental brincalhão, que se
divertem à custa de credulidade e da preguiça moral do ser humano.

A única forma de obter contato legítimo com a essência espiritual dos grandes iniciados é através
de Samadhi. O perigo que um cascão representa depende, geralmente, da importância que
atribuímos ao cascão, e da nossa afinidade com o tipo de apetites que o cascão expressava
enquanto seu possuidor estava vivo. Pessoas de mentalidade baixa e de apetites grosseiros se
tornam focos de atração para cascões, e se laços de empatia se formarem, tais cascões se tornam
aquilo que ocultistas chamam de “larvas”, isto é, vampiros alimentando-se da energia vital dos
seres humanos que os acolhem em suas auras.

Não existem no Universo uma entidade estrânea à humanidade que esteja


dedicada especificamente ao progresso humano; mas a Hierarquia espiritual da nossa
espécie é formada por membros de nossa própria espécie que progrediram ao ponto de
perceberem que seu avanço individual posterior depende do avanço da espécie como um
todo. O propósito dos Mestres ao nos “auxiliarem” (e Eles efetivamente nos auxiliam!)
é puramente egoísta: eles querem aperfeiçoar sua percepção e sabem que dependem,
para esse fim, do aperfeiçoamento coletivo. Eles sabem que enquanto o ser humano
médio não evoluir acima de uma certa gama vibratória, eles, os Mestres, não poderão
passar ao Grau evolutivo seguinte. Em seu esforço por acelerar a evolução racial, eles
estão apenas procurando acelerar a sua própria evolução. Aliás, eles seriam mais
imbecis que um teólogo se tivesse qualquer outro motivo: por acaso é a espécie humana
mais importante para o Movimento Universal do que, por exemplo, as saúvas?
Quem quiser, pois, entrar em contato legítimo com os Mestres, deverá fazelo
naquelas mais elevadas esferas dos planos sutis, chamadas de Buddhi, Atmã e
Nirvana pelos hindus, e de Binah, Chokhmah e Kether pelos antigos cabalistas hebreus.
Qualquer coisa abaixo desse plano será fatalmente falsa e prejudicial a não ser que a
concepção que ela desperta na mente humana seja imediatamente cancelada pelo seu
oposto.

3. Elementais propriamente ditos. Estas entidades, que os “rosa-cruzes”


medievais descreveram sob o nome de Salamandras (Fogo), Ondinas (Água), Silfos
(Ar) e Gnomos (Terra), variam, como já dissemos, de aparência astral de país a país, e
de núcleo cultural a núcleo cultural da raça humana.

Torna-se aqui conveniente fazermos um parêntese para explicar, ou tentar


explicar, a concepção que os místicos medievais tinham dos Quatro Elementos. Eles
associavam certas formas de manifestação de substâncias materiais com certas gamas
vibratórias, ou sub-planos, do Astral. Por exemplo, um rio pertencia ao Elemento Água;
mas o mesmo ocorria com qualquer outra forma de líquido. Substâncias sólidas eram
associadas com o Elemento Terra; gases de qualquer tipo, inclusive vapor d’água e a
fumaça , com o Elemento Ar; e qualquer forma de combustão, inclusive explosões, era
atribuída ao Elemento Fogo.

Não havia nisto qualquer intuito de uma classificação científica dos elementos, no senso que a
moderna química dá à palavra elemento: esses místicos estavam interessados na aparência
material das coisas apenas como uma assinatura de certas forças sutis que eles percebiam em si
mesmos e no seu meio-ambiente.

O paralelo entre os Quatro Elementos dos místicos medievais e os Tatwas


dos hindus é perfeito: Agni ou Tejas corresponde ao Fogo, Apas à Água, Vayu ao Ar, e
Prithvi à Terra. A classificação dos hindus, entretanto, ia mais longe, e eles admitiam
mais três elementos místicos, Akasha, Adhi e Anupadaka. Destes, os místicos medievais
revelaram apenas o Akasha, ao qual eles chamavam de Quintessência, ou Elemento do
Espírito.
Na realidade, o Akasha não é o Elemento do Espírito. Sua principal função é
servir de coordenador e (num certo senso) de fonte dos Quatro Elementos inferiores.
Sua principal qualidade consiste em harmonizar as quatro forças “cegas” (isto é,
puramente reflexas, ou automáticas) em uma rede energética. Nisto, sa propriedade é
muito semelhante à do elemento químico que reflete a ação do Akasha no plano físico, o
carbono.
Os verdadeiros elementos Espirituais são Adhi e Anupadaka. (7) Eles
correspondem aos “chakras” (ou plexos nervosos) Ajna e Sahashara, enquanto Akasha
corresponde a Visudhi, o plexo cervical.
Os elementais, existindo e movendo-se em gamas vibratórias específicas,
têm a capacidade de estimular o ser humano na direção em que eles vibram. Isto é
devido ao fato de que sua presença ou proximidade acelera a circulação das nossas
energias através dos plexos que lhes correspondem. (8) O contato com os elementais,
portanto, é fascinante: as salamandras estimulam nossa coragem e nossa sexualidade
positiva; as ondinas estimulam os nossos sentimentos e a nossa sexualidade negativa
(ou receptividade sensual); os silfos aguçam o nosso intelecto, e os gnomos
desenvolvem o nosso senso da proporção relativa das coisas.

Há perigo no contato com os elementais para seres humanos cuja Vontade


não está correspondente ao elemento do Espírito, ou Akasha: ela é a nossa capacidade
de reunir as Forças “cegas” do nosso meio-ambiente e organiza-las em formas que nos
sejam úteis como seres humanos.

Esse estímulo que o contato com os elementais provê é análogo ao estímulo


provido por drogas psicotrópicas. As pessoas que não têm suficiente equilíbrio anímico
para dominarem as reações puramente reflexas provocadas em seu sistema nervoso por
tais substâncias correm grande risco de se tornarem viciadas em seu uso. O mesmo
ocorre com o relacionamento com elementais. Como disse Elifas Levi, “o amor do
mago por tais entidades é insensato, e pode destruí-lo”. Magistas que estabelecem
“pactos” (isto é, formam laços magnéticos de natureza pessoa e íntima) com um
elemental, só tem duas alternativas a partir desse momento: ou assimilar o elemental à
sua estrutura anímica, ou perder a coesão das forças elementais em seu próprio ser,
sendo pouco a pouco absorvidos na tônica vibratória do intruso. Em tais casos o
elemental age de forma análoga à de um vampiro, mas não deve ser responsabilizado
pelo processo, que é puramente automático. O elemental pode não ter qualquer intenção
de destruir o ser humano, ao qual provavelmente até ama, na medida de sua capacidade
de experimentar tal emoção; mas, pela natureza mesma do seu ser, ele terá um efeito
desequilibrante sobre a constituição de um ser humano que a ele se abandone.

Existe uma enorme quantidade de elementais encarnados em forma humana;isto é devido ao fato
de que raramente um casal mantém relações sexuais com o desejo
consciente de engendrar um ser humano. As uniões puramente sensuais freqüentemente
atraem apenas elementais à encarnação, pois seres humanos desenvolvidos necessitam
de certas gamas vibratórias de ordem mais elevada para adquirirem forma. (9)
Tais pseudo-humanos formam a legião dos “bípedes implumes” de
Diógenes. Não deve ser pensado que basta ter forma humana para sermos humanos. Os
iniciados definem como seres humanos apenas aquelas criaturas suficientemente
desenvolvidas para funcionarem como microcosmos, isto é, como estrelas (ou
Pentagramas) encarnadas. Nos termos desta definição, qualquer “ser humano” abaixo do
Grau de Adeptus Minor da A.’.A.’. (ou o seu equivalente em outro sistema) é humano,
quando muito, apenas em potencial.

A principal diferença entre um elemental e um humano de baixo grau evolutivo é apenas que o
humano contém em si uma capacidade de funcionar em outras gamas vibratórias além daquele
sub-plano do Astral de que o elemental deriva sua forma e sua substância.

Por mais controle que um ser humano possa adquirir de um determinado


elemento, qualquer elemental daquele elemento sempre terá mais capacidade para agir
naquele elemento, e mais conhecimento daquele elemento, do que o ser humano.
Poderíamos dizer, por analogia, que o ser humano está para o elemental assim como um
mergulhador profissional está para um peixe. Isto não obsta a que o mergulhador, em
que pese à sua incapacidade inerente de se mover no oceano como a mesma
comodidade que o peixe, seja uma forma viva superior ao peixe, de acordo com a
definição de Charles Darwin (e a nossa) da superioridade de uma forma viva sobre
outra.
Certos autores classificam os elementais como mais adiantados ou mais
atrasados na escala evolutiva em termos do elemento ao qual eles pertencem: dizem que os
gnomos são os mais atrasados, porque pertencem ao Elemento Terra, que é tão
denso; e as salamandras são os mais adiantados, porque pertencem ao Elemento Fogo,
que é tão “sutil”. Isto é perfeita tolice: os elementais são mais ou menos adiantados em
si, da mesma forma que seres humanos. Há gnomos sovinas, grosseiros, brutais, que são atraídos
à vizinhança de seres humanos que exibem os vícios correspondentes em sua própria aura.

Por outro lado, há gnomos pacientes, prudentes, profundos e sábios, que


gravitam para a vizinhança de geólogos , paleontólogos, pensadores e pessoas que
exibam as qualidades morais correspondentes às desses gnomos. Há salamandras
irrequietas, sequiosas por uma sucessão de emoções e paixões intensas e efêmeras, que
procuram afinidade com homens e mulheres superficiais, coléricos, impacientes,
agitados; e há salamandras que anseiam por sentimentos e volições refinados, as quais
naturalmente tendem a simpatizar com homens e mulheres de caráter nobre, sentimentos
elevados, e aspirações puras.

Neste assunto, mais que em qualquer outro, dize-me com quem andas, e te
direi quem és. Os elementais sentem instintivamente que são criaturas incompletas; e
mesmo os mais grosseiros sempre aspiram a fazer parte de um microcosmo.

Para eles, é natural gravitar para a atmosfera energética de seres que tenham a capacidade de
funcionar como microcosmos. As pessoas que irradiam energia nos planos sutis tenderão a atrair a
atenção e a colaboração espontânea de elementais; e o tipo de
elementais que atrairão dependerá sempre do grau de desenvolvimento anímico da
pessoa, e não do elemento a que o elemental pertença. Quanto mais adiantado o ser
humano, maior será a delicadeza, a sensibilidade, a beleza plástica e anímica, e a
profundidade do desejo por harmonia e saber dos elementais que buscarão entrar em
contato com esse ser humano.

Seria errôneo da parte de Aspirantes, dar preferência sempre a elementais


mais adiantados sobre os mais atrasados, entre aqueles que se oferecem para servi-los:
para os trabalhos mais pesados, os elementais mais grosseiros estarão mais capacitados.
Você não pede a um pianista de concerto que trabalhe na enxada, nem coloca um
brutamontes pouco inteligente como embaixador. (10)

Existem certos rituais mágicos, chamados Rituais dos Elementos, que são
utilizados por ocultistas para estabelecer contato com as forças elementais. Estes Rituais
não são “melhores” ou “piores” que, por exemplo, os rituais do candomblé. O tipo de
entidade que atende ao chamado dependerá sempre do grau de evolução da pessoa que
está chamando. A vantagem de um ritual mágico sobre outros é que os Nomes e Sinais
usados selecionam automaticamente o grau de desenvolvimento das entidades
invocadas: elementais maliciosos ou perversos não ousarão se apresentar. Por outro
lado, gente pouco desenvolvida espiritualmente que utilizar esses rituais provavelmente
não obterá resultado algum, pois as forças invocadas, reconhecendo a aura de um
profano, desdenharão de se aproximar. Para nos impormos a seres desenvolvidos é
necessário provar que somos pelo menos tão desenvolvido quanto eles. Só os brutos se
deixam impressionar moralmente pela força bruta.

Certos autores fazem questão de desaconselhar um contato sexual íntimo


com elementais encarnados em forma humana: eles afirmam que o elemental é incapaz
de proceder com “moralidade”. Dizem que o elemental não tem “consciência”, é
incapaz de amor e dedicação, e exibe malícia à mínima oportunidade.

Tais afirmativas são muito relativas. O elemental é uma criatura altamente


ética, se definirmos ética como consistência entre nossas palavras, nossos pensamentos,
e nossos atos; mas a ética de um elemental não é a ética humana. Quando um elemental
se encarna em forma humana, ele precisa tentar controlar quatro formas de energia
simultaneamente. Ele fica na situação de um cavaleiro montado simultaneamente em
quatro cavalos, cada um dos quais tenta galopar uma direção diversa. O ser humano não
tem preferência por nenhuma das quatro, e portanto, instintivamente busca equilibra-las
em volta do Centro, (11) enquanto o elemental, devido à sua própria natureza, prefere
uma direção particular. Conseqüentemente, nunca conseguirá equilibrar seus quatro
cavalos em torno de um centro estável.
Não é justo, portanto, condenar um elemental encarnado por conduta
“indecorosa”, “inética”, ou “imoral”. Um elemental tentando funcionar em forma
humana está numa posição de tão grande desvantagem que merece nossa paciência, e
até nossa simpatia.

Suponhamos, por exemplo, um caso muito comum: o casamento de um ser


humano com um elemental encarnado em forma humana. Não é verdade dizer que o
elemental não nos amará; mas é inútil esperar que ele nos seja “fiel” no senso romanoalexandrino
da falsa pudicícia. O elemental é naturalmente atraído por todas as
experiências intensas: a força mais importante para ele é sempre a que lhe está mais
próxima. Um marido elemental virá dos braços da amante para os da esposa, e
demonstrará tanto mais afeição por esta quanto mais tiver sido estimulado pelo seu
contrato com a amante. Ele ficará extremamente perplexo, se a esposa o acusar de
falsidade e desamor. Ele ama a esposa; a prova é que ele está com ela! Ele esteve com
outra? Mas o que importa é que ele está com a esposa agora. Cada momento foi feito
para ser vivido com toda a intensidade possível. A vida é tão curta!

Este ponto de vista é bastante semelhante ao de uma criança, e é assim que


devemos encarar o elemental encarnado: como uma criança. Aliás, não existe uma certa
poesia, uma certa beleza, e até mesmo uma lição de sabedoria, nesta atitude de agarrar a vida
com mãos ambas enquanto ela dura? Seres humanos que assumem esta atitude têm a imensa
vantagem sobre o elemental de poderem assumi-la nas quatro direções de
força, em vez de só em uma; e podem adquirir muita experiência, e absorver muita
vivência, no curto espaço de uma encarnação apenas.

4. Anjos e demônios. Pode parecer estranho aos profanos que classifiquemos juntos estes dois
tipos de entidade; mas acontece que tanto anjos quanto demônios pertencem à mesma espécie
astral, e as diferenças entre eles são ao mesmo tempo muito mais simples e complexas do que
imagina a teologia cristã. É errôneo, e até perigoso, encarar os anjos automaticamente como
“bons” e os demônios automaticamente como “maus”. A melhor descrição das características
gerais de anjos e
demônios e das diferenças entre eles está num poema em prosa de um grande místico,
poeta e pintor inglês do Século XIX, William Blake, chamado “O Casamento do Céu e
o Inferno”.(12)

Em geral, pode-se dizer que os anjos são convencionais, formalistas. Para


um anjo, a letra da lei – qualquer que seja a lei – é sagrada. Já os demônios são
criativos, críticos e pragmáticos. Os demônios estão sempre dispostos a interpretar a lei
– qualquer que seja a lei – de acordo com a conveniência de cada particular ocasião.
Anjos não têm inteligência original: eles são dogmáticos, e escrupulosamente fiéis aos princípios
adotados. Um anjo que aceitasse o dogma romano-alexandrino (por exemplo) levaria a sua
aceitação até a última conseqüência: aprovaria a Inquisição Romana, e encararia a tortura e
imolação de seres humanos em praça pública como um ato necessário para satisfazer o enunciado
do dogma. Demônios são rebeldes e individualistas. Um demônio poderia aceitar a Inquisição
Romana, e até colaborar com ela; mas faria isto apenas para se divertir.

Muitos dos demônios têm prazer em destruir a estrutura física da existência humana,
que eles consideram um distúrbio da ecologia terrestre; ou simplesmente gostam de ver
um ser humano sofrer. Os anjos não gostam de causar sofrimento; mas não se perturbam em
causa-lo, se assim fazendo puderem comprovar seus dogmas e crenças.
À medida que tanto anjos quanto demônios se desenvolverem e sobem na
escala evolutiva, eles tendem (como qualquer entidade dotada da semente da
inteligência) a absorver os pontos de vista de outras entidades, e a compreende-los
melhor; eventualmente, até a harmoniza-los com os seus. Conseqüentemente, tanto os
anjos quanto os demônios mais evoluídos estão dedicados ao progresso espiritual da
espécie humana, e se formam em certas Falanges (ou “Bandas”, na nomenclatura do
candomblé) nos planos sutis a fim de cooperar com a Hierarquia humana na evolução de
todas as espécies do sistema solar em termos das necessidades de nossa galáxia, a Via
Láctea. Isto, é claro, sem detrimento das necessidades do Cosmos como um todo.

O Livro da Lei, Líber AL vel Legis, publicado em O Equinócio dos Deuses,


chamado pelos demônios de “a bíblia do Inferno” (porque é a primeira Lei humana que
os demônios consideram que podem aceitar juntamente com os anjos), é o primeiro
passo para uma formulação, no plano físico, das leis que regem o Sistema Solar dentro
do Cosmos. Nada do mesmo tipo foi anteriormente dado à humanidade: todas as leis
prévias foram apenas uma preparação para o Livro da Lei, o qual será, naturalmente,
seguido eventualmente por outras formulações ainda mais amplas e mais cogentes.
Num certo senso, e muito limitadamente (mas que talvez esclareça a alguns
leitores a diferença principal entre anjos e demônios no presente momento evolutivo),
os anjos podem ser relacionados com o processo anabólico de agregação de força, e os
demônios com o processo catabólico de dispersão de força. Mas devemos nos lembrar
de que tanto anabolismo quanto catabolismo são aspectos do metabolismo, e que todo
organismo sadio necessita manter um equilíbrio entre ambos para se conservar saudável.
À medida que eles aumentam em compreensão e perspectiva, tanto os anjos
quanto os demônios percebem a necessidade dos pares de opostos, e a essencial
harmonia atrás do Princípio de Polaridade.

Vamos detalhar, a seguir, as Hierarquias chamadas “angélicas” pela cabala


hebraica. Elas foram adotadas pelo cristianismo. Devemos lembrar aos leitores que, ao
contrário do que pensam os cristãos, estas hierarquias incluem tanto entidades dedicadas
à “construção” quanto à “destruição”; ou, na parlança vulgar dos teólogos, tanto “anjos”
quanto “demônios”, e que a atividade dessas criaturas não deve ser automaticamente
associada em nossas mentes quer ao conceito do “Bem”, quer ao conceito de “Mal”.

1. As Flamas. As Flamas, que correspondem à primeira esfera de consciência iniciática, ou


Malkuth, são Elementais que atingiram suficiente percepção para compreenderem que sua
aspiração a se tornarem Microcosmos pode ser melhor (isto é, mais facilmente) realizada através
de uma aliança com a espécie humana. São chamados de Flamas porque freqüentemente
assumem este aspecto na percepção de videntes. É a forma mais rarefeita de cada elemento. (13)

2. Anjos (propriamente ditos). Estas entidades correspondem à Esfera de


Jesod, ou o Fundamento. Em sua maioria, são estágios mais avançados de Elementais,
porque se uniram à estrutura anímica de algum Ser Espiritual do nível dos
Microcosmos; mas raramente se tornam microcosmos, eles mesmos, nesse estágio. A
aparência que assumem varia muito, dependendo dos preconceitos dos seres humanos
que entram em contato com eles. (14)

3. Arcanjos, que correspondem à Esfera de Hod. Mesmo os Arcanjos


raramente são Microcosmos em si mesmos; a maioria está aliada à estrutura anímica de
algum hierofante do passado. Aqueles entre os Arcanjos que conquistam autonomia
anímica freqüentemente têm um nome tradicional, e um conjunto de tradições e lendas,
relacionados com sua manifestação. Tal foi o caso do Gabriel que se manifestou a
Maomé, o que não deve ser confundido com o Gabriel que normalmente aparece
quando o magista realiza certos rituais. A diferença entre os dois, entretanto, só se torna
aparente a iniciados de um certo desenvolvimento. (15)
Na Qabalah hebraica os Arcanjos são chamados de Filhos de Deus (Beni
Elohim), ou “príncipes”. Isto porque Kether, a Coroa, é chamada de “Rei” e representa
“Deus” – e os Filhos do Rei, naturalmente, são os príncipes...

4. Os Elohim, ou Deuses. Estas entidades são chamadas de “Príncipes”


pelos teólogos cristãos (o que pode causar confusão com a classe anterior, que tem o
mesmo nome em hebraico); também são chamadas de “Principalidades” ou
“Princípios”. Estão relacionadas com a Esfera de Netzach. Mesmo os Elohim raramente
atingem a dignidade de Microcosmos, mas em sua esmagadora maioria são
absolutamente leias e serviçais à evolução da espécie humana.

5. Os Reis, ou “Melachim”, estão relacionados com a Esfera de Tiphereth.


São conhecidos na teologia cristã por dois nomes diversos: “Virtudes” e “Poderes”. As
“Virtudes” são de natureza “Angélica”, isto é, conservadoras; os “Poderes” são de
natureza “demoníaca”, isto é, criadores ou ativos. Em sua maioria os Melachins
atingiram a dignidade de microcosmos. Eles se manifestam, em via de regra,
diretamente na estrutura anímica das pessoas com quem entram em contato; e muito
raramente entram em contato com qualquer ser humano que não tenham atingido o grau
iniciático (ou plano de consciência) que em nomenclatura telêmica é chamado de
Adeptado. A palavra “rei”, usada no Livro da Lei, refere-se ao tipo de entidade que
atingiu o grau de evolução dessa Falange, e não aos ridículos “reis” criados por diversas
religiões (principalmente a cristã!) a fim de manterem, por aliança ao poder político e
econômico, controle sobre um determinado povo. (16)
6. A Falange relacionada com a Esfera de Geburah (que corresponde ao
Grau de Adepto Maior no sistema telêmico) são os Domínios, chamados na cabala
hebraica de Serpentes de Fogo. (A analogia com Kundalini não é coincidência). Estas
entidades também, em sua grande maioria, atingiram a dignidade de microcosmos, e são
de natureza “demoníaca”, isto é, ativa ou inovadora.

7. A Falange seguinte são os Tronos, que correspondem ao Grau de Adepto


Isento e à Esfera de Chesed, cujo símbolo é um rei sentado em seu trono. (17) Estas
entidades são de natureza “Angélica”, isto é, conservadoras e receptivas.

8. A classe seguinte de entidades é na cabala hebraica chamada de Esplendores, e atribuída a


Binah; mas os Esplendores são entidades da mesma espécie que os Tronos, porém agindo de
forma “demoníaca”, isto é, dinâmica; ou da mesma espécie que os Domínios, porém agindo de
forma “Angélica”, isto é, conservadora, nessas Sephiroth respectivas. A confusão é, novamente,
devida à pouca experiência prática da maioria, tanto de cabalistas, quanto de teólogos. É pura
tolice atribuir “esplendores” a Binah, que sempre se manifesta sob a forma de Shivadarshana, isto
é, Escuridão ou Aniquilação, e é sentida por místicos menos desenvolvidos como uma influência
“opressora” e “maligna”.

9. Os Querubins, chamados de “Rodas Vivas” na cabala hebraica, (18) são a


verdadeira Falange de Binah. Eles são descritos como criaturas de quatro cabeças,
porque representam o equilíbrio completo no Akasha das Quatro Direções da Cruz; e
são chamados de Rodas porque o seu equilíbrio é dinâmico: eles exercem as Quatro
Forças em todas as direções. A tradição de que um Querubim guarda a entrada do
Paraíso refere-se a um segredo iniciático. Veja-se o Selo da Ordem de Télema, que é o
Selo da Besta 666.
As imagens hieráticas das divindades hindus e tibetanas têm freqüentemente
uma multiplicidade de braços como raios de uma roda, e quatro cabeças, uma em cada
direção do compasso. Novamente, não se trata de mera coincidência.
Os Querubins são normalmente atribuídos a Chokhmah, e não a Binah; mas
isto é confusão devida a que (naturalmente) a força deles emana daquela Sephirah.

10. Os Serafins, ou Santas Criaturas Vivas, normalmente atribuídos a Kether


na cabala hebraica, são na realidade a Falange de Chokhmah. Kether, indiferenciado,
além de todos os pares de opostos, não é ainda suficientemente conhecido pela espécie
humana para especularmos sobre a sua manifestação. A Entidade que lhe corresponde é
sempre o Senhor (ou Senhora) do Aeon, a Divindade que ocupa, por uma estação, ou
fase, do Movimento Universal, o “trono de Ra”. Neste Aeon, é Heru-ra-ha. Veja-se
Líber AL, Capítulo I, v. 49; Capítulo III, v. 61, em O EQUINÓCIO DOS DEUSES.
Quanto menos falarmos sobre Ele, melhor, pois assim diremos menos tolices! Um dos
muitos aspectos de Sua manifestação é abordado no Oitavo Poema de O
GUARDADOR DE REBANHOS, de Fernando Pessoa.

Antes de encerrarmos este capítulo, seria prudente fazer uma observação


sobre o conceito de Microcosmo. Dissemos que certas entidades inumanas atingiram o
mesmo grau de evolução da nossa espécie, e são microcosmos, da mesma forma que
nós; mas muitos anjos e demônios atingiram a estruturalização do Akasha sem que
possam ser considerados iguais dos seres humanos, pois (como já dissemos) a influência
do Akasha é automática: ele coordena os Quatro Elementos porque este é o seu poder.
Uma criatura dos mundos sutis pode, portanto, aparentar todos os sintomas de
individualidade sem ser um indivíduo, no senso em que um ser humano é um indivíduo.
Sem uma infusão dos dois elementos acima do Akasha, isto é, Adhi e Anupadaka,
nenhuma entidade pode ser considerada como do nível de um ser humano. A percepção
Ataque e Defesa Astral da genuína existência espiritual das entidades com as quais entramos em
contato faz parte das ordálias iniciáticas.

Outra ressalva deve ser feita: a classificação que acabamos de fazer dessas
entidades “angélicas” e “demoníacas” se refere apenas ao mais baixo plano de
manifestação, chamado de Assiah pelos cabalistas hebraicos. À medida que ampliamos
a nossa percepção, compreendemos que certas entidades (que considerávamos
adiantadíssimas) estão num estágio rudimentar de desenvolvimento; enquanto outras
entidades (que considerávamos atrasadas) estavam expressando uma sabedoria e uma
elevação além da nossa capacidade de percepção na época em que entramos em contato
com elas pela primeira vez.
Assim, por exemplo, a tradição de que cada país da terra está sob a tutela de
um “Arcanjo” não deve ser interpretada literalmente. Os místicos cristãos, naturalmente
confusos por virtude da ineficiência do seu sistema de pesquisa, tendiam a chamar de
“arcanjos” quaisquer entidades que eles percebessem ter autoridade sobre “anjos”. No
caso do Brasil, Ishmael (‘ShMOAL em hebraico) tem a numeração 441, que soma 9, o
número de Jesod, o Fundamento; mas é evidente que uma Entidade capacitada para
representar espiritualmente as energias que criam e mantêm um país deverá estar num
plano de consciência bastante acima de um “anjo” normal. Pode ser que Ishmael seja
um Arcanjo; mas se assim for, não se trata de um arcanjo de Assiah, no senso em que o
Gabriel que se manifesta em certos rituais é um arcanjo.

Mas estas subdivisões e minúcias são de valor puramente relativo. Como já


dissemos, quanto mais adiantada é uma entidade – qualquer entidade – mais ela tende a
ver “Deus” (ou, se preferirdes, o Espírito) manifestando-se em todas as coisas e em
todos os seres. Faz parte do Juramento do Mestre do Templo interpretar todo fenômeno
como “um trato particular entre Deus e a sua alma”. Existe um velho ditado em inglês
que podemos traduzir por: “A beleza está no olho de quem a vê”. Por isto, tudo quanto
existe é santo e divino para os verdadeiros santos. (19)

Ataque e Defesa Astral


Marcelo Ramos Motta

(1) Talvez não: faz alguns anos, apareceu numa cidadezinha do norte um
homem anunciando que era Jesus Cristo, voltado à terra; quando a polícia interveio, a
população estava prestes a crucifica-lo pelos pecados do mundo, calorosamente
encorajada por ele. Escrevemos uma peça para televisão baseada neste caso autêntico,
a qual, é claro, não foi produzida até hoje!...

(2) Um hábito muito comum entre tribos que praticavam o sacrifício


humano. Veja-se Carta a um Maçom. Os tibetanos, embora não praticassem sacrifícios
humanos, também abandonavam os cadáveres aos processos ecológicos.

(3) Parece ironia, mas na realidade é um efeito de carma racial, que os


judeus tenham sofrido às mãos dos nazistas exatamente o mesmo tipo de infâmias que
impunham aos “gentios” na época em que estavam conquistando a Palestina a ferro e
fogo.

(4) Toda aspiração religiosa é inicialmente uma projeção das frustrações do


religionário numa forma em que seus desejos frustrados se realizam, ou em que uma
consoladora explicação de seus fracassos é provida.

(5) A palavra “demônio”, aliás, vem do grego daimonium, e significava


simplesmente aquilo que os cristãos mais tarde chamaram de Anjo da Guarda. Era uma
entidade que inspirava os seres humanos, e tanto podiam ser “boa” quanto “má”.

(6) Veja-se Carta a um Maçom, onde a origem e desenvolvimento do egrégora de “Jesus Cristo” é
claramente traçada.

(7) Isto é, no nível atual de nosso conhecimento. É bem provável que haja gamas vibratórias
ainda mais sutis e profundas.

(8) É impossível, entretanto, atribuir cada um dos cakkram a um Elemento


em particular com exclusividade, pois todos os Elementos estão presentes
simultaneamente nos cakkram físicos, associados e harmonizados (o grau de
harmonização depende do grua iniciático do ser humano individual) pela energia do
Akasha. De uma forma muito geral, entretanto, podemos atribuir Manipura (o Plexo
Solar) ao Fogo, Anahatta (o Plexo Cardíaco) ao Ar, Svadisthana (o Plano Umbilical) à
Água e Muladhara (o Plexo Sacro) à Terra. O processo iniciático estimula a
manifestação dos sub-elementos complementares em cada um desses vórtices de força:
a Serpente Kundalini é o símbolo desta transmutação e interação dos elementos. O
assunto foge aos limites deste tratado.

(9) isto absolutamente não quer dizer, como pretendem certos teólogos
imbecis, que o ato sexual só deva ser praticado para a procriação da espécie, como é o
caso entre os animais; a refinação do gozo físico só ocorre em sociedades onde o sexo
é considerado como um apetite sadio, e digno de ser praticado até como uma forma de
oração.

(10) Isto é, a não ser que você seja um marxista ou um “coronel” nordestino.

(11) Se as Quatro Forças “Cegas” se manifestam em igual intensidade e em


direções diametralmente opostas, o Centro está em “Queda Livre”. É o “olho do
ciclone”, ou a “voz do silêncio”.

(12) A ser publicado nesta série, com anotações de um Adepto. William Blake foi uma das
encarnações de Aleister Crowley.

(13) Cada Elemento místico está subdividido em cinco sub-elementos. Por


exemplo, o Elemento Terra está subdividido em Terra de Terra, Ar de Terra, Água de
Terra, Fogo de Terra e Espírito de Terra. O Elemento do Espírito é “negro”, isto é,
absorve toda manifestação em si mesmo; a forma mais rarefeita em que a substância
elemental pode se manifestar é como uma Flama, a qual varia de cor de acordo com a
energia elemental básica. A confusão entre o Elemento Fogo e o Elemento Espírito
decorre disso, e a letra Shin, a tríplice língua de fogo, em hebraico, acumula as
correspondências mágicas de Fogo e Espírito. A fonte espiritual de todo elemento mais
baixo que o Akasha é de natureza akásica – e invisível. Veja-se AL i 60 e AL ii 49-51
em O EQUINÓCIO DOS DEUSES. A verdadeira Luz dos iniciados é a escuridão dos
profanos.

(14) O desejo de se comunicar pressupõe a adoção de um veículo, ou


símbolo inteligível, que facilite a comunicação. Um anjo, portanto, se manifestará como
uma criatura refulgente e de asas brancas, ou como uma criatura de asas de morcego,
chifres, e rabo de ponta, a uma pessoa que tenha os preconceitos próprios dos cristãos;
mas assumirá formas inteiramente diversas ao se comunicar com seres humanos de
outras religiões. Também, em certos casos eles se manifestam diretamente `´a
consciência da pessoa com quem entram em contato, sem assumir qualquer forma
(Rupa), porque essa pessoa não tem idéias preconcebidas quanto à forma em que eles
“devam” se manifestar.

(15) Quanto maior a nossa compreensão espiritual, mais profunda a nossa


percepção, e mais ampla a nossa perspectiva. As entidades mais evoluídas vêem
“Deus” em todas as coisas, mesmo as que são coisas “feias” ou “malignas”.

(16) Tiphereth, a Consciência Humana, é o Centro do Ruach, e as Entidades


Angélicas que correspondem a essa esfera de consciência são chamadas de Reis porque
Tiphereth recebe um raio direto da Coroa, Kether, através da influência chamada a
Grã-Sacerdotisa, a qual representa o Sagrado Anjo Guardião, ou Adonai (veja-se os
diagramas em O EQUINÓCIO DOS DEUSES). Mas do ponto de vista das Supernas,
estes “Reis” não deveriam ser chamados de reis e sim de príncipes, está claro; e assim
são denominados em certos sistemas de simbolismo. A confusão decorre de que poucos
seres humanos até agora atingiram suficiente adiantamento para lidarem com essas
entidades; mas a experiência prática evita enganos. O assunto, novamente, está além
dos limites deste tratado.

(17) Chesed é o “Deus-Pai” cristão: é a imagem simbólica desta Sephira


que os místicos cristãos obtinham em seus Dhyanas. Já Geburah representa em rei
combatendo: seu título em trechos do Velho Testamento é “Senhor dos Exércitos”. (Os
diversos “nomes” ou “títulos” de “Deus” utilizados no Velhos Testamento estão
sempre relacionados com as Esferas de Consciência da cabala hebraica). Chesed,
também chamado de Gedulah, é a “Misericórdia Divina”. Tradicionalmente, pedia-se
clemência ou favores a um rei quando este estava sentado na sala do trono, concedendo
audiências. Geburah é a “Severidade” ou “Cólera” de “Deus”; e não se considerava
prudente pedir favores ou clemência a um rei no fragor de uma batalha!... A Visão do
“Amen”, no Apocalipse, é uma tentativa de unir os dois Dhyanas, Geburah e Gedulah,
em um só símbolo.

(18) Veja-se Liber AL, o Livro da Lei, Capítulo III, verso 55, em O
EQUINÓCIO DOS DEUSES: “Que Maria inviolada seja despedaçada sobre rodas:
por causa dela que todas as mulheres castas sejam completamente desprezadas entre
vós”! “Maria inviolada” é uma egrégora criado pelo medo psíquico do Amor (o qual
significa entregar-se a uma influência externa, não-egóica). Longe de simbolizar, como
pretendem os cristãos, o “puro amor espiritual”), “Maria inviolada”simboliza ódio e
rejeição. A “castidade” cristã, tal como é interpretada por teólogos católicos romanos,
é uma trincheira contra o Universo: uma tentativa de manter o ego intacto,
“imaculado”, “intocado”. Esse egrégora tem que ser destruído, na mente do
verdadeiro místico, pela influência das Rodas, ou Querubins, antes que a verdadeira
Visão de Binah possa ser obtida. Esta visão une aqueles dois arquétipos aparentemente
“opostos” e “hostis”: a Virgem Imaculada e a Diana dos Efésios, a Grande Puta
Universal. Juntas elas se manifestam como a “Mulher vestida de Sol” do Apocalipse.
Este é um assunto de muito difícil compreensão, naturalmente, para místicos
treinados no catolicismo romano ou em certas seitas protestantes, budistas, hindus, e
até maometanas. O amor, no senso místico, mágico e espiritual da palavra, é uma
virtude positiva: consiste na união, e não em rejeição de união, como a consciência de
outros seres vivos. Para existirmos como Egos (coisa por enquanto absolutamente
necessária enquanto estamos encarnados) é necessário estarmos sempre cônscios de
nós mesmos como entidades separadas. Mas para ampliarmos os nossos Egos, isto é,
para evoluirmos, é necessário que incorporemos sempre novas experiências ao nosso
armazém psíquico; e isto só é possível através do Amor. A Grande Puta representa
aquela parte da alma iniciada que está aberta à influência de Todo; mas para que a
consciência individual possa ser mantida, o Ahamkhara tem que continuar ativo: isto é
a “Virgem”. Como em todo processo vivo, a Puta e a Virgem devem se alternar na
consciência humana comum, e devem ser unidas em um só símbolo na consciência
iniciada.
A Puta de Babilônia, embriagada com o sangue dos santos, cavalgando a
Besta 666 (seiscentos e sessenta e seis é o número cabalístico da Inteligência do Sol, ou
Ataque e Defesa Astral Binah de Tiphereth), é a mesma Virgem Inviolada: é a Diana dos Efésios e
a Ártemis que se entregou apenas a Pã, isto é, ao Todo, e por isto continuou virgem; a Taça que
ela leva nas mãos é o Santo Graal.

(19) Sem confundirmos os planos, claro. O valor espiritual da dor de dentes


ou a santidade intrínseca do arsênico não significa que não devamos consultar um
dentista no caso de uma, ou evitar uma ingestão altamente concentrada no caso do
outro!...

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