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CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA


Prof. Rafael Iorio
E-mail: rafa.ioriofilho@gmail.com

Programa

27/03 Fundamentos do direito processual do trabalho. Conjunto de princípios


e regras que objetivam tratar do conflito trabalhista, para que a
jurisdição seja prestado diante do desrespeito a uma regra do trabalho.
Relação entre processo do trabalho e NCPC – Cap. 1 itens 1 e 3
03/04 Principios do processo do trabalho – Cap. 1 item 2
10/04 Meios alternativos de administração dos conflitos – Cap. 4 + material
enviado por e-mail
17/04 Estrutura da justiça do trabalho – Cap. 2
24/04 1a avaliação (prova)
01/05 Feriado (sem aula)
08/05 Vista de prova
15/05 Competencias do processo do trabalho – cap. 5
22/05 Ministério ublico do trabalho – cap. 3
29/05 Procedimento comum, sumarissimo e sumário do trabalho – cap. 10
05/06 Peticao inicial e tutela provisória – cap. 10
12/06 Audiencia – cap. 9
19/06 e 26/06 Nao teremos aula
03/07 2a avaliação (prova)
10/07 Vista de prova
17/07 VS
1
Bibliografia:
Carlos Henrique Bezerra Leite
Sérgio Pinto Martins

20/03/2017 - I AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

Fontes:

 CLT: regras materiais e processuais (regra do artigo 769 da CLT – processo civil é subsidiário ao
processo do trabalho na fase de conhecimento).
 CF: trata de toda a estrutura da justiça do trabalho (arts. 111 e 116), regras do direito material e
regras dos princípios do direito do trabalho.
 CPC.
 Instrução normativa 39/16 – TST1
 LEF – Lei de Execução Fiscal
 Sumulas do TST e Jurisprudência.

Omissão, Obscuridade.
Compatibilidade Principiológica (supletividade)

O processo do trabalho tem como objetivo a proteção de direitos alimentares do indivíduo, para a sua
sobrevivência.

1
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 39/2016. Dispõe sobre as normas do Código de Processo Civil de 2015 aplicáveis e
inaplicáveis ao Processo do Trabalho, de forma não exaustiva.
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Artigo 769 da CLT:


Art. 769 - Nos casos omissos, o direito
processual comum será fonte subsidiária
do direito processual do trabalho, exceto C/C
naquilo em que for incompatível com as
normas deste Título.

Artigo 15 do CPC:
Art. 15. Na ausência de normas que
regulem processos eleitorais, trabalhistas
ou administrativos, as disposições deste
Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente.

Artigo 889 da CLT - Na fase de execução do processo do trabalho, a LEF será subsidiária.
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não
contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança
judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.

Artigo 769 da CLT – Fala que as regras do CPC são subsidiárias ao processo do trabalho.
Para que isso aconteça, é necessário que haja (i) omissão/obscuridade e (II) compatibilidade principiológica
entre ambos. É importante ressaltar que isso ocorre na fase de conhecimento do processo trabalhista.

Artigo 15 do CPC – Regra da Subsidiariedade (norma supletiva, complementar)


Isso ocorrerá em diversos momentos, uma vez que a CLT é de 1943. Compatibilidade principiológica: deve
haver para que possa ocorrer uma Subsidiariedade, uma supletividade.

A complementatividade não se aplica para tudo. Não é todo caso de omissão em que isso pode ocorrer.

Exemplos:

2 1) Ação de consignação do pagamento.


Na CLT não tem esse tipo de ação, logo, a primeira condição esta preenchida (omissão). Mas não
há compatibilidade principiológica.

2) Artigo 219 do CPC – contagem do prazo em dias úteis.


Por mais que haja uma omissão da CLT com relação a contagem do prazo, não será aplicado
subsidiariamente, pois o artigo 775 da CLT nos dá outra resposta: A justiça do trabalho deve ser
célere,uma vez que trata de questões de natureza alimentar, essa regra não será incluída, pois
traria uma morosidade ao processo do trabalho. Assim, o artigo 775 deve ser interpretado de forma
a manter a celeridade do processo.

Prazo do recurso ordinário no processo do trabalho: 8 dias.

3) Artigo 229 do CPC – Litisconsortes no polo passivo terão prazo em dobro (o que não é aplicável
aos processos eletrônicos).

Orientação jurisprudencial da seção de dissídios individuais número 1 – 310.


Por mais que a CLT não diga nada, ou seja o primeiro requisito (omissão) estar atendido, essa ideia
não seria compatível com a principiologia da CLT.

Logo, os artigos 219 e 229 do CPC são inaplicáveis ao processo do trabalho por falta de
compatibilidade principiológica (celeridade).

Peculiaridades da justiça do trabalho:


1) o ius postulante
2) a petição oral
3) a preclusão (como funciona a preclusão no processo do trabalho)
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***

27/03/2017 - II AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

PRINCÍPIOS GERAIS DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30/2016 DO TST (TRIBUNAL PLENO):

o Art. 5 – associado ao 356, CPC (julgamento antecipado do mérito)

“Art. 5° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do art. 356, §§ 1º a 4º, do CPC que
regem o julgamento antecipado parcial do mérito, cabendo recurso ordinário de imediato da
sentença.”

o Art. 6 – 153 a 137 do CPC (Desconsidera-se a personalidade jurídica)


Artigo 878, CLT: desconsideração da personalidade jurídica na fase de execução.

“Art. 6° Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da personalidade


jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 133 a 137), assegurada a iniciativa também
do juiz do trabalho na fase de execução (CLT, art. 878).

§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:


I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do art. 893, § 1º da CLT; II –
na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III –
cabe agravo interno se proferida pelo Relator, em incidente instaurado originariamente no
tribunal (CPC, art. 932, inciso VI). § 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem
prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 do
CPC.”
3
Art. 791 (CLT – jus postulandi – princípio da simplicidade):
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se
representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
§ 3o    A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada,
mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado
interessado, com anuência da parte representada.”

 Exceções:
- Recurso no TST
- MS
- Ação rescisória
- Ação cautelar

o Art. 7 (artigo 382, CPC) – Possibilidade de julgamento liminar improcedente do pedido

“Art. 7° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do art. 332 do CPC, com as


necessárias adaptações à legislação processual trabalhista, cumprindo ao juiz do trabalho
julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I – enunciado de súmula do Supremo
Tribunal Federal ou do Tribunal Superior do Trabalho (CPC, art. 927, inciso V); II - acórdão
proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento
de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, § 4º); III - entendimento firmado em
incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV -
enunciado de súmula de Tribunal Regional do Trabalho sobre direito local, convenção coletiva
de trabalho, acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou regulamento empresarial de
observância obrigatória em área territorial que não exceda à jurisdição do respectivo Tribunal
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(CLT, art. 896, “b”, a contrario sensu). Parágrafo único. O juiz também poderá julgar
liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência.”

o Art. 8 (976 a 986 do CPC) – Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR)

“Art. 8° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas dos arts. 976 a 986 do CPC que regem
o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR). § 1º Admitido o incidente, o relator
suspenderá o julgamento dos processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam na
Região, no tocante ao tema objeto de IRDR, sem prejuízo da instrução integral das causas e do
julgamento dos eventuais pedidos distintos e cumulativos igualmente deduzidos em tais
processos, inclusive, se for o caso, do julgamento antecipado parcial do mérito. § 2º Do
julgamento do mérito do incidente caberá recurso de revista para o Tribunal Superior do
Trabalho, dotado de efeito meramente devolutivo, nos termos dos arts. 896 e 899 da CLT. § 3º
Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Tribunal Superior do Trabalho será
aplicada no território nacional a todos os processos, individuais ou coletivos, que versem sobre
idêntica questão de direito.”

o Art. 9 – Art. 897-A da CLT2 e 1.022 a 1.026 do CPC – Uso dos embargos de declaração

“Art. 9º O cabimento dos embargos de declaração no Processo do Trabalho, para impugnar


qualquer decisão judicial, rege-se pelo art. 897-A da CLT e, supletivamente, pelo Código de
Processo Civil (arts. 1022 a 1025; §§ 2º, 3º e 4º do art. 1026), excetuada a garantia de prazo
em dobro para litisconsortes (§ 1º do art. 1023). Parágrafo único. A omissão para fins do
prequestionamento ficto a que alude o art. 1025 do CPC dá-se no caso de o Tribunal Regional
do Trabalho, mesmo instado mediante embargos de declaração, recusar-se a emitir tese sobre
questão jurídica pertinente, na forma da Súmula nº 297, item III, do Tribunal Superior do
Trabalho.”

o Art. 10 – 932, 938 E 1007 do CPC – Regras gerais para processos nos tribunais

“Art. 10. Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do parágrafo único do art. 932 do
4 CPC, §§ 1º a 4º do art. 938 e §§ 2º e 7º do art. 1007. Parágrafo único. A insuficiência no valor
do preparo do recurso, no Processo do Trabalho, para os efeitos do § 2º do art. 1007 do CPC,
concerne unicamente às custas processuais, não ao depósito recursal .”

o Art. 11 – Não se aplica o 459 do CPC 3 - Não cabe inquirição direta das testemunhas pela
parte.

“Art. 11. Não se aplica ao Processo do Trabalho a norma do art. 459 do CPC no que permite a
inquirição direta das testemunhas pela parte (CLT, art. 820 4).”

o Art. 12 – Autoriza a aplicação do parágrafo único do 1034 do CPC5.

“Art. 12. Aplica-se ao Processo do Trabalho o parágrafo único do art. 1034 do CPC. Assim,
admitido o recurso de revista por um fundamento, devolve-se ao Tribunal Superior do Trabalho
o conhecimento dos demais fundamentos para a solução apenas do capítulo impugnado.”

o Art. 13 – aplica-se o 784, I, do CPC


2
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu
julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido
efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos do recurso.
3
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou,
não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da
atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida.
4
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu
intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
5
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior
Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito.
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal
superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado.
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“Art. 13. Por aplicação supletiva do art. 784, I (art. 15 do CPC), o cheque e a nota promissória
emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista também são
títulos extrajudiciais para efeito de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do art.
876 e segs. da CLT”

o ART. 15 – aplica-se o 489, parágrafo 1o do CPC

“Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais (CPC, art.
489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte: I – por força dos arts. 332 e 927 do
CPC, adaptados ao Processo do Trabalho, para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489
considera-se “precedente” apenas: a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo
Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art.
1046, § 4º); b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência; c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade; d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não
conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT,
art. 896, § 6º); e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente
para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do Tribunal
Superior do Trabalho II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão
unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo Tribunal Federal,
orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do Trabalho, súmula de Tribunal
Regional do Trabalho não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que
contenham explícita referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi). III
- não ofende o art. 489, § 1º, inciso IV do CPC a decisão que deixar de apreciar questões cujo
exame haja ficado prejudicado em razão da análise anterior de questão subordinante. IV - o art.
489, § 1º, IV, do CPC não obriga o juiz ou o Tribunal a enfrentar os fundamentos jurídicos
invocados pela parte, quando já tenham sido examinados na formação dos precedentes
obrigatórios ou nos fundamentos determinantes de enunciado de súmula. V - decisão que
aplica a tese jurídica firmada em precedente, nos termos do item I, não precisa enfrentar os
fundamentos já analisados na decisão paradigma, sendo suficiente, para fins de atendimento
5 das exigências constantes no art. 489, § 1º, do CPC, a correlação fática e jurídica entre o caso
concreto e aquele apreciado no incidente de solução concentrada. VI - é ônus da parte, para os
fins do disposto no art. 489, § 1º, V e VI, do CPC, identificar os fundamentos determinantes ou
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento,
sempre que invocar precedente ou enunciado de súmula.”

o Art. 16 – aplica-se o Parágrafo 5o, 272, CPC

“Art. 16. Para efeito de aplicação do § 5º do art. 272 do CPC, não é causa de nulidade
processual a intimação realizada na pessoa de advogado regularmente habilitado nos autos,
ainda que conste pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam
feitas em nome de outro advogado, se o profissional indicado não se encontra previamente
cadastrado no Sistema de Processo Judicial Eletrônico, impedindo a serventia judicial de
atender ao requerimento de envio da intimação direcionada. A decretação de nulidade não
pode ser acolhida em favor da parte que lhe deu causa (CPC, art. 276). “

o Art. 17 – aplica-se 642, a, CLT, 495, 517 e 782 do CPC

“Art. 17. Sem prejuízo da inclusão do devedor no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas
(CLT, art. 642-A), aplicam-se à execução trabalhista as normas dos artigos 495, 517 e 782, §§
3º, 4º e 5º do CPC, que tratam respectivamente da hipoteca judiciária, do protesto de decisão
judicial e da inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.”

- PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO:

1) Princípio dispositivo/da inércia/da demanda (art. 2 o do CPC)

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.

Observações que demonstram a aplicação desse princípio no processo do trabalho:


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a. Art 39 CLT6 – princípio da inércia – quem vai instaurar e a superintendência regional do trabalho.
b. Art. 8787 CLT – Execução ex-ofício
c. Art 8568 CLT (não foi recepcionado pela Constituição por força dos parágrafos II e III do artigo
114.)
Instauração de instancia pela greve – o artigo 114 demonstra que não cabe mais a justiça do
trabalho instaurar a instância de ofício, ela terá que ser provocada.

2) Princípio Inquisitivo ou impulso oficial (também deriva do princípio da inércia – uma vez ajuizada a
ação, é dever do juiz prestar a jurisdição de acordo com os poderes que o ordenamento lhe
confere)

a. Artigo 485, incisos II e III9 do CPC – Permite a resolução do processo sem análise do mérito
b. Artigo 481 do CPC10
c. Artigo 76511 da CLT demonstra a presença desse princípio.

3) Princípio da instrumentalidade ou finalidade.

4) Princípio da impugnação especifica (Artigo 341 do CPC12)

a. Existe uma discussão sobre a aplicação ou não desse princípio ao processo do trabalho. O
professor acredita ser aplicável.
b. Ius postulante (como será entendida a confissão, a matéria de defesa para aqueles não
acompanhados de advogados)

5) Princípio da estabilidade da lide (Art. 108 do CPC13. e 329, I14)


a. Critério subjetivo de estabilização da demanda: tenho que saber contra quem estou demandando.
b. No plano objetivo: até a citação posso aditar o pedido.

6
Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência de relação de emprego
ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do
Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.
7
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente
ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.
8
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente
ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais
Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.
9
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
10
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou
coisas, a fim de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.
11
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento
rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.
12
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição
inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo
e ao curador especial.
13
Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
14
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
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c. No processo do trabalho eles estão no artigo 846 15 e 84716 da CLT: pois nesta seara a audiência
se realiza antes da apresentação da defesa. Logo, seria ilógico não se permitir a alteração da
causa de pedir e etc.

6) Princípio da eventualidade (Art. 33617 do CPC)


(POR FORÇA DO ARTIGO 76918 DO CPC E ARTIGO 8 OU 9 DO CPC, se tentarmos fazer a
compatibilidade, acredita-se que não haveria nenhum óbice.)

7) Princípio da preclusão (Art. Art. 209, § 2º; Art. 278; Art. 507 do CPC)

a. Artigo 79519 da CLT:


b. ARTIGO 87920 da CLT, Paragrafo II e III.
c. Artigo 80621 da CLT (preclusão lógica)
d. Artigo 83622 da CLT (preclusão máxima)

8) Princípio da economia processual (ART. 938 PARAGRAFO I E II DO CPC23)


(Aplica-se ao processo do trabalho.)

9) Princípio da perpetuação da jurisdição (Art. 43 do CPC24)


15
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. (Red. dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.19/95)
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e
demais condições para seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995)
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não
cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem
prejuízo do cumprimento do acordo.
16
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
7 17
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito
com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
18
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho,
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
19
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à
primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão
considerados nulos os atos decisórios.
§ 2º - O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo,
com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão.
20
Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita
por cálculo, por arbitramento ou por artigos.
§ 1º - Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à
causa principal.
§ 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para
impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão
21
Art. 806 - É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de
incompetência.
22
Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos
expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do
Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte
por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.
23
Art. 938. A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo
caso seja incompatível com a decisão.
§ 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator
determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição,
intimadas as partes.
§ 2o Cumprida a diligência de que trata o § 1o, o relator, sempre que possível, prosseguirá no julgamento do recurso.
24
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem
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(O nome correto deveria ser perpetuação da competência.)

10) Princípio ônus da prova (ART. 373 CPC25)

a. ARTIGO 81826 DA CLT.


b. Sumula 212 do TST – inversão do ônus da prova em razão do princípio da continuidade.
SÚMULA Nº 212 - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

c. Artigo 852-D27 – Mais uma autorização para inversão do ônus.

11) Princípio da oralidade (do CPC)


a. Reclamação verbal no processo do trabalho – artigo 840, parágrafo II 28, da CLT.
b. DEFESA ORAL EM AUDIÊNCIA – Artigo 84729 da CLT.
c. Razoes finais, protesto, etc.
d. Lei 5584 de 1970, artigo 2O parágrafo III – ações trabalhistas de alçada.

12) Princípio Da imediatividade Ou imediação.


a. Artigo 82030 da CLT – reforça o papel da incidência da prova oral no processo do trabalho.
b. Dialoga com o princípio da verdade real (provas testemunhais tem mais força que provas
documentais).

13) Princípio da Identidade física do juiz


a. Não tem correspondente no NCPC (possuía no CPC de 73)
b. No processo do trabalho, o TST cancelou a sumula 136. Não é mais aplicável em razão da
celeridade.

14) Princípio da concentração dos atos procedimentais (ART. 357 e 358 do CPC)
a. Artigo 84931 da CLT
b. Artigo 852-C32
8
15) Principio da irrecorribilidade imediata

16) Principio da lealdade processual

17) Principio da cooperação

18) Principio da vedação da decisão surpresa

19) Principio da primazia da decisão de mérito

órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.


25
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
26
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
27
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, considerado o
ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
28
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário,
observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
29
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
30
Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu
intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
31
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la
no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de
nova notificação.
32
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de
juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular.
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

20) Principio da observância da ordem cronológica de inclusão dos processos.

03/04/2017 - III AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

Princípios peculiares ao processo do trabalho:

1) Princípio da proteção processual

2) Princípio da finalidade (ou efetividade) social do trabalho

3) Princípio da busca da verdade real

4) Princípio da indisponibilidade
Pós emenda 45 (que ampliou as competências processuais do trabalho).

a. Função precipua do direito do trabalho: a efetividade dos direitos sociais do trabalhador. Por isso,
são direitos indisponíveis, de natureza absoluta e de ordem pública.
Ex: em ações coletivas: o sindicato funcionando como substituto processual não pode renunciar
aos direitos individuais homogêneos que representa (como substituto)

5) Princípio da conciliação

a. Princípio fundamental ao processo do trabalho e a justiça do trabalho.


b. Está na essência da própria constituição do processo do trabalho.
c. Por exemplo: até 1999, com a emenda 24, tínhamos as juntas de conciliação e julgamento como
órgão de primeira instância da justiça do trabalho. A emenda 24 que trouxe as varas do trabalho,
deixando de existir os juízes classistas.
Art. 76433 e parágrafos da CLT
Art. 83134
9 Art. 84635
Art. 85036

d. Equiparação do termo de conciliação a coisa julgada (no processo do trabalho)


Art. 831, parágrafo único da CLT37.
Art. 831 combinado com a sumula 259 do TST.

“Súmula 259/TST - 08/03/2017. Ação rescisória. Transação. Termo de conciliação. CLT,


arts. 831, parágrafo único e 836. CPC, arts. 485 e 495. Só por ação rescisória é atacável
o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.”

6) Princípio da normatização coletiva


A Justiça do trabalho e o único ramo do poder judiciário que pode criar normas. Ou seja, a justiça do
trabalho desempenha função típica do poder legislativo, pois cria sentenças normativas.

33
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos
à conciliação.
34
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
35
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
36
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez)
minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta,
será proferida a decisão.
37
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a
Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

a. Art. 114, §2o da CF38 c/c Art. 7o, inciso XXVI39 da CF.
b. Art. 7o e 8º da Constituição e 8o40 e 444 da CLT41

7) Princípio da simplicidade
(Decorre da celeridade e da oralidade)

8) Princípio da celeridade
(Princípio de maior destaque, uma vez que os postulados neste processo envolvem obrigação de
natureza alimentar)

9) Princípio da despersonalização do empregador

a. Direito material trabalhista: artigos 2, 10 e 448 da CLT 42.


b. Instrução normativa no 39 de 2016, em seu artigo/inciso VI,
c. Geralmente a desconsideração se aplica apenas na fase de execução, mas no processo do
trabalho isso ocorrerá o tempo inteiro, utilizando/com base panos artigos 133 a 137 do CPC.

10) Princípio da extrapeticao

a. Também admitido no processo civil (com relação a correção monetária e justos legais), ainda que
não pedidos pelo autor. A CLT também permite a aplicação desse princípio, sendo possível
verifica-lo pela aplicação da sumula 396 do TST.

“Nº 396 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO


SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA
DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA". (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106
e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005

I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do


período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não
lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 - Inserida em 01.10.1997)
10
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o
pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 - Inserida
em 20.11.1997)”

ESTRUTURA DO PROCESSO DO TRABALHO E OS


DISSÍDIOS TRABALHISTAS

38
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas
as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
39
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
40
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte.
41
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo
quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às
decisões das autoridades competentes.
42
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos
respectivos empregados.
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

A estrutura da justiça do trabalho está presentes nos artigo 111 a 116 da CF. Basicamente, sua constituição
possui três órgãos:

1- Varas do Trabalho – 1ª Instancia (Regra).


(emenda constitucional de 24 acabou com as juntas do trabalho)

2- Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) – 2ª Instancia (em regra).


(Também funcionará como primeira instância nas ações coletivas, por exemplo, e em algumas
outras previsões)

a. Apesar de ser uma justiça especializada, ela se regionaliza, estando presente em todo o país.
b. SP é o único estado da federação que possui dois TRTs.
c. Base federal: Artigo 674 da CLT.
d. Se constitui com no mínimo 7 “desembargadores”, porque esse tribunal terá que ter no mínimo
duas turmas.
e. O presidente do TRT, um vice. Cada turma terá um presidente, um revisor e um relator.

3- Tribunal Superior do Trabalho.


As turmas do TST podem funcionar como 3ª e/ou 2ª instancia.
As seções de dissídios individuais e coletivos podem funcionar como 4 ª instancia.
E em questões de competência originária, funcionará como 1ª instancia.

a. 27 ministros (a emenda constitucional nº 45 voltou a dar 27 ministros ao TST).


b. O pleno do TST não julga processos (julgava até 88, com a constituição isso mudou).
c. O pleno do TST tem competência administrativas.
d. O TST é composto por:
11 i. Turmas
ii. Seções de Dissídios Individuais
iii. Seções de Dissídios Coletivos

Os dissídios individuais podem ser:


- Simples
- Plurimos
- Especiais

Dissídios individuais plurimos X dissídios coletivos:


Os dissídios individuais prurimos se diferem das ações coletivas quanto aos pedidos. Nas ações plúrimas os
pedidos são individuais (pessoais). Nos dissídios coletivos, o pedido tem natureza coletiva. São direitos
individuais homogêneos.

Dissídios Especiais:
Possui uma série de especialidades: (i) o empregador que ingressa, (ii) o empregado em questão goza de
estabilidade e (iii) é uma ação com base no inquérito. * O diretor sindical possui estabilidade – o empregador
só pode demitir esse diretor por meio de inquérito.
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

***
10/04/2017 - IV AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS NO PROCESSO DO TRABALHO:

12
Existem 3 métodos alternativos:

1- MÉTODOS DE AUTODEFESA.
2- MÉTODOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO. Quando o conflito é resolvido pelas partes sem intervenção de terceiros
agindo para que esse conflito seja administrado. Como exemplo, temos a renúncia, a aceitação e a
transação. Podem ser extraprocessuais ou endoprocessuais (judiciais).

EX: temos a convenção coletiva de trabalho, entre sindicatos de trabalhadores e das empresas.
Outro exemplo é o acordo coletivo de trabalho.

3- HETEROCOMPOSICÃO. Quando um agente exterior ao conflito vai administra-lo. Nessa modalidade existem:
(i) a arbitragem, (ii) a mediação e a (iii) conciliação. Alguns (doutrina minoritária) consideram a mediação
e a conciliação como métodos autocompositivos, o professor não concorda.

Na conciliação, o conciliador, após ouvir, sugere a solução consensual do conflito. Na mediação, o


mediador conversa sobre o conflito, mas as partes chegam às soluções sozinhas. Além dos
exemplos citados, é importante falar sobre as instâncias administrativas. Por exemplo, quando o MP
do trabalho e suas comissões internas atuam na solução de determinado conflito.

CONCILIAÇÃO:
O conciliador, após ouvir as partes, propõe uma
solução para o conflito.

MEDIAÇÃO:
O mediador trabalha o conflito, buscando as suas
causas.

MEDIAÇÃO. Mediação consiste na conduta pela qual, determinado agente, terceiro imparcial, em face dos
interesses contrapropostos das partes, busca auxilia-las na resolução do conflito, cuja a solução será
proposta pelas próprias partes.
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

 Decreto 1.527/1995 – regulamenta a mediação na negociação coletiva de natureza trabalhista.

 Lei 10.101/2000 – dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das
empresas.

 Portaria do ministério do trabalho N. 817/95 – estabelece os critérios para participação do


mediador nos conflitos coletivos de trabalho.

 Portaria do ministério do trabalho N. 818/95 – Estabelece os critérios de credenciamento do


mediador.

 Lei 13.140/2015 – Art. 42, parágrafo único – Diz que a mediação no âmbito do trabalhista será
regulada por lei própria, portanto, a lei sobre mediação não se aplica a mediação trabalhista.

 Lei orgânica do MP 73/93 – Art. 83, inciso XI – Estabelece como uma das competências/atribuições
do MPT e atuar como árbitro e mediador, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de
competência da justiça do trabalho.

Por força da subsidiariedade que temos em relação ao processo civil, um dos caminhos possíveis é a maior
aplicabilidade da mediação do processo do trabalho. Por enquanto, não temos uma legislação especifica
sobre mediação no processo do trabalho, existe apenas o PL 246, arquivado no Congresso.

CONCILIAÇÃO. É uma forma consensual de solução dos conflitos, sem qualquer mediação. Pode ser tanto
extrajudicial (particular ou administrativa) ou judicial.

Art. 625A a 625H da CLT – Comissões de conciliação previa.


Quais são as características dessas comissões de conciliação previa? São comissões de natureza palitaria
(vão ter a representação dos empregados e seus empregadores). Podem atuar tanto no âmbito de empresas
ou grupos de empresas, sindical ou intersindical. Seu objetivo mediato e desafogar a justiça do trabalho.
Existe uma discussão sobre a constitucionalidade desses artigos, principalmente no sentido da imposição da
conciliação.
13
Sumula 2 do TRT 2ª Região – comissão de conciliação não é condição da ação trabalhista.

“COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. EXTINÇÃO DE PROCESSO. (RA nº 08/2002 - DJE


12/11/02, 19/11/2002, 10/12/2002 e 13/12/2002)

O comparecimento perante a Comissão de Conciliação Prévia é uma faculdade assegurada ao


obreiro, objetivando a obtenção de um título executivo extrajudicial, conforme previsto pelo artigo
625-E, parágrafo único da CLT, mas não constitui condição da ação, nem tampouco pressuposto
processual na reclamatória trabalhista, diante do comando emergente do artigo 5º, XXXV, da
Constituição Federal.”

ADI 2139 e 2160 – Art. 625D da CLT43 interpretado conforma CF:


STF desobriga o trabalhador a procurar a Comissao antes de propor a ação, não há a obrigatoriedade.

Portaria 329/02 do Ministério do Trabalho.

Importante: CPP (Comissão de Conciliação Previa)


- Não é condição da ação (625D CLT). Interpretação conforme a CF.
- Razão política. Evitar fraudes em relação ao trabalhador vulnerável.
- Não confundir com a força da conciliação judicial.

Do termo de conciliação judicial cabe recurso? Depende. Só se for da previdência social. O termo tem força
de coisa julgada material. Só caberia ação rescisória.

A CPP gerava título executivo extrajudicial. Dois grandes pontos negativos se estabeleceram: ao se
interpretar equivocadamente o 625D, surge o problema jurídico da inconstitucionalidade. Limitação de acesso
ao judiciário (STF já decidiu ao contrário).

43
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na
localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da
categoria
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

Essa obrigatoriedade acaba levando a muitas fraudes pela vulnerabilidade do trabalhador.

ARBITRAGEM. Instrumento facultativo, uma vez investido o árbitro, sua decisão tem poder coercitivo, portanto
as partes não podem declinar da sua decisão. Na regra geral, o árbitro é um ente particular. Execução do
laudo arbitral é feita pelo poder judiciário.

Natureza jurídica da arbitragem: Justiça privada.

Bases legais:
Convenção 154 da OIT (Organização Internacional do Trabalho)
Art. 144 parágrafo 1o da CF – Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitro.
LEI 9307/96 – Lei da arbitragem.

OBS: A arbitragem no direito do trabalho vale apenas para conflito coletivo.


Este é um entendimento sedimentado no TST, privilegiando a lógica da vulnerabilidade e hipossufiência do
trabalhador. Há uma limitação do Art. 1 o da lei da arbitragem. Não se aplica ao dissídio individual. Portanto, a
interpretação do TST limita o escopo do Art. 1o da lei da arbitragem.

INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. A Secretaria Regional do Trabalho possui 3 grandes funções: (i) educativa, (ii)
orientativa e (iii) fiscalizatória. A secretaria faz a mediação.

MPT – TAC (Termos de ajustamento de condutas. Art. 5o, Parágrafo 6o da lei da ACP 7347/85)

***

14 17/04/2017 - V AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO TRABALHO


CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

→ TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – TST:


Artigo 111-A da CF:
Artigos 690 e seguintes da CLT

São Órgãos do TST:


(art. 58 a 66 do Regimento Interno do TST)

 Tribunal Pleno (27 Ministros)44;


 Órgão Especial (14 Ministros);
 Seção Especializada em Dissídios Coletivos (9 Ministros);
 Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas subseções (Subseção I e Subseção
II); e
 8 (oito) Turmas.

OBS: A Presidência da República tem 20 dias para indicar um da lista tríplice do tribunal
para ser o ministro do quinto.

Bases Legais de sua organização:


- Lei 7.701/88 (Dispõe sobre a especialização de Turmas dos Tribunais do Trabalho em processos coletivos e
dá outras providências);
- Regimento Interno do TST (IPC: Art. 58 e 5945 do RI, funciona em Pleno ou órgão especial)

Importante:
- O pleno do TST não julga processos (julgava até 88, com a Constituição isso mudou).
- O pleno do TST tem competência administrativas.

15 “O Tribunal Superior do Trabalho - TST, com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território
nacional, é órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, nos termos do artigo 111, inciso I, da
Constituição da República, cuja função precípua consiste em uniformizar a jurisprudência trabalhista
brasileira.

O TST é composto de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e
cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto
no art. 94;
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.” 46

44
1/5 Constitucional (advogados e membros do MP do Trabalho) e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. A Emenda Constitucional nº
45 voltou a dar 27 ministros ao TST.
45
Art. 58. O Tribunal funciona em sua plenitude ou dividido em Órgão Especial, Seções e Subseções Especializadas e
Turmas.
Art. 59. São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho:
I - Tribunal Pleno; II – Órgão Especial; III - Seção Especializada em Dissídios Coletivos; IV - Seção Especializada em
Dissídios Individuais, dividida em duas subseções; e V – Turmas;

Parágrafo único. São órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho – ENAMAT; e
II – Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT.
Art. 60. Para a composição dos órgãos judicantes do Tribunal, respeitados os critérios de antiguidade e os
estabelecidos neste capítulo, os Ministros poderão escolher a Seção Especializada e a Turma que desejarem integrar,
podendo exercer o direito de permuta, salvo os Presidentes de Turma, que, para fazê-lo, deverão previamente
renunciar à Presidência do Colegiado.
46
Fonte: http://www.tst.jus.br/web/guest/institucional
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

Tribunal Pleno (Art. 62 do Regimento Interno):

“Art. 62. O Tribunal Pleno é constituído pelos Ministros da Corte.


§ 1.º Para o funcionamento do Tribunal Pleno é exigida a presença de, no mínimo, quatorze
Ministros, sendo necessário maioria absoluta quando a deliberação tratar de:
I - escolha dos nomes que integrarão a lista destinada ao preenchimento de vaga de Ministro do
Tribunal, observado o disposto no art. 4.º, §2.º, II;
II – aprovação de Emenda Regimental;
III – eleição dos Ministros para os cargos de direção do Tribunal;
IV – aprovação, revisão ou cancelamento de Súmula ou de Precedente Normativo; e
V – declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público.
§ 2.º Será tomada por dois terços dos votos dos Ministros do Órgão Especial a deliberação
preliminar referente à existência de relevante interesse público que fundamenta a proposta de
edição de Súmula, dispensadas as exigências regimentais, nos termos previstos neste Regimento.”

Órgão especial (Art. 63 do Regimento Interno):


Presidente e Vice-presidente, pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 ministros mais antigos e os
7 ministros eleitos pelo tribunal pleno. O quórum de funcionamento é de 8 ministros.

“Art. 63. Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice-presidente do Tribunal, o Corregedor-


Geral da Justiça do Trabalho, os sete Ministros mais antigos, incluindo os membros da direção, e
sete
Ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. Os Ministros integrantes do Órgão Especial comporão
também outras Seções do Tribunal.
Parágrafo único. O quorum para funcionamento do Órgão Especial é de oito Ministros, sendo
necessário maioria absoluta quando a deliberação tratar de disponibilidade ou aposentadoria de
Magistrado.”
16

SDC- Seção Especializada em Dissídios Coletivos (Art. 64 do Regimento Interno):


Presidência, vice, corregedor e outros 6 ministros. O quórum de funcionamento é de 5 ministros.

“Art. 64. Integram a Seção Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o Vice-Presidente do


Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais seis Ministros.

Parágrafo único. O quorum para o funcionamento da Seção Especializada em Dissídios Coletivos é


de cinco Ministros.”

SDI - Seção Especializada em Dissídios Individuais (Art. 65 do Regimento Interno):


(21 Ministros – Presidência, vice, corregedor e outros 18 ministros, podendo funcionar em composição plena
ou dividida em duas subseções. O quórum de funcionamento é de 11 ministros, mas as deliberações só
ocrrem pelo voto da maioria absoluta dos integrantes da seção.

“Art. 65. A Seção Especializada em Dissídios Individuais é composta de vinte e um Ministros, sendo:
o Presidente e o VicePresidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais
dezoito Ministros, e funciona em composição plena ou dividida em duas subseções para
julgamento dos processos de sua competência.

§ 1.º O quorum exigido para o funcionamento da Seção de Dissídios Individuais plena é de onze
Ministros, mas as deliberações só poderão ocorrer pelo voto da maioria absoluta dos integrantes
da Seção.

§ 2.º Integram a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais quatorze Ministros: o Presidente


e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais onze Ministros,
CADERNO VIRTUAL DA CAROLLINE NUNES LONGO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

preferencialmente os Presidentes de Turma, sendo exigida a presença de, no mínimo, oito


Ministros para o seu funcionamento.

§ 3.º Haverá pelo menos um e no máximo dois integrantes de cada Turma na composição da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais.

§ 4.º Integram a Subseção II da Seção Especializada em Dissídios Individuais o Presidente e o Vice-


Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais sete Ministros, sendo
exigida a presença de, no mínimo, seis Ministros para o seu funcionamento.”

Turmas (Art. 66 do Regimento Interno):


(3 ministros mais o presidente e o vice. O quórum de funcionamento é de três ministros.)

“Art. 66. As Turmas são constituídas, cada uma, por três Ministros, sendo presididas de acordo com
os critérios estabelecidos pelos artigos 79 e 80 deste Regimento. (Redação dada pela Emenda
Regimental n. 1, de 24 de maio de 2011)

Parágrafo único. Para os julgamentos nas Turmas é necessária a presença de três Magistrados.”

- Órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do Trabalho – TST (órgãos autônomos):

o Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrado Trabalho (ENAMAT)


(Regulamenta curso para ingresso e promoção na carreira)

“A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat)


foi instituída pelo Tribunal Superior do Trabalho como órgão autônomo, por meio da
Resolução Administrativa nº 1140 do Tribunal Pleno, de 1º de junho de 2006, atendendo ao
disposto pela Emenda Constitucional nº 45/2004. (...) A Enamat tem como objetivo
promover a seleção, a formação e o aperfeiçoamento dos magistrados do trabalho, que
17 necessitam de qualificação profissional específica e atualização contínua, dada a relevância
da função estatal que exercem.”47

o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)


(Administração, orçamento, finanças e patrimônio da Justiça do Trabalho em 1º e 2º grau –
órgão central do sistema – decisão de efeito vinculante)

“Atribuições: O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) exerce a supervisão


administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e
segundo graus. As decisões do CSJT têm efeito vinculante.

Composição: O CSJT é integrado pelo Presidente e Vice-Presidente do Tribunal Superior


do Trabalho e pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, membros natos. Também
compõem o Conselho três ministros eleitos pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho e
cinco presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho, cada um deles representando uma
das cinco Regiões geográficas do País (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte).

Sessões: As sessões ordinárias ocorrem mensalmente durante o ano judiciário. O quórum


mínimo para as deliberações do órgão é de sete integrantes. As decisões precisam da
aprovação da maioria dos presentes à sessão. Em caso de empate, prevalece o voto do
Presidente.

Organização: São órgãos do CSJT a Presidência, a Vice-Presidência e o Plenário.

Histórico: O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) foi criado pela Emenda
Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, com o acréscimo do art. 111-A. Veja a
íntegra da EC nº 45/04 aqui. A sessão de instalação do CSJT ocorreu em 15 de junho de
2005.”48

47
Fonte: http://www.enamat.jus.br/?page_id=7
48
Fonte: http://www.csjt.jus.br/missao-visao-valores
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – DIREITO (8º)

→ TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO – TRT:


(ARTIGO 674 DA CLT E 115 DA CF)

Uniformização dos vocábulos referentes aos


magistrados do Trabalho
(1ª resolução 104/12 do Conselho do Trabalho49).

Juiz do trabalho x Desembargador do Trabalho.A


CF chama de “Juiz do TRT”, mas tal resolução diz
que a denominação do 1º grau é juiz do trabalho e
de 2º grau é desembargador do trabalho.

Competência residual – Art. 112 da CF50 (Cai muito em prova)


Existem hoje no Brasil 24 TRTse suas áreas de jurisdição normalmente correspondem aos limites
territoriais de cada estado-membro da federação. A redação original do art. 112 da CF estabelecia que
“haverá pelo menos um TRT em cada Estado e no Distrito Federal”. Todavia, esse comando deixou de
constar a partir da publicação da Emenda Constitucional nº 45 de 2004. Por essa razão, não chegaram a ser
criados TRTs nos Estados de Tocantins, Acre, Roraima e Amapá. Por sua vez, o Estado de São Paulo possui
dos TRTs:

a. O da 2ª Região, sediado na capital paulista, com jurisdição sobre a região metropolitana de


São Paulo, parte da região metropolitana da Baixada Santista e o município interiorano de
Ibiúna; e
b. O da 15ª Região, com sede em Campinas, e jurisdição sobre os demais municípios
paulistas.

18 Art. 115 da CF51 c/c o artigo 96, I, A, da CF52.

Competências originárias do TRT.


O TRT funciona como ”1ª instância”: (i) Ação Rescisória, (ii) MS e (iii) Dissídios Coletivos.

EC 45 -> Art. 115, §1 e §2, CF53 (estimulam o acesso à justiça)

49
Art. 1° Os vocábulos de tratamento dos magistrados de 1ª e 2ª instância no âmbito da Justiça do Trabalho são
uniformizados em “Juiz do Trabalho Substituto”, “Juiz Titular de Vara do Trabalho” e “Desembargador do Trabalho”.
Art. 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho deverão providenciar a substituição das expressões divergentes porventura
constantes de seus Regimentos Internos e demais atos pelas denominações definidas por esta Resolução.
50
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-
la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho
51
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,
na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos, sendo:
52
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das
garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
53
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível,
na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de
sessenta e cinco anos, sendo:
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos
públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo
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Disposições do Regimento Interno do TRT da 1ª Região (Rio de Janeiro):

“Art. 1º São órgãos da Justiça do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro:


I - o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região; e
II - os Juízes do Trabalho.

Art. 5º O Tribunal funcionará na plenitude de sua composição, por seu Órgão Especial, por suas
Seções Especializadas em Dissídios Individuais e em Dissídios Coletivos, ou ainda dividido em
Turmas.

Art. 6º São órgãos do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região:


I - o Tribunal Pleno;
II - o Órgão Especial;
III - a Presidência;
IV - a Corregedoria Regional;
V - a Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
VI - a Seção Especializada em Dissídios Individuais, composta por duas Subseções;
VII - as Turmas; e
VIII - as Varas do Trabalho.

Parágrafo único. O Fórum de Gestão Judiciária, composto pelos magistrados do Tribunal Regional
do Trabalho da 1ª Região, realizado no 1º semestre de cada ano.

Art. 7º O Órgão Especial é constituído por dezesseis membros, para o exercício de funções
administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do Tribunal Pleno.”

19

→ VARAS DO TRABALHO:
(jurisdição de ambientação local)

Art. 650 da CLT

“Procedimento de Controle Administrativo (00006424620132000000)


Proposto pela OAD contra ato normativo do TRT da 2ª região.
Alegou-se que o ato normativo violava o art. 650 da CLT 54, que diz em extensão ou restrição somente por lei
federal. O CNJ diz que o ato normativo não viola o referido artigo, pois garante o acesso à justiça e a
dignidade da pessoa humana.”

Artigo 116 da CF: “Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular”.
- Estabeleceu o fim dos juízes classistas.
- Varas do Trabalho: jurisdição exercida por juiz singular.

Competências:
Art. 114, I a IX da CF55, além dos arts 650 a 659 da CLT + Competências não originárias do TRT.

OBS: Art. 668 da CLT56 c/c art. 112 da CF57


Onde não exista Vara do Trabalho, a competência será do juiz de direito.

54
Art. 650 - A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o território da Comarca em que tem
sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.
Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sobre a competência de Juntas de Conciliação e
Julgamento já criadas até que lei federal assim determine.
55
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
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OBS: Art. 893, §1º da CLT58


Não cabe recurso de decisão interlocutória (nem quando o juiz de direito assume a competência trabalhista).

OBS: ART. 710 A 721 da CLT


Cada Vara do trabalho possui uma Secretaria.

As secretarias das varas do trabalho têm atribuição definida pelo art. 711 da CLT 59.

Resolução 147 do CNJ: Quem dá posse ao diretor da secretaria é o juiz titular da vara do trabalho e não o
presidente do Tribunal.

o As atribuições do diretor da secretaria estão definidas no artigo 712 da CLT 60.


o Competência do distribuidor: art. 714 da CLT61 (ler artigos 715 e 716 da CLT também)

56
Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de
Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de
organização judiciária local.
57
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-
la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
58
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do
merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
59
Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas:
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis que lhe forem
encaminhados;
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;
c) o registro das decisões;
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta
lhes facilitará;
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;
20 f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria;
h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, para melhor execução dos
serviços que lhe estão afetos.
60
Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e Julgamento:
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores;
c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam ser por ele despachados e
assinados;
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação será submetida;
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realização dos atos e
diligências deprecadas pelas autoridades superiores;
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;
h) subscrever as certidões e os termos processuais;
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter conhecimento, assinando as
respectivas notificações;
j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta.
Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos prazos fixados,
serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso.
61
Art. 713 - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá um distribuidor.
Art. 714 - Compete ao distribuidor:
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe
forem apresentados pelos interessados;
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído;
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos reclamantes e o
outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética;
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações sobre os feitos
distribuídos;
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o Competências do escrivão: art. 717 da CLT62


o Serviços auxiliares na 2º instância: art. 718 e 720 da CLT63
o Oficiais da justiça e avaliadores: competências estão previstas nos artigos 721 da CLT c/c 880 da
CLT

Os oficiais de justiça atuam principalmente na fase de execução.


O oficial de justiça, apenas excepcionalmente, funciona como “carteiro do juiz”. É muito mais
“avaliador” na fase de execução (prática de atos de constrição de bens e avaliação destes).

Aplicam-se subsidiariamente (e no que for compatível) os artigos 154 e 155 do CPC.

O TST entendeu que cabe a nomeação de oficial de justiça “a dor/no momento” para um ato específico (em
caso de falta de oficial ou impedimento).

Matéria da I Prova:

- Noções Gerais de Processo do Trabalho:

Regra da subsidiariedade e suplementariedade do Processo Civil e da Execução Fiscal.


Princípios gerais do processo
Princípios peculiares ao processo do Trabalho

- Organização da Justiça do Trabalho

- Meios Alternativos de Administração dos Conflitos

 A prova terá 10 questões objetivas, padrão OAB, com consulta à LEI, IN etc.

Esquemas para facilitar o entendimento:

21

e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, formando, com as
fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão
mencionados em certidões.
62
Art. 717 - Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, competem
especialmente as atribuições e obrigações dos secretários das Juntas; e aos demais funcionários dos cartórios, as que
couberem nas respectivas funções, dentre as que competem às secretarias das Juntas, enumeradas no art. 711.
63
Art. 718 - Cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a direção do funcionário designado para exercer a
função de secretário, com a gratificação de função fixada em lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de
19.1.1946)

Art. 719 - Competem à Secretaria dos Conselhos, além das atribuições estabelecidas no art. 711, para a secretaria das
Juntas, mais as seguintes:
a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos respectivos relatores;
b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para consulta dos interessados.
Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as demais atribuições, o
funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias.

Art. 720 - Competem aos secretários dos Tribunais Regionais as mesmas atribuições conferidas no art. 712 aos
secretários das Juntas, além das que lhes forem fixadas no regimento interno dos Conselhos.
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22
08/04/2017 - VI AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

***

NÃO TEVE AULA

***

15/04/2017 - VII AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

***

VISTA DE PROVA

***

COMPETÊNCIAS MATERIAIS E TERRITORIAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Competências materiais: Art. 114, I, da Constituição Federal.


O assunto será dividido em três partes:

 1a parte: compreender de maneira geral o artigo


 2a parte: aprofundar peculiaridades deste artigo
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 3a parte: análises de súmulas vinculantes, súmulas do TST e do STJ acerca dessas regras de
competência.

Art. 114, caput, inciso I:


“As ações relativas às ações de trabalho”
Mudança radical trazida pela emenda constitucional 45 na lógica das competências.
Altera-se das relações de emprego para relações de trabalho.
Antes era apenas entre empregado e empregador, as regras de competência eram simples. Agora, com a
abrangência de todas as relações de trabalho, não é tão simples.

“Abrangidos os entes de direito público externo”


Ou seja, os estados e as organizações internacionais (como funciona a relação de imunidades que esses
estados possuem? Para alguns há imunidade de jurisdição e execução, para outros apenas de execução.)

“Da administração pública direta e indireta”


Direta: entes federados
Indireta: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

1) Observação importante:
Quais são as categorias de servidores públicos?
Estatutários, celetistas e os que possuem relação jurídica de regime próprio com a administração (Art. 37 da
Constituição).

IPC – ADIN 3395: o STF disse, pendente de referendo, que a justiça do trabalho continuará
julgando apenas os celetistas, os estatutários e os que possuem regime próprio serão
julgados na justiça comum.

2) Observação importante:
Saber o artigo 114.

Art. 114, inciso II:


23 Se a palavra chave for greve, será de competencia da justiça do trabalho (não importando a categoria
envolvida).

Art. 114, inciso III:


Serão sempre na justiça do trabalho:
- Sindicato vs. sindicato
- Sindicato vs. empregador
- Sindicato vs. empregado

Art. 114, inciso IV:


Se a matéria for relação de trabalho, HABEAS CORPUS, HABEAS DATA e MANDADO DE SEGURANÇA.
Como o habeas corpus é um remédio constitucional voltado para a liberdade de locomoção, ele é um
instrumento muito usado para prisões arbitrárias.
Aqui é um habeas corpus para as relações de trabalho, como por exemplo a situação em que um empregador
não permita que a doméstica saia da casa. A doméstica deverá impetrar um habeas corpus, que será de
competência da justiça do trabalho. A mesma coisa se um fazendeiro tiver empregados em regime de
escravidão, o MPT impetrará o habeas corpus na justiça do trabalho (Trabalhadores rurais presos).

No caso do fazendeiro, por exemplo, o fato de existir um HC na justiça do trabalho, não impede de
forma alguma o posterior ajuizamento da ação penal cabida.
Não teremos alteração de competência com posterior ajuizamento de ação por ser vedada a
usurpação de competência, são duas justiças especializadas.

Remédios constitucionais:
- Habeas corpus: liberdade de ir e vir.
- Habeas data: retificar ou requerer informação no banco de dados de caráter público (que não sejam de uso
privativo do órgão ou que possam ser transmitidas a terceiros).
- Mandado de Segurança: serve para direito líquido e certo não amparado por HC ou HD.

Art. 114, inciso V.


Conflitos de competência trabalhista, ressalvado o que é competência do Supremo.
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Art. 114, inciso VI


Açoes de indenização por dano moral e dano patrimonial decorrentes da relação de trabalho (acidentes de
trabalho – sumula vinculante no 22)

Art. 114, inciso VII


Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho. (NÃO ENVOLVE EMPREGADO, APENAS EMPREGADOR)

Art. 114, inciso VIII


Execução de oficio de contribuição social. Não é contribuição fiscal, é apenas a social.

Ler sumula vinculante no 22, sumula 300 do TST, sumula 389 do TST e a sumula 369 do STJ.

22/04/2017 - VIII AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

COMPETÊNCIAS MATERIAIS E TERRITORIAIS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

1- Competência em razão da função:

a. Vara do Trabalho:
i. Art. 652, 653 da CLT
ii. Art. 114, CF

b. TRT:
i. Art. 678, 679, 680 da CLT
ii. Art. 682 da CLT (Presidente)

c. TST:
i. Art. 68, 69, 70, 72, RI.
24
2- Competência em razão do lugar – art. 651

a. Foro de eleição – Art. 63 do NCPC


i. Ha uma corrente da justiça do trabalho que irá dizer que não se aplica eleição de foro ao
processo do trabalho – fundamento: para evitar a vulnerabilizaram do trabalhador.
ii. Ha outra corrente que entende que se aplica sim justamente para garantir o acesso à
justiça. Se eu desejo dar amplo acesso à justiça porque não poderia o trabalhador, com o
sue empregador, eleger o foro?
Orientação da doutrina: analisar o caso concreto.

b. Competência internacional
O entendimento hoje é que só cabe imunidade aos estados de execução e, por óbvio, de seus
atos de império, mas o processo de conhecimento não há imunidade.

Art. 81 e 82 da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do


Trabalho.
Se o estado estrangeiro renunciar, podemos executar aqui, caso contrário será expedida carta
rogatória.

Para os estados: Imunidade relativa – prevalece o entendimento de imunidade de execução.

Para os organismos internacionais:


OJ 416 da SDI 1
Então, ao lado do 114 I, deve-se mencionar a OJ 416 da SDI 1, pis essa OJ relativa o que era
relativizado.
O entendimento é que a imunidade é relativa, apenas quanto a execução. Entretanto, para
organismos internacionais (OMC, OIT), se o Brasil ratificar e incorporar no ordenamento jurídico
interno regra de tratado internacional que diga que esse organismo tem imunidade de jurisdição,
essa imunidade será absoluta.

Art. 651, §3o


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Cabe para quem trabalha em lugares transitórios (interpretação restritiva).


Há uma autorização de que ajuizar ação tanto no lugar de contratação quanto na prestação de serviço
(Interpretação conforme).
- Enunciado no 7 da 1a jornada de direito processual do trabalho.
- OJ 149 SDI 2: ART. 651, §3O
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial.

3- Modificação de competência

A CLT e omissa quanto a estas regras, logo, desde que haja compatibilidade principiológica,
serão aplicadas as regras do CPC

a. Prorrogação
i. Art. 65 do CPC.
importa para o direito do trabalhão a competência em razoa do foro e do território

Aceitação do autor (propõe perante vara


Aceitação do réu (quando deixa de opor no foro legal a exceção)
Aceitação do juiz (na hipótese de )

b. Conexão
i. Art. 54
ii. Art. 55

c. Continência
i. Art. 56
ii. Art. 57

d. Prevenção
i. Art. 58
ii. Art. 59
25 Prevenção não é exatamente uma causa de Modificação, mas é uma causa/consequência.

4- Conflitos de competência

Na CLT são chamados de conflito de jurisdição (incidente que ocorre quando dois órgãos se
proclamam competentes ou incompetentes – positivo ou negativo). As regras de conflito de jurisdição
então no artigo 803 da CLT.
- Sumula 420 do TST.

a. Art. 803, CLT


b. Art. 805, CLT (quem pode suscitar o conflito)
c. Art. 806, CLT (que deve ser combinado com o Art. 952 do CPC)
d. Art. 808, CLT (Como serão resolvidos)
e. Art. 114, v e 102, I, o, CF

Não há diferença objetiva entre exceção de incompetência e conflitos de jurisdição.


29/04/2017 - IX AULA DE DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA:

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO


(Cap. 3 do Livro)

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