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Editora Kelps
Comissão Técnica
172p.
ISBN: 978-85-400-2004-7
CDU: 821.134.3(81)-1
DIREITOS RESERVADOS
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2017
Este é o livro da Alcione.
Prefácio
Não lia!
Sumário
Se eu contasse
Dia primeiro
A mesma hora
Perder o amor
31 de outubro. Santana
Sem a Lua
Desejar a glória
A Memória e a Essência
Agosto
Desespero
De Giz, no chão
Dia de classe
Discurso reto
Perto da manhã
Retrato Calado
As três Marias
Moda de Viola
Agora
Ratos
Canção do colo
Veranico
A Valsa do Pintor
Seis por Oito
Saudades
Declaração de renda
Indo
Nada a declarar
E se a gente?
A cor da sombra
O mapa e o território
No fim da semana
Relendo o poeta
Sem a lua
Não eu
Coturnos
Queimada
A foto de Ryan
Pandora vazia
O dia de dia
O martelo de Domingos
Ar
Morcegos
Eu preciso
Indo II
Quando eu partir
Sempre
Outubro
Sextas-feiras
Costas
Rastros.
Confere as certidões.
Um.
Nenhum.
Só.
Indica o Breve.
Desfizesse
O construído num repetido gesto
Em mim se planta.
Em mim se colhe.
O tempo presencia.
Tamanho.
Doce mercúrio.
Crimes.
Agora é construir
Nada.
Comprimidos.
O coração não para... se equilibra.
- A morte é um milagre.
- Perca a esperança e tudo é o que é feito desse Barro que apodrece sobre
a terra incendiada.
Ninguém saiu?
Asas.
Silenciosas.
Mas dizendo.
Sublinhadas em vermelho.
Eu sou a névoa.
Você a fumaça
Que me abraça.
Engomadas.
Foge.
Com a sua.
Desmarcada.
Nunca irei.
Eu fico.
Alguém passa e vai embora.
Um Ok se for você.
Novembro
Cantando mais.
Bebendo mais.
Teria sim.
ara a vida.
Ovos pochê...
Cereais inomináveis...
Chilenos…
coisas de veganos...chias.
Sonhos de maias....
Peruanos.
Look at me.
Se eu contasse
Prefiro calar e ouvir. Sempre. Não sei fazer de outro jeito. Aprendi assim.
Faço assim
Em algum ponto,
Em algum sinal,
Em algum cruzamento
Leve a mesa.
Como nuvem.
Muitas vezes.
Você me pegando.
Ao céu do dia.
Você me chamando.
Você triste.
De imagens soltas.
Adocicado e sangrento.
A fé é sempre um silêncio
Estou assim
Reiniciar, reiniciar.
Dia primeiro
No teu corpo.
Como se um anúncio
Da voz de mistério
Me cobrirá de amar.
Me procurando no mar.
Diferentes
Ou que a vida é assim mesmo, mesmo tonta,
Quando não se tem cais, o que sobra são restos de garrafas amanhecidas.
Esticar os braços.
Pintar.
O mim.
Universo
Já atravessaste a rua.
Procurou.
Quarto.
Outro.
Casa assombrada.
Ficaremos.
Enferrujado.
Morenas.
Uma semibreve.
A mesma hora
O vento se encantou.
Esperar o nunca.
Irei lá fora.
Perder o amor
O ar.
31 de outubro. Santana
Que eu me arrependa
Seja esquecido
Sem a Lua
Sem a lua, sobra um espaço sem procedimento
De tão grande.
Sem voos.
Para continuar.
Sem a lua.
Desejar a glória
Brilhar, brilhar,
E sumir.
A Memória e a Essência
Nem carência de
Então.
Se fosse um enunciado do provável, um sofisma,
Separa.
Aguda é a História.
E o que se inventa.
A essência desdiferencia-se.
Para a vida.
Do mármore,
História recontada.
Velocidade.
Homem escreve.
Em suas cinzas.
Preguiça.
Desvencilhar de um pesadelo.
Vazio.
Sucumbiram de desgosto.
Diamantes.
Alguém que tira o semblante de uma pedra sabe
A procurar sorrisos.
De artista.
Acorrentadas irmãs.
Ausente.
Agosto
Verdade mesmo.
Não mais.
Fomos incriados.
Sobrevivi.
Mim.
Depois da festa.
Perseguem.
Caça.
Vingança.
Pequena mostarda.
Consegue.
Agora sim.
Lembrar.
E soluça desesperadamente.
Encontrá-la.
Desespero
Prisão.
O choro é inaudível.
Uma casa.
Ao chão.
Agora, não há como abraçar o mundo.
Em quadrinhos.
Eternamente.
O criar desejos.
Sonho, mata.
Esteno,
Agora, o ar dependurado.
Agora, os retalhos.
Redoma de cristal.
Primavera.
Sentir desesperado.
Um pesadelo infinito.
Que vem.
Ou um arremedo do passado.
Escada.
Pele.
Este verde é
Peça que a
Sorria.
Não é na dança.
Sente calmo.
Nunca terminada.
Vida.
Labirinto.
Quem me
Por querer.
O outro você.
Perdendo.
Seus degraus.
Agora.
Sinos.
Que se invente o
Amanhecer, então.
Solidão.
O outro.
Da sapataria.
Da vitrine.
Gotas em um remédio.
De Giz, no chão
Pelas escadas.
Esconder-se.
Dentro:
Apagando.
Que foge.
Mão.
Teto.
Nós dois.
Dia de classe
E tenta me enganar.
É assim que se é.
Tristeza.
Correntes e desmesuras.
Toda a obra, bem travada, de madeira
Esperança.
Convença.
Duvidar.
Dormiram sós.
Mar.
Morreram.
O navio
Sobre o vento.
Serpente.
Bigotas.
Pés de madeira.
Nunca se realiza.
Ficar no porto?
Tombadilho.
- Assim?
Ter cais.
Querem partir.
Chão.
Vestimenta.
Fazem festa
Se enriqueceram é
Porque sábios.
Pena.
Casa.
Não obedecem.
Precisam de preparos.
Palavra.
Um pé.
Pensamentos.
Me ver.
Cidade.
Esconde.
Ouvisse.
Palavras.
Duvido.
Silêncio.
Falha.
Paciência.
Vontade.
Perto da manhã
Corpo.
Antes de adormecer
Retrato Calado
E nos corredores.
À sombra de árvores...
Enchem as gavetas...
E permanece assim
Gritar.
As três Marias
Lavanderias.
Calçadas vazias.
Barato.
Moda de Viola
É de se cuidar do Tamanduá,
Teve português, hoje tem chinês, Junta todo mundo no mesmo jequi.
Agora
De uma só semente.
Ratos
De todos os dominadores.
Deus gritar.
Prata falsa.
Desvalidos.
Esquecidos.
Seus afazeres.
Sapatos.
Formados.
Canção do colo
Que só dá no coração.
Esperança e caridade.
Você e eu.
E só.
Nunca experimentou.
E se repete em
“Eu sou”.
Veranico
Um veranico
Os pinceis de vento
Enquanto se inventam.
Feito abelhas.
Às vezes, chove.
E morre de paixão
E mudasse a cor
“Eu te amo!”,
“Eu te amo!”,
O cobrir do cobertor.
Comum.
E se sentir embalada
“Eu te amo!”,
“Eu te amo!”,
Já se perdeu e é preciso um
“Eu te amo!”
“Eu te amo!”
“Eu te amo!”,
“Eu te amo!”
“Eu te amo!”,
É um poema perdido.
A certeza vencida
Peneiras.
De seu retrato.
A Valsa do Pintor
De paixão.
Se magoava e se retorcia
Ia dedilhando
Umedeceram travesseiros
Tentando esquecer.
Desbotada de saudade
Se sou eu ou se é você.
Desbotada, de guardar.
Saudades
Vidros.
Silenciosas.
Chuva.
Declaração de renda
Renda.
Nem o presidente.
E muito bem.
Amarrados.
Paredes.
Visitou.
De novos amigos.
Sorrisos.
De se atravessar.
Voltarei às bibliotecas.
Antiquários.
De quem vive.
Amor,
Filas.
Respostas.
As vontades se realizem.
Os encontros aconteçam.
Os amigos me esperem.
Os músicos me acompanhem.
E os amores...
Os amores me perdoem.
Lembro.
Nem do coração.
- Agora não...
- Espere...
Espere...
Enquanto se entregava.
- Agora não...
Indo
Gosto da mocidade.
O que me faz sorrir até hoje, ensimesmado?
Comigo?
Vive.
Responde.
E o tempo
História.
Óculos.
Sem cremes.
Você.
O que sobrou.
E a cama vazia.
Cadarços...
Vivo.
Da mesa.
Existir.
Não.
Fora.
Lá fora.
Se esconde no banheiro.
Lado da parede.
Latindo,
Trazem.
Quanto mais
Carro.
Angústia.
Buzinar.
Repetirá.
Mão.
Desespero pronto.
Semáforo.
Não.
Fora.
Lá fora.
Que volte.
.....................................................................................................................
.....................................................................................................................
Agora não.
Precisa de filas.
Restaurantes comunitários.
Lotações.
Praças de pombos.
Metrôs.
Precisa de praias.
Precisam.
Correndo
E olha.
Apartamento.
Além desse lugar, fica a fronteira que lhe deixa Dentro desse território.
Sala.
esbarrar.
Oi...
E pronto.
Fora.
Lá fora.
Casamento
Como você.
Fora.
Lá fora.
Neste território, além deste lugar, fica a fronteira que o deixa dentro.
Dentro de você.
Nada a declarar
Ainda é madrugada.
Que embrulha.
Não está.
E desistiram de você.
Você se olha do fundo do copo.
Não está.
Os jornais de ontem.
Liquefeitas.
De mim.
E o coração.
Chaveiros enferrujados,
Moedas antigas.
Entre as meias.
Cheio de brinquedos.
Sombra na parede.
Nada mais.
E se a gente?
No entre da linha?
Esmurra,
Nos curva e nos deixa tão nus que não tem como
Não se abater?
É uma confissão.
Um vidro de remédio.
Olhem...
Durmo.
Para mim.
Que achei.
De meus Sentidos.
Abraços.
Sua”.
Não
Perecíveis.
Nós fomos.
Desfez e leva.
Não estaremos.
Nunca mais.
Me cubra.
A mim.
Sombras.
Não terminaremos.
O mapa e o território
Para o mar,
Atirando sobre os ombros as pedras que
Pisávamos.
Rosto.
Olhar no espelho.
Gente.
Para o mar.
Horizonte,
Com essa.
Estamos condenados.
No fim da semana
Nem todas sextas foram assim,
E singulares.
E únicas.
Irremediavelmente.
Não foi um sopro, não foi uma luz, não foi uma chama.
Irreconhecíveis.
Relendo o poeta
O meu Neruda,
O poeta, procurava
Sobreviver.
Borbulhavam palavras.
E tentava voar,
Sopesavam as palavras
Despencassem
No solo de um hospital.
Estratosféricas.
Maquinações interrogativas
É seu artista.
Insatisfeito.
Em suas poesias
Das canções.
As próprias poesias
Me deram.
Sem a lua
Um dia, comungaremos.
De agulhas e veludo.
Finge que dorme, deixando que suas flores azuis fiquem tristes.
Os sonhos chegam
E os olhos da maldade se fecham.
Orvalho do mar.
Não eu
E conversa comigo.
Nenhum é você.
Coturnos
Dois coturnos.
Agora, um no ar.
O vinho?
Fome.
Liberdade.
Dois coturnos.
Agora, outro.
Não sobrevivo.
Queimada
É um espelho no breu.
Ora...
que a flor faz velundrume de reza que sobe batendo asas pra
só sabe por onde sai não sabe para onde vai, perde o caminho de voltar.
partida,
Mentir, fingir, terminar, mas a flor que se queimou tem, na raiz que
Que eu saí do meu cerrado, fui terminar num deserto e a flor não quis
nascer.
A foto de Ryan
Dizer.
Bar.
Dia.
Olho de memória.
Passa ao redor.
De sobressaltos com
Escapamentos e tiros.
Com cães.
Do português.
Pandora vazia
Olho esta caixa de longe
Se a encontro vazia?
O dia de dia
costas da África.
Se foi.
Feliz.
Tem o dia de não querer nada, só o amor louco e benfazejo que está ao
Apenas melodias.
Choveu ontem?
Choveu ontem?
O martelo de Domingos
É um vento no pó do infeliz.
É o fogo nas asas de uma abelha
A mentira, eu vi sobreviver,
Ar
Quer.
Coração.
Os olhos calados.
Quiser.
O futuro não.
Compor.
Morcegos
Frutas.
Pintadas de grude.
Os pés me seguem.
Sobre minha
Como arames.
Eu preciso
Tudo é sempre como se fosse uma infância qualquer e pobre para os dias
que já se foram.
no chão.
Não vá.
Não se curve como eu, contra o sol, virando as esquinas por conta de
É isso.
Não se persiga pelas linhas interrompidas das estradas que lhe abrem a
liberdade de ultrapassar.
(....)
Tinha você nesta cama desarrumada. Estes são nossos copos na mesa.
A melodia se foi.
juventude.
rasquinhar de chinelos.
O elevador escorre.
Indo II
Apenas, irreconhecível
Baixa.
Olhos.
Presenciando.
Silenciosa.
Agora se fechando.
Ela sabe.
Aquelas Saberiam.
Jocosidades de cemitério.
Perto.
Não me esquecerão.
Cena.
Porque
Chove.
Lembrança da janela.
Eu olhava.
Serenidade da vida,
Sede.
Espera.
Calados.
Espinhos de profeta.
Devagar.
Mesmo.
Sempre
Eternamente
Sempre.
Antes e depois.
Nos despindo.
Mais silencioso.
Sempre.
Antes e depois,
Encontra mais.
Outubro
Eu e um cão vira latas que sabe mais sobre passarinhos que eu sobre mim
mesmo.
Pensar assim talvez não seja tão bom quanto merecer que a esperança me
acompanhe.
Tudo menor.
Nunca o menor foi tão grande quanto este graveto feito de espinhos,
própria sombra.
Preciso de sua mão na minha mão sem armas antes de olhar nos olhos.
Todos sabem mais sobre nós dois do que a árvore de sua seiva.
Enquanto o ar engana seu medo para que você saia e se banhe dele.
Ninguém está aqui quando o vento entra pela cozinha e me procura pelos
corredores.
Olha eu, ali, sentado com o olhar fixo para a janela, as pernas sobre a
mesa,
E me contaria.