Você está na página 1de 14

\

b
.\ Ü l
\

r' J \.

b
\

l \

./

O 1997 b)' Antonio btanuc) BandeiraR. Cardaso.rosé Ctaudia BandcfreR. Cardos.


C2rlos Albcrto BandeiraR. Cârdoso. olaria Melena C. dc Souu Bmdeira c Marca St4mário
Corda;to dc SouzaBandeira

Direitos dc edição da obra cm língua portuguesa adquhidos


peia EDITARA NOVA FROFIIHRA S.A.
Rua Bambina. 25 - BotaÉago
CEP; 22251-050- Riodelanciro - RJ - Brasil
Tc1.:(021) 537 8770 - Fa:(02t) 286 67S5
http://wwwnovafrontcira.cam.br PPFIB&b B aa P e eaüqel BBBÜ bPPPBele 7

&luipe dc Produção
R2gi8a
Maqun Ct6nica daproültda do Btwil.
!.àb Na,}te 1=1auta aet)ciPetsq.bb % %se &ltbbbB-\.
}ttliõTbdo .4ndoriitba, andoHnb .....""".
So$ SeRIatSilw
Micbelb Chão Itinerâdo de PaêQaü ««-."«"

MúNoArw#o EsNdoslit átios..

A M$c«ào tn ungmPOMguua.
Revisão'
Crtlica de arte ......-
.,4na Inda Kronlmbciyr
Alguma nmq»naencia

DiW"«,çh
EdMbott 4pobnátlo
\

CIP-Brasil. Catalogação-na-6ontc
Sindicato Nacional dos Editora dc livros, RJ

Bandeira. ManDeI, t886-1969


Sclcu dc Pensa/ Manual Bandcim - Rio dcJaneko
Nova Fronteira, 1997
'oro XeroX
ISBN 85-209-0896-9

Pateta N.g gO
1. Prosa brasileira. 1. Título

97.]463 CDD 869.98


CDU 869.0(81)-8
Vontndc dc mudar as cores do vestido (autiverdcl) tão ícitl i
l)c minha palha, dc minha Fada $cm sapatos
E scm meias. pára minha
Hao pobrínhal A versijicação em lÍttgua poHt4guesa
Delta Larousse, 1960
Não tc direi o namc, Fada minha.
Tcu nome é pára amada.é patdazinha. l

Não rima com mãe gcndl.


Vives cm mim como uma filha. que és
Uma ilha de tcrnuq a Ilha
F'
O verBOe ecus apol08 Hüdcoõ. -- O verso é a unidade rítmica
Brasil, talvez.
do discurso poético. Parasalientar o ritmo sc têm valido os poetas, nos
Agon chamarei a cotovia
váriosidiomas. dc recursos formais como sejam os /ar dpü/i#illizü,
E pedirei que peça ac}rouxinol do día
os mZonidz Hb&«(quantidade), as /I'ma a aZünu@a.
o f#ru.úaaz#ü. o
Quc peça aa sabia
pana&dlmo,
o dzrÚIÚu,o #áaf/ii!»a .ü fáü&m.Estuducmos aqd os quc têm
Para levar-te presto este avigrama:
sidoutilizados em nosso idioma. a começar pela rima.
Pára rúnha saudades;iiqucm te ama«.
Vinfcius dc imorais;" A dma. -- Ri»a é a igualdade ou semelhança dc sons na termina-
Í.
çãodas palawas: «'4 wq' au cuü. Na rima ar4 dwe há paridade com-
Haveriamatos ouros pocüs em que respiga naus de ópmr
pletade sons a partir dü vogal tónica; na dma arH a13üa paridade é só
Todavia os que af vio rcpascntam dc maneta mais original a admü \

irõdca na modems poesia bnsilcita. dasvogais: as rimas do primcko dpo se chamam a íoa#ex. as do segun-
do Jbaa&r.

Na língua francesa costumavam os poetas rimar também a con- l

soanteanterior à vogal tónica: é a chamadalzha ma ra iaa#/pd 'Poi»,


Houveum poeta bmsilciro que empregou intencionalmente essetipo dc
rena-- Goulatt dc Andradc. Scu exemplo não íoi seguido.
Admite-sc cnue as limas consoantes a de vogal abeaa com vogal
Fechada:óeü, alh.ü. Tanto poetas brasileiros como portugueses amam
comoconsoantesduas palavrasque têm na sOabatónica um ditongo, t
ouu uma vogal 6cchadaou aberta: ól@. úl::igo;&n#b.71ü(Florbcla Es-
pmca).Pocus brasileiros têm praticado tal rima com palavméagudas: ?

? J,Z# (AJbcrto de Oliveira, PoeiiãaIB série, Garder, 1912, páB 209). !

Pocüs pormgucscs rimam os ditongos nasais ã e em aáH aé ür(Antõ-


nío Nobre, "Males dc Anta", JaD.
Arma Azcvedo limou. para cfdto jocoso, a palavra a@.l& com l
l
a palawawã«lzl0a,
completando a rima com a Falava átona ü. quc co-
l
meçao verso s%unte, para cuja mcdida concone:
Mandou-me Q senhor vigário
Quc Ihc comprasse uma aiyaü
Pata alumiar a rí/al;Pa
\
Da senhora do Rosário.
ManctclBandeirautilizou-sc dessedpa de rima cm "Vulf$\'aRa"c Há qual(o medos principais dc dispor as rimas: f/@a#aln/al {w-
'A canção tias lágrimas dc Pictrot". GlmatuZ Poetas brasileiros cnntcm- tuüf, fHüfadare m/râinuür. l I'a /Wan ül são as que sc sucedem duas
pnr;incas (Geir Campos. Cüssiâno Ricatdo e outros), sem dúvida l-'r a duas, como no "Minuete" dc Gonçalvcs Crespa:
influência de Louis Afagam, que 6oi o primeiro a usá-lo na poesia ürancc. Espaçoso é o salão: jünas a cada canto
s;t, têm-no introduzido nos seus poemas, mas 62zendo a ou as \'old} Admin-se o lavor do teta dc pau-santo.
atadaspertencer ao verso da rima c nâo ao seguinte: Cadeias de upaldat com fidvas prcgarias;
$cu campanário Um enorme safa; largas tapcçadas.
deidcalladrilho,
entre o azul do aFc o R/hdr 17w8udar
são asquc, cm'vez de sc sucederem cm parelhas, se
chão quc palmito. alternam.Numa quadra, por exemplo, o primeiro verso rima com o
("0 sino". Hq f'bEa,Gcir Campos) tctccim. c o segundo com o quarto!
Na ma. à direita, porque és a minha dama.
Pode a rima ser feita entre a palavra final dc um verso c â palavra A minha musaê o mcu pendão.
ande cai a primeira pausa do verso seguinte. É a rima interior. que fni Mas À minha csquctdg na cama.
muito praticada pelos românticos cm quüdms dc versos decassílabos:
Do lado do meu canção.
Dorme. que cu velo, sedutoralmaBra.
("Heráldica", dc Onestddo de Penna6ort)
Grata z»;mBfnquc no ermo vi;
Dorme -- Impossível-- quc encontreina tilü \ NASrl'na eíréiFM, rimam cm parelha dois versos entre dois ou-
Dorme, g;1117Za.
que m não volto aqUI ' MS também limados:
("A inda". dc Tomas Ribeiro) Vbi-se â ptimdK pomba despertada.
VH-w ouw m2ís... Mais oum... B enfim dezenas
Há outros exemplos esporádicos dc /ima ü/m'oC assim,da rali
vra final dc um verso com palavra anterior do mesmo verso: "Jlldni») i l)c pombas vão-se dos pombais apenas
Raia, sanguha e fresca. 2 madwgada.
de /Z»aardzbrilhos vidrilhos" ('soturno dc.Belo Horizonte". de Bl:iri«
de Andradc); 'tJHàp e certo / @faa a dcsetto/ .e//f / anta duno#dhÍ' ("As pombas". de R9imundoCorreia)
absoluto" ("0 rio da dúüda", Oa/;ueóa-íÉw dz a2m. de Cassiano Ricardn\. Ri»a iHüünuM sã0 àquelas em que a sucessão é livre, como nes-
São chamadas pobres. e devem scr citadas, as rimas dc pala\rRS tesversos de ':Alma cm flor" de AJberto de Oliveira:
da mesma categoria gramatical: advérbio com advérbio, adjedvo com Faí... nem lembro bcm que idade cu tinha.
adjeti\.o, substantivo com sübstandvo, etc., sobrando rias formas dc. Sc qúnzc anos ou mais;
mascadoaburldantes, como os advérbios em ne#/?, os advérbios CM.n.'f Creio que só quinze anos.« Foi âf fora
ou rH/z.os substantivos cm ü ou f?n, os verbos no infinidvo, no particí Numa fazenda antiga,
pio passado,oos pretéritos }mper6citosc perfeitos, ctc. Todavia. p(Hcm Com o scu engenho c as alas
tais rimas adíúdr-se quando de palavras quc emprestam corçadc ex- De dsdcas sanzalas,
pressão ao Contexto. corno se dá nas duas primeiras oitavas dc Oi /zriíbü/ Scu extenso terreiro,
Não procede. pois, a ctldca dc Antõnio Feliciarlo de Castilho classiüican. Scu campo verde c verdes canaviais.
do de "imperdoáveis dcsarcs" as almas riüabdar lqaài fdowa&.- En... Também o mês esqueceágata
!d$carnm, snblimaram,gbriola!, uliolm, v loroia, dilatando, dctpatanao, hbritü . A inHel memória minhas
da daquelas magistrais estrofes. Também são dc usar coH grande cautcll Maicl« junho«. não sei sc julho diga.
as rimas clinmadas ricas ou raras. o oposto das rimas pobres ou tHs-iaiç. Juba ou agosto.Sei que havia o cheiro
e club soam às vezes tão aíetadamcnte. Da sassaításem flor;
Os versos que não rimam são chamados óxu#rulou io/zaros quc
A a/b7Füa
du /ú « sc Eu com lcuas minúsculas, sendo os versos
estão fora da medida, g f&nadoi.
quc rimam representados pela mesma leva. Assim, o csiluema de duas
rimas emparelhadasé aq de uma quadra COMrimas cruzadas,.lluh dc
Olho o céu 27af eepmf f descattso. L-.
ONh Q ctu$io eàt@h-. qlqllifãoae$'aÕ
outra CQHrimas enlaçadas,e&ó4dos versos dc Albcrto de Olívdta cita-
dos atrás,a&rdzgOaudÜE. l No ptínclpio 6oi um balançocontínuo c vagaroso
nevoas .Pli pesando HMa lombró indiilinta,
A aliteração. -- No scu sentido global, consiste a #/irado cm Um ganhe bi:0 3RRiut knf6il broncosIQmüBruma.
repetirum fonemaem Falavasseguidas,
próximas,ou distantes
ml'
simetricamentedíspostâ&Em scnddo restrito, é, na poesia,a identidade No princípio Eoium balanço continuo c vagaroso.
da consoante inicial. ou da sílaba inicial, dc duas ou mais palavrasnum Depôs tudoano . !i4 HçãodewrloÜ
verso. Neste sentido dcHiNu-aPedra Henrfquez-Urcãa cama "rima a'' Os dois primeiros exemplos são do poema 'THstcza descorüê-
conuáHo -- rima dos começos das palawas, cm quc basta a igualdade cida"; o terceiro, do poema "Descanso"; o quarto, do poema "Génese
dos ioH/duíiniciais ou, cm cenas ocasiões, o !cgülado contrastecnlrc 1" (Gl#» dó fíü#r).
eles". A aUtcraçãotcm quasesempre efeito de hnmoda imitaüvâ:
E, as curvas harpas de oum acompülúmdo, O paralelismo. -- Paxuéãi»oé repetição dc idéias sinonímia dc
T$ÀasJlaHtins$nfisimosgàusam\ voçábdos.Cmtiga dc amigo dc PcEOGonçalves de Pote CKrcito, Uo-
':lü Clzhór /ümf de metal «»/upun. wdor poauguês do tempo de Aãonso lll.
f'X tentação dc Xenócmtcs", dc Olavo Bilat\ O anel do meu amigo
Perdi-o saio verde pinho
O mais longa exemplo de aliteração cm língua pottuBiçsâ é o dc E cear'cu,bclal
Cruz c Souz8 em "Violões que choram.-" (&/ii©:
O and do meti amado
Vozes veladas.veludos8s vozes,
Perdi-a se lo verde ramo
Volúpias dor víolõcs, vozes veladas,
B chor'cu,bclal
Vogam Harvelhos vórtices velozes
l)ai ventos, vivas, vãs, vulcaúzadas. Perdi-o solo verde pinho;
Por cn chor'eu,dona ergo.
A aliteração da vogal tónica tem o nome de fm a dtcraçào dç
E chat'cu, bclat
Bilac, citada atrás. é um bom exemplo de eco das vogais tónicas /c 4
Perdi-o se lo verde ramo;
O encadeamento.-- Consisteo f r dta e foCMrcpcdrdc vtr. Porca cear'cu dona d'algo.
se a verso 6oncrnas. palavras, frases e até um«verso inteiro. Poi FCCUBI, E chor'eu, bclal
rítmico muidssimo usado na poesia medieval c é frequente na p sia Nessa cantiga hã. dc e$uoGc a cstlo6e, repcdção de ideia, sinoNmia
moderna em versos livres. Excmplas colados cm Auguseo Frcdcrfco de vocábulos (aaÜa, acudo pvháo. za a; du 4 nÜa, doba dbéa9. A pat desse
Schmidt:
paddismQ acoite também o encadeamentopela repetição dos versos
No entanto este motivo escondido existe. "Perdi-ose lo verde pinho" e 'Tcrdi-o se lo verde mmo," razão por
Não veio, esta tristeza. da saudade da quc é sempre a quc receberam 2s cantigas medievais desse dpo o nome dc paxu&ü/üuí
Ausente meda?d"!.
Nem da suagraça desaparecida«.
(?P i 2o dêle lna)
O actóstíco. -- No aMM as letras iniciais dos versos formam
Pz#id cm mortos quc morreram entre indi6crcntcs. um nome dc pessoa ou coisa: reside na escrita c não é percebido pelo
P »«/ nas«has mulher«..(np./irão d pàmuÜ ouvido.Exemplo:
Olho o céu e flWm descanso. it4atia, tens no tcu vulto
C)ho o céu c ar rlmür»m. .4 gnça da gire e da flor.
l<cndo-tc mais do quc amor
Chama-seüzl#naa pausaintencional ptadcada no interior do vcr
Imenso: renda.te culto.
,41lJ conto à mãe do Sçnttur.
se.Às duas partes, ncm sempre iguais, cm quc fica o verso dividido pela
cesutase dá o nome dc óemir#?ül. A ccsura funciona como apoio rítmi
O número fixo de oHabao. -- A contagem das sílabas no leria cona estrutura do wtso longo. Exemplos cm dccassílabo, hendecassllabo
(»fM) digereda contagem gramatical: o po«a pode elidir uma voga n\ e dodccassOabo:
vogal seguintedenso dc uma palavra,ou da sHabafinal de uma palavra Sete anos dc pastora Jacó servia (Camões)
p'ra a sílaba inicial da palavra seguinte. À primeira agua se chama i; í'nlc Tange o sino. tan l gc DUMAvoz de choro (Vicente dc Carvalho)
à segunda, nb.zlyu. Assim, em "piedade" as sOabas gramaticais sio qua- As mãos da minha Mãe l sobre a minha cabeça (Olegádo Marçano)
tro; mns o mctrilicadot', eUdirldo a vogal f na vogal e, pode reduzir aç
sílabas da palavra a três: pír.da-dz. No membro de 8rasc "entre caras A pausa final do verso pode recair em palavra que deixa incom
Conta o gramática quatro sílabas; o poeta, porém, cuide o f final de plcto o sentido da frase, o qual sc vai completar na pdlneira ou primei-
raspalavras do verso seguinte. Para a primeira sílaba tónica deste é cntâa
"entre" no ? inicial dc "estas" c conta só três sílabas. A clisãa pode adnlir
mais de duas vogais, como na frase "quero a estrela", cujas s(lobasmétri. Uansfcrida
a pausa,c a esseefeito rítmico éc dá em francêso nome
cas são quatro: g/zf-'Paff-»./a. Umas vogais são mais duras dc cl;dir quc nybn&faf#/. para tradução do qual propôs Saio Ali o vocábulo cuppéú-
'utras: ns elisõcs «io)cntns como -# '#" (até agora), ú-#f/. (atê ;u) mfe/a.Na estrofe 60 do Canto V de Or Zwiáada
ocorrem três belos exem-
cornunlcam ao verso certa Força csculUml, ao passo que os hiatos. isto é. plos dc f @a&fmzHJ!
a ltâo clisão das vogais, lhes con6erc ccHta suaüdade musical melódica. Desfez-sca nuvem'negrac c'um laHon
/\ cscolltít da clisão ou do hiato depende da na reza clo vclso c tlíi
Banida muito longe'o mar soou.
gosto do poeta. Nâo se admitem, porém, as sinalcfasde duasvogais Eu. levantandoasmãosao santoram
atonas, o que tornará o verso demasiado frouxo: no poema póstumo Dar .Hi#2i, quc tão longe nos guiou.
de Gonçdves D;as intitulado "No juclim" o verso "De Inglatcrra a A Deus pcd; que removcsse os dwmr
princesa" é um sepdssllabofrouxo, porque obriga ao Mato do f no 4 ou
do a no d Chor que Adamastorcontou futuros.

Sea última palavra do verso Éorparoxítona,gnapfse chamaelc;sc A nomenclamra dos versos regulares. como coram praticados
oxítona, aBedqse proparoxftona, rMa;xMo.Contam-se as sílabasmétrica. em nossa Ungua âté o advento da poesia modernista, sc íu mediante
até a última vogaltónica do verso.'Damos abaixo quatro versosdc prefixos gregos, designadvos dos numerais dc l até 12: mo#olilüóol
Artur Azevedo, gravando em itálico as sílabas contados: linilabos, Mssihbos, tetrassilaboi (ulnbtm st üz qKdriisllaboiÜ. pentaliílal)os
Co!-ln-mama-go.ra o!-lí.ficas !tdoFailbamenor,buassflabü qnaotiaiba mlnorou beHiooquebrados.}nptassílal)o
l/zr-ar:áz-:f/:-arJ./f fl.#.]o: undondtlhamaior au úm pXesmct\te ndondill)aÜ; acloslilabo, eneassílaboe
TH.is-i!-lo eu-sou.a-qHi-\a, údzcmiiü&o(albxaadnao).
Foram mos os exemplos de metros mais lon-
Flt.és-as-sa-da ttt-ai-!im.
gos(Bilacescreveuem versosdc 14 sílabaso seusoneto "Cantilena').
Tal sistema dc contagem, também usado no id;oma francês.li)i Os metros de uma: dun ou üês sílabasnão.comportam senão
introduzido cm nossalínguapor Antânio FcUcianode Cüsdlhono scu umapausa-Mátio de Andmde usou com &cqüênciao primeho no poe-
7h/udo dPmr/ #!figrã.po/íHgwfia.Antes dele, contavam-se todas a$ sílat'l ç ma"Danças":

do verso grave, não sc contava a última do verso csddxulo. c convide. quebra


rata-se incompleto o verso agudo, pela quc contava como duas a últi. queima
Ma sílaba métrica. Descarte, os versos de Artur A2evedo citados âcinli
são chamados @/mi7&&ar(dc sete sílabas) segundo o sistema de C2stilhr,. dança

hoje prevalecente. c oí»iiJHa&or


(dc oito snabas)scgutldo o sistema antiF«. sangue
que ainda prevalece na língua espanhola, e que em nosso idioma prctcn' gosma...
dcu restaurar o proEcssor M. Said Ab. Advirta-se que se bata dc mera
Exemplo notável de díssílabosé o poema 'K valsa" de Casimira
questão de nome, que não afeta a estrutura do verso. de Abriu;
} & :? bl,l/i

Tu. ontem. Lcmbnt àquele patalsa-?


Na dança. ('lb?líi'acd': dc Bilac)
Quc cansa,
No entanto jú Casdlho rcgistrava outras pausas:na segunda sílaba
\4)aves...
("Morar e scm ao mcu encanto'); na tcrccim c na sexta ('lbrno ana'
Na sátira de Gonçalvcs Diu ':A cctu autoridade" (O&wpéra WC mcluZ feliz'); Machado dc Assim empregou-as todas cm "Mosca 1.
aaÜ os últimos dczcnovc versos são ttíssllabos: azul", "lqor da mocidade" c outros poemas
Realmente, Dos mcuos de nove súabasmais usual é o que leva pausana
teEccira
c na sexta sílaba, como o pladêou o fiasse Gonçalvcs Dias na
1-
Coronel, l

Tens UHa alma soberba maldição do velho tupi dc "louca-Pluma":


B! '
Bem cruel... Tu chomítc cm prcieaçada Morte?
Na prueWa dc csõmhos choraste?
Os metros de quatro siHabas podem levar pausa interior na pn Não dcsr?lideo co&w/dedo forte:
i\leira ('À'frinham-sc 3s florcs>. na segunda ("EltlZa btincattdo') ou na Pois cho/wtc, tncu.pho não é$1
terceira("S'lom/vinha').
"Qualquer outra composição detulparia esta tnedida", accionou
A redondinha mcROt (cinco sílabas) pode lcvu pausa htelior cm
qualquer das quauo primeiras sOabas: Clsdlho. Nãa se parte diKt tal do cneassOaboacanhado na quarU síla-
7}+ida baila ba,tão magistralmente empregado no poema "Plenilúnio" dc Rgimundo
Caacia:
A .gota novidro.
Além nos «es, üemdamentc,
Escorn#do Jogo,
Quc «isco ha«u das nuv.ns s,i?
E scmcaia üêmula.
Luz cnüc as./h©as, fHa e silente;
Pode ainda lcvu mais de uma pausa hteriot ('Não n, ucM iú ml. Assim nos acs, ttcn\dameatc,
O mesmo sc passacom os hcxassüabos e os.hcptassübos. Estes. Balão caso, subindo vai..

redondilhas maiores, são o metro da prcãcrência populn. Exemplos dc Temos qüe se podem construir cneassOabos
coM pausana segun-
uns c dc outros:
da c na quinta sílabas C"Não idncm preço saber fiada') ou somente na
Sumiu-sc o sot csplênddo cpinta("Nãa im8gi#a'coisa nenhuma'): tudo dependeda habUdadee
Nas vagas rumorosas.(6 sOabas) gostodo poeta.
Até nas flores se cnconua O metro de dez sílabas,chamado wno ófzúo porque foi pre6cd-
A diferença da salte do pua os Fumas épicos, ou ginja l õb#o,porque da Itáli8 a ttowe $á
dc Mir#nda pua Portugal, lwa otdinariamentc pausa na sexta sílaba (qã-
Umas ettücium a vida.
sça primcimpaaba d«peatada'), ou ctitão na quanta e na oitava ("Ora
Outras cn6citam a morte. (rcdondilhas)
61irllqouüf csfMastCerto'). Todavia, apareceaqui c ali na poesiaitalia-
C)s octossilabos íoum raros antes de Casdlho. Este escrc\.cu: "{ ) na, misturado aos versos desseüpO, outro com pausa na quarta e na
metro dc oito sílabas, pode'sc dizer quc ainda não é usado em prlnu- sétimasílaba('Ma se coaafcer la.p/ãna mdicc", Dantc). Tal verso já era
guês." Acrescentando: "«.quando mais e mchor cultivado, a julBarmn conhecidorta pcdnsda ibérica sob o Ramadeg ifagaá8a.Encoatramo-
lo pelos seuselementos,c pelo que os üranccsesdele têm chcRKln] lo dc vcz em quando cm Camõcs: "Posto que /üos E/bpcs eram; Doce
fazer, pode vir ainda a scr muito apreciado". O vadclnio realizou-sc.O! raPO/ísode minha lembnnça". Também cm António Fctrcira c Sá dc
poetas parnasianos serviram-sc dele com íreqíiência, nunca deixando. btimnda.Outra vaticdade de decassílaboé o que traz pausana segunda
porém. dc fazer cesura na quarta sOaba. c nasétimasõabas(HPhcB, precipi/pda bigorna'). Condenou-a Castilho
Por quc mc vens com o mesmo riso, c talvezpor isso não tenha sido usadapelos nossosromânticos,
Pot que me vens com a mesma voz parnasianos
c simbolistas. Hoje são mato encontradiços em possapoe-
O olhar nevoento« o passo lento«. soooícnto«
sia c-sscsc ( iutí( is (lccí.ssltabos correntes na poesia francesa, como ns quc
E cm meio àqttcle desalinho pitoresco«
lcvnm p:tusn n:t quinta c na oitava sílabas. ou ainda na quinta e na sétima: Pelos caminhos levando Folhas dc cores...
C) sonho passou.Traz magoado o rim. As carícias dclica ssimasda essência«.
Magoada a cabeça exposta à umidadc.
(''Rondo de colombina", de Manue1 8aadcin- Neles não há a clisão mediana, mas o ritmo é o mesmloquc rcsut-
uda leitura nautal dos vcHos scgtdntcs de Francisca Júlia, onde custe a
O metro dc onze sílabas,chamado de adz üC às vezestc\a tlisão:
pausa na segunda, na quinta c na oitava sílabas c então pode oferecer um São esqueletos quc de braços tcvatttadcls-.
dama enérgico. pelo quc 6oi prcfcfido par Gonçalves Dias cm algunsde E senta-sc.Compõe aglouras. Olha cm torna«-
seuspoemas indianisus de feição épica: Ó Natureza. ó Mãc pérnidaltu, quc crias«
São mãos, selvros. coóp/tos dc glória, 'lento aborto. quc se mnsforma c se tcROVâ-
Já .P,üos in'üaín. já mlltam vitória.
l)á-se o nome de vctsiGicâção.po&mZln'ca
àquela.cm que sc misu-
("loucaPijama') run dois ob mais meros. A mistun dc dccãssílaboscam haassgübos se
Às vezes pode levar pausa apenas na qdnta süaba e então o cícilo dã a denominação de dZMU.
é, ao conuátio, dc extrema doçura:
Ail há quantos mos que cu pari chorando A cstrofação. -- O discursopoético ora sêapresentacm forma
Deste meu saudar, carinhoso lata contida,ora distribuído em gupos dc versos.quc sc denominam filr1lzJ.
O nome aAKuel#üo dado ao metro dc doze sílabas dcti\.a do PJihda. M&xuou faZ&o(Incsiü notada c$câ) c cop/u (ançõcs popdarcs).
Composições
hâ m quc um certo número dc versossão rcpeddos
RomaedyAxa dn Zz6nuadp,começadono século Xll pot Lambert licor
e terminado no fécula 6cguintepor Alcxündrc de Bcrn2y.SÓpcnein'u depoisde cada cstto6e: é o ryçl@ /#iú» ou aM#Z»o.
As cstroHcspodem ser ilD@4u,isto é. 6ormad2sde versosda mes-
eM nossa língua pc\os meados do século XIX. Castra .Nvcs usou-o em
seuspõem;ts "Poesia e mendicidade". '% Boa Vista", "Pelas sombras'. mamedida;rol@ai/ui,onde coitos versos maioressc compõem cóm
ouros menores; c &ml, ottde sc admitem versos dc quülqucr meada.
"0 toRcI das dan8idcs". '?»xmf#iü oó/B#T Hyxü't "Deusa incrucnta" c
Nâs estrofes compostas o verso mdot é normativo. c o seu nú-
"No monte". Usou-o.porém. como ê praticamos baetasdc Ifnpl
rncrode sílabasimpõe o do verso mcoof. Assim, ao hcptassllabosc
espanhola,isto é, coma composto dc dois verás de. seis sílabas.m&+
associao dc üês ou quatro sílabas; âo decassOabo,o hexusaabo; ao
scm atender à exigência de não terminar o primeiro' hcmisdquio cm
hendccassllabo.
o pentassllabo;ao alexandrino,os de oito, seisou quatro
palavra esdnixu\a c quando terminar em palavra grave, começar o se.
übu
gundo hcmisdquio por vogal ("Era uma tarde teste. maslímpida c srrc.
Segundo as estto6cs sc compõetn de dak, três, quaUO, cinco, seis,
na'). Os nossos pamasianosobedeceramcstritamcttte à lição dos clásçi.
oito ou dez versos, recebem tcspccdvamcnte as dcnomhãçõcs de dk/i'm4
cos franceses na mandra dc ccsurat o alexandrino. Todavia, clássicosc
tinto! QU Irfificos, qHadmt ou q attelos. q#intilba, sodlba,. oitava! e dédma.ç-
parnasianosncm sempre faziam coincidir a pausa do sentido com Â
Asestrofesde sete c nove versos não têm nome especial.O poema de
pausa do hcmist(guio. Bilac c Guimataens Passos,no scu Ih/ado /r umsó verso se dcnoiútia ao#áiüb.
refJ#auFão,exemplificam como certo o verso "Dava-lhe a custo a sí,m
O íüúb é mato empregadopelo povo nos seusadágios('Água
bra escassae pequenina" porque a vogal final do primeiro hemistfqui«
molecm pedra dun/ Tanto bate até que füa'). Exemplos famosos
(o a de íam/ym)sc slide na vogal f inicial do segundohcmisdquio; e Coar,
sãoos dc GucrraJunqueiro cm "A \ágrima" c o dc Casão Alvos cm "0
errada a verso "Dava-lhe a custo a sombra 6mcac pcqueNna", por nin
toneldas datíaidcs". O esquemadas !imãs é m óê G etc.
haver elisão. No entanto a maneira natural de ler ambos os \ersns é
No poema em /zrz?/aio esquemaé a&4 &rê dç dz4 e assim par
fazendo duas pausasinteriores, a primeira em wl/D,a segundaem aGI.'.'i diante.sendo aZ Zió//wno número deles, mas a última esuofc deve scr
elxzcn. Esse ritmo tcrnário, sem atenção à ccsura mediana, e outr«'.
umaquadra.Sc, par exemplo, o último terceto houver sido iã4 a quadra
como o quaternário (3+3+3) e os de cone irregular são correntesnl
obedeceráao esquema eÍig TH é o tipo clássico de tercetos..quc eta
moderna poesia da língua portuguesa. Exemplos dc Ribeiro Coutos
tnuilu unl)rcgatlo para as elegias. epístolas c éctogns. Os NlccRis tl'" Eu nasd além d08 mares
\

Os meus lürcs,
scioctos Rprcsentam diversos disposições de rimas: a&#. &#h dd&. rrh d?ç.
nÓCc o\ltían Meus amores ficam Jál
-- Onde canta n03 rcdros
Nas #/íaóui asrimas sc dispõem das scgdntcs maneiras:dóri).Éf.l.
eõ&u.Os versos podem tcr todos a mesma medida, ou os ímparesum) Seus suspirosa

c os pares ouu, ou ainda os três ptimcitos uoâ e o quarto outn. Elcó- Seussuspiros o sabiát
plo do ptímeiro dpo, a quadrapopular. Do segundo: A estrofe dc sete versos [oi muito usada na poesia trovadorcsca c
Debruçada n2s águas dc um regata : disuibuição das limas en h8bitualmcntc aóóarzu.
A flor dizia em vão "Pedra ]vo" de Álvzes de Azcvcdo está escrito cm decassílabos,
A coticntc, ondebela semirava«. sdw o sétimo veio, quc é heróico qucbndo. doando segundoo esque-
':N, não He deixes, nãos" ma @h&h. Em "Pequenino morto" dc Vigente dc Canalha os ursos
('Não mc deüesl". de G. Dias) sãohendccassílabos,sugo o demo, quç é penussllabo, e rimam aó cóm
Na "Última canção do beco" 'dc M8nucl Bandeira, «chita cm
Exemplo do terceiro dpo: Kdondihas, rimam apenas o SWlndo c o sétimo verso.
No at sossegadoum sino cura, A aí'xaPU
aprcscnt2um tipo hvariávcl, a chamadaõerúcu,c outro
Um sino cana ao ar sombrio. vdávcl. a &lüd.
Pálida.Vêttus sc lcvânt#... A oitava heróica, assim denominada por ser a usual nos poema
Que Mol épicos,compõe-sc de dccusüabos, que obedecemao seguinteesquema
de limas: a&u&4&qcomo se pode vctiHcz cm qualquer csüo6c de Or
A gwiailZ»a clássica, como íoi praticada por Sá de Mirando. obc.
deck a um dos dois esquemasaàua&c a&àuà
A oitava ética admite grande variedade.Pode scr a simples justa'
Os santosdc longas tens posiçãode duas quad!«: a&a&aüdouóó&Mlú&:Tcm, porém, mais uNda-
Sempre botam mais buscados, dc nos esquemas dó&rai&dr.dmórrú, d&c&iúüà.
Os d8 nossa estão cadeados. Exemplo do ptimcito dpo:
Busquemos santos das serras A vclHcc tcm vigOias,
Que estãomais desocupados. Luu cm gnvcs pensamentos;
Escrever com louvainitüas, A moddade tcm sonhos.
Não é minha profissão; A inEânci%ptcssentimcntos.
f
'arar unhas ao leão Lcv2 a malte 4 cada instante
Uma cspcnriçaperdida. l
Para põ-las nas galinhas,
Sonhar.prcssendr,pensar-.
Outros o caçam,que cu não.
E nisto sc esvaia vida.
Outros esquemas: aÓp&u,a&&u4 duÓu&.E ainda. deixando o I'li. CflnGmcia,mocidade, velhice". dc Ftu-
moita verso solto: d&r&c ou d&ür&. dsco Otavimo)
A ;ocllZbaantiga cm de uma só riam nos wgundo. quarto c scxç"
Exemplo do segundo:
versos(d&úd99.
AssimcompôsGonçalvn Diasu sus .Sod/bwlilJ;#/!w5 Uma tarde cor dc rosé..
A scxdlha modcma usa outros esquemas,com duas rimas(ahhl4 l.h;h Uma lula assimmodesta.
a&&u&4ou uês (m&li# podendo os versos cm & scr dc metro menor que Assim nistonha como esta.
os versos em a, e sendo de ordináti0 4 grave c & agudo). Os romhdrt,!
De pescadores,também-.
cddvaram mato a scxtilha do dpo destadc Casimho de Abtcu: Sobrea plnúcic ucaasa
Por onda olordão dedv8. A estrofe dc nove versos. pouco usada. pode ser definida como
Pousa a sombra cvoc2dva umaquadn e uma quintHhajustaposta Na cantiga de amor dc eiras
Das montanhasde Síquém-. Nuncaquc comcç2pelo verso ':Amor faz a mim amar tal senhor"a
(Viccntc de Carvaho) dsübuição das rimas é a&ú&ldUcd. No poema "Visto" emprega Macha-
do dc Assimo esquema aaódBcdB.
Os românticos cultivaram essedpo dc oitava, Mas deixandoscm
A esuo6c.dc dcz versos. â dZMd, é a justaposição dc uma quadra
hma o primeiro c o quinto verso (Casimira de Abriu, 'Meus oito anos'
e umasextilha,ou dc duas qdntilhas. Exemplo da primeha é a seguinte
Exemplo do terceiro:
uparsadc Sá de Miranda:
Quando a sol queima 8s cstradas. A vossa bula dc amor
E nas várzeas abrasadas
Não é pcn toda a gente:
Do vento as quentes lufadas Perdoa â culpa somente.
Erguem novelos de p6: A pena não, ncm a dor.
Como é doce cm meio às chás E assef2z amor.cod cla,
Sob um leio dc lianas. Quc com cspcrmçaincerta
Das ondas nas espadanas Tru ó mar c morte certa
Balüar-se despida c sól-. Lcandro, c Hcto à jmela.
C'Na fonte", dc C8stro Alvos) Asseque dc 8mot e dela
Mais se abrace que sc apela
Exemplo do quarto:
Então tcpcd ao povo: Exemplo da segunda, do mesmo autor
-- Despertado sono teus Asseme têm rcparüdo
Sansãol dcrroca âs colunasl Exucmos quenão entendo;
Quebra os 6cnos. Protneteul Dc toda parte corrido.
Dc todas dcsacortido.
Vesúvio curvo --T não pato,
De ticnhuma mc defendo.
Ígtlca cama solta.aos ares,
Em lavas inunda os mares. A üda estámal scgua,
Eu tclüo outro mor cuidado:
Mergulha o gládlo no céus
Que md cm t«\to csdmado
("Pedralvo". dc CastraAJvcs)
Que nesta dcsavcntum
Tipo especialdc oitava é o mb4 forma medieval, hoje só cmFn. Mc Cazdcsavcntumdol
gadona poesia ]igeim, c na qual o pdmciro verso se repetecomo quttí..
e o primeiro e o segundo coma sétima e oitavo. Os poemas de forma Exa. -- Os pHndpais'poemas dc forma
Exemplo: 6n cdüvados em nossaHrigua s2o o la eü, o nHa, o ro#dz4a óaüíü, o
As cantigas quc n cmt2s l08b nal, o \Àlanah. a vilanela. çl sodina. Q pantum B o bdcai.
Fogem-me as mágoas antigas«. O lo#r» apresentaduu vaticdadcs:o lu f& lhiihROc o ia#f/o»yü.
São tão alegres e tantas O sdncto itdano compõe-se dc dois quutctos c dois tercetos.A
As cmdgas que tu cantas! disuibuição das rimas é mato v3tiávtl. No soneto dássico os qu rectos
Minhas üstezas espadas sio constrüdos sobre duas almas;oÉtcrcetos, sobre duu ou três. Eis os
Com tuas fichas cantigas: esquemas paraos quartetos: && l &&qaáu&l dóa&.Pua os tcrcetos:üdF
Às cantigas que tu cantas l íid #z l lzÜ ad l ez4 /lü l dr4 cdr l iil# cü l fd#. É considerado
Fogem-me as mágoas antigas. incgu\aridadcmisMrar o$ dois esquemasde quarteto; por exemplo li'
Nd«tím M,gdhães) mu num quatuto && e no outro &@&ou Óaõou óaóa.Mais itrcgul«
.#üteBÚ

3in(la é não rimar os versas do segundo quarteto com os {lo primlir« Italiano.mas M tcddadc cowdtucm um soneto Inglês: aü .quartetos, com
(aóõõ lüdz4. O esquema que parece comunicar ao soneto maior uNd2dc
-a. : .:B
iuius hdcpendaltcs, c um dlsdca Como ul vamos üansctwê-k): F'i- '!i

c harmonia formais é aóõú l aóóa l ldr l dd. Apavorado acordo cm treva. O luar
Exemplo dc Bocagc: É como o espectro do mcu sonho cm mim
B
Sobre estas duras, cavcmosas fragas, E sem desvio, c louco, sou o mar
Quc o marinho furor vai carcomendo, Patético. sonâmbulo e scm fim.
Mc estão ncgns paixões n'alma fervendo, Desço da noite, envolto em sono; c os braços
Como fervem no pego as crespas vagas. Como imãs, atraia o firmamento
Razão feroz, o coração mc indagar. Enquanto os bruxos, velhos c devassos,
Dc Meus erros a bomba esclarecendo. Assobiamde mim na voz do vento.
E vásnele(ai dc mimopalpmdoe vendo
De agudas ânsias vcncnasas chagas. Sou o mail sou Q mail meu corpo informe
Scm dimensão c sem razia mc lcv8
Cego a meus males, surdo a tcu reclamo.
Pam o silêndo alidc o Silêncio dorme
Mil objctos dc horror co a idéia cu corra.
\

Enorme E como o mu dentroda neva


Solto gemidos, lágdmas derrama.
Razão.dc quc me scwc o tcu socorro? Num constantealnmcs$oluso e aflito
Mandas-mc não amar: cu ardo, cu amo; Eu mc cspcdaçocm vão coam o infinito.
Dizes-mc que sossegue:cu pena, cu morro.
1'} O roadZ.forma francesa, é um poema de quinze versos, distri-
\.
Dá-sc o nome dc on.r dz .ra#fáura UM8 série dc quinze, cm quc. a buídoscm três csuofcs, segundo o esquema adóóú l &C l a&&aGa
partir do segundo,cadaum tcm como urso inicial o úldmo vctso&! maiúscula
CtepKscntmdo as palavrasideais da ptimcin csclo6ctcpc-
soneto anterior. c o décimo quinto $c compõe dos versos repcúdos.n! údascomo csüibilho c üdmo verso d2 segundac da terceira estrofe.
quais devem formar um scnddo. Gcir Campos renovou entre nós es! Exemplode Goulan de Andmdc:
ll façanha vlrcuosfsdca, mas brinda ao esquema ortodoxo d8s limas. qun Lá, longo enuc árvorescu vejo.
dizer, rimando livnmente c às vezes nâo limando. T:o vário como o teu desejo«.
Os poetas modctnos, aliás, têm tomado ch tdação à constwçi" Saindo brinco de um casal.
do sonetoitaliano toda sortede libcrdadn. Joqc de Umo, cm seuIJn O hmo, cm IMBuídacapital,
dp ío f/av, rima às vezes apenas dois versos quaisquer ou não rima nc Made como um leve adeja
nhum ou rima os quartetos segundo o esquema a&adl a&cd.ctc. Cassian« Dize, saá cm vão que almcjo,
Ricardo rima, no soneto "0 herói riste", apems os últimos \ anos d«l Ouvindo a múmia do beijo,
qumctos c tctcetos(ózw, /vm. dwa, íwa); cm ouço soneto("Eva matuta. Viver contigo um sonho real,
na') sustentauma rima única nos versos patas dos quartetos.no scpn Lá,longe?
do verso da primeiro tercetoc no piimciro vctso do segundoquanetn
Se andespot mim, sc cu tc desejo
Ouros poetas vão ao ponn de não guudar da forma do sonetoitali3.
(Vê lu quc csplêiidido bosquejoD
no senãoa disübuição cm dois quutctos c dois Rrcctos:sonciosrK
ainda se podem dlamar assim) cm versos livres. foge do mudo ao torvo mal.
O Jmdu /flgêt sÓ HÜto recentemente inüoduzido cm nossabn Rosa,vem pam o mcu rosas.
Quc da hvcmia cu tc protcjo,
gua. compõe-se dc uês quutctos e um dístico. Obedece ao esqucmi
Lá, longe«.
dÓa&l cdrdl eÜTP'
l .ggOUaÕ&ul /dú' l gP l .gg.fixado por Sunn in
tempo de Elisabeth. SÓtcM pois dc comum com o sonetoitalianoa A palavra n#dy designa também um género dc poemas, com
número dc versos. No último dos "Quaüu sonetos dc meditação'. dc esüibilho, c de número dc versos c csttoEação variáveis. As 59 ptimckas
MinJciusde florais, os vcnos estão agmpados como o são os dc um soflao composições da G&«nu dc Silvo Alvacnga são rondas desse 6po
o mHdz/éum poema de treze versOS.distribuídos cm Íris cttln. Seguindo a amá.lo com dcsnlo,
fcs. sc'fundon es(lucmn
.4B»a l a/u4B l d&&lt,4,
as maiúsculas
rcprnm Por noite vclh2. um ano após.
tanjo os vcBos quc são rcpcddas como csdbilho. Exemplo dc fIlIar. Termina enfim o meu flagelo,
COH ligeira vadantc ( 4Ba& l &«B l dÓa&H): Felizesfomos ambos nós...
Sobre as ondas oscila o batel docemente... Como isto Foi. neM sei dize-lol
Sopra o vento a gemer«. Treme enfunada a vela... No colo seu desÉãlcci...
Na águaclara do mar. passam trcmulamente B, alta manhã, no scu murzclo,
Áureos traços dc luz, brilhando esparsos nela. O pajem foge, c alHEIasorri,..

Lá despontao luar.« Tu. pala;tantoc bela, Dias depois. do pajem belo,


Cantai chega-tc a mima dã-mc essaboca ardente! Junto ao solarondecu o ouvi.
Sobre as ondas oscila o batel docemente.. Ao golpe horrível do cutcla
Sopra o VCQtoa gcmct-. Treme uhnada a vela... Rola a cabeça. c hda sorri.
A palavra &aZzú designa aindaoutto género dc composição scm
Vagasazús. parail Curvo céu transpaKntc, karmafim e onde se narram sucessos üadicionais ou lendários(ceia-sc
Nuvens de ptau. ouül-. Ouça do espaço a estrela, pan exemplo a adtnirávcl "Simples balada" dc Joio Ribdto).
Ouça dc baixo o oceano, ouça o luar afbentc: O cue/unu/ é um poema composto de 60 versos, distribuídos
Ela canta-. e, embalado ao som do canto dela. segundo o esquema a&u&adUzl]E l a& &alidzf#! l
óuólz ]ü #? l a&a&ri=ÉiZpl#!
Sobre as ondas oscila o batel daccmente... l &u&adUz
iE l lillli©, a maiúscula
E representando
o csübilho.A últi-
macsüoâcdenomina-scgêdu ou f#lü. Exemplo da autoriadc Goulatt
A óaüü, forma francesa.é um poema de 28 versos.distribuía«l
dc Andnde. intitulado "Cento real da noite":
segundo o esquema & & l IC l a&a&arziCl a&ajz(' l pl:ipG8 ma;oscula('
Da espáduade marfim. m2gdntcac cheirosa,
representandoo estribilho. A quadra final tcm müüs vezeso scntitlndt
Onde colhia a curva, e a harmonia pagã,
dedicatória c leva o titulo ggdu ou feab. Eis um exemplo. de Filinto tlc Viam na mocidade ctcma c car de bisa.
AJmcida. com ligeira variante no último verso das istro6cs. o qud. CTn Como as nuvctls do poente c as névoasda matúã;
vez dc ser o mesmo verso rcpcddo. esuibilha apc.nasa palavn da Hmz' Da espádua,de onde cmctBe, a tona alabasdaa
Por noite veda. no castelo.
Dc um caio cscu]tura]-- hóstiaquc sc ilumina
Vasto solar dos meus avós.
Com o tidentc clarão dc um sanguea borbuhu. q
Foi quc cu ouvi. num ritornclo, Cai, dc esaanha sibila, imóvel, fito o olhar
Da pajem loiro a doce voz. No mistério scm fjm do amplo espaço deserto.
Corri à ogiva para vê-lo, Pesadoe de veludo, a rc6Jgâr pelo ar,
Vitrais dc par em par abri, O largo manto leal, suntuosamcntc abertos
E, ao ver babar Q meu cabelo.
E o zain6eestelar Fulguml A misteriosa
Ele soma-mc. cu Ihe soM.
Ciãm. cm linhas de luz, benéfica ou malsã,
O dcsdno desvenda. --É cada nebulosa
Venceu-melogo um dvo ando.
Queimou-mclogo um Fogoatroz; O horóscopo dc um Fatia, a vida de um dtãl
E toda a longa noite velo.
Em signos o futuro ali sc vaticina:

Pensandoem vê.lo e ouvi-lo a sós. Guerra ou paz. liso ou dor; glória excelsac digna
No amor c na conquisü, etcmo soluçar,
Triste, sentada no escabclo.
Luta penosa. ansdo, e o matdtio sem par.
SÓ com a aurora adormeci...
Semo alento de um bci)o c um caução bcm lnrtQ«
Sonho, c no sonho, haveis de crê-lo?
Isso tudo nos mosurâ, esplendoroso. a afiar.
Inda o mcu pajem mc sorria O largo manto real suRNo$amcntc abcrtol
11pela vastidão, escura c vcludosa, O tdZa#r?Jb
é um dpo especialda.g&;u,a qual consiste no desdobra-
{b'
Sc dcsparzctriunfal todo o csctfnio de Pã: mentodc um no/r cm tantas cstto6cs wlhr quantos são os versos do l

Ora cm réguaCoroa, ardendovitoriosa, mote.No vilanccte o mote é um terceto, cm quc rimam o segundo c o P
E onde a Pérola Hulgc,cnuc sárdios, louça; terceiroversos; as voltas são duu c repetem essesversos. Exemplo dc
Ora cm Lim dolente a luzir na surdina Camõcs:
\
O meus altos pensamentos,
Do roxo da ametista; ou na Águia, cm quc domina
AJtait, entre opacae bebo, a bHhaç Quão altos quc vos puscstes

Ou em Sírio, tubim, carbúnculo, Aqucrnar«. E quãogundc quedadestcsl


Luz quc inox, que inunda c cstontciâ decerto Como de mim vos não vinha
O sonhador audaz que tente dcciEtn Scídes firme num estado
O largo manto real suntuosamcnte abonar (Pois o Uvcr enganado
É o dellria da corl A bacanal faustosa Eta o maior bcm quc Unha),
Castelo desta alma minha,
Do bdhol lividez dc lançac dc iatagãf
PRIor dc luar, orquestração mamvilhosa Quão alto quc vos puscstes
Dc lincúrio,Cantor,saíra c Ajdcbuã! E quão grande queda destesf
Sorrisos dc turquesa. hidróema e olivina. Sabia que ércis de vento.
Rubros aís dc granada e piropos A atgcndna Como quem vog viu Eüzct;
Flor de Arctuws a rirá Glauco reverberar Inda assim vos qu'ria tcr
De csmenlda c Capela c Régulusl Um mar Como ércis. sem fundamento.
Fdgumntc dc fogos elmo tuouro ofcno Quem vos desfez num momento?
À humana Hsü, quc sc perde cm contemplar Ail quão ólEO vos pusesses
O largo manto real suntuosamcnto abcrtol E quão grande queda destcsl
Homem. tu coacrás ruiu ânsia dolorosa A nb#fZz, forma francesa,é uma variedadeda composição cm
Em pós dc uma fugaz, tiradaespcnnça. irmã \

letcBtos.Constrói-sc sobre duas almas.O primeiro c o terceiro são,


Da inquietante incerteza. c inda mais cn@nosa: dtcmadamcntc,o último vcno dos demais tcKctos, c ambos juntos os l

Etcmo é o tcu sofrer, e a tua atigusda é vãl doisúltimos versos do quarteto final. Como se pode vu etn "Chama c
Terás sempre contigo a dúüda 6crina. limo". dc Manual Bandeira:
Que tc beijac tc punge. c tc afaga e assasshal Amor -- chama, c. depois. üumaçl....
Nunca verásconsolo ao tcu fundo penar. Media no quevais Eucn
Bálsamo à tua dor, sossegoao tcu lutar, O hmo vem, a chama passa«.
E, imoto, jucrás de ioehos, descoberto.
Gozo cmcl, ventura escassa,
No êxusc dc um faqút, mudo vendo a ondular Dono do meu e do scu scr,
-- O latão Manto leal. suntuosamcnKabcttol
Amor -- chama. c, depois, fumaça«.

Ofcrta Tanto clc queimamE. por dcsgmça,


Queimado o que menor houver.
Noite,deusada trevac do 6Jgot{ Altar O fumo vcm. a chama passa-
Para onde o sonho via, nuM suavíssimo voar.
Do crgástulo da Terra, erma e triste, liberto, Paixão puríssima ou devassa.
Scmelhas-tcà Mulher. bela c âHa,a passar. Tnstc ou Ecliz,penaau prazer,
C) largo manto real suntuosamcntc abcRol Amor -- chama, c, depois. fiunaça
A cada plr que 2 qunoH cnlüçh Oi prBnreço c fito.o d&oe o Bosta,
Como é pungente o cntatdcccd A condnução da gravepena
O fumo vcm, a chama passa«- Mos levou.que nio ponho, culpa aos dias
A culpa é do dcsdno,psique a vida
Antes. todo cle é gosto c graça.
Amar. íogudn linda a udetl Semprecclebiatáos lidos.olhos,
Por maisquc do viver se alongue o cursa
Amor -- chama,e, depois, hmüçl-.

Porquanto. ma] sc saüsE2ça. Sigam o$ céus o scu natwal curso,

(Como tc t«,desci dizer?«)


A toda gente dêem tdstcza ou gosta;
O filmo vem, a chama passa- Façam, en6m, mudanças; que meus olhos
Nunca verão no mundo senão pena.
A chamaqucimR.0 elmo embaça.
Ncm descaso terei jí nesta vida
Hao triste que él Mas.- tem dc ser«.
Pan poder em pu passa os dias.
Amar? -- chama.e. depois. limaça:
O hmo vcm, a chama passa«- Vão succdmdo os dias a ouros das;

A iix#ü4 compõe-sedc seissextilhase um terceto (í#iüou abra). Não perde o empa n da do scu cura,
Perde somente 8 cuM'e breve vida.
todas scm rima. mas a patavn Htnaldc cada vcno da primcin csHtnüc K
repete como palavn final de cadaverso das demos estrofesc na seguia. Foge-he como sombra'ü idade e o gosto;
tc ordem: Vã-se-lhe actacmtando mágoa c pcn&
Dc quc são t«temuiúas os meus olhas.
Esüofcs:A B C D E F
FAEBDC M2s nuca da minha alma, claros olhos,
CFDABE Vos podctão dw os longos din.
ECDFAD Cresça
quinto qdsa uabalhoi pena
DBACFB Quc. pois pan deKát nHo toma o curso
BDFECA Dos mos. Isto $ó tad por gosto.
Envio;B D F ou A C B Pan bodcr passa o mais da vida.

Exemplo de Cações: Canção, já dve vida, jí meus olhos

Foge-mepouco c pouco a curta vida, Mc deram RIBKfn gosn; más a$ dias,

Vd-sc-me o breu tempo de mtc os anos. Com scu ligdto curso. mágoa c pena
E do vive( mc vai levando o gosto;
Belo exemplomoderno da forma, Has sem envio, é a "Scxdna
Choro pelo passado,Masos diu
da véspcn", dc Amélico Faca. cm IhBHu.FrzZüü.
Não sc detêm por isso de scu curso;
O pa#f#M,forma malaia,'é um8 cadeiadc quadta$ número p/
Passa-se,enfim, a idade c Hca a pena.
iZlh», timâdassegundoo esquemaaóaó,settdoo segundoe quuto
Que mancím tão áspcm dc pena, versosdc cada csttoüe tepeddos como primeiro c terceiro da csuo6e
Quc nunca um passo deu tão longa vida scguntc; na duma csüofe o segundo e o quuto versos são o terceiro c
Fom dc üabalhaso c dstc ctursol o primeiro da piitnelrã esuo6e,teridaaado pois o poema com -scu
Se no processamcu csündo os ocos, versoidcid. Em nossal)ocsia custe um exemplo de panNm nas ia/}w
Uao cheios de üabalho veio os diu ii:Jko,dc Bilac. com ligeiravariante tla ntrofc anal o seu segundoverso
Quc ií não gosta nem do mesmo gosto. é um vcno novo c hão o teEccim da ptimcin csuofc:
(.Zuandn passaste n) declinar tlo dlâ,
r t'
Todavia. raro é o poema cm versos livres onde o poeta não lance
Soavanü alturaIndefinidoapelo: mão do cncRdeãmcnto para marcar o titma Quase toda a poesia de
Pálido, o sol do céu se dupcdia. t AugustoFrcdctico Schtnidt é riunada pela rcpcdção dc palavrasou fra-
Enviando à tetra o dcrtaddto beijei sesdc verso a verso:
Soava na almta indeúmido atpeio«. Ouvimos os sinas encherem a tmdtugada
Cantava perto um pássaro, em s%rodo; Ouümos o mat bater cmbRho nas pcdms 'i

E, cnvimdo à term o dermdciro beijo, Ouvimos a voz que nos arnncara do sono-.
M
&
Esbatia-sc a luz pelo arwrcdo. C)]ho o céu c enfim descansos }

Olho o céuc a$csüclasElas...


Ctatcatam a cxtcwão dos Ingos campos.-
Vinha. CDtrc nuvens. o luar n3sccndo.«
Olho o céu Ito c enorme c dcscmso.
'&
lbsforcavam .na.relva os piçillmpos«-
E eu inda chuva a tug irn8gcmvendo.
Oho o céu ÜHo c simples c descanso.
Vinha, entre nuvens, o luar nascendo;
A tcrm toda cm derredor dormia... Alguns poetasse servem não só do encadeamentoc da alitcação,
E eu hda csMvaâ tw iinsBcmvendo, mastambém da uma paa accntuu o liMO da vinificação livre. É o
Quandopassüstcao dednn do dias cao de AdaJgisaNcry:
Com olhos col do at.
O óaicu46ormüiaponcsa,é um poemadc apenastrês.tcotl\. í' Atira(]a m praia, cabem de concha e cspumn do m«,
primeiro c o terceiro dc dnco saibas, o segundo de sete; não hi rim
Citmdei com u «üclu c ouvi os catümujas,
Todavia, Guilhcrmc dc Almcida os tcm Feito :imundo os versoscsln
Chamei com os bmços
mos, c no segundo, a palavra final com a primcin pausa interior. Para
Gaivotas que cm meu corpo üct3m pousa.
exemplo. estasua definição poética do haicai:
Lava, escalfe. agita Bibliagnfia -- Antõnio Fcliciano de Cutilhb. 7hXdo d nlpl@nqúa
A Meia, E enfim, na.batel% pePgWwlzz-- Olavo Bilac e Guimarãcs Passos,7}iládo dz nlrljãÊqw. --
Fica uma pcpiu- Osólio Duque Esutada!.4 adz dz#uZ#'lvnoi.- Mário dc Alcncat, /)üb
Ibid da rima porM&Hua. -- çnsu lama. DicioMrio de rimapmú #so &
O verso lide. -- Desdequco poça prucindc do apoiorítmíc'-
poM8Kera
€ &rHilf&lhi.
-- M. raid Ali, E4n$r@aPo/»8#ap.
-- Mudo
6omecido pelo número fixo dc saibas, pcncua no domínio dn t'o ., AaúiqJ #M do.@/a
[ivrc, o qual, cm sua extrema ]ibcração, isto é, quando não sc smní dr
nenhum apoio dtlnico, poderia confundir-sc com a ptos2 ritmitl. ç.t
não houvesse nele a uddadc formal intcdor. aquUo quc de certo m'«3'-
o isola no contexto poético. Tãl liberação cdstc, pot exemplo, nr11t
poema ("Mulher') dc Mutila Mcndcs:
Muhcr. o mais tcdvcl c vivo dos espectros!
Pat que tc alimenüs de mim desdeo principio?
Em d encontro todas as imagens da criação:
És pássaro c flor. som c onda vadávd«,
\

E. mais quc tudo, a nuvem quc foge ctcrn2mcntc.


Dormir sonhar -- quc adiatits, se tu custa?
Sc fosses somente formal És também ideia.
Ah! quedo descerásobre n\im a gtmdc paz cm cwz-.

Você também pode gostar