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Protistas
Introdução
O termo protista deriva do grego e significa “primeiro de todos”, refletindo a
ideia de que eles teriam sido os primeiros eucariontes a surgir no curso da
evolução.
atualmente o termo protista não se aplica mais para reino, mas pode ser
usado como um coletivo para organismos eucariontes uni ou multicelulares
sem tecidos. Outros dois termos muito empregados para esses seres são:
protozoários e algas.
O termo protozoário deriva do grego e significa “primeiro animal”. Ele foi
criado há muitos anos, quando se falava em Filo Protozoa dentro do Reino
Animal, para unicelulares heterótrofos. Atualmente, emprega-se
“protozoário” como uma designação coletiva, sem valor taxonômico, para
unicelulares eucariontes heterótrofos que obtêm seus alimentos por ingestão
ou absorção, e não se fala mais em animais unicelulares.
O termo alga também é empregado como uma designação coletiva, sem valor
taxonômico. São algas os seres fotossintetizantes oxígenos que vivem em
ambiente aquático ou terrestre úmido e que não apresentam organização
complexa do corpo, podendo ser uni ou multicelulares, mas sem formar tecidos
diferenciados.
são importantes na produção do gás oxigênio para os ecossistemas.
constituem a base da alimentação de animais aquáticos, e algumas espécies
de algas multicelulares
são também utilizadas na alimentação humana, caso da nori (alga vermelha
usada para enrolar o sushi), da wakame (alga parda usada em sopas) e da
kombu (alga parda usada em pratos como arroz e leguminosas).
Certas espécies de algas multicelulares produzem grandes quantidades
de substâncias utilizadas comercialmente. É o caso dos alginatos,
substâncias viscosas produzidas por algumas espécies de algas pardas,
que são usados na fabricação de papel e como estabilizadores em
cremes dentais e sorvetes.
Outros exemplos são o ágar e a carragenina (carragena ou carragenana),
encontrados em espécies de algas vermelhas e usados para finalidades
diversas: na indústria farmacêutica, na fabricação de cosméticos e de
gelatinas, no preparo de meios de cultura para bactérias e com
emulsionante, estabilizante e espessante em alimentos.
Fotografia
de fêmea do
mosquito
Anopheles sp.
Mede cerca
de 4 mm de
comprimento.
Dinoflagelados
Esse grupo também é denominado Dinophyta (dino = terrível) ou Pyrrophyta
(pyrro = fogo). A maioria dos dinoflagelados vive no mar, mas existem
algumas espécies de água doce.
Os dinoflagelados são unicelulares ou coloniais. A forma do corpo é muito
variada, mas em geral têm dois flagelos que se dispõem de modo
característico: um deles circunda a célula, promovendo seu giro como um
pião, e o outro volta-se para a região posterior da célula, fazendo com que
ela se desloque para a frente. Fala-se que esse flagelo “empurra” a célula.
Metade das espécies de dinoflagelados é heterótrofa, como é o caso da
espécie Noctiluca scintillans, uma das responsáveis pela bioluminescência
nas águas do mar. A noctiluca captura seu alimento usando um longo
tentáculo. Os flagelos são reduzidos.
As formas autótrofas são importantes produtoras no ecossistema marinho. É o
caso de espécies do gênero Gimnodinium e Ceratium, ambos comuns no pl
Entre os dinoflagelados existem representantes tóxicos, como Gonyaulax
catenela e Gymnodinium breve, duas das espécies que podem provocar um
fenômeno conhecido por maré vermelha: sob determinadas condições
ambientais, ocorre intensa proliferação de organismos tóxicos, formando
extensas manchas de cor geralmente avermelhada ou amarelada na
superfície do mar e causando grande mortalidade de peixes e de outros
animais marinhos.
Branqueamento de Corais
Um fenômeno que tem acontecido no ambiente marinho em função de
alterações ambientais, como aumento de temperatura da água e poluição, é o
“branqueamento” de corais. Essas alterações provocam a morte das
zooxantelas, dinoflagelados bastante modificados que vivem em mutualismo nos
tecidos dos hospedeiros. Como a cor da maioria desses hospedeiros resulta, em
grande parte, das zooxantelas, seus tecidos tornam-se pálidos ou brancos, daí o
nome “branqueamento”. No caso do branqueamento de corais, a situação é
preocupante, pois esses organismos recebem nutrientes sintetizados pelas
zooxantelas e dependem delas para o processo de secreção de cálcio e
formação do esqueleto. Sem as zooxantelas, os tecidos dos corais ficam
praticamente transparentes, revelando o esqueleto branco subjacente. Muitos
pesquisadores têm proposto que o branqueamento dos recifes de coral poderia
ser usado como bioindicador do aquecimento global.
Diatomáceas
As diatomáceas vivem em ambiente de água doce ou no mar. São
unicelulares ou coloniais e fotossintetizantes.
A célula apresenta parede celular rígida, denominada frústula ou
carapaça, impregnada de compostos de sílica.
Existem depósitos seculares dessas carapaças, denominados terras de
diatomáceas ou diatomito, que, em algumas regiões, como o Nordeste
brasileiro, atingem grandes proporções e são explorados comercialmente.
Essas carapaças são utilizadas, por exemplo, na fabricação de cosméticos,
produtos de polimento e até mesmo tijolos.
kombu wakame
Referências Bibliográficas
Lopes, Sônia Bio, volume 2 / Sônia Lopes, Sergio Rosso. -- 3. ed. -- São Paulo :
Saraiva, 2016.