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fases, com diversas interpretações dos fatos que compuseram sua história, oferecendo ao leitor uma
análise completa sobre a cronologia do movimento.
O Integralismo e a Educação
Nos jornais e revistas que o Integralismo publicou em 1932 a 1937, em livros desse período e dos anos
posteriores até hoje, até o presente, foi exposto o pensamento dosadeptos do Sigma sobre Educação,
quer no tocante aos aspectos gerais do problema, seus fundamentos filosóficos e sua objetivação, assim
como no referente a setores particulares ou especializados das atividades educacionais.
O papel, por conseguinte, da Educação, é dar ao Homem os meios para que essa realização se efetive.
Essa primeira consideração quanto ao que o Homem é, leva-nos à segunda, que passa do campo da
filosofia para o da especialização psicológica, fisiológica e biológica, para sabermos como o Homem
funciona segundo ele próprio, segundo a sua natureza corporal e espiritual. Sendo toda obra educativa
uma interferência de alguém em alguém, ela pode tornar-se uma coação, no sentido de deturpar,
deformar ou transformar a personalidade. Não iremos ao exagero de Rousseau e dos excessos
individualistas, mas, não podemos deixar de reconhecer que a melhor das educações é a que não
violente a pessoa humana, conformando-a para finalidades outras que não sejam a própria finalidade do
Homem, segundo sua natureza e seu destino decorrente dessa mesma natureza.
Fala-se hoje em “educar para a democracia”, “educar para a liberdade”, “educar para o nacionalismo”,
“educar para o socialismo”, “educar para o desenvolvimento econômico e técnico”; só não se fala em
preparar o Homem para si mesmo. Mas é aqui que transitamos do campo da psicologia, da fisiologia, da
biologia, que compreende a educação moral, física e estética, para entrarmos no campo da sociologia,
isto é, do funcionamento do Homem no meio social, não só para que este seja beneficiado pelo esforço e
cooperação de cada um e de todos, como para que seja cada um beneficiado pela soma e condições de
bens comuns que constituem a zona de condomínio de todas as pessoas e grupos naturais. Esta terceira
consideração sobre a finalidade da educação oferece-nos novos dados para uma melhor compreensão da
personalidade. Longe de diminuir a potencia de afirmação do Ser Humano, o convívio e a participação no
meio social elevam o índice dessa potencialidade. Em última análise, a personalidade não é apenas o Ser
em Si, mas o Ser em face de outros Seres. Personalidade é consciência de diferenciação. A diferenciação
é resultante de comparação. E a comparação se efetiva no convívio.
A educação, portanto, no sentido de instruir para maior eficiência na cooperação social completa a que
visa dar-lhe expansão plena no seu desenvolvimento físico e espiritual. Este, em linhas gerais, o conceito
da educação decorrente da filosofia integralista e dos seus critérios interpretativos dos valores humanos,
sociais e nacionais. (Excerto extraído das págs. 7, 8, 9, 10, e 11 de "O Integralismo e a Educação" - Rio
de
Janeiro - Livraria Clássica Brasileira/Edições GRD - s/data - 217 págs. - "Enciclopédia
do Integralismo" - Vol. IX).
http://www.integralismo.org.br/?cont=908&tx=19