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CONTRATO DE LEITURA

FICHA DE LEITURA

Identificação do livro através da referência bibliográfica

Autor: José Saramago


Título: “Deste Mundo e do Outro”
Editora: Editorial Caminho
Ano de publicação: Lisboa 1997

Razões da escolha

Eu escolhi este livro porque necessitei de tirar as minhas próprias


conclusões sobre o autor, José Saramago, e os seus livros pois ate agora
só conhecia as opiniões de outros, isto é, quando se falava de José
Saramago e as suas obras era mencionada sempre uma palavra “seca”,
estes afirmavam que as suas obras eram desinteressantes e cansativas.
Logo, só haveria uma maneira de saber se era verdade ou não,
lendo! Para além disto, eu sempre tive uma grande curiosidade por este
livro devido ao seu título, “Deste Mundo e do Outro” sempre me sugeriu
algo misterioso.

Reacção à leitura das primeiras páginas

Devo admitir que não era o que eu pensava, imaginava algo muito
diferente do que é mas á medida que avançava na leitura acabou por se
tornar algo novo, nunca tinha lido uma obra de José Saramago, e para
uma primeira vez até que não correu mal.
A forma de escrita e impressionante, o vocabulário e único e muitas
vezes tornou-se difícil para mim entender uma expressão onde o
significado me era desconhecido. Por isso considero uma leitura difícil
onde muitas vezes e necessário voltar atrás na leitura para relembrar o
tema anterior, eu no inicio tive muitas dificuldades em assimilar o tema
tratado.

Breve resumo do livro

O livro “Deste Mundo e do Outro” retrata várias crónicas, A cidade;


Um natal há cem anos; A aparição; O sapateiro prodigioso; Carta para
Josefa, minha avó; O meu avô, também; O amola-tesouras; Ninguém se
banha duas vezes no mesmo rio; As bondosas; Cair do céu; Nasce na
serra de Albarracim, em Espanha; Viagens na minha terra; As palavras;
São asas; A ponte; O cego do harmónio; Os olhos de pedra; O inevitável
poente; Às vezes a manhã ajuda; Travessa de André Valente; Três horas
da madrugada; Cismando no sismo; O fato virado; Jardim no inverno;
Hip, hip hippies!; «C’est la rose…»; Discurso contra o lirismo; A menina e
o baloiço; Alice e as maravilhas; A ilha deserta; A vida suspensa; Vendem
os deuses o que dão; Um encontro na praia; A vida é uma longa violência;
O grupo; A palavra resistente; Receita para matar um homem; Os animais
doidos de cólera; A nova Verónica; O Direito e os sinos; Esta palavra
esperança; Almeida Garrett e Frei Joaquim de Santa Rosa; Nós
portugueses; Manuscrito encontrado numa garrafa; Carta de Ben Jonson
aos estudantes de Direito que representam Volpone; «A nua verdade»;
Graça e desgraça de Mestre Gil; Os navegadores solitários; «Salta,
covarde!»; O cálculo; O planeta dos horrores; Um azul para Marte;
Coração e lua; A neve preta; A lua que eu conheci; Um salto no tempo;
Cada vez mais sós; Noite de verão; O sorriso e O verão.
Este livro, como referi anteriormente, possui uma enorme variedade
de crónicas, cada uma com uma lição, ora na minha leitura eu apercebi-
me que José Saramago relata imensas experiencia de vida referindo
temas como o amor, a saudade, as desgraças entre outros. A escrita e
algo novo para mim, extremamente complexa e única.

Transcrição de um excerto significativo com explicitação das razões da


preferência

O excerto que revelei ter um maior interesse foi “Mas que desgosto
maior que este de viver no meio de humanidade assim?” da crónica «Salta,
cobarde!».
Esta passagem fez-me pensar e muito naquilo que nos somos, seremos
assim tão diferentes dos restantes seres? Afinal achamo-nos melhores em
relação a todas as outras espécies no mundo, e cada vez que penso nisto, só
me ocorre uma ideia, que quando queremos podemos ser realmente irracionais
uns com os outros, é verdade que a humanidade não é só desgraça, mas neste
caso especifico houve alguém que realmente revelou o seu lado maquiavélico
incentivando o próximo a acabar com a sua vida, e a isso eu não chamo de ser
racional. E no final o mesmo fica impune, continua a sua vida descansada, mas
sempre com as mãos manchadas de sangue.
Com esta passagem, eu posso dizer que agora penso duas vezes naquilo
em que me identifico, porque mesmo que não nos apercebamos das nossas
ações, estas não deixam de ter consequências.

Recomendação de leitura

Recomendo plenamente a leitura deste livro, mas apenas para


aqueles com muita paciência e com um grande gosto por leitura, pois a
meu ver, José Saramago tem uma escrita excepcional sendo apenas
entendida por quem realmente ame ler. Pois a maior parte das ideias
estão subentendidas, isto é, as ideias não estão explícitas. No entanto não
proíbo ninguém de tentar, pois eu considero não ter as características
anteriormente, e mesmo sendo uma leitura difícil ajudou-me e muito.

Leitor: Paulo Sérgio Ribeiro Carvalho

Leitura realizada entre: 10/Novembro/2010 e 15/Dezembro/2010

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