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“RESUMOS”
Sumário
V–I–N–D–I–C–A–T–E
C) PRAXIA:
- Vascular; - Apraxia → incapac. de execução SEM outros def.
- Infecciosa; neurológicos. Ex.: apraxia para vestir-se.
- Neoplasia;
- Degenerativa; D) GNOSIA:
- Iatrogenia; - Agnosia: pode ser tátil, visual ou auditiva. Ex: tátil -
- Congênita; vê uma chave, sabe o que é, mas não reconhece ao
tocar.
- Auto-imune / alérgica;
- Traumática;
2) FUNÇÕES CEREBELARES
- Exposição ambiental / endócrina–metabólica / tóxica.
Dividido em 6 principais ETAPAS, cada uma com sua A) EQ. ESTÁTICO: em pé, com pés unidos.
subdivisão: - Atasia / distasia: dific. manter-se em pé.
- Sinal de Romberg: PROPRIOCEPÇÃO → queda ao
FUNÇÕES CORTICAIS SUPERIORES → consciência, fechar os olhos.
linguagem, praxia e gnosia.
- Romberg Labiríntico: queda pós latência.
FUNÇÕES CEREBELARES → equilíbrio, marcha e
coord. motora
MOTRICIDADE → tônus, trofismo, força, mov. Invol.
e meningismo
SENSIBILIDADE → exterocept. e propriocept.
REFLEXOS → miotático fásico e superficias
PARES CRANIANOS → princ. II, III/IV/VI, V, VII e VIII
A) CONSCIÊNCIA:
- Nível (alerta, ..., coma) → Escala de Glasgow (3-15);
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
3 NEUROLOGIA –6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
3) MOTRICIDADE
Avaliar:
Intermédio de Wrisberg:
- Sensitivas: gustação 2/3 ant. língua;
- Parassimpáticas: glând. lacrimal e saliv.;
– Ageusia, hipog., xerost,↓secr. lacrimal;
– Hiperacusia sons agudos: paral. Estapédio.
VIII Fç. Vestibular: canais semicirc.
– Vertigem: tont. com sens. rotatória;
– Nistagmo: fase lenta e fase rápida;
– Equilíbrio: ataxia vestibular;
- Reflexo óculo-cefalógiro, provas calóricas.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
5 NEUROLOGIA –6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
TREMOR
Tremor fisiológico: tremor de ação fino de
Transtorno do movimento + frequente tendo como extremidades, com componente postural
características: involuntário, hipercinético, rítmico e predominante. Observado em todos os indivíduos e em
repetitivo, podendo ser fisiológico ou patológico. qualquer idade. Seus principais motivos são: esforço
muscular, estresse, fadiga, medo, substâncias
- Acomete mais a extremidade distal de MMSS estimulantes, hipoglicemia e hipertireoidismo.
- Outras regiões: cabeça, musculatura facial, Tremor essencial (TE): Principal causa de tremor, 2
mandíbula, língua, estruturas laríngeas, MMII, tronco picos de inicio (final da adolescência e após 60 anos). Tem
prevalência de 0,4 a 5% tendo etiologia desconhecida.
- Pode ser TREMOR DE REPOUSO ou TREMOR DE Tem como característica de ser postural ou cinético,
AÇÃO (postural, cinético, intencional, tarefa específica ou bilateral e assimétrico. Acomete membros superiores,
isométrico) cabeça, membros inferiores, voz, língua, face e tronco.
Tem relação com ingesta de álcool, sono e repouso. Existe
Tipo de tremor Definição Exemplo um componente familiar de transmissão autonômica
dominante. Os critérios diagnósticos são da Movement
Disorder Society:
Tremor cerebelar: Tremor de intenção. Outros sinais: MEDICAMENTOS RELACIONADOS COM O TREMOR:
fala escandida, ataxia de marcha, hipotonia, dismetria, Amiodarona
disdiadococinesia, nistagmo. Broncodilatadores
Cafeína Ciclosporina
Tremor de Holmes: Tremor sintomático de predomínio A
proximal, irregular. Lesão mesencefálica rubral e Cinarizina/Flunarizina
talâmica, ocorre em repouso porem piora com Corticóides
movimentos voluntários e direcionados a um alvo. Fluoxetina
Etiologia é vascular ou neoplásica. Hormônios tireoideanos Lamotrigina
Lítio
Tremor Psicogênico: Tremor sem causa orgânica que Metilfenidato
ocorre em qualquer idade e tem características clínicas
variáveis de pessoa para pessoa. Aumenta com a
observação e diminui com a distração do portador, e
modifica-se com a movimentação voluntária
contralateral. Sem outros sinais neurológicos. Existe um
histórico prévio de somatização e antecedentes
psiquiátricos, o que fortalece o diagnóstico de tremor
psicogênico. Seu diagnóstico como toda patologia
psicogênica é por exclusão de todas as causas
orgânicas possíveis.
DIAGNÓSTICO
IMPORTANTE:
EPIDEMIOLOGIA
Doença de Parkinson é a forma MAIS COMUM de
parkinsonismo, sendo o segundo tipo mais frequente de
transtorno do movimento. Sua prevalência é em média
160 a cada 100.000 pessoas, e tem média de inicio de
sintomas aos 56 anos. É considerada de inicio precoce
quando ocorre antes dos 40 anos de idade.
FISIOPATOLOGIA
Ocorre por degeneração dos neurônios produtores de
dopamina situados na parte compacta da substância
negra e no locus cereleos do tronco encefálico. Sua
principal característica patológica são as inclusões
citoplasmáticas eosinofílicas (corpos de Lewy) dentro dos
neurônios sobreviventes. Os sintomas surgem quando
60% dos neurônios dopaminérgicos da substância
negra são perdidos, o que causa uma redução de 80%
da dopamina. Sua etiologia até hoje não foi descoberta.
QUADRO CLÍNICO
O inicio dos sintomas é insidioso, usualmente unilateral com
progressão lenta. Sintoma característico do Parkinson
para todos que veem a doença é o tremor fino (quando o
paciente treme, usualmente o MMSS, de forma
constante quando em repouso) que piora com o
estresse e a deambulação e desaparece na ação, porém o
principal sintoma da doença de Parkinson é a bradicinesia.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
10 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico clinico é baseado em critérios propostos
pelo United Kingdom Parkinson’s Disease Society Brain
Bank em 3 passos para que ele esteja clinicamente
estabelecido:
• Ausencia de critérios de exclusão
absoluto (sinais cerebelosos, paralisia supra
nuclear do olhar vertical inferior, diagnóstico
provável de variante comportamental da
demência frontotemporal ou de afasia
progressiva primária, nos primeiros 5
anos da doença,parkinsonismo restrito
aos MMII por mais de 3 anos, em uso de
bloqueadores dos receptores de dopamina
ou com depletor de dopamina, ausência de
resposta a levodopa, perda sensitiva
cortical, neuroimagem funcional normal
do sistema dopaminérgico pré-sináptico, )
• Pelo menos dois critérios de suporte
(Resposta a terapia dopaminérgica, discinesias
induzidas pela levodopa, tremor de repouso
e
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
11 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
TRATAMENTO
O tratamento médico da DP tem como objetivo manter a
independência e a qualidade de vida. A seleção do
tratamento é individualizada, tendo em consideração a
idade, os sintomas presentes e a sua gravidade, a
ocupação e estilo de vida, o estado cognitivo,
comportamentalepsiquiátrico,e ascomorbilidades
EPILEPSIA FISIOPATOLOGIA
3 hipóteses. Pode ser o somatório delas:
Para entender (segundo o livro ”Rotinas em Neurol. e
Neuroc.”) é necessário guiar-se por 4 nIv́eis conceituais: o 1) DESEQUILÍBRIO dos 2 principais neurotransmissores
dos sintomas (crises), o do mecanismo, envolvidos: GLUTAMATO (excitatório) e GABA
o da doenca (causa) e o da tendência à recorrência de (inibitório). PRINCIPAL HIPÓTESE
crises.
↑ GLUTAMATO: recep. NMDA + envolvido. Ativa +
canais iônicos. OU
↓GABA: recep. GABAa. Diminui entrada de Cl-, que manteria
cél. polarizada por + tempo.
Estado normal: equilíbrio entre os 2.
Alguns conceitos, de forma resumida 3) NEUROINFLAM. → citocinas pro-infl. (IL1, IL6, ...)
CRISE EPILÉPTICA Evento paroxístico liberadas pelas células da MICRÓGLIA.
EPILEPSIA Crises recorrentes,
espontâneasecrônicas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
CONVULSÃO Manifestação motora – Depende em que região(ões) cortical(is) a atividade
por outro fator¹
elétrica neuronal ↑ súbita e excessivamente.
Obs.: A epilepsia NÃO é provocada por um insulto
- Pode espalhar-se para outras regiões.
neurológico AGUDO.
* Um paciente pode ter mais de um tipo de crise,
dependendo para onde espalhou-se no episódio*.
Convulsão: INSULTO AGUDO. Por medicamento, dist.
No caso de haver contrações musculares, os tipos são:
hidroelet., abstinência alcoólica, etc.
- TÔNICO: contr. mantida com duração de poucos seg. a
min;
CRISE EPILÉPTICA: expressão clIń ica de uma
- CLÔNICO: cada contr. é seguida de relax;
ALTERAÇÃO SÚBITA da eletr. cerebral → manifest.
- MIOCLÔNICO: contr. muito breves, semelhantes a
motoras, sensoriais, cognitivas ou autonô micas ou por choques);
sequência delas. - Pode ser tbm ATÔNICA: ↓ abrupta do tônus ≥ 2 seg.
EEG:
- [NEUROIMAGEM]: PODE SER necessária se houver
- INTERICTAL →não é específico e todos os padrões de
suspeita clínica.
EGI podem servistos.
- ICTAL →, há polipontas e ponta-onda > 3Hz, com
- Usualmente resolve-se com o início da puberdade.
atividade de base normal.
** ANOTAÇÕES
EG com crises febris plus → incid. De ½ a 5 anos. →
Pedir para os pais fazerem curva térmica. → Indicar
BDZ sublingual ou supositório durante a crise.
2) ENCEFALOPATIAS EPILÉPTICAS
SÍNDROME DE WEST
- É um tipo de epilepsia generalizada.
- Crises entre 1-3a.
3) EPILEPSIAS FOCAIS
**MAIS COMUM → 2/3 DE TODAS EPILEPSIAS TEM
ORIGEM FOCAL
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
15 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
avaliação neuropsicológica
TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA
- MOVER O PACIENTE PARA UM LOCAL SEGURO
- COLOCAR O PACIENTE E DECUBITO LATERAL
- CALMA E OBSERVAR SE A CRISE ESTÁ CESSANDO
- SE CRISE > 2 MIN, ADMINISTRAR MEDICAÇÂO
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
17 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
CONCUSSÃO CEREBRAL:
É a alteração da consciência devido a um TCE não-
penetrante.
É um distúrbio TRANSITÓRIO da função neuronal, que
ocorre por até 6hs (entre 6-24hs: comoção cerebral),
SEM anormalidades ou com lesões mínimas na TC. NÃO
precisa haver perda da consciência. Tempo que pode ser visualizada na TC → resposta: 48h.
Pela revista Radiologia Brasileira, sensibilidade de 98% nas
primeiras 12 horas dos sintomas. Nas 24
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
18 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
horas cai para 93%, com decréscimo rápido após e reabsorção - Costuma aparecer lesões como lacerações e
completa ou quase nos primeiros 10 dias. contusões (contralateral ao impacto).
- O brain swelling é unilateral.
- Clinicamente, aparece uma hemiparesia
CONTRALATERAL e anisocoria, devido à midríase
IPSILATERAL ao hematoma.
HEMATOMA EXTRADURAL:
- Aparece em TCE leve/moderado (5% dos TCE) devido a
ruptura da meníngea média.
- Pesquisar fraturar a partir do descolamento da dura-
máter na zona descolável de Marchand
HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA E
- Há uma rápida alteração de consciência (pode ficar
INTRAVENTRICULAR TRAUMÁTICA:
ausente). E se houver um INTERVALO LÚCIDO, é
- Há uma explosão temporal por ruptura arterial ou
PATOGNOMÔNICO de HED.
venosa no parênquima.
- Após algumas horas o paciente pode apresentar
- Aparece uma deterioração neurológica progressiva.
cefaleia progressiva, agitação psicomotora, déficits
- Hemiparesia e anisocoria são comuns (hérnia uncus)
focais, distúrbios de consciência e sinais de sofrimento de
tronco.
- Se houver Hipertensão intracraniana (HIC) de rápida
instalação, aparecerá a Tríade de Cushing: hipertensão
arterial, bradicardia e alterações do ritmo respiratório.
- Pode apresentar uma ANISOCORIA, devido a uma
midríase IPSILATERAL ao hematoma
- Mortalidade: 20%
CEFALÉIA CLASSIFICAÇÃO
Primária: recorrentes, sem distúrbios associados.
Toda a dor no segmento cefálico, a qual pode originar- se
Secundária: oriunda de doenças orgânicas. Etiologia:
em qualquer estrutura facial ou craniana.
infecciosa, inflamatória, parasitaria, traumatica,
- 90% dos homens e 95% das mulheres vascular, tumoral ou mesmo metabólica.
anualmente;
- 90% benignas: enxaqueca, tensional ou em
salvas;
- 25% tem crises incapacitantes recorrentes;
- 4% sofrem de cefaleias crônicas diárias
- Cefaleia tensional é a mais comum.
DIAGNÓSTICO
ANAMNESE + EXAME FÍSICO
Ex. complementares SOMENTE se tiver os seguintes
sinais de alarme:
- 1ª ou “pior da vida”;
Migrânea (enxaqueca)
- Progressiva piora apesar de tto apropriado; - F:M 3:1. 15 a 30% da população. HF em ⅔ dos casos;
- InIcio após os 50 anos; - Aura: Fenômeno neurológico focal que antecede ou
- Dç sistêmica, como câncer ou HIV, ou em gestantes e acompanha a cefaleia.
puérperas;
TRATAMENTO
- Associada a sintomas e sinais neurológicos FOCAIS
O plano de tratamento da enxaqueca deve seguir os
(perda de movimento e sensibilidade em segmento
seguintes passos:
corporal e alterações na visão, audição e fala);
1) educar e encorajar o paciente;
- Associada a tosse e atividade fIś ica e sexual; 2) prevenir os ataques EVITANDO fatores
- Hemicraniana fixa associada a sintomas neurológicos desenc.: pouco ou muito sono, jejum prolongado,
contralaterais. álcool, aditivos alimentares, claridade e odores,
estresse.;
3) usar tratamentos não-farmacológicos,
como relaxamento, biofeedback e adequação do estilo de
vida (ter sono adequado, fazer exercIcios fIsicos e parar
de fumar);
4) realizar tratamento da dor na fase aguda:
aliviar sintomas e impedir a progressão da dor;
5) realizar terapia preventiva para reduzir a
freqüência, a intensidade e a duração da dor;
6) usar terapias alternativas, quando
apropriado;
7) realizar reavaliação periódica e reconsiderar o
plano de tratamento.
Tto deve ser individualizado, pois depende da
intensidade, duração,início, etc dos sintomas.
- Sintomático:
- LEVE: analgésicos,antieméticos;
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
19 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
- Profilático:
- Iniciar com baixa dose e aumentar gradualmente.
- Indicação: frequência de crises > 2 por
semana, interferência na rotina do paciente apesar do tto
agudo, contraindicações, falha, efeitos adversos ou uso
excessivo de terapia aguda e circunstâncias especiais:
enxaqueca hemiplégica, basilar, com aura prolongada ou
infarto migranoso
- B-bloq., Antidepressivos, Bloq. de canal de
Ca++,
anticonvulsivantes.
Tensionais:
+ prevalentes. Para seu diagnóstico, pelo menos 10
episódios ocorrendo de 1 a 15 dias por mês, por mais de
3 meses (12 a 180 dias por ano), com crises durando de 30
minutos a 7 dias.
TRATAMENTO
Analgesia na crise: AINE
Sono, alimentação e exercício físico regular
Relaxamento
Psicoterapia
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
20 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
TRATAMENTO
- Sintomático: inalação de O2 (7-10L/min) ou
sumatriptano SC/spray nasal.
- Profilático: verapamil, acido valpróico,
lítio, topiramato.
- Terapia transicional: corticóide
Secundárias:
Estudos em Atenção 1ªria, 39% dos casos deviam-se a
cefaléia secundaria, mais comumente causada por
febre, hipertensão aguda e sinusopatias
agudas.
- Apenas 5% dos deviam-se a dç. neurol., como
pós-traumatica e processo intracraniano
expansivo.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
21 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
desidratação;
INVESTIGAÇÃO:
- Lab.: Hemograma, plaq., TP/KTTP, eletr., ureia,
creatinina, TGO, TGP, glicemia
- ECG, ecocardiograma
- Perfil lipídico (manhã)
- RX de tórax
- EQU, urocultura (idosos)
- TC de crânio sem contraste
- RNM (mais sensível do que TC, mas pouco viável)
- Ecodoppler carót/vert: sens 92-100%
- Arteriografia cerebral (em exceções)
Exame necessário para o dx. etiol. de um aneurisma:
angiografia cerebral (arteriografia)
HEMORRAGIA ISQUEMIA
MANEJO DO AVC:
- Internação hospitalar até 72hs do início dos sintomas
- Manejo baseado em 3 pilares: tto de SUPORTE, tto
ESPECÍFICO e tto das COMPLICAÇÕES.
TRATAMENTO DE SUPORTE:
- Vias aéreas e ventilação (TOT GCS <9);
- Obs.: NÃO HIPERVENTILAR pcte com
isquemia→gera hipoperfusão.
- Monitorização cardíaca;
- EVITAR hipertermia, manter normoglicemia e EVITAR
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
23 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
TRATAMENTO ESPECÍFICO 1:
- IST/CAST: Aspirina evita 1% de e recorrência;
- Considerar uso precoce em todos os pacientes;
Aspirina é a 1ª OPÇÃO em paciente NÃO
antiagregados.
- Aspirina 50-325mg/d; Clopidogrel 75mg/d;
Ticlopidina 250mg/d.
TRATAMENTO ESPECÍFICO 2:
- Anticoagulação (Heparina): AVC de origem
embólica cardiogênica e AVC em progressão
- Deve ser evitada em IAM extenso e HAS de difícil
controle (risco de sangramento)
- Anticoagulação Oral: cumarínicos, dabigatrana,
rivaroxabana.
TRATAMENTO ESPECÍFICO 3:
- Terapia trombolítica: oclusão arterial trombótica
ou trombo-embólica recente.
- Ateplase EV: 0,9mg/kg (10% em bolus em 1min e 90%
restante em 1hr).
- Visa restaurar a perfusão cerebral.
- Indicação: >18anos, TC de crânio sem evidência de
hemorragia e sem contra-indicações.
- Contra-indicações: sintomas discretos, AVC de
instalação rápida, AVCh prévio, susp. de hemor. ativa,
passado recente de TCE grave/ cx intracr./ isquemia
cerebral/ hemor. digestiva ou urinária, convulsões no
início do quadro, hipert. severa (sist. >180 ou diast.
>110), punção recente, neoplasia intracr., MAV ou
aneurismas intracr., alt. de coagulação, plaquetas
<100k, glicemia <50 ou >400, pericardite pós-IAM.
- Se pcte. admitido entre 3-6hs: terapia TROMBOLÍTICA
intra-arterial
- Riscos: taxa de sangramentos de 6,4% em 36hs,
transformação hemorrágica.
- Controle rigoroso da PA (<180/105mmHg).
PROGNÓSTICO:
- Depende das condições prévias do paciente, da
extensão do AVC e da adequação do tratamento
empregado.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
24 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
INFECÇÕES DO SNC pela formação do exsudato quanto pela maior secreção de líquor. O
aumento da pressão além de indicar HIC, sugere anóxia encefálica
e maior risco de sequelas neurológicas tardias).
Meningite bacteriana
- Quase sempre FATAL se não diagnosticada e tratada a
- Os pacientes com histórico de crise convulsiva
tempo.
recente, imunocomprometidos, com sinais de suspeita de
- Agentes mais freqüentes: Streptococcus pneumoniae lesões expansivas (papiledema ou sinais focais, exceto
e Neisseria meningitidis. paralisia de nervos cranianos) ou com rebaixamento
do nIv́ el de consciência devem ser submetidos ao
- Meningite Bacteriana Aguda em NEONATOS: + freq.. por exame de imagem antes da punção. Contudo, isso não
S. agalactiae (strepto do grupo B) e E. coli. deve retardar o inIć io do tratamento; em caso de
potencial demora na obtenção da neuroimagem, é
- O desenvolvimento da vacina contra Haemophilus recomendav́el que se obtenha a hemocultura e se inicie a
influenzae do tipo B e a sua introdução no esquema antibioticoterapia.
vacinal obrigatório nas crianças reduziram
drasticamente a freqüência de meningite por esse - Apesar de a coleta do lIq́ uido cerebrospinal ser o
agente. exame complementar mais importante no diagnóstico,
deve-se ressaltar a importância da hemocultura, pois o
QUADRO CLÍNICO acometimento menIń geo ocorre, na maioria das vezes,
porvia hematogênica.
Podemos encontrar uma TRIADE de sinais e sintomas:
1) SIń drome infecciosa: febre alta e toxemia; TC: para complicações: abscessos, coleções,
2) SIń drome de hipertensão intracraniana: cefaleí a, hidrocefalia.
vômitos, fotofobia, torpor, coma e abaulamento de
fontanelas em RN; TRATAMENTO
3) SIń drome de irritação menIń gea: rigidez de nuca e
sinais de Kernig, Brudzinski, Brudzinski cruzado e
Lasègue.
DX LABORATORIAL
EXAMES COMPLEMENTARES
Abscesso cerebral
SINTOMAS
- Resultam da ↑ da PIC e do efeito de massa.
- Cefaleia, náusea, vômito, letargia, crises epilépticas,
alterações da personalidade, papiledema e déficits
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
27 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
Meningite viral
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
28 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
Encefalite Herpética
CRITÉRIOS DX.
Meningite criptocócica
C. Neoformans
- A invasão do organismo ocorre por inalação de
pequenas células leveduriformes ou mesmo de
basidiósporos, com instalação da infecção nos
pulmões, na maioria das vezes de forma assintomática.
A erradicação ou a contenção parcial do processo pela
formação de granulomas pode temporariamente
tornar a presença do C. neoformans quiescente. Em
situações de imunodepressão, em geral quando os
nIv́ eis estão abaixo de 100 a 200 células CD4/μL,
ocorrem a reativação do agente e sua disseminação
para territórios extrapulmonares, com especial
predileção pelo sistema nervoso.
SINTOMAS
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
31 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Neurotoxoplamose
TRATAMENTO
Cognitivos: feito com anticolinesterásicos (IAChEs) →
Tem efeito terapêutico sobre sintomas tanto
cognitivos (princip. ATENÇÃO) quanto
comportamentais.
carbamazepina) e antidepressivos.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
36 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
EPIDEMIOLOGIA
- Afeta mais as mulheres do que os homens - 2 a 3:1 -Essa reação inflamatória que destrói a bainha axonal
- Instalação entre os 20 e os 30 anos de idade na impede que o impulso nervoso seja transmitido de
maioria dos casos, instalação acima dos 70 anos é forma eficiente, o que causa toda a sintomatologia da
muito rara doença.
- Europa, EUA, Canada, Australia, Nova Zelandia são os -A progressão da doença leva a fase degenerativa, que
países de alta frequência no acometimento acarreta em perda axonal e atrofia cerebral.
- Provavelmente existem fatores genéticos na
instalação da doença nessas localidades citadas PADRÕES DE DESMIELINIZAÇÃO
Mediada por macrófagos (15%) – inflamação mediada por
células T com ativação dos macrófagos e da micróglia.
Anticorpos e complemento (58%) - inflamação
mediada por células T com ativação dos macrófagos e da
micróglia e também ativação do complemento contra
a mielina.
Distrofia distal do oligodendrócito (26%) – causadas por
cels T, macrófagos, vasculite. Causando apoptose do
Oligodendrócito.
Lesão primária do oligodendrócito (1%) –
desmielinização secundária associada a macrófagos.
FISIOPATOLOGIA
- Reação autoimune contra componentes da mielina, SINAIS E SINTOMAS
mediada por resposta T (linfócitos) periféricos e B - São muito variáveis, depende de qual área foi
(anticorpos) → AO SE BIOPSIAR AS LESÕES acometida a desmielinização em placas.
ENCONTRA-SE ESSES DOIS TIPOS CELULARES. - Dentre eles: hipostesia dolorosa, ataxia, paresia,
- Lesão axonal presente devido a mecanismos imunes espasticidade, alteração nos reflexos, tremor, disartria,
diretos e indiretos nistagmo, nevrite óptica, atrofia óptica, diplopia,
- Essa desmielinização ocorre em “placas” (áreas vertigem, alterações oculomotoras, fadiga,
restritas em que a mielina está ausente) sensibilidade ao calor, depressão, alteração do humor,
- Presença de infiltrados inflamatórios com produtos da deterioração cognitiva, nevralgia do trigêmeo,
degradação da mielina constipação.
- Aumento de IgG e IgM no liquor do paciente - Sinal de Lhermitte: sensação de choques que percorre
- No inicio da doença existe a tentativa de tanto a coluna cervical e dorsal quanto os membros
remielinização pelo organismo, porém essa capacidade é superiores. Quando paciente flexiona a cervical pode
esgotada e causa as chamadas cicatrizes gliais ocorrer nos membros inferiores
- Fenomeno de Uthoff: agravamento dos sintomas
neurológicos durante o qual o corpo sobreaquece em
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
37 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
QUADRO CLÍNICO
1 – Surto-remissão:
- Forma + frequente de EM (80-85% dos casos).
Caracterizada por surtos claramente definidos
evoluindo para remissão completa ou mantendo
algum grau de sequela neurológica.
- A maioria dos pacientes em surto-remissão evoluirá
para a forma secundariamente progressiva.
2 – Primáriamente progressiva:
- Caracteriza por ser progressiva desde sua instalação, e
representa de 5 a 10% dos casos de EM. O paciente
apresenta um declínio das funções neurológicas desde o
inicio, ausente de surtos. Tende a ter instalação tardia
e pior prognóstico em comparação com a recorrente-
remitente.
3 – Secundariamente progressiva:
Caracteriza-se por iniciar como recorrente-remitente e
evoluir para forma progressiva, com ou sem surtos
ocasionais, desenvolvendo incapacidade neurológica.
DIAGNÓSTICO
-Necessita da presença de sinais e sintomas sugestivos de
EM, com exames de imagem para CONFIRMAR a
desmielinização.
justacortical, infratentorial ou medula espinhal); Ou seja: Surtos são tratados com metilpredinisolona 1g IV
OU aguardando um próximo ataque implicando por 3 a 5 dias, em seguida prednisona VO por 4 a 8
uma diferente área do SNC. semanas. A terapia crônica são utilizados fármacos
TRATAMENTO
Objetivo: prevenir surtos, impedir progressão,
promover a regeneração, tratar sintomaticamente
os défices existentes.
- Necessita de uma equipe multiprofissional para
cuidar do paciente como um todo (médicos,
enfermeiros, psicólogos,fisioterapeutas)
- Terapêutica sintomática se faz de tratar aquilo que
esta atrapalhando a vida do paciente: Fisioterapia para
problemas osteomusculares, antidepressivos,
amantadina para fadiga, etc
PROGNÓSTICO
Quanto ↑ quantidade de surtos → pior é para o
paciente
A incapacidade funcional é variável de paciente para
paciente, porém a maioria dos casos é de LENTA
incapacitação.
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
40 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
DIAGNÓSTICO:
- 4 regiões anatômicas: TE, cervical, torácica e
lombossacra
- Definitivo: 1 bulbar + 2 não bulbares ou 3 não
bulbares
- Provável: 2 não bulbares
- Possível: 1 não bulbares
SINAIS E SINTOMAS:
Importante focar na característica ASCENDENTES da
doença, que tende a ter uma evolução de 1-2 semanas.
EPIDEMIOLOGIA:
Maior prevalência em homens.
2/3 dos pacientes apresentam infecção prévia (até 6
semanas antes). Agentes mais importantes: Zika, CMV, EBV, DIAGNÓSTICO:
- Líquor: dissociação albumino-citológica
Influenza A.
- ENMG
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:
Sínd. Medular, MG, Botulismo, Intoxicação por metais
pesados, Rabdomiólise, Miopatias, Hipocalemia (K),
Hipofosfatemia, Porfiria intermitente aguda (tem ciclo de
dores abdominais).
TRATAMENTO:
FISIOPATOLOGIA: 1 – Medidas preventivas: Profilaxia para TVP, mudança de
- Potenciais gatilhos: INFECÇÕES, vacinas, cirurgia decúbito, monitorização de sinais vitais, fisio motora.
- Anticorpos (céls T) são estimulados pelos epítopos
antigênicos do agente infeccioso atuando sobre a 2 – Imunoterapia: Plasmaferese até 4 semanas; Ig
mielina Humana EV até 2 semanas (mais indicado por ser +
- Variantes: Anticorposanti-gangliosídeo fácil de manejar) . Repetir ciclo.
*Não há indicação para combinação, tampouco há
benefícios com corticoides.
PROGNÓSTICO:
Recuperação em meses/semanas. 20%
com sequela após 1 anos.
Mortalidade: 3-8% (pior em idosos)
Andre Cleto, Henrique Sganzerla, Jefferson Weber e Vitor Bueno
43 NEUROLOGIA – 6º semestre
Turma 101 – ATM 2020/2
POLINEUROPATIA INFLAMATÓRIA
DESMIELINIZANTE CRÔNICA (CIDP)
Doença autoimune, mais prevalente em homens e a
partir dos 50 anos.
SINAIS E SINTOMAS:
Comprometimento MOTOR e SENSITIVO, SIMÉTRICOS.
Hipo/arreflexia.
Início INSIDIOSO com curso progressivo ou
intermitente (2 meses).
EXAMES COMPLEMENTARES:
Líquor: ↑ de proteínas com citometria NORMAL.
ENMG: velocidade de condução reduzida (padrão
desmielinizante).
MIASTENIA GRAVIS
AGRAVANTES:
Exercicio físico, calor, infecções sistêmicas,
menstruação, ansiedade, gestação.
EPIDEMIOLOGIA:
Incidência: 3,4 a 14,1 milhão por ano;
Prevalência: 25 a 142 milhões de portadores;
20-35 anos -> M 2,6:1 H;
60-80 anos -> M 1,4:1 H.
FISIOPATOLOGIA:
- A ↓ da quantidade de receptores de ACh disponíveis:
- Ou por degradação desses receptores;
- Ou por bloqueio deles.
CLASSIFICAÇÃO DE OSSERMAN:
Grupo 1: Ocular pura (15-20% dos casos);
Grupo 2A: Generalizada leve (30% dos casos);
Grupo 2B: Generalizada moderada (20% dos casos);
Grupo 3: Aguda fulminante (11%) – complicações
surgem em 6 a 8 meses de doença;
Grupo 4: Severa tardia (9%) – piora após 2 anos.
DOENÇAS ASSOCIADAS:
- Doenças que estão frequentemente presentes no
paciente com MG, que podem ter relação com a
fisiopatologia da doença:
-Doenças do timo: Hiperplasia (70%), Timoma
(10 a 15%);
-T. de Hashimoto (33%), Hipotireoid. (10%);
-Art. Reumatóide, LES, Dç. de Sjögren, Dç de
Addison, Hepatite Autoimune (corrobora para
etiologia autoimune da deficiência dos receptores
de Ach);
-Aplasia de cel. vermelhas, Colite Ulcerativa,
Miosite Granulomatosa, Miopatia Inflamatória,
Neuromiotomia Adquirida, Síndrome da Pessoa Rígida.
DIAGNÓSTICO:
- ANAMNESE E EXAME FÍSICO (fundamentais para
identificar a doença no paciente)
TRATAMENTO:
Objetivo → induzir e manter remissão completa da dç.
-Imunoglobulinas IV;