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Índice
1Pesca e pescarias
2As pescas na história
3Importância econômica
4Métodos
o 4.1Pesca de linha
o 4.2Pesca de emalhe
o 4.3Pesca de cerco
o 4.4Pesca com armadilhas
o 4.5Pesca com vara
5A pesca praticada pelos nativos das Américas
o 5.1Técnicas pesqueiras
6Ver também
7Referências
8Ligações externas
Pesca e pescarias
Embora sejam muitas vezes usadas como sinónimos, para os cientistas e administradores
pesqueiros estas duas palavras têm diferentes significados. Enquanto a pesca é o próprio ato de
capturar animais aquáticos ou de os criar, uma pescaria é o conjunto do ecossistema e de todos
os meios que nele atuam – barcos e artes de pesca – para capturar uma espécie ou um grupo
de espécies afins. Por exemplo, a pescaria de arenque do Mar do Norte, a pescaria
de anchoveta do Peru e do Chile, a pescaria recreativa de achigã (black bass) no lago Ontário.
No entanto, referimo-nos às pescarias de camarão de Madagáscar porque incluem uma
componente industrial e outra artesanal ou as pescarias de atum porque têm diferentes
espécies-alvo e são capturadas em diferentes oceanos.
As pescas na história
Desde que há memória que a pesca sempre fez parte das culturas humanas, não só como fonte
de alimento, mas também como modo de vida, fornecendo identidade a inúmeras comunidades,
e como objeto artístico. A Bíblia tem várias referências à pesca e o peixe tornou-se um símbolo
dos cristãos desde os primeiros tempos.
Uma das atividades com uma história mais longa é o comércio de bacalhau seco entre o norte e
o sul da Europa, que começou no tempo dos viquingues há mais de 1 000 anos.
Segundo os pescadores a Lua exerce influência na pesca, assim podemos classificar as fases
da Lua da seguinte forma: lua cheia – ótima para pesca; lua minguante – boa para pesca; lua
nova – ótima para pesca e lua crescente – regular para pesca.
Importância econômica
Apesar de ser um alimento de excepcional valor nutritivo, nem sempre o pescado recebe valor
proporcional no mercado.
O Brasil, com 5 kg de consumo per capita, não tem valores condizentes com o de um país de
sete mil e quinhentos quilômetros de costa e imensas bacias hidrográficas. Para efeito
comparativo, o índice anual do Senegal é de 37 kg, o do Canadá de 16 kg e o do Japão de
65 kg.
Métodos
Pesca recreativa - Arandu-SP-Brasil
A forma mais simples da pesca é um indivíduo isolado com uma canoa ou uma rede de pesca.
Não só como atividade recreativa, proporcionando um enorme comércio em muitos países
desenvolvidos, mas também como pesca de subsistência nos países menos desenvolvidos, esta
forma de pesca continua a ser muito importante em todo o mundo.
Mas a forma mais usual de pescar é com o auxílio de embarcações, começando com
a jangada de papiros do Egito ou a piroga ou canoa de tronco escavado, ainda hoje a principal
plataforma de pesca em muitos países menos desenvolvidos, passando pela voadeira e
pelos barcos à vela, até aos enormes barcos-fábrica responsáveis pela produção de atum e
equipados com a mais moderna tecnologia, desde helicópteros para a detecção dos cardumes,
até receptores de informação de satélites, que lhes indicam a posição exata,
a temperatura da água do mar, etc.
Pesca de linha
Ver artigo principal: Pesca à linha
A pesca com linha e anzol, parecendo simples, continua a ser uma das principais formas de
capturar peixe. Pelo fato do material ser de fácil aquisição, é o principal método de pesca de
subsistência em rios, lagos ou junto à costa. No entanto, várias pescarias industrializadas usam
este método, quer com a chamada linha-de-mão, em que cada pescador segura na mão uma
linha na extremidade da qual se colocam várias linhas secundárias cada uma com o seu anzol,
até aos palangres de vários quilómetros de comprimento com que se pescam os atuns de
profundidade.
Ainda muito praticado mas com menos adeptos é a pesca com mosca ou fly fishing em inglês.
A pesca de anzol é ainda um esporte muito praticado no mundo.
Pesca de emalhe
Outra forma de pescar relativamente simples é a rede de emalhar - na sua forma mais simples,
um retângulo de rede com flutuadores numa extremidade e pesos na oposta, que é lançada à
água num local onde se saiba haver cardumes de peixe a nadar, os quais ficam "emalhados" ou
seja presos nas malhas da rede, normalmente pelos espinhos ou opérculo. No entanto, este
método tem muitas variantes, a mais perigosa das quais - para a fauna marinha e para a
própria navegação - é a rede-derivante, que também pode ter vários quilómetros de extensão e
pode perder-se, continuando a matar peixes que depois não são aproveitados e até mamíferos
marinhos; para além disso, estas redes são praticamente invisíveis e um navio que passe por
uma destas redes perdidas pode ficar com a hélice imobilizada. Por estas razões, este método
de pesca foi banido em vários países do mundo.
Pesca de cerco
Algumas variantes da rede de emalhar deram origem às redes de cerco: a rede é colocada em
volta de um cardume e o cabo do fundo pode ser puxado até formar um saco onde todo
o peixe fica aprisionado. Esta forma de pescar é utilizada tanto em nível artesanal - na região
norte de Moçambique estas redes são fechadas por 4-5 mergulhadores, em águas baixas -
como em nível industrial, por exemplo, para algumas espécies de atum que formam cardumes à
superfície do mar.
É a pesca realizada com uma vara, sendo essa uma das pescas desportivas mais praticadas no
mundo.