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PAGINA 21
RESPOSTAS:
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2.
2.1 No plano religioso, a «corrupção» é sinónimo de pecado; no biológico, podridão
física; no plano judicial, a corrupção é o uso ilícito de um cargo ou de uma posição para
se obter proveitos próprios.
3.
3.1 Santo António dirige-se aos peixes.
3.2 Santo António estará de costas para os homens porque não pretende falar para
eles. Neste caso, é porque eles não aceiam o que ele diz.
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1.
1.1 O pronome «vós» refere-se aos pregadores.
1.2 Os pregadores são como o sal: impedem a degradação moral e espiritual
dos fiéis.
2.
2.1 Dizer que a terra está corrupta significa que o povo não está moralmente
saudável e puro: os fiéis pecam e têm comportamentos condenáveis.
3.
(1) Pregadores;
(2) Impedir a corrupção;
(3) não pregam a verdadeira doutrina;
(4) não a querem receber;
(5) dizem uma coisa e fazem outra;
(6) imitam o que os pregadores fazem e não o que eles dizem;
(7) pregam-se a si e não a Cristo;
(8) servem os seus apetites e não a Cristo;
(9) Desprezar os pregadores que faltam à doutrina e ao exemplo;
(10) Mudar de auditório;
(11) Imitar Santo António e pregar aos peixes.
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GRAMÁTICA
1.
a) Sujeito simples.
b) Sujeito.
c) Modificador apositivo do nome.
d) Predicativo do sujeito.
e) Modificador do grupo verbal.
f) Complemento oblíquo.
g) Sujeito simples.
h) Complemento indireto.
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LEITURA
1.
1.1 O texto dá conta da obra global de Vieira e as partes em que se divide.
Identificam-se e agrupam-se os tipos de texto que escreveu: tratados, opúsculos
políticos, cartas e sermões.
1.2
§1. A obra de Vieira é formada por diferentes tipos de textos.
§2. Os sermões dividem-se em dois grupos: religiosos e de assunto político
ou social.
§3. Os sermões religiosos recebem hoje menos atenção.
§4. Os sermões políticos e sociais são mais impressionantes e procuram contribuir
para reformar mentalidades.
§5. Através dos sermões, Vieira interveio nos assuntos sociais e políticos do seu
tempo.
1.3 Nos sermões, que eram pregados na igreja, Vieira podia comentar e criticar
assuntos do seu tempo sem que os poderes políticos e sociais o censurassem.
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RESPOSTAS
1. O pregador diz que não falará «em Céu nem Inferno», pois os peixes não se
irão converter. No entanto, o Padre António Vieira acrescenta que a «dor»,
por ter um auditório que não se irá converter, já é tão usual que quase não se
sente. Desta forma, critica os seus ouvintes, por resistirem a acatar a doutrina
que procura divulgar através dos seus sermões.
2. Propriedades do sal:
1. «conservar o são»;
2. «preservá-lo, para que se não corrompa».
Propriedades das pregações:
1. «louvar o bem»;
2. «repreender o mal».
Divisão da argumentação do sermão em dois momentos:
1. Louvor das virtudes dos peixes;
2. Repreensão dos vícios dos peixes.
6. O Padre António Vieira louva o facto de os peixes serem os únicos animais que
não se deixam domesticar.
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GRAMÁTICA
ESCRITA
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1.
1.º peixe:
Identificação do peixe — Peixe de Tobias.
Virtude(s) do peixe — O fel do peixe curava a cegueira e o seu coração expulsava os
demónios.
Analogia com Santo António — O seu desejo mais íntimo era curar os homens da
cegueira e expulsar os demónios da sua convivência.
Crítica aos homens — Perseguiram Santo António, tal como os moradores do
Maranhão perseguem o Padre António Vieira (crítica subentendida).
2.º peixe:
Identificação do peixe — Rémora.
Virtude(s) do peixe — Apesar de ser pequeno, consegue impedir as naus de
navegarem.
Analogia com Santo António — A língua de Santo António era uma rémora na terra
— tinha força para dominar as paixões humanas: a soberba, a vingança, a cobiça e a
sensualidade.
Crítica aos homens — Desde que a língua de Santo António se calou, veem-se na
terra muitos homens que se deixam levar pela soberba, a vingança, a cobiça e a
sensualidade.
3.º peixe:
Identificação do peixe — Torpedo.
Virtude(s) do peixe — Faz tremer o braço do pescador.
Analogia com Santo António — Vinte e dois «pescadores», ao ouvirem um sermão
de Santo António, arrependeram-se (o Santo fê-los «tremer», à semelhança do
torpedo).
Crítica aos homens — Os pescadores são uma alegoria daqueles que se aproveitam
do poder para satisfazer a sua ganância.
4.º peixe:
Identificação do peixe — Quatro-olhos.
Virtude(s) do peixe — Tem dois pares de olhos: um olha para cima e o outro
olha para baixo.
Analogia com Santo António — O Padre António Vieira afirma que o peixe deve ter
aprendido a pregar com Santo António, na medida em que ensina aos homens que
devem pensar apenas no Céu e no Inferno.
Crítica aos homens — Crítica ao facto de o Brasil se ter mantido «na cegueira», isto
é, como território pagão, durante muitos séculos (ou seja, no período que antecedeu a
chegada dos colonos).
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RESPOSTAS
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
2.
a) O recurso expressivo é a metáfora, sendo que o pregador pretende acentuar o
facto de que os interlocutores vivem em pecado (isto é, na cegueira) e de que, mesmo
assim, se insurgem contra aqueles que visam restituir-lhes a visão (isto é, reconduzi-los
no caminho do bem). (Também seria aceitável considerar que temos uma
interrogação retórica, que tem o objetivo de espelhar a indignação do pregador em
relação ao seu auditório pela hostilidade demonstrada contra quem só deseja o seu
bem.)
4.
Nau: «Nau Vingança»
Elementos caracterizadores: «artilharia abocada»; «bota-fogos acesos»;
«enfunados».
Simbologia dos elementos caracterizadores: O arsenal de guerra pronto a disparar e
o facto de avançarem «enfunados» (termo que tanto significa «com as velas
inchadas» como «com orgulho e vaidade») simbolizam a fúria e a impetuosidade que
arrasta as pessoas que se movem pelo desejo de vingança.
Destino que lhe estava reservado: Queimar-se ou afundar-se numa batalha.
Efeito da língua de Santo António: Detém a fúria, acaba com a ira e o ódio e faz a
nau içar bandeiras de paz.
Nau: «Nau Cobiça»
Elementos caracterizadores: «sobrecarregada até às gáveas»; «aberta com o peso
por todas as costuras»; «incapaz de fugir, nem se defender».
Simbologia dos elementos caracterizadores: A carga excessiva simboliza o resultado
da cobiça, que leva os homens a acumularem demasiados bens.
Destino que lhe estava reservado: Ser capturado pelos corsários, perdendo as
riquezas que tinha e as que ia buscar.
Efeito da língua de Santo António: Faz a nau parar e leva-a a libertar-se da carga
que adquiriu de forma injusta, de modo a conseguir fugir ao perigo dos corsários e
chegar a bom porto.
Nau: «Nau Sensualidade» Elementos caracterizadores: «sempre navega com
cerração, sem sol de dia, nem estrelas de noite»; os seus ocupantes navegam
«enganados do canto das sereias»; «deix[a-se] levar da corrente».
Simbologia dos elementos caracterizadores: A cegueira e a desorientação
simbolizam o que sucede aos que se deixam levar pela sensualidade: não tendo
domínio sobre si próprios, caem facilmente em tentação.
Destino que lhe estava reservado: Iam perder-se cegamente ou em Cila ou em
Caríbdis.
Efeito da língua de Santo António: Impede a nau de naufragar, levando os seus
ocupantes a readquirirem a capacidade de ver e a voltarem a assumir o rumo certo.
5. Os peixes são louvados por alimentarem todos os que vivem em austeridade
para chegarem ao Céu, os cristãos ao longo da Quaresma e o próprio Cristo depois de
ter ressuscitado. Além disso, nos dias da semana em que devia ser praticada
abstinência, as refeições podiam ser de peixe. Finalmente, o pregador elogia o facto de
peixes como a sardinha garantirem o sustento dos pobres.
GRAMÁTICA
1.
1.1 (D);
1.2 (D);
1.3 (B);
1.4 (C);
1.5 (B);
1.6 (C).
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GRAMÁTICA
1.
1.1 (D);
1.2 (D);
1.3 (B);
1.4 (C);
1.5 (B);
1.6 (C).
2.
(a)-(1);
(b)-(2);
(c)-(3);
(d)-(1);
(e)-(3).
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COMPREENSÃO DO ORAL
1.
1.1 Os dois temas dominantes no excerto são a vida do Padre António Vieira no
Brasil e a relação do Sermão com o título, bem como a sua estrutura.
1.2 Vieira partiu para o Brasil para se juntar ao seu pai, que fora nomeado escrivão
da relação da Baía.
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
2.
2.1 Os homens mais poderosos e ricos dominam e subjugam os mais vulneráveis e
os desfavorecidos.
3. O pregador recorre a uma apóstrofe para simular que fala aos peixes quando
está, de facto, a dirigir-se aos homens. São estes que não querem compreender a
desumanidade e a exploração praticada pelos colonos.
GRAMÁTICA
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1. Os peixes comerem-se uns aos outros representa que há homens que dominam,
oprimem e exploram os seus semelhantes.
2.
2.1 Os homens mais poderosos e ricos dominam e subjugam os mais vulneráveis e
os desfavorecidos.
2.2 Exemplos dos nossos dias são os empresários sem escrúpulos explorarem
os trabalhadores, alguns políticos serem prepotentes, a maioria dos povos europeus
discriminar indivíduos de outras etnias, etc.
3. O pregador recorre a uma apóstrofe para simular que fala aos peixes quando
está, de facto, a dirigir-se aos homens. São estes que não querem compreender a
desumanidade e a exploração praticada pelos colonos.
4. Embora os Tapuias sejam canibais, não comem tantos homens como aqueles
que, metaforicamente, são devorados (oprimidos) na carnificina que existe entre os
brancos.
9. Os homens devem ter consciência de que mesmo aquele que exerce o seu poder
sobre alguém mais fraco é, por sua vez, dominado ou oprimido por alguém
mais poderoso.
10.1 O pregador afirma que o Homem não necessita de explorar e de oprimir o seu
semelhante para sobreviver (por exemplo, através da escravatura). Pode e deve
encontrar outra forma de se sustentar.
11. Censura-se nos peixes, e indiretamente nos homens, a vaidade e a ignorância.
ORALIDADE
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ORALIDADE
4. King sonha que, um dia, brancos e negros sejam iguais e que estes estejam
plenamente integrados na sociedade.
ESCRITA
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1. Secções da parte V:
Roncador: ll. 591-631; Pegador: ll. 632-698; Voador: ll. 699-768; Polvo: ll. 769-814.
2. Sugestão: O preenchimento desta tabela pode ser feito em trabalho de grupo.
(1) Pequenos e emitem um som grave.
(2) Arrogância e orgulho.
(3) São Pedro, Golias, Caifás e Pilatos.
(4) António tinha saber e poder mas não se vangloriava.
(5) Pequenos e fixam-se a peixes grandes ou ao leme dos navios.
(6) Oportunismo, parasitismo social e subserviência.
(7) Os seguidores de Herodes e aqueles que Nabucodonosor sustentava.
(8) Santo António «pegou-se» apenas a Cristo e seguiu-O.
(9) Peixes de grandes barbatanas que saltam para fora de água como se voassem.
(10) Ambição desmedida.
(11) Simão Mago e Ícaro.
(12) António tinha sabedoria e era grande, mas foi humilde.
(13) Tem um «capelo», tentáculos e um corpo mole, e pode camuflar-se.
(14) Hipocrisia e traição.
(15) Judas.
(16) António foi sincero e verdadeiro (nunca enganou).
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
3.
3.1 Nesta frase há uma antítese que representa o contraste entre os roncadores
serem pequenos e emitirem um som forte, o que traduz o ridículo em que caem estes
peixes e em que caem os homens arrogantes.
3.1.1 Este contraste alude aos homens que têm poucas qualidades e virtudes, mas
que se vangloriam de ter valor.
3.2 As interrogações retóricas são uma estratégia argumentativa. Representam a
surpresa, e até a indignação, do orador perante o comportamento destes peixes pela
soberba que têm.
3.4 A frase significa que aqueles que se gabam muito acabam por não cumprir o
que deles se espera no momento decisivo.
4.
5.
5.1 Os voadores representam aqueles que têm uma ambição desmedida e querem
ir mais além do que o seu valor e as suas qualidades lhes permitem.
5.2 O pregador usa uma apóstrofe para se dirigir aos voadores. Desta forma
adverte e admoesta diretamente os voadores pela sua presunção.
6.
6.1 O «capelo» do polvo sugere que ele é santo como um monge; a moleza do
corpo, que é dócil; os tentáculos dão-nos a ideia de uma estrela. Porém, o polvo é
traiçoeiro e hipócrita.
6.4
6.4.1 A água, que é um elemento puro e cristalino, contrasta com o polvo, que é
falso e cruel.
GRAMÁTICA
1.
a) Discurso direto;
b) Discurso indireto;
c) Discurso direto;
d) Discurso indireto;
e) Discurso direto.
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LEITURA
1.
1.5 O texto tem um carácter expositivo na medida em que dá conta de factos sobre
os polvos e o seu comportamento. (Por esse motivo, pauta-se também pela
objetividade.) Além disso, explicita fontes científicas consultadas que comprovem o
rigor da informação (por exemplo, Journal of Comparative Psychology).
ESCRITA
1. Cenário de resposta:
B — Resposta livre.
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
2. O pregador manifesta inveja em relação aos peixes, na medida em que estes,
por não serem racionais, não terem livre-arbítrio, não falarem e não terem
memória, não ofendem a Deus, concretizando o fim para que foram criados: servir
ao Homem. Em contrapartida, o Padre António Vieira penitencia-se por não conseguir
concretizar o fim para que foi criado — servir a Deus adequadamente.
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LEITURA
1.