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Sermão de Santo

António

Padre António Vieira


Padre António Vieira, O Imperador da Língua Portuguesa
(RTP)
1. Ideias-chave:
• António Vieira: sacerdote jesuíta, missionário, pregador/orador, escritor,
diplomata;
• assumiu um papel político e diplomático preponderante no reinado de D.
João IV;
Padre António Vieira, O Imperador da Língua Portuguesa
(RTP)
1. Ideias-chave:
• António Vieira: sacerdote jesuíta, missionário, pregador/orador, escritor,
diplomata;
• assumiu um papel político e diplomático preponderante no reinado de D.
João IV;
• nasceu em Lisboa, no seio de uma família pobre;
• efetuou estudos no Colégio de Jesuítas da Bahia;
• foi ordenado padre em 1635;
Padre António Vieira, O Imperador da Língua Portuguesa
(RTP) – Página 24 do manual
1. Ideias-chave:
• António Vieira: sacerdote jesuíta, missionário, pregador/orador, escritor,
diplomata;
• assumiu um papel político e diplomático preponderante no reinado de D. João IV;
•nasceu em Lisboa, no seio de uma família pobre;
• efetuou estudos no Colégio de Jesuítas da Bahia;
• foi ordenado padre em 1635;
• salienta-se a ida a Lisboa em 1641 e consequente início da carreira política;
• ficou famoso pelos seus sermões entre a aristocracia lisboeta;
• tinha como ideais: desejo de atrair os judeus ao país; denúncia dos abusos da
Inquisição;
• foi uma grande figura da Restauração, da Igreja, dos Jesuítas e da Literatura
Portuguesa (“imperador da Língua Portuguesa”).
Vamos completar a informação…
3. Ideias-chave:
• salienta-se a partida de António Vieira para a Bahia;
• ingresso na Companhia de Jesus (destaque pelas capacidades de
escrita e de retórica);
• viagem a Lisboa, em 1641 (conquista de fama como orador);
Vamos completar a informação…
3. Ideias-chave:
• salienta-se a partida de António Vieira para a Bahia;
• ingresso na Companhia de Jesus (destaque pelas capacidades de
escrita e de retórica);
• viagem a Lisboa, em 1641 (conquista de fama como orador);
• participação em missões políticas e diplomáticas;
• aceitação de missão no Maranhão; conquista de fama como
missionário;
• ideais: integração dos ameríndios no sistema de influência dos
jesuítas; substituição da mão de obra escrava índia pela africana;
Vamos completar a informação…
3. Ideias-chave:
• salienta-se a partida de António Vieira para a Bahia;
• ingresso na Companhia de Jesus (destaque pelas capacidades de escrita e
de retórica);
• viagem a Lisboa, em 1641 (conquista de fama como orador);
• participação em missões políticas e diplomáticas;
• aceitação de missão no Maranhão; conquista de fama como missionário;
• ideais: integração dos ameríndios no sistema de influência dos jesuítas;
substituição da mão de obra escrava índia pela africana;
• perseguição pelo Santo Ofício;
• visita a Roma, onde reforça a fama de orador;
• partida definitiva para o Brasil;
• preparação da edição de sermões, cartas e Clavis Prophetarum.
Síntese…
Quer Nunes Forte, no programa televisivo “Padre António Vieira,
Imperador da Língua Portuguesa”, quer António José Saraiva e Óscar
Lopes, na História da Literatura Portuguesa, nos dão a conhecer Padre
António Vieira como um missionário, pregador/orador, escritor,
diplomata e político de excecionais qualidades no quadro da História e
da Literatura Portuguesas.
Síntese…
Quer Nunes Forte, no programa televisivo “Padre António Vieira,
Imperador da Língua Portuguesa”, quer António José Saraiva e Óscar
Lopes, na História da Literatura Portuguesa, nos dão a conhecer Padre
António Vieira como um missionário, pregador/orador, escritor,
diplomata e político de excecionais qualidades no quadro da História e
da Literatura Portuguesas.
De facto, nascido em Lisboa e oriundo de uma família pobre, Vieira
cedo foi viver para a Bahia, onde ingressou no Colégio dos Jesuítas e se
destacou pela capacidade de escrita e de retórica. Após a Restauração,
regressou a Lisboa, onde iniciou a sua carreira política e diplomática,
em prol do rei D. João IV, granjeando fama com os seus sermões e
consolidando a sua reputação como orador exímio.
Síntese…
As preocupações políticas, diplomáticas e humanistas de Vieira são
visíveis nos ideais por ele defendidos – a este nível, Nunes Forte foca o
desejo de atrair os judeus ao país e a denúncia dos abusos da
Inquisição; António José Saraiva e Óscar Lopes salientam a integração
dos ameríndios no sistema de influência dos jesuítas e a substituição da
mão de obra escrava índia pela africana.
Por outro lado, a dimensão literária do orador é visível na obra por ele
deixada – em que podem destacar-se os sermões, as cartas e um livro
de escatologia (Clavis Prophetarum).
(215 palavras)
O Barroco
5.1.
• a. Pérola irregular e imperfeita, de reduzido valor comercial.
• b. Período cultural conotado como imperfeito, anormal (por oposição ao
Classicismo).
• c. Período cultural marcado pela arte da persuasão, que visa produzir
efeitos sobre o recetor.
• d. Período cultural marcado pela transfiguração da realidade, com o objetivo
de seduzir o recetor.
• e. Período cultural marcado pela ostentação e pela riqueza, no domínio
religioso e profano.
• f. Período cultural marcado pela sobrecarga ornamental e decorativa
(campo artístico), pelo discurso hiperbólico (literatura) e pela representação
de cenas excessivas, violentas (ex.: descrição do inferno).
• g. Período cultural marcado pela importância do teatro e pela conceção de
vida e de mundo como um palco (ilusão, engano).
• h. Período cultural marcado pelo apelo e pela exploração das sensações.
Exercícios sobre o documentário “Sermão de Santo
António aos Peixes de Padre António Vieira” – Pág. 32
• 1.1. Estabelecimento de uma analogia entre o papel dos
pregadores no século XVII (com destaque para Vieira) e as
estrelas da atualidade, pelo seu papel mediático.

• 1.2. Vieira, sabendo que os processos de retórica estavam


muito desgastados pelo tempo, renova e desafia fórmulas
consagradas. Embora partindo de modelos, como o de Santo
António, o pregador tenta, tanto quanto possível, renová-los.
Exercícios sobre o documentário “Sermão de Santo António aos Peixes
de Padre António Vieira” – Pág. 32

1.3. Elementos biográficos:


• na Bahia, jovem, aprende a ler e a escrever no Colégio Jesuíta;
• aí ouve um sermão sobre as penas do inferno e foge de casa;
• pede ao Superior para entrar na Companhia de Jesus, inicia o
noviciado e estuda Teologia e Filosofia;
• começa a proferir sermões e revela-se muito dotado, tornando-
se professor de Retórica;
Exercícios sobre o documentário “Sermão de Santo António aos Peixes
de Padre António Vieira” – Pág. 32

• é ordenado padre, começa a percorrer as aldeias baianas e


adquire fama rapidamente;
• neto de avó africana, é sensível a temas relacionados com a
diversidade humana.

1.4. Críticas:
• Defensor dos índios, critica a escravatura, a violência, a má-
vontade e a crueldade dos colonos.
Estrutura
Capítulo I - Exórdio
Conceito Predicável
VOS ESTIS SAL TERRAE (S. MATEUS, CAP. 5, VERSÍCULO 13)

VÓS SOIS O SAL DA TERRA

• Os conceitos predicáveis são citações bíblicas que servem de mote ao


sermão.
• O conceito predicável é uma verdade moral proferida pelo
pregador ao seu auditório; um conceito a partir do qual se
desenvolve todo o discurso, de modo a clarificá-lo e do qual
partem as construções mentais do orador.
Conceito Predicável
Conceito Predicável

AO “SAL” – “lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos”
(resposta de Cristo)

A ESTA TERRA – “Este ponto não o resolveu Cristo Senhor”, mas


temos a resposta de Santo António

MUDOU O PÚLPITO E O
AUDITÓRIO
Daqui se parte para…
ESTRUTURA – EXPOSIÇÃO E CONFIRMAÇÃO
Daqui se parte para…
ESTRUTURA – EXPOSIÇÃO E CONFIRMAÇÃO

O sermão é uma alegoria porque os peixes são a metáfora


dos seres humanos
CAPÍTULO II Louvores aos peixes em geral
Louvores aos peixes em particular
. Peixe de Tobias
CAPÍTULO III . Rémora
. Torpedo
EXPOSIÇÃO . Quatro-olhos
E
CONFIRMAÇÃO CAPÍTULO IV Repreensões aos peixes em geral
Repreensões aos peixes em particular
. Roncadores
CAPÍTULO V . Pegadores
. Voadores
. Polvo
Capítulo II - Análise
CAPÍTULO II
Louvores aos peixes em geral
• Retoma o conceito predicável… porquê?

• Relaciona as propriedades do sal com as funções do sermão


• Estabelece uma comparação entre a pregação de Santo António e a
sua
• Apresenta a estrutura do sermão (ll.14-16)
Capítulo II - Análise
CAPÍTULO II
Louvores aos peixes em geral
• “duas qualidades de ouvintes – ouvem e não falam.”
• “isto é lá para os homens que se deixam levar destas vaidades”
• “obediência, ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra
de Deus da boca de seu servo António.”

Vaidade dos homens Modéstia dos peixes (ll.32-33)


Furiosos e avessos à palavra de Deus Devotos e atentos (ll.45-50)
Capítulo II - Análise
CAPÍTULO II
Louvores aos peixes em geral
• “duas qualidades de ouvintes – ouvem e não falam.”
• “obediência, ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra
de Deus da boca de seu servo António.”
• “Não condeno, antes louvo muito aos peixes este seu retiro (…)
quanto mais longe dos homens, tanto melhor”

Articulação entre as virtudes naturais dos peixes


(indomabilidade) com virtudes tipicamente humanas (saber ouvir,
usar o entendimento, ter devoção) Intenção crítica do orador
Capítulo II - Análise
CAPÍTULO II
Louvores aos peixes em geral
• “duas qualidades de ouvintes – ouvem e não falam.”
• “obediência, ordem, quietação e atenção com que ouvistes a palavra
de Deus da boca de seu servo António.”
• “Não condeno, antes louvo muito aos peixes este seu retiro (…)
quanto mais longe dos homens, tanto melhor”

Articulação entre as virtudes naturais dos peixes


(indomabilidade) com virtudes tipicamente humanas (saber ouvir,
usar o entendimento, ter devoção) Intenção crítica do orador
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
• RÉMORA – “tão pequeno no corpo e tão grande na força”; “Pega-se ao leme de
uma nau da Índia” e muda-lhe o rumo.

SANTO ANTÓNIO É UMA RÉMORA NA TERRA


(a sua “língua”doma a fúria das paixões humanas)
. a nau soberba
. a nau vingança
. a nau cobiça
. a nau sensualidade
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
• TORPEDO – peixe que produz descargas elétricas que fazem tremer
o braço do pescador que o tenta capturar.

descargas elétricas

a palavra de Deus que deveria abalar


a consciência humana e provocar
o arrependimento.
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
• TORPEDO – peixe que produz descargas elétricas que fazem tremer
o braço do pescador que o tenta capturar.

descargas elétricas

a palavra de Deus que deveria abalar


a consciência humana e provocar
o arrependimento.
Santo António fez “tremer”
22 “pescadores” (ladrões) e
converteu-os.
Capítulo III - Análise
CAPÍTULO III
Louvores aos peixes em particular
• QUATRO-OLHOS – peixe que nada à superfície e apresenta dois pares
de olhos.
Um par permite defender-se das aves, o outro protege-o dos peixes.

Os seres humanos devem pautar o seu comportamento, olhando para


o céu (o bem), mas lembrando-se de que há inferno (o castigo).
Capítulo IV - Análise
CAPÍTULO IV
Repreensões aos vícios dos peixes em geral
é que vos comeis uns aos outros”
“Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os
pequenos”
“Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para
muitos pequenos, mas como os grandes comem os pequenos, não
bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.”

Ictiofagia
Referida por Santo
Capítulo IV - Análise Agostinho para se
dirigir aos homens na sua
pregação (objeto de
CAPÍTULO IV exemplificação os peixes)
Repreensões aos vícios dos peixes em geral
Referida por Vieira para
repreender
os peixes na sua pregação e
Ictiofagia criticar alegoricamente os
homens (objeto de
exemplificação os homens)
Referida por Santo
Capítulo IV - Análise Agostinho para se
dirigir aos homens na sua
pregação (objeto de
CAPÍTULO IV exemplificação os peixes)
Repreensões aos vícios dos peixes em geral
Referida por Vieira para
repreender
os peixes na sua pregação e
Ictiofagia criticar alegoricamente os
homens (objeto de
exemplificação os homens)

Antropofagia – exemplo - Tapuias


Capítulo IV - Análise Referida por Santo
Agostinho para se
dirigir aos homens na sua
CAPÍTULO IV pregação (objeto de
Repreensões aos vícios dos peixes em geral exemplificação os peixes)

Referida por Vieira para


Ictiofagia repreender
os peixes na sua pregação e
criticar alegoricamente os
homens (objeto de
exemplificação os homens)
Antropofagia – exemplo – Tapuias

Antropofagia social – exemplos da cidade em que o homem branco explora os mais


fragilizados (a pessoa que morre, um réu em julgamento)

Criticar o comportamento humano em constante bulício motivado pela ambição e


vontade de enriquecer, buscando a riqueza através da exploração dos outros
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
RONCADORES – peixes pequenos que emitem um som grave.
“uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?!”

Personagens bíblicas com SIMBOLIZAM A ARROGÂNCIA E A SOBERBA


os mesmos defeitos: O que torna os humanos “roncadores”?
• São Pedro O SABER E O PODER
• Golias
• Caifás SANTO ANTÓNIO TINHA O SABER E O
• Pilatos PODER, MAS NÃO SE VANGLORIAVA
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
PEGADORES – peixes muito pequenos que se agarram ao dorso dos peixes maiores,
vivem como parasitas à custa dos seus hospedeiros.

REPRESENTAM OS OPORTUNISTAS
CRÍTICA FEROZ AOS COLONOS
PARASITISMO SOCIAL

EXEMPLO DE SANTO ANTÓNIO:


ESTÁ “PEGADO” A CRISTO E CRISTO COM ELE
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
VOADORES – possuem barbatanas maiores do que a generalidade dos peixes.
“Porque vos meteis a ser aves?”
“Contentai-vos com o mar e com o nadar, e não queirais voar, pois sois peixes.”

REPRESENTAM OS AMBICIOSOS
(os que querem ser mais do que
Personagens com os os outros)
mesmos defeitos:
• Simão Mago EXEMPLO DE SANTO ANTÓNIO:
• Ícaro A HUMILDADE
“Não estendeu as asas para subir,
encolheu-as para descer.”
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
Voadores
Contra-argumento
 “Dir-me-eis, voador, que vos deu Deus maiores barbatanas que os
outros de vosso tamanho.”
Refutação
 “Pois porque tivestes maiores barbatanas, por isso haveis de fazer
das barbatanas asas?! Mas ainda mal…”
Tem os perigos da ave (ar)
GRANDE AMBIÇÃO CASTIGO
os do peixe (mar)

“Quem quer mais do que lhe convém,


perde o que quer e o que tem.”
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular

POLVO – como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta e de


mudar a sua cor.
Esta camuflagem permite-lhe enganar e caçar os peixes mais facilmente.

“Judas em tua comparação já é menos traidor.”

REPRESENTA A TRAIÇÃO E A HIPOCRISIA,


O PODER DE DISSIMULAÇÃO
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
APARÊNCIA DO POLVO
COMPARAÇÃO
“com aquele seu capelo na cabeça parece um monge”
“com aquele não ter osso nem espinha,
parece a mesma brandura, mesma mansidão.”
“com aqueles seus raios estendidos parece uma estrela.”
REALIDADE
“E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta
hipocrisia tão santa, […]
o dito polvo é o maior traidor do mar.”
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
APARÊNCIA DO POLVO
QUE RECURSOS TRAIÇOEIROS?
• “se está nos limos, faz-se VERDE”
MUDANÇA DE COR • “se está na areia, faz-se BRANCO”
AS CORES NO POLVO • “se está no lodo, faz-se PARDO”
“SÃO MALÍCIA” • “se está em alguma pedra, […]
faz-se da cor da mesma PEDRA”

REALIDADE “E debaixo desta aparência tão modesta, ou


desta hipocrisia tão santa, […]
o dito polvo é o maior traidor do mar.”
VÍTIMAS
INOCENTES E DESACAUTELADOS
Capítulo V - Análise
CAPÍTULO V
Repreensões aos vícios dos peixes, em particular
O POLVO – ANALOGIA COM SANTO ANTÓNIO
EXEMPLO DE SANTO ANTÓNIO – A ANTÍTESE DO POLVO

“mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde


nunca houve dolo, fingimento ou engano.”

Vieira acusa a perda de valores nacionais – no passado as características


de Santo António eram extensivas a todo o povo português.
“bastava antigamente ser português, não era necessário ser santo.”
Capítulo VI – Análise
Peroração
• Trata-se da parte final do sermão. O orador faz uma recapitulação, realçando e
engrandecendo os argumentos favoráveis à sua tese e desvalorizando os contrários.

“Comover”, isto é, captar a adesão do


ouvinte, apelando à comoção.
O objetivo da peroração
“Mover”, ou seja, incentivar à ação, levar os
ouvintes a agir.

A peroração é o lugar, por excelência, no qual se destaca o brilho do discurso e a


eloquência. Convém que o orador deslumbre e deleite
o seu auditório.
Capítulo VI – Análise
Peroração
• O orador retoma os argumentos utilizados.
O orador inveja os peixes porque eles cumprem aquilo para que foram criados: servir os
humanos.
- não falam;
- não têm memória; não ofendem a Deus
- não têm entendimento, nem vontade.

• Critica os humanos, porque Deus deu-lhes memória, entendimento e vontade, mas eles
não cumprem o fim para que foram criados.
• Autocritica-se – foi criado para servir a Deus e não consegue cumprir a sua função.
• Apela aos ouvintes para que respeitem, venerem e louvem Deus.
• Louva a Deus com o hino Benedicite.
Fim…

Créditos:

Material disponibilizado pela Areal Editora e pelo Manual adotado.

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