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Estruturação Musical
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL............................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
ESCALAS MAIOR E MENOR, CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO....................................................... 11
CAPÍTULO 2
ARMADURA DE CLAVE............................................................................................................. 16
CAPÍTULO 3
INTERVALOS............................................................................................................................ 19
UNIDADE II
ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL............................................................................................. 21
CAPÍTULO 1
MODOS GREGOS................................................................................................................... 21
UNIDADE III
NOVAS ESCALAS.................................................................................................................................. 38
CAPÍTULO 1
ESCALA PENTATÔNICA............................................................................................................ 38
CAPÍTULO 2
ESCALAS SIMÉTRICAS.............................................................................................................. 44
CAPÍTULO 3
ESCALAS DERIVADAS DO CAMPO HARMÔNICO MENOR......................................................... 50
CAPÍTULO 4
ESCALA BLUES......................................................................................................................... 54
UNIDADE IV
RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA........................................................................................................... 57
CAPÍTULO 1
APLICAÇÃO DE ESCALAS SOBRE OS ACORDES....................................................................... 57
UNIDADE V
ORGANICIDADE ESTRUTURAL................................................................................................................ 74
CAPÍTULO 1
FORMA BLUES......................................................................................................................... 74
CAPÍTULO 2
FORMA E MELODIA ................................................................................................................ 79
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 89
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Assim como em qualquer viagem em que vamos visitar um novo país, uma das tarefas
é ter contato com o idioma do lugar para melhor conhecer suas particularidades, seus
costumes, e assim desfrutarmos de maneira mais intensa essa experiência. Vale a
analogia para a música. Ela seria como um novo país, novas fronteiras a serem exploradas.
Dentro do universo sonoro vemos que existe um idioma que nos permite construir
uma ponte entre diferentes culturas. Nos comunicamos, trocamos conhecimentos com
pessoas próximas ou não. Dentro desse mundo dos sons podemos escrever, ou melhor,
descrever aquilo que nossa imaginação idealiza. Nos dá subsídio para que possamos
colocar no papel – com a tecnologia de hoje chega a ser uma força de expressão – o
conteúdo advindo desses nossos pensamentos quase que em sua totalidade.
Porém, inovações e modificações vão surgindo, e não poderia ser diferente ao longo
de tantos anos, fazendo com que os profissionais desse segmento artístico estejam
continuamente em processo de reciclagem e adaptação à linguagem musical.
Principalmente pelas inúmeras ocorrências que apareceram durante o século XX até
os dias de hoje.
Desde o final do século XIX, somos contemplados com diferentes eventos que nos
obrigam a repensar conceitos já estabelecidos por anos de uso. Quebras de antigos
paradigmas com o surgimento de novos procedimentos requerem uma nova apreciação
de todo o material existente na empreitada de pensar e escrever música. Somos
incumbidos da tarefa de sabermos os códigos tradicionais, nos mantermos atualizados
da escrita que vai nascendo e se tornando habitual no cenário contemporâneo musical
e não deixarmos apagar a chama da nossa constante curiosidade por novos elementos,
novos caminhos que trarão consequentemente novos desafios para a linguagem e
estruturação da música.
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Ainda estamos muito ligados ao procedimento de estabelecer e trabalhar com uma
tonalidade definida, ou partindo de uma fórmula de compasso quaternário, um motivo
rítmico na melodia ou por fim uma peça como na forma binária. Porém, muito se trabalha
dando a esses artifícios um tratamento que chamamos de ressignificação. Onde se faz
acontecer contínuas transformações desses tradicionais elementos produzindo outros
novos. Claro que nada impede de se trabalhar mantendo um caráter mais usual dessas
fórmulas já tão utilizadas, e isso torna tudo mais gostoso na maneira de fazer música.
Amplia ainda mais o leque das possibilidades.
Ao longo desse texto nossa vontade é de revermos alguns pontos importantes da teoria
da música, que serve como um alicerce para qualquer que sejam os procedimentos
modernos a serem tratados, e se não estivermos muito seguros dessa base, com certeza
não poderemos seguir adiante. Consequentemente, iremos tratar de apreciarmos a
maneira com que foram sendo tratados novos elementos, ou de que maneira está sendo
manipulado os métodos mais antigos que compõem o sistema organizacional musical.
Objetivos
»» Elencar os elementos básicos para a compreensão e produção musical.
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ESCALAS ORIUNDAS UNIDADE I
DO SISTEMA TONAL
CAPÍTULO 1
Escalas maior e menor, construção e
aplicação
Escala maior
Para começarmos a pensar de que maneira vamos escrever música o primeiro passo
é termos um conhecimento sobre a formação da escala maior. Essa estrutura serve de
base para praticamente todo o material a ser abordado aqui que se relacione a modos,
harmonia, formação de acordes, construção de frases, enfim, temos que ter um total
domínio para conseguirmos êxito em nossa jornada musical.
Fonte: Do autor.
Para que exista essa configuração é necessário observar que entre cada nota temos uma
distância que se reveza entre um tom inteiro e um semitom ou também chamado de
intervalo de meio tom (a letra “T” significa tom). Esse formato começa a ser estruturado
pelo filósofo e matemático grego Pitágoras, que nasceu no ano de 570 a.C. na ilha de
Samos, na região da Ásia Menor (suapesquisa.com). Em seu experimento, junto a um
instrumento chamado monocórdio, de acordo com o posicionamento de um suporte
que ele movimentava sob uma corda vibrante, reparou nas frequências produzidas
11
UNIDADE I │ ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL
Segundo a lenda, Pitágoras (572-497) ao passar por uma oficina, ouviu o som
de cinco martelos batendo em uma bigorna. Admirado com o som agradável,
e pensando inicialmente que a qualidade do som era proveniente da força das
mãos, ele teria trocado os martelos, mas cada martelo reservava o som que
lhe era próprio. Após ter tirado um que era desagradável, pesou os outros e
constatou que o primeiro pesava doze, o segundo nove, o terceiro oito, o quarto
seis, de uma unidade de peso desconhecida.
Essa consideração, é claro que se refere mais aos dias de hoje, onde já estamos
acostumados com uma gama de combinações intervalares e que põe em jogo o que
seria consonância e dissonância. Porém, sabemos que na época a que nos referimos
o referencial era completamente diferente do que é hoje. Ao olhar de um físico que
fará experimentos quanto a ondas vibratórias que se movimentarão durante o encontro
de dois sons simultâneos, nós teremos uma parcial que originará uma equação – (ver
suapesquisa.com) –, essa equação, a princípio, seria o suficiente para sabermos o que é
consonante ou não.
Até o século XII, não houve questionamentos a respeito, porém, a partir desse período,
começaram a observar que as mudanças de oitavas não mantinham a mesma relação
de afinação. Primeiramente, com o compositor Giozeffo Zarlino (1517-1590), houve
uma tentativa de igualar os intervalos musicais, mas não obteve o êxito necessário.
Em 1636, o músico, filósofo e matemático Marin Mersenne (1588-1648) dividiu a
escala em doze partes como conhecemos hoje, o que originou o sistema chamado
temperado.
Isso não foi do agrado de muitos músicos e estudiosos, mas fazia com que se
obtivesse o mesmo resultado a partir de qualquer desses doze sons. (SIMONATO;
DIAS, 2009, p. 5).
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ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL │ UNIDADE I
Porém, música mesmo que totalmente envolvida nos números, não tem resultantes tão
exatas quando recebidas pela percepção humana. Nossos gostos se alteram de acordo
com nossos sentidos, ou sentimentos em relação ao que ouvimos. A maneira como
recebemos os sons que percebidos por nossos ouvidos provocam diferentes reações ao
nosso humor, não é contemplada com unanimidade por todos que estiverem apreciando
uma mesma performance, digamos.
Isso não significa que agiremos de forma arbitrária, sem regras, pois chegamos a definir
alguns padrões durante anos de experimentações. Simplesmente, isso nos mostra que
temos um campo muito mais vasto para decidirmos os caminhos a serem tomados
quando estivermos em processo de criação.
Percebendo isso, vamos começar a refletir sobre as regras da concepção das escalas, e
de como lidamos com os conceitos de consonâncias e dissonâncias dentro do sistema
denominado Tonal.
Ainda hoje, consideramos que a música desenvolvida no Ocidente tem como sua menor
distância entre duas notas o semitom. Porém, já observamos diversas investidas em
composições com intervalos menores, só não fazem parte ainda do nosso estudo mais
tradicional.
Escala menor
Dessa escala maior, cujo nome está diretamente ligado ao intervalo entre as três
primeiras notas chamada terça maior, costumamos obter as escalas menores ao
começarmos essa mesma escala pelo seu sexto grau, que terá um intervalo de
terça menor.
Fonte: Do autor.
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UNIDADE I │ ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL
Esse procedimento de obtenção de uma nova escala por meio da relação com uma
escala maior será utilizado em diversas outras ocasiões. Também será de grande valia
ao trabalharmos sobre uma escala qualquer, fazermos sempre uma comparação com o
arquétipo da escala maior para que conseguir uma aprendizagem mais sólida. Iremos
observar isso no desenrolar dos nossos textos.
Essa construção pode e deve ser feita a partir de qualquer nota, e vale lembrar que
para que isso possa ser feito temos que trabalhar com os chamados acidentes musicais:
SUSTENIDOS e BEMOIS.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
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ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL │ UNIDADE I
Aqui temos dois exemplos de escalas maiores e suas relativas menores, onde só
conseguimos manter os intervalos entre as notas com a colocação dos chamados
acidentes.
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CAPÍTULO 2
Armadura de clave
Como foi dito anteriormente para a obtenção de escalas a partir de qualquer nota
precisamos da colocação de acidentes. Em decorrência disso, esses tais acidentes
deverão aparecer no início de uma partitura para que saibamos em que escala foi
pensada a música que tocaremos.
Para prosseguirmos vamos começar a nomear as escalas, acordes e por vezes até notas
com o sistema de letras:
A B C D E F G
Lá Si Do Ré Mi Fá Sol
Ex.:
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ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL │ UNIDADE I
Fonte: Do autor.
Em cada pentagrama acima temos então a disposição correta dos acidentes nas
claves. Assim, sustenidos e bemóis vão sendo acrescentados um de cada vez
e identificando cada tonalidade em que se está trabalhando. O termo “Tom” e
“Tonalidade” são utilizados para se saber em quais notas manteremos o foco
principal em uma peça ou trecho de peça.
Como já sabemos para cada escala maior acima encontraremos uma relativa menor que
utilizará os mesmos acidentes que estarão registrados na clave.
Além da escala menor relativa, chamada também de menor antiga, encontramos duas
outras que por muito tempo serviu como material composicional.
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UNIDADE I │ ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL
Fonte: Do autor.
Apesar de seu uso ter diminuído ao longo dos anos, a sua importância se dá
muito em relação aos acordes que obtemos ao sobrepormos suas notas. Mesmo
não falando aqui com maiores detalhes sobre isso, posso garantir que será
abordado o mais breve possível.
Fonte: Do autor.
Para resolver o intervalo que aparece entre o sexto e o sétimo grau da escala menor
harmônica promoveram uma mudança de deslocamento ascendente também na sexta
nota da escala, porém, para não a descaracterizar demais tal transformação ocorreria
somente quando da subida. Na descida retornariam os acidentes iniciais.
Apesar de haver inúmeras composições desenvolvidas com essas escalas, hoje em dia
já não estão tanto em evidência. Utilizamos de novas maneiras, a partir de notas que
não são as fundamentais dessas escalas. Esse assunto ainda será abordado nos textos
subsequentes.
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CAPÍTULO 3
Intervalos
Intervalo musical é a extensão existente entre duas notas. A menor distância que
encontramos nas músicas do Ocidente é o de um semitom, enquanto no Oriente são
trabalhados intervalos menores. Porém, hoje já se desenvolve diversas composições
utilizando esses intervalos de um quarto de tom.
Tabela de intervalos:
Figura 8. Intervalos.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
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UNIDADE I │ ESCALA ORIUNDAS DO SISTEMA TONAL
Fonte: Do autor.
2. Harmônicos
Fonte: Do autor.
Tal disposição pode acontecer não só com duas notas, mas com mais outras, como
encontramos na formação de um acorde, de uma harmonia.
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ESCALAS
ORIUNDAS DO UNIDADE II
SISTEMA MODAL
CAPÍTULO 1
Modos gregos
Os modos são formados por uma sequência de sete sons derivados e relacionados às
escalas maiores, possuem em suas estruturas características próprias que constituem
sonoridades particulares de acordo com a relação intervalar entre suas notas.
Podemos relacionar essas escalas aos graus dos acordes que aparecem em um campo
harmônico. Cada acorde possui uma escala correspondente.
O verbete “mode” do The New Grove Dictionary of Music and Musicians (v.12.
pp. 775-859), traça um panorama histórico desde o sistema gregoriano –
passando pelos oito modos e suas diferenciações plagais na ampliação das
respectivas tessituras quarta abaixo e pela adaptação para doze modos no
período renascentista, com a inclusão dos modos jônio e eólio – até a acepção
do final do século XIX do modo, incluindo aqui o lócrio sem as diferenciações
plagais para os outros seis, como conceito musicológico (TINÉ, 2008, p. 36).
21
UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
Figura.12 Jônio.
Fonte: Do autor.
2. Dórico – trata-se de uma escala menor que possui seu sexto grau maior.
Está relacionado ao segundo grau do campo harmônico maior.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Todos os modos acima vieram do campo harmônico de Do maior, sendo que para
qualquer campo harmônico teremos a mesma constituição, sendo necessário somente
acrescentar seus devidos acidentes.
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UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
V7 modo Mixolídio
Portanto, para se usar um modo ou saber como montá-lo basta você relacionar com
uma escala maior.
Vamos exemplificar:
Se você precisa de um modo dórico basta você saber de quem esse acorde é segundo
grau, e utilizar os acidentes da armadura de clave dessa tonalidade.
Fonte: Do autor
C Jônio
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Db Jônio
D Jônio
Eb Jônio
E Jônio
F Jônio
F# Jônio
G Jônio
Ab Jônio
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UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
A Jônio
Bb Jônio
B Jônio
Fonte: Do autor.
Dm Dórico 2º grau de C
Em Dórico 2º grau de D
Fm Dórico 2º grau de Eb
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Gm Dórico 2º grau de F
Am Dórico 2º grau de G
Bm Dórico 2º grau de A
Cm Dórico 2º grau de Bb
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UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
Fonte: Do autor.
Em frígio 3º grau de C
Fm frígio 3º grau de Db
Gm frígio 3º grau de Eb
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Am frígio 3º grau de F
Bm frígio 3º grau de G
Cm frígio 3º grau de Ab
Dm frígio 3º grau de Bb
29
UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
Fonte: Do autor.
F lídio 4º grau de C
Gb lídio 4º grau de Db
G lídio 4º grau de D
Ab lídio 4º grau de Eb
A lídio 4º grau de E
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Bb lídio 4º grau de F
B lídio 4º grau de F#
C lídio 4º grau de G
Db lídio 4º grau de Ab
D lídio 4º grau de A
Eb lídio 4º grau de Bb
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UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
E lídio 4º grau de B
Fonte: Do autor.
G mixolídio 5º grau de C
Ab mixolídio 5º grau de Db
A mixolídio 5º grau de D
Bb mixolídio 5º grau de Eb
B mixolídio 5º grau de E
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
C mixolídio 5º grau de F
Db mixolídio 5º grau de Gb
D mixolídio 5º grau de G
Eb mixolídio 5º grau de Ab
E mixolídio 5º grau de A
F mixolídio 5º grau de Bb
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UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
F# mixolídio 5º grau de B
Fonte: Do autor.
Am eólio 6º grau de C
Bm eólio 6º grau de D
Cm eólio 6º grau de Eb
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Dm eólio 6º grau de F
Em eólio 6º grau de G
Fm eólio 6º grau de Ab
Gm eólio 6º grau de Bb
35
UNIDADE II │ ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL
Fonte: Do autor.
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ESCALAS ORIUNDAS DO SISTEMA MODAL │ UNIDADE II
Fonte: Do autor.
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NOVAS ESCALAS UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Escala pentatônica
Trata-se de uma escala formada por cinco sons, como o nome já diz, eem que mais uma
vez podemos manter uma relação a uma escala maior. Retiramos da estrutura os graus
IV e VII e obtemos uma nova formação com os graus I, II, III, V e VI.
Fa maior Pentatônica
Fonte: Do autor.
Usando o mesmo raciocínio podemos construir essa escala nos doze tons:
38
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Fonte: Do autor.
O que vemos acima é a montagem da pentatônica maior, porém, da mesma forma que
temos escalas do modo maior e menor, também temos uma pentatônica menor.
respeito das escalas nós sabemos que o modo maior pode se transformar em menor
se começarmos pelo sexto grau dessa estrutura (vide escala menor já comentada
anteriormente).
Com as pentatônicas seria da mesma maneira. Contando que temos entre suas
notas o sexto grau, basta começar a mesma por essa nota para obtermos uma
pentatônica menor.
Fonte: Do autor.
40
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Fonte: Do autor.
Determinamos assim as estruturas de cinco sons para cada tonalidade, seja ela maior
ou menor. Entretanto, vale ressaltar que dentro de cada uma dessas tonalidades nós
teremos a possibilidade de encontrar três pentatônicas maiores e consequentemente,
mais três menores. Isso faz desse material algo muito especial de acordo com a forma
que se irá aplicá-lo dentro de uma composição, um arranjo ou melhor ainda, dentro de
uma improvisação.
41
UNIDADE III │ NOVAS ESCALAS
Fa maior Pentatônica de F
Fa maior Pentatônica de Bb
Fa maior Pentatônica de C
Fa maior Pentatônica de Dm
Fa maior Pentatônica de Gm
42
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Fa maior Pentatônica de Am
Fonte: Do autor.
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CAPÍTULO 2
Escalas simétricas
As escalas simétricas têm esse nome devido aos intervalos que se formam em suas
estruturas, fazendo com que existam poucas possibilidades de transposição, ou seja,
não teremos doze escalas diferentes como acontece nos modos maior e menor, mas a
cada caso veremos que nessas estruturas haverá um número limitado de modificações.
Com essas escalas, logicamente teremos um leque bem maior de sons diante das
combinações possíveis que encontraremos dentro de suas estruturas, aumentando
principalmente a qualidade do colorido sonoro que irá surgir. São modos que se
justificam principalmente por suas aplicações sobre acordes que trazem em suas
sonoridades muitas alterações se comparados aos que formam um campo harmônico.
Veremos também que nas suas construções muitas vezes será melhor empregar o uso
de enarmonias, pois teremos alguns conflitos na duplicação de algumas notas. Além de
sabermos como construir essas escalas precisamos entender o que significa cada grau
desses modos em relação à harmonia em que eles serão empregados.
Escala diminuta
Sua formação é concebida intercalando notas nos intervalos de um tom e um semitom.
Partimos da fundamental até chegarmos oitava acima da mesma.
Outra maneira de analisarmos a sua construção é observar que teremos dois acordes
diminutos interpolados.
Fonte: Do autor.
44
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
A ocorrência dos acordes diminutos em uma progressão harmônica vai variar de música
para música, pois ele pode se encaixar como um substituto de um acorde com função
dominante, um acorde de função subdominante ou ainda como uma passagem fazendo
um caminho cromático. De qualquer forma, independentemente da situação em que
ele apareça, a escala será sempre construída da mesma maneira.
Em virtude de sua simetria vamos observar que só temos três escalas diminutas
diferentes. Cada escala serve para as quatro notas do acorde diminuto se estas
forem notas fundamentais dos acordes.
Ou seja, no acorde de Eº temos as notas E/G/Bb/Db, então essa mesma escala serve
para os acordes Eº, Gº, Bbº, Dbº.
Fonte: Do autor.
45
UNIDADE III │ NOVAS ESCALAS
F dom-dim
Fonte: Do autor.
Mais à frente, veremos as situações em que vamos empregar tais modos, qual análise
das harmonias será correta para a aplicação da dom-dim ou qualquer outra das que
estaremos abordando aqui nesse capítulo.
É necessário classificar cada uma das notas dessas estruturas, e ver qual o papel ela
desempenha em um determinado acorde. Dependendo dessa avaliação é que poderemos
determinar qual será a melhor opção de sons para se trabalhar sobre a harmonia.
Da mesma forma que as escalas diminutas, nós só teremos três escalas dominante
diminutas. Cada uma servirá para quatro tons diferentes separados da seguinte
maneira: F/Ab/B/D; Gb/A/C/Eb; G/Bb/C#/E.
46
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Figura 35. As três escalas dom-dim que servem para os doze tons.
Fonte: Do autor.
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UNIDADE III │ NOVAS ESCALAS
C tons inteiros
Fonte: Do autor.
Devido a sua construção simétrica, essa escala também tem uma limitação para suas
transposições. Existindo somente duas possibilidades.
O que não quer dizer que servirá simplesmente para dois tons. O que acontece é que
cada uma dessas estruturas serve para as seis notas que estão na sua formação. Havendo
doze sons na nossa música, teremos então duas dessas escalas hexafônicas para estudar.
C tons inteiros
Db tons inteiros
Fonte: Do autor.
Vamos chamar de grupo 1 as notas da escala que se inicia por C, e grupo 2 as notas da
escala que inicia por Db.
48
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Grupo 1
Grupo 2
Fonte: Do autor.
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CAPÍTULO 3
Escalas derivadas do campo
harmônico menor
Apesar de um grande uso dessas escalas durante vários séculos, alguns músicos
adotaram modos que foram retirados dessas escalas para serem aplicados em harmonias
de sonoridades mais complexas. Entenda-se por isso o uso de diferentes alterações em
suas estruturas.
Aqui vamos elencar algumas mais usuais, pois não estamos estudando unicamente
esse assunto para abordarmos todas as escalas existentes.
Duas escalas muito importantes que precisamos conhecer decorrem da escala menor
melódica.
Gm melódica
Fonte: Do autor.
50
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Como podemos observar acima temos também dentro desse modo além da quarta
aumentada e a sétima menor, a nona (segunda) maior, a terça maior, a quinta justa e
a sexta maior. Mais adiante teremos um capítulo no qual será mostrada a maneira de
aplicar ou de trabalhar essa escala sobre uma base harmônica.
Fonte: Do autor.
51
UNIDADE III │ NOVAS ESCALAS
Gm melódico
Fonte: Do autor.
Os graus que encontramos aqui são chamados de nona (segunda) menor, nona
aumentada, terça maior, décima primeira (quarta) aumentada, quinta aumentada e
sétima menor. Portanto, não classificamos o sexto grau nessa formação.
Todos esses intervalos precisam ser observados segundo a enarmonia que ocorre junto
à escala original. Dessa forma, obtemos um modo maior com característica de função
dominante, mas com diversas notas diferentes de um mixolídio.
52
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Fonte: Do autor.
53
CAPÍTULO 4
Escala blues
Vamos falar dessa escala que apesar do nome ela não funciona somente dentro do
blues. Vamos inclusive mais a frente abrir um espaço para falarmos da forma blues
e abordar algumas de suas variações, pois se trata de um material muito presente na
música popular, e traz inúmeras possibilidades de trabalho sendo um material muito
flexível no tratamento harmônico sem perder suas características sonoras tradicionais.
A origem desse material se confunde entre diversas explicações já que não temos
uma fonte concreta de como tudo se iniciou, porém, apesar de possuir características
muito particulares quando da sua execução, sabendo utilizá-la podemos colocar entre
diversos momentos de uma composição ou arranjo e até um improviso sem que haja
uma associação direta com o estilo blues.
Fonte: Do autor.
Escala blues de F
54
NOVAS ESCALAS │ UNIDADE III
Escala blues de F#
Escala blues de G
Escala blues de Ab
Escala blues de A
Escala blues de Bb
Escala blues de B
Escala blues de C
55
UNIDADE III │ NOVAS ESCALAS
Escala blues de C#
Escala blues de D
Escala blues de Eb
Escala blues de E
Fonte: Do autor.
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RELAÇÃO ESCALA UNIDADE IV
E HARMONIA
CAPÍTULO 1
Aplicação de escalas sobre os acordes
Nesse capítulo vamos entender como devemos trabalhar sobre uma base harmônica.
De que maneira escolheremos as notas para formarmos uma melodia sobre uma
determinada progressão de acordes.
57
UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
quanto à análise delas, pois isso determinará a escolha da escala correta para uma
construção melódica coerente.
Aqui vamos criar algumas progressões harmônicas e mostrar o emprego correto das
escalas sobre os acordes. Dessa maneira iremos entender como devemos agir.
Fonte: Do autor.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
Fonte: Do autor.
59
UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Fonte: Do autor.
Se estamos sobre o acorde de primeiro grau (AbMaj7) iremos criar algo com o modo
jônio. Quando passamos para o segundo compasso mudamos para o acorde de Sol meio
diminuto (como é reconhecido também) o modo passa a ser o lócrio. Outro compasso
a frente e o modo será o frígio, já que o acorde é Do menor e ele é o terceiro grau da
tonalidade em questão. Na sequência vem o acorde de Ré bemol quarto grau de Lá
bemol, usamos então o modo lídio.
Em Fá menor que vemos no compasso de número cinco a escala eólia seria a correta.
Caminhando para a finalização temos Si bemol menor dórico por ser o segundo grau, e
no penúltimo compasso a dominante Mi bemol onde usaremos o modo mixolídio.
Em todos os acordes dessa progressão não existe mudança de acidentes, já que todos
fazem parte do campo harmônico de Lá bemol maior, porém, mesmo ocorrendo dessa
60
RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
forma mudamos o foco das notas principais, valorizando cada uma das tétrades em
questão. Esse protagonismo é fundamental para determinarmos a qualidade da
harmonia que trabalharemos, realçando a tonalidade da peça.
O que deve chamar a nossa atenção é que esses mixolídios pertencem a tonalidades
diferentes, e não ao Mi maior do primeiro compasso. Portanto, deixaremos de lado a
preocupação com a armadura de clave que teria quatro sustenidos, e pensaríamos nos
acidentes para formarmos essas novas escalas.
Agora vamos argumentar sobre a progressão de número três. Ela está na tonalidade
de Fá menor, o que nos trará outras referências a respeito dos modos que utilizaremos
sobre os acordes.
61
UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Sobre esse quarto grau menor que aparece no terceiro compasso, usaremos o modo
dórico. Talvez isso gere dúvidas sobre a escolha dessa escala para um quarto grau, mas
se fizermos uma reflexão sobre esse acorde quando ele aparece no campo harmônico
relativo maior, veremos que a sua posição é de segundo grau, portanto, é por isso que
aplicaremos esse modo dórico sobre ele.
Fonte: Do autor.
O penúltimo acorde também chama a atenção por ser um quinto grau maior na
tonalidade menor, já que naturalmente seria uma estrutura menor. Essa transformação
se faz necessária justamente para que tenhamos uma dominante para as tonalidades
menores. No caso, o modo será o mixolídio.
Dentro dessa escala teremos somente o acidente de Si bemol, o que destoa da tonalidade
em questão que traz quatro bemóis em sua armadura de clave. Apesar desse fato, essa
é exatamente a forma correta de montarmos o modo.
62
RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
Fica a observação de que em uma quantidade tão pequena de acordes novamente teremos
que pensar em três tonalidades diferentes. Incluindo uma abordagem particular sobre
alguns acordes desse campo harmônico, já que mudam as suas posições e funções se
comparados ao campo harmônico maior.
Fonte: Do autor.
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UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Fonte: Do autor.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
Fonte: Do autor.
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UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Fonte: Do autor.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
Fonte: Do autor.
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UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Fonte: Do autor.
Vamos agora ver algumas progressões mais extensas, com alguns acordes de
qualidades um pouco diferentes dos que vínhamos falando até agora e com
alguns sons a mais que as tétrades básicas. Eles também estarão distribuídos de
novas maneiras e servirá para nos acostumarmos com esse jogo de combinações.
No terceiro compasso, temos Dó sustenido menor, terceiro grau, portanto, modo frígio,
voltando novamente para os acidentes da tonalidade principal.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
A partir do compasso nove, vamos encontrar uma sequência harmônica que nos
levará a uma modulação para a tonalidade de Do maior. Para esse movimento que nos
transporta de um tom para outro não temos regras quanto a número de compassos
ou de acordes a serem utilizados. Ficando a critério de cada compositor a forma de
trabalhar isso. Então nesse caso que estamos analisando aparece um acorde de Lá
maior com sétima menor e usaremos o modo mixolídio, e é uma preparação para o Ré
meio diminuto que está no compasso dez. O modo correto para ele é o lócrio.
Na continuidade temos uma nova estrutura que é um Sol com sétima menor e
quinta aumentada. Para pensar a escala a ser empregada temos que observar se
existe alguma modificação nos intervalos de nona. Isso se faz necessário, pois será
determinante na escolha do modo. Sem que haja nenhuma alteração nas nonas, mas
somete a quinta, usaremos a escala montada com uma sequência de tons inteiros
entre as notas. Dessa maneira, encontramos intervalos de nona maior (chamar o
intervalo de nona ao invés de segunda é comum), terça maior, quarta aumentada,
quinta aumentada e sétima menor.
Encontramos, então, a nova tônica com o acorde de Do maior, e para tal usaremos
o modo jônio. Esse novo primeiro grau só dura um compasso, pois já na sequência
encontramos novamente Do maior, mas com a sétima menor, mudando a função para
dominante. Esse acorde funciona como um sub V, mas pela sua estrutura como vimos
anteriormente, aplicaremos o modo mixolídio.
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UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Continuaremos esse processo de análise harmônica, o qual nos traz uma visão exata
do que podemos nos deparar quando estivermos escrevendo um arranjo por exemplo,
tendo que respeitar os acordes já determinados pelo compositor da peça, ou quem sabe
em um momento de improvisação. A atenção quanto as escolhas das escalas e notas a
serem usadas precisa ocorrer da mesma maneira, com a mesma responsabilidade que
tem um compositor. A diferença maior é que nesse caso tudo ocorre em tempo real.
Sem podermos parar para pensar com calma e consultarmos o material já estudado.
A tonalidade número cinco está em Sol maior e observamos esse primeiro grau
logo no compasso inicial, onde usaremos o modo jônio de Sol. No compasso dois
temos uma cadência com o segundo e quinto graus de Mi maior, e aplicaremos sobre
esses acordes os modos dórico e mixolídio respectivamente. Acontece que eles não
resolvem, ou seja, sabemos que é uma preparação para Mi, mas ela não acontece.
Isso é muito comum também de aparecer em uma música, então as possibilidades
de “aparecerem surpresas”, são muitas.
Não importa a motivação que levou o compositor a realizar algo assim, mas sim o que
vamos ter que fazer diante dessa realidade.
Aparece na cifragem harmônica uma nona menor, que nos leva a pensar em usar a
escala dominante diminuta (dom-dim). Esse modo tem sua estrutura desenvolvida de
forma simétrica assim como o de tons inteiro e o diminuto. De uma nota para a outra
revezam-se entre intervalos de semitom e um tom, dessa maneira obtemos oito notas
até alcançar a fundamental novamente. Devido a essa simetria, temos somente três
escalas nessa categoria que servem aos doze sons da nossa escala cromática.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
É muito importante a classificação das notas dentro dessa estrutura para que não
exista confusão na sua utilização. Depois da fundamental, as próximas duas notas são
nomeadas nona menor e nona aumentada – todo o cuidado para não confundir essa
segunda aumentada com uma terça menor. Trata-se de uma dominante e deve então ser
aplicada sobre um acorde maior – em seguida terça maior, quarta aumentada (décima
primeira), quinta justa, sexta maior e finalizando com uma sétima menor.
Esse modo abre um leque grande de possibilidades quanto a forma que iremos
combinar os sons no seu uso. Se sobrepormos suas notas em uma espécie de campo
harmônico – uma maneira bem criativa de trabalhar as escalas – chegaremos ao
resultado de quatro acordes maiores de função dominante, quatro acordes menores
com sétima menor, e oito acordes diminutos.
Esse modo traz uma diversidade harmônica que nos possibilita uma variedade grande
de motivos melódicos/harmônicos.
Chegamos então ao Do maior no quinto compasso, e sobre ele usaremos o modo lídio,
que nos faz retornar à tonalidade principal.
No compasso de número sete chegamos à tônica de Sol, mas trazendo também uma
surpresa em sua constituição. Uma décima primeira aumentada. Isso não altera a
categoria de acorde de repouso, mas traz um colorido sonoro novo para o primeiro
grau, onde aplicaremos o modo lídio sobre ele.
No oitavo compasso, temos dois temos dois acordes que funcionam como substitutos
de quinto grau. São também acordes maiores com sétima menor como a qualquer
dominante, portanto, modo mixolídio para os dois. Contudo, por caminharem de
maneira cromática e em tão curto espaço de tempo, teremos mudanças de notas muito
contrastantes, tornando uma passagem bem complexa quanto ao seu desenvolvimento
melódico.
Na sequência ocorre uma modulação, e iremos para uma nova tônica na tonalidade de
Fá maior. Sobre ele usaremos o modo jônio de Fá. Em seguida temos o acorde de Mi
bemol maior com sétima menor e décima primeira aumentada. Seu papel é o de um
acorde de empréstimo modal que substitui a subdominante menor em uma cadência
para o primeiro grau. Pela qualidade da harmonia vamos aplicar a escala lídio dominante
sobre ela. A resolução será no acorde de Fá, modo jônio novamente.
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UNIDADE IV │ RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA
Como estamos caminhando para Fá esse segundo grau está em Sol menor e usaremos
sobre ele o modo dórico. O quinto grau será Do maior, mas com a sua quinta aumentada
e com a nona aumentada também. Nessa situação não poderemos usar a escala de tons
inteiros que possui a quinta aumentada, porém, a sua nona é maior. Não podemos
pensar na dom-dim que tem nona aumentada, mas a quinta dentro dela é justa. Dessa
forma o melhor a ser usado é a escala alterada. Em sua estrutura, encontraremos a
nona menor, nona maior, terça maior, quarta aumentada, quinta aumentada e sétima
menor. Ela só não possui o sexto grau, mas contempla todas as dissonâncias que estão
sendo pedidas na cifra.
E finalizamos no acorde de Sol maior que volta a ser o primeiro grau da música.
Ela não inicia com o primeiro grau, mas sim com a sua cadência. Temos então um
segundo grau menor com a quinta diminuta e a sétima menor. Para ele temos que
utilizar o modo lócrio. Em seguida, no lugar do que seria um quinto grau teremos o sub
V ou segundo grau bemol com sétima menor. Apesar da análise mostrar que se trata
desse segundo grau, pela estrutura vamos aplicar a escala lídio dominante, pois a cifra
mostra a obrigação de incorporar à tétrade a décima primeira aumentada. Chegando
ao compasso de número dois, aí sim, temos o primeiro grau de Do menor e para ele
usaremos o modo eólio.
Seguindo, temos um Fá maior com sétima menor caminhando também para o primeiro
grau. Esse movimento tem relação com a estrutura do blues. Um quarto grau indo para
a tônica da música. Esse tipo de procedimento ainda vamos analisar melhor mais à
frente.
Por enquanto, o que é importante observar é que se trata de um acorde com formato de
quinto grau. Usaremos então o mixolídio sobre ele, mesmo sendo um quarto grau, mas
em decorrência da sua armação sonora.
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RELAÇÃO ESCALA E HARMONIA │ UNIDADE IV
Na sequência, temos um Sol com a décima terceira, o que nos leva a pensar que em sua
construção vamos ter também uma sétima menor mesmo que não colocada na cifra, e
para isso vamos usar o modo mixolídio. Seguido por um Sol bemol maior com sétima
menor e quinta aumentada. Vamos usar a escala de tons inteiros.
Os dois últimos acordes analisados criam um movimento cromático que serve de
preparação para o quarto grau da tonalidade. Chegamos a um Fá menor e a escala
correta para se trabalhar sobre ele é o modo dórico.
Não devemos nos espantar com as novas combinações de graus e modos, pois estamos
falando de um campo harmônico menor o que ocasiona novas relações para as escalas.
No compasso de número nove, temos uma cadência de segundo e quinto graus para Do
menor. Vamos usar o lócrio para o acorde de Re menor com quinta diminuta e sétima
menor, e vamos usar a escala lídio dominante sobre o Sol que tem sétima menor e
também, a décima primeira aumentada. Chegando ao primeiro grau novamente.
Adiante, vamos ter dois compassos com cadência IIm7/V7 formando um motivo
harmônico, e utilizaremos as mesmas escalas de maneira trasposta.
No compasso doze, o modo lócrio de Mi, e na sequência uma escala dom-dim de Lá.
Seguindo, teremos o modo lócrio de Ré e logo após a dom-dim de Sol. Chamamos uma
ocorrência desse tipo de motivo transposto, já que são modos iguais um tom abaixo do
outro.
Após essas análises temos a ideia de quantas notas e acidentes diferentes da armadura
de clave vamos trabalhar em uma peça, por mais simples que essa possa aparecer.
É claro, também, que muitas outras combinações podem aparecer, porém, aqui já se
tem a ideia de como vamos trabalhar, e a importância de saber observar o que é pedido
na estrutura de uma harmonia.
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ORGANICIDADE UNIDADE V
ESTRUTURAL
CAPÍTULO 1
Forma blues
Levou alguns anos para que se estruturasse no cenário musical norte-americano, mas
esse formato está enraizado na sua música popular. Para o jazz também é extremamente
significativo.
Aqui vamos entender o que quer dizer forma blues, de que maneira vamos trabalhar
as notas dentro desse formato e algumas rearmonizações que costumamos encontrar.
Normalmente, o blues é criado sobre um acorde maior, porém, esse primeiro grau
recebe em sua estrutura uma sétima menor e não uma maior como temos no campo
harmônico maior. Essa nota funciona como um colorido sonoro aos acordes. O plural
aqui aparece porque no formato básico do blues todos os acordes possuem essa
qualidade. Dentro do seu desenvolvimento mais tradicional temos três harmonias
combinadas que mais aparecem:
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
I7-IV7-V7, esses graus vão se repetir algumas vezes e aparecerão outros como já foi
comentado. Possui uma escala que em algumas vezes também não se exige mudanças
para outras. Ela funciona bem em todos os acordes que vão aparecendo. E mesmo tendo
um blues qualquer sido composto em uma tonalidade maior, essa escala possui uma
sonoridade menor devido aos seus graus internos, e cria uma sonoridade particular
assim que é usada. Os choques entre os acordes e esse modo menor só tornam a
apreciação da música melhor.
Fonte: Do autor.
Aqui temos um blues no tom de Si bemol maior. Normalmente, ele é dividido em três
partes de quatro compassos.
A primeira seria entorno do primeiro grau. Começa no tom do blues, mas logo no
compasso de número dois existe o movimento de quarto grau, onde Mi bemol caminha
para Si bemol.
Fonte: Do autor.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
Acima, temos a escala blues de Bb, onde no acorde observamos a terça que é maior (Ré
natural) e na escala a terça menor (Ré bemol). Ainda melhor é a quarta aumentada que
chamamos de “blue note” e que não pertence a nenhum dos acordes dessa progressão,
mas dá um colorido sonoro todo especial às frases criadas.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Podemos observar que existe uma grande tolerância para utilizar a rearmonização, sem
que percamos totalmente a ideia do formato blues. Algumas coisas importantes nesse
processo precisamos prestar atenção para não desvirtuarmos totalmente da percepção
sobre as características do estilo. Manter a tônica no início da progressão, e no quinto
compasso, preservar também o aparecimento do quarto grau são pontos fundamentais.
São eles que determinam o esqueleto dessa sonoridade.
Claro que o restante precisa ter relação direta com esses acordes, mas podemos nos
valer dos princípios que englobam a argumentação da expansão harmônica.
Também é importante pensar que não escrevemos nenhuma melodia sobre essas bases
de harmonia, o que torna tudo muito abstrato. A escolha por essas rearmonizações se dá
na medida em que não comprometemos o resultado da junção melodia com harmonia.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
E mesmo que a responsabilidade de fazer as duas coisas seja nossa, essa tarefa não
deixa o trabalho mais fácil.
Na medida em que temos uma grande quantidade de acordes para pensar e escolher
as notas para uma melodia, nos deparamos com tantas opções que é muito normal nos
perdermos.
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CAPÍTULO 2
Forma e melodia
Forma
Depois de vermos a maneira correta para a escolha das notas sobre os acordes de uma
progressão harmônica, e que poderia ser o desenvolvimento de uma peça qualquer,
precisamos voltar nosso pensamento para os princípios que norteiam a construção de
uma melodia. Temos alguns elementos que precisam ser valorizados para obter um
bom resultado.
Apesar de ser algo em que a satisfação diante do que produzimos é uma avaliação
subjetiva, vamos procurar uma argumentação que possa nos servir como base para
essas criações.
Em primeiro lugar vamos entender que existe a necessidade de dividir uma composição
em algumas partes. Isso dá não só para quem está criando, mas principalmente para
quem estiver consumindo, um sentido de coerência e inteligibilidade junto à combinação
de sons produzida. Isso porque na medida em que exista uma organização do material
sonoro ele permanecerá na nossa memória, ajudando no processo de degustação
musical.
Acostumamo-nos então a classificar uma primeira parte pela letra “A”, uma segunda
pela letra “B” e assim, sucessivamente.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
Não existe um limite para o número de partes que possam estar comtempladas em uma
música, assim como não dá para padronizarmos a quantidade de compassos que cada
segmento deverá conter.
Isso fica a critério do compositor, já que ele é a pessoa que traz no seu pensamento a
concepção desse produto. Se não uma ideia inteira e completa, já que muita coisa vai
tomando corpo a medida em que começamos a escrever, provavelmente a diretriz que
mostrará o caminho a ser seguido.
Temos alguns modelos clássicos como a forma canção que divide a obra em duas partes,
mas com algumas repetições: A A B A. Essas repetições podem mudar ou terem mais
repetições, mas continuará dentro da chamada forma canção.
A parte chamada de B muitas vezes pode ser o chamado refrão de uma canção. Mas
não quer dizer que sempre seja assim, para cada música teremos uma maneira de
representar essas partes.
Se pegarmos o choro por exemplo, veremos que é muito comum termos as peças desse
estilo musical composto por três partes, com diferentes repetições. Um exemplo seria:
A A B B A C C A. Essa volta sempre à parte, A também ficou conhecida na música
como forma rondó, em que após a introdução de uma nova parte reaparece a primeira,
nomeada de A. Esse formato ficou muito conhecido na história da música.
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
Acima, temos a partitura da canção “Beatriz”, composta por Edu Lobo e Chico Buarque.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
Ela possui duas partes, e foi criada com a primeira na tonalidade de Mi maior que vai
do compasso número um ao compasso vinte, e uma segunda parte na tonalidade de Do
maior que vai dos compassos vinte e um ao trinta e sete. Pela partitura não veremos os
onze compassos do fim da música, mas não classificamos como uma terceira parte, mas
sim como o final da peça também chamada de coda.
Esse exemplo tem as duas partes construídas em tonalidades distintas, que podemos
considerar como um dos tantos exemplos que podemos ter. Isso não é uma obrigação,
podendo aparecer duas ou mais partes escritas em uma só tonalidade.
Essa separação pode ocorrer também por meio de mudanças de ritmo. Uma pode ser
feita em uma fórmula de compasso quaternária e outra ternária só para exemplificar.
Podemos ainda ter essa separação pela construção da melodia. Se não tivermos uma
mudança harmônica, porém, tivermos uma diferenciação melódica muito grande, nós
podemos dividir a canção em diversas partes.
Essa argumentação fica a critério do compositor e de como ele pensou sua música.
Inclusive não podemos fazer uma avaliação negativa sobre uma peça que tenha uma
única parte. Muitas são feitas dessa maneira e com uma organização bem consistente.
Portanto, a quantidade de partes não define o valor de uma peça.
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
Em sua divisão podemos observar que na primeira parte foi composta na tonalidade de
Do maior. A melodia tem o movimento descendente e cromatismos entre as notas da
tonalidade.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
A parte B apesar de manter a sua armadura de clave como a parte anterior, sem acidentes,
ela não foi composta em Do maior, mas no relativo menor Lá. Ainda observamos o
movimento melódico de certa forma descendente, mas já sem o mesmo cromatismo.
A terceira parte tem uma mudança maior com a inclusão do acidente de Si bemol em
sua armadura de clave. Vamos para o quarto grau de Do, Fá maior. Quanto à métrica,
ou seja, os números de compassos usados em cada parte temos uma similaridade entre
a primeira e a terceira parte com dezesseis compassos cada. Já a parte B foi composta
com a metade disso, com oito.
Melodia
Com junção de algumas notas em um conjunto rítmico temos o que chamamos de
melodia.
Pena que não seja tão simples assim. Mas também não é nada tão impossível de
conseguir. Bastam algumas orientações e claro, bastante treino.
Vamos entender de que maneira vamos começar a construir melodias. Não é difícil
sabermos reconhecer o que seria uma melodia dentro de uma música, porém, produzir
uma muitas vezes não está de forma clara para nós.
Realmente não é algo muito fácil de ser esclarecido. Porém, vamos apurar os elementos
necessários para construirmos uma melodia.
No ambiente da música vamos entender que existe também a frase musical. O conceito
se aproxima da frase falada, montada por palavras e não por sons.
Precisamos conseguir criar um agrupamento de sons com começo, meio e fim. Para tal
é necessário que haja concordância entre o movimento horizontal com o vertical.
A maneira de se alcançar se deve a como criamos uma identidade sonora. Isso acontece
quando exploramos um motivo, ou alcançamos um motivo.
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
motivo arquitetado com as figuras de ritmo, definir as direções que queremos dar a
essas notas e assumir o momento de parar esse movimento, pois é aí que podemos
definir a nossa frase.
Cabe a nós, e esse pensamento é muito importante, decidirmos o começo, meio e fim
dessa frase. Seu desenvolvimento também é decidido de acordo com o fluxo que a frase
acabará por adquirir.
Motivo
Ao combinarmos algumas figuras rítmicas nós começamos a determinar um motivo.
Fonte: Do autor.
Esse conjunto de figuras pode ser o motivo a ser desenvolvido em uma composição.
Fonte: Do autor.
Frase
Com essas notas já vamos começar a desenvolver a nossa frase musical.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
frase 1 frase 2
Fonte: Do autor
Já temos então duas frases construídas com um único motivo. No compasso três
mantivemos a mesma métrica, mas iniciando em uma outra nota e com intervalos
diferentes. O tamanho dessa frase vai variar de acordo com a intensão do compositor.
Para alguns, esse conjunto acima pode significar uma única frase, dependendo da
continuidade da peça para podermos avaliar melhor.
Fonte: Do Autor.
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ORGANICIDADE ESTRUTURAL │ UNIDADE V
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor.
A sequência dessa parte A foi confeccionada partindo da figura rítmica que inicia a
primeira frase, semicolcheia/colcheia/semicolcheia, mas através de uma contração
métrica.
Fonte: Do autor.
Temos que lembrar que essas escolhas deverão partir das notas que estarão dentro
dos acordes que encontraremos na progressão desenvolvida como base para a nossa
música.
Se mantermos esse cuidado entre a combinação dos elementos musicais, teremos êxito
no resultado pretendido.
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UNIDADE V │ ORGANICIDADE ESTRUTURAL
Nossas preocupações não terminam aqui, pois temos muitos outros elementos no
contexto da música para trabalhar. Porém, o que vimos é fundamental para qualquer
que seja a nossa intenção dentro do processo de criação musical.
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Referências
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1996.
CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque vol.4. Rio de Janeiro, Lumiar, 1999.
GLOBAL CHORO MUSIC. Choro, tango, samba e ragtime: fáceis de tocar. Global
Choro Music Brasil Produções Artísticas Ltda, São Paulo 2010.
GUEST, Ian. Harmonia método prático vol.1. Rio de Janeiro, Lumiar, 2004.
LIMA, Marisa Ramires Rosa de. Harmonia uma abordagem prática. São Paulo,
2008.
_______. O melhor do choro brasileiro vol.2. Irmãos Vitale. São Paulo, 2008.
Sites
Revista Brasileira de Ensino de Física Print version ISSN 1806-1117Online version ISSN
1806-9126 vol.31 no.2 São Paulo Abr./June 2009 http://dx.doi.org/10.1590/S1806-
11172009000200008
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