Você está na página 1de 2

PLURALISMO JURIDICO NA ACTUALIDADE

PLURALISMO JURIDICO EM MOCAMBIQUE

Ainda que o pluralismo juridico esteja presente em todas as sociedades contemporanêas, cada
sociedades apresenta um perfil especifico de pluralismo jurifdico. Tal especificidade assenta em factores
historicos, sociais, economicos, políticos e culturais. Quais são as especificidade mas marcante da
pluralidade juridica em moçambique. A primeira especificidade é a sua enorme riqueza e complexidade.
A riqueza reside no facto de sociologicamente vigorarem em moçambique varias ordens juridicas e
sistema de justiça. Assim, a pluralidade de direito sendo ampla, é dificil de analizar uma vez que as
categorias que são usualmente utilizadas para identificar os diferentes direito em presença. O direito e a
justiça, que se orientam e mobilizam no seu quotidiano, são feitos de varios direitos e justiça, uns
usados preferencialmente na familía, outros na camunidade, outros nos mercados, outros nos trabalhos
e outros ainda no espaço publico da cidadania.

As variaveis dicotomicas a que podemos recorrer para analizar a pluralidade de direito são as seguintes :
oficial ̷ não oficial, formal ̷ informal, tradicional⁄ moderno, monocultural⁄ multicultural.

PLURALISMO JURIDICO INTERNO

Definimos atras o pluralismo juridico interno como uma situação de extrema-heterogeneidade no


interior do direito estatal e, portanto, na actuação politica-administrativa e reguladora do estado. Trata-
se de uma condição socio-juridica que se auto-define como oficial, formal, moderno e nacional. Do não
oficial, informal, do tredicional , do local, do global, designamos o estado em que domina esta condição
por estado heterogeneo. Nos estados países centrais o contrle politico e o controle administrativo
desenvolveram-se a par, simetricamente paradoxalmente separar e manter relativamente autónomos o
estado politico do estado administrativo, a democracia , ao nivel politico, e a burocracia, ao nivel
administrativo foram os mecanismo de gestão desta distancia calculada entre politica administração
pública. O estado colonial assentou na disjunção entre o controle politico e o controle administrativo, o
primeiro altamente concentrado, e o segunto muito selectivo e descentralizado.

O segundo factor de pluralismo juridico interno vigente em moçambique éa deficiente sedimentação de


diferentes culturas politico-juridico no imterno do estado. Em quase trinta anos de existencia do estado
independente sobrepuseram-se em moçambique culturas politicos-juridicos são diferentes quanto a
cultura eurocentrica colonial. A cultura eurocentrica socialista, revolucionaria, a cultura eurocentrica
,capitalista,democratica, e as culturas tradicionais comunitaria. A cultura politica-juridica colonial,
apesar de ser rejeitada da maneira mas incondicional, as outras culturas politico-juridica que foi
rejeitada, ainda que não tão incondicionalmente, foi o conjunto das culturas tradicionais ou
comunitarias consideradas produtos da ignorancia e produtos de obscurantism, estas culturas
autónomas, como instrumentos da cultural colonial.

As pressões globais que tem vindo a causar o pluralismo juridico-institucional interno são de dois
fundamentos‫ ׃‬as pressões provindas das agencias financeiras internacionais e dos chamadosˮ países
doadorasˮ que incidem muito especificamente sobre a area economica e as pressões decorrentes dos
mesmo agentes, mas sobretudo das organizações não-governamentais(ONGs) estramgeiras ou
transnacionais e que incidem principalmente no que podemos designar por politicas sociais em sentido
amplo. Ambas as pressões são muitos fortes, ao ponto de ser legitimo por a questão de saber se não
estaremos perante situações de partilha de soberania entre o estado moçambicano e os agentes de tais
pressões. A comlexidade rside no facto de diferentes ONGs e, em muitos casos os diferentes estados
centrais que estão por detras delas terem diferentes concepções do que deve ser a intervenção social
em dominios tão diferentes quanto a luta contra a pobreza. Ou seja no dominio social a pressão global
não é apenas forte,é também muito diferenciada.

Por um lado, o estado nacional e governo provincial e distritais e outros, mas também das relações
desiguais entre as ONGs estrangeiros e internacionais e os ONGs nacionais, as quais, na esmagadora
maioria dos casos, estão dependentes finaceiramente das primeiras e portanto sujeitas as sua
condições. Assim queixam-se, por exemplo, o governo distrital sem uma ONG internacional decidiu
operar directamente com a comunidade e a partir da auscultação das necessidades desta. Queixam-se o
governo provincial antes a decisão de uma ONG de apoiar directamente um município se canalizar o
apoio pelo o governo provincial . queixam-se uma ou varias ONGs nacionais no caso de uma ONG
internacional ter coordenado a sua assistência com o governo provincial sem incluir as ONGs nacionais
actuando no terreno. Queixam-se os governos provincial e distritais no caso de ONGs internacionais
terem decidido apoiar certas areas ou comunidades ˮsem razões plausíveisˮ. Queixam-se finalmente,as
ONGs internacionais por não verem definidos o estatudo sa sua intervenções por parte do governo
nacional, o que faz com que se sejam vistas comoˮ governos paralelosˮ quando de facto querem ser
apenas parceiros. É desta s exclusões recíprocas que se alimenta a propria disjunção entre o controle
político e administrativo e se transforma o último num apêndice do primeiro.A cultura juridica oficial
moderno em moçambique, que é inspirada, na cultura juridica europeia continental, tem vindo a sofrer
inflência de cultura juridica anglo-saxonica que provém de uma dupla origem‫ ׃‬por um lado, das politicas
de ajustamento estrutural , e por outro lado, da africa do sul, cuja a cultura juridica é de extracção
anglo-saxonica, dada a sua proximidade e as estreias relações económicas entre os dois países. Na nossa
investigação, como se referira adiante, foram detectadas essas inflências, quer ao nivel dos contratos,
quer ao nivel da técnica legislativa.

Conclui, assim, a analise da heterogeneidade do estado e do pluralismo juridico sob a primeira das
formas , por nos identificadas o pluralismo juridico interno. Trata-se de uma area muito complexa mas
também muito dinamica. Muitas adsa instancias de pluralismo juridico interno tem o seu futuro
vinculado ao futuro do estado moçambicano e tenderão a perder importancia num cenario em que se
verificarem os seguintes desenvolvimento‫ ׃‬a estabilidade democratica é um desenvolvimento
económico e social sustentado que permitam quebrar o ciclo das rapturas político-institucionais
sucessivas.

NOME‫ ׃‬Marieta Fernando João Vasco

Você também pode gostar