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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
O Papel do Tribunal Administrativo na Fiscalização das Despesas Públicas

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Contabilidade Orçamental
Ano de frequência: 3o ano

Pemba, Julho de 2021

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Introdução 1.0
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Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice

Introdução...................................................................................................................................4

1.O Papel do Tribunal Administrativo na Fiscalização das Despesas Públicas.........................5

1.1.Fiscalização e Inspecção da despesa pública........................................................................6

1.2.Entidades sujeitadas a fiscalização prévia das despesas públicas.........................................7

1.3.Limitações da pesquisa.........................................................................................................7

Conclusão....................................................................................................................................8

Referências Bibliográficas..........................................................................................................9

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Introdução

Os Tribunais Administrativos, na sua actuação, procedem à fiscalização sucessiva das


despesas e receitas públicas, esta que acontece “posteriori” e na qual se constatam as
irregularidades e ilegalidades financeiras após a execução orçamental. Nestes casos, uma vez
detectadas as aludidas irregularidades é difícil, e em alguns casos impossíveis, a sua
correcção.

Porém, a fiscalização prévia (através do visto) corresponde ao exercício do poder de controlo


financeiro ou da legalidade de determinados actos administrativos antes da sua prática. Pois, a
fiscalização prévia da legalidade das receitas e despesas públicas abrange a concessão ou
recusa do visto nos actos, contratos e demais instrumentos emanados pelas entidades públicas
e que para a sua eficácia careçam do mesmo, traduzindo-se na análise da sua legalidade e
cabimento orçamental e, relativamente aos contratos, na indagação da observância de
condições mais favoráveis para o Estado.

Objectivo geral:

 Conhecer o papel do Tribunal Administrativo na Fiscalização das Despesas Públicas;

Objectivo específico:

 Descrever o papel do tribunal administrativo na fiscalização das despesas públicas;


 Identificar o papel do tribunal administrativo na fiscalização das despesas públicas;
 Explicar a fiscalização e inspecção da despesa pública e entidades sujeitadas a
fiscalização prévia das despesas públicas.

O trabalho obedece a seguinte estruturação: Introdução, Desenvolvimento, Limitações da


pesquisa, Conclusão e a respectiva referência bibliográfica, que consistiu na consulta de livros
e meios tecnológicos, tendo culminado na leitura e análise dos conteúdos, por fim a
compilação do presente trabalho, que desde já deseja-se uma boa leitura e esperançosos das
observações e criticas para o seu enriquecimento.

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1. O Papel do Tribunal Administrativo na Fiscalização das Despesas Públicas

O Tribunal Administrativo é o órgão superior da hierarquia dos tribunais administrativos,


fiscais e aduaneiros, cabendo a esta jurisdição o controlo da legalidade dos actos emitidos pela
Administração Pública, bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicas e a
respectiva efectivação da responsabilidade por infracção financeira, de harmonia com o
plasmado no artigo 228 da Constituição da República.

No que respeita à fiscalização da legalidade das receitas e despesas públicas e do visto,


compete ao Tribunal Administrativo: emitir o relatório e parecer sobre a Conta Geral do
Estado; Fiscalizar previamente a legalidade e a cobertura orçamental dos actos e contratos
sujeitos à sua jurisdição e Fiscalizar, sucessiva e concomitantemente, a aplicação dos
dinheiros públicos e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros obtidos no estrangeiro,
nomeadamente de empréstimos, subsídios, avales e donativos no âmbito da administração
pública central, (CISTAC,2009).

No âmbito da fiscalização através do visto, compete verificar a conformidade das leis em


vigor dos seguintes actos praticados por membros do Conselho de Ministros:

 Os contratos de qualquer natureza celebrados por entidades sujeitam a jurisdição do


Tribunal;
 As minutas dos contratos nos termos da legislação relativa a fiscalização prévia;
 As minutas dos contratos de qualquer valor que venham a celebrar-se por escritura
pública e cujos encargos tenham de ser satisfeitos no acto da sua celebração;
 Os diplomas e despachos relativos à admissão de pessoal não vinculado à função
pública, assim como todas as admissões em categorias de ingresso na administração
pública.

No que tange a fiscalização das receitas e das despesas públicas, incumbe: Proceder à
fiscalização concomitante e sucessiva dos dinheiros públicos, no âmbito das competências
conferidas por lei e Proceder à fiscalização da aplicação dos recursos financeiros obtidos
através de empréstimos, subsídios, avales e donativos, no âmbito da administração pública
central.

Compete ainda, no âmbito da fiscalização das receitas e das despesas públicas, apreciar e
decidir os processos de prestação de contas das seguintes entidades: Ministérios e comissões

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de natureza interministerial; Entidades da Administração Pública Central; Procuradoria-Geral
da República; Assembleias provinciais; Governadores provinciais e da Cidade de Maputo;
Universidades públicas; Institutos públicos; Empresas públicas; Sociedades de capital
exclusiva ou maioritariamente públicos; Segurança social; Embaixadas e representações
diplomáticas e consulares, representações e delegações de ministérios no exterior e Outras
entidades ou organismos determinados por lei, (FRANCO,2002).

Além disso, incumbe, ainda, a esta secção conhecer os recursos interpostos dos tribunais
administrativos no âmbito da fiscalização prévia, concomitante e sucessiva, bem como sobre
outras matérias atribuídas por lei.

Portanto, na subsecção da fiscalização das receitas e das despesas públicas. Esta subsecção
tem como missão proceder à fiscalização concomitante e sucessiva dos dinheiros públicos e à
fiscalização da aplicação dos recursos financeiros obtidos através de empréstimos, subsídios,
avales e donativos, no âmbito da administração pública central.

No domínio da fiscalização sucessiva das despesas e receitas públicas, o Tribunal realiza


auditorias. Estas, na verdade, constituem um instrumento privilegiado de controlo financeiro,
tendo em vista habilitar o tribunal competente a emitir juízos sobre a legalidade substantiva
dos actos, com base em critérios de economia, eficácia e eficiência, (FRANCO,2002).

1.1. Fiscalização e Inspecção da despesa pública

De acordo com o artigo 131 da Constituição da República de Moçambique (CRM) de 2004, a


execução do Orçamento do Estado é fiscalizado pelo Tribunal Administrativo (TA) e pela
Assembleia da República (AR), a qual, tendo em conta o parecer daquele tribunal, aprecia e
delibera sobre a Conta Geral do Estado (CGE).

Segundo o nº 1 do artigo 30 da lei 05/1992 de 06 de Maio, compete a secção da fiscalização


das despesas públicas:
 Apreciar as Contas do Estado; e
 Julgar as contas dos organismos, serviços e entidades sujeitas à jurisdição do tribunal.

Ainda de acordo com o nº 2 do artigo 228 da CRM de 2004, o controlo dos actos e factos
administrativos e da aplicação das normas regulamentares emitidos pela administração
pública, bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicas e a respectiva
efectivação da responsabilidade por infracção financeira cabem ao TA.
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Portanto, a inspecção é o procedimento de fiscalização que visa suprir as omissões e lacunas
de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à legalidade e legitimidade de
factos da administração pública e de actos administrativos praticados por qualquer
responsável sujeito à jurisdição do TA e dos tribunais administrativos. A inspecção é
realizada independentemente de inclusão em plano de auditoria, podendo ser determinada
com base em proposta fundamentada que demonstre os recursos humanos existentes na
contabilidade e daqueles a serem mobilizados na sua execução. (artigo 89 da lei nº 26/2009 de
29 de Setembro).

1.2. Entidades sujeitadas a fiscalização prévia das


despesas públicas

De acordo com o artigo 60 da lei nº 26/2009 de 29 de Setembro, estão sujeitos à fiscalização


prévia da jurisdição administrativa: O Estado e outras entidades públicas, designadamente os
serviços e organismos inseridos no âmbito da administração pública central, provincial e
local, incluindo os dotados de autonomia administrativa e financeira e personalidade jurídica;
Os institutos públicos; e As autarquias locais; e Outras entidades que a lei determinar.

Portanto, o Tribunal Administrativo, ao actuar junto dos mais diversos órgãos da


Administração pública e demais entidades, constitui um autêntico órgão de controlo
financeiro externo e independente, servindo de garantia da legalidade e da boa gestão
financeira e, ainda, dos direitos constitucionalmente definidos dos próprios cidadãos.

Por outro, o Tribunal Administrativo exerce de forma substancial um papel importante na


edificação de um verdadeiro Estado de Direito, onde a utilização do erário público deve ser
feita de forma transparente e alvo de apreciação e decisão prévia ou sucessiva por parte de um
órgão de auditoria externa (jurisdicional), pautando, assim, por um elevado nível de isenção e
imparcialidade no incremento da sua actividade fiscalizadora.

1.3. Limitações da pesquisa

Constitui como limitação da pesquisa o seguinte: Escassez de falta de material e conteúdos


electrónicos para obtenção de informações ou conteúdos relacionados ao tema o papel do
tribunal administrativo na fiscalização das despesas públicas, como também observou-se
carência de livros com conteúdos relacionados ao tema em estudo. Não só, oscilação da
internet das operadoras de telefonia móvel do pais.

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Conclusão

Enfim, o Tribunal Administrativo tem um papel preponderante em garantir a justiça


administrativa, fiscal e aduaneira ao cidadão bem como a boa gestão e controlo dos dinheiros
públicos, é uma instituição célere e eficaz na promoção da integridade e imparcialidade da
Administração Pública.

Além disso, contribui também para reforçar, facilitar e alargar o acesso do cidadão à justiça
administrativa, consolidar a boa gestão dos fundos do Estado e, de uma forma geral, permite
que a justiça seja feita de forma mais rápida assim como é de uma extrema importância no
controlo e fiscalização de todos actos Administrativos para o bom funcionamento da
Administração Pública.

Portanto, o Tribunal Administrativo tem feito regularmente uma fiscalização prévia,


concomitante ou sucessivamente da legalidade das despesas públicas, através da secção de
fiscalização das despesas públicas e do visto, socorrendo-se aos relatórios fornecidos pelas
entidades de controlo interno e pelas outras entidades de controlo externo. Assim, as
instituições públicas nacionais são responsáveis pela gestão dos dinheiros públicos e por
contrapartida são obrigadas por lei a efectuar a prestação de contas da conta gerência do fim
de exercício ao Tribunal Administrativo.

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Referências Bibliográficas

CHAMBULE, Alfredo. (2002). As Garantias dos Particulares. Imprensa Universitária.


Universidade Eduardo Mondlane. Maputo.

CISTAC, Gilles. (2009). O Direito Administrativo em Moçambique. Workshop on


administrative law. Hotel Cardoso, Mozambique. April.

FRANCO, António L.Sousa. (2002). Manual de finanças públicas. Ministério do Plano e


Finanças, Governo de Moçambique.

MOÇAMBIQUE. (1992). Lei n° 05/1992, de 06 de Maio. Maputo.

MOÇAMBIQUE. (2004). Constituição da República de Moçambique. Maputo.

MOÇAMBIQUE. (2009). Lei n° 26/2009, de 29 de Setembro. Maputo.

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