Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A determinação do Índice
1
1 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
A componente de riqueza tem como tecto mínimo um rendimento de 100 dólares e
um máximo de 10 000. Note-se que os valores correspondem ao Produto Interno
Bruto, per capita expresso em dólares americanos, corrigidos através da Paridade
do Poder de Compra (PPC) de forma a eliminar diferenças nacionais de preços.
Pretende colocar questões aos decisores; por exemplo, como é que dois países com
o mesmo Produto Interno Bruto (PIB) per capita podem ter índices de
desenvolvimento tão diferentes? Um exemplo concreto: a Suazilândia e o Sri Lanka
têm níveis de rendimento per capita semelhantes mas a esperança média de vida e
a literacia diferem grandemente, o que faz com que o Sri Lanka tenha um índice
muito mais alto que a Suazilândia. São contrastes como estes que estimulam o
debate sobre as políticas nacionais em áreas como a saúde e educação.
A criação deste índice serve assim para sublinhar as diferenças entre países, entre
províncias, regiões, estados e, ainda, entre géneros, etnias e outros grupos
socioeconómicos. Em muitos países, ao evidenciar disparidades internas este índice
tem fomentado importantes debates nacionais.
O Produto Interno Bruto reflecte o rendimento médio mas não fornece informação
sobre a sua distribuição ou como é gasto (na saúde ou na educação, por exemplo).
A comparação entre países com base em rankings de PIB per capita e de índices de
desenvolvimento humano revela mais sobre as escolhas políticas nacionais. Um
país como um elevado Produto Interno Bruto como o Omã (na Ásia) que tem uma
escolarização baixa pode ter um índice de desenvolvimento humano mais baixo do
que o Uruguai (na América do Sul), que tem cerca de 60% do Produto Interno
Bruto per capita de Omã.
2
2 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
As Nações Unidas salientam que o desenvolvimento humano tem sido flexível e
aberto a novas definições. As prioridades do desenvolvimento humano podem
evoluir ao longo do tempo e entre países. Alguns dos aspectos e temas
considerados centrais para o desenvolvimento humano incluem: o progresso social
(acesso ao conhecimento, melhor alimentação e serviços de nutrição), a economia
(a importância do crescimento económico como meio de reduzir as desigualdade e
melhorar os níveis de desenvolvimento humano), a eficiência (em termos de
recursos e disponibilidade o desenvolvimento humano é a favor do crescimento e
das produtividade desde que esse crescimento beneficie directamente os pobres, as
mulheres e outros grupos marginalizados),a equidade, a participação e a liberdade,
a sustentabilidade e a segurança humana.
Note-se que para muitos países não existem dados para uma ou mais que uma das
componentes do índice.
Os países incluídos no IDH são classificados num dos três grandes grupos de
desenvolvimento humano: alto IDH (0,8000 ou superior); médio (entre 0,500 e
0,799) e baixo (menor que 0,500). Como foi referido, este índice foi concebido para
comprar os progressos de um país nas dimensões mais básicas do desenvolvimento
humano. Os indicadores utilizados não são os melhores para diferenciar os países
mais ricos. Os indicadores usados actualmente revelam diferenças muito pequenas
nos países que se encontram no topo do Índice de Desenvolvimento Humano pelo
que um outro indicador – o Índice de Pobreza Humana – pode melhor reflectir a
dimensão das carências que ainda persistem entre a populações deste países,
ajudando assim a melhor direccionar as suas políticas.
Como se distribui?
Portugal apresenta-se neste relatório, para dados de 2005, no 29.º lugar na tabela
geral de IDH com um valor de 0,897. Este valor representa uma diferença positiva
de 6 posições em relação ao Produto Interno Bruto per capita em Poder de Paridade
de Compra (PPC) em dólares americanos. A diferença positiva indica que a ordem
do IDH é mais elevada que a do PIB corrigido.
Os dados apontam para uma esperança média de vida à nascença de 77,7 anos,
uma taxa de literacia adulta de 93,8 anos, uma taxa combinada de escolarização de
93,8 e um Produto Interno Bruto per capita em PPC em dólares americanos de
20,410.
3
3 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Perto de Portugal encontram-se a Eslovénia (27.º lugar), o Chipre (28.º), o Estado
do Brunei (30.º), Barbados (31.º) e a República Checa (32.º).
Espanha ocupa o 13.º lugar com um valor do IDH 0,949 (uma diferença positiva de
11 lugares em relação ao PIB corrigido), sendo o lugar cimeiro da tabela ocupado
pela Islândia com um valor de 0,968 (e uma diferença positiva de 4). Este país no
topo do ranking do IDH apresenta uma esperança média de vida à nascença de
81,5 anos e uma taxa de escolarização combinada de 95.
Os três últimos lugares do IDH são ocupados pela Guiné-Bissau (175.º), Burquina
Faso (176.º) e Serra Leoa (177.º). Com um IDH de 0,336 neste país a esperança
meda de vida à nascença é de 41,8 anos. Tem uma taxa de alfabetização de
adultos de 34,8% e uma taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos
primário, secundário e superior de 44,6 (neste caso o valor é de 2004). A Serra
Leoa apresenta uma diferença negativa de 5 posições em relação ao PIB (corrigido
com o PPC).
Desde meados dos anos setenta do século XX quase todas as regiões têm vindo
progressivamente a aumentar o seu IDH. A Ásia Oriental e do Sul têm acelerado o
seu progresso desde 1990. A Europa Central e Ocidental e os Estados
Independentes da Commonwealth , após um acentuadíssimo declínio na primeira
4
4 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
metade dos anos 90 do século XX recuperaram os seus valores para um nível
anterior ao da queda. A grande excepção, enfatiza as Organização das Nações
Unidas, é a África, devido parcialmente a problemas económicos mas especialmente
devido ao efeito devastador da Sida na esperança média de vida.
5
5 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Índice de Desenvolvimento Humano relativo aos dados de 1990
do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 das Nações Unidas.
Fontes
6
6 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO