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A União Europeia aloca uma parte substancial do seu orçamento à PAC (Política Agrícola
Comum). No entanto, o apoio público está agora cada vez mais condicionado à provisão de bens e
serviços ambientais e outros bens e serviços públicos. No caso dos pagamentos diretos, os objetivos
ambientais são atingidos indiretamente através dos requisitos da “cross-compliance” (agricultores são
incentivados a cumprir os altos padrões da UE de saúde e bem-estar público, vegetal e animal,
contribuindo para tornar a agricultura europeia mais sustentável), enquanto o plano de
desenvolvimento rural (PDR) apoia objetivos agroambientais específicos e outros objetivos de
desenvolvimento rural. Os serviços dos esquemas agroambientais (AES) são difíceis de medir e,
apesar de existirem algumas avaliações bastante abrangentes das medidas agroambientais (AEM) a
nível nacional ou regional, as informações disponíveis a nível europeu são limitadas.
Na União Europeia, o apoio agrícola ao abrigo da PAC consiste em dois pilares". No período
de 2007 a 2013, o pilar I incluiu pagamentos diretos não associados (com base na área) e associados
(relacionados à produção) aos agricultores com o objetivo principal de apoiar o rendimento agrícola
sendo que estes podem ter apoiado indiretamente bens públicos. O pilar II inclui o PDR que foi
financiado através do FEADER sendo que os estados membros pagaram cerca de 50% dos custos dos
seus orçamentos nacionais. Esse apoio foi direcionado diretamente a bens públicos específicos,
incluindo objetivos ambientais.
Com um orçamento de 37 biliões de euros para o período de 2007 a 2013, apenas a AES
representou cerca de 24% do orçamento do PDR. O apoio agrícola norueguês em 2007-2013 incluiu
vários tipos de pagamentos diretos, com o objetivo principal de suportar o rendimento agrícola. Na
UE, esses pagamentos diretos estavam condicionados à “cross-compliance” e podem ter
indiretamente apoiado o fornecimento de bens públicos. Na Suíça, durante o mesmo período, o apoio
ao rendimento foi fornecido por meio de "pagamentos diretos gerais". Esse suporte também foi
condicionado pela “cross-compliance”.
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Métodos
Além de examinar o PPS para as AEM e outros tipos de apoio agrícola, este estudo explora a
contribuição das AEM para os serviços do ecossistema. Os serviços ecossistémicos são entendidos
como os benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas. Mudanças nos serviços ecossistémicos
resultantes das práticas agrícolas apoiadas podem ou não ser bens públicos. Dependendo do serviço
ecossistémico específico, os benefícios podem resultar para agricultores individuais, grupos de
agricultores, consumidores que pagam ou também para o público em geral.
Questionário
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Os pagamentos de compensação foram definidos como “pagamentos que cobrem os custos
adicionais e a receita perdida devido ao compromisso assumido” e pagamentos por transferência
foram definidos como “pagamentos feitos sem nenhum bem ou serviço recebido em troca”.
Procedimentos de pesquisa
Resultados
As estimativas para as AEM na Europa Ocidental e do Norte são mais altas do que as do Sul
da Europa e as estimativas mais baixas são encontradas para as AEM da Europa Oriental.
Em relação aos efeitos das características individuais estas foram determinantes importantes,
sendo que a idade teve um efeito negativo significativo e os anos de experiência tiveram um efeito
positivo significativo nas avaliações.
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Estimativas da alocação do financiamento da AEM aos serviços do ecossistema
A figura 5 mostra as contribuições médias estimadas para os serviços do ecossistema para os
diferentes tipos de AEM, ponderadas pelos orçamentos das AEM. A última barra (inferior) do
diagrama mostra as contribuições ponderadas pelo orçamento do financiamento total para as
diferentes categorias de serviços do ecossistema. As maiores contribuições estimadas são as da
conservação da biodiversidade (15%), seguidas pelas amenidades da paisagem (14%) e regulação de
nutrientes (13%).
Discussão
De modo geral, os resultados sugerem que medidas que visam mudanças de gestão mais
significativas alcançam estimativas de PPS mais elevadas (por exemplo a produção de pasto). Assim,
segundo os autores esta constatação está parcialmente alinhada com a observação de que medidas
que param a produção em certas terras são mais eficazes para proporcionar benefícios à
biodiversidade do que aquelas que simplesmente adotam métodos de produção ambientalmente mais
sensíveis. Estes resultados tambem mostram que medidas que contribuem para múltiplos serviços do
ecossistema apresentam estimativas de PPS mais elevadas do que as medidas com um único alvo.
As estimativas sugerem que os países mais ricos do Norte e do Oeste - que são os que têm
maiores taxas de co-financiamento nacional - projetaram medidas com PPS mais alto. Politicamente,
indica-nos que taxas mais altas de co-financiamento podem ter promovido uma consideração mais
cuidadosa dos custos na elaboração das medidas e na alocação do orçamento.
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Usos potenciais das estimativas
A menos que os benefícios de medidas com baixo PPS sejam particularmente altos, as
descobertas sugerem que a provisão de benefícios públicos poderia ser aumentada se o apoio agrícola
fosse transferido de esquemas com estimativas de PPS relativamente baixas para esquemas e medidas
com estimativas de PPS relativamente altas (que apresentam maioritariamente elevados beneficios
ambientais). Assim, realizando estudos mais complexos o PPS poderia servir como critério de decisão
na aprovação de esquemas pelas autoridades nacionais e da UE.
Pode ser difícil estimar valores para uma região inteira assim como a seleção de uma amostra
representativa pode ser manipulada de modo a atingir resultados mais favoráveis. Assim, em estudos
como este, a composição da amostra de especialistas deve ser relatada. Outras advertências dizem
respeito às limitações do questionário da pesquisa ou à falta de conhecimentos por parte dos
intervenientes.
Conclusões
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Anexos
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