Você está na página 1de 3

INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO FETAL

• A produção ovina em regiões tropicais • Crescimento placentário e fetal são restringidos


Thomas, 1991
– Fêmeas prenhes são expostas a altas temperaturas ambientais
– Animais deslanados para produção de carne
Vatnick et al., 1991
Influência do estresse térmico sobre a fisiologia – Redução no suporte metabólico → redução fluxo sanguíneo uterino
– Raças lanadas não se adaptam às condições tropicais Oakes et al., 1976
reprodutiva do carneiro • Animais expostos a clima quente
• Produção de cordeiros
– Regular a temperatura corporal melhor que outros
Hopkins et al., 1978
– Sistemas de monta à pasto
• Resposta que se repete ao longo dos anos
Oliveira & Lima, 1994

– Animais apresentem boa libido e fertilidade (altas temperaturas) • Alta Temperatura Corporal (ATC)
Godfrey et al., 1998 McCrab et al., 1993
• Baixa Temperatura Corporal (BTC)

DESENVOLVIMENTO FETAL DESENVOLVIMENTO FETAL DESENVOLVIMENTO FETAL

• Crescimento placentário e fetal são restringidos • Crescimento placentário e fetal são restringidos • Crescimento placentário e fetal são restringidos
McCrab & Bortolussi, 1996 McCrab & Bortolussi, 1996 McCrab & Bortolussi, 1996
Tabela 1: Peso da placenta e conteúdo de DNA e proteína em ovelhas de baixa ou alta
– Austrália (média das T°Cs máximas diárias = 36 ± 0,3°C) – 17 ovelhas BTC e 12 ATC foram acasaladas com carneiros Merino. temperatura corporal aos 107 dias de gestação.

Característica BTC ATC


– Baias sem sombra, com livre acesso a água e alimento (3 dias). – 107° dia de gestação: fêmeas foram abatidas Peso da placenta (g) 466 ± 14,2 326 ± 13,6***
Número de placentomas 70 ± 5,3 74 ± 3,3
– Temperatura retal: diariamente às 16:00hs • Dissecação uterina
DNA total (g) 2,1 ± 0,11 1,8 ± 0,09*
DNA (mg/g de tecido) 5,1 ± 0,24 5,2 ± 0,25
• Contagem e medição dos cotilédones
– BTC: T°C retal ≤ 39,8°C Proteína total (g) 2,6 ± 0,15 2,2 ± 0,09*
• Amostras de tecido: determinação do teor de DNA e proteína Proteína (mg/g tecido) 6,4 ± 0,22 6,3 ± 0,24
– ATC: T°C retal ≥ 39,9°C
* P<0,05; *** P<0,001

DESENVOLVIMENTO FETAL DESENVOLVIMENTO FETAL COMPORTAMENTO


• Crescimento placentário e fetal são restringidos
McCrab & Bortolussi, 1996 • Crescimento placentário e fetal são restringidos
– T°C retal BTC: 39,6 ± 0,03°C McCrab & Bortolussi, 1996 • Efeito da temperatura ambiental sobre a libido
P<0,001 Godfrey et al., 1998
– T°C retal ATC: 40,3 ± 0,10°C
– Animais ATC podem ser distinguidos ainda jovens
– Exposição dos carneiros a fêmeas em estro por 15 min.
Figura 1: Relação entre a

temperatura retal às 16:00 hs e o – Medição da T°C retal de fêmeas jovens em dias quentes
• 3 Testes com intervalo de 3 dias (13:00 e 16:00 hs).
peso da placenta de ovelhas aos 107
• Ferramenta para os produtores selecionarem animais mais resistentes • Sol: T°C = 38 ± 0,3°C (temperatura média do globo negro)
dias de prenhez em ovelhas de

baixa (BTC, ◦) e alta (ATC, ●) • Identificar fêmeas ATC no início da vida reprodutiva • Sombra: T°C = 33 ± 0,3°C
temperatura corporal.

• Parâmetros relacionados à libido

1
COMPORTAMENTO Biometria Testicular Biometria Testicular
• Testículos ovinos
• Efeito da temperatura ambiental sobre a libido • Testículos ovinos
Godfrey et al., 1998
– Manutenção da T°C
Tabela 2: Comportamento sexual de carneiros em teste conduzido no sol ou à sombra
– Bolsa escrotal (2 a 6°C abaixo da temperatura corporal)
Waites, 1970 • Ventilação do escroto
Característica Sombra Sol
– 200 a 300 g em animais adultos
Montas sem flehmen 11,7 ± 2,3 10,0 ± 1,0 • Estrutura vascular (plexo pampiniforme)
Amman, 1970
Montas com flehmen 4,0 ± 0,5 3,4 ± 0,4 Coulter & Kastelic, 1994

Montas sem ejaculação 10,7 ± 2,9 12,1 ± 2,8 • Musculatura (dartos e cremaster) Setchell, 1998

Ejaculações 3,4 ± 0,4 3,6 ± 0,5


• Glândulas sudoríparas Blazquez et al., 1988
Eficiência reprodutiva* 0,36 ± 0,05 0,38 ± 0,05
Tempo para a 1ª 142,1 ± 47,0 119,3 ± 48,4
ejaculação
*Eficiência Reprodutiva = Montas com ejaculação / Total de montas

Biometria Testicular Biometria Testicular


• Carneiros submetidos à insulação escrotal: alterações quanti-qualitativas na
• Alterações nos fatores ambientais
produção espermática e redução na biometria testicular
– Variações na temperatura e umidade ambiental
Moreira et al., 2001

• Elevação na temperatura corporal e testicular em carneiros • TºC retal


Foote et al., 1957
• Aumento da temperatura testicular – Antes da insulação: 39,2 ± 0,21ºC

– Degeneração seminal Vogler et al., 1991 – Durante a insulação: 39,3 ± 0,3ºC

– Redução na fertilidade Hulet et al., 1956 – Insulação testicular não afetou a TºC corporal

– Altera a síntese protéica nas células de Sertoli Guo et al., 1999 • TºC entre a bolsa e o escroto durante a insulação: 37,2 ± 0,17ºC

Espermatogênese
Produção Espermática Produção Espermática
• Carneiros submetidos à insulação escrotal • Carneiros submetidos à insulação escrotal
Moreira et al., 2001 Moreira et al., 2001

Tabela 3: Parâmetros seminais de carneiros da raça Santa Inês submetidos à insulação Tabela 4: Morfologia espermática de carneiros da raça Santa Inês submetidos à
escrotal por sete dias. insulação escrotal por sete dias.
Parâmetro Dias após o término da insulação Parâmetro Dias após o término da insulação

Antes 0 8 21 79 90 Antes 0 8 21 79 103


Volume (mL) 1,1 ± 0,2 0,5 ± 0,1 0,4 ± 0,1 1,0 ± 0,3 0,9 ± 0,2 0,7 ± 0,1 42 a 53 dias 13 a 15 dias Normais* 88,4 ± 1a 52,8 ± 5cd 31,2 ± 5d 37,7 ± 8d 43,7 ± 3cd 75,6 ± 4ab
Courot et al., 1970 Swiestra, 1968
Concentração* 2,3 ± 0,2a 1,8 ± 0,3ab 0,9 ± 0,3bc 0,1 ± 0,03c 2,1 ± 0,3a 1,7 ± 0,3a
Defeitos Totais* 11,6 ± 1e 47 ± 8bc 68,8 ± 17b 66,3 ± 12b 56,4 ± 3bc 24,7 ± 4de
pH 8,0 ± 0,2b 8,6 ± 0,2ab 8,8 ± 0,2a 8,3 ± 0,2ab 8,0 ± 0,3b 8,3 ± 0,2ab
Defeitos Maiores* 1,7 ± 0,3b 3,6 ± 2,6b 8,4 ± 3a 25,6 ± 2a 1,9 ± 0,6b 0,8 ± 0,2b
Motilidade 4,1 ± 0,2a 0,9 ± 0,3d 0e 0e 3,1 ± 0,2b 3,8 ± 0,4ab
Defeitos Menores* 9,9 ± 1d 43,4 ± 5bc 60,4 ± 9bc 40,7 ± 9bc 54,5 ± 2b 23,9 ± 4cd
Vigor** 78 ± 2,3a 17,5 ± 7,4d 0e 0e 57,1 ± 6,0b 68 ± 8,2ab

* Bilhões de espermatozóides por mililitro de sêmen ejaculado * Percentagem


** Percentagem Valores com letras idênticas na mesma linha (P>0,05).
Valores com letras idênticas na mesma linha (P>0,05).

2
Considerações Finais
• Estresse Térmico: Efeitos adversos sobre a reprodução
– Desenvolvimento fetal

– Biometria testicular

– Qualidade do sêmen

• Animais deslanados
– Parecem ser bem adaptados às condições tropicais

– Comportamento reprodutivo normal

• Avaliações de Animais Jovens


– Podem servir de indicativo para discriminar animais mais tolerantes

– Mecanismos que conferem tolerância ao calor: melhor estudados

Você também pode gostar