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Também conhecidas como "formações", as figuras podem significar padrões referentes à continuidade ou reversão de uma

tendência. Como há padrões que se repetem freqüentemente no comportamento da massa de investidores no mercado,
aqueles acabam sendo "registrados" em gráficos que lembram figuras, tais como triângulos, retângulos e outras que
lembram diferentes silhuetas, como a Cabeça-e-Ombros.

Os grupos de formações que se pode descobrir são os seguintes:


- de continuação: sugerem que a tendência permanecerá no sentido em que já se encontra. Aqui se encontram figuras
como Retângulos, Triângulos, Bandeiras e Flâmulas;
- de reversão: sugerem que haverá uma alteração no sentido. Aqui as figuras são Cabeça-Ombros, Pá-de-Ventilador,
Cunha, Deriva etc.

Os exemplos dessas formações estão mostrados a seguir, com suas características:

Triângulo

Retângulo

Bandeira

Flâmula

Cabeça-ombros

Cunha

Pá de Ventilador

Triângulo

Podem ser de Alta, de Baixa ou Simétrico. O Triângulo de Alta demonstra um maior poder dos compradores e é formado
por uma reta de resistência (horizontal, superior) e uma linha de tendência (inferior). Pela altura do triângulo projeta-se o
movimento. No caso do Triângulo de Baixa, há uma reta de suporte (horizontal, inferior) e uma de tendência (descendente,
superior), demonstrando a força dos vendedores. Como no Triângulo de Alta, a projeção é feita pela altura da figura.

No Triângulo Simétrico não há suporte ou resistência, apenas de tendência, inclinadas. Ao romper o vértice superior,
pode-se perceber o prosseguimento da tendência de alta, enquanto que o rompimento do inferior indica reversão dessa
tendência.

Retângulo

Caracteriza-se por uma reta de resistência e outra de suporte quase paralelas na horizontal. Surge em momentos de
congestão e reflete um grande equilíbrio entre as forças oponentes do mercado, ou seja, não sinalizando tendência.
Fonte: Matsura, 2006

Bandeira

Também indica continuidade da tendência. Resulta de um período curto de acomodação do preço que então volta a se
mover no sentido da tendência principal. Elas sempre se formam na direção oposta à tendência principal.

Fonte: Matsura, 2006

Flâmula

Assim como a Bandeira, também se forma na direção oposta à tendência principal. A Flâmula tem sua formação antecedida
por uma longa tendência que se torna o 'mastro' da figura.

Fonte: Matsura, 2006

Cabeça-ombros

Tratam-se de topos e fundos em seqüência, sendo a tendência de alta até a "cabeça" se formar. Existe ainda a chamada
"Linha de Pescoço", que indica a ligação entre os dois fundos da figura, ou seja liga os ombros entre si. Ao romper a linha
de pescoço surge a indicação de uma tendência de baixa.
Cunha

Nesta formação, há duas linhas convergentes que contêm as flutuações de preços. As Cunhas lembram os triângulos, mas
se diferenciam destes pois ambas as linhas têm a mesma inclinação (para cima ou para baixo)

A seguir, alguns exemplos ilustrativos das principais figuras citadas:


Pá de Ventilador

A Pá-de-Ventilador é uma simples correção das linhas de tendência, mas com a marcante característica de ter o mesmo
ponto de origem para o traçado destas linhas. Graficamente, no caso de alta, elas se formam da seguinte maneira:
Após a formação de um topo, temos uma primeira queda muito rápida. Isto permite o traçado da 1ª linha de resistência de
baixa. Reagindo naturalmente à velocidade da queda, os preços rompem esta linha, mas sem condições de retornar para o
movimento de alta anterior. Isto desencadeia nova baixa, com o traçado da 2ª linha de resistência. Neste momento o
analista já percebe que o movimento de queda está perdendo a força e, como as duas linhas de resistência têm o mesmo
ponto de origem, está se configurando uma Pá-de-Ventilador de alta.
Ele aguarda o rompimento da 2ª linha de resistência de baixa, certo de que este ainda não é o momento ideal de compra.
Se é mesmo uma Pá-de-Ventilador, ocorrerá nova queda, dando chance ao traçado da 3ª e, normalmente, definitiva linha
de queda. No momento em que ela se define, a figura está completa e basta aguardarmos o corte para cima da última
linha para termos o ponto adequado para posicionamentos. Esta figura, historicamente, é responsável por substanciais
movimentações altistas, após o corte da 3ª linha, de modo que se pode aguardar com paciência a confirmação da nova
alta.

Para se configurar formação de Pá-de-Ventilador de baixa é necessário que os preços estejam em uma tendência de alta. É
a perda de força deste movimento altista que vai permitindo o traçado de novas retas de suporte, sendo o corte da 3ª e
última o sinal de mudança de tendência de alta para baixa.

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