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A Câmara Municipal de Imbituva, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a
seguinte, Lei:
TÍTULO I
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do
Adolescente e estabelece normas gerais para a sua adequada aplicação, em consonância com as
linhas e diretrizes contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Constituição Federal.
§ 1º As ações a que se refere o "caput" deste artigo serão implementadas através de:
II - Políticas e programas de Assistência Social, em caráter supletivo, para aqueles que deles
necessitarem;
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§ 2º Os serviços e programas voltados aos fins destinados nesta lei no âmbito do Município de
Imbituva deverão proporcionar o atendimento prioritário e preferencial a crianças e adolescentes, na
forma da lei.
Capítulo II
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO
Art. 3º A Política Municipal de Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente será garantida
através das seguintes estruturas:
I - Políticas sociais básicas, educação, saúde, recreação, esporte, cultura e lazer, profissionalização e
outras atividades que assegurem o desenvolvimento físico, mental e social da criança e do
adolescente, em condições de liberdade e dignidade;
II - Políticas e programas de Assistência Social à família, em caráter supletivo, para aqueles que deles
necessitem, visando o apoio à criança e ao adolescente;
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V - Proteção jurídico-social aos que dela necessitarem, por meio de entidades de defesa dos direitos
da criança e do adolescente;
X - Acolhimento institucional;
XI - Liberdade Assistida;
XII - Auxilio e tratamento para crianças, adolescentes e seus pais ou responsáveis, usuários de álcool
ou substâncias entorpecentes;
Art. 6º As entidades não governamentais somente poderão funcionar no Município de Imbituva, depois
de devidamente registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que
comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade jurídica competente da Vara da Infância e
Juventude bem como ao Ministério Púbico Estadual.
Capítulo III
Seção I
Da Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Art. 7º Fica instituída Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, espaço
colegiado de caráter deliberativo, composto por representantes das entidades ou movimentos da
sociedade civil organizada direta ou indiretamente, ligados à defesa ou ao atendimento dos direitos da
criança e do adolescente, e representantes do Poder Executivo, que se reunirão a cada 02 (dois) anos,
sob a coordenação do CMDCA, mediante Regimento Interno próprio.
Parágrafo único. Em caso de não convocação por parte do CMDCA, no prazo referido no caput deste
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artigo, a iniciativa poderá ser realizada pela metade das entidades registradas no CMDCA, que
formarão Comissão paritária para organização e coordenação da conferência;
Art. 10 Para participar do processo eleitoral do CMDCA, as entidades e movimentos da sociedade civil
organizada deverão comprovar 01 (um) ano, no mínimo, de existência legal contado do registro do
respectivo estatuto em cartório, bem como, estar registrado junto ao CMDCA.
Art. 11 Os representantes do Poder Executivo na Conferência serão indicados pelo Prefeito mediante
oficio enviado ao CMDCA, no prazo de até 10 (dez) dias anteriores à realização da Conferência, sendo
02 (dois) representantes, um titular e outro suplente, por entidade ou órgão da administração direta e
indireta.
Art. 14O Regimento Interno da Conferência disporá sobre sua organização e sobre forma de
processo eleitoral dos representantes da sociedade civil organizada no CMDCA.
Capítulo IV
Seção I
Do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Criação, Composição e Mandato
Art. 15 Fica criado o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão consultivo
deliberativo e controlador da política de atendimento à infância e à juventude, vinculado à Secretaria
Municipal de Assistência Social do Município e será composto por 08 (oito) membros efetivos e mais
08 (oito) suplentes, sendo 04 (quatro) membros representantes de órgãos públicos e 04 (quatro)
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§ 4º Os conselheiros representantes do Poder Público, assim como seus suplentes serão nomeados
para mandato de 02 (dois) anos, permitida uma recondução pelo mesmo período.
§ 5º Os conselheiros representantes das entidades civis, assim como seus suplentes serão nomeados
para mandato de 02 (dois) anos, permitida uma recondução pelo mesmo período.
Parágrafo único. As demais decisões do Conselho serão tomadas pela maioria simples de votos
cabendo ao Presidente o voto de desempate, ressalvando-se as decisões com exigência de quórum
qualificado, previstas nesta Lei.
Art. 19O mandato dos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
será considerado extinto antes do término, nos seguintes casos:
a) Morte;
b) Renúncia;
c) Ausência injustificada por mais de 03 (três) reuniões consecutivas;
d) Doença que exija o licenciamento por mais de 06 (seis) meses;
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Seção II
Da Competência do Conselho
I - Formular a Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, fixando prioridade para a
consecução das ações, a captação e a aplicação de recursos;
II - Zelar pela execução dessa Política, atendidas as peculiaridades das crianças e dos adolescentes,
de suas famílias, de seus grupos de vizinhança, dos bairros, zona urbana ou oral em que se localizam;
III - Elencar as prioridades a serem incluídas no planejamento do Município, em tudo que se refira ou
possa afetar as condições de vida das crianças e dos adolescentes;
VII - Propor aos poderes constituídos modificações nas estruturas dos Órgãos Governamentais
diretamente ligados à promoção, proteção e defesa da infância e juventude:
VIII - Oferecer subsídios para a elaboração de leis atinentes aos interesses das crianças e
adolescentes:
XII - Fixar critérios de utilização, através de planos de aplicação, das doações subsidiárias e demais
receitas, aplicando necessariamente percentual para o incentivo ao acolhimento, sob a forma de
guarda, de criança ou adolescente, órfão ou abandonado, de difícil colocação familiar;
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XV - Pronunciar-se. emitir pareceres e prestar informações sobre assuntos que digam respeito à
promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes;
XVI - Aprovar, de acordo com os critérios estabelecidos em seu Regimento Interno, o cadastramento
de entidades de defesa ou de atendimento aos direitos das crianças e adolescentes e que pretendam
integrar o Conselho;
XVII - Receber petições, denúncias, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa por
desrespeito aos direitos assegurados às crianças e adolescentes, dando-lhes o encaminhamento
devido;
XVIII - Gerir seu respectivo fundo, juntamente com a Secretaria de Finanças e Administração,
aprovando planos de aplicação;
XX - Regulamentar, organizar, coordenar bem como adotar todas as providências que julgar cabíveis
para a eleição e a posse dos membros do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente
ou Conselhos Tutelares do Município;
XXI - Dar posse aos membros do Conselho Tutelar, conceder licença aos mesmos, nos termos do
respectivo regulamento e declarar vago o posto por perda de mandato, nas hipóteses previstas nesta
Lei.
Seção III
Das Reuniões
Seção IV
Do Funcionamento do Conselho
Art. 22O poder púbico Municipal providenciará as condições materiais e os recursos necessários ao
funcionamento do Conselho.
Parágrafo único. A forma de funcionamento, local, horário de trabalho e outras especificações, serão
estabelecidas no Regimento Interno.
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Seção I
Da Criação e Natureza do Fundo
Art. 25 Fica criado o Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA, que será
gerido e administrado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.
§ 1º FMDCA tem por objetivo facilitar a captação, o repasse e a aplicação de recursos destinados ao
desenvolvimento das ações de atendimento a crianças, adolescentes e suas respectivas famílias.
§ 2º As ações de que trata o parágrafo anterior referem-se prioritariamente aos proclamas de proteção
especial à criança e ao adolescente em situação de risco social e pessoal, cuja necessidade de
atenção extrapole o âmbito de atuação das políticas sociais básicas.
§ 3º Os recursos captados pelo FMDCA servem de mero complemento ao orçamento púbico dos mais
diversos setores de governo, que por força do disposto no Estatuto da Criança e Adolescente e na
Constituição Federal, devem priorizar a criança e o adolescente em seus planos, projetos e ações.
I - Petos recursos provenientes dos Conselhos Estadual e Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente;
II - Pelas doações, auxílios, contribuições e legados que lhe venham a ser destinados;
Art. 26 O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA será regulamentado
por Decreto expedido pelo Poder Executivo Municipal, no prazo de 90 (noventa) dias após a vigência
desta lei, observadas as orientações contidas na Resolução nº 137/2010, do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA.
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III - Para o custeio das políticas básicas e de assistência social a cargo do poder público.
Art. 27 A gestão do FMDCA será exercida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente - CMDCA em conjunto com a Secretaria Municipal de Finanças a qual competirá:
II - Manter o controle escritural das aplicações financeiras levadas a efeito pelo Município, nos termos
das Resoluções do Conselho Municipal de Direitos da Criança e de Adolescente - CMDCA;
IV - Autorizar a aplicação dos recursos em benefício das crianças e adolescentes, nos termos das
Resoluções do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA;
Art. 29O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, por intermédio da
Secretaria Municipal de Assistência Social dará ampla divulgação à comunidade:
I - Das ações prioritárias para aplicação das políticas de atendimento à criança e ao adolescente;
II - Dos requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados com recursos do FMDCA;
III - Da relação dos projetos aprovados em cada ano-calendário e o valor dos recursos previstos para
implementação das ações, por projeto;
IV - Do total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, por projeto atendido, inclusive com
cadastramento na base de dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a Adolescência;
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Art. 30 Na gestão do FMDCA serão ainda observadas as disposições contidas no Estatuto da Criança
e do Adolescente.
Seção II
Da Administração e Destinação do Fundo
a) Ordenar empenhos e pagamentos das despesas do Fundo após aprovação dos Planos de
Aplicação pelo Conselho e formalização de Convênios.
a) Aprovar os Planos de Aplicação dos recursos do Fundo, bem como a Prestação de Contas.
A aplicação dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, deliberada peto
Art. 32
Conselho Municipal de Direitos, deverá ser destinada para o financiamento de ações governamentais e
não governamentais relativas a:
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Art. 33 Fica vedada a utilização dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente para despesas que não se identifiquem diretamente com a realização de seus objetivos
ou serviços determinados por esta Lei, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública
previstas em Lei e desde que devidamente aprovadas pelo plenário do Conselho dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
Parágrafo único. Além das condições estabelecidas no caput, fica vedada ainda a utilização dos
recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para:
IV - O financiamento das políticas públicas sociais básicas, em caráter continuado, e que disponham
de fundo específico, nos termos definidos pela legislação pertinente;
Art. 34As prestações de contas das entidades beneficiárias dos recursos do Fundo serão relatadas
pela Comissão competente do CMDCA e pelo Departamento de Controle Interno do Município e
levadas à apreciação do CMDCA.
Capítulo V
DA CRIAÇÃO E NATUREZA DO CONSELHO TUTELAR
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 35 Fica criado o Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente e, em caráter
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Parágrafo único. Serão criados novos Conselhos Tutelares, mediante decreto do Prefeito Municipal e
por proposta do CMDCA, na medida das necessidades resultantes da realidade social do Município.
Seção II
Das Atribuições do Conselho Tutelar
I - Atender as crianças e os adolescentes nos casos em que seja necessária a aplicação de medida de
proteção ou socioeducativa bem como nos casos de prática de ato infracional por criança ou
adolescente;
a) Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e
segurança;
b) Representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas
deliberações.
IV - Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal
contra os direitos da criança e do adolescente;
X - Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos das crianças e
adolescentes previstos na Constituição Federal;
XI - Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar,
Seção III
Do Processo de Escolha dos Membros dos Conselhos Tutelares
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Art. 37O Conselho Tutelar é órgão integrante da Administração Pública Municipal, composto de 05
(cinco) membros escolhidos pela população local para mandato de 04 (quatro) anos permitida 01
(uma) recondução mediante novo processo de escolha.
VIII - Não ter sido penalizado com a destituição da função de Conselheiro Tutelar;
§ 2º O membro do CMDCA que optar por participar do processo de escolha de Conselheiro Tutelar
como candidato, deverá afastar-se de suas funções no momento da inscrição.
§ 3º O pedido de registro será formulado pelo candidato em requerimento assinado e protocolado junto
ao CMDCA devidamente instruído com todos os documentos necessários à comprovação dos
requisitos estabelecidos no edital, onde serão numerados, autuados e enviados a Comissão
Organizadora onde serão processados.
Art. 38 Após a aprovação da candidatura, todos os candidatos aptos serão submetidos à aplicação de
prova de conhecimentos sobre os direitos da criança e do adolescente, de caráter eliminatório, a ser
formulada por empresa especializada contratada para elaboração e aplicação da prova ou comissão
organizadora especial, designada pelo CMDCA.
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da criança e do adolescente, os candidatos aptos terão um prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para a
realização de suas campanhas.
Art. 41 É vedada a propaganda por meio de anúncios luminosos, faixas, cartazes ou inscrições em
qualquer local público ou particular, com exceção dos locais indicados pela Prefeitura Municipal para a
utilização por todos os candidatos em igualdade de condições.
Art. 42 O candidato que. diretamente ou por meto de interposta pessoa, desatender as proibições
estabelecidas nesta lei, fica sujeito às sanções legais cabíveis, devendo haver a comunicação ao
órgão do Ministério Público, a fim de que este proceda a apuração dos fatos aludidos.
II - Aliciar eleitores mediante o oferecimento de vantagens, tais como cestas básicas, dinheiro, ou
quaisquer outras:
III - Praticar qualquer outro ato qualificado como crime na legislação eleitoral;
IV - A não observância destas vedações pelo candidato implicará no cancelamento do registro de sua
candidatura.
Art. 44No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar do término do prazo de inscrições, a Comissão
Organizadora publicará edital mediante afixação em lugares púbicos, informando os nomes dos
candidatos inscritos e determinando o prazo de 07 (sete) dias contados a partir da publicação, para o
oferecimento de impugnações, devidamente instruídas com provas, por qualquer interessado.
Art. 45 As impugnações deverão ser efetuadas por escrito, dirigidas a Comissão Organizadora e
instruídas com as provas já existentes ou com a indicação de onde as mesmas poderão ser colhidas.
§ 2º Decorrido o prazo a que se refere o parágrafo anterior, a Comissão Organizadora reunir-se-á para
avaliar os requisitos, documentos, impugnações e defesas indeferindo os que não preencham os
requisitos legais ou apresentem documentação incompleta.
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§ 3º A Comissão Organizadora publicará a relação dos candidatos que tiveram suas inscrições
deferidas, bem como notificará pessoalmente o representante do Ministério Púbico abrindo-se o prazo
de 03 (três) dias para que os interessados apresentem recurso para o plenário do CMDCA, que
decidirá em última instância, em igual prazo.
Art. 46 Julgados os eventuais recursos, a Comissão Organizadora publicará edital definitivo com a
relação dos candidatos habilitados.
Art. 47 O processo de eleição estará sujeito às deliberações do Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente - CONANDA e será organizado pelo CMDCA, através de um regimento
municipal próprio que norteará todo o processo eleitoral, e que será amplamente divulgado aos
candidatos e a toda comunidade.
§ 1º Será constituída uma Comissão Organizadora composta por 6 (seis) membros efetivos do
CMDCA, respeitando a paridade governamental e não-governamental.
Art. 48O processo de votação e apuração de votos fica sob a responsabilidade do CMDCA, com
apoio do Ministério Público.
Parágrafo único. Encerrada a votação, proceder-se-á imediatamente a contagem dos votos e sua
apuração sob a responsabilidade do CMDCA e fiscalizada pelo Ministério Público.
Art. 49 Uma vez procedida à apuração dos votos devem ser declarados eleitos os 05 (cinco) mais
votados como conselheiros tutelares e os suplentes, em ordem decrescente de votação.
Parágrafo único. No caso de insuficiência de suplentes para ocupar vagas, deve o Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente providenciar a realização de novo processo de escolha para
preenchimento do número mínimo de 05 (cinco) suplentes.
Art. 50 Os casos omissos serão tratados em reunião extraordinária do CMDCA e Ministério Púbico.
Art. 51Os 05 (cinco) candidatos mais votados ocuparão as vagas existentes, ficando os demais, em
igual número e pela ordem de votação, como suplentes.
§ 2º Ocorrendo vacância do cargo, assumirá o suplente que houver obtido o maior número de votos.
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Art. 52 O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá conforme estabelecido pela
Lei Federal nº 12.696/2012, em todo o Território Nacional a cada 04 (quatro) anos, no primeiro domingo
do mês de outubro, do ano subsequente ao da eleição Presidencial, e seguirá os critérios
estabelecidos pelo CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Parágrafo único. A posse dos Conselheiros Tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano
subsequente ao processo de escolha.
§ 1º A capacitação deverá ocorrer dentro do prazo de até 60 (sessenta) dias após a eleição.
§ 2º O Conselheiro que não atingir a frequência mínima ou não participar do processo de capacitação,
não poderá tomar posse, devendo ser substituído pelo suplente eleito que tenha participado da
capacitação/formação continuada, respeitando-se rigorosamente a ordem de classificação.
§ 4º O Poder Público estimulará a participação dos membros dos Conselhos Tutelares em outros
cursos e programas de capacitação/formação continuada, custeando-lhes as despesas necessárias.
Art. 54 O cargo de Conselheiro Tutelar não estabelece qualquer vínculo empregatício entre o
Conselheiro Tutelar e o Município nem torna o Conselheiro integrante do quadro de Servidores da
Municipalidade.
Parágrafo único. Conselheiro Tutelar está sujeito a regime de dedicação integral, conforme
regulamentação especial do CMDCA, vedados quaisquer pagamentos a título de horas extras ou
assemelhados.
Art. 55 O Conselho Tutelar funcionará das 8h às 11h30 e das 13h às 17h atendendo em sua sede.
§ 1º Aos sábados, domingos, feriados e período noturno, permanecerá um plantão mediante escala
interna, que deverá ser regulamentada em regimento próprio.
Art. 56 O Conselho Tutelar deverá manter instrumentos básicos de registro, entre eles:
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Seção IV
Da Convocação dos Suplentes
II - Quando a suspensão em razão de processo disciplinar aplicada ao Conselheiro titular tiver prazo
igual ou superior a 60(sessenta) dias;
Parágrafo único. Findo o prazo de afastamento do Conselheiro Tutelar, este reassumirá o cargo
imediatamente.
Seção V
Dos Direitos, do Exercício da Função e da Remuneração dos Conselheiros
Art. 61 O exercício efetivo da função de Conselheiro Tutelar constituirá serviço público relevante e
estabelecerá presunção de idoneidade moral.
II - Gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal;
III - Licença-maternidade;
IV - Licença-paternidade;
V - Gratificação natalina.
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§ 2º A remuneração durante o período do exercício efetivo do mandato eletivo não configura vínculo
empregatício.
§ 3º As férias deverão ser programadas pelos Conselhos Tutelares, podendo gozá-las apenas um
Conselheiro em cada período, devendo ser informado por escrito ao Conselho Municipal de Direitos da
Criança e do Adolescente - CMDCA com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência, para que seja
providenciada a convocação do suplente.
Art. 63As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de necessidade e urgência,
devidamente justificadas.
Art. 65Em casos excepcionais, as férias poderão ser gozadas em 02 (dois) períodos de 15 (quinze)
dias cada um.
Art. 66 Mediante solicitação devidamente instruída e documentada, o Conselheiro Tutelar terá o direito
de se ausentar do serviço, sem prejuízo de nenhuma ordem ou natureza, nos seguintes casos:
I - 07 (sete) dias consecutivos, contados da data do fato, em caso de luto por falecimento de:
a) Cônjuge ou companheiro;
b) Pai, mãe, padrasto, madrasta;
c) Irmãos;
d) Filhos de qualquer natureza (inclusive natimortos) e enteados;
e) Menores sob sua guarda ou tutela;
II - O restante do dia em que ocorrer o fato e o dia do sepultamento, em caso de falecimento de:
a) Bisavós;
b) Sobrinhos;
c) Tios;
d) Primos;
e) Sogros;
f) Genros e noras
g) Cunhados
h) Netos, bisnetos e avós;
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Art. 67Pelo nascimento ou adoção de filho, o Conselheiro Tutelar terá direito à licença paternidade de
05 (cinco) dias consecutivos e maternidade de 120 (cento e vinte) dias.
Art. 68 A gratificação natalina será quitada até o 20º (vigésimo) dia do mês de dezembro do ano
respectivo.
Art. 69 Caso o Conselheiro Tutelar deixe a função sem caráter de penalidade, o 13º salário ser-lhe-á
pago proporcionalmente ao número de meses de efetivo exercício.
Seção VI
Dos Deveres
III - Atender com presteza ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas às
protegidas por sigilo;
VI - Guardar sigilo sobre assuntos de que tomar conhecimento, com exceção para as autoridades
constituídas, quando necessário;
XII - Interferir no exercício do poder familiar, quando os direitos e deveres dispostos no Estatuto da
Criança e do Adolescente estiverem sendo violados.
XIII - Apresentar relatório trimestral extraído do SIPIA/WEB ao Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente - CMDCA contendo síntese de dados bem como apontar as demandas para
implementação das Políticas Públicas, de modo que sejam definidas estratégias e deliberadas
providências necessárias para solucionar os problemas existentes.
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Seção VII
Das Proibições
I - Ausentar-se da sede do Conselho Tutelar durante o expediente, salvo por necessidade do serviço,
ou deixar de comparecer ao plantão no horário estabelecido;
IV - Acometer a pessoa que não seja membro de Conselho Tutelar o desempenho de atribuição que
não seja de responsabilidade dela;
V - Valer-se da função e/ou utilizar-se do veículo público para tirar proveito pessoal ou de outrem;
VII - Proceder de forma desidiosa, recusando-se a prestar atendimento ou omitir-se a isso, no exercício
de suas atribuições, quando em expediente de funcionamento do Conselho Tutelar;
VIII - Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício de função e com o horário
de trabalho;
Seção VIII
Da Acumulação e Responsabilidade
Art. 72E vedada a acumulação da função de Conselheiro Tutelar com qualquer atividade remunerada,
pública ou privada, inclusive com cargo, emprego ou função.
Art. 73 O Conselheiro Tutelar responde civil, penal e administrativamente pelo exercício regular da sua
função.
Seção IX
Do Controle do Conselho Tutelar
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II - Instaurar e realizar a sindicância para apurar a eventual falta cometida por um Conselheiro Tutelar
no desempenho de suas funções;
III - Emitir parecer conclusivo nas sindicâncias instauradas e notificar o Conselheiro Tutelar sindicado
de sua decisão;
I - Quando houver envolvimento direto ou indireto em irregularidades que estejam sendo apuradas:
II - Quando a apuração que envolver parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o
3º (terceiro) grau.
Seção X
Do Processo Disciplinar
Parágrafo único. A denúncia poderá ser encaminhada por qualquer cidadão ao CMDCA, desde que
escrita, fundamentada e com indicação sobre eventuais provas ou indícios.
Art. 78 Constatada a falta, o CMDCA poderá aplicar as penalidades previstas no artigo 90 desta Lei.
O processo administrativo disciplinar será instaurado por uma Comissão interna e designado
Art. 80
pelo CMDCA, e composta de 04 (quatro) membros, observado o caráter paritário entre Conselheiros
governamentais e não governamentais.
Parágrafo único. A autoridade que determinar a instauração de processo administrativo fixará o prazo
de 30 (trinta) dias para a sua conclusão, prorrogável até o máximo de mais 30 (trinta) dias, mediante
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Art. 82O processo administrativo disciplinar tramitará em sigilo até o seu término, permitindo o acesso
às partes e seus defensores.
Art. 83Instaurado o processo administrativo disciplinar o acusado deverá ser notificado acerca da
abertura do expediente bem como da realização de todos os atos processuais com a antecedência
mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 2º O Conselheiro Tutelar submetido a processo administrativo disciplinar deverá ficar afastado das
funções, após deliberado pelo CMDCA, com remuneração, até o término do processo, sendo
convocado o suplente para substitui-lo neste período.
Art. 84Ouvido o acusado, este terá 05 (cinco) dias para apresentar sua defesa por escrito, sendo-lhe
facultada consulta aos autos.
Parágrafo único. Na defesa por escrito podem ser anexados documentos e o rol das provas a serem
produzidas, bem como indicado o número de testemunhas a serem ouvidas, no máximo de 03 (três).
Serão realizadas as oitivas das testemunhas, começando pelas testemunhas arrotadas pela
Art. 85
comissão processante e posteriormente as arroladas pela defesa, seguidas do interrogatório do
acusado.
Art. 86Concluída a fase instrutória dar-se-á vista dos autos à defesa para apresentar alegações finais
no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 87 Apresentadas às alegações finais a Comissão terá 05 (cinco) dias para proferir decisão.
Parágrafo único. Na hipótese de improcedência por falta de provas, expressamente manifestada pela
Comissão, poderá ser instaurado novo procedimento sobre o mesmo fato se novas provas forem
indicadas.
§ 1º O CMDCA terá 15 (quinze) dias para proferir decisão sobre o recurso memorado no caput deste
artigo, podendo a seu critério, conferir-lhe efeito suspensivo até decisão final.
O denunciante quando particular deverá ser cientificado da decisão final proferida em relação à
Art. 89
sua denúncia.
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Parágrafo único. Os casos omissos serão resolvidos tendo por base a Lei Federal nº 9784/99.
Seção XI
Das Penalidades
A advertência será aplicada nos casos de violação de proibição constante dos incisos do artigo
Art. 92
71 desta Lei ou de inobservância de dever funcional constante no Estatuto da Criança e do
Adolescente, no regulamento ou nas normas internas de Conselho Tutelar que não justifique imposição
de penalidade mais grave.
Art. 93A suspensão que será aplicada nos casos de reincidência das faltas punidas com advertência
não poderá exceder a 90 (noventa) dias, mas implicará no não pagamento da remuneração pelo prazo
que durar a penalidade.
II - Deixar de prestar a escala de serviços ou qualquer outra atividade atribuída a ele, por 02 duas
vezes consecutivas ou 03 (três) vezes alternadas, dentro de 01 (um) ano, conforme Regimento Interno
do Conselho Tutelar, salvo justificativa pelo CMDCA;
VI - Exercer qualquer atividade remunerada pública ou privada, inclusive cargo, emprego ou função
com registro em carteira profissional;
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Seção XII
Da Perda do Mandato e do Impedimento dos Conselheiros
Art. 96Perderá o mandato o Conselheiro que for condenado por sentença irrecorrível, pela prática de
crime ou contravenção penal.
Parágrafo único. Verificada a hipótese prevista neste artigo, o Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente declarará vago o posto de Conselheiro, dando posse imediata ao Suplente.
Art. 97 São impedidos de servir no mesmo Conselho: marido e mulher, ascendente ou descendente,
sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto e madrasta e
enteado.
Capítulo VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 98 As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações próprias consignadas no
orçamento vigente, podendo o Poder Executivo abrir créditos suplementares, se necessário, para a
viabilização dos programas e serviços relacionados no art. 2º desta Lei, bem como para a estruturação
dos Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente.
Art. 99 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
BERTOLDO ROVER
Prefeito Municipal
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