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1.

Qual o significado do elemento normativo “publicamente”, insculpido no


tipo do delito constante do art. 208 do Código Penal?
O art. 208 do Código Penal traz a figura típica de ultraje a culto e
impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, sendo que em seu
preceito primário emprega a palavra "publicamente", tendo esta a
seguinte conceituação por Rogério Sanches : "A conduta do agente
deve ser pública, isto é, na presença de várias pessoas ou por meio
capaz de conduzir o escárnio ao conhecimento de pessoas
indeterminadas, dispensando-se a presença da vítima
(ex.:imprensa).

2. A violação da sepultura para a subtração de cadáver configura o delito


do art. 210 do Código Penal?
Não. O delito descrito no art. 210, CP, trata-se da violação (abrir,
quebrar) ou profanação (desrespeitar, ofender) de sepultura ou urna
funerária. Enquanto, o ato de subtração de cadáver amolda nos
termos do art.211, CP (destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte
dele). Portanto, o delito de violação de sepultura será absorvido por
constituir crime-meio, vez q o dolo encontra-se em subtrair o
cadáver.

3. Para efeito de aplicação do artigo 211 do Código Penal o natimorto e o


feto são considerados cadáveres?

4. O coveiro, para praticar necrofilia, viola a sepultura onde está enterrada


a defunta. Que delito(s) pratica?

5. Pode a pessoa solteira figurar como sujeito ativo do crime de bigamia?

6. O tipo penal do art. 236 do Código Penal é exemplo de lei penal em


branco? Por quê?

7. Qual o termo inicial da prescrição da pretensão punitiva dos delitos


previstos nos artigos 235 e 241 do Código Penal?

Tem-se como termo inicial da prescrição da pretensão punitiva para os


delitos de Bigamia e Registro de nascimento inexistente, a data em que
o fato se tornou público.

8. Conceitue as condutas dos tipos penais de abandono material,


abandono moral e abandono intelectual.

No abandono material, a conduta consiste em deixar de prover o


necessário para a subsistência da vítima, deixar de socorrer
ascendente ou descendente gravemente enfermo e, frustrar ou elidir o
pagamento de pensão. No abandono moral, a conduta consiste em
permitir, ou seja, é um crime doloso que se consuma no momento em
que o menor, com permissão de seu responsável, frequente quaisquer
dos lugares elencados nos incisos I a IV, do artigo 247 do Código
penal. No abandono intelectual, a conduta consiste em deixar de
promover instrução primaria do filho, sendo assim, por omissão deixar
de providenciar para que o menor tenha instrução escolar adequada.

9. Se o agente falsifica um cheque, documento público por equiparação, e


o utiliza como artifício para induzir terceiro em erro e obter vantagem
econômica, responde por estelionato e pela falsificação em concurso?
Explique.
Sim, pois a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite a
absorção da falsificação no estelionato quando a falsidade é
elementar (quando o documento falso é um simples instrumento). O
concurso formal entre a falsificação e o estelionato acontece quando
aquele guardar potencialidade para a lesão de outro bem jurídico, de
modo que o documento falso continua lesando a fé pública. Deste
modo, a falsificação de cheque como artifício para prática do
estelionato enquadra no concurso formal.

10. A falsificação grosseira, perceptível facilmente a olho nu, configura o


delito de falso documental? Justifique.
Conforme jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça, a
falsificação grosseira não delito de falso documento, por se tratar de
crime impossível de ser consumado, pois o objeto material e jurídico
do crime é o papel falsificado ou alterado.

11. Por que o delito de falsa identidade (art. 307 do Código Penal) é
subsidiário?

12. O que se entende por “sinal identificador de veículo automotor”


constante no art. 311 do Código Penal? A alteração de quaisquer
características do veículo automotor, como a cor da pintura e as
dimensões do pára-lamas, tipifica este delito?

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