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MÁRCIA HELENA DA SILVA

OAB/SC 24.823
PEDRO SECUNDINO PEREGO
OAB/SC 25.419
_________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA CRIMINAL
DA COMARCA DE CURITIBANOS – SC.

RÉU PRESO

Autos n. 0003618-53.2014.8.24.0022

ELISANDRO ALVES MOREIRA, já


qualificado nos autos em epígrafe, através de sua defensora, vem a
ilustre presença de Vossa Excelência requerer o seu LIVRAMENTO
CONDICIONAL, com fundamento no art. 83 e seus incisos, do
Código Penal, para o que passa a expor o quanto segue:

O Reeducando atualmente cumpre a pena


de 07 anos, 03 meses e 05 dias de reclusão, atualmente em regime
fechado, restando a pena de 03 anos, 09 meses e 29 dias de
detenção.

Prevê o art. 83 do CP, a concessão do


livramento condicional mediante atendimento de requisitos de
ordem objetiva e subjetiva.

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Rua Absalão Carneiro, n◦ 332 – Bairro D.E.R. – Fone: (49) 3563-2400
Caçador – SC – CEP: 89500-000
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A mais recente doutrina penal deixou de
considerar o livramento condicional como incidente de execução
para catalogá-lo como "benefício", quanto à forma e "medida penal
alternativa de privação de liberdade", quanto ao conteúdo.
Entretanto, o livramento condicional continua não sendo um favor,
mas um "direito subjetivo do sentenciado, desde que preenchidos os
requisitos que a lei fixa para a concessão". (Celso Delmanto - C. P.
Comentado).

Segundo a recente doutrina, ainda: "uma


vez reunidos os requisitos legais, o livramento condicional deve ser
deferido como medida penal alternativa à privação da liberdade e
não como mero benefício ou ato de graça em correspondência à boa
conduta. A liberdade condicional, porém em meio livre". (Reale Junior
e outros - "in Código Penal e sua Interpretação Jurisprudencial - ed.
RT pág. 368 - 2007).

DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS OBJETIVOS

Tal como estampados no Art. 83 do Código


Penal, atende o Reeducando a todos os requisitos de ordem objetiva
para a concessão do benefício.

Desta forma, quanto à natureza e


quantidade de pena imposta, verifica-se que a pena de reclusão
contabilizada para a concessão de livramento condicional é de 07
anos, 09 meses e 29 dias.

Pertinente ao cumprimento de pena


verifica-se que o Reeducando tem até a última análise judicial às fls.
354, 03 anos, 05 meses e 29 dias de efetivo cumprimento, atingindo
o livramento condicional em 26/06/2014, conforme decisão d
fls.354.

Desta forma, acrescido os dias até a


presente data 10/06/2015, verifica-se que o lapso temporal
corresponde ao atendimento do inciso I, do art. 83 do CP, já que o
Reeducando foi considerado reincidente nas sentenças e certidões
apresentadas nos autos, tendo, portanto, cumprido mais de 3/5 da
pena correspondente ao crime hediondo e 1/6 da pena do crime

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comum que lhe foram impostas, ou seja, 01 ano e 27 dias, já
utilizando o saldo de 180 dias remidos.

DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE ORDEM SUBJETIVA

Da mesma forma, encontra-se plenamente


satisfeitos os requisitos de ordem subjetiva, em prol do presente
pedido, pois reza o art. 83, inc. III do Código Penal - "comprovado
comportamento satisfatório durante a execução da pena (...)" este
requisito existe em favor do Reeducando, conforme se vê do incluso
atestado fornecido pelo Penitenciária da Região de Curitibanos, cuja
atualização deve ser apresentado pelo estabelecimento prisional.

DO PEDIDO

Ante o exposto e uma vez demonstrados


estarem atendidos os requisitos que possibilitam seja deferido o
presente pedido, aguarda o Reeducando ELISANDRO ALVES
MOREIRA, uma vez ouvido o digno Representante do Ministério
Público, digne-se Vossa Excelência conceder-lhe LIVRAMENTO
CONDICIONAL, obrigando-se a obedecer as condições que lhe forem
impostas.

Por fim, requer seja oficiado a


Penitenciária da Região de Curitibanos para que apresente Relatório
de Vida Carcerária atualizado, a fim de comprovar o preenchimento
do requisito subjetivo para concessão do livramento condicional.

Termos em que
Pede deferimento.

Caçador, 10 de Junho de 2014.

MÁRCIA HELENA DA SILVA


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